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CUBISMO Professora: Cristiane Seibt

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CUBISMO

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CUBISMOProfessora: Cristiane Seibt

Page 2: CUBISMO

• A realidade é desintegrada e depois reorganizada numa nova estética!

• O cubismo é consequência direta da optical arte.

• O cubismo nega a ideia de que a arte deva imitar a natureza, nega os conceitos de perspectiva e noção de volu me ou outro qualquer recurso que tenha um efeito ilusório para os olhos do espectador.

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• O cubismo foi um dos mais importantes movimentos estéticos do século XX, considerado um divisor de águas na história da arte ocidental, que ocorreu entre 1907 e 1914 e teve como precursores Pablo Ruiz Picasso (1881-1973) e o ex-fauvista Georges Braque (1882-1963).

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• Se formos buscar o verdadeiro responsável pelo cubismo, bateremos à porta de Cézanne, pois, ao representar a natureza em suas pinturas, geometrizava-a, tratava suas formas como cones, cilindros e esferas.

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A cesta de maçãs (1893). O Instituto de Arte de Chicago ( Cézanne)

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Der Muhlstein (1894). Cézanne, (1894).Museu de Arte, Philadelphia

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• Segundo alguns historiadores, Louis Vauxcelles, o mesmo crítico francês que batizou o fauvismo, seria também responsável pelo batismo do novo movimento. Vendo os trabalhos de Braque, mencionou uma realidade construída com cubos, por isso o nome cubismo.

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• Esse movimento nega a ideia de que a arte deva imitar a natureza, nega os conceitos de perspectiva e noção de volume ou outro qualquer recurso que tenha um efeito ilusório para os olhos do espectador. Georges Braque afirmou um dia: “é um erro imitar o que se quer criar”.

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• Como um cirurgião, o cubismo disseca tudo: corpos, frutas, paisagens, instrumentos musicais e todos os tipos de objeto. Decompõe o objeto em partes e mostra-as, todas abertas, num mesmo plano, sem a menor preocupação em guardar alguma relação com sua aparência real.

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• A realidade é recriada e mostrada simultaneamente em vários ângulos por cubos, volumes e planos geométricos entrecortados. No espaço da recriação, forma e fundo se confundem e não há mais noção de profundidade.

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• Em sua evolução, o cubismo, segundo alguns estudiosos, passou por três fases:

• 1a fase: pré-cubismo ou fase “cezanniana”. Caracterizada pela influência de Cézanne na obra de Picasso e Braque, compreendida entre 1907 e 1909.

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• 2a fase: cubismo analítico. De 1910 a 1912, foi chamado de analítico, porque analisava as formas dos objetos e, em seguida, fragmentava-os e distribuía seus pedaços pela tela. Toda a tridimensionalidade dos corpos era submetida à bidimensionalidade da tela. Os responsáveis por essa fase foram Picasso e Braque. Trabalharam com poucas e escuras cores, como preto, cinza, marrom e ocre, representando figuras humanas e objetos como se fossem vistos por vários ângulos ao mesmo tempo, superpostos e representados simultaneamente. Foi uma fase de grande experimentação, levada a um extremo, em que os seres foram fragmentados de tal maneira que nada mais guardava relação com o mundo real. Nas telas cubistas, o mundo parecia ser visto por um caleidoscópio, aproximando-se da abstração.

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• 3a fase: cubismo sintético. De 1912 a 1914. Procurando tornar as formas novamente reconhecíveis, Picasso e Braque introduzem em suas obras signos como letras, números e palavras, com a técnica da colagem (papier collé), utilizando recortes de jornais, tecidos, madeiras e outros materiais. Nesta fase, as cores tornam-se mais vivas e pequenos traços de sombra tentam insinuar volumes.

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PICASSO – FASE SINTÉTICA-TRÊS-MÚSICOS

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• Nesse período, junta-se a eles Juan Gris, um jovem pintor espanhol que contribuiu em muito para essa fase do cubismo.

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• Embora tentando recompor a realidade por meio de elementos do mundo visível, continuaram com a simultaneidade dos ângulos de visão, sem contudo devolver ao objeto a sua verdadeira dimensão no mundo real.

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PICASSO

• Picasso está para a arte, assim como Einstein está para a ciência: um mito, um gênio, que se perpetuou pela coragem de romper com todos os preceitos da convenção artística e com tudo o que era esteticamente aceito.

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• Sem nenhuma modéstia, Picasso declarou a uma amiga: “Quando criança, minha mãe me disse: Se você for soldado, será um general. Se for padre, vai acabar sendo papa”. E ele continuou: “Em vez disso, tornei-me pintor e acabei sendo Picasso”.

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• Nasceu em Málaga, na Espanha, em 25 de outubro de 1881 e faleceu em Mougins, na França, em 8 de abril de 1973. Desde criança, gostava de desenhar e, aos 13 anos, já havia desenvolvido um traço com muita personalidade. Incentivado pelo pai, um professor de desenho e pintura, fez seus primeiros estudos na Escola de Belas-Artes, em Barcelona, onde começou sua pintura com tendências acadêmicas.

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• Em 1904, partiu para Paris, onde teve contato com as obras de Gauguin e Toulouse-Lautrec e conseguiu dar liberdade às suas experiências estéticas.

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• Picasso não foi apenas pintor, ele foi desenhista, ceramista, escultor e gravador. Como grande experimentador, na gravura, experimentou todas as técnicas e materiais: a xilogravura, a litogravura, e, na gravura em metal, a água-forte, a água-tinta e a ponta-seca.

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• Antes de se enveredar pelos caminhos do cubismo, Pablo Picasso passou por outras fases em sua pintura.

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• Fase azul (1901-1904). Logo que chegou a Paris, vindo de Barcelona, suas telas estavam sob o domínio das cores frias, particularmente dos azuis – índigo e cobalto –, que ele utilizava para seus temas favoritos: figuras marginalizadas pela sociedade. Picasso é ainda jovem, pobre e desconhecido e sua pintura tem uma linguagem triste e sombria.

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"A morte de Casagemas (Picasso)"

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• Fase rosa (1905-1906). Picasso libertou-se de um período de depressão e sua paleta passou a ser habitada por delicadas cores rosa e tons terra. Seus temas preferidos eram então, artistas de circo, arlequins e palhaços, personagens que, durante toda sua carreira, voltariam a ocupar suas telas. Suas obras ganhavam, neste período, um toque de lirismo.

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Rapaz com cachimbo, 1905 - Picasso

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• Fase negra. Além das experiências pictóricas de Cézanne, a arte africana exerceu grande influência sobre o cubismo de Picasso. Esta fase é caracterizada pela força dos elementos da arte africana, presentes em uma de suas mais importantes obras: Les demoiselles d’Avignon.

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• A influência da arte africana se deu pelo fato de muitos objetos de arte do continente africano, em razão do domínio colonial europeu na África, terem sido levados à Europa e terem causado grande curiosidade, a ponto de motivarem pesquisas no campo da antropologia e estudos sobre esses povos e suas culturas.

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• Essa curiosidade também contagiou Picasso. E o que mais o fascinou nessa arte foi ter percebido que ela era, absolutamente, livre de qualquer tendência ou movimento estético, por isso seu contato com máscaras e outros objetos dessa arte se fizeram presentes em suas obras.

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Pablo Picasso, Les demoiselles d’Avignon (1907). Óleo sobre tela. Museum of Modern Art (MoMa), em Nova Iorque. (FASE CEZANNIANA)

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• Nota-se, claramente, a influência da arte africana nos rostos de algumas personagens de uma de suas mais famosas obras Les demoiselles d’Avignon, de 1907, obra que iniciaria a estética cubista e marcaria o lançamento do movimento em Paris.

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• Outra importante obra de Picasso, foi Guernica, criada em 1937, no auge da Guerra Civil Espanhola (1936-1939), quando, indignado com os horrores da guerra, denunciou a covardia e a violência contra a população de Guernica, uma cidadezinha do país basco, bombardeada pelos nazistas em 26 de abril de 1937. Este ataque deixou 1.654 mortos e 889 feridos, em uma população inferior a 7 mil habitantes.

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• Essa pintura, considerada como uma obra de ruptura pelo fato de o artista romper completamente com a maneira de representar a figura humana, é importantíssima por:

• marcar, oficialmente, o início do cubismo; • conseguir, “sozinha”, alterar os destinos da

arte;• ser considerada uma das mais importantes

obras do século XX.

Guernica

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Picasso, Guernica. Óleo sobre tela, 3,50 m por 7,82 m. Museu Reina Sofia, Madri, Espanha ( FASE ANALÍTICA)

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• A visão de Guernica é a visão da morte em ação; o pintor não assiste ao fato com terror e piedade, mas está dentro do fato, não celebra nem se compadece das vítimas, mas está entre as vítimas. Com ele morre a arte, a civilização ‘clássica’, a arte e a civilização cuja meta era o conhecimento, a compreensão plena da natureza e da história. (...) Com Les Demoiselles d’Avignon, Picasso detonava, desintegrava a linguagem tradicional da pintura; com Guernica, detonava a linguagem cubista (...).(Giulio Carlo Argan )

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• No final de sua vida, Picasso confessou: “Levei a vida inteira para aprender a desenhar como criança”.

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• Embora cubismo e Picasso sejam quase sinônimos, nomes que se confundem, ele não esteve sozinho neste estilo, Georges Braque participou, também, de seu nascimento; logo vieram Juan Gris e Fernand Léger, que acrescentaram linhas e formas curvas e tubulares ao universo angular cubista. Todos eles conduziram a representação pictórica para limites muito além dos imaginados por Cézanne.

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Braque, Violino e cântaro, 117 x 73,5 cm. Museu da Arte, Basileia (cubismo analítico) 1910.

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Juan Gris, O vaso de gerânios (1915)

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Juan Gris, A guitarra (1918)

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F. Leger, a travessia ferroviária (1919). Instituto de Arte de Chicago.

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F. Leger, Ainda vida com uma caneca de cerveja(1921)

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Cubismo no Brasil

• O cubismo, no Brasil, manifestou-se, logo após a Semana de Arte Moderna de 1992, por meio dos trabalhos de Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Anita Malfatti, que já haviam se envolvido com as mudanças ocorridas na arte europeia. Esses artistas não foram genuinamente cubistas; apenas, a título de exercitarem uma nova experiência estética, transitaram pelo cubismo.

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Antropofagia – 1929 – Tarsila do Amaral