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CTP 20 15PRELETORES E LÍDERES DA ILUMINAÇÃO

Nome:

Regional:

Centro de Treinamento para Preletores e Líderes da Iluminação

Superintendência das Atividades dos Preletores

SEICHO-NO-IE DO BRASIL

Oração do desenvolvimento

Sou filho de Deus. Deus é infinito. Portanto,

já possuo dentro de mim sabedoria e capacidade

infinitas, aguardando apenas que eu as exterio-

rize. Cada vez que estudo ou me esforço, mais

exteriorizo sabedoria e capacidade. Por isso,

estou me desenvolvendo diariamente.

( Dinamize sua Capacidade, p. 12)

Índice

COMO PREPARAR E CONDUZIR UMA BOA PALESTRA ............................7Organizando o que vai ser tratado .............................................................................7Estrutura do roteiro ....................................................................................................8O que deve ter no roteiro ............................................................................................9Divulgações durante a palestra ...................................................................................9Como controlar bem o tempo de apresentação do conteúdo ................................. 10Preparação do orientador ........................................................................................ 10

COMO ESTUDAR SEICHO-NO-IE DE FORMA SISTEMÁTICA ..................12O quê? Por quê? ........................................................................................................ 12Reflexões ................................................................................................................... 13Leitura ...................................................................................................................... 16Sistematizando a leitura .......................................................................................... 18Bibliografia complementar ...................................................................................... 20

EXERCÍCIO – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO ...........................................21

COMO PREPARAR E CONDUZIR UMA BOA EXPLICAÇÃO DE PRÁTICA OU CERIMÔNIA ...............................................................23Por que toda prática ou cerimônia é precedida de explicação? .............................. 23Postura dos participantes ........................................................................................ 24Preparando uma boa explicação .............................................................................. 25

COMO ESTUDAR TEMAS DA ATUALIDADE ...........................................28Por que estudar temas da atualidade?..................................................................... 28Qual deve ser o objetivo da pesquisa? ..................................................................... 29Onde estudar? .......................................................................................................... 31Como pesquisar ........................................................................................................ 33

COMO UTILIZAR BEM OS LIVROS NAS PALESTRAS E AULAS ...............34Principais diferenças entre aula e palestra .............................................................. 35Utilização dos livros em palestras ........................................................................... 36Utilização dos livros em aulas.................................................................................. 37

COMO CONDUZIR BEM A PRÁTICA DA MEDITAÇÃO SHINSOKAN .........39O que é a Meditação Shinsokan? ............................................................................. 39Praticar todos os dias ............................................................................................... 39Postura do condutor ................................................................................................. 40Como conduzir – passo a passo ............................................................................... 40Estudar sobre Meditação Shinsokan ....................................................................... 45Variações da Meditação Shinsokan ......................................................................... 46Utilização de vestimentas cerimoniais.................................................................... 46

COMO REALIZAR ATIVIDADES FORA DO AMBIENTE SEICHO-NO-IE ...47Atividades ecumênicas ............................................................................................. 48Visitas a hospitais e instituições beneficentes........................................................ 49Visitas a escolas ........................................................................................................ 50Atividades em rádio e TV ......................................................................................... 52

AVALIAÇÃO .........................................................................................54

COMO ORGANIZAR E EXECUTAR AÇÕES PARA EXPANSÃO DO MOVIMENTO ...............................................................57Projeto 30 – casa cheia ............................................................................................. 57Visitas de bênção ...................................................................................................... 59Reuniões de vizinhança ........................................................................................... 60Realizar ações para resultados efetivos ................................................................... 63

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Preletores e líderes da iluminação – CTP 2015

Como preparar e conduzir uma boa palestra

A palestra é a modalidade mais comum de se transmitir o ensina-mento da Seicho-No-Ie. Todos os preletores e líderes da iluminação, como orientadores do Movimento de Iluminação da Humanidade – Movimento Internacional de Paz pela Fé, desejam realizar boas palestras, que sejam úteis para os adeptos, que sejam claras, que terminem dentro do tempo proposto. Quando temos a oportunidade de proferir uma palestra da Seicho--No-Ie devemos ter em mente que nosso principal direcionamento é a edu-cação (ou reeducação) do ser humano como filho de Deus e a formação de sucessores para o movimento da Seicho-No-Ie.

Levando em consideração estes itens, selecionamos abaixo algumas di-cas que podem ser bastante importantes no momento de elaborar seus roteiros.

1. Organizando o que vai ser tratado

a) Planeje o conteúdo de acordo com a solicitação (tema)b) Anote os tópicos importantes, seja qual for o desenvolvimento do temac) Relacione ideias secundárias, relacionadas com as ideias principaisd) Dentro da ideia do tema, apresente relatos vivos e objetivose) Explique o relato, mostrando os pontos principais relacionados ao temaf) Deixe programado no roteiro os momentos em que serão lidos tre-

chos do(s) livro(s)

Importante: nenhum preletor ou líder da iluminação deve dirigir-se para orientar uma atividade sem estudo, sem roteiro ou com trajes não condi-zentes com a sua função.

CTP 2015 – Preletores e líderes da iluminação

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2. Estrutura do roteiro

O roteiro deve ser criado após o estudo e o entendimento do objetivo do tema central e pode ser dividido em três partes principais:

a) IntroduçãoÉ o momento de assinalar o início da sua atividade, dando as pri-

meiras informações sobre o assunto a ser tratado e tornando-se próximo do grupo. Nesta parte podem ser utilizados os seguintes recursos:

• Autoapresentar-se;• Perguntar se existem novos participantes (se houver, fazer uma

breve explicação sobre Seicho-No-Ie, quadro do Jisso etc.);• Investigação prévia do interesse do público a respeito do tema.

b) Desenvolvimento• Explanação sobre o tema;• Citação de livros sagrados;• Relatos de experiências, de preferência os já publicados, com ênfa-

se no lado bom e positivo da história.

Importante: para que a palestra não se torne cansativa, prefi-ra leituras curtas com maior explanação. Pode-se ler um trecho e explicá-lo posteriormente ou pode-se explicar um conceito e enfatizá-lo com a leitura do trecho.

c) ConclusãoÉ o fechamento do tema e deve ser conduzido de forma a despertar

no público a fé de que tudo o que foi dito é Verdade e traz bons resultados, se colocado em prática. Por isso, é bom sugerir uma “lição de casa”, uma prática simples a ser realizada até a próxima reunião.

Este também é um bom momento de incentivar os participantes a terem ideais grandiosos, não apenas para si, mas para a felicidade de toda a humanidade.

Também podem ser realizadas práticas de acordo com o tema abordado.

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Preletores e líderes da iluminação – CTP 2015

3. O que deve ter no roteiro

Podemos dizer que um bom roteiro vai conter, basicamente:• Explanação sobre a Imagem Verdadeira da Vida• Explanação sobre a aplicação das leis mentais para manifestação

da Imagem Verdadeira• Relatos de experiência que ilustrem o que está sendo exposto• Práticas cotidianas do ensinamento• Trabalho no Movimento de Iluminação da Humanidade – Movi-

mento Internacional de Paz pela Fé

4. Divulgações durante a palestra

É fundamental que o preletor ou líder da iluminação trabalhe alinha-do com a associação local onde irá proferir a palestra. Por isso, precisa entrar em contato previamente com o presidente da associação e perguntar sobre os livros que estão em estoque. As associações locais recebem quatro livros a cada lançamento, mas se os orientadores não se engajarem em sua divulga-ção, eles serão apenas um acúmulo material em estoque ao invés de oportu-nidades de estudo, aprimoramento de caráter e expansão do movimento. Também é importante verificar junto ao presidente quais os outros artigos que podem ser divulgados (Missão Sagrada, cota de revistas, assina-tura de revistas, Oração para Cura Divina-Forma Humana, eventos), para que seja inserido em seu roteiro, sem desviar-se do assunto.

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5. Como controlar bem o tempo de apresentação do conteúdo

Os assuntos da Seicho-No-Ie são bastante vastos e abrangentes, mes-mo que a proposta de estudo seja de apenas um pequeno trecho do livro. No entanto, o preletor ou líder da iluminação deve ter em mente o respeito ao tempo estipulado na programação. Assim sendo, por mais rico que seja o conteúdo do roteiro, o orienta-dor deve planejar sua apresentação, de modo a apresentar a ideia principal solicitada pelos organizadores do evento. Isto significa que, uma vez prepa-rado o roteiro, é preciso treinar utilizando-o e adaptando sua explanação, de modo a otimizar bem o tempo, sem deixar de explanar sobre o necessário. O treinamento garantirá ao orientador experiência, domínio do assunto e mais naturalidade. Aqueles que mais treinam são aqueles que atingem a ex-celência. Nada é tão bom que não possa ser melhorado.

6. Preparação do orientador

Antes da palestra• Adquira o hábito de praticar diariamente os ensinamentos da Sei-

cho-No-Ie;• Acredite que as práticas funcionam, inclusive para você;• Estude e leia todos os dias as obras da Seicho-No-Ie, mesmo que

não esteja escalado para uma palestra – isto aprimora seu conhe-cimento e aprofunda sua convicção de filho de Deus;

• Ao receber um tema para palestra, prepare-se bem e com antece-dência: quanto mais cuidado, mais qualidade.

Durante a palestra• Tenha em mente que o objetivo de toda palestra é formar um

adepto consciente de sua natureza divina, um líder da Seicho-No--Ie e um cidadão atuante;

• Fundamente suas palavras nos livros da Verdade;• Tenha cuidado ao fazer uma colocação, para que ela não assuma

um tom de discriminação;

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Preletores e líderes da iluminação – CTP 2015

• Demonstre sua felicidade por ser um orientador da Seicho-No-Ie proferindo palavras boas, positivas e alegres;

• Mantenha uma boa fisionomia e, independente da situação que esteja vivendo em sua vida pessoal, mantenha o dinamismo;

• Evite “piadinhas” e termos chulos.

Depois da palestra• Esteja preparado e receptivo para a orientação pessoal;• Crie uma relação de confiança através de pequenos gestos para

que o adepto encontre o espaço para conversa; • Tenha interesse pelas coisas que os adeptos disserem e deseje sin-

ceramente despertar nele a consciência da Imagem Verdadeira;• Esteja disposto a dar assistência ao adepto até que ele concretize

seu objetivo.

Importante: ao realizar uma palestra da Seicho-No-Ie, tenha em mente o tipo de público que deve atingir. Por exemplo, se você estiver escalado para orientar uma reunião para homens, à noite, durante a semana, deve levar em consideração que boa parte deles tenha passado o dia no trabalho, por-tanto podem aparentar apatia ou indiferença. Para não se deixar enganar, lembre-se de que eles estão presentes porque estão interessados. Não é aconselhável tentar animá-los com atividades para outro tipo de público, como músicas infantis, por exemplo, pois os resultados podem ser desastro-sos. Seria melhor fazer um treino de palavras afirmativas, treino do riso etc.

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Como estudar Seicho-No-Ie de forma sistemática

Nesta aula pretendemos refletir sobre estudo sistemático. Não temos a intenção de esgotar o assunto, já que há muito o que tratar sobre o tema. Além do universo de informações do movimento Seicho-No-Ie, há muito que aprender sobre o ato de estudar, principalmente em se tratando do ambiente acadêmico. Áreas como a Linguística, a Filosofia, a História ou a Pedagogia contribuem muito com o estudo desta competência.

Para a correta transmissão da Verdade aos demais é imprescindível a leitura de muitos livros sagrados e devemos fazê-lo corretamente. Aqui, apresentaremos o “Por que fazer?” e propostas de “Como fazer?”, a fim de contribuir com nossa formação como mensageiros da Verdade.

1. O quê? Por quê?

“Sistemático”, segundo o dicionário de português, é sinônimo de me-tódico, organizado, conexo; e “sistematizar” é “fazer com que fique sistemá-tico, em ordem, coerente, ordenado”.

“Estudo” é o tempo que uma pessoa gasta na obtenção do conhecimen-to. É relativo à análise e avaliação de informações. É o processo de aquisição de saber. O termo teria como raiz a palavra odo, que quer dizer caminho. Portanto, estudo pode ser o processo de escolha do bom caminho para satisfazer um obje-tivo. Há pessoas que gostam de estudar e são consideradas pessoas que pensam no seu futuro, que estão preparadas para enfrentar variadas situações como falar em público sobre determinado assunto, realizar provas, testes ou até lecionar.

Estudo sistematizado, portanto, é o estudo gradativo, metódico que pode partir de conceitos mais simples a fim de alcançar os mais complexos. Passa também pela relação sujeito leitor e texto lido e a interpretação que nas-cerá dessa relação. Aqui encontramos caminhos diferentes para cada leitor. Em nosso caso, estudiosos do ensinamento será uma série de ações sistemati-

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Preletores e líderes da iluminação – CTP 2015

zadas com o objetivo de atingir a compreensão integral da Verdade. Sobre essa questão não há novidade, pois essas ações sistematizadas são representadas pelas três práticas espirituais da Seicho-No-Ie. São elas a Meditação Shinsokan, a leitura das publicações sagradas e os atos de amor e caridade.

A leitura dos livros sagrados tem uma importância fundamental para a prática da Meditação Shinsokan. É preciso ler primeiramente com atenção, repetidas vezes a obra A Verdade da Vida e, depois, praticar a Meditação Shinsokan compreendendo bem, no nível do consciente, que a Imagem Verdadeira da Vida é a natureza divina ou búdica, não sendo substância material (…). A prática da Meditação Shinsokan e o conhe-cimento da Verdade de que a Vida do filho de Deus é imortal, por meio da leitura de A Verdade da Vida, se complementam reciprocamente e reforçam nossa fé e nossa compreensão da Verdade. Ambas não devem ser negligenciadas (…). A prática da gratidão complementa a Meditação Shinsokan, caso contrário, sua fé nada mais será que um filosofismo que o arruinará, tornando-o presunçoso, ingrato e imprudente.1

Fazemos parte de um movimento de larguíssima amplitude e o su-cesso dessa desafiante empreitada depende da preparação de cada um. 

2. Reflexões

O ensinamento da Seicho-No-Ie chegou ao público pela primeira vez através de uma publicação escrita cujo objetivo sempre foi propagar para toda a humanidade o modo de viver feliz.

A sexta Declaração Iluminadora diz que “Para melhorarmos o destino da humanidade mediante o poder criador das boas palavras, divulgamos a doutrina em livros, publicações, seminários, conferências, transmissões em rádio e TV e outros meios culturais”.

1 Meditação Shinsokan, leitura de livros sagrados, prática de gratidão e de caridade in Explicações Detalhadas sobre a Meditação Shinsokan, cap. 5, pp. 213-216.

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Portanto, é missão da Seicho-No-Ie iluminar a humanidade publicando livros e revistas que contenham boas palavras (...). O destino do homem é influenciado pelo que ele lê.2

Saber o que é a Seicho-No-Ie é uma das perguntas mais exigentes de se responder. Por isso, noção parcial de sua doutrina é insuficiente para com-preendê-la. “Nós, adeptos da Seicho-No-Ie, empenhamo-nos no autoapri-moramento constante, visando apreender a Imagem Verdadeira (...) com esse objetivo que devemos ler as revistas e os livros da Seicho-No-Ie, ler as sutras sagradas; praticar a Meditação Shinsokan; ouvir palestras; divulgar o ensinamento; manifestar concretamente o amor ao próximo; enfim, viver a Verdade no dia-a-dia”.3 Devemos estudar.

Quando dizemos “estudar”, as pessoas podem pensar que estamos falando em aprender na escola, mas não se limita a isso. “Estudar” significa “empe-nhar-se” em algo, e isso não ocorre apenas na es cola.4

Neste mesmo capítulo, o professor Seicho Taniguchi ainda afirma que as pessoas que estudam adquirem cada vez mais capacidade e inclusive capacidades ocultas se manifestam dependendo dos estudos efetuados, do treinamento e do esforço.

Estudar é aprender todas as coisas que estão em nosso entorno. Re-fletir como se relacionam com nosso cotidiano e com a nossa fé. A vida cor-responderia, portanto, ao nosso período de estudos.

Todo estudo começa com questões simples e vai-se tornando cada vez mais complexo. E, em qualquer estudo, ocorrem fracassos e vai-se aprendendo a cada fracasso. Portanto, não se deve desanimar logo que fracassar. Supor-tar isso também faz parte do estudo da Vida.5

2 Interpretação das Sete Declarações Iluminadoras In Imagem Verdadeira e Fenômeno, p. 104.3 O que é a Seicho-No-Ie, prefácio.4 Estudar é prazeroso In Um Futuro Brilhante nos Espera, cap. II, p. 49. 5 É importante estudar? In Um Futuro Brilhante nos Espera, cap. II, p. 67.

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Podemos entender em nosso contexto de estudo o fracasso como sendo o momento em que não entendemos o que o texto quer nos transmi-tir e acabamos desgostando ou abandonando seu estudo e/ou leitura. Cada indivíduo tem suas características pessoais, seu tempo e suas necessidades para relacionar-se com o estudo. É preciso identificar claramente quais as estratégias adequadas para cada um e esmerar-se no treinamento. A apren-dizagem melhorará a cada dia.

Outra questão fundamental para ponderarmos é se estudar sistema-ticamente é somente uma relação técnica com o objeto de estudo ou também está associada à prática/vivência de cada indivíduo e o meio. Quando nos baseamos somente em nosso olhar é comum que formulemos interpretações superficiais e baseadas no senso comum. O professor Masaharu Taniguchi afirma: “Não seja uma pessoa superficial, sem opinião própria”.6 Não há fé destituída de conhecimento. Para alcançarmos o conhecimento será neces-sário:

a) Aceitar o estudo com espírito de curiosidade;b) Apropriar-se do assunto; ec) Relacionar-se com ele a fim de alcançar as intenções do texto.

É errado pensar que, tendo-se convertido a uma fé religiosa, pode-se negli-genciar o treinamento físico. A perseverança no treinamento físico implica contínuo esforço por parte do espírito, que cultiva a força de vontade. O resultado é o fortalecimento espiritual e físico.7

O ser humano costuma ter ideias preconcebidas que, uma vez arraigadas, o impede de aceitar novos pontos de vista. Quanto pior for uma ideologia, mais tenderá a persistir no seu ponto de vista, não aceitando novas opi-niões. Por isso é fácil verificar a qualidade de nossas ideias; basta medir o quanto elas nos levam a odiar e rechaçar novas opiniões.8

6 Torne-se um ser humano completo, verdadeiramente culto In Ensinamento da Verdade para Jovens v. 2, p. 179. 7 Torne-se um ser humano completo, verdadeiramente culto In Ensinamento da Verdade para Jovens v. 2, p. 181.8 Por uma Vida Radiante, p. 30.

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Nosso estudo do ensinamento da Seicho-No-Ie deve ocorrer direto na fonte: os livros sagrados. A leitura será nossa maior aliada.

3. Leitura

Ler é uma atividade de grande riqueza que não envolve somente co-nhecimentos de uma língua, significados de palavras ou sua fonética. Ler implica em conhecimentos de cultura e ideologia. A palavra deriva do Latim “lectura”, originalmente com o significado de “eleição, escolha, leitura”.

A leitura é a forma como se interpreta um conjunto de informações (presentes em um livro, uma notícia de jornal etc.) ou um determinado acon-tecimento. É uma interpretação pessoal. O hábito de leitura é uma prática extremamente importante para desenvolver o raciocínio, o senso crítico e a capacidade de interpretação.

Leia muitos livros. O tipo de livro e a atitude mental com que se lê podem determinar o seu destino.9

Ler não é uma atividade mecânica. Deve ser um momento prazeroso. Muitas pessoas têm dificuldade de interpretar aquilo que leem, mas para conseguir alcançar as intenções do texto é preciso esforço.

a) Reserve uma parte do seu dia para a leitura. “Ler pelo menos uma vez ao dia equivale ao gotejar d’água contínuo que acabará furando a pedra do destino”10;

b) Não diga “amanhã eu leio” ou “tenho mais tempo amanhã”. A cons-tância faz com que nos habituemos à leitura. O hábito torna a ação absolutamente necessária. Essa rotina criará melhores mecanismos

9 Por uma Vida Radiante, p. 114.10 Objetivo da Revista Seicho-No-Ie e como deve ser lida In Revista Seicho-No-Ie Nº 1 – Edição especial, p. 15.

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de compreensão. Nunca diga que não tem tempo. “O tempo é algo que se cria”. Há muitas horas de nosso dia que podem ser remaneja-das, como as horas de sono, das refeições, de descanso. Até mesmo de trabalho. A questão está em ter ou não disposição para realizar esta tarefa. Este horário de leitura deve ser diário;

c) Procure um local adequado;d) Tenha à mão os recursos que lhe parecem adequados para o momen-

to de leitura: marca-texto, lápis, dicionário ou até mesmo o compu-tador. Cada leitor tem sua própria estratégia não havendo uma única que determine o sucesso de sua leitura. É fundamental que cada um reconheça a que lhe parece mais adequada;

e) Dialogue com o texto estabelecendo relações, comparações, associa-ções à sua vida pessoal, ao contexto atual, à sua nação;

f) Identifique suas dúvidas conceituais e esclareça-as;g) Esclareça também suas dúvidas de vocabulário; h) Flexibilize para entender o texto. Aceite o jogo proposto pelo autor e

“fique amigo do texto”. Às vezes, para entender a proposta é necessá-rio tentar novas estratégias que nos motivem de formas diferentes. Por exemplo: se sua leitura é silenciosa, experimente uma leitura em voz alta. Se você não costuma fazer anotações, tente fazê-las;

i) Leia com a alma. Muitas vezes estamos lendo e acreditamos estar entendendo tudo

perfeitamente e quando chegamos ao final do texto parece que não apreen-demos nenhum conceito. Por outro lado, há vezes que o texto parece ser ex-tremamente difícil e nossa compreensão está truncada. No entanto, chega-mos ao final da leitura com a ideia principal concluída. É a isso que se refere a dinâmica do texto associada ao perfil do leitor. O treino é fundamental.

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4. Sistematizando a leitura

Há diversas estratégias para tornar sua leitura mais refinada. Apre-sentaremos algumas delas:

a) PerguntasAntes de ler um texto, você pode inferir o assunto principal e propor perguntas ou questões pré-leitura que visem verificar sua ideia do texto.

O livro Decisão em Prol das Futuras Gerações – por que um religio-so defende o abandono da energia nuclear propõe uma mudança para a geração atual que beneficiará somente as gerações fu-turas? Se for isso, por que devo tomar decisões se eu não serei beneficiado? Que decisões são essas?

Inicie a leitura e busque as respostas ou evidências que apontem di-reções que esclareçam suas dúvidas iniciais. Ao longo da leitura você pode comparar ou estabelecer relações com eventos da atualidade, históricos, buscar novos exemplos que corroborem seu aprendizado e fazer anota-ções11. Quando chegar ao fim da leitura deverá ser capaz de analisar o tema criticamente e ser capaz de discorrer sobre ele oralmente ou por escrito.

b) Ideia principalOutra estratégia é, sem pressupor nada, buscar a ideia principal do

texto a partir de uma leitura minuciosa e organizar quadros comparativos associando ideias e criando conexões que regulem se você entendeu ou não o texto. Vejamos o exemplo: Tópico do livro A Verdade da Vida v. 14 – Educação

“Reverencie a criança. Através da reverência, faça emergir o tesouro cha-mado talento, que se aloja no interior da criança.”

Ao lermos esse trecho do livro podemos pensar:Ideia principal: reverenciar faz manifestar o que há de precioso na criança.

11 Há pessoas que anotam no livro, há pessoas que praticamente escrevem novos livros com suas reflexões e há, também, aquelas que fazem tudo mentalmente. Dependerá do perfil pessoal de cada leitor.

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Preletores e líderes da iluminação – CTP 2015

Reverenciar Não reverenciar

Talento Mediocridade

Manifesta o que já existe Não permite que se exteriorize o que se aloja na criança

É preciso saber o que é reverenciarManter-se na rotina cotidiana basea da no desconhecimento da im-portância da reverência

Este é somente um exemplo. Cada leitor pode seguir a estratégia usando recursos que lhe sejam peculiares e facilitadores no movimento de compreender o texto.

c) ResumosEsta estratégia é bastante comum para quem gosta de escrever. O

importante é usar suas próprias palavras evitando cópias do texto original.

d) Relacionar conceitosComo o estudo se dá de forma constante, é natural que haja conceitos

que se entrelacem ou que expliquem de formas diferentes o que já foi estuda-do. Registre essas conexões (nos livros ou em cadernos de estudos). Assim, quando você precisar falar a respeito destes temas as obras de referência serão identificadas mais facilmente.

CTP 2015 – Preletores e líderes da iluminação

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e) Estudo em grupoEstudar com outros colegas é bastante rico e pode contribuir com sua

formação, pois os referenciais pessoais são diferentes e, ao compartilhá-los, a compreensão também se ampliará. Além disso, falar daquilo que você já estudou também contribui no processo de estudo.

5. Bibliografia complementar

Seguem algumas sugestões de leitura que nos permitirão refletir so-bre o papel da leitura e nossa relação com o texto:

Como ler livrosAutores: Charles Van Doren e Mortimer AdlerTradutores: Eduardo Wolf e Pedro Sette CamaraEditora: E RealizaçõesAssunto: Literatura estrangeira – teoria e crítica literária

Ler, pensar e escreverAutor: Gabriel PerisseEditora: SaraivaAssunto: Administração

Metodologia do trabalho científico – edição revisada e atualizadaAutor: Antonio Joaquim SeverinoEditora: CortezAssunto: Metodologia de pesquisa

A importância do ato de lerColeção: Questões da nossa época, v. 22Autor: Paulo FreireEditora: CortezAssunto: Pedagogia

Como ler um texto de filosofiaAutor: Antonio Joaquim SeverinoEditora: PaulusAssunto: Filosofia

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Preletores e líderes da iluminação – CTP 2015

Exercício – Interpretação de texto

Leia com atenção o texto abaixo, extraído do livro A Cartilha da Vida v. 1 (pp. 83-84), e responda as perguntas sobre ele.

Dentro da condução para a escola, para a firma ou para a fábrica, fe-che os olhos e chame:

“Ó Deus, que estais no âmago de minha alma e que sois a força infini-ta, manifestai-Vos vigorosamente!”.

Em seguida, mentalize várias vezes:“Estou protegido pela força infinita! Não me canso! O homem possui

força infinita!”.Essa é a Meditação Shinsokan mais simples, cuja prática impede que

nos cansemos e que faz com que se manifeste em nós a infinita força para o trabalho, a infinita força para o estudo.

Leitor, experimente praticá-la.Experimente praticá-la todos os dias, continuadamente. Você adqui-

rirá uma autoconfiança extraordinária. Uma capacidade admirável surgirá do seu interior. Seu corpo se tornará saudável, sua capacidade de memória au-mentará, sua eficiência no trabalho e no estudo melhorará e, como consequ-ência, você será mais benquisto, construindo assim a base do seu êxito futuro.

De nada adianta praticar essa meditação somente uma ou duas vezes e desistir. Ela deve ser praticada todos os dias; pode ser na condução diária de ida e de volta, pode ser apenas durante um minuto, antes de começar a es-tudar. Você deve constantemente dirigir aquelas palavras ao mais íntimo de si mesmo. Adquirindo esse hábito, poderá se sair bem nos exames ou quan-do surgirem problemas difíceis na firma. Basta chamar por seu Deus interno apenas alguns segundos, “Ó Deus que estais no âmago de minha alma…”, que você conseguirá se concentrar, recobrar a calma e vencer as dificuldades com admirável desembaraço.

É muito mais fácil chamar a força infinita que está dentro de nós mes-mos do que ficar pedindo auxílio aos outros. Dentro de você mesmo existe a força infinita! E a força infinita se manifesta com um método tão simples!

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1) Qual é a ideia central do texto?

2) Podemos concluir que a prática tradicional da Meditação Shinsokan (estáti-ca) pode ser substituída pela prática sugerida no texto? Por quê?

3) Cite um outro texto que trate do mesmo assunto ou um relato que com-prove sua veracidade.

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Preletores e líderes da iluminação – CTP 2015

Como preparar e conduzir uma boa explicação de prática ou cerimônia

De acordo com os Pensamentos básicos em relação aos cerimoniais da Seicho-No-Ie, as práticas e cerimônias são compostas de dois aspectos: de natureza mental e de natureza formal.

Os “elementos de natureza mental” são componentes universais, os quais pessoas do mundo todo, mesmo aquelas pertencentes a esferas culturais diferentes, podem apreender, tais como a fé, a mente de celebração dos ofícios, a mente de oração etc.12

1. Por que toda prática ou cerimônia é precedida de explicação?

Antes de iniciar qualquer prática ou cerimônia, o condutor deve dar ao participante a dimensão que essa prática ou cerimônia possui. Todas elas possuem um profundo significado espiritual e deverão ser realizadas com essa mente de espiritualidade.

A prática de purificação da mente, por exemplo, é muito comum em nos-sas atividades e grande parte dos adeptos já conhece sua explicação. No entanto, o orientador escalado para conduzi-la deve realizar a explicação antes da prática. Aliás, a explicação deve anteceder, inclusive, o preenchimento dos papeis com os textos de confissão. Isto porque, se não houver uma profunda reflexão e sincero arrependimento (este é o princípio da purificação da mente), o preenchimento será mera formalidade e a prática não surtirá todo o efeito proposto.

12 Pensamentos básicos em relação aos cerimoniais da Seicho-No-Ie In Manual do Preletor, p. 178.

CTP 2015 – Preletores e líderes da iluminação

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2. Postura dos participantes

De maneira geral, o que se espera de nossos adeptos – ao participa-rem das práticas e cerimônias – é que sintam a profunda vibração de amor e misericórdia, que sintam-se preenchidos de paz espiritual e com a certeza de que aquela prática ou cerimônia já surtiu efeito.

É necessário fazer com que o participante entre na vibração da práti-ca ou cerimônia e para isso deverá ser orientado pelo orientador a:

• Desligar todo tipo de aparelho eletrônico (principalmente telefo-nes);

• Evitar conversas paralelas durante a explicação (o silêncio é sagra-do);

• Concentrar-se nas palavras do condutor e repeti-las com convic-ção quando for solicitado;

• Sentar-se corretamente na cadeira etc.Todos estes aspectos, se não forem observados, podem resultar di-

retamente na falta de comprometimento e concentração do participante e, com a mente desvirtuada, dificilmente entrará na vibração de espiritualida-de que a prática ou cerimônia requer.

Para que o participante possa manter-se atento durante a explicação, o preletor ou líder da iluminação precisa conduzir sua explanação de modo que o público se identifique com o que está sendo proposto, incluindo relatos de experiência com situações comuns, cotidianas. Assim, os participantes pen-sarão “Puxa, exatamente como aconteceu comigo!” e ficarão atentos à prática realizada pelo protagonista do relato, bem como o resultado alcançado.

O objetivo da explicação que antecede a prática ou cerimônia é fazer com que a mente fique direcionada com fé para a oração a ser realizada.

Orar é criar ondas mentais que fazem emergir neste mundo aquilo que já existe no mundo da Realidade, de acordo com os nossos desejos. Fé são estas ondas mentais que se manifestam com grande intensidade.13

13 Concretização da vontade de Deus – Condições para que a oração seja atendida In Explicações Detalhadas sobre a Meditação Shinsokan, p. 223.

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Preletores e líderes da iluminação – CTP 2015

3. Preparando uma boa explicação

• Antes de iniciar a preparação, leia todo o roteiro da prática ou cerimônia. Mesmo nas palavras de oração do roteiro, existem pontos que precisam ser tratados na explicação para preparar a mente dos participantes.

• Leia os textos Pensamentos básicos em relação aos cerimoniais da Sei-cho-No-Ie, Explicações gerais, Tabela para utilização de vestimentas cerimoniais e Recomendações com relação às cerimônias, que cons-tam no manual Cerimônias e Práticas da Seicho-No-Ie.

• Inclua na explicação alguns esclarecimentos sobre as formalidades que acontecerão durante a prática ou cerimônia (por exemplo: in-cineração de papeis, oferta de incenso, agradecimento etc.).

• Norteie a explicação nos principais sentimentos que devem per-mear a prática ou cerimônia:

Cerimônia / prática Sentimento

Cerimônia em memória dos ante-passados Gratidão

Cerimônia em memória dos anji-nhos abortados Arrependimento* e acolhimento

Cerimônia de grande purificação da mente Arrependimento*

Cerimônia de consagração de agra-decimento à Missão Sagrada Gratidão

Cerimônia de purificação de moradia Alegria, gratidão, mente positiva e dócil

Cerimônia de purificação de estabe-lecimento comercial

Alegria, gratidão, mente positiva e dócil

Cerimônia de purificação de veículo Alegria, gratidão, mente positiva e dócil

Cerimônia de purificação do livro sagrado

Alegria, gratidão, mente positiva e dócil

Cerimônia de consagração de recinto Alegria, gratidão, mente positiva e dócil

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Cerimônia / prática Sentimento

Cerimônia de vinculação de alma à tabuleta memorial Gratidão, respeito e reverência

Cerimônia de desvinculação da alma da tabuleta memorial Gratidão, respeito e reverência

Cerimônia fúnebre com vinculação de alma à tabuleta memorial Gratidão, respeito e reverência

Cerimônia fúnebre sem vinculação Gratidão, respeito e reverência

Cerimônia de remoção dos registros espirituais Respeito e reverência

Cerimônia de aniversário de faleci-mento do sagrado mestre Masaharu Taniguchi

Gratidão, respeito e reverência

Cerimônia de aniversário de falecimen-to da sagrada irmã Teruko Taniguchi Gratidão, respeito e reverência

Cerimônia de gratidão ao sagrado mestre Masaharu Taniguchi e ao sa-grado professor Seicho Taniguchi

Gratidão, respeito e reverência

Cerimônia para evitar acidentes au-tomobilísticos na rodovia Amor, respeito, proteção

Cerimônia em memória dos pioneiros Gratidão

Purificação da mente Arrependimento*

Meditação Shinsokan de oração mútua

Para quem doa: solidariedade, gra-tidão, mente natural e humildade para autocorrigir-sePara quem recebe: Arrependimen-to*, desejo de curar-se, convicção de que está salvo e retribuição

Prática recitativa “Reino de Deus de infinita provisão” Prosperidade, alegria e gratidão

Prática recitativa “Imagem Verda-deira – Harmonia – Perfeição” Alegria, harmonia e gratidão

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* Arrependimento – o preletor / líder da iluminação deve ter o cuidado de não incentivar no adepto a autopunição, isto é, não é fazer com que o adepto se sinta culpado e sim que ele desperte para sua natureza divina e decida romper terminantemente com comportamentos incompatíveis com essa na-tureza.

Para que se produzam os resultados esperados em qualquer ativida-de de cunho espiritual, o participante precisa estar disposto a se entregar a Deus e agradecer a Ele pela oportunidade de estar ali.

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Como estudar temas da atualidade

Dividimos esta aula em quatro itens fundamentais para compreen-são da importância de estudar e compreender os temas da atualidade.

1. Por que estudar temas da atualidade?

O professor Masaharu Taniguchi nos orienta sobre a importância e a necessidade do religioso estar atento e por dentro das questões atuais. Esta orientação consta no item “A missão do religioso na atualidade”, página 63 do livro Pensamentos de Sabedoria:

Para que a religião possa salvar o povo todo, ela precisa apresentar-se em conformidade com as necessidades de cada época. Mas os teólogos e reli-giosos da atualidade estão cumprindo essa nobre missão? O dr. Hardman diz que não, já que eles pensam:

Por que terei de me dedicar a uma tarefa tão árdua como continu-ar pesquisando? Nosso credo, nossa doutrina, nosso dogma já não tratam da Verdade absoluta sobre Deus? Se os homens ainda seguem tropeçando, sofrendo por dificuldades, pecado, pobreza, isso aconte-ce porque eles detestam crer e receber a salvação. Minha função é salvar a alma deles para o paraíso futuro. Nossa revelação divina sobrenatural, o sacrifício de uma pessoa para salvar o mundo e sub-jugar o demônio – isso é o bastante. Faço pregações. Mas estudar as leis mentais, isso jamais. Por quê? Porque isso seria o mesmo que con-fessar que não conheço perfeitamente Deus. Chega de ofensas insinu-antes de que eu teria cochilado no momento crucial, ou que eu estaria totalmente enganado.

Não há salvação se for esse o pensamento dos religiosos atuais.

Dessa forma, para os homens modernos com inteligência científica, a reli-gião torna-se algo sem nenhuma relação com eles. Se os religiosos pensam seriamente em levar salvação ao homem da atualidade, é necessário falar sobre religião de uma forma mais científica. (sublinhado pelo compila-dor)

Desde o início, o espírito da Seicho-No-Ie é transmitir um ensinamen-to em sintonia com o momento atual, respondendo às questões do mundo

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e sociedade contemporâneas. O conhecimento de tais questões é necessário também no âmbito da salvação individual, uma vez que todos nós somos permeados pelas tendências, ansiedades, modismos, enfim, pelo mundo a nossa volta. Conhecer o mundo e o nosso tempo é um dos caminhos para conhecer a pessoa que estamos orientando.

O professor Masaharu Taniguchi sempre enfatizou que o ensinamen-to dialoga (e que deve sempre dialogar) com o que diz no momento a ciência (medicina, física, biologia etc.), filosofia, estudos sobre a mente, pensamen-to iluminador. Na Revista Seicho-No-Ie Nº 1, que deu origem ao movimento em 1º de março de 1930, encontramos o nome e as contribuições de diver-sos pensadores, religiosos e psicanalistas. Essa postura se mantém até hoje como uma característica da transmissão da Verdade pela Seicho-No-Ie, e uma das bases para a autoridade e qualidade de suas pregações.

2. Qual deve ser o objetivo da pesquisa?

a) Papel do divulgadorAo estudarmos os diversos assuntos em variadas fontes, precisamos

manter em mente, com clareza, qual o objetivo dessa pesquisa. O que nos leva a pesquisar um determinado assunto? Quando pes-

quisamos algo, fazemos tendo em vista as preferências e motivações pesso-ais, curiosidades, necessidades profissionais etc.

Como divulgadores, o nosso papel é compreender bem os ensina-mentos para divulgá-los ao maior número de pessoas possível. Para reali-zarmos esta nossa atribuição, a pesquisa de assuntos deve ter como objetivo aumentar o repertório de conhecimentos que nos ajudem a reforçar, ilustrar e aprofundar o entendimento de temas que a doutrina aborda.

É válido ou permitido conhecer outros ensinamentos, abordagens, filosofias? Sim, obviamente. No entanto, devemos sempre, no contexto de nossas atividades, como divulgadores da Seicho-No-Ie, compreender bem a sua doutrina, seus posicionamentos e abordagens, e cuidar para que não haja a emissão de opiniões pessoais sobre determinados temas, ou trazer outros ensinamentos por considerar pessoalmente que seja um posiciona-mento ou tese mais interessante que a própria Seicho-No-Ie.

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b) Enriquecendo o repertórioConhecer bem determinado assunto nos auxilia para que possamos

argumentar a favor de nossos posicionamentos. Uma argumentação pode ser realizada não apenas apresentando opiniões que concordem com o seu ponto de vista. Pode ser também realizada refutando-se opiniões contrárias.

Em se tratando de temas que dialogam com outras áreas de saber (ci-ência e religiões), é bastante importante que tenhamos uma bagagem sufi-ciente para que as nossas colocações estejam embasadas consistentemente.

Nas Conferências Especiais da Seicho-No-Ie para a Paz Mundial, so-mos orientados de modo a sempre buscarmos estudar os assuntos ali trata-dos sob diversos aspectos e aprofundamentos, para que haja uma sólida base em nossas colocações sobre o tema.

c) Ampliar o conhecimento e a compreensão do temaO estudo de temas da atualidade não só nos auxiliam nas argumen-

tações, mas possibilita também um maior aprofundamento e ampliação do nosso conhecimento sobre o assunto em questão. Neste sentido, é uma im-portante aquisição que nos enriquece e nos faz reconhecer mais e mais as diversas implicações do posicionamento da Seicho-No-Ie, bem como sua re-levância em nossas vidas e como resposta às questões atuais.

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3. Onde estudar?

a) Fontes de pesquisaHoje em dia temos à nossa disposição uma enorme quantidade e va-

riedade de informações acessíveis. Isso nos cria grandes facilidades, mas nos requer um cuidado redobrado.

O problema da qualidade das informações – nem sempre o que está em livros ou na internet é uma informação correta, de fontes seguras ou soli-damente embasadas. Assim sendo, vale a pena tomar os seguintes cuidados:

• Quando você lê um texto, certifique-se e informe-se sobre o seu autor e a procedência dos dados. Existem muitas pessoas escre-vendo sobre diversas coisas, mas nem sempre são autoridades ou entendidos no assunto. Considere que quanto mais confiável o au-tor, maior a solidez de seus argumentos.

• Sites de pesquisa como Wikipedia, apesar de auxiliarem para se ter uma noção sobre um determinado tema, têm as suas informa-ções alimentadas pelo público em geral, podendo haver problemas em seu conteúdo.

• Reportagens de revistas e jornais (escritos ou na TV), sempre têm um posicionamento próprio. Nenhuma reportagem é neutra, pois procura transmitir uma opinião da revista, mesmo em se tratando das últimas descobertas sobre determinada dieta, ou sobre deter-minada terapia para a cura de determinada enfermidade.

• Sempre que possível, procure a opinião de um ou mais especialis-tas no assunto.

• Quando for apresentar alguma informação pesquisada, procure mencionar a fonte (pesquisador tal, de tal instituição ou revista tal, ou noticiário de tal emissora). Isto assegura que tal é o posicio-namento dessa pessoa ou da instituição emissora.

b) Onde pesquisar:Tomados os devidos cuidados, as fontes são as mais variadas e possíveis:• Reportagem de TV, jornal, revista (com ressalvas);• Internet (com ressalvas);• Publicações e revistas científicas (recomendado sempre pelo seu

reconhecimento acadêmico, mas não necessariamente significa que sejam posicionamentos irrefutáveis);

• Entrevistas (procure saber se baseia o posicionamento do entre-vistado e do entrevistador);

• Livros.

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c) Complexidade do conhecimento no mundo de hojeO conhecimento no mundo atual é tão vasto e diverso que é possível

encontrar argumentos a favor e contra qualquer posicionamento. Quanto mais você puder conhecê-los, enriquecerá o saber sobre os variados temas.

d) Reforçando a questão da citaçãoComo já dissemos, trazemos dentro de nós os diversos aprendizados

que tivemos e que são enriquecidos ao longo da nossa vida. Muitos concei-tos, pensamentos e ideias fazem parte do conjunto de nosso saber.

Aqui cabe reforçar que, como divulgadores, nosso papel é divulgar os ensinamentos da Seicho-No-Ie, seus posicionamentos e conceitos. O fato de haver, em muitos casos, uma semelhança em algumas abordagens, não significa necessariamente que todo o pensamento de outrem deva ser aceito indiscriminadamente, sem a devida reflexão e crítica. Portanto, ao utilizar estas informações, é válido mencionar sempre a sua procedência. O uso de tais informações enriquecem os nossos exemplos e argumentos, mas deve-mos cuidar para que não haja confusões por parte das pessoas a quem divul-gamos a Seicho-No-Ie. Por exemplo:

I) A teoria dos “chakras” é um conceito que aparece nos Vedas, bastante difundido pela filosofia da Ioga. Não é uma teoria que foi utilizada pelo professor Masaharu Taniguchi. Não há problema em mencioná--la, mas é importante reforçar de onde vem esta informação.

II) A Neurolinguística é uma teoria dentre as várias existentes dentro do campo da Psicologia. Seus conceitos e posicionamentos às vezes se aproximam da Seicho-No-Ie, e em outros momentos se afastam. Ao utilizar os exemplos dados por esta teoria, ou mencionar os seus posicionamentos e descobertas, é importante reforçar claramente a referência de que tais informações são oriundas desta. Veja que o professor Masaharu Taniguchi toma esse cuidado ao falar da psica-nálise (e em outros casos ao mencionar vários pensadores da filoso-fia, ciências mentais e religião).

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4. Como pesquisar

Vale a pena, nas suas leituras, estudos ou navegações pela internet, ir registrando e catalogando as informações que considerar úteis e interessan-tes. Faça um banco de dados destes assuntos e procure sempre atualizá-lo por causa da velocidade com que as informações mudam no mundo de hoje.

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Como utilizar bem os livros nas palestras e aulas

As obras da Seicho-No-Ie são o santuário de Deus, o instrumento pelo qual buscamos proporcionar a verdadeira salvação a toda humanidade. Assim, é necessário que saibamos utilizar bem estas dádivas que são as pu-blicações portadoras da Verdade para levar adiante o pensamento ilumina-dor, atingindo um número cada vez maior de pessoas.

O meu santuário número um já foi concluído. Ele se chama A Verdade da Vida (Imagem Verdadeira da Vida). (…) No passado, revelei que não é necessário santuário para mim. Eu sou Palavra (Caminho), e por isso o meu santuário é construído onde é falada a minha Palavra. A Verdade da Vida, que traz a minha Palavra, é o meu santuário. A Verdade da Vida (Imagem Verdadeira da Vida) é o meu corpo verdadeiro (…).14

O preletor ou líder da iluminação, por ter assumido a missão de trans-mitir a Verdade, deve saber utilizar os livros e revistas sagrados de forma efi-caz em suas mais diversas atividades. O ponto culminante de uma reunião da Seicho-No-Ie é a mensagem transmitida pelo palestrante. O olhar atento das pessoas, direcionado para o palestrante, é o que mais chama a atenção. Tanto seus movimentos quanto a fala são como um ímã atraindo a atenção, e é aí que encontramos o momento certo para divulgar a rica literatura da Seicho-No-Ie.

Sabemos que o tema escolhido é muito importante, mas sabemos que o estudo prévio e profundo, o domínio sobre o assunto, são fatores que farão com que a mensagem alcance o objetivo sagrado proposto, que é de iluminar a humanidade.

É muito importante referenciarmos os livros e revistas durante nos-sas palestras. O valor que determinarmos aos conteúdos estabelecerá o inte-resse da procura e chegada às nossas livrarias.

Nas preleções é fundamental ter sempre o livro-texto em mãos. Dei-xá-lo exposto num demonstrador também é muito eficaz.

14 Revelação Divina sobre “Palavra é Imagem Verdadeira” In Revelações Divinas, p. 45.

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1. Principais diferenças entre aula e palestra

Como sabemos, há diferenças entre ministrar uma aula e proferir uma palestra. Como tais diferenças se refletem no uso das obras, listamos abaixo algumas das peculiaridades de cada atividade.15

Aula PalestraAborda um tema específico Tem um tema mais abrangente

É um estudo aprofundado A abordagem do assunto é mais ge-nérica

Geralmente se trabalha um único as-sunto

Pode-se trabalhar vários assuntos correlatos

É um estudo que pede maior partici-pação do grupo

Tem formato eminentemente expo-sitivo

Os alunos procuram fazer mais per-guntas O público raramente faz perguntas

É um público que busca orientação para aprofundar seus conhecimentos

É um público variado, que pode ou não aceitar as explicações

No geral, o assunto já é conhecido do público

Por ser um público geral, o assunto pode ser novidade para o público

São trabalhados “estudos de caso” São contados “relatos de experiên-cia”

Assim, tomando por base as diferenças entre a dinâmica de uma pa-lestra e uma aula, vejamos como utilizar as obras da Seicho-No-Ie em cada uma das situações.

15 Orientações para Orientadores e Coordenadores dos Módulos de Estudos da Seicho-No-Ie.

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2. Utilização dos livros em palestras

• Antecipadamente, contatar o presidente da associação local e ver a possibilidade de realizar venda do livro-texto, com desconto.

• Perguntar ao presidente da associação local se há algum livro com grande quantidade em estoque e, então, inseri-lo como livro-texto – se possível, colocá-lo com valor promocional.

• Geralmente utilizamos um único livro como base para realizar a palestra. Se precisar usar mais de um, faça de um deles o livro-tex-to principal e os demais serão auxiliares (no máximo três ao total).

• Se no conteúdo do livro houver orações e/ou práticas, chamar a atenção sobre esta utilidade. Se for oportuno ao assunto, inserir a oração e/ou prática durante a reunião.

• Além do tema extraído do livro, mencionar outros tópicos cons-tantes nele, despertando o interesse do público para sua aquisição.

• É imprescindível que se faça referência ao livro-texto principal no iní-cio da palestra, falando brevemente sobre o livro (outros temas que trata, peculiaridades do livro, um breve relato sobre a leitura etc.);

• Deve-se realizar a leitura de alguns trechos do livro, explicando seu significado em seguida. Alternamos as explicações teóricas com os relatos de experiência e demais explanações.

• A leitura deve ser feita com boa entonação, salientando os pontos importantes mediante a variação do tom de voz.

• O trecho escolhido deve ser sucinto para não se tornar algo ma-çante para os ouvintes.

• Ao realizar a leitura, evite esconder o rosto com o livro.• Marque os trechos a serem lidos com lápis ou marca-texto, bem

como a página com post-it ou marca-páginas.

Importante: se for ler trechos de dois ou mais livros, ou mes-mo vários trechos diferentes de um mesmo livro, marque as páginas com post-it e numere-os com a sequência dos trechos planejada.

• Se utilizar o data-show para projetar trechos do livro, observe o seguinte:o O slide deve levar em consideração as condições do ambiente

(claridade e tamanho do salão, distância da tela até o último espectador etc.);

o Faça slides com design harmonioso, com tamanho de letra adequado e sem poluir demais a projeção (vide exemplos na sequência);

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o Coloque sempre o nome do livro e página de onde extraiu o texto no rodapé do slide; é possível também colocar a imagem da capa (atual) do livro, desde que fique bem visível para to-dos os presentes;

o Não se recomenda solicitar que o apresentador ou alguém da pla-teia leia o texto, para evitar constranger qualquer participante;

o Solicitar a leitura em conjunto de todo o público também não é recomendável, em regra;

Importante: o projetor pode falhar, portanto o livro deve estar em mãos, com a marcação dos itens que serão utilizados.

• O desenvolvimento da palestra não precisa seguir a sequência de tópicos do livro. Utilize o livro com liberdade, da forma mais coe-rente com o tema explanado.

• Ao utilizar um relato de experiência de um livro, procure não ler a história toda. Decore os pontos principais e conte com suas pró-prias palavras, lendo somente partes nas quais seja importante destacar as palavras do próprio autor.

• Na palestra, o livro-texto é material de apoio, não fique preso de-mais à leitura dele a ponto de a palestra não fluir de forma natural.

3. Utilização dos livros em aulas

• Normalmente em uma aula, utilizamos vários livros, selecionan-do de cada um o trecho mais adequado para a explanação.

• No caso de utilizar um livro como base, procure seguir a sequência da explanação do autor.

• Incentive que todos os alunos tragam os livros para as aulas.• Se todos os alunos possuírem o livro, é possível ler trechos maio-

res do que se faria numa palestra, solicitando que todos acompa-nhem a leitura em seus respectivos livros.

• Na aula pode-se solicitar que um aluno leia partes do texto.

Importante: o aluno deve ser incentivado a ler, mas nunca obri-gado; deixe sempre os alunos à vontade.

• Após a leitura, a explicação deve destacar os pontos principais do que foi lido e aprofundar cada um dos pontos. Se necessário, traga explicações complementares de outras obras.

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• Incentive os alunos a grifarem as partes importantes dos trechos li-dos com lápis ou marca-texto, de forma a facilitar o estudo posterior.

• Ao utilizar um relato de experiência constante do livro, faça-o como estudo de caso, ou seja, debata com os alunos os princípios aplicados no relato e não a história em si.

• Traga sempre referências de outras obras que abordam o mesmo tema, para que o aluno possa pesquisar mais profundamente o tema depois da aula.

Exemplos de slides agradáveis

Exemplos de slides inadequados

Outras sugestões:• Nas orientações pessoais, indicar ao orientando um livro para estu-

do e solução do problema, e solicitar que retorne após alguns dias para continuidade da orientação recebida. Incentivar para que assi-nale, durante sua leitura, pontos que deseje esclarecimentos.

• Com referência às revistas, utilizá-las também se houver o assun-to do tema, aproveitando para incentivo às pessoas adquirirem exemplares para preencherem o cartão de bênção aos familiares e amigos.

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Preletores e líderes da iluminação – CTP 2015

Como conduzir bem a prática da Meditação Shinsokan

1. O que é a Meditação Shinsokan?

(…) a palavra Shinsokan é composta por três ideogramas: Shin = Deus, so = pensar, kan = contemplar. Significa contemplar em pensamento o mundo perfeito e harmonioso criado por Deus. Contemplar é visualizar mentalmente, ou seja, é meditar. (Meditação Shinsokan é Maravilhosa, p. 51)

A Meditação Shinsokan é de tal forma importante para o praticante do ensinamento da Seicho-No-Ie que os professores Masaharu e Seicho Ta-niguchi registraram no livro O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação que é preciso que a conscientização que só existe a Vida de Deus penetre em cada célula do corpo, portanto cada um deve devotar-se de corpo e alma a Deus, realizando esta prática (artigo 11).

2. Praticar todos os dias

Para ser um bom condutor da Meditação Shinsokan é preciso ser um bom praticante. Isto significa que o condutor deve saber qual é o sentimento, a sensação, a postura, o ritmo de respiração etc. durante a prática da meditação. O professor Seicho Taniguchi escreve no prefácio do livro Meditação Shinsokan é Maravilhosa que o viver religioso consiste em realizar treinamentos para fazer naturalmente o que é natural. A Imagem Verdadeira da Vida é exis-tência real e o homem, que é filho de Deus, deve reconhecer com naturalidade aquilo que é natural (aspecto real). E o que nos faz direcionar nossa mente para o que de fato existe é a prática do treinamento chamado Meditação Shinsokan.

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3. Postura do condutor

O condutor da Meditação Shinsokan – básica ou suas variações – deve ter plena consciência de que seu papel não é o de desfrutar da meditação como os demais participantes, assim como faz em sua casa diariamente, mas sim dar o direcionamento para que os participantes possam praticá-la, reali-zando corretamente cada um dos itens que a compõem.

Embora diversos livros possuam a sequência da Meditação Shinsokan, sugerimos utilizar a do livreto “Shinsokan” e Outras Orações. Não significa que as sequências publicadas em outras obras estejam incorretas; a sugestão é feita para que os adeptos, realizando sempre a prática com as mesmas pa-lavras, com um treinamento uniforme, se familiarizem com ela.

4. Como conduzir – passo a passo

a) Reverências Devem ser realizadas apenas quando houver Quadro do Jisso. O con-

dutor deve colocar-se bem à frente do quadro (se possível), voltado para ele e dar o comando, realizando as reverências calmamente, junto com os demais.

O condutor deve ter o cuidado de não realizá-las muito rapidamente, obedecendo as orientações já passadas em outros treinamentos (as duas pri-meiras reverências devem formar o ângulo de 90°; a leve curvatura deve ter aproximadamente 30°). Depois, deve solicitar que todos tomem assento e sentar-se voltado para o público.

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b) Posição de oração O condutor deve sentar-se na ponta da cadeira e orientar os parti-cipantes a fazer o mesmo, recolhendo os pés com os calcanhares juntos e a ponta dos pés tocando o solo.

Deve solicitar que as mãos sejam justapostas diante do rosto, de modo que caiba entre as palmas um ovo de codorna. A ponta dos polegares deve ficar na altura da extremidade do nariz, quase tocando-o. Os braços devem ficar relaxados.

Os olhos devem ficar fechados até o final da prática e os globos oculares devem ficar ligeiramente voltados para cima para evitar a formação de rugas en-tre as sobrancelhas. A fisionomia deve ser alegre para captar as ondas de Deus. Todos devem mentalizar de acordo com as palavras de oração, que serão proferidas apenas pelo condutor.

c) Canto Evocativo de Deus O condutor deve fazer o Canto Evocativo de Deus, tomando o cuida-do de utilizar exatamente as palavras conforme publicado no livreto “Shin-sokan” e Outras Orações, isto é, na primeira pessoa do singular (abençoai-me, protegei-me, eu vivo, minhas obras).

d) Meditação Assim que terminar o Canto Evocativo de Deus, inicia-se a mentali-zação com a declaração “Neste momento, deixo o mundo dos cinco sentidos e entro no mundo da Imagem Verdadeira” e logo depois precisa dar o coman-do do que precisa ser visualizado mentalmente.

É importante que o condutor direcione, o tempo todo, o treinamento dos participantes (postura, respiração e mentalização) durante a prática. En-tão, precisa dizer o que deve ser contemplado (o mundo infinitamente vasto e esplendoroso da Imagem Verdadeira) para, depois, declarar “Aqui, onde estou, é o mundo da Imagem Verdadeira”. Logo depois disso, é o momento de repetir e visualizar os oceanos de infinitas virtudes de Deus. Ao repetir diversas vezes cada um deles, o

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condutor deve fazê-lo em ritmo mais acelerado do que lento, para que os participantes não tenham tempo de deixar que a mente se desconcentre das palavras que são pronunciadas e da imagem mental formada.

Assim mentalizando, deve-se orientar os participantes a contemplar os atributos de Deus que, em forma de luz, os envolvem e se estendem por toda parte. Conforme orientações dos livros que versam sobre Meditação Shinsokan, esta mentalização (dos oceanos) pode ser repetida várias vezes, até conseguir visualizar todo o Universo repleto de luz de Deus. No entanto, o condutor deve ter o cuidado de controlar o tempo de prática, sem suprimir nenhuma das partes fundamentais.

Depois disso deve declarar “É o mundo da harmonia absoluta. Neste sublime mundo da Imagem Verdadeira, eu, como filho de Deus, estou rece-bendo de Deus a Sua infinita força vivificante”.

e) RespiraçãoAssim mentalizando, os participantes devem ser conduzidos a ins-

pirar lenta e silenciosamente o ar pelas narinas, com a sensação de estarem inspirando a infinita força de Deus que brilha resplandecentemente. Sem pensar que estão apenas inspirando o ar, devem visualizar por trás das pál-pebras uma intensa luz e inspirar lentamente, sentindo que essa luz penetra em seu ser, da ponta dos dedos médios, preenchendo todo o corpo, a partir do alto da cabeça até a extremidade dos pés. Enquanto inspiram lenta e si-lenciosamente pelo nariz, devem mentalizar “A infinita força vivificante de Deus flui para o meu interior, flui, flui, flui...”, até completar a inspiração.

O condutor deve perceber que tanto a imagem mental que deve ser contemplada pelos participantes quanto o ato de inspirar obedecem à sua voz de comando. Por isso, ele deve imprimir um ritmo adequado, de forma que os participantes não se sintam incomodados ou fora de sincronia com o tempo de respiração. Naturalmente, o condutor não usufrui da prática como os demais participantes. Assim, tão logo termine o tempo necessário para inspiração deve passar para a próxima etapa, que é comprimir o ar para o baixo-ventre e dilatá-lo para frente. Então, conservando a sensação de plenitude, devem mentalizar várias vezes “Pela luminosa força vivificante de Deus sou preen-chido, sou vivificado, sou preenchido, sou vivificado. Obrigado, muito obri-

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gado...”. Enquanto isso, devem visualizar todo o seu ser preenchido e ilumi-nado pela força vivificante de Deus.

É preciso também esclarecer que enquanto se mentaliza as palavras anteriores com esta imagem mental, o ar vai se esvaindo lentamente pelas narinas; antes que todo o ar tenha sido expirado, todos devem voltar a inspi-rar novamente, mentalizando “A infinita força vivificante de Deus flui para o meu interior, flui, flui, flui...”.

Este processo deve ser repetido diversas vezes, até alcançar o estado de concentração total. No entanto, o condutor deve ter o cuidado de contro-lar o tempo de prática, já que depois da declaração (a seguir), todo o processo de meditação deverá ser repetido.

Depois de algumas repetições do processo de mentalização com res-piração controlada, o condutor deve afirmar categoricamente “Já não sou eu quem vive; é a Vida de Deus que aqui vive”. Esta declaração deve ser repetida algumas vezes.

Em seguida, deve-se retornar ao início da meditação, afirmando “Aqui, onde estou, é o mundo da Imagem Verdadeira!”. Se o tempo destino à prática dentro da atividade for curto, o condutor solicita que cada um dos participantes faça por si, em silêncio, a mentalização combinada com a respi-ração controlada; se houver tempo, o condutor pode realizar todo o processo mais uma vez antes de solicitar que cada um o realize por si mesmo.

De acordo com o livreto “Shinsokan” e Outras Orações, durante o tem-po em que cada um realiza a meditação por si, podem mentalizar também palavras de afirmação de que o objetivo almejado já está realizado.

É importante que durante o processo de mentalização individual se permaneça em silêncio, mas é responsabilidade do condutor cuidar para que a prática não ultrapasse o tempo previsto. Este período de mentalização pode ser encerrado com a declaração “Já não sou eu quem vive; é a Vida de Deus que aqui vive” ou pode passar diretamente para o próximo item.

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f) Oração pela manifestação da Imagem Verdadeira do Brasil O condutor deve realizar a oração pela manifestação da Imagem Ver-dadeira do Brasil, embora não conste no livreto “Shinsokan” e Outras Orações, conforme orientação passada já alguns anos pela SEICHO-NO-IE DO BRA-SIL. Deve anunciar “Oração pela manifestação da Imagem Verdadeira do Brasil” e em seguida realizar duas vezes a oração, cuidando para não trocar as palavras do seu conteúdo (acrescentando plurais ou suprimindo-os).

g) Oração pela Paz Mundial Na sequência, o condutor realizará a oração pela Paz Mundial, se-guindo o mesmo procedimento da oração anterior (anuncia o nome e realiza a oração duas vezes).

h) Canto da Grande Harmonia Em seguida, anuncia o Canto da Grande Harmonia e o faz duas vezes.

i) Fim da Meditação Shinsokan Assim que terminar o Canto da Grande Harmonia, a prática está fi-nalizada. O condutor deve indicar que a prática chegou ao fim. Isto pode ser feito com a afirmação “Fim da Meditação Shinsokan”, pois os participantes entenderão que poderão desfazer a postura inicial e abrir os olhos.

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j) Reverências Devem ser realizadas apenas quando houver Quadro do Jisso. O con-

dutor deve levantar-se e colocar-se bem à frente do quadro (se possível), voltado para ele e dar o comando, realizando as reverências calmamente, junto com os demais.

O condutor deve ter o cuidado de não realizá-las muito rapidamente, obedecendo as orientações já passadas em outros treinamentos (as duas pri-meiras reverências devem formar o ângulo de 90°; a leve curvatura deve ter aproximadamente 30°). Depois, deve solicitar que todos tomem assento e retirar-se do palco.

5. Estudar sobre Meditação Shinsokan

Nas orientações registradas anteriormente, foram ressaltados ape-nas os pontos técnicos para que a prática seja bem conduzida. No entanto, para que o condutor tenha pleno conhecimento sobre o objetivo de cada um dos itens da prática da Meditação Shinsokan deve haver estudo. Assim, sugerimos que alguns livros que versam sobre o assunto se-jam bem estudados:

• “Shinsokan” e Outras Orações;• Meditação Shinsokan é Maravilhosa;• A Verdade da Vida v. 8;• Explicações Detalhadas sobre a Meditação Shinsokan.Estes livros não esgotam todo o assunto, mas podem fornecer aos

condutores da prática um bom conhecimento. Além disso, é possível perce-ber que em cada um foi dada ênfase em um item diferente da prática; por-tanto, o estudo destas obras contribuirá para que os condutores busquem a excelência na condução.

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6. Variações da Meditação Shinsokan

As orientações anteriores referem-se, quase que integralmente, à prática da Meditação Shinsokan básica. Caso o condutor tenha que conduzir uma das variações constantes no livro Explicações Detalhadas sobre a Medi-tação Shinsokan, deve utilizá-lo como apoio, para seguir adequadamente as orientações de mentalização e as palavras de oração. Caso a variação seja a Meditação Shinsokan de oração mútua, deve-se utilizar o manual Cerimônias e Práticas da Seicho-No-Ie. Neste caso, o con-dutor deve ser um preletor ou líder da iluminação.

7. Utilização de vestimentas cerimoniais

Não deve-se utilizar vestimentas cerimoniais na condução da Meditação Shinsokan – básica ou variações –, com exceção da Meditação Shinsokan de oração mútua, em que o condutor e os auxiliares devem utilizar vestimentas cerimo-niais de cor branca, conforme manual Cerimônias e Práticas da Seicho-No-Ie.

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Como realizar atividades fora do ambiente Seicho-No-Ie

O líder da Seicho-No-Ie deve ter em mente que o ensinamento não deve ficar restrito apenas aos participantes de suas atividades ordinárias como as reuniões periódicas, conferências e seminários nas academias de treinamento espiritual. Cada vez que um líder da Seicho-No-Ie é convidado a representar o movimento em qualquer outro lugar ou evento, tem a oportunidade de de-monstrar como é o modo natural de viver pregado pela Seicho-No-Ie. Por-tanto, sua postura (modo de portar-se, roupas, palavras) deve refletir o que ensina a Seicho-No-Ie.

Não devemos nos dar por satisfeitos somente com a consecução de nossa própria felicidade, mas sim fazer com que nossa felicidade se estenda aos outros. Fisicamente, cada um de nós é um ser independente, sem qualquer ligação com outras pessoas. Porém, na verdade, toda a humanidade cons-titui uma única Vida e, assim sendo, um indivíduo não consegue ser ver-dadeiramente feliz enquanto as pessoas ao seu redor não forem também verdadeiramente felizes. Tudo que acontece com as pessoas ao nosso redor tem algo a ver conosco, pois é reflexo da nossa mente. (…) a mente de cada indivíduo tem estreita ligação com a mente dos outros, embora as pessoas sejam seres separados uns dos outros, do ponto de vista físico. Portanto, para sermos verdadeiramente felizes, é imprescindível fazermos com que as pessoas ao nosso redor sejam também verdadeiramente felizes. (…) O melhor procedimento para ajudar o próximo é ensinar-lhe a iluminar a mente com a luz da Verdade, pois assim ele se tornará capaz de manifestar a força infinita que existe em seu interior.16

A pessoa escolhida dentre os membros da Seicho-No-Ie para repre-sentá-la em outros locais e atividades deve ter plena consciência de que não é ela própria quem realiza suas obras, mas Deus através dela.

16 Conduzamos nossos semelhantes a uma vida radiosa In O que é a Seicho-No-Ie, pp. 79-81.

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Seria até desnecessário dizer que ela não representa a Seicho-No-Ie para manifestar sua própria visão e opinião acerca do que for colocado, mas sim o posicionamento da Seicho-No-Ie.

1. Atividades ecumênicas

Atividades ecumênicas são aquelas que contam com a presença e par-ticipação ativa de representantes de diversas religiões. O termo provém da palavra grega oikos que significa “toda a terra ha-bitada”. Num sentido restrito, o termo é empregado para o esforço em favor da unidade entre igrejas cristãs. Em sentido amplo seria a busca da unidade entre as religiões ou mesmo da humanidade. Nas atividades ecumênicas, um respeita a doutrina do outro.

Todas as religiões, na essência, pregam a Verdade única que salva a huma-nidade. As vibrações espirituais da salvação ou as irradiações da salvação procedentes de um único Deus (ou Buda eterno) se manifesta-ram em forma de diversas religiões. (…) Se todos compreenderem que as diferentes religiões são irmãs que se originaram de um só Deus, cessarão os conflitos religiosos.17

Sem difamar, sem atacar nenhuma das religiões, sempre fazendo chover louvores e boas palavras, purifico-as e acendo a luz em sua essência. Não se conseguirá completar a reforma deste mundo presente enquanto as reli-giões não se derem as mãos, reverenciando a essência de cada uma delas.18

17 Por que prego a identidade de todas as religiões In Viver Junto com Deus – a Verdade em 365 Preceitos, pp. 196-197.18 Revelação Divina da Unidade de Todas as Religiões na sua essência In Revelações Divinas, pp. 20-21.

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Geralmente, as atividades ecumênicas são realizadas tendo um tema central. A doutrina da Seicho-No-Ie é bastante vasta, mas o representante deve limitar-se a abordar o tema relacionado à ideia central do encontro, isto é, aquilo que foi solicitado por quem promove o evento, sem se desviar do ensinamento da Seicho-No-Ie. Também é importante ressaltar que nosso re-presentante deve respeitar o horário preestabelecido para sua participação, mesmo que os outros não o tenham feito. O convite partirá dos organizadores do evento, mas é importante que o representante leve consigo a carteira de identificação de preletor da Seicho-No-Ie, que prepare o roteiro do que vá fazer, que certifique-se exa-tamente do horário a apresentar-se (se houver apresentação) e do tempo disponível.

2. Visitas a hospitais e instituições beneficentes

Independente de quem tenha sido a iniciativa da visita (da Seicho--No-Ie ou da própria instituição), o comportamento do representante da Seicho-No-Ie deve ser sempre respeitoso e reverente às normas do local. No entanto, o que temos a oferecer com nossa visita é a convicção da Imagem Verdadeira da Vida, que pode ser demonstrada através de palavras de amor, um sorriso, oração etc.

“Com bens materiais, ajude o próximo por pouco tempo; com bens espi-rituais, ajude-o sempre” – esse é um lema da Seicho-No-Ie. Os bens espi-rituais, por mais que os proporcionemos aos outros, nunca serão demais. O principal bem espiritual é o amor. E o amor, manifestado em palavras bondosas e repletas de otimismo, num terno olhar, numa carta afetuosa, num caloroso aperto de mão, num sorriso de simpatia, numa frase de in-centivo ou nos cumprimentos fraternais, constitui um fortificante da alma que jamais vicia e perde efeito, por mais que se repita a dose. O relacio-namento humano repleto de amor é um oásis da vida. Quando a pessoa ‘bebe’ nesse oásis, recupera a plena força vital. Ser um oásis da vida para nosso próximo não significa aumentar seu espírito de dependência, mas

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sim despertar, com nosso amor, a força infinita que nele está latente. É nisso que consiste a verdadeira ajuda ao próximo.19

Convém seguir as instruções:• Antes de sair para a visita, fazer oração na associação local, junto

com os demais participantes, por orientação e proteção.• Caso não tenha sido convidado pela instituição, deve-se pedir

autoriz ação para a visita, apresentando a Seicho-No-Ie para a di-retoria da entidade, portando consigo a carteira de identificação do preletor.

• É bom levar outros membros da Seicho-No-Ie (preletores e/ou di-vulgadores) na visita, mas todos devem ser orientados sobre sua postura.

• Em caso de hospital, ao entrar em um quarto, deve-se pedir licen-ça e perguntar se desejam receber a visita.

• Portar sempre as revistas da Seicho-No-Ie (carimbadas) e divulgá--las a todas as pessoas da entidade, se permitido pela diretoria da instituição.

• Abrir a possibilidade de realizar palestras nas instituições.• Proferir sempre boas palavras e tratar de assuntos que alegrem e

animem as pessoas presentes.• Em todos os casos, convém solicitar autorização do presidente da

associação local e do CDOR para a atividade.

3. Visitas a escolas

Ao visitar uma escola, tanto para falar com alunos quanto para fa-lar com os educadores, devemos ter em mente que ali é um local sagrado, destinado a exteriorizar a capacidade infinita de todas as pessoas. Com esta predisposição mental não caímos no erro de pensar que exista algum aluno que seja delinquente ou educadores que reclamem de seu trabalho.

19 Conduzamos nossos semelhantes a uma vida radiosa In O que é a Seicho-No-Ie, p. 83.

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Alcançar o despertar não é tornar-se um “juiz” intransigente do compor-tamento humano, “afiando” conhecimentos para julgar os outros, mas sim tornar-se uma pessoa generosa e afável. Alcançar o despertar não é puri-ficar a si mesmo, vivendo como um eremita, mas sim conscientizar a luz da Verdade que existe dentro de si próprio e envolver a todos com essa luz que emana da alma.20

O interessante nesta atividade seria envolver, além dos preletores, a Associação dos Jovens e a Associação dos Educadores, de forma que todos possam ser plenamente atendidos. Podemos também entender que uma visita bem feita a uma escola pode se estender ainda mais: além dos funcionários e dos alunos, os pais e tutores poderão ser também orientados. Assim, envolveríamos também a Associação Fraternidade e a Associação Pomba Branca.

Cabe ressaltar que uma única orientação poderá não atender plena-mente às necessidades de cada um dos envolvidos na visita realizada. Por-tanto, poderão surgir outras oportunidades de visita. Os representantes da Seicho-No-Ie que realizam esta atividade nas escolas devem ter em mente que o fato de ser um representante de um mo-vimento filosófico religioso pode causar algum tipo de restrição por parte dos participantes. Por isso, sua postura durante a visita é muito importante, pois desarmará a mente dos presentes, tornando-os receptivos às atividades que serão desenvolvidas. É importante não utilizar termos muito restritos à Seicho-No-Ie (como Meditação Shinsokan, leitura de sutras sagradas etc.), mas o conceito principal deve ser transmitido e bem explicado.

20 Conduzamos nossos semelhantes a uma vida radiosa In O que é a Seicho-No-Ie, p. 84.

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4. Atividades em rádio e TV

Cada vez mais a Seicho-No-Ie está ampliando suas formas de divul-gação do ensinamento, como TV, rádio, internet. Podemos ser convidados a realizar uma palestra na TV ou rádio ou, ainda, responder a perguntas de ouvintes e telespectadores. O preletor ou líder da iluminação precisa estar pronto também para este tipo de atividade.

A Seicho-No-Ie acredita que para melhorarmos o destino da humani-dade, devemos divulgar o poder criador das boas palavras, através de livros, revistas, transmissões em rádio e TV, assim como outros meios culturais.21

Listamos alguns itens básicos para que tenhamos sucesso também nessa forma de divulgação:

• Nos referimos ao espectador sempre no singular e todas as pala-vras e intenções devem sempre ser dirigidas para uma pessoa que não conhece nossa filosofia porque sempre teremos um especta-dor participando pela primeira vez com conhecimento intelectual diferenciado, na busca da Verdade.

• Não é aconselhável utilizar nossos termos habituais de uso comum para os adeptos veteranos. Termos como Meditação Shinsokan, quadro do Jisso, Torii, Cerimônia em Memória dos Antepassados etc. devem ser evitados ou, toda vez que forem mencionados, de-ve-se explicar como se nunca tivesse sido falado anteriormente.

• Fazer exercícios de dicção e aquecimento de voz no dia da ativi-dade e também minutos antes de entrar “no ar” (ver apostila CTP – Comunicação Verbal). Especialmente no rádio não temos a ima-gem, portanto nossa voz é a ferramenta fundamental; a voz não esconde nada, a precisão de nossa mensagem determina a com-preensão de quem acompanha o programa da Seicho-No-Ie.

• Nas colocações, é preciso ser objetivo, mas fundamentar-se sem-pre no ensinamento. Não deve haver insegurança, pois esta leva o espectador à incredulidade, dando fim a quaisquer formas de divulgação.

21 As Sete Declarações Iluminadoras da Seicho-No-Ie.

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• A rádio e a TV não são associações locais, onde a relação entre orientador e o público participante acontece de forma direta, já que na associação é possível identificar o tipo de plateia e seus perfis. Nos programas de rádio e TV nós entramos nas casas das pessoas de diferentes níveis sociais, por isso devemos tomar cui-dado com colocações, piadas, termos chulos e vícios de linguagem.

• Nós representamos o pensamento ético da organização, para tan-to, devemos estar alicerçados em todos os níveis de conhecimen-tos da atualidade.

• As dúvidas pessoais devem ser esclarecidas antes da entrevista ou gravação, pois o espectador não pode perceber qualquer inse-gurança enquanto o orientador passa o conhecimento. Quando realizamos uma atividade em rádio ou TV, o espectador tende a acreditar que fazemos aquilo todos os dias.

• No caso de transmissões para a TV, devemos nos trajar adequa-damente, como preletores e líderes da iluminação da Seicho-No--Ie. Porém, a emissora pode trabalhar com recursos que não são favorecidos com determinadas cores de tecido. É bom certificar-se com antecedência para evitar transtornos.

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Avaliação

1. Relacione a primeira coluna (cerimônia/prática) com a segunda (sentimento):

1 Purificação da mente Gratidão

2 Cerimônia em memória dos anjinhos

Para quem doa: solidariedade, gratidão, mente natural e humildade para autocorrigir-sePara quem recebe: arrependimento, desejo de curar-se, convicção de que está salvo e retribuição

3 Cerimônia em memória dos antepassados

Respeito e reverência

4 Cerimônia de remoção dos registros espirituais Arrependimento

5 Meditação Shinsokan de oração mútua

Arrependimento e acolhimento

2. É importante que o preletor ou líder da iluminação escalado para uma palestra entre em contato com o presidente da associação local antes do evento? Por quê?

3. O que deve ter num bom roteiro de palestra? Assinale com “X” a(s) alternativa(s) correta(s):

a) ( ) Divulgação do livro-texto e outros artigos da Seicho-No-Ie.

b) ( ) Histórias fictícias.

c) ( ) Explanação sobre a Imagem Verdadeira.

d) ( ) Apenas relatos pessoais do orientador.

e) ( ) Bastante leitura e pouca explanação.

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f) ( ) Explanação sobre a aplicação das leis mentais para manifestação da Imagem Verdadeira.

g) ( ) Vídeos.

h) ( ) Relatos de experiência que ilustrem o que está sendo exposto.

i) ( ) Atividades infantis, independente do público.

j) ( ) Práticas cotidianas do ensinamento.

k) ( ) Trabalho frente ao Movimento da Seicho-No-Ie.

4. Assinale “V” para verdadeiro e “F” para falso:a) ( ) Recomenda-se que, ao conduzir a Meditação Shinsokan em

público, o condutor adapte o texto do Canto Evocativo de Deus para o plural, representando o público.

b) ( ) Toda prática ou cerimônia deve ser precedida de explicação para preparar a mente dos participantes.

c) ( ) O professor Masaharu Taniguchi jamais incentivou os adep-tos a estudarem sobre temas da atualidade, pois sendo religiosos, devem apenas pesquisar sobre assuntos que versam sobre a Verdade absoluta de Deus.

d) ( ) Ao utilizar durante as palestras uma informação pesquisada fora das obras da Seicho-No-Ie, o preletor / líder da iluminação deve mencionar a fonte, de forma que fique claro que este é o posiciona-mento daquela pessoa / instituição emissora.

e) ( ) Ao invés de perder tempo pensando no motivo de ter associa-ção local vazia, os líderes devem contribuir para deixá-la cheia, levando um novo adepto a cada reunião e incentivando-os a fazer o mesmo.

f) ( ) Ao utilizar um livro-texto, deve-se informar ao público ou-tros assuntos que constam da obra. Assim, é possível despertar o in-teresse na aquisição do livro.

g) ( ) É preciso criar novos locais de reuniões da Seicho-No-Ie onde ainda não existem, facilitando a participação de novas pessoas. É por isso que são realizadas as reuniões de vizinhança. Quaisquer pessoas podem iniciar novas reuniões de vizinhança, inclusive preletores e líderes da ilu-minação.

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h) ( ) O preletor / líder da iluminação tem autonomia para emitir opi-niões pessoais sobre determinados temas durante as atividades da Seicho--No-Ie ou trazer outros ensinamentos por considerar pessoalmente que seja um posicionamento mais interessante que a própria Seicho-No-Ie.

i) ( ) Durante a palestra, é bom evitar ler textos muito longos, para que a atividade não se torne entediante.

j) ( ) Sendo uma prática sagrada, o condutor da Meditação Shin-sokan (em público) usufrui dela como os demais participantes, sem a necessidade de controlar o tempo de prática.

k) ( ) Quando um preletor / líder da iluminação é convidado a re-presentar o movimento em qualquer outro lugar ou evento, tem a oportunidade de demonstrar como é o modo de viver da Seicho-No--Ie. Portanto, sua postura (modo de portar-se, roupas, palavras) deve refletir o que ensina a Seicho-No-Ie.

5. Com referência à leitura para estudo sistemático, assinale a alternativa que completa a frase abaixo:

“Crie uma ............... para ler todos os dias. Procure um ............... adequa-do e tenha à mão os ............... mais adequados para o momento da leitu-ra: marca-texto, lápis, dicionário ou até mesmo o computador. Identifi-que suas ............... conceituais e esclareça-as assim que possível”.

a) dúvida – livro – dias – matérias

b) rotina – local – recursos – dúvidas

c) atividade – preletor – colaboradores – reuniões

d) leitura – assunto – valores – ideias

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Como organizar e executar ações para expansão do Movimento

O Movimento de Iluminação da Humanidade – Movimento Interna-cional de Paz pela Fé tem como objetivo atingir a todas as pessoas no mundo todo. Naturalmente, com a situação atual do movimento, não é possível di-zermos que já atingimos o ponto máximo de divulgação e expansão. Assim sendo, vamos rever alguns itens estudados anteriormente e que devem ser tomados como referência para o crescimento do movimento.

1. Projeto 30 – casa cheia

Eventualmente, ouvimos comentários como “antigamente, as ativida-des da Seicho-No-Ie eram lotadas; agora está vazio, vazio...”. Naturalmente, colocações como estas são feitas por pessoas que amam a Seicho-No-Ie. Pro-vavelmente, em alguns momentos nós próprios façamos comentários como este (oral ou mentalmente). Mas a reflexão que nos cabe é: o que eu tenho feito para atrair pessoas para as atividades da Seicho-No-Ie? O que eu tenho feito para manter na Seicho-No-Ie as pessoas que já participam? O questionamento “como encher os locais de reuniões da Seicho-No--Ie?” ou “como divulgar os artigos religiosos?” pode parecer algo vivido ape-nas no momento presente, mas vejamos algumas considerações.

Artigo 11 – Cada membro da Seicho-No-Ie deve ter plena consciência de que os resultados do Movimento de Iluminação nada mais são que reflexos da sinceridade de cada um na busca do caminho de Deus e do aprimora-mento espiritual (…).

É especialmente importante levar a cada reunião pelo menos um conheci-do ou amigo, como novo participante, pois, se reunirem apenas os mem-bros habituais, eles pensarão que já conhecem a Verdade e, achando que não têm mais o que ensinar ou aprender, acabarão desperdiçando o tempo em conversas banais ou em “avaliação” dos preletores. Levar apenas um novo participante para cada reunião parece um acréscimo insignificante, mas se cada um fizer isso, o número de participantes – que alcançarão a salvação – aumentará em progressão geométrica. Quem foi salvo deve retribuir a graça levando consigo outra pessoa para as reuniões.22

22 Explanações sobre as Diretrizes do Movimento de Iluminação da Humanidade In O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação, pp. 80-81, 93.

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Bem explanado pelo professor Masaharu Taniguchi, ao invés de per-dermos tempo e energia pensando no motivo de estar vazio, devemos con-tribuir para deixar cheio. E mais: pelo modo como foi explicado, percebemos também que, se encontramos tempo para criticar, é porque não temos cum-prido nossa parte de trazer novos membros à Seicho-No-Ie, fazendo com que o resultado agora e no futuro seja o mesmo: ao invés de crescer, só di-minui. Neste item incluímos a situação futura porque se não houver novos adeptos agora, não haverá outros novos adeptos no futuro. Se quando chegamos à Seicho-No-Ie as associações locais e regionais estavam cheias significa que os líderes do passado estavam fazendo sua parte. A responsabilidade da situação atual da associação local de cada um de nós, sendo ela boa ou nem tanto, é inteiramente nossa. Afinal, os resultados do Mo-vimento de Iluminação nada mais são que reflexos da sinceridade de cada um.

É preciso progredir mais, elevar-se mais. Do mesmo modo, a Associação dos Jovens e a Associação Fraternidade também não devem manter-se na mes-ma situação do ano passado, e muito menos diminuir ou enfraquecer. Se as Associações diminuírem ou enfraquecerem, não poderão ser chamadas de Seicho-No-Ie (lar do desenvolvimento), e sim de “Suitai-No-Ie” (lar da decadência). As reuniões não devem se limitar à repetição do que vem sendo feito há anos. É preciso que apresentem progresso, mudança, evolução, ou seja, algo positivo, que revele a perfeição da Imagem Verdadeira.23

Naturalmente, quando falamos sobre mudar as coisas, não estamos instigando ninguém a contrariar normas e procedimentos, nem suplantar a convergência ao centro (que na associação local é o presidente). Portanto, o preletor ou líder da iluminação deve pensar em novas formas de atender ao anseio das pessoas, tornar-se mais próximo dos adeptos e ter com eles uma vivência real de fraternidade. E assim, ligados por um firme vínculo divino, devem colaborar para a manifestação da Imagem Verdadeira24.

23 Sobre a liberação – Livros Sagrados In Viver com Pureza, p. 182.24 Explanações sobre as Diretrizes do Movimento de Iluminação da Humanidade In O que Deve Fazer o Dedicado à

Iluminação, p. 81.

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2. Visitas de bênção

O grupo abençoador da Seicho-No-Ie é formado de pessoas que tra-balham como canais da bênção de Deus para servir ao próximo. Portanto, os membros da Seicho-No-Ie que se dirigem aos lares para realizar a visita de bênção, não são curandeiros ou portadores de capacidades extraordinárias, mas sim pessoas que fazem com que o amor entre em ação.

Quando a torneira deixa sair a água, o cano recebe imediatamente um novo fluxo de água procedente do reservatório. Da mesma forma, quando você assume o papel de canal de Deus e leva ao próximo a corrente de suas bênçãos divinas, assim realiza-se a circulação infinita de bênçãos. Todo aquele que dá recebe a recompensa que vem da circulação natural, ainda que não a espere, da mesma maneira como a corrente elétrica flui plena-mente somente quando os fios condutores positivo e negativo da corrente elétrica forem ligados em circuito com a fonte da eletricidade. Você não deve interromper o circuito do amor de Deus. Você deve ser o circuito pelo qual o Amor de Deus percorre tal como a energia elétrica.25

O mais importante ao realizar uma visita de bênção é exercitar o amor. O professor Seicho Taniguchi explica que o viver religioso consiste em realizar treinamentos para fazer naturalmente o que é natural26, portanto a visita de bênção funciona para nós, preletores e líderes da iluminação, como treinamento para realizarmos naturalmente o amor.

Quando você se habitua a abençoar sempre o próximo, aumenta sua força de amor. “Amar” não é uma emoção de simplesmente “sentir carinho”. A “força do amor” é a capacidade de abençoar o próximo. Ter muita força de amor significa ter muita capacidade de abençoar o próximo. Praticando--se constantemente o levantamento de peso, desenvolve-se a força muscu-lar. Da mesma forma, a força do amor também aumenta quando exercida constantemente. Mesmo em relação às pessoas que não nos despertam emoções de “sentir carinho” ou de “gostar”, devemos repetir sempre, men-

25 Orientações para a Realização da Visita de Bênção In Manual do Preletor, p. 216.26 Meditação Shinsokan é Maravilhosa, prefácio.

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talmente, palavras abençoadoras como: “Deus faça com que essa pessoa venha a conhecer a Seicho-No-Ie e seja salva inclusive espiritualmente”. Com isso a nossa força de amor aumentará.27

A visita de bênção consta do Manual do Divulgador da Seicho-No-Ie como uma das funções a ser executada por divulgadores. No entanto, é im-portante que os preletores e líderes da iluminação estejam presentes nestas atividades, não porque os divulgadores não possam executá-las corretamen-te, mas porque os preletores e líderes da iluminação têm plena cons ciência de que sua missão é levar as pessoas não apenas à solução dos seus proble-mas, mas à manifestação plena do que existe de fato.

A Verdade que constitui o fundamento da bênção diz: “Você, como filho de Deus, já é provido de todas as coisas boas”. Reverenciando esta Imagem Verdadeira, deve-se despertar no outro as boas qualidades da Imagem Verdadeira que lhe são inerentes. Dar “porque falta à pessoa tais e tais coi-sas” é “dar com compaixão ou desprezo”, e portanto não é dar abençoando. O homem, como filho de Deus, está provido de tudo desde o início. Mas isso se refere à Imagem Verdadeira, e ao homem é concedida a liberdade de utilizar como quiser a lei da concretização’’ para fazer surgir no mundo fenomênico o que lhe está dado desde o início. Abençoar é o melhor método para trazer à tona as “boas qualidades” latentes na Imagem Verdadeira.28

3. Reuniões de vizinhança

No Manual do Preletor, p. 10, há um trecho que diz o seguinte:

Os preletores precisam transmitir corretamente os ensinamentos da Sei-cho-No-Ie. Além disso, por serem os pioneiros a penetrar em campos ainda não desbravados espiritualmente, precisam estar sempre sustentados por firme convicção. (sublinhado pelo compilador)

27 Orientações para a Realização da Visita de Bênção In Manual do Preletor, p. 217.28 Orientações para a Realização da Visita de Bênção In Manual do Preletor, p. 216.

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Quando falamos em desbravar novos campos, geralmente nossa mente vai para um lugar longínquo, onde imaginamos ainda não ter uma associação da Seicho-No-Ie. Porém, vamos pensar um pouco: a que distância você mora de sua Associação Local? A maioria dos adeptos que frequentam sua Associação Local mora nas imediações ou necessitam ainda de algum tipo de transporte (carro, ônibus etc.) para chegar até lá? Abrir um novo local de reuniões também não é algo tão trivial. Precisamos de toda infraes-trutura que vai desde cadeiras para os participantes até a equipagem do local para que possamos realizar nossas atividades. Tendo isto em vista, muitas vezes nos contentamos em ficar em nossa Associação Local e nosso esforço se limita a divulgar nossas reuniões em torno dela, no caso das cidades que possuem mais de uma associação.

No caso das cidades que possuem apenas uma Associação Local, a situação complica-se um pouco mais, pois não há outras opções aos parti-cipantes, que precisam deslocar-se para aquele lugar, independente de ser perto ou longe de sua residência. Sendo assim, podem acabar desistindo de participar devido aos transtornos de deslocamento (trânsito, horário, com-promissos pessoais etc.).

Cientes da grandiosidade e do compromisso do Movimento da Sei-cho-No-Ie, os líderes não podem contentar-se com a situação atual, por mais cômoda que seja. Por isso, o professor Masaharu Taniguchi fala sobre a im-portância das Reuniões de Vizinhança no 6º artigo das Diretrizes do Movi-mento de Iluminação da Humanidade.

Artigo 6 – Cada membro da Seicho-No-Ie deve esforçar-se na consolida-ção e no desenvolvimento pleno da Reunião de Vizinhança, ciente de que ela faz parte do Movimento de Iluminação e é um órgão de colaboração e vivificação recíproca mais próximo de si. A Reunião de Vizinhança é a primeira atividade em que cada membro manifesta na prática a cons-cientização de que “o homem é filho de Deus”, de que “eu e o outro somos um” e de que “a responsabilidade de tudo está em mim”. Ela deve ter como ponto de partida a manifestação do amor ao próximo e o mútuo servir. Revezando-se na função de responsável ou de encarregado de serviços, os integrantes da Reunião de Vizinhança devem, em todas as oportunida-

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des, reforçar mutuamente a conscientização da Verdade, purificando-se, orando e ajudando-se uns aos outros. Assim, compartilhando alegrias e labutas, devem formar um grupo sólido, útil à comunidade local. Aju-dando os outros no sentido de resolver os problemas do cotidiano, devem tornar-se a alegria da vila e a luz do bairro. As atividades desenvolvidas na Reunião de Vizinhança constituem a base, o primeiro passo do Movi-mento de Iluminação da Humanidade, e cada membro deve esforçar-se com a clara noção de que a partir dela se inicia a concretização da Ima-gem Verdadeira da pátria. (sublinhado pelo compilador)

Se no local onde residimos ainda não há uma Associação Local pró-xima, temos aí uma grande oportunidade para começar um trabalho de di-vulgação, relativamente simples, que auxiliará na expansão da Seicho-No-Ie. Foi através deste formato de reuniões que a Seicho-No-Ie, tanto no Brasil como no Japão, consolidou sua estrutura de organização.

Como citado anteriormente, o crescimento de uma Associação Local precisa de profundos alicerces; a Reunião de Vizinhança é como a escavadeira que prepara o terreno para receber esses alicerces. Com a estruturação de diver-sas Reuniões de Vizinhança pelo país, os líderes estarão, na verdade, semeando futuras Associações Locais. Sendo este tipo de reunião algo menos formal, fará com que as pessoas sintam-se mais a vontade para participar e por consequên-cia, assimilarão de modo mais fácil a Verdade pregada pela Seicho-No-Ie.

Este molde de reuniões pode dar a impressão de que o número de participantes seja aquém do ideal, porém os líderes não devem preocupar-se com o número inicial de participantes ou pensar em realizar a Reunião de Vizinhança somente quando houver um número “x” de pessoas.

Na explicação do mesmo artigo está escrito o seguinte:

Pode ser um grupo de três, cinco ou sete pessoas; é preferível que não seja um grupo muito grande. Se as pessoas residirem em locais distantes umas das outras, haverá dificuldades em manter contato ou enviar co-municados, e essas tarefas começam a pesar com o passar do tempo. O ideal é que o grupo seja constituído de pessoas que residam perto umas das outras numa caminhada de aproximadamente dez minutos.29

29 Explanações sobre as Diretrizes do Movimento de Iluminação da Humanidade In O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação, p. 41.

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Preletores e líderes da iluminação – CTP 2015

O mais importante da Reunião de Vizinhança é a transmissão da doutrina para pessoas que não têm acesso a uma Associação Local. Deve-se focar nas pessoas que residem próximas ao local da Reunião de Vizinhança, facilitando assim a criação de vínculo entre seus frequentadores. Não há uma regra sobre onde deve ser realizada a Reunião de Vi-zinhança, basta que seja um local adequado para receber os participantes. Pode ser na sala de estar de uma residência, um salão de festas ou até mesmo em clubes (cedidos para tal). A periodicidade deverá ser seguida a risca. Se for marcada quinzenalmente, por exemplo, deve-se cumprir este compro-misso a risca. Existem hoje grandes exemplos de Reuniões de Vizinhança que possuem frequência de mais de 20 participantes. Se nós ficarmos apenas orando em casa e não sairmos para ação, não poderemos ser considerados verdadeiros religiosos. Nossa missão, como pre-letores e líderes da iluminação, acumula diversas responsabilidades. Sendo o preletor aquele que tem a função principal de divulgar e orientar, a realização de Reuniões de Vizinhança deve ser encabeçada por este. Desta forma, o cres-cimento do Movimento Internacional de Paz pela Fé se dará de forma mais profunda e correta, formando grandes líderes de forma contínua.

4. Realizar ações para resultados efetivos

“Você sabe qual é a diferença entre movimento e atividade? Esta foi uma das perguntas mais importantes que ouvi como dirigente da Seicho-No-Ie. Ao compreender o significado desta pergunta formulada durante o Curso para Formação de Dirigentes, pudemos perceber a profundidade e a exten-são desta reflexão (…).

As “atividades” são as reuniões de associação local, as conferências, os se-minários, os cursos, as convenções etc. E, para reforçar ainda mais, temos a programação das atividades da Sede Central, da regional, da associação local, das academias de treinamento espiritual e assim por diante. (…) Esta reflexão tem levado às seguintes indagações: (…) Será que não estamos fa-zendo muita “atividade” e pouco “movimento”? (…) Quanto cada “ativida-de” está efetivamente alavancando o “movimento”? Considerando-se que o “movimento” é o conjunto de atividades cuidadosa e estrategicamente planejadas e executadas com o intuito de levar a Verdade “Homem filho de

CTP 2015 – Preletores e líderes da iluminação

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Deus” para salvar o maior número de pessoas, por vezes, pode ocorrer de existir atividade que não contribui com o “movimento”. (…) Ao pensarmos no “movimento” quando estamos planejando uma “atividade” (reunião, conferência, seminário, curso etc.), entramos numa nova dimensão mui-to maior, mais rica, com mais significado e um alcance ainda maior. Em termos práticos, isto significa que ao planejarmos alguma atividade ou evento, devemos começar perguntando: Como esta atividade ou evento irá contribuir para engrandecer o movimento na minha associação local ou regional? Desta forma, uma atividade deixa de ter um fim em si mesma e começa a fazer parte de um todo muito maior que é o Movimento de Ilu-minação da Humanidade. Isto significa que teremos que pensar, planejar e executar uma série de outras ações antes, durante e depois de uma ativi-dade/evento. Esta nova visão de movimento x atividade trará benefícios e resultados efetivos para o engrandecimento deste sublime movimento. Desta forma, cada esforço realizado pelos nossos dirigentes trará muito mais impacto na melhoria da vida das pessoas beneficiadas pelo amor e dedicação destes líderes. Para tanto, isto implica que a forma de planeja-mento e execução de eventos/atividades precisa ser repensada.30

30 Movimento x atividade: um novo olhar na sagrada missão de iluminação da humanidade In Boletim Informativo Trimestral Ano V – Número 19.

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