cronologia da eletricidade

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CRONOLOGIA E HISTÓRIA DA ELETRICIDADE De 600 a.C. a 1700 600 a.C: Tales de Mileto, na Grécia Antiga, fazia observações sobre a particularidade apresentada pelo Âmbar amarelo (resina sólida e fossilizada de árvores), que, quando atritado atraia para si fragmentos de tecidos, de palha, penas e de outros materiais. Fonte: Aventura na Ciência, Eletricidade. Editora Globo. Ano 1994. A palavra "eletricidade" vem de elektron – "âmbar", em grego. Aproximadamente dois séculos mais tarde, Platão tenta explicar que essa atração pode ser devido ao movimento de matéria invisível entre o ímã e o ferro ou entre o âmbar e a palha. 1600: William Gilbert, médico da corte real inglesa e da marinha, distingue corpos eletrizados e fenômenos magnéticos. Gilbert procurava saber tudo sobre o imã e a bússola, "este objeto misterioso e fascinante", que ele batizou como "o Dedo de Deus". Em 1600, ele escreveu um tratado: "De L'aimant" ( "Sobre os Imãs") publicado em latim.

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Page 1: Cronologia Da Eletricidade

CRONOLOGIA E HISTÓRIA DA ELETRICIDADE

De 600 a.C. a 1700

 

600 a.C: Tales de Mileto, na Grécia Antiga, fazia observações sobre a particularidade apresentada

pelo Âmbar amarelo (resina sólida e fossilizada de árvores), que, quando atritado atraia para si

fragmentos de tecidos, de palha, penas e de outros materiais.

 Fonte: Aventura na Ciência, Eletricidade. Editora Globo. Ano 1994.

A palavra "eletricidade" vem de elektron – "âmbar", em grego.

 

Aproximadamente dois séculos mais tarde, Platão tenta explicar que essa atração pode ser devido

ao movimento de matéria invisível entre o ímã e o ferro ou entre o âmbar e a palha.

 

1600: William Gilbert, médico da corte real inglesa e da marinha, distingue corpos eletrizados e

fenômenos magnéticos. Gilbert  procurava saber tudo sobre o imã e a bússola, "este objeto misterioso

e fascinante", que ele batizou como "o Dedo de Deus". Em 1600, ele escreveu um tratado: "De

L'aimant" ( "Sobre os Imãs") publicado em latim.

Nesta época ele cria uma versão da bússola chamada "Versoriun de Gilbert" ou Bússola elétrica".

"Em 1600, com suas observações e descrições sobre as propriedades dos imãs Willian Gilbert, cria

uma nova palavra: eletricidade". (Blondel, p.16-17, 1994).

 

Galileu (1564 – 1642), físico e astrônomo, utiliza os conhecimentos sobre eletricidade em suas

primeiras experiências sobre a queda dos corpos.

 

Page 2: Cronologia Da Eletricidade

Kepler (1571 – 1630), acreditava que uma força universal agisse através do espaço e exercesse uma

atração magnética dos planetas pelo sol.

 

Nicolas Copérnico, (1473 – 1543), acreditava que o sol e não mais a terra fosse o centro do

universo. Esse fato era o centro dos debates na época.

 

Descartes (1596 – 1650), Propunha que as explicações mecânicas e não apenas analogias deveriam

ser pesquisadas para explicar os fenômenos naturais.

 

Otton Von Guericke (1602 – 1680); 1660 – Máquina elétrica de Otto Von Guericke.

Construtor de maquinários, construiu uma máquina de bombear ar de um recipiente, embasado no

princípio da seringa e demonstrando também a atração gravitacional.

Com seu experimento da esfera metálica (composta por duas partes, da qual retirou todo o

ar nela contido mandando atrelar dois cavalos em cada uma das partes na tentativa de

separa-las) que ficou conhecida como a experiência de Magdeburgo, ele demonstrou

publicamente o poder da pressão do ar.

Von Guericke também se dedicou a estudar os fenômenos elétricos.

 

Robert Boyle (1627 – 1691), físico e químico. A partir do aperfeiçoamento da bomba de ar de Von

Guerick, obtém êxito com as experiências sobre atração elétrica, porém as questões da ação elétrica,

permaneceram ainda em discussão por mais dois séculos.

 

Isaac Newton (1642 0 1727). Na época presidente da "Royal Society" em 1703, encarrega Francis

Hauksbee (1688 – 1713) de construir instrumentos destinados á venda e aos cursos públicos de

física. Mais tarde Newton irá elaborar as leis da mecânica.

 

Francis Hauksbee (1688 – 1713); 1709 – Máquina elétrica de Hauksbee, engenheiro que já havia

construído instrumentos para vender e para os cursos de física, constrói uma máquina elétrica

(gerador eletrostático) que ele coloca em rotação e atrita com a mão e provoca descargas luminosos

deslumbrantes entre dois cilindros. Ele identifica o caráter elétrico do fenômeno. A bola atritada,

atrai os objetos leves e a atração criada é bem mais forte qua a dos pedaços de "âmbar".

 

Page 3: Cronologia Da Eletricidade

CRONOLOGIA E HISTÓRIA DA ELETRICIDADE

De 1700 a 1800

 

1729 – Experiêcias de Grey e Wheeler, sobre a transmissão da eletricidade. Stephen Gray (1666 –

1736), tintureiro, interessou-se pelas experiências luminosas de Hauksbee. Ele mostra como uma

simples gota d'água pode servir como lupa e que é possível se observar os animais minúsculos.

Lança-se a estudar novos corpos que podem ou não se eletrizar. Gray classifica assim os corpos em

duas categorias: os condutores, que podem se eletrizar e os que não podem, quando atritados.

 

Charles François Ciesternay du Fay (1698 – 1739); Dufay – Químico, mostra que um grande

número de corpos podem ficar fosforescentes por calcinação em presença de certos metais. Ele

estuda a eletricidade para descobrir as propriedades de algumas substâncias no maior número

possível de corpos. Ele aumenta o número de corpos que podem ser eletrizados, e, assim como já

havia sugerido Gray, divide os corpos em duas categorias opostas: Os isolantes e os condutores.

Com Dufay, ordem e sistematização são introduzidos em eletricidade.

 

George Boze professor de física em 1744, inventa grande número de diversões com eletricidade. A

partir desse momento, a eletricidade não se faz apenas no ambiente das universidades e academias,

mas é levada ao público como forma de diversão do momento.

Após milhares de experimentos repetidos por toda a Europa, três fenômenos são bem distinguidos: a

atração, a repulsão e a condução.

 

1746 – Garrafa de Leyde ou condensador. Em 1745, dois amadores, um Dignitário Eclesiástico

de Ponseraine: Eduardo Von Kleist e um Magistrado da cidade de Leyde: Andréas Cuneus, fazem

independentemente uma experiência que vai renovar completamente os estudos e os prazeres da

eletricidade. Eles criam o circuito elétrico.

Em 1745, o professor de física da Universidade de Leyde, Pieter Van Munchembroek (1692 –

1761), amigo do magistrado, monta a partir da experiência de Kleist a “Garrafa de Leyde”, mais

tarde morre assim que uma descarga das garrafas atravessa seu corpo.

 

Page 4: Cronologia Da Eletricidade

Ao final do século XIX, a corrente elétrica, é proposta para a execução de condenados à morte.

 

Nollet - 1749 - Foi assistente de Dufay, se torna professsor de física e se interessa pela eletricidade e

pela garrafa de Leyde que permite acumular e conservar a eletricidade.

Mais tarde ele realiza uma segunda tentativa para reforçar o acúmulo de eletricidade: aumentar a

superfície do vidro ou utilizar diversas garrafas ligadas umas às outras, a qual chamamos bateria.

 

Benjamin Franklin (1706 – 1790) - 1752 – Primeiros Para raios. Em 1746, Franklin, americano

que exercia diversos ofícios, conhecido como o criador da fórmula "O tempo é dinheiro", se interessa

por contabilidade e não conhece grandes coisas de física. Começa então a se interessar pela

eletricidade e vai aplicar a ela a mesma abordagem econômica, uma metodologia bem diferente dos

físicos cartesianos franceses. Franklin pensa sobre a eletricidade com a visão de um contador. Para

ele "todo o corpo possui em seu estado normal uma certa quantidade de fluido elétrico. Se ele ganha

eletricidade, esta se coloca na superfície do corpo e este é eletrizado positivamente (+ ); se ele perde

eletricidade, é eletrizado negativamente ( - ). Agora se pode atribuir um sinal( + ) ou um sinal ( - )

aos corpos eletrizados".

A eletricidade, não se cria, nem desaparece, ela passa de um corpo que tem muito para aquele em

que falta.

Franklin explica o fenômeno da garrafa de Leyde e se propõe a entender as descargas elétricas dos

trovões no alto de uma torre ou campanário com uma barra metálica vertical. Com isto Franklim

inventa o para raios.

 

 

Em torno dos anos 1780, a eletricidade médica é usada largamente por sábios, estudiosos, que não

são nem médicos nem físicos.

Antes mesmo de físicos, alguns médicos alemães se propuseram a testar os benefícios das emanações

produzidas por uma máquina elétrica sobre a saúde.

 

Buffom (1707 – 1788), Reconhecido naturalista, se interessa também pela introdução da ação à

distância em eletricidade realizada por Franklin.

 

Page 5: Cronologia Da Eletricidade

J. Priesley, químico dedicado ao estudo dos fenômenos físicos, com base nos trabalhos de Newton

sobre a gravidade, em 1760 enunciou pela primeira vez a possibilidade de que a interação entre os

corpos eletrizados fosse a mesma que a interação gravitacional.

 

Luigi Galvani (1737 – 1798); 1786 – Experiência de Galvani: Existirá uma eletricidade animal?

Professor de anatomia interessou-se sobre a influência da eletricidade em seus estudos. Ele trabalhou

com as garrafas de Leyde e com coxas da rã, tentando explicar as contrações que observava quando

tocava nelas com o bisturi, supondo ser eletricidade contida no animal. Foi a pista para a criação da

pilha de Volta.

 

Alessandro Volta (1745 – 1827); 1775 – Cria o Eletróforo - instrumento que podia ser usado como

um estoque portátil de carga elétrica, e assim, transferir cargas para outros dispositivos ou mesmo

carregar uma garrafa de Leyde. Volta criou também um eletrômetro muito sensível permitindo

detectar a eletricidade da atmosfera.

 

Volta procura aumentar a tensão elétrica produzida pelo contato de dois metais diferentes. Estuda

todo tipo de alternância de metais e condutores diversos. Com sua experiência Volta inventa a pilha

elétrica. " 'Uma pilha funciona como um circuito fechado' , foi o que ele mesmo bem precisou em

seu manuscrito". (Blondel, p.93,1994)

 

1800 – Pilha de Volta; Volta apresenta a sua pilha que funciona como um circuito fechado. A pilha

voltaica usava dois metais diferentes separados por substâncias químicas úmidas para produzir um

fluxo de carga elétrica. A pilha voltaica original usava três tipos de discos: zinco, papelão ou couro e

cobre.

 

Os médicos vão aplicar a corrente elétrica aos asfixiados, aos afogados e testar outras terapias.

São os Químicos mais que os físicos que vão se beneficiar da pilha de Volta.

 

CRONOLOGIA E HISTÓRIA DA ELETRICIDADE

De 1700 a 1800

Page 6: Cronologia Da Eletricidade

 

1729 – Experiêcias de Grey e Wheeler, sobre a transmissão da eletricidade. Stephen Gray (1666 –

1736), tintureiro, interessou-se pelas experiências luminosas de Hauksbee. Ele mostra como uma

simples gota d'água pode servir como lupa e que é possível se observar os animais minúsculos.

Lança-se a estudar novos corpos que podem ou não se eletrizar. Gray classifica assim os corpos em

duas categorias: os condutores, que podem se eletrizar e os que não podem, quando atritados.

 

Charles François Ciesternay du Fay (1698 – 1739); Dufay – Químico, mostra que um grande

número de corpos podem ficar fosforescentes por calcinação em presença de certos metais. Ele

estuda a eletricidade para descobrir as propriedades de algumas substâncias no maior número

possível de corpos. Ele aumenta o número de corpos que podem ser eletrizados, e, assim como já

havia sugerido Gray, divide os corpos em duas categorias opostas: Os isolantes e os condutores.

Com Dufay, ordem e sistematização são introduzidos em eletricidade.

 

George Boze professor de física em 1744, inventa grande número de diversões com eletricidade. A

partir desse momento, a eletricidade não se faz apenas no ambiente das universidades e academias,

mas é levada ao público como forma de diversão do momento.

Após milhares de experimentos repetidos por toda a Europa, três fenômenos são bem distinguidos: a

atração, a repulsão e a condução.

 

1746 – Garrafa de Leyde ou condensador. Em 1745, dois amadores, um Dignitário Eclesiástico

de Ponseraine: Eduardo Von Kleist e um Magistrado da cidade de Leyde: Andréas Cuneus, fazem

independentemente uma experiência que vai renovar completamente os estudos e os prazeres da

eletricidade. Eles criam o circuito elétrico.

Em 1745, o professor de física da Universidade de Leyde, Pieter Van Munchembroek (1692 –

1761), amigo do magistrado, monta a partir da experiência de Kleist a “Garrafa de Leyde”, mais

tarde morre assim que uma descarga das garrafas atravessa seu corpo.

 

Ao final do século XIX, a corrente elétrica, é proposta para a execução de condenados à morte.

 

Nollet - 1749 - Foi assistente de Dufay, se torna professsor de física e se interessa pela eletricidade e

pela garrafa de Leyde que permite acumular e conservar a eletricidade.

Page 7: Cronologia Da Eletricidade

Mais tarde ele realiza uma segunda tentativa para reforçar o acúmulo de eletricidade: aumentar a

superfície do vidro ou utilizar diversas garrafas ligadas umas às outras, a qual chamamos bateria.

 

Benjamin Franklin (1706 – 1790) - 1752 – Primeiros Para raios. Em 1746, Franklin, americano

que exercia diversos ofícios, conhecido como o criador da fórmula "O tempo é dinheiro", se interessa

por contabilidade e não conhece grandes coisas de física. Começa então a se interessar pela

eletricidade e vai aplicar a ela a mesma abordagem econômica, uma metodologia bem diferente dos

físicos cartesianos franceses. Franklin pensa sobre a eletricidade com a visão de um contador. Para

ele "todo o corpo possui em seu estado normal uma certa quantidade de fluido elétrico. Se ele ganha

eletricidade, esta se coloca na superfície do corpo e este é eletrizado positivamente (+ ); se ele perde

eletricidade, é eletrizado negativamente ( - ). Agora se pode atribuir um sinal( + ) ou um sinal ( - )

aos corpos eletrizados".

A eletricidade, não se cria, nem desaparece, ela passa de um corpo que tem muito para aquele em

que falta.

Franklin explica o fenômeno da garrafa de Leyde e se propõe a entender as descargas elétricas dos

trovões no alto de uma torre ou campanário com uma barra metálica vertical. Com isto Franklim

inventa o para raios.

 

 

Em torno dos anos 1780, a eletricidade médica é usada largamente por sábios, estudiosos, que não

são nem médicos nem físicos.

Antes mesmo de físicos, alguns médicos alemães se propuseram a testar os benefícios das emanações

produzidas por uma máquina elétrica sobre a saúde.

 

Buffom (1707 – 1788), Reconhecido naturalista, se interessa também pela introdução da ação à

distância em eletricidade realizada por Franklin.

 

J. Priesley, químico dedicado ao estudo dos fenômenos físicos, com base nos trabalhos de Newton

sobre a gravidade, em 1760 enunciou pela primeira vez a possibilidade de que a interação entre os

corpos eletrizados fosse a mesma que a interação gravitacional.

 

Luigi Galvani (1737 – 1798); 1786 – Experiência de Galvani: Existirá uma eletricidade animal?

Professor de anatomia interessou-se sobre a influência da eletricidade em seus estudos. Ele trabalhou

Page 8: Cronologia Da Eletricidade

com as garrafas de Leyde e com coxas da rã, tentando explicar as contrações que observava quando

tocava nelas com o bisturi, supondo ser eletricidade contida no animal. Foi a pista para a criação da

pilha de Volta.

 

Alessandro Volta (1745 – 1827); 1775 – Cria o Eletróforo - instrumento que podia ser usado como

um estoque portátil de carga elétrica, e assim, transferir cargas para outros dispositivos ou mesmo

carregar uma garrafa de Leyde. Volta criou também um eletrômetro muito sensível permitindo

detectar a eletricidade da atmosfera.

 

Volta procura aumentar a tensão elétrica produzida pelo contato de dois metais diferentes. Estuda

todo tipo de alternância de metais e condutores diversos. Com sua experiência Volta inventa a pilha

elétrica. " 'Uma pilha funciona como um circuito fechado' , foi o que ele mesmo bem precisou em

seu manuscrito". (Blondel, p.93,1994)

 

1800 – Pilha de Volta; Volta apresenta a sua pilha que funciona como um circuito fechado. A pilha

voltaica usava dois metais diferentes separados por substâncias químicas úmidas para produzir um

fluxo de carga elétrica. A pilha voltaica original usava três tipos de discos: zinco, papelão ou couro e

cobre.

 

Os médicos vão aplicar a corrente elétrica aos asfixiados, aos afogados e testar outras terapias.

São os Químicos mais que os físicos que vão se beneficiar da pilha de Volta.

 

CRONOLOGIA E HISTÓRIA DA ELETRICIDADE

De 1820 a 1830

 

Jean-Paptista Biot (1774 – 1862), Físico. Possui cálculos sofisticados para determinar as forças

correntes e imantadas.

 

Thomas Seebeck (1770 – 1831) – Físico. Demonstra a interação entre a eletricidade e o calor: O

calor pode criar uma corrente elétrica. Este efeito termoelétrico é a base de termocorpos que

Page 9: Cronologia Da Eletricidade

permitem medir uma temperatura pela corrente elétrica produzida. O "efeito Seebeck" é conhecido

hoje como termoeletricidade. Seu principal uso se dá em termômetros.

 

James Joule (1818 – 1889) – Joule estudou os efeitos termoelétricos durante os anos de 1830. Joule

demonstrou que a eletricidade e o trabalho mecânico produziam calor, e não o deslocavam de um

ponto para o outro ( como se acreditava na época). D mesma forma o calor também podia ser

transformado em trabalho mecânico. Joule lançou as bases do conceito moderno de energia.

A lei de Joule define que o calor produzido é proporcional à resistência do fio, ao tempo de fluxo da

corrente e ao quadrado da intensidade da corrente.

 

Thomas Alva Edison (1849 – 1931); Edson explora os estudos de Joule no fim do século XIX.

Começou sua carreira como telegrafista de ferrovia. Tornou-se inventor e aperfeiçoou uma série de

invenções de outros. Seu primeiro sucesso foi em 1870, criando um dispositivo que comunicava por

telégrafo as cotações das ações entre escritórios da área financeira de Nova York.

Em 1882, Edison e alguns colegas instalaram caldeiras e dínamos em um edifício em Nova York.

Também instalou cabos para distribuir energia elétrica para a região ao sul de Wall Street. Fabricou

lâmpadas incandescentes e todos os outros componentes necessários para que as pessoas instalassem

luz elétrica em suas casas.

 

Os primeiros geradores a turbina de Parsons podiam ser montados numa carroça e levados ao local

onde fossem necessários. (Aventura na ciência, ELETRICIDADE, p. 43, s/d).

 

A partir dos anos 1880, a iluminação a incandescência começa a substituir o gás nos teatros, nos

ateliês e nas ruas.

 

Nikola Telsa (1856 – 1943) – Trabalhou alguns anos com Thomas Edison. Em 1888, montou seu

primeiro "motor de indução" que abriu o caminho para a utilização das fontes de c.a. (corrente

alternada). Inventou também um transformador – a bobina de Telsa – que funciona com freqüências

muito altas e produz enormes voltagens.

 

Michel Faraday (1791 – 1867) – Físico e químico britânico; 1831 Cria o Anel de Indução;.

Realiza o objetivo de "criar a eletricidade com o magnetismo". O Anel de Indução de Faraday com

duas bobinas separadas eletricamente, foi considerado o primeiro transformador.

Page 10: Cronologia Da Eletricidade

 

James Clerk Maxwell (1831 – 1879); Traduziu matematicamente a visão de Faraday. Em 1864

Maxwell traduziu a relação entre eletricidade e magnetismo. Essas equações previam que a carga

elétrica oscilante deveria enviar "ondas" de energia eletromagnética a partir de sua fonte . Em 1880

com uma série de experiências ele demonstrou a existência dessas ondas, provando ainda que podem

ser detectadas à distância.

 

Maxwell previu a existência das ondas de rádio, antes mesmo de Hertz. Ele mostrou que

uma carga elétrica oscilante produz um campo eletromagnético variável que se desloca à

velocidade da luz.Os trabalhos de Maxwell foram importantes para solução dos problemas

técnicos que existia para a comunicação a distância na época, especialmente os

telegrafistas, como a colocação de cabos pelo Atlântico.

 1856 – Teoria de Maxwell - Eletricidade e eletromagnetismo.

 

 

Guglielmo Marconi (1875 – 1937). Na década de 1890, a partir das descobertas de Maxwell, os

trabalhos de Marconi resultaram no telégrafo sem fio.

 

CRONOLOGIA E HISTÓRIA DA ELETRICIDADE

De 1830 a 1860

1832 – Primeira máquina à corrente induzida.

 

John Daniell (1790 – 1845); 1836 – Pilha de Daniell. Sua pilha sustentava a corrente elétrica por

mais tempo. Sua pilha produzia cerca de 1volt e era usada em pesquisas.

 

1837 – William Cooke (1806 – 1879) e Charles Wheasttone ( 1802 – 1875); instalaram um

primeiro telégrafo na Inglaterra. No início as pessoas não aceitaram a idéia de passar fios elétricos

por suas terras. Mais tarde foi desenvolvido o telégrafo sem fio, baseado nas ondas

eletromagnéticas. Isto foi pssível a partir das experiências de Hertz e Marconi.

 

Page 11: Cronologia Da Eletricidade

Samuel Morse (1791 – 1872); O "pai do Telégrafo", era pintor de retratos. Deixou a pintura e

começou a estudar o eletromagnetismo. Em 1837 já havia projetado transmissores e receptores bem

como a primeira versão do código de pontos e traços que foi batizado com seu nome e utilizado mais

tarde em todo o mundo.

A primeira linha telegráfica de Morse com 60 Km, de Washington a Baltimore, inaugurada em

1844, com a seguinte mensagem do próprio Morse: "Eis o que Deus realizou". (Aventura na ciência

– ELETRICIDADE, p. 57, 1994).

 

Alexander Graham Bell (1847 – 1922); - Em 1870, se destacou por seu trabalho na área de

educação de deficientes auditivos. Descobriu que tons de voz diferentes podiam fazer variar sinais

elétricos que percorriam um fio pelo processo de indução eletromagnética. Percebeu também que um

sinal variável podia fazer vibrar um diafragma produzindo ondas sonoras. O princípio do telefone

tinha nascido.

(Aventura na ciência – Eletricidade, p.58, s/d).

 

1839 – Motor elétrico de Jacob; testado em um barco.

 

Heinrich Hertz (1857 – 1894), Físico , põe em funcionamento em 1888 as ondas

eletromagnéticas. " As ondas eletromagnéticas se propagam no ar à velocidade da luz ( em torno de

300.000km/s). Elas possibilitam transmitir sinais elétricos sem suporte material. A partir desse

princípio, foi desenvolvido mais tarde o telégrafo sem fio (TSF), depois o rádio utilizou também

essas ondas.

 

1844 – Foulcaut; Ilumina a "Place de la Concorde" por lâmpadas a arco.

 

1849 – Edward Clarke; Um fabricante de instrumentos londrino, cria uma eficiente máquina

magnetoelétrica, na qual o movimento de uma manivela faz girar bobinas de fio em vez de um

grande imã. A máquina de Clarke foi usada para demonstrações e tratamentos médicos. ((Aventura

na ciência – ELETRICIDADE, p. 36).

 

1850 – Isaac Singer; produz a máquina de costura operada com os pés, deixando as mãos livres para

trabalhar com o tecido. Em 1930 ela seria aperfeiçoada com o motor elétrico.

Page 12: Cronologia Da Eletricidade

 

1851 – Feita ligação por cabos entre a França e a Inglaterra

 

Gaston Planté (1834 – 1889); Em 1859 desenvolveu uma bateria secundária ou recarregável.

Após a recarga a bateria volta a produzir corrente elétrica.

 

George Leclanché (1838 – 1882); Químico francês, criou uma pilha que produzia 1,5 volt. Sem

ácidos corrosivos, logo se tornou uma popular fonte de eletricidade portátil, antecessora da pilha de

lanterna.

 

1856 – Teoria de Maxwell - Eletricidade e eletromagnetismo.

 

CRONOLOGIA E HISTÓRIA DA ELETRICIDADE

De 1860 a 1900

 

1866 – Colocação do Cabo Transatlântico.

 

Z. T. Gramme 1869 – Inventor Belga, projetou um dínamo que gerava bastante corrente elétrica,

mantendo um fluxo suficientemente estável. Sua máquina foi muito útil para aplicações em larga

escala como a iluminação de fábricas com lâmpadas de arco de carvão. O dínamo podia ser movido á

vapor , por isso não aquecia muito com o uso contínuo como os anteriores.

 

1873 – Fontaine - Põe em funcionamento a reversibilidade do motor elétrico. Surgem os primeiros

motores elétricos de Gramme destinados a iluminação de faróis.

Os faróis franceses do século XIX usavam lâmpadas de arco voltaico.

 

1876 – Sistema de iluminação de Jablochkoff.

 

1879 – Lâmpada incandescente de Edison, ao mesmo tempo que o Inglês Swan criador das lâmpadas

a arco do sistema Brush instalados à Cleveland e depois em Wabash.

Page 13: Cronologia Da Eletricidade

 

1870 –"Na década de 1870 a companhia Siemens na Alemanha, realizou experiências com motores

elétricos fortes o bastante para puxar um trem. A Ferrovia elétrica de Siemens foi exibida na Feira

de Berlin em 1879". ( Aventura na Ciência – Eletricidade, p. 39, s/d).

 

1881 – Exposição internacional de eletricidade em Paris.

 

1883 – Primeiras tentativas de transmissão de energia elétrica. 

 

1884 – Criação dos transformadores elétricos.

 

1886 – Criação do forno elétrico de Héroult.

 

1887 – Hertz produz e detecta as ondas previstas por Maxwell.

 

1888 - Criação do ferro de passar roupas elétrico.

 

1891- Transporte de força entre Lauffen e Francfort.

 

J.J. Thomson ( 1856 – 1940); Em 1897, Thomson anuncia haver medido em um tubo a descarga, a

massa e a carga da partícula elementar da eletricidade: “o elétron”. O nome elétron já havia sido

proposto alguns anos antes.

Thomson propôs, em 1898, um novo modelo para o átomo que ficou conhecido como: “Pudim de

ameixas ou de passas”.

 

CRONOLOGIA E HISTÓRIA DA ELETRICIDADE

De 1900 a 1930

  

1900 - Criado o "Metropolitam Eléctrique de Paris", um veículo elétrico que atinge 100 km/h. 

Page 14: Cronologia Da Eletricidade

1911 – Ernest Rutherford, ex aluno de Thomson, pesquisando sobre partículas alfa chegou a conclusão 

diferente de Thomson, criando um outro modelo de átomo agora com os elétrons girando em torno do 

núcleo. Porém desencadeando muitas outras interrogações.

  

1913 – Niels Bohr, aperfeiçoa o modelo de Rutherford e propõe um modelo com novos postulados.

O modelo atômico proposto por Bohr foi revolucionário, rompendo com a Física Clássica, dando

início a Mecânica Quântica.

O modelo de Bohr não dava conta do núcleo do átomo.

Em 1914 Rutherford continua sua pesquisa, utilizando uma ampola de Goldstein e gás

hidrogênio a baixa pressão consegue identificar novas partículas que foram chamadas de

prótons.

 

O modelo atômico é novamente modificado, aparecendo agora os elétrons e os prótons.

 

Somente 17 anos após a descoberta do elétron (1897 por Thonson) é que foi descoberto o

próton.

  

Sir James Chadwick, 1930, trabalhando com polônio e berílio, 13 anos após a descoberta dos prótons, 

acabou detectando novas partículas que chamou de nêutrons.

  

1916 – Semmerfeld, modifica o modelo atômico de Bohr, indicando as órbitas dos elétrons, como as 

representamos hoje.

1920 – John Logie Baird (1888 –1946). Após o telégrafo, o rádio, o telefone, na década de 1920, Baird foi 

montando com vários pedaços de sucata de metal e componentes elétricos um equipamento de transmissão 

para televisão. Em 1930, muitos componentes elétricos já entravam na composição da televisão. A 

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compreensão do comportamento e da natureza dos elétrons levou a criação de componentes eletrônicos 

como a válvula. Ela representou um enorme avanço  nas comunicações. Na década de 1940, surgiram os 

primeiros transmissores, que logo substituíram as válvulas em muitas aplicações. Na década de 60, foram 

desenvolvidos os "chip" de silício, originando o circuito integrado.

  

A primeira transmissão regular de televisão ocorreu em Londres, em 1936, com cada figura sendo formada 

por 405 linhas horizontais. 

  

1930 - A máquina de costura criada em 1850 por Isaac Singer, que era operada com os pés deixando as 

mãos livres para trabalhar com o tecido, é aperfeiçoada agora com o motor elétrico. 

  

Outros físicos, engenheiros e leigos certamente contribuíram na maioria dos fenômenos elétricos e teorias 

criados especialmente durante o século XIX. 

  

A História da Eletrônica

(* Adaptado por C.A. Bertulani para o projeto de Ensino de Física a Distância)

 I - Introdução

Eletrônica é o campo da ciência e da engenharia que trata dos dispositivos eletrônicos e de sua utilização. É a parte da física que estuda e utiliza as variações de grandezas elétricas para captar, transmitir  e processar informações.  Trata dos circuitos elétricos e instrumentos constituídos por válvulas termiônicas, dispositivos semicondutores (tais como transistores, termitores e circuitos integrados), tubos de raios catódicos e outros componentes, entre os quais aqueles baseados no efeito fotoelétrico (células fotoelétricas, válvulas fotomultiplicadoras, etc..).

II - Origem A origem dos aparelhos eletrônicos remonta às pesquisas de Thomas Alva Edison, que em 1883 descobriu o que chamamos hoje de "Efeito Edison", ou efeito termiônico. Ele demonstrou a formação de uma corrente elétrica fraca no vácuo parcial entre um filamento aquecido e uma placa metálica. A corrente era unidirecional e cessava se a polaridade do potencial entre o filamento e a chapa fosse invertida. Ficou comprovado que os transmissores da eletricidade estavam eletrizados. Mais tarde, estes transmissores receberam o nome de elétrons.

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Em 1887, Heinrich Hertz, durante as suas experiências com arcos voltaicos, observou que a luz emitida durante a descarga de alta voltagem de um arco elétrico influía consideravelmente na descarga produzida por outro arco menor, colocado diante dele. No momento em que o menor  deixava de receber a luz da descarga do maior, produzia-se uma faísca muito mais curta do que enquanto iluminado. Iniciou-se assim o estudo da Fotoeletricidade.Em  1888, William Hallwachs demonstra que um eletroscópio com esfera de zinco perde sua carga negativa se a esfera for exposta à luz ultravioleta. O fenômeno tornou-se conhecido como "Efeito Hallwachs" e determinou serem negativas (elétrons) as cargas emitidas pela esfera de zinco sob a ação do ultravioleta.Elster e Geitel, ambos físicos alemães, estudam o fenômeno e observam (1889) que os metais alcalinos sódio e potássio emitem elétrons também sob influência da luz comum. Trabalharam juntos pesquisando a ionização da atmosfera e o efeito fotelétrico. Descobriram em 1899 o fenômeno da descarga de um eletroscópio na proximidade de um radioelemento e enunciaram, em decorrência dessa observação, a Lei do Decrescimento Radioativo.

Construíram a primeira célula fotoelétrica de utilização prática (1905) de elementos alcalinos; criaram o primeiro fotômetro fotoelétrico e um transformador Tesla.

Em 1897, J.A. Fleming, físico inglês, faz a primeira aplicação prática do "Efeito Edison". É considerado um dos pioneiros da radiotelegrafia. Usa a propriedade unidirecional da corrente movida a elétrons para criar um detector de sinais telegráficos. A válvula de Fleming (foto 1) é a origem do tubo díodo (1904). Esse aparelho foi a origem de todas as válvulas utilizadas em telecomunicações. Criou também um ondímetro, um amperímeto térmico para correntes de alta freqûencia e um manipulador de indução variável . Deve-se a ele a regra, hoje clássica, dos "três dedos", que dá o sentido das forças eletromagnéticas.  Essa regra é usada para a determinação do campo magnético, a partir do produto vetorial da carga e do campo elétrico.

  Lee de Forest, inventor norte-americano, se lançou à promoção da radiocomunicação, organizando uma companhia telegráfica. Fracassou nessa primeira tentativa. Em 1906 inventa a lâmpada de três eletrólitos ou tríodo. Acrescenta um terceiro eletrólito (grade) à válvula de Fleming. A utilidade dessas válvulas como geradores, amplificadoras e detectoras, foi aos poucos impondo-se. Em 1910, transmitiu a voz do maior tenor de todos os tempos, Caruso. Mas só com a primeira Guerra Mundial sua invenção tornou-se amplamente utilizada e foi produzida em larga escala. Inventou também, o

fonofilme, aparelho precursor na indústria do sistema falado.

Jonathan Zenneck, físico alemão, contribuiu para o desenvolvimento na radiotelefonia e das técnicas de alta frequência na Alemanha. Inventou o medidor de ondas elétricas (1899) e um processo para multiplicação das frequências (1900). Em 1905 desenvolve o Tubo de Braun e cria o osciloscópio catódico, origem dos cinescópios dos atuais aparelhos de televisão. Data de 1907 sua teoria da difusão das ondas elétricas. Depois da Segunda Guerra Mundial,  construiu a primeira estação ionosférica alemã.

Edwin Howard Armstrong, engenheiro eletrônico norte-americano, tem como invenções no campo da radiotelefonia: o circuito  regenerativo (1912), o circuito super-heteródino (1918)  e

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o circuito super-regenerativo (1920). Desenvolveu um sistema radiofônico de frequência modulada, diminuindo as interferências nas transmissões e aumentando o nível de som.

A partir das invenções de Vladimir Zworykin, engenheiro e inventor russo, que se desenvolveu todo o sistema eletrônico da  televisão moderna. É o primeiro a conseguir transformar uma imagem em uma corrente elétrica. Teve como importante trabalho a aplicação da eletrônica à medicina.

Inventor do iconoscópio, ponto de partida para o sistema de televisão, colaborou na elaboração de outros equipamentos eletrônicos, como o microscópio eletrônico.

Sir Robert Alexander Watson-Watt, físico escocês, concebeu um sisema de detecção de um objeto e de medida da distância por intermédio de ondas eletromágnéticas (1925). Dessa forma nasceu o RADAR (RAdio Detection And Ranging), cujas primeiras estações foram instaladas na Inglaterra.

Nos anos seguintes os aparelhos  que produzem e detectam ondas eletromagnéticas - sobretudo curtas e ultra curtas -  são desenvolvidos e as teorias de modulação aprofundadas. Em 1927 Carson empreende estudos matemáticos relativos ao transporte de um sinal por uma corrente elétrica portadora (modulação). A modulação de freqüência é prevista por Armstrong em 1928. A modulação de uma mesma onda portadora por várias comunicações  telefônicas simultâneas permite o surgimento da técnica das comunicações múltiplas com um mesmo  suporte material, colocando o telefone à disposição do grande público.

Blumldin e Schönberg desenvolvem em 1930 um sistema  comercial para tratar  a imagem elétrica produzida pelo tubo de Zworykin para permitir o transporte à distância e a  reconstituição local.

Manfred Barthélemy, físico francês, é considerado um dos criadores da televisão na França. Dedicou-se primeiro à criação de aparelhos de medição, e depois à radiofonia. Durante a Primeira Guerra Mundial, construiu instrumentos emissores e participou da instalação do centro de comunicação na Torre Eiffel. Interessou-se em seguida pela televisão, aperfeiçoando o dispositivo do escocês John Baird, e foi encarregado de uma emissão regular de  TV em 1935. Por ocasião da Segunda Guerra Mundial, realizou pesquisas sobre radares. Mais tarde,  criou o isoscópio, um tubo aperfeiçoado para a TV.

Manfred e René elaboraram a transformação da imagem elétrica em imagem lumisosa. Câmaras, amplificadores, geradores de sinais de imagem, sinais de linha, sinais de sincronização, multiplicadores de frequência são desenvolvidos e produzidos.

Apesar do desenvolvimento de computadores digitais estar enraizado no ábaco e em outros instrumentos de cálculo anteriores, foi creditado a Charles Babbage o design do primeiro computador moderno. O primeiro computador totalmente automático foi o Mark I, ou Automatic Sequence Controlled Calculator, iniciado em 1939 na Universidade de Harvard, por Howard Aiken, enquanto o primeiro computador digital eletrônico, ENIAC (foto 2) - Electronic Numeral Integrator and Calculator - que usava centenas de válvulas eletrônicas, foi completado em 1946, na Universidade da Pensilvânia.  

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O UNIVAC (UNIversal Automatic Computer) se tornou em 1951 o primeiro computador a lidar com dados numéricos e alfabéticos com igual facilidade. Também foi o primeiro computador disponível comercialmente, usado no censo americano da década de 50.

Os computadores de primeira  geração foram suplantados pelos transistorizados, entre o fim da década de 50 e início da década de 60. Esses computadores de segunda geração já eram capazes de fazer um milhão de operações por segundo. Por sua vez, foram suplantados pelos computadores de terceira geração, com circuitos integrados (foto 3), de meados dos anos 60 até a década de 70. A década de 80 foi caracterizada pelo desenvolvimento do microprocessador e pela evolução dos minicomputadores, microcomputadores e computadores pessoais, cada vez menores e mais poderosos.

Um circuito integrado consiste de muitos elementos, como transistores e resistores fabricados em uma mesma peça de silício ou outro material semicondutor . O pequeno microprocessador mostrado acima é o coração de um computador pessoal (PC). Ele contém muitos milhões de transistores, e pode executar até 100 Milhões de Instruções por Segundo. As filas de pinos (pernas) são usadas para conectar o microprocessador à placa de circuitos.

III - Etapas III . 1 : Radar

Criado em 1935 por Watson-Watt. Designa um dispositivo eletrônico que permite ao homem detectar e localizar objetos à distância, e sob condições de luminosidade muito precárias  para o olho humano.

O radar  é  largamente empregado em atividades tanto civis como militares. Suas aplicações mais comuns encontram-se na navegação aérea e marítima, para facilitar por exemplo o

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tráfico nos aeroportos e tornar mais simples as manobras dos navios . Os modernos aviões são equipados com radares, para que o piloto possa detectar obstáculos à sua trajetória com uma certa antecedência, realizando assim, as manobras necessárias com segurança.

Principais fins militares com que o radar é empregado:

· Detecção de aeronaves inimigas, antes que estas sobrevoem o território; · Localização de submarinos; · Incursões noturnas; · Uso conjugado com outros dispositivos eletrônicos, para permitir que projéteis persigam alvos móveis;

O radar também é aplicado à radionavegação, permitindo aos aviões orientarem-se mesmo em condições de pouca ou nenhuma visibilidade. Também é usado na astronomia, especialmente no estudo da superfície dos planetas por satélites, e na meteorologia, para a previsão do tempos a curto prazo. A miniaturização dos circuitos permitiu a produção de unidades menores de radares, usadas no trânsito, pela polícia, para a detecção da velocidade dos automóveis, baseado no Efeito Doppler.

III . 2 - Tungstênio, Selênio e  Germânio

A descoberta de certas propriedes elétricas em  alguns metais (destacadamente o tungstênio, o selênio e o germânio), foi de grande importância no desenvolvimento da indústria eletrônica, na criação de numerosos componentes e na expansão de seus  usos a muitos aparelhos novos, destinados a diversas atividades técnicas e científicas. Por suas qualidades de peso e dureza, e principalmente por seu elevado ponto de fusão (3.370 øC), o tungstênio é empregado na fabricação de filamentos para lâmpadas comuns e tubos de televisão. O selênio, por sua sensibilidade à luz e outras características, é utilizado nos fotômetros de aparelhos fotográficos, nas células fotoelétricas de portas automáticas, nos equipamentos preventivos de incêndios, etc. Já o germânio, tem largo emprego em vários dispositivos semicondutores. Dos três metais,  o tungstênio é o que tem maior importância comercial.

III . 3 : Aplicações

 Os aparelhos eletrônicos têm numerosas aplicações em nosso dia-a-dia. Eles integram os sistemas de Telecomunicações, Radiodifusão, Televisão,  Radio-astronomia, Telecomando e Telemedidas, Eletromedicina, aparelhagem auxiliar de navegação marítima e aérea e sistemas de aplicações industriais, entre outros.

Os aparelhos eletrônicos são capazes de medir, controlar, comandar e regular diversas operações. Destacamos o microscópio eletrônico, os contadores e detetores de partículas, os aceleradores, radiotelescópios, o eletroencefalógrafo, o eletrodiógrafo, os computadores, etc.

Existem aparelhos eletrônicos para melhorar a audição e regular o batimento cardíaco (marcapassos). O rádio e o radar aumentaram a segurança dos transportes. Computadores eletrônicos, que realizam cálculos e operações das mais complexas e variadas com uma rapidez espantosa, são usados tanto por bancos, indústrias, repartições públicas, universidades ou em mesmo casa, no mundo inteiro. O estudo de harmônicos possibilitou o desenvolvimento de sistemas de comunicação mais modernos e eficientes.

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III . 4 : Indústria Eletrônica

Mesmo depois da invenção do tríodo, os tubos eletrônicos demoraram a ser comercializados. Durante a Primeira Guerra Mundial até encontraram aplicação na radiocomunicação, mas a indústra eletrônica em si só foi surgir em 1922, com o advento das emissões radiofônicas. Entre 1922 e 1960, o total anual de vendas de equipamentos eletrônicos subiu de U$ 60 milhões para  U$ 10,2 bilhões. Com os extraordinários progressos alcançados   pelas atividades espaciais desenvolvidas principalmente na esfera estatal da economia das  grandes potências, assim como pela expansão relativamente rápida das técnicas de automatização em todo o mundo, pode-se admititr que o valor dos produtos eletrônicos tem atingido, a partir da década de 70 somas muito elevadas, desempenhando um papel imortante na economia mundial.

Nos países mais industrializados da América Latina, como o Brasil, o México e a Argentina, a indústria eletrônica está dando os primeiros passos, restringindo-se à produção da chamada "eletrônica de lazer", que abrange televisores, rádio-receptores e aparelhos de som em geral. Em alguns casos porém, já vemos outros aparelhos e dispositivos de aplicação técnico-científica.

III . 5 : Circuitos Elétricos

São associações de componentes elétricos com a finalidade de transmitir controladamente a potência elétrica que lhes é aplicada. Os constituintes elementares do circuitos elétricos são chamados de componentes. São eles:

Resistores: são componentes que fornecem uma resistência pré-determinada. Eles são constituídos por um pequeno cilindro de cerâmica  em torno do qual é colocada uma fina camada de carvão, grafite ou uma mistura de carvão e boro. Nas extremidades do cilindro são colocados terminais de fio de cobre estanhado e então o resitor é coberto de uma camada protetora de esmalte epecial.

Capacitores: são dispositivos capazes de armazenar energia elétrica sob forma  estática.  São constituídos por dois eletrodos condutores isolados por um dielétrico.

Transformadores: constam de dois ou mais indutores acoplados por um mesmo circuito magnético.

Geradores Elétricos: são dispositivos capazes de fornecer potência elétrica.

Linhas de Transmissão: são dispositivos destinados ao  transporte de potência elétrica sob a forma de ondas eletromagnéticas.

Válvulas Eletrônicas: são dispositivos que consistem de dois ou mais eletrodos, mantidos em ambiente fechado, total ou parcialmente vacuofeito, entre os quais circulam correntes eletricamente controláveis pela excitação externa de um ou mais destes eletrodos. Foram quase que totalmente substituídas pelos transistores. Uma aplicação onde as válvulas predominam é em amplificadores para guitarras. E, ao contrário do que muita gente pensa, os guitarristas não preferem os amplificadores valvulados por terem estes uma resposta de freqüência mais extensa. Justamente o contrário! Os amplificadores valvulados para guitarras pouco tem a ver com os amplificadores valvulados para alta-fidelidade (hi-fi). Uma das

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razões da preferência dos guitarristas é que a distorção produzida pelas válvulas é mais suave (menos harmônicos ímpares). Alguns guitarristas chegam mesmo a usar apenas a distorção do amplificador, sem recorrer a distorcedores do tipo em pedal. Quanto às distorçoes ditas mais "pesadas" (ou seja, com maior ganho), os amplificadores valvulados também proporcionam melhores resultados, pois sua resposta limitada em altas freqüências (combinada com o uso habitual de alto-falantes de 12 polegadas - sem tweeters) atenua um pouco as freqüências mais altas, "limpando" (subjetivamente falando) o som.

Transistores: são dispositivos simplificados basedos no comportamento elétrico de semicondutores. Eles são responsáveis pela   amplificação dos sinais nos circuitos. Substituem as válvulas, hoje em dia, na maioria das aplicações.

III . 6 - Televisão

Em 1817, o químico sueco Jakob Barzelius (1779-1848) descobriu um novo elemento, o selênio, que está na origem da história da origem da televisão.  Em 1873, o inglês Willwghby Smith comprovou que o selênio tinha a propriedade de tranformar a energia luminosa em energia elétrica: ficava assim estabelecida a premissa teórica segundo a qual era possível transmitir imagens por meio da corrente elétrica.

Mas, somente em 1920 é que se realizaram verdadeiras transmissões de imagens, graças às experiências de dois grandes cientistas: John Logis Baird (1888-1946), no Reino Unido, e Charles F. Jenkins (1867-1934), nos EUA. Ambos utilizaram analisadores mecânicos, porém um não tinha conhecimento do trabalho do outro.

A Segunda Guerra Mundial veio atalhar o progresso  da televisão. Mas, já em 1939 cinco países haviam adotado o sistema eletrônico.  O pós-guerra assinalou um veloz desenvolvimento da TV  

· TV a coresEmprega-se na TV a cores, basicamente o princípio da tricomia na arte gráfica. com a decomposição da imagem a ser transmitida em três imagens secundárias, nas cores primárias azul, verde e vermelho. O  sperfeiçoamento desse sistema acompanhou o progresso da televisão em preto e branco.

IV - Conclusão Percebemos que no decorrer dos anos, a eletrônica assumiu grande importância em nossas vidas. Tudo que está ao nosso redor está envolvido de alguma forma com a eletrônica, que facilitou o nosso dia-a-dia. Os componentes eletrônicos foram  realmente um marco nas descobertas e que nos proporcionaram um imenso avanço tecnológico e tornou mais simples nosso  modo de viver.

Projeto: Ensino de Física a distância Desenvolvido por: Carlos Bertulani

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CURIOSIDADES: 

            Sistema Elétrico Animal: Todas as criaturas vivas desenvolvem quimicamente potenciais elétricos usados em sua maioria, para transmissão de mensagens, através de sistema nervoso.Nos seres humanos, os pulsos elétricos percorrem as fibras nervosas com a velocidade de 1 a 100 m/s. A cada segundo tênues descargas elétricas ocorrem no músculo cardíaco, estimulando e coordenando os batimentos do coração. Estes sinais elétricos “ecoam” através de tecidos do corpo até a pele, onde podem ser detectados por sensores metálicos e registrados como uma linha ondulada, formando um eletrocardiograma. (Melville, p. 36, 1977)  

            Alguns peixes usam a eletricidade para caçar suas presas. A raia, a enguia, o torpedo, o poraquê, encontrado na Amazônia, são exemplos desses peixes. Uma enguia elétrica pode emitir pulsos de 600 volts e poucos ampéres de 3 milionésimos de duração, forte o bastante para matar peixes e batráquios, essa descarga pode paralisar um cavalo ou um homem. A maior parte do seu corpo se compõe de milhares de células, semelhantes a discos, de matéria musculosa ligadas em série em muitas filas paralelas. A descarga é emitida pelo sistema nervoso central e pode ser emitida a vontade. Na enguia a cabeça é negativa e a cauda positiva e ambas devem tocar a vítima para que haja descarga. (Barros, p. 95, 1995)

              A raia elétrica possui blocos de músculos modificados em cada lado da cabeça. Elas enviam ondas de choque pela água para estontear ou matar uma vítima próxima. (Eletricidade – Aventura na Ciência, p.7, 1994)  

            O Tubarão apresenta muitos pontos sensíveis à eletricidade na pele, principalmente junto à cabeça, que captam pulsos elétricos dos músculos em atividade dos peixes. Desse modo, na escuridão, ele pode apanhar sua presa usando apenas os sensores elétricos para orientar-se. (Eletricidade – Aventura na Ciência, p.7, 1994)

            O vaga-lume apresenta uma reação química causando a emissão de uma luz “fria”. Ele exibe a eletroluminescência para atrair seu companheiro para reprodução.. Ao entrar em contato com oxigênio do ar, os elementos químicos do seu corpo sofrem uma reação e brilham intermitentemente. (Melville, p. 36, 1977)

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            Aurora Boreal:            É uma das mais espetaculares manifestações de eletricidade atmosférica, também conhecido como “luzes do norte”.             É um fenômeno visível nas latitudes extremas norte e sul, uma espetacular exibição de cores em movimento. Seu clarão espalha-se pelo céu a uma altura entre 80 e 400 Km. Nessa altura, a pressão atmosférica é tão baixa que as partículas carregadas, emitidas pelo sol, a tornam ionizadas, fazendo-a brilhar, de modo semelhante a uma lâmpada de descarga. Essas partículas carregadas são defletidas pelo campo magnético da Terra e concentram-se nos pólos magnéticos, daí o fenômeno ser geralmente visível apenas nos pontos extremos ao norte e ao sul do globo terrestre. (Melville, p. 57, 1977).

            O fogo-de-santelmo            É outra manifestação visível da eletricidade atmosférica. Ocorre nos mastros dos navios, principalmente nos trópicos, quando há condições pré-tempestesuosas. A atmosfera carregada causa pequenas descargas elétricas, chamada corona, que ocorrem em pontos agudos. Antigamente, os marinheiros eram muito supersticiosos e interpretavam esse fenômeno, que pode ser estacionário ou rotativo, como sendo uma aparição celeste; daí ser apelidado de santelmo, em homenagem a Santo Elmo, padroeiro dos marinheiros. (Melville, p. 57, 1977).            

            Em 1882, Edson inaugura a estação Central de "Peal Street em Nova York" "É a primeira central elétrica do mundo" (Skrotzky, p. 22, 1984).

            Em 1882, as fábricas de Thomas Edison produziram 100mil lâmpadas incandescentes, mas a popularização da luz elétrica, com instalação de cabos por toda parte, só se completou na década de 1920. Os primeiros usuários foram alertados para os perigos, embora a eletricidade fosse bem mais segura que as chamas das velas e do gás. (Aventura na ciência – ELETRICIDADE, p. 46, 1994). 

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            Um dos primeiros medidores de eletricidade criado por Thomas Edison, utiliza a eletrólise para aferir o consumo. A corrente passava pela solução de sulfato de cobre nos frascos, o que fazia o cobre separar-se em uma das placas e depositar-se na outra. A mudança de peso das placas era proporcional à eletricidade usada. (Aventura na Ciência – Eletricidade, p. 46, 1994).  

                Fluorescência – O cientista francês Antoine Becquerel (1852 – 1908) usou luz fluorescente para descobrir a radioatividade. Mas as lâmpadas fluorescentes domésticas só foram desenvolvidas na década de 1950. (Aventura na Ciência – Eletricidade, p. 47, 1994).

            Ao final do século XIX, a corrente elétrica, é proposta para a execução de condenados à morte. (Blondel, 1994).  

            Os primeiros geradores a turbina de Parsons podiam ser montados numa carroça e levados ao local onde fossem necessários. (Aventura na ciência, ELETRICIDADE, p. 43, 1994).

            A primeira linha telegráfica de Morse com 60 Km, de Washington a Baltimore, inaugurada em 1844, com a seguinte mensagem do próprio Morse: "Eis o que Deus realizou". (Aventura na ciência – ELETRICIDADE, p. 57, 1994).

           1900 - Criado o "Metropolitam Eléctrique de Paris", um veículo elétrico que atinge 100 km/h (Blondel, 1994).

           Campos (RJ) se torna a primeira cidade do Brasil e da América do Sul a receber iluminação pública, elétrica, em 1883.  (BIBLIEX, p. 54, 1977)

            Ao fim do século XVIII a força física de atração universal de Newton é reconhecida. Esta força se exerce entre todos os corpos, entre o sol e os planetas, entre a terra e a lua (Beltran, 1991).

           Em 1881, os eletricistas deram o nome de Ampére a unidade da intensidade (Beltran, 1991).

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         A primeira transmissão regular de televisão ocorreu em Londres, em 1936, com cada figura sendo formada por 405 linhas horizontais. (Aventura na ciência – ELETRICIDADE, p. 63 , 1994).

        A primeira usina hidrelétrica instalada no Brasil para serviço de utilidade pública é a Marmelos – Zero, no rio Paraibuna, em 05 de setembro de 1889 – último aniversário da Independência comemorado no Império. (BIBLIEX, p. 54, 1977)

           COMO ESTAMOS EM CONSUMO DE ENERGIA NO BRASIL?

Atualmente no Brasil temos:

Hidroeletricidade: 35,8%Petróleo: 35,3%Madeira: 13,3%Cana de açúcar: 10,0%Carvão mineral: 5,2%Energia nuclear: 0,2%Outras: 1,5Energia elétrica: 90% hidroeletricidade; 5% termoeletricidade; outras.(fonte: Eletrobrás - Programa de Ed. Ambiental).