cronologia

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ANTECEDENTES DA IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA EM PORTUGAL (PERÍODO FINAL DA MONARQUIA)

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Page 1: Cronologia

ANTECEDENTES DA IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA EM PORTUGAL

(PERÍODO FINAL DA MONARQUIA)

Page 2: Cronologia

1861-1889: REINADO DE D. LUÍS

1876• Fundação do Partido

Republicano Português (PRP). O partido foi legalmente constituído e aceite pela Monarquia Constitucional.

D. Luís

Page 3: Cronologia

1861-1889: REINADO DE D. LUÍS

1878• O Partido Republicano

Português (PRP) consegue eleger o primeiro deputado nas eleições legislativas, Rodrigues de Freitas, candidato pelo Porto.

Rodrigues de Freitas

Page 4: Cronologia

1861-1889: REINADO DE D. LUÍS

1880• Comemorações do

Tricentenário da morte de Camões. Os republicanos transformam as comemorações numa grande manifestação pública de defesa da República.

Tricentenário da morte de Camões

Page 5: Cronologia

GRUPO DE REPUBLICANOS NO PORTO, EM 1884

Page 6: Cronologia

1861-1889: REINADO DE D. LUÍS

1882• Comemorações do

Centenário da morte do Marquês de Pombal. Os republicanos tentam aproveitar para fazer propaganda da República, mas o governo impede as manifestações.

Marquês de Pombal

1889• Morte de D. Luís.

Page 7: Cronologia

1861-1889: REINADO DE D. CARLOS

1889• Portugal atravessa um

período de grave crise económica e social.

D. Carlos

1890• 11 de Janeiro - Ultimato de

Inglaterra.

Page 8: Cronologia

1861-1889: REINADO DE D. CARLOS

1891• 31 de Janeiro - A primeira

revolta destinada a implantar a república é desencadeada no Porto, mas fracassa.

Revolta de 31 de Janeiro de 1891 (cópia reduzida de calendário 1911)

1897• Constituição da Carbonária

Portuguesa

Page 9: Cronologia

1861-1889: REINADO DE D. CARLOS

Page 10: Cronologia

1861-1889: REINADO DE D. CARLOS

1905• Visita a Lisboa do

presidente da república francesa Émile Loubet. Os republicanos aproveitam para organizar manifestações a favor da república.

O Presidente francês Émile Loubet com a família real portuguesa

1906• O rei D. Carlos encarrega João

Franco de formar governo.

Page 11: Cronologia

1861-1889: REINADO DE D. CARLOS

1907 • Para evitar as críticas ao governo por parte

dos deputados, João Franco convence o rei a dissolver a Assembleia e a não convocar novas eleições, passando a governar em ditadura.

• O descontentamento aumenta porque o governo de João Franco proíbe jornais e manifestações e manda perseguir e prender os opositores, em particular os republicanos.

• Vários dirigentes do PRP que pertenciam à Maçonaria contactam dirigentes da Carbonária com o objectivo de organizarem em conjunto uma revolução destinada a derrubar a monarquia e implantar a república

João Franco

Page 12: Cronologia

1861-1889: REINADO DE D. CARLOS

1908• 28 de Janeiro - Tentativa de

revolução republicana em Lisboa é denunciada e fracassa. Várias personalidades republicanas são presas e condenadas ao degredo.

• 1 de Fevereiro - Regicídio: o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro são assassinados por dois elementos da Carbonária, Manuel Buiça e Alfredo Costa.

1 de Fevereiro de 1908

Page 13: Cronologia

1861-1889: REINADO DE D. MANUEL II

1908• O PRP consegue eleger 7

deputados nas eleições legislativas e obtém a maioria dos votos nas eleições para a Câmara Municipal de Lisboa.

• Muitos elementos da Carbonária inscrevem-se no PRP.

• 28 de Janeiro - Tentativa de revolução republicana em Lisboa é denunciada e fracassa. Várias personalidades republicanas são presas e condenadas ao degredo.

D Manuel II

Page 14: Cronologia

1861-1889: REINADO DE D. MANUEL II

1910• O PRP encarrega dois dirigentes de

uma missão diplomática junto de vários governos europeus, para preparar o reconhecimento da república em Portugal.

• Colabora activamente com a Carbonária na preparação da revolução.

• O PRP consegue eleger 14 deputados nas eleições legislativas.

• Setembro - os dirigentes da conspiração concluem o plano da revolução.

Deputados republicanos eleitos em 1910

Page 15: Cronologia

A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA

5 de Outubro de 1910

Page 16: Cronologia

5 DE OUTUBRO DE 1910

2 de Outubro de 1910• Reunião de

emergência na sede do Partido Republicano Português. O Almirante Cândido dos Reis, chefe militar da revolução, marca as operações para a noite seguinte.

3 de Outubro de 1910 Manhã • Miguel Bombarda,

médico psiquiatra e um dos conspiradores revolucionários é assassinado por um doente.

Page 17: Cronologia

5 DE OUTUBRO DE 1910

4 de Outubro de 1910Madrugada • Os 15 dirigentes máximos da

revolução concentram-se nos Banhos de S. Paulo.

• Estava previsto que vários quartéis de Lisboa aderissem á revolução republicana, mas só se sublevam três: Quartel de Marinheiros, Infantaria 16 e Artilharia 1.

• Os navios cruzadores Adamastor e S. Rafael, ancorados no Tejo, aderem à revolução, mas o navio almirante D. Carlos permanece nas mãos dos monárquicos.

Homenagem ao cruzador S. Rafael

Page 18: Cronologia

5 DE OUTUBRO DE 1910

4 de Outubro de 1910Madrugada • Colunas de militares que

aderiram à revolução saem dos quartéis para se dirigirem aos pontos-chave que deviam tomar.

• Avançam por Campo de Ourique em Lisboa. Desencadeia-se uma troca de tiros com uma patrulha da Guarda Municipal fiel à monarquia.

• Os revolucionários juntam-se no largo do Rato e dali tentam avançar para o quartel do Carmo, mas defrontam-se e trocam tiros com uma barreira de guardas na Av. Alexandre Herculano.

Page 19: Cronologia

5 DE OUTUBRO DE 1910

4 de Outubro de 1910Madrugada • Os revolucionários verificam

que não têm forças suficientes para prosseguir o plano e decidem concentrar-se na Rotunda onde se barricam.

• O Almirante Cândido dos Reis dirige-se aos Banhos de S. Paulo para conferenciar com os 15 companheiros que aí se encontravam. Concluíram que o golpe tinha falhado e decidem fugir. Cândido dos Reis toma o caminho de Arroios e desesperado com o fracasso suicida-se.

Na rotunda da Avenida

Page 20: Cronologia

Homenagem a Cândido dos Reis e Miguel Bombarda (1910)

Page 21: Cronologia

5 DE OUTUBRO DE 1910

4 de Outubro de 1910Madrugada • A notícia do suicídio espalha-se

lançando a maior consternação entre os republicanos.

• José Relvas e outros companheiros decidem ir para a redacção do jornal A Luta e redigem notícias a negar o suicídio, mas muitos soldados e civis republicanos decidem abandonar a Rotunda.

• Por volta das 5 horas da manhã permanecem na Rotunda apenas 100 soldados e 50 civis com 5 canhões e algumas espingardas, comandados por Machado dos Santos.

Um episódio da Revolução na Rotunda

Page 22: Cronologia

5 DE OUTUBRO DE 1910

4 de Outubro de 1910Manhã • Tropas monárquicas

concentram-se no Rossio.• Pelas 11 horas os navios que

aderiram à revolução bombardeiam o palácio das Necessidades onde o rei D. Manuel II se encontrava.

• O rei foge de Lisboa e dirige-se para o palácio de Mafra.

A última guarda de honra de D. Manuel, em Mafra

Page 23: Cronologia

5 DE OUTUBRO DE 1910

4 de Outubro de 1910Manhã • Tropas monárquicas comandadas

por Paiva Couceiro dirigem-se para uma colina acima da Rotunda, o alto da Penitenciária, e daí abrem fogo sobre os republicanos. São alvejados pelos republicanos a partir do quartel de Artilharia 1.

• Grupos de elementos da Carbonária dinamitam pontes, estradas e a linha-férrea para isolar Lisboa.

• A mãe de D. Manuel II, rainha D. Amélia e a avó, rainha D. Maria Pia, que se encontravam no palácio da Pena, em Sintra, decidem ir para Mafra juntar-se ao rei.

A fuga da família real

Page 24: Cronologia

5 DE OUTUBRO DE 1910

4 de Outubro de 1910Manhã • Muitos republicanos, civis e

militares decidem juntar-se ao grupo barricado na Rotunda, levando consigo armas e munições. Ao fim da tarde, já eram cerca de 1500 resistentes.

• As tropas de Paiva Couceiro dirigem-se para o Alto do Torel para daí continuarem a abrir fogo sobre os republicanos barricados na Rotunda.

Page 25: Cronologia

5 DE OUTUBRO DE 1910

4 de Outubro de 1910Noite• O quartel-general monárquico

tenta chamar reforços a Lisboa, vindos dos regimentos da província. As colunas militares não conseguem entrar em Lisboa, pois todos os acessos à cidade tinham sido destruídos pelos grupos da Carbonária.

• Durante toda a noite há tiroteio cruzado, à distância, e ninguém sabia como a luta ia acabar.

• O navio cruzador D. Carlos é tomado pelos republicanos.

Homenagem à Marinha de Guerra

Page 26: Cronologia

5 DE OUTUBRO DE 1910

Page 27: Cronologia

5 DE OUTUBRO DE 1910

5 de Outubro de 1910Manhã• O embaixador da Alemanha sai à rua

com uma bandeira branca a pedir tréguas para que os cidadãos estrangeiros residentes em Lisboa pudessem sair da cidade.

• Grupos de soldados monárquicos julgam que a bandeira branca significa que os oficiais se tinham rendido e decidem largar armas e confraternizar com os republicanos.

• Às 9 horas Eusébio Leão, José Relvas e vários outros dirigentes republicanos entram na Câmara Municipal de Lisboa, assomam à varanda e dali proclamam a República com discursos inflamados.

• A multidão enche a praça do Município e aplaude a vitória republicana.

Proclamação da República na Câmara Municipal de Lisboa

Page 28: Cronologia

5 DE OUTUBRO DE 1910

6 de Outubro de 1910Manhã • A família real,

acompanhada por alguns nobres e alguns criados, embarca no iate Amélia, na praia da Ericeira e o navio zarpa em direcção a Gibraltar.

• Aí permanecem uma semana. À excepção de D. Maria Pia, que era italiana e preferiu dirigir-se à sua terra natal, seguem todos para Londres.

Embarque da família real em Ericeira

Page 29: Cronologia

O GOVERNO PROVISÓRIO

Page 30: Cronologia

Cronologia http://www.centenariorepublica.pt/escolas/cronologia

ImagensAntónio Ventura, Os postais da primeira república,

Álbuns da República, Tinta da Chinawww.gutenberg.org/files/26777/26777-h/26777-h.htm

Autor: João Bastos – 8ºB