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COMITÉS DE ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA OPERACIONAL COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO (COMPETE2020) DO PROGRAMA OPERACIONAL SUSTENTABILIDADE E EFICIÊNCIA NO USO DOS RECURSOS (POSEUR) PROGRAMA OPERACIONAL INCLUSÃO SOCIAL E EMPREGO (POISE) PROGRAMA OPERACIONAL CAPITAL HUMANO (POCH) E DOS PROGRAMAS OPERACIONAIS REGIONAIS NORTE, CENTRO, ALENTEJO, LISBOA E ALGARVE Ata da reunião comum 26 de novembro de 2015 Página 1 de 80

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COMITÉS DE ACOMPANHAMENTO

DO PROGRAMA OPERACIONAL COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO (COMPETE2020)

DO PROGRAMA OPERACIONAL SUSTENTABILIDADE E EFICIÊNCIA NO USO DOS RECURSOS (POSEUR)

PROGRAMA OPERACIONAL INCLUSÃO SOCIAL E EMPREGO (POISE)

PROGRAMA OPERACIONAL CAPITAL HUMANO (POCH)

E DOS PROGRAMAS OPERACIONAIS REGIONAISNORTE, CENTRO, ALENTEJO, LISBOA E ALGARVE

Ata da reunião comum

26 de novembro de 2015

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REUNIÃO

AGENDA:

1. Informações

1.1. – Ponto de situação sobre o Processo de Designação

1.2. – Ponto de situação sobre o Cumprimento das Condicionalidades Ex-ante

1.3. – Outras informações

2. Apresentação do Plano Global de Avaliação do Portugal 2020 e dos Planos de Avaliação dos

Programas Operacionais

3. Apresentação dos resultados das Avaliações ex ante dos Instrumentos Financeiros dos

Programas Operacionais

3.1. - Lote 2 - Instrumentos Financeiros para a inovação e empreendedorismo social, para o

microempreendedorismo e criação do próprio emprego e para os empréstimos a estudantes do

ensino superior

3.2 - Lote 3 - Instrumentos Financeiros para a eficiência energética e gestão eficiente da água e

dos resíduos

3.3. - Lote 4 Instrumentos financeiros para a regeneração e revitalização física, económica e

social em zonas urbanas

4. Implementação dos Instrumentos Financeiros de Reabilitação e Revitalização Urbanas

4.1. – Apresentação do Documento de Estratégia

4.2. – Aprovação dos Critérios de Seleção

5. Implementação do Instrumento Financeiro para a Inovação Social

5.1. – Apresentação do Documento de Estratégia

5.2. – Aprovação dos Critérios de Seleção

6. Diversos.

ATA:

Aos vinte e quatro dias do mês de novembro do ano de dois mil e quinze, pelas nove horas e cinquenta

minutos, realizou-se nas instalações do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Lisboa, a

reunião comum dos Comités de Acompanhamento, adiante designados por CA, dos seguintes

Programas Operacionais, no âmbito do PORTUGAL 2020:

o Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020);

o Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR);

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o Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE);

o Programa Operacional Capital Humano (POCH);

o Programa Operacional Regional do Norte (NORTE 2020);

o Programa Operacional Regional do Centro (CENTRO 2020);

o Programa Operacional Regional de Lisboa (LISBOA 2020);

o Programa Operacional Regional do Alentejo (ALENTEJO 2020);

o Programa Operacional Regional do Algarve (CRESC ALGARVE 2020).

Abertura/ Introdução à Agenda

António Dieb, Presidente da Comissão Diretiva da Agência para o Desenvolvimento e Coesão (AD&C),

que presidiu aos trabalhos, deu início à reunião dando as boas vindas a todos os presentes e

cumprimentando os representantes da Comissão Europeia, DG Emprego e DG Regio, as Autoridades de

Gestão dos Programas Operacionais Temáticos e Regionais e demais Autoridades Públicas e Privadas

presentes. Continuou apresentando a composição da mesa do Comité, sendo esta constituída pelos

Presidentes das Autoridades de Gestão dos Programas Operacionais Temáticos e dos

Programas Operacionais Regionais, pelo Dr. Duarte Rodrigues e pela Dra. Elisabete Quintas,

respetivamente Vice-Presidente e Vogal Executiva da AD&C.

Continuou, salientando a pertinência da realização de um Comité de Acompanhamento (CA)

conjunto, em face da relevância das matérias transversais a tratar. Explicou ainda

detalhadamente a metodologia que iria ser adotada na abordagem dos diferentes pontos da

agenda, tendo-a referido de seguida.

1. Informações

1.1. – Ponto de situação sobre o Processo de Designação

1.2. – Ponto de situação sobre o Cumprimento das Condicionalidades Ex-ante

1.3. – Outras informações

2. Apresentação do Plano Global de Avaliação do Portugal 2020 e dos Planos de Avaliação dos

Programas Operacionais

3. Apresentação dos resultados das Avaliações ex ante dos Instrumentos Financeiros dos

Programas Operacionais

3.1. - Lote 2 - Instrumentos Financeiros para a inovação e empreendedorismo social, para o

microempreendedorismo e criação do próprio emprego e para os empréstimos a estudantes do

ensino superior

3.2 - Lote 3 - Instrumentos Financeiros para a eficiência energética e gestão eficiente da água e

dos resíduos

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3.3. - Lote 4 Instrumentos financeiros para a regeneração e revitalização física, económica e

social em zonas urbanas

4. Implementação dos Instrumentos Financeiros de Reabilitação e Revitalização Urbanas

4.1. – Apresentação do Documento de Estratégia

4.2. – Aprovação dos Critérios de Seleção

5. Implementação do Instrumento Financeiro para a Inovação Social

5.1. – Apresentação do Documento de Estratégia

5.2. – Aprovação dos Critérios de Seleção

6. Diversos.

Em relação ao segundo ponto, referiu a grande articulação refletida nas orientações do Plano

Global de Avaliação, em relação às especificidades de cada Programa Regional, sublinhando a

consonância dos objectivos pretentidos, o que permite a existência de um documento comum

e justifica plenamente a sua transversalidade. Esclareceu ainda que o objectivo do Plano

Global de Avaliação era o de servir de base de informação e ser objeto de discussão.

Relativamente aos Planos de Avaliação dos Programas Operacionais, informou que estes

seriam objecto de deliberação dos CA de cada Programa Operacional através de

procedimento de consulta escrita e que esta deveria ocorrer a vinte e cinco de novembro,

concedendo-se um prazo de dez dias para a sua conclusão.

Sobre o terceiro ponto, de apresentação dos resultados das Avaliações ex ante dos

Instrumentos Financeiros dos Programas Operacionais, esclareceu que o mesmo não carecia

de deliberação, sendo apenas de apresentação e debate.

Referiu-se ao quarto ponto, relativo à implementação dos Instrumentos Financeiros de

Reabilitação e Revitalização Urbanas, explicando a necessidade de ter que haver deliberação

do CA de cada um dos Programas Operacionais financiadores sobre os documentos em

questão, bem como a intenção das Autoridades de Gestão que os mesmos fossem

apresentados e discutidos nesta reunião, sendo o processo de deliberação posteriormente

realizado através de procedimento de consulta escrita com duração de dez dias.

Mencionou de seguida o quinto ponto da agenda, sobre a implementação do Instrumento

Financeiro para a Inovação Social e seus subpontos, esclarecendo que os mesmos diziam

respeito à Autoridade de Gestão do POISE, e que teriam que ser deliberados pelo CA daquele

Programa Operacional.

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Usou de seguida a palavra Georgios Yannoussis, representante da CE, dizendo que por

solicitação da Comissão Europeia iria fazer um enquadramento da reunião e que iria

apresentar à mesa outros assuntos e pontos para serem anexados à ordem de trabalhos.

António Dieb (AD&C) informou ser intenção do Comité que o último ponto da agenda, o sexto,

com a designação “Diversos” e por solicitação já apresentada pelo representante da Comissão

Europeia, incluísse uma apresentação adicional onde se faria uma breve síntese da

implementação do Portugal 2020.

1. Informações

1.1. Ponto de situação sobre o Processo de Designação

De seguida deu início ao primeiro ponto da OT, passando a palavra à Vogal da Agência para o

Desenvolvimento e Coesão, Elisabete Quintas. A Vogal da AD&C iniciou a sua intervenção

cumprimentando todos os presentes, e fez de seguida o ponto de situação sobre o processo de

designação das Autoridades de Gestão dos Programas Operacionais e da Autoridade de

Certificação, neste caso a AD&C . Esclareceu que este processo corresponde a uma exigência

comunitária de credenciação daquelas entidades, da responsabilidade da Autoridade de

Certificação Nacional, que é a Inspeção Geral de Finanças, para poderem submeter pedidos de

pagamento à Comissão Europeia. . Informou que, no contexto europeu, que abrange um

universo de mais de quinhentos Programas, havia apenas dez Programas Operacionais já

designados.

António Dieb (AD&C) agradeceu e passou a palavra ao representante da DG EMPREGO que,

tendo referido estar há pouco tempo a desempenhar estas funções mas que verificava com

apreço que existia uma boa cooperação com Portugal, colocou duas questões, saber se os

processos de designação apresentados por Portugal estavam formalmente cumpridos e se

existia alguma planificação deste processo de certificação.

António Dieb (AD&C) agradeceu as questões, reiterando a disponibilidade para trabalhar com

os serviços da Comissão, solicitando a Elisabete Quintas (AD&C) que se pronunciasse sobre as

questões apresentadas.

Elisabete Quintas (AD&C), retomou a palavra esclarecendo que, no contexto nacional, já se

encontravam designados a Autoridade de Certificação Nacional, o POISE e o POCH, o que já

possibilitou o envio de dois pedidos de pagamento a Bruxelas. Mais informou que tem sido um

processo difícil e complexo e que considerava que o processo de designação estaria concluído

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no início de janeiro de 2016. Detalhando o ponto de situação dos diferentes PO, referiu a

previsão de conclusão do processo de designação do PO Açores e PO Madeira, nas duas

semanas seguintes. Referiu igualmente a previsão de conclusão do processo de designação do

COMPETE 2020 durante o mês de dezembro de 2015 e dos restantes Programas Operacionais

durante o mês de janeiro de 2016.

Georgios Yanoussis, representante da DG REGIO, interveio para salientar a necessidade que

Portugal tem, de atingir, para o FEDER e para o Fundo de Coesão (FC), o que já foi alcançado,

em termos de processo de designação, para o FSE. Recordou que tal tarefa é uma

responsabilidade das Autoridades de Gestão dos Programas Operacionais e que a Comissão

Europeia já aliviou o que podia em termos de exigência, atenta a possibilidade concedida aos

Estados Membros, de avançarem com o processo de designação sem que os sistemas de

informação estivessem totalmente concluídos, incluindo o processo de monitorização.

António Dieb (AD&C) agradeceu as palavras de Gerorgios Yannoussis (CE), , solicitando a

Elisabete Quintas (AD&C) que se pronunciasse sobre as observações formuladas.

Elisabete Quintas (AD&C), pronunciou-se sobre a observação feita por Gerorgios Yannoussis

(CE) quanto à facilidade introduzida no processo de designação pela Comissão Europeia

esclarecendo que, apesar de efetivamente tal possibilidade aliviar o grau de exigência do

processo, não retirava toda a complexidade e elevada dimensão do trabalho subjacente àquele

processo..

Informou ainda que os “timings” eram exigentes, , reiterando que, mesmo com as condições

possibilitadas a todos os Estados Membros relativamente aos sistemas de informação, só

haviam sido aprovadas dez designações no total..

António Dieb (AD&C) deu a palavra aos membros do Comité de Acompanhamento.

António Dieb (AD&C) agradeceu a intervenção de Elisabete Quintas (AD&C) e constatando que

não havia nenhuma intervenção deu a palavra a Duarte Rodrigues (AD&C) para apresentação

de um novo ponto.

1.2. Ponto de situação sobre o Cumprimento das Condicionalidades ex-ante

Duarte Rodrigues (AD&C) iniciou sua intervenção cumprimentando os presentes dando nota

de que a sua apresentação se basearia apenas num slide e que o complementaria com

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algumas informações. Começou por explicar o que eram as condicionalidades ex-ante, um

requisito comunitário integrado nos regulamentos aprovados pelo Conselho e pelo Parlamento

Europeu. Sendo um conjunto de condições que procuram garantir a eficiência e eficácia

necessárias a determinadas políticas públicas mesmo antes de vir a haver orientações em

qualquer área de intervenção. Explicou que nalguns casos se traduziam na transposição

correta de diretivas, na existência de planos estratégicos e na demonstração da existência de

capacidade administrativa. Disse também que a lista das condicionalidades era longa pois

continha trinta temáticas e sete de carácter geral, que haviam sido aferidas aquando da

aprovação do Acordo de Parceria e dos Programas Operacionais. Concretizou o ponto de

situação de Portugal dizendo que, aquando da aprovação dos PO, tinham cumprido todas as

condicionalidades gerais, como as medidas de anti discriminação, as questões da área das

Ajudas de Estado e as do Sistema Estatístico. Ainda, haviam-se cumprido catorze das trinta

condicionalidades temáticas e as restantes haviam sido cumpridas parcialmente, tendo apenas

uma delas não sido totalmente cumprida. Disse também, que para as situações de

incumprimento importava monitorizar o cumprimento dessas mesmas condicionalidades ex-

ante. Referiu também que das quinze parcialmente não cumpridas, seis já estavam

regularmente cumpridas sendo um destes casos a aprovação da Estratégia de Especialização

Inteligente. Disse também ainda estar em falta o cumprimento dos requisitos na área de

Eficiência Energética, tratando-se apenas da transposição de uma Diretiva. Mais informou que

no âmbito desta matéria havia sido revisto, no mês de setembro, o respetivo Decreto-Lei,

recentemente republicado, no dia 23 de novembro. Disse ainda que o citado Decreto-Lei

resolveria os problemas que a Comissão Europeia havia suscitado, afirmando que Portugal

estaria em condições na semana seguinte de dar como encerrado o problema da Eficiência

Energética. Continuou referindo-se à estratégia da área do Clima, referindo que se havia

optado por fazer uma verificação global, em termos nacionais, independentemente de

existirem Decretos do Governo da República ou dos Governos Regionais. Explicou também que

na área da Prevenção e Riscos havia um documento em falta da Região Autónoma da Madeira

prevendo-se até ao final do ano a sua conclusão. Disse também que na Região Autónoma da

Madeira o Plano de Transportes estava calendarizado num plano de ação para 2016. Falou

também das condicionalidades na área da Água, da Qualidade dos Sistemas de Ensino e

Formação e da Eficiência Administrativa, designadamente a que se relacionava com a área da

Formação na Administração Pública. Terminou a sua intervenção dizendo que todas as

condicionalidades tinham que se encontrar cumpridas até ao dia 31 de dezembro de 2016,

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sendo essa a data limite que estava prevista na regulamentação comunitária. Por último,

concluiu dizendo que com o cumprimento das condicionalidades seria feita uma submissão

formal à Comissão Europeia. Disse ainda, embora já cumprido do ponto de vista formal, estar

em esclarecimento uma questão da área da saúde, referente ao Plano de Saúde do

Continente. E estarem a ser dados esclarecimentos adicionais quer à DG Emprego quer à DG

Saúde .

António Dieb (AD&C) retomou a palavra agradecendo ao Duarte Rodrigues (AD&C) a sua

intervenção e pondo à consideração do Comité algumas considerações e reflexões sobre o que

havia sido apresentado.

Gerorgios Yannoussis (CE) agradeceu a informação que havia sido apresentada sobre a

publicação do Decreto-Lei da Eficiência Energética publicado no dia 23 de novembro.

Informando que com esse documento se encontravam sanadas as grandes diferenças que

existiam naquela matéria entre Portugal e a Comissão Europeia, esperando que assim se

pudessem satisfazer as exigências da Comissão Europeia.

Usou de seguida a palavra Nicolás Gibert -Morin (DG Emprego) agradecendo a informação

prestada sobre as condicionantes ex-ante, reconhecendo em nome da Comissão Europeia

existirem uma significativa evolução no processo. Disse, também, que no ponto nove três

havia dado conta que tinha havido também uma boa evolução e que a Comissão Europeia

estava a fornecer clarificações no a respeito desta condicionalidade para Portugal. Continuou

referindo-se a alguns pontos técnicos, onde haviam sido observadas algumas inconsistências,

como era o caso da lista de condicionalidades ex-ante e dos textos dos Programas

Operacionais, informando que seria necessário verificar e comparar os textos de forma a aferir

onde se encontravam essas incongruências. Disse ainda não se tratar de alterar os Programas,

uma vez que eram erros de caracter mais técnico e que as condicionalidades ex-ante deveriam

assim ser atualizadas. Quanto às condicionalidades ex-ante que ainda estavam em aberto,

particularmente a condicionalidade nove três, disse que seria útil encetar contactos informais,

antes de uma resposta formal entre as Autoridades Portuguesas e a Comissão Europeia, uma

vez que importava uma resposta concertada entre todos. Terminou a sua intervenção

congratulando-se com os esforços que haviam sido efetuados até ao momento, para conclusão

dessas tarefas.

António Dieb (AD&C) agradecendo a intervenção, deu a palavra a Marika Sandell (DG Regio)

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Marika Sandell (DG Regio) iniciou a sua intervenção dizendo que Portugal tinha enviado um

documento mostrando que as condicionantes haviam sido cumpridas e que a Comissão

Europeia já tinha enviado uma carta onde confirmava o referido procedimento. Continuou

detalhando uma a uma e apresentando o estado atual de cada condicionalidade: 1.1.

“Conhecimento e Inovação”, estava cumprida e já haviam enviado notificação;

2.1.“Crescimento Digital”, a Comissão Europeia encontrava-se a preparar uma carta pedindo

esclarecimentos adicionais; 3.1. “Crescimento das Médias Empresas” iria ser enviada uma carta

confirmando o cumprimento dessa condicionalidade; 4.5., encontrava-se ainda em discussão;

6.2., a Comissão Europeia estava a aguardar o resultado de algumas consultas efetuadas à

Direção Geral do Ambiente; 6.1., informou que a data limite era apenas em 2016, mas

gostariam de saber quando seriam enviadas as informações dos Programas Operacionais dos

Açores e do PO SEUR; 7. “Transportes” – informou que a Comissão Europeia tinha preparado

uma carta com questões adicionais relativamente ao Programa da Competitividade e que

esperava informações adicionais das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.

Gerorgios Yannoussis (CE) usou novamente a palavra, confirmando que tinham sido recebidos

alguns documentos e que era necessário ultrapassar alguma morosidade nas respostas,

solicitando às Autoridades de Gestão que estivessem atentas a essas matérias e chamando a

atenção das Autoridades Portuguesas para, em particular, a transposição correta das diretivas

comunitárias. Terminou a sua intervenção agradecendo e reforçando a ideia que da parte da

Comissão Europeia procurar-se-ia dar uma resposta mais rápida e em parceria.

António Dieb (AD&C) deu a palava ao Duarte Rodrigues (AD&C) que apresentou algumas

notas finais, agradecendo a disponibilidade e a colaboração dos interlocutores das DG Regio e

DG Emprego nessas matérias. Considerou ser uma das alterações mais significativas do atual

Quadro de Programação dos Fundos Estruturais, que devia salientar, significando que as

condicionalidades ex-ante eram a garantia da eficiência no cumprimento das políticas públicas.

Disse ainda que essas condicionalidades ex-ante colocavam a Política de Coesão e os Fundos

da Coesão no centro das interações entre as Agências Nacionais e as Direções Regionais da

Comissão Europeia, no que respeitava a um conjunto de políticas, como havia sido o caso

particular da Eficiência Energética.

Informou também a DG Emprego e a DG Regio que a AD&C iria acompanhar todas as questões

elencadas e que já haviam sido verificadas as inconsistências existentes entre os diferentes

Programas Operacionais. Informou ainda que essas inconsistências estavam relacionadas com

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algumas questões particulares no preenchimento dos quadros dos Programas Operacionais.

Reiterou em nome da AD&C a intenção de verificar, novamente, o preenchimento de todos os

quadros.

António Dieb (AD&C) agradeceu as intervenções e deu seguimento à reunião conjunta do

Comité de Acompanhamento com a apresentação do ponto 1.3.

1.3. Outras informações

Catarina Morais (representante da CGTP no Comité de Acompanhamento do PO POISE e com

representações delegadas nos Programas Operacionais do Norte, do Centro e de Lisboa e

Vale do Tejo) iniciou a sua intervenção com alguns pontos prévios relativamente ao

funcionamento dos Comités de Acompanhamento, reforçando que o modelo de reunião

conjunta não deveria ter continuidade e que deveria ser alterado. Disse ainda que se tornava

difícil poder discutir e apresentar num Comité de Acompanhamento conjunto uma Ordem de

Trabalhos muito extensa. Continuou falando nos documentos sujeitos a votação e

apresentação, considerando que havia documentos que seriam submetidos a Consulta Escrita

discordando dessa prática e sugerindo que a mesma fosse alterada, pois entendia que nada

substituía uma discussão presencial dos documentos e dos temas, nos Comités de

Acompanhamento respetivos. Falou também sobre a composição dos Comités de

Acompanhamento, considerando-os muito desequilibrados, em termos de representações,

relativamente às Organizações Sindicais, Organizações Patronais ou às Organizações da

Economia Social. Considerou que existiam discrepâncias na composição de cada Comité de

Acompanhamento de cada Programa Operacional. Disse que a participação nas reuniões

envolvia custos para os participantes, em particular os que pertenciam aos Comités Regionais

e que havia representantes da CGTP que não estavam presentes nas reuniões devido aos

custos de deslocação, sugerindo que essas despesas pudessem vir a ser acolhidas na

Assistência Técnica. Terminou a sua intervenção questionando sobre o início do

funcionamento do Conselho Consultivo da Agência para o Desenvolvimento e Coesão,

informando que já haviam sido pedidos os nomes dos participantes da CGTP, aguardando

feedback sobre esse assunto.

António Dieb (AD&C) disse compreender algum incómodo causado às Autoridades de Gestão

e aos membros dos Comités de Acompanhamento conjuntos, mas salientou ser necessário um

esforço adicional quando se tratasse de assuntos transversais a todos os Programas

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Operacionais, reiterando a ideia de em assuntos mais específicos de cada Programa estes

continuem a ser tratados em reuniões mais restritas. Informou ainda que as dúvidas sobre a

composição de cada Comité de Acompanhamento deveriam ser colocadas diretamente a cada

um dos Programas Operacionais. No que dizia respeito ao Conselho Consultivo da Agência para

o Desenvolvimento e Coesão, afirmou que se aguardava ainda a indicação de alguns

representantes de organismos e que, quando o processo estivesse concluído, a AD&C iria

promover os devidos atos formais.

Usou da palavra de seguida Georgios Yannoussis (CE), começando por afirmar a importância

da convergência de pontos de vista dos diferentes Programas Operacionais. Disse também

concordar com a abordagem realizada pela CGTP, uma vez que as reuniões conjuntas dos

diferentes Comités de Acompanhamento deveriam ter lugar quando os assuntos fossem de

natureza transversal mas que não deveriam ser tidas como uma prática corrente.

Prosseguiu a sua intervenção afirmando que gostaria de ser informado sobre o grau de

mobilização do arranque dos Programas Operacionais. com informação sobre se as ações

preparatórias dos fundos já foram iniciadas. Reforça que seria importante que os membros do

Comité tivessem uma noção do grau de execução dos PO. Para este efeito sugeriu a

disponibilização, em futuras reuniões do CA de informações sobre a execução do PO ao nível

dos eixos com identificação de montantes financeiros, aprovação ou não dos critérios de

seleção, informação sobre os avisos de concursos abertos montantes envolvidos.

António Dieb (AD&C) agradecendo a intervenção de Gerorgios Yannoussis (CE), considerou

oportuno vir encontrar-se uma matriz comum que fosse vantajosa para a apresentação dessa

informação.

Luís Mira (representação da CAP) usou da palavra afirmando que apesar do incómodo

subjacente à realização de uma reunião conjunta, considerava que essa metodologia deveria

ter continuidade.

Usou de seguida a palavra Ana Abrunhosa (Presidente da Autoridade de Gestão do PO Centro

2020), reforçando a observação do representante da CAP e afirmando que essa metodologia

teria vantagens ao nível de custos para o País.

António Dieb (AD&C) agradecendo a intervenção da Senhora Presidente do Programa

Operacional Centro 2020 e antes de passar ao segundo ponto da OT questionou os membros

do Comité e os Presidentes das Autoridades de Gestão para que informassem a mesa sobre a

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existência de quórum. Confirmada a existência da mesma deu continuidade aos trabalhos,

alertando para a intenção das Autoridades de Gestão presentes no sentido de serem apenas

apresentadas e discutidas as propostas, ficando a votação sujeita ao procedimento de consulta

escrita, dando de seguida palavra a Duarte Rodrigues (AD&C).

2. Apresentação do Plano Global de Avaliação do Portugal 2020 e dos Planos de Avaliação dos

Programas Operacionais

Duarte Rodrigues (AD&C) iniciou a sua intervenção com a Apresentação do Plano Global de

Avaliação do Portugal 2014-2020 (PGA), indicando que esse Plano tinha sido desenvolvido no

âmbito da rede de Monitorização e Avaliação do Portugal 2020 em conjunto, entre a Agência

para o Desenvolvimento e Coesão e as Autoridades de Gestão dos Programa Operacionais e

também em articulação com um conjunto de atores onde se incluía a Comissão Europeia. Disse

que o Plano Global de Avaliação havia sido aprovado pela Comissão Interministerial de

Coordenação do Acordo de Parceria, em agosto de 2015, e que este integrava os Planos de

Avaliação dos vários Programas Operacionais. Referiu também que o PGA incorporava um

tronco comum a todos os Planos de Avaliação dos Programas Operacionais, no que se refere

aos objetivos, a metodologia e o sistema de avaliação, tendo cada Programa Operacional (PO)

um capítulo autónomo e específico. Continuou a sua apresentação referindo o seu

enquadramento legal, e recordando que os Planos de Avaliação dos PO teriam de ser

apresentados aos Comités de Acompanhamento um ano após a aprovação de cada Programa

Operacional e que com a realização da presente reunião do Comité de Acompanhamento

havia o objetivo do cumprimento dessa norma regulamentar. Informou ainda que para o

mesmo efeito, seriam em breve realizados os Comités de Acompanhamento das Regiões

Autónomas dos Açores e da Madeira. Transmitiu também que os Comités de

Acompanhamento tinham outras tarefas em matéria de Avaliação, as de seguirem os

progressos e discutirem os relatórios de avaliação. Referiu em seguida, os Objetivos Específicos

do Plano, de introduzirem num quadro lógico planeado e estruturado as avaliações propostas

para cada Programa Operacional. Disse que esse exercício incluía, entre outras, o momento

em que cada Programa deveria fazer a avaliação e quais as áreas privilegiadas. Explicou ainda,

que a Avaliação não era uma Auditoria e deveria ser utlizada para melhorar o desenho e a

implementação das políticas públicas. Disse também que a mesma só tem utilidade se for lida,

apreendida, ponderada e debatida, sendo esse facto sublinhado nesse Plano. Referiu-se ao

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“follow-up” das avaliações e das recomendações. Disse também que existiam algumas áreas

onde se procurava reforçar o processo de divulgação e reflexão da avaliação, procurando-se

agora aumentar a componente de divulgação e comunicação do plano de avaliação. Continuou

dizendo que as avaliações ex-ante respeitante aos instrumentos financeiros apresentadas ao

Comité de Acompanhamento tiveram um longo período de discussão e tiveram em conta a

opinião dos grupos de acompanhamento, lembrando que são matéria de ponderação das

Autoridades de Gestão.

Continuou afirmando a existência de uma Rede de monitorização e avaliação, prevista no

Decreto-Lei de governação do Portugal 2020, coordenada pela Agência para o

Desenvolvimento e Coesão, que contava com a participação de todas as Autoridades de

Gestão, tendo sido nesta Rede que o Plano havia sido concebido, discutido e desenhado e que

também será aí monitorizado. Explicou também que os sistemas de informação e gestão

tinham que estar preparados para a Avaliação, tarefa que considerava muito consumidora de

informação, atendendo às exigências do novo contexto, dizendo que o novo Plano procurava

identificar a informação necessária, sendo um caminho longo a fazer que dizia respeito à

utilização dos dados administrativos e estatísticos. Disse ainda que do ponto de vista temporal

os Planos, do período de programação 2014-2020incorporam avaliações ex-post de

intervenções cofinanciadas no QREN que têm paralelismo no Portugal 2020. Falou também das

avaliações intercalares e das avaliações ex-ante dos instrumentos financeiros e suas

atualizações.

Continuou apresentando o enquadramento geográfico do Plano, as cinco regiões portuguesas,

Continente e Regiões Autónomas, onde do ponto de vista programático estavam incluídos os

cinco Fundos e os quatro Objetivos Temáticos e os dezasseis Programas. Apresentou as

alterações do QREN para o Portugal 2020 – a orientação para os resultados, tendo como

consequência imediata o foco das avaliações, estando previstas as avaliações de processo e as

avaliações de impacto, referindo que as últimas tinham um maior peso. Considerou as

avaliações de impacto como as mais consumidoras de informação, e que precisavam de ser

realizadas em tempo exato (2º período de implementação ou no 1º período de implementação

do Portugal 2020, no caso das avaliações do QREN, em áreas similares). Detalhou igualmente o

tipo de avaliações e a forma como se encontravam agrupadas, em Avaliações de Programa e

Avaliações Temáticas, e referiu ainda as Avaliações Territoriais e Avaliações Globais.

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Explicou que Portugal tinha escolhido as Avaliações Temáticas em quatro domínios que

enquadravam todos os Programas (competitividade, inclusão social, capital humano e

sustentabilidade), considerando-as multiplano.

Continuou referindo as várias fases da avaliação, destacando o exercício de

planeamento/preparação, a implementação, o folow-up e a comunicação. Referiu-se à

importância da qualidade da avaliação, considerando que esta exigia um bom planeamento

um bom caderno de encargos, falou também da importância da existência de grupos de

acompanhamento constituídos pelas entidades mais envolvidas e que acompanham o

exercício de avaliação, permitindo discutir as questões metodológicas e os resultados

preliminares com os avaliadores, tendo em vista conseguir-se um resultado final da avaliação,

considerando a competência de entidades independentes. Disse também que uma Avaliação

robusta era garantia de qualidade e salientou a importância do Comité de Acompanhamento

na discussão dos Planos.

De seguida detalhou todos os passos do processo: a consideração dos 5 fundos (FEADER,

FEAMP, FEDER, FC e FSE); a inclusão das Avaliações Globais, das Avaliações de Programa, das

Avaliações das Temáticas, das Avaliações Territoriais; no processo de calendarização, que em

2015 aconteceram as avaliações ex-ante dos instrumentos financeiros que se tinham realizado

no início dos Programas; que em 2016 e 2017 se iriam realizar avaliações de impacto do QREN

– avaliações de impacto sobre operações realizadas no período anterior; e que em 2018 teriam

lugar as avaliações de impacto. Disse também, que algumas destas avaliações seriam multi-

Programa e outras seriam restritas de cada Programa. Referiu-se ainda ao Plano Global de

Avaliação, dizendo que este tinha uma lista de avaliações que agregava as avaliações de todos

os Programas . Por último sublinhou a complexidade do procedimento, referiu que era um

exercício que havia iniciado há um ano e que tinha envolvido muitos recursos humanos,

aproveitando para publicamente agradecer a colaboração de todos os membros da Rede de

monitorização, incluindo a Agência para o Desenvolvimento e Coesão e as Autoridades de

Gestão. Informou ainda que tinha sido realizado em maio de 2015, com o apoio da Comissão

de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, um seminário internacional onde

tinham sido debatidos os temas inerentes ao Plano de Avaliação. Referiu também que haviam

sido encetados contatos com a DG Regio e com a DG Emprego sobre a matéria em apreço,

sublinhando que o Plano estava sujeito a revisões anuais e considerava que todos os

comentários que surgissem seriam analisados e ponderados em sede da sua revisão anual. Deu

ainda uma informação final, referente à Assistência Técnica, dizendo que a mesma seria

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incluída no Plano Global de Avaliação. Concluiu a sua apresentação remetendo a aprovação do

Plano de Avaliação do POAT para um procedimento de Consulta Escrita aos membros da

Comissão de Acompanhamento do Programa Operacional de Assistência Técnica.

António Dieb (AD&C) agradecendo a intervenção de Duarte Rodrigues (AD&C) concluiu haver

necessidade de cada um dos Programas Operacionais fazer uma leitura mais detalhada das

componentes diretamente relacionadas com cada PO, independente da avaliação global e

devolveu a palavra aos membros do Comité de Acompanhamento.

Tiago Cunha (representante da CGTP e membro do Comité de Acompanhamento do

Compete 2020) iniciou a sua intervenção reforçando o que anteriormente havia sido referido,

a sua discordância com a realização de Comités de Acompanhamento conjuntos. Reforçando a

ideia que o modelo não dignificava cada participação. Referiu que o procedimento de consulta

escrita tinha condicionantes, pois a participação de cada um dos membros era limitada e

formal, limitando a forma de partilhar ideias, tendo em vista a construção de uma única

proposta.

Continuou falando sobre o Plano de Avaliação, referindo os grandes constrangimentos deste

no Portugal 2020 e no Compete 2020, em particular no impacto das verbas, pois considerava

que havia constrangimentos no próprio Plano de Avaliação. Disse que se devia aferir a

Estratégia 2020 na sua contribuição para alcançar os seus objetivos e as metas propostas,

dando como exemplo a taxa de emprego, os indicadores de pobreza ou mesmo do abandono

escolar.

Disse ainda acerca do Plano de Avaliação que a linguagem deste deveria ser mais simples

permitindo o acesso a qualquer trabalhador que o quiser consultar, retiradas algumas

redundâncias e que o processo de avaliação devia ser orientado para os resultados, devendo

ser a atribuição de apoios condicionada a esses mesmos resultados. Detalhou também o que

considerava ser o alcance da avaliação: em primeiro lugar a eficácia que só se aferia pelo

cumprimento dos objetivos, em segundo lugar os estudos de impacto, devendo-se analisar a

contribuição do Compete 2020 na diminuição das divergências regionais, incluindo o valor

acrescentado bruto e a criação de postos de trabalho; e em terceiro lugar referiu a

sustentabilidade defendendo que os prazos deviam ser diferidos para além do prazo de

terminus do projeto para se poder avaliar o seu impacto. Acrescentou ainda que considerava o

documento muito rico e estimulador da participação de todos e no escrutínio da utilização de

fundos comunitários e das políticas públicas, mas não possibilitava a participação dos

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trabalhadores, reforçando que deviam ser envolvidos os trabalhadores nesse processo de

avaliação. Já quanto ao envolvimento dos parceiros sociais, afirmou que nos processos de

avaliação os mesmos não eram consultados ou envolvidos e que não estavam incluídos nesses

grupos de acompanhamento, tendo em consideração serem grupos sociais pertinentes. Disse

também que a CGTP entendia que deveriam estar representantes da CGTP nos vários grupos

de Avaliação como por exemplo e entre outros na Avaliação da Estratégia Europeia, na

Avaliação do Portugal 2020, na Avaliação do Impacto macroeconómico do Portugal 2020, na

Avaliação da Estratégia do Mar, na Avaliação dos FEEI. Terminou a sua intervenção reforçando

que a CGTP representava um número elevado de trabalhadores e que gostaria de ver esses

assuntos a serem tratados com maior seriedade e com a participação efetiva dos

trabalhadores.

António Dieb (AD&C) agradeceu a intervenção anterior, reforçando a seriedade com que tem

sido desenvolvido o processo de avaliação, fazendo referência aos procedimentos de consulta

escrita a realizar, no sentido dos comentários que enriquecessem os Planos serem partilhados

por todos de forma a garantir a sua integração harmonizada nos Planos de Avaliação dos

Programas.

Rui Alves (DGT) informou que em relação aos objetivos específicos que haviam sido

apresentados por Duarte Rodrigues (AD&C), existia a referência à necessidade de informação

administrativa e estatística, considerando a necessidade do Portugal 2020 vir a ter uma

informação georreferenciada dos investimentos com impacto territorial, considerando

também só dessa forma ser possível fazer a avaliação do impacto territorial. Informou também

que havia levado à Comissão Nacional do Território, órgão que integrava os quadros dirigentes

da Administração Pública com relevo para a matéria, em particular de algumas entidades

presentes neste Comité de Acompanhamento, a aprovação de uma recomendação formulada

ao Governo e à Agência para o Desenvolvimento e Coesão para proceder à georreferenciação

de todos os investimentos com impacto territorial no sentido de permitir uma melhoria das

avaliações intercalar e final, e que essa recomendação havia sido aprovada por unanimidade.

Ana Oliveira (representante da CGTP no Comité de Acompanhamento do Programa

Operacional do POSEUR) iniciou a sua intervenção transmitindo a sua preocupação a respeito

da proteção de dados. Informou que esse assunto estava referido no Plano de Avaliação do

Programa Operacional SEUR sendo o mesmo transversal a todos os Programas Operacionais,

pelo que gostaria que a informassem sobre quem podia ter acesso às base de dados, e quais os

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dados que estavam disponíveis e como se poderiam consultar. Disse também haver uma

grande preocupação em saber se a proteção de dados estaria em causa dizendo que era

importante ver esta preocupação refletida no Plano de Avaliação, garantindo sempre o

respeito nesta matéria. Terminou referindo-se às Avaliações nas quais a CGTP considerava

relevante e importante a sua presença e participação ativa, concretizando referiu os processos

de avaliação n.º 40 – Avaliação ex-ante dos Instrumentos Financeiros de Programas do

Portugal 2020: IF para a eficiência energética e gestão eficiente de água e resíduos (Lote 3), a

n.º 42 – Avaliação dos processos de convergência e coesão territorial e efeito de medidas de

discriminação territorial (p.e. Baixa Densidade) e a n.º 43 – Avaliação dos Pactos para o

Desenvolvimento e Coesão Territorial: operacionalização e primeiras realizações.

Gerorgios Yannoussis (CE) retomou a palavra informando que a Comissão Europeia considera

que Portugal possuía uma larga e boa experiência em matéria de negociação. Esta experiência

tinha permitido organizar o trabalho feito nesse Plano de Avaliação. Continuou partilhando

com o Comité algumas reflexões, a não evidência para a Comissão Europeia que a Avaliação

contemplasse algumas matérias como as infraestruturas empresariais, as infraestruturas de

educação ou de saúde. Também disse que em relação ao que havia sido o calendário

apresentado considerava importante refletir sobre a sua exequibilidade, pois achava as datas

apresentadas ambiciosas, podendo não vir a haver dados e resultados concretos para se

proceder à respetiva avaliação, em tempo, lembrando que as ações para serem

implementadas precisavam de um período de implementação, julgando ser necessário

encontrar um equilíbrio no sentido de encontrar o melhor momento para implementar o Plano

de Avaliação. Considerou ainda que com a experiência de Portugal, seria possível fazer uma

revisão do Plano de Avaliação definindo uma melhor altura para as diferentes avaliações.

Continuou dizendo não compreender a estrutura do trabalho realizado em matéria de

Avaliação, pois considerava que esta necessitava ter no caderno de encargos a escolha de

consultor, a recolha de informação, a supervisão, entre outros procedimentos. Pediu ainda

esclarecimentos sobre a incidência dos setores de intervenção e se tinham sido tidos em conta

numa avaliação nacional. Terminou dizendo que considerava necessário esclarecer se as

avaliações regionais eram consideradas da mesma maneira e se podia saber se havia

elementos que demonstrassem um valor acrescentado europeu.

Nuno Guerreiro (DG Emprego) iniciou a sua intervenção referindo-se à seriedade do trabalho

apresentado. Disse tratar-se de uma estrutura complexa e ambiciosa que envolvia todas as

Autoridades de Gestão e todas as partes interessadas Recordou que em maio a equipa

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Portuguesa se tinha deslocado a Bruxelas, tendo-se definido um “embrião” do trabalho global

que viria a ser desenvolvido no Plano de Avaliação Global, disse também ter sido

posteriormente realizado um grande seminário internacional, na Alfândega do Porto, onde se

analisaram os próprios regulamentos e onde se demonstrou que todas as boas práticas de

avaliação estavam a ser tidas em conta, no que diz respeito à definição do Plano Global de

Avaliação e dos Planos de Avaliação dos Programas Operacionais específicos. Afirmou também

que o documento apresentado, revestia-se de uma grande maturidade que revelava uma

grande aprendizagem na aplicação dos fundos estruturais, e também uma referência aos

pontos que são necessários melhorar. Lembrou que as Avaliações eram para estar no centro

da definição das políticas públicas e lembrou a importância do seu alinhamento com as

prioridades de investimento.

Referiu que no Fundo Social Europeu a Comissão Europeia tinha uma preocupação acrescida

com o Desemprego Jovem. Referiu também que gostaria de ter conhecimento sobre as

intenções, em termos de avaliação da iniciativa do emprego jovem. Mostrou ainda

disponibilidade para colaborar em áreas que exigissem um esforço adicional, como a

monitorização de medidas no âmbito da inovação social que envolviam os instrumentos

financeiros. Por último, referiu que os Planos de Avaliação não eram documentos fechados

mas sim dinâmicos, existindo a possibilidade de os rever anualmente. Lembrou ainda que os

planos tinham um horizonte entre dois a três anos e que podiam ser revistos e que a Comissão

Europeia estaria disponível para definir sugestões e contributos técnicos para a melhoria

destes Planos, mas disse também que com o procedimento de consultas escritas teriam

oportunidade de submeter comentários mais técnicos que contribuíssem para melhorar os

planos.

Duarte Rodrigues (AD&C) usou da palavra para esclarecer algumas das intervenções

realizadas. Dirigiu-se à CGTP considerando que o Plano de Avaliação estava devidamente

enquadrado nos objetivos do Portugal 2020, da Estratégia Adotada e dos Programas

Operacionais; Considerou também a avaliação como um instrumento ao dispor da melhoria

das políticas públicas, sendo assim importante proceder ao seu debate. Explicou a tónica dada

no documento em matéria de iniciativa de comunicação e de folow-up. Disse também que a

matéria não era absolutamente nova, pois Portugal já havia utilizado um importante acervo na

estruturação do Portugal 2020. Explicou ainda que as avaliações não definem políticas

públicas, mas contribuem com elementos informativos que deviam ser ponderados na

definição de políticas públicas. Referiu-se também aos processos de convergência regional,

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sublinhando estar prevista uma avaliação sobre essa matéria que abrange todos os Programas

Operacionais, independentemente de matérias específicas refletidas noutros exercícios, havia

um exercício onde os Programas Regionais e Programas Temáticos seriam abrangidos e

integrados. Ainda quanto ao timing dos impactos, considerava ser uma questão transversal e,

referiu que o exercício não era fácil, sendo que essa questão deveria ser ponderada ao longo

da sua implementação. No que dizia respeito à gestão dos dados administrativos, informou

que o Plano respeitava a proteção de dados, referiu também que em matéria dos dados do

Fundo Social Europeu havia a necessidade de promover uma articulação com a Comissão

Nacional de Proteção de Dados. Disse também que os indicadores de resultado exigiam um

cruzamento de bases de dados administrativos, sendo possível assegurar, nessas

circunstâncias, o anonimato. Afiançou que era esse o caminho e que o mesmo era legal e

exigente mas que a Comissão de Proteção de Dados estava envolvida nesse processo. Disse

também, que se procurou que no momento da atribuição da reserva de desempenho em

2019, existisse um acervo importante de avaliações de todos os Programas Operacionais,

explicando que essa razão tinha criado constrangimentos nos calendários e informou que

havia metas intercalares a cumprir na implementação do Portugal 2020, que exigiam

informação mais substancial da aplicação dos fundos. Disse também sobre a questão dos

“Parceiros Sociais Pertinentes” que se tratava de um erro na tradução do Decreto-Lei e que

estariam disponíveis para corrigir esse erro, passando a Parceiros Sociais relevantes. Quanto

aos grupos de acompanhamento, informou que devia haver uma dimensão restrita e que

nesse caso o Decreto-Lei referia que os Parceiros Sociais ou os Parceiros Económicos e Sociais

Relevantes faziam parte dos grupos de acompanhamento. Disse ainda que a Agência para o

Desenvolvimento e Coesão, em conjunto com as Autoridades de Gestão dos Instrumentos

Financeiros, quando havia implementado os grupos de acompanhamento da Avaliação, tinha

enviado uma carta dirigida ao Conselho Económico e Social, para decidirem em função dos

vários lotes, quem indicavam como Parceiro Económico e Social Relevante, mas concordou

que não competia à Agência para o Desenvolvimento e Coesão, nem às Autoridades de Gestão

definirem quem era o Parceiro Económico e Social Relevante. De seguida respondeu às

questões colocadas pela Direção Geral do Território dizendo que consideravam a informação

geográfica incluída nos objetivos. Respondeu igualmente às questões formuladas pela

Comissão Europeia, dizendo que considerava que um Plano de Avaliação tinha que ser

seletivo, tinha que fazer as perguntas certas nas áreas certas e, nessas circunstâncias, haver

uma obrigatoriedade regulamentar de todos os objetivos específicos serem avaliados pelo

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menos uma vez. Esta prerrogativa era garantida nesse plano, procurando cumprir e garantir

essa seletividade, cumprindo-se assim o requisito regulamentar. Voltou a referir-se ao timing,

considerando que o mesmo era de difícil decisão, porquanto se havia procurado centrar as

primeiras avaliações de processo e de resultados do QREN no início, ficando a avaliação de

resultado das novas áreas para mais tarde. Falou ainda sobre a dimensão regional, informando

que o Plano previa quarenta e oito exercícios de avaliação (informação contida na página 161

do Plano Global de Avaliação), e que em cada um destes estavam indicadas as Autoridades de

Gestão envolvidas, o que significava que este processo correspondia ao que Gerorgios

Yannoussis (CE) havia explicado, e disse também que existindo um caderno de encargos

comum, este deveria ser elaborado e cumprido ao nível de todas as Autoridades de Gestão

envolvidas. Disse também que havendo um concurso público, uma adjudicação e um contrato,

o acompanhamento dessa avaliação era feito por todas as Autoridades de Gestão envolvidas.

Falou ainda sobre o critério do valor acrescentado europeu nas avaliações e a sua utilização

nos cadernos de encargos, considerando ser matéria que deveria ser tida em consideração.

Terminou dizendo que aguardava os contributos da Comissão Europeia para os mesmos serem

integrados nas Avaliações dos Planos ou nas respetivas revisões anuais.

António Dieb (AD&C) deu seguimento à reunião explicando que por razões de eficiência,

seriam apresentados de seguida os pontos da ordem de trabalhos relativos à análise dos

Instrumentos Financeiros para a Eficiência Energética e Gestão Eficiente da Água e dos

Resíduos e dos Instrumentos Financeiros para a Regeneração e Revitalização física e

económica em zonas urbanas. Disse também, que para além da apresentação das estratégias

de investimento seriam apresentados os critérios de seleção existentes. Esses pontos serviriam

de enquadramento ao ponto quatro da ordem e trabalhos.

3. Apresentação dos resultados das Avaliações ex-ante dos Instrumentos Financeiros dos Programas Operacionais

33.2 - Lote 3 - Instrumentos Financeiros para a eficiência energética e gestão eficiente da água e dos resíduos

Heitor Gomes (CEDRU) usou da palavra para apresentar os resultados principais da Avaliação

ex-ante dos Instrumentos Financeiros para a Eficiência Energética e Gestão Eficiente da Água e

dos Resíduos, referindo que se tinha tratado de um exercício de grande dimensão envolvendo

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todas as Autoridades de Gestão. A Avaliação incidiu sobre sete dimensões, desdobradas em

dezoito questões de avaliação que eram transversais a todos os Lotes da Avaliação Ex-Ante dos

Instrumentos Financeiros. Depois desta nota prévia continuou assinalando quatro notas que

considerava essenciais. A primeira referia-se aos instrumentos e métodos de avaliação que

haviam sido utilizados no contexto do Lote três, considerando tratar-se de um exercício de

grande dimensão e um grande desafio para todas as entidades que haviam participado e

colaborado na sua execução, fosse de forma direta ou indireta. Referiu ter havido a

necessidade de realizar um trabalho muito profundo de auscultação, que permitisse abordar

as várias dimensões trabalhadas. Referiu-se à eficiência energética e ao abastecimento de

água, em que haviam sido trabalhadas várias prioridades de investimento, que envolveram

muitas entidades públicas e privadas, algumas empresas, e entidades da administração central

e regional, entre outras. Explicou que se tinham realizado quarenta e duas entrevistas

semiestruturadas, a entidades de grande conhecimento nessa matéria para dar resposta a esse

conjunto de questões colocadas em sede de avaliação, referiu-se a algumas delas, como a

DGEG, ADENE ou APA, entre outras. Disse também que haviam sido realizadas três sessões

focus-group, onde participaram muitas entidades, especialmente orientadas para a construção

da resposta às duas primeiras questões de avaliação, relativas às falhas de mercado, às

necessidades de investimento e ao gap existente. Disse também terem sido realizados seis

inquéritos distintos a potenciais beneficiários das diferentes tipologias abrangidas pelos

instrumentos financeiros objeto de estudo, tendo existido uma taxa de resposta muito

elevada. Explicou que as principais conclusões do processo de auscultação apontavam para a

confirmação clara de existência de falhas de mercado e de níveis insuficientes de investimento.

Especificou que as estimativas do nível potencial de investimento eram diferentes consoante

as diferentes tipologias e se situavam, ao todo, num intervalo entre três vírgula cinco a três

vírgula sete mil milhões de euros, que as necessidades de financiamento ascendiam a um

valor entre dois vírgula seis a dois vírgula nove mil milhões de euros e que o mercado deveria

conseguir assegurar, em média, cerca de 65% das necessidades de financiamento estimadas.

Acrescentou que o cálculo das necessidades de financiamento para fazer face ao gap de

investimento era claramente superior às verbas inscritas nos oito Programas Operacionais

financiadores dos Instrumentos Financeiros objeto desta avaliação. Explicou também que

haviam sido apuradas vinte e nove recomendações, que tinham sido agrupadas por cinco

tipologias de concretização em função da resposta às dezoito questões de avaliação,

acrescentando que essas recomendações visavam robustecer e ajustar o exercício de

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programação, preparar a operacionalização do instrumento financeiropara a eficiência

energética e do instrumento financeiro para a gestão eficiente das águas emonitorizar a

implementação dos instrumentos, sem prejuízo que pudessem vir a ser revistas

recomendações para formalizar a participação das instituições, em particular nos exercícios

específicos nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores e recomendações centradas na

necessidade de rever a avaliação ex-ante. Concluindo a sua apresentação sublinhou que havia

sido um exercício muito ambicioso e que o mesmo havia envolvido um conjunto muito

alargado de entidades.

António Dieb (AD&C) agradece a intervenção de Heitor Gomes (CEDRU) e deu a palavra ao Dr.

Vitor Escária (Augusto Mateus & Associados) para que este passasse a apresentar o ponto três

ponto três da ordem de trabalhos, o lote quatro, relativo aos instrumentos financeiros para a

regeneração e revitalização física, económica e social em zonas urbanas.

3.3. - Lote 4 - Instrumentos financeiros para a regeneração e revitalização física, económica e social em zonas urbanas

Vitor Escária (Augusto Mateus & Associados) iniciou a sua intervenção começando por

afirmar que a sua apresentação teria algumas semelhanças com o trabalho apresentado por

Heitor Gomes (CEDRU), pois os dois exercícios apresentados tinham as mesmas sete

dimensões de avaliação e as mesmas dezoito questões de avaliação, sendo apenas o seu

âmbito diferente. Considerou também estarmos perante um exercício muito exigente em

termos de informação, que mobilizara recursos metodológicos diversos, um vasto conjunto de

informação estatística como suporte e possuindo um quadro regulamentar específico.

Informou também que esse exercício tinha incluído ainda a recolha de informação através da

realização de inquéritos realizados aos potenciais destinatários e beneficiários e que nesse

contexto se haviam realizado inquéritos às tipologias típicas de utilizadores dos instrumentos

de regeneração. Disse que do conjunto dessas entidades, as Autoridades Urbanas eram

determinantes nesse processo, uma vez que todas as intervenções elegíveis tinham que estar

previstas num documento estratégico, sendo assim as Autoridades Urbanas as entidades

agregadoras das intervenções de regeneração urbana. Explicou que haviam sido inquiridos

todos os municípios do País, elegíveis para esses instrumentos. Explicou que haviam sido

realizados três focus-group e vários exercícios de benchmarking no sentido de saber o que se

passava em situações análogas dentro e fora do país. Referiu que haviam sido também

discutidas as propostas de avaliação com peritos que trabalhavam nestas temáticas, por forma

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a confrontar os resultados e as recomendações obtidas com esse exercício. Continuou a sua

intervenção apresentando os resultados, onde tinham sido determinadas as necessidades e

insuficiências de investimento nas tipologias: a) edificado habitacional e b) edificado comércio

e serviços. Disse também que haviam sido analisadas as falhas de mercado tendo em conta as

anteriores tipologias, e que haviam sido estimadas as necessidades de investimento, que

ascendiam a um valor entre dois e três mil milhões de euros (no próximos 7 anos), que tinha

sido estimado o gap de financiamento, para as intervenções de regeneração urbana, na ordem

dos mil duzentos e cinquenta a mil setecentos e cinquenta milhões de euros (parte em que o

mercado não asseguraria o nível adequado de financiamento). Disse que também tinha sido

encontrado um diferencial, face à União Europeia, na ordem dos 0.56 p.p. acima do custo

médio de financiamento na União, sublinhando ainda que sobre esses valores, boa parte da

medição desses resultados era com base em limiares mínimos. Continuou referindo-se às

propostas apresentadas, dizendo que não existia um problema típico mas sim problemas

diversos em função das tipologias de intervenção, razão pela qual se justificava e que era

necessário prever a mobilização de instrumentos diferenciados. Ilustrou o argumento dizendo

haver intervenções cujo problema era a maturidade, outras em que era o custo ou o acesso a

financiamento para períodos mais curtos, e que as três tipologias de instrumentos financeiros

que existiam não respondiam da mesma maneira a este tipo de problemas, sendo por isso

necessário mobilizar diferentes tipos de instrumentos financeiros para diferentes problemas.

Continuou recomendando que não deviam ser as Autoridades de Gestão ou as Autoridades

Públicas a fazer a preconceção do instrumento que respondia às necessidades de mercado,

pois entendia que quem estava no mercado saberia as necessidades, sendo mais difícil às

Autoridades Públicas definirem essas questões. Disse também que se devia conceber os

objetivos ou a tipologia de intervenção, mas deveria ser permitido, em sede de concurso dos

produtos financeiros, oferecer-se alguma flexibilidade ao intermediário financeiro,

defendendo que os produtos financeiros fossem por ele propostos e que depois deveria ser

verificada a conformidade do produto, de acordo com o quadro regulamentar existente,

garantindo assim que os produtos correspondessem de facto às necessidades de mercado.

Para além desses pontos Vitor Escária (Augusto Mateus & Associados) afirmou que essas

dinâmicas evoluem e que era preciso ponderar a realidade do mercado financeiro a sete anos,

havendo uma grande variabilidade das taxas de juro, pelo que seria necessário monitorizar-se

as procuras para os diferentes instrumentos e ajustarem-se os produtos oferecidos e a sua

forma de implementação à evolução das necessidades do mercado. Afirmou ainda que as

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garantias eram um bom mecanismo para os segmentos de menor maturidade, em que a

questão era mesmo só o risco de algum tipo de agentes, colmatando desta forma alguma falha

de mercado importante, em particular nalgumas regiões desfavorecidas. Disse ainda ser

importante colmatar o problema do custo de financiamento não adequado, referindo que

seria necessário vir a ter algum montante previsto para a bonificação de taxas de juro e do

pagamento das comissões, em complementaridade com os demais instrumentos.

Continuou concluindo que o instrumento mais importante para o tipo de intervenção da

regeneração era o match de fundo em lógicas de empréstimo, considerando ser necessário na

resposta a dificuldades de acesso a financiamento decorrente das elevadas maturidades, que

era considerada como uma das falhas de mercado mais visíveis. Referiu-se ainda a algumas

conclusões como o facto de o valor acrescentado e o sucesso da mobilização depender da

capacidade da Administração, dizendo que embora já tivesse existido o JESSICA, existia ainda

um grande desconhecimento no mercado sobre esse assunto. Referiu-se ainda às Autoridades

Urbanas, dizendo que essas tinham que ser parceiras fortes na implementação desse tipo de

intervenções de regeneração urbana, que deviam liderar, animando as intervenções de

verdadeira regeneração urbana e também que deveria haver integração, implementação e

complementação nas parcerias físicas, com outro tipo de intervenções. Disse também

considerar adequada a lógica de integração que esteve subjacente à elaboração dos PEDUSe a

opção de promover a oferta, no mesmo território, de soluções alternativas em concorrência,

uma vez que no mesmo território coexistiam necessidades diversas de intervenção. Falou

também do modelo de agregação de recursos, considerando-o importante, das economias de

escala do processo que eram muito importantes, e da necessidade de haver massa crítica

suficiente para promover os interesse dos intermediários financeiros. Conclui a sua

apresentação elencando algumas recomendações e referindo-se a alguns casos específicos de

capitalização e de experiências do JESSICA, que considerava adequado prever nas intervenções

de instrumentos financeiros, as áreas desfavorecidas para reabilitação do edificado

habitacional em comércio e serviços, propriedade de alguns privados ou propriedade pública,

para uma oferta de mais habitação social e também vir a contemplar enquanto critérios de

seleção os produtos financeiros.

António Dieb (AD&C) agradeceu as intervenções e convidou a Gestora do PO Centro 2020,

Ana Abrunhosa, em representação das Autoridades de Gestão das cinco regiões do Continente

e da Autoridade de Gestão do PO SEUR, a fazer a apresentação do documento de Estratégia de

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Investimento e dos Critérios de Seleção relativos aos Instrumentos Financeiros de Reabilitação

e Revitalização Urbanas (IFRRU).

4. Implementação dos Instrumentos Financeiros de Reabilitação e Revitalização

Urbanas

4.1. – Apresentação do Documento de Estratégia

Ana Abrunhosa (PO CENTRO 2020) fez a apresentação da Estratégia das Autoridades de

Gestão na implementação dos Instrumentos Financeiros de Revitalização e Reabilitação

urbanas. Explicou que a regeneração e revitalização física, económica e social das zonas

urbanas integrava uma das áreas identificadas no Portugal 2020 onde seriam utilizados os

instrumentos financeiros, no âmbito dos objetivos específicos da melhoria do ambiente

urbano, por via da reabilitação física do edificado que se destinava à habitação, ao comércio e

aos serviços, e também aos espaços públicos envolventes. Continuou dizendo que a avaliação

ex-ante já apresentada, , confirmou a existência de falhas de mercado no financiamento desse

tipo de investimentos, condição necessária para a implementação dos Instrumentos

Financeiros. Disse também que havia sido identificado o respetivo gap de financiamento e que

por essa via, as Autoridades de Gestão do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência

do Uso dos Recursos e os Programas Operacionais Regionais do Continente e das Região

Autónomas, tinham definido as tipologias de intervenções que poderiam ser apoiadas através

de instrumentos financeiros. Mencionou igualmente que as intervenções nos Centros Urbanos

de Nível Superior, conforme definidos nos respetivos Planos regionais de Ordenamento do

território (PROT), são propostas pelas respetivas Autoridades Urbanas às Autoridade de

Gestão, em Estratégias Integradas de Desenvolvimento Urbano (PEDUS – Planos Estratégicos

de Desenvolvimento Urbano). Estes Planosintegram três tipos de instrumentos de

planeamento, a saber, os Planos de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS), os

Planos de Ação de Regeneração Urbana (PARUS) com incidência nos centros históricos, zonas

ribeirinhas ou zonas industriais degradadas e inseridos em áreas de reabilitação urbana, e por

fim os Planos de Ação Integrados para as Comunidades Desfavorecidas (PAICD).

Referiu-se ainda ao caso dos restantes centros urbanos, onde a implementação das ações de

regeneração urbana iria também exigir que dispusessem de Planos de Ação de Regeneração

Urbana (PARUS) e de Planos de Ação Integrados para as Comunidades Desfavorecidas (PAICD.

Continuou, informando que na estratégia de implementação dos Instrumentos Financeiros

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para a Reabilitação e Revitalização Urbana, tinham sido definidas as tipologias de intervenção

nas quais se pretendia atuar, sendo em função destas tipologias de intervenção e constatando-

se a existência de falhas de mercado, que tinham sido determinados os produtos financeiros

que se pretendiam disponibilizar. Referiu também que, em função dessas mesmas definições,

se havia delineado o modelo de operacionalização dos instrumentos financeiros e os requisitos

para a seleção das entidades gestoras desses instrumentos financeiros. Continuou reafirmando

a ideia de que os objetivos estratégicos dos instrumentos nesse domínio eram a promoção da

reabilitação e da revitalização urbana, onde se tinha também incluído as questões da eficiência

energética. Referiu-se ainda ao quadro de implementação da aplicação dos Instrumentos

Financeiros, identificando as três prioridades de investimento mobilizadas neste Instrumento

Financeiro: a PI 4.3. que visa a eficiência energética, a gestão inteligente de energia e a

utilização das energias renováveis nas infraestruturas públicas, a PI 6.5. que visa a melhoria do

ambiente urbano e da revitalização das cidades, focalizada nas intervenções que visavam a

qualificação do espaço público e do edificado, incluindo a habitação de forma de melhorar o

ambiente urbano, e a PI 9.8 que visa a reabilitação e a regeneração física, tendo objetivos de

intervenção integrada física, económica e social das comunidades e das zonas urbanas

desfavorecidas, com uma componente física que inclui o edificado. Realçou também a

importância da promoção da coesão social de forma a permitir trazer estas comunidades

desfavorecidas para uma vivência com qualidade e integrada na vida das cidades. Referiu

ainda ser prioritária, neste âmbito, a criação de emprego, a importância da inovação social

nesse desiderato, e o fundamental combate à pobreza e à exclusão social.

Continuou a sua exposição salientando a importância das intervenções integradas, que devem

ser focalizadas por forma a potenciar os seus impactos, esclarecendo que nas áreas de

reabilitação urbana seriam apenas financiáveis as intervenções enquadradas em PARUS,

definidos pelos Municípios, e que no caso das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores

essas seriam definidas por instrumentos similares. Acrescentou ser necessário que as

intervenções, para além de terem que estar situadas dentro de uma ARU, terem que estar

situadas em zonas de centros históricos, zonas ribeirinhas ou zonas industriais abandonadas,

excetuando-se dessa exigência as intervenções enquadradas nos Planos de Ação Integrados

para as Comunidades Desfavorecidas, definidos pelos Municípios. Referindo-se aos Programas

Operacionais Regionais, voltou a sublinhar que os mesmos previam a mobilização do

instrumento financeiro para promoverem a regeneração e a revitalização física, económica e

social a que acrescia, no caso dos Programas Operacionais Regionais das Regiões Autónomas

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da Madeira e dos Açores, a componente de eficiência energética em habitação particular e

que, complementarmente, o Programa Operacional Temático Sustentabilidade e Eficiência no

Uso dos Recursos, previa, para o Continente, a utilização do instrumento financeiro para

promover a eficiência energética em habitação particular. Esclareceu ainda que, no contexto

da revitalização e reabilitação urbanassão apoiadas as intervenções na reabilitação integral de

edifícios com mais de 30 anos ou com um nível de conservação inferior a 2, desde que sejam

destinados à habitação, a equipamentos de usos públicos, para o comércio e ou serviços assim

como intervençõesna reabilitação e reconversão de unidades industriais abandonadas,

destinadas à habitação, aos equipamentos de uso coletivos, ao comércio e aos serviços, desde

que enquadradas nos territórios abrangidos pelos Planos de Ação de Reabilitação Urbana ou

de instrumentos similares nas Regiões Autónomas. Explicou ainda que os beneficiários dessas

intervenções devem ser pessoas singulares, pessoas coletivas públicas ou privadas, empresas e

entidades sem fins lucrativos.

Referiu também, em relação ao Portugal 2020, o facto de todas as intervenções relativas à

promoção da eficiência energética em habitação privada apenas poderem ser objeto de apoio

através de instrumento financeiro, exceptuando-se desta regra apenas a realização das

auditorias energéticas, cujo apoio pode assumir a forma de subvenção não reembolsável.

Referiu ainda que poderiam vir a ser apoiadas as intervenções que resultem num aumento de

pelo menos dois níveis de desempenho energético, desde que se inseram num contexto de

intervenção principal de reabilitação e revitalização urbana complementada por intervenção

na promoção da eficiência energética; no caso de se tratar unicamente de uma intervenção na

promoção da eficiência energética, essa intervenção, mesmo que integrada no PARU, teria que

ser apoiada por outro instrumento financeiro. Explicou também que os beneficiários podiam

ser os titulares de frações autónomas, de edifícios ou de fogos de habitação particular

excluindo-se apenas nestes casos a habitação social.

Continuou apresentando as despesas que não seriam elegíveis, como aquelas que se

relacionem com o funcionamento, manutenção ou reparação ligadas à exploração de

infraestruturas ou equipamentos;, no caso de intervenções de modernização ou reconversão,

as que alterem o uso das infraestruturas ou dos equipamentos financiadosfinanciadas há

menos de dez anos;e oscustos relativos a amortização de imóveis ou de equipamentos.

Quanto à aplicação do instrumento financeiro, explicou que este iria ser aplicado através de

um modelo organizado em três níveis, considerando-se um Fundo de Fundos, criado com a

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participação do FEDER e do Fundo de Coesão, colocados pelos PO Regionais e PO Temático

SEUR, respectivamente; fundos regionais e fundos regionais retalhistas. Referindo-se à gestão

do Fundo de Fundos, explicou que a mesma estava entregue a uma Estrutura de Missão . e a

um Comité de Investimento presidido pelas Autoridades de Gestão e com participação da

Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP)

Presidido pelas AG. Apresentou de seguida os Produtos Financeiros que irão estar disponíveis:

as linhas de crédito para financiamento de investimentos das empresas na área da reabilitação

urbana e fora do Sistema de Incentivos à Competitividade, as linhas de crédito para

financiamento de investimentos de entidades públicas ou entidades privadas sem fins

lucrativos, e as linhas de crédito para particulares.

4.2. – Aprovação dos Critérios de Seleção

Este ponto da OT foiigualmente apresentado por Ana Abrunhosa (PO CENTRO 2020) que

esclareceu que os Critérios de Seleção colocados à apreciação deste Comité se classificam em

três níveis, um para atribuição de financiamento ao Fundo de Fundos, outro para a atribuição

de financiamento aos intermediários financeiros e o terceiro para atribuição de financiamento

aos beneficiários finais.

Apresentou os critérios de seleção para atribuição e financiamento ao Fundo de Fundos,

tendo-os elencado da seguinte forma:

Critério A: qualidade da candidatura, avaliada pela coerência e pertinência da candidatura face

aos objetivos visados e pela sustentação das ações previstas com base no diagnóstico das

insuficiências dos mercados financeiros (avaliação ex-ante);

Critério B: adequação dos instrumentos aos objetivos visados, avaliada pela metodologia de

identificação e seleção dos intermediários financeiros, pelos efeitos no acesso e no custo do

financiamento e pelos níveis das despesas de gestão.

Critério C: capacidade demonstrada para gestão do instrumento financeiro, avaliada pela

adequação da equipa de gestão à implementação e execução do instrumento financeiro e

pelas medidas propostas para evitar conflitos de interesses.

Critério D: capacidade demonstrada para mobilização de recursos, avaliada pelo efeito

alavanca dos recursos do PO e mobilização de recursos financeiros independentes do Portugal

2020.

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Explanou igualmente os critérios de seleção para atribuição de financiamento aos

intermediários financeiros, fazendo uma nota prévia para dizer que a equipa de gestão do

IFRRU iria proceder a um concurso público internacional para selecionar esses intermediários

financeiros, e elencou-os da seguinte forma:

Critério A: qualidade da candidatura, avaliada pela coerência e pertinência da candidatura face

aos objetivos visados e, pela sustentação das ações previstas com base no diagnóstico das

insuficiências dos mercados financeiros.

Critério B: adequação dos instrumentos aos objetivos visados, avaliada pela metodologia de

identificação e seleção dos beneficiários finais, pelos níveis das despesas de gestão e pelos

efeitos no acesso e no custo do financiamento por parte dos beneficiários finais.

Critério C: capacidade demonstrada pela equipa de gestão para a gestão do instrumento

financeiro, avaliada pela adequação da proposta de modelo de governação que permita que as

decisões em matéria de crédito e diversificação dos riscos sejam tomadas de forma

transparente e em conformidade com a matéria de mercado pertinente - a estrutura de

governação deve garantir a imparcialidade e a independência do gestor do intermediário

financeiro, pela adequação da equipa de gestão à implementação e execução do instrumento

financeiro; pela capacidade para demonstrar aumento do nível de atividade em comparação

com o atual e, por fim, pelas medidas propostas para evitar conflitos de interesses.

Critério D: capacidade demonstrada para mobilização de recursos, avaliada pelo efeito

alavanca dos recursos do PO e mobilização de recursos financeiros independentes do Portugal

2020.

Complementou essa informação, em relação aos dois blocos de critérios de selecção

apresentados , esclarecendo que o cálculo do Mérito do Projeto seria feito pela soma

ponderada das pontuações parcelares, atribuídas numa escala compreendida entre 1 e 5 e que

reúnem condições para serem aprovados os projetos que obtenham uma pontuação superior

a 1 em cada critério e uma pontuação global superior a 3.

Por último e concluindo a sua apresentação, explanou os critérios de seleção para atribuição

de financiamento aos beneficiários finais (IPSS, Municípios, Empresas), recordando que se

estava a referir a um universo de projetos que tinham sempre que gerar receitas líquidas

positivas suficientes para amortizar o valor de financiamento do investimento e que, para além

da qualidade intrínseca do projeto e da razoabilidade de custos, seria valorado o impacto da

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operação na revitalização e qualificação do centro urbano, devendo estes incidir em domínios

que elencou da seguinte forma: 1) a revitalização do centro urbano, avaliada pelo contributo

da operação para a fixação de pessoas na área em que se insere, seja através de habitação,

seja através de atividades económicas, equipamentos ou serviços; 2) a revitalização do centro

urbano, avaliada pelo contributo da operação para a criação de riqueza e de emprego na área

em que se insere; 3) a dinamização do mercado de arrendamento urbano; 4) a qualificação do

conjunto urbano, nomeadamente valorização de bens imóveis classificados.

António Dieb (AD&C) agradeceu a intervenção, elencou as últimas apresentações, frisando

que, nesta data, o objetivo era o de apresentar, fomentar a troca de ideias e dúvidas,

propondo que se passasse à fase de apresentação de considerações.

Ana Abrunhosa (PO CENTRO 2020) frisou que a estrutura de gestão do IFRRU (Instrumento

Financeiro de Reabilitação e Revitalização Urbana), que funciona junto do IHRU, é composta

por uma Comissão Diretiva constituída por um presidente e dois vogais.

Georgios Yannoussis (CE) relativamente ao procedimento escrito de aprovação dos critérios

de seleção, suscitou a dúvida sobre se os critérios de seleção dos beneficiários finais iam ser

objeto de deliberação de aprovação neste Comité, considerando que o documento em apreço

refere critérios de elegibilidade de beneficiários finais e não de seleção dos mesmos (tal como

se verifica para o financiamento do IFRRU ou de intermediários financeiros).

Catarina Morais (representante da CGTP no Comité de Acompanhamento do PO POISE e com

representações delegadas nos Programas Operacionais do Norte, do Centro e de Lisboa e

Vale do Tejo) começou por referir dois pontos prévios, o primeiro, sobre o motivo da não

inclusão, nesta reunião, dos representantes do PO Açores e do PO Madeira. O segundo,

questionando o motivo porque, nos processos de realização das avaliações ex ante, que

deram origem ao documento de estratégia em questão, porque não foi realizada a audição dos

representantes dos trabalhadores, nem de qualquer organização representativa de inquilinos,

por contraposição à representação dos proprietários e outras organizações, que seria

importante quando se fala de reabilitação, regeneração urbana e eficiência energética.

Depois passa a referir a posição transversal da CGTP relativamente aos documentos

apresentados, registando de forma positiva a inclusão, na avaliação ex ante relativa à

regeneração urbana, de objetivos tais como redução dos custos de reabilitação, controlo de

novas expansões urbanas, criação de zonas de comércio e inclusão de serviços públicos nos

centros urbanos, zonas históricas e ribeirinhas, , , mas manifestando desacordo com o facto de

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se considerar que alguns serão meramente complementares aos objetivos do POSEUR e de

cada PO Regional.

Estruturou o seu comentário em quatro pontos:

Primeiro ponto: Disse que o recurso a instrumentos financeiros como única forma de aceder e

apresentar projetos no âmbito do Portugal 2020, constitui forma de aumentar a liquidez e

benefícios para os intermediários financeiros, mas não tanto para os beneficiários finais,

trabalhadores, e para o país como um todo.

Segundo ponto: considera surpreendente que tendo sido apurado um gap de financiamento

de 1.750 milhões de euros, estejam previstos apenas 230 milhões, num total de quase de 3 mil

milhões de necessidades de financiamento ao nível de regeneração urbana nos próximos 7

anos, o que pressupõe níveis de alavancagem entre 600 e 700. O baixo nível de financiamento

dos fundos comunitários face às necessidades vai fazer com que a regeneração urbana fique

entregue a fundos imobiliários, grandes empresas de construção, excluindo o Estado, as

autarquias locais e pequenos proprietários.

Voltou a referir que uma das críticas iniciais da CGTP, aquando da apresentação do POSEUR,

está relacionada com a ausência de objetivos concretos para a reabilitação urbana, e que

conduziu à insuficiência de verbas para financiamento das necessidades de reabilitação do

País, frisando que, ao não estar previsto financiamento público para a regeneração urbana, era

fundamental que houvesse um maior contributo por parte dos fundos estruturais.

Terceiro ponto: falou da tentativa de deturpação das funções e modo de funcionamento do

Estado, obrigando o Estado e as autarquias locais a recorrerem a instrumentos financeiros

como forma de resposta a projetos de reestruturação urbana. As exceções são subfinanciadas,

mas o facto de se colocar o Estado e as autarquias dependentes de intermediários financeiros

é uma questão grave.

Quarto ponto: manifesta a oposição da CGTP quanto ao facto da seleção dos beneficiários

finais ser feita pelos intermediários financeiros, considerando que a decisão da regeneração

urbana não pode ficar entregue àquelas entidades.

António Dieb (AD&C) agradece a intervenção e, em face do volume de informação, insiste

que todas as considerações sejam colocadas no âmbito da consulta escrita que vai ser lançada

sobre estes documentos, passando a palavra ao presidente da Câmara do Fundão.

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Paulo Fernando (Presidente da Câmara do Fundão) refere com agrado a questão do modelo

de avaliação dos beneficiários finais ser efetuada pelas entidades que vão gerir os

instrumentos financeiros, e as questões relacionadas com coesão territorial, pois nem todos os

territórios responderão da mesma forma ao desafio, nomeadamente no que diz respeito ao

valor de renda por m2, e sabendo que um dos objetivos é a promoção do mercado de

arrendamento, é fundamental considerar as disparidades regionais nas maturidades do capital

financiado.

Depois frisou a importância do concurso poder ter vários lotes. Falou da redução de custos de

estrutura das entidades financeiras nos critérios de seleção de forma a evitar ganhos

excessivos.

Na sua intervenção manifestou duas preocupações: 1º - a articulação entre eficiência

energética e reabilitação de forma a evitar a necessidade de apresentar duas candidaturas; 2º -

a relação entre o Fundo dos Fundos, IFRRU, e outros mecanismos, nomeadamente a 2ª

geração do JESSICA ou a 2ª geração do programa Recuperar para Arrendar, apresentado

recentemente pelo IHRU, devido à necessidade de criar equipas de apoio para os promotores.

António Dieb (AD&C) agradece a intervenção e concede a palavra à Presidente do PO CENTRO

2020.

Ana Abrunhosa (PO CENTRO 2020) referiu que os critérios de seleção dos beneficiários finais,

quer no âmbito dos instrumentos financeiros quer dos outros apoios previstos no PO, já foram

aprovados no comité de acompanhamento, com a aprovação dos critérios para a regeneração

urbana.

Quanto às observações da CGTP, refere que a associação de inquilinos foi convidada para o

focus-group mas que não compareceu.

Esclareceu que a maioria dos projetos de regeneração urbana das autarquias locais são

apoiados a título não reembolsável, uma vez que grande parte das intervenções neste domínio

não cumpre o critério de apresentação de receita líquida positiva, o que significa que só os

projetos de investimento que gerem receita líquida atualizada que corresponda, pelo menos,

ao valor de investimento, têm acesso aos instrumentos financeiros. Esta consiste numa

condição de recurso aos instrumentos financeiros para intervenções no âmbito da

regeneração urbana, e como é do conhecimento geral, grande parte das intervenções de

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regeneração urbana dos municípios são projetos que, pela sua natureza, não cumprem esse

critério.

Depois referiu que ficou dividida face ao teor das questões colocadas, de por um lado alertar

para o aumento de liquidez dos intermediários financeiros, o que pode constituir uma medida

arriscada, mas por outro lado considerar que o dinheiro é pouco porque a autoridade de

gestão do programa tem recursos limitados e tem de fazer o trade off entre o apoio não

reembolsável a fundo perdido (por exemplo, bairros sociais) e o apoio canalizado para

instrumentos financeiros.

Tranquilizou os presentes esclarecendo que o objetivo não é aumentar a liquidez dos

intermediários financeiros, até porque as dotações não lhes irão ser transferidas em bloco mas

de forma gradual, à medida que comprovam a execução dos instrumentos financeiros, através

da transferência de recursos para os beneficiários finais, empresas, IPSSs, sendo que o

processo não será o verificado no JESSICA no qual foi a dotação foi totalmente transferida para

o gestor do fundo.

Agradeceu a intervenção do Presidente da Câmara, Paulo Fernando, e relativamente à última

questão colocada ou seja a relação entre o Fundo de Fundos e as medidas do IHRU, refere que

esse foi o motivo pelo qual se criou a estrutura de missão: considerando que o IHRU também é

beneficiário do IFRRU, foi criada uma estrutura de missão segregada, sendo que o facto da

estrutura de missão do IFRRU estar alojada no IHRU permite uma melhor articulação e um

maior conhecimento das medidas.

Sobre as matrizes de definição de eficiência energética e reabilitação urbana refere que o

promotor não tem de se preocupar se o financiamento vem do PO A ou do PO B, apenas tem

de fazer uma candidaturaao IFRRU - Instrumento Financeiro de Reabilitação e Revitalização

Urbana.

António Dieb (AD&C) agradece a intervenção passando a palavra para outras intervenções.

José Maria Costa (Câmara de Viana de Castelo e CIM do Alto Minho) refere o interesse

comum no sucesso do processo.

A Câmara apresentou um PEDU para o qual contou com o apoio da Autoridade de Gestão do

Norte, tendo sido possível acrescentar conhecimento relativamente às dificuldades e

complexidade de organização daquela Estratégia.

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Focou a novidade de uma abordagem integrada, mas mais complexa, e que conta com

diversos instrumentos novos, considerando conveniente a atenção nas notas dos auditores,

tendo dito que a nível nacional não há grande conhecimento, por exemplo, sobre o

funcionamento e aplicação do fundo JESSICA.

Referiu-se à questão da evolução das taxas de juro e do mercado questionando em que

medida este instrumento concorre com outros disponibilizados pelos intermediários

financeiros.

Considerou que devido à novidade do instrumento coloca-se a questão sobre a sua forma de

aplicação, aventando a hipótese de criação de um observatório para análise da aplicabilidade e

execução dos instrumentos.

Aborda uma segunda questão sobre a articulação do espaço público na reabilitação urbana,

dando a título de exemplo a possibilidade de utilização a fundo perdido ao nível dos

transportes públicos em termos de mobilidade elétrica.

Levanta o problema da eficiência energética para habitação precisar, pelo menos, de uma

subida de dois níveis de eficiência, o que pode ser complicado, correndo-se o risco de alocar

financiamento a algo que não tem aplicabilidade.

Finalmente referiu a importância da inovação social associada à regeneração urbana.

Terminou a sua intervenção questionando a necessidade de determinar a alocação dos fundos.

António Dieb (AD&C) agradece a intervenção, esclarecendo que a resposta à última questão é

a mais fácil porque , de acordo com os regulamentos nacionais e comunitários, a identificação

da alocação dos Fundos é obrigatória. De seguida passa a palavra a outros intervenientes.

Caeiros (Associação Nacional de Municípios) refere que conhece bem a regeneração urbana

porque integra o focus-group e faz parte do Comité de Investimento.

Diz que considera a arquitetura final do documento estratégico interessante, no entanto sobre

o ponto de vista do setor autárquico específico refere uma preocupação, transversal aos

instrumentos financeiros, relacionada com o regime legal de endividamento das autarquias

locais, porque condiciona a possibilidade dos municípios acederem ao instrumento financeiro,

assumindo principal preocupação a gestão da água e resíduos, até porque conta com menos

informação.

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Refere a necessidade de haver um regime jurídico que acautele a possibilidade de os

municípios acederem ao instrumento financeiro, sem estarem condicionados ao espartilho da

legislação sobre endividamento municipal.

Falou da necessidade de adequação do instrumento à realidade do território, dando como

exemplo a homologação de tarifas de água e saneamento pela ERSAR, para uma candidatura

tanto a fundo perdido como a instrumento financeiro, onde se colocam muito as questões de

território, inviabilizando quase a apresentação de candidaturas de municípios pequenos e do

interior.

Numa outra nota referiu-se ao conservadorismo das dotações perspetivadas para os

instrumentos financeiros, dando a ideia que as necessidades e sucesso dos programas vão

comprometer a totalidade das verbas a alavancar através do investimento.

Falou ainda sobre a utilização do reembolso dos instrumentos financeiros, em vigor até 2023,

para o mesmo fim e para o mesmo território, significando que o dinheiro não vai aumentar

quando o interesse do instrumento é precisamente o seu prolongamento, sugerindo a

necessidade de criação de um compromisso ético.

Referiu a necessidade de ajustar alguma regulamentação específica, não considerando

razoável que certas tipologias de investimento vão a instrumento financeiro e não a fundo

perdido, designadamente no ciclo urbano da água, na intervenção da qualificação de algumas

redes em baixa.

Congratulou-se com o facto de a condicionalidade ex-ante relativa à eficiência energética estar

resolvida com a publicação do diploma que transpõe a diretiva comunitária, mas ressalvou que

o acordo entre o governo português e a Comissão Europeia também considerou a elegibilidade

das despesas de 01/01/2014, tal como sucede para as demais tipologias de investimento.

Finalizou sublinhando a necessidade de articular as autoridades de gestão com as autoridades

urbanas, sendo que estas carecem de apoio e têm de criar estruturas específicas para a gestão

do PEDU, e de meios financeiros para obter recursos humanos com capacidade para alcançar o

sucesso do processo e assistência técnica.

António Dieb (AD&C) agradece a intervenção passando a palavra Comissão Europeia.

Gerorgios Yannoussis (DG REGIO) Agradece, referindo que a apresentação merecia mais

tempo, devido ao volume de informação disponibilizado.

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Refere o carácter inovador de tudo quanto se tratou, mesmo quando se fala de instrumentos

financeiros do período precedente, embora não se possa considerar que a iniciativa já siga a

uma velocidade de cruzeiro. Disse que os membros do comité de acompanhamento são

embaixadores da mensagem, se quiserem ouvir, aprofundar, sentir em substância o porquê e

o como da engenharia dos instrumentos financeiras em cada domínio, e que vão disseminar

essa informação contribuindo para uma atitude positiva por parte de empresas e cidadãos.

Refere que é preciso ver se há forma de apoiar, com o mesmo montante, um maior número de

projetos, ao mesmo tempo que serão mobilizados dinheiros privados.

Coloca uma outra questão sobre o conjunto dos instrumentos financeiros, pois ao falar da

seleção de fundos fica-se com impressão que as autoridades portuguesas têm uma intenção

concreta sobre quem será o gestor dos fundos, presumindo que haverá uma instituição pública

para esse efeito e outra para a energia, frisando a necessidade de assegurar que as instituições

que vão desempenhar essa função cumprem os critérios de seleção.

Quanto aos bancos, considera que existem diversos critérios de viabilidade, chegando assim à

questão dos critérios de seleção de projetos: quais os projetos a realizar, de reabilitação, de

eficiência energética ou outros.

Refere que ficou confuso, e que esse estado de confusão se pode refletir nas suas palavras,

assim quando se fala de selecionadores é preciso ter critérios de seleção e que estes sejam

aprovados pelo comité de acompanhamento, ficando com a impressão que não há diferença

entre eficiência energética e reabilitação urbana.

Diz que, se bem compreendeu a Sr.ª Presidente do PO Centro 2020, as autoridades urbanas

participarão nas entidades de gestão financeira. Vilas e cidades é um domínio no qual as

autoridades urbanas têm algo a dizer, mas do lado do lucro dos instrumentos financeiros vão

ser executados diversos projetos no território que devem respeitar os critérios próprios dos

instrumentos financeiros e que essa situação não é gerida pela câmara municipal, nem pelos

próprios beneficiários finais, mas sim pelos bancos. Por conseguinte, é necessário encontrar

uma forma que assegure a relação entre câmaras municipais e bancos, referiu que gostaria de

compreender a organização dessa dupla vertente.

Referiu que o documento de estratégia dos Instrumentos Financeiros de Reabilitação e

Revitalização Urbanas identifica três categorias de critérios: 1 – critérios de seleção do Fundo

de fundos; 2 – critérios de seleção dos bancos e 3 – seleção de beneficiários finais,

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questionando se o comité de acompanhamento do programa operacional vai aprovar os

critérios de seleção para cada domínio de intervenção.

Disse ainda que gostaria de compreender a correspondência entre o banco que procede à

seleção dos projetos e o produto/oferta. Os instrumentos financeiros vão propor certos

produtos destinados a regeneração urbana a empresas e autoridades, assim fica a questão se

todos os bancos vão poder oferecer todos os produtos? Ou se cada banco só pode candidatar-

se para um produto? Ou se os bancos vão entrar em concorrência entre si ou se cada banco

que cumpra certos critérios será admissível para fornecer esse produto?

Luis Boris (DG REGIO) Começa a sua intervenção por referir que ao nível da eficiência

energética não é aceitável a possibilidade de dedução do capital e assim combinar

instrumentos financeiros com incentivos. Quanto às diferentes formas de combinação dos

incentivos financeiros e instrumentos financeiros numa mesma operação, é importante referir

que tal apenas é possível num produto único, a nível de instrumentos financeiros.

Solicitou a confirmação sobre o facto de a prioridade de investimento 4.3 não estar incluída

nos POR pelo que fica fora do artigo 7 do Regulamento do FEDER.

Quanto à eficiência energética diz que a avaliação ex ante considera que o instrumento é

adequado, coerente, que há alavancagem e adequação às necessidades, mas também

considera que o orçamento disponível não permite satisfazer as necessidades existentes,

referindo que a maior abrangência de diferentes tipologias e potenciais destinatários pode

configurar uma inconsistência, considerando preferível, neste enquadramento, uma maior

concentração de atuações.

Quanto às recomendações, e tratando-se de um instrumento inovador e ambicioso nos

objetivos e condicionalismos, refere que é importante fomentar a capacitação técnica da

administração local e das autoridades de gestão, revestindo igual importância a divulgação aos

potenciais beneficiários.

Manifesta algumas dúvidas quanto ao conceito de uncap warranty, cap warranty, loan, e que o

papel do BEI não é suficientemente claro relativamente ao fundo dos fundos.

Refere que não aceita a existência de prémios de , ou seja, o perdão do reembolso, porque iria

contra a filosofia e objetivos destes apoios, de natureza totalmente reembolsável.Disse ainda

que o mercado das auditorias deve ser um mercado aberto.

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No âmbito da eficiência energética recordou que se pretende que os projetos sejam

económica e financeiramente viáveis, com benefícios, e que conduzam a uma efetiva

poupança energética, sendo que isso não pode derivar da maior utilização de instrumentos

financeiros, mas da escolha de projetos eficientes, benéficos e que acarretem poupança

energética.

Propôs a realização de uma avaliação intercalar ao desempenho dos instrumentos financeiros.

Frisa a necessidade de preparar equipas e responsáveis com conhecimentos adequados face à

reduzida sensibilidade e conhecimento sobre eficiência energética a nível dos destinatários

finais, sendo que devem ser projetos integrados e sair da lógica de financiamento de medidas

isoladas.

Considerou importante esclarecer que o projeto e as medidas não devem ser aquilo que os

beneficiários finais pretendem, mas o que resultar das auditorias energéticas e o que for a

melhor solução técnica em cada situação.

Frisou o papel fundamental do Estado principalmente para a administração pública,

necessitando de um forte enquadramento legal.

António Dieb (AD&C) agradece a intervenção e passa a palavra, fazendo um apelo à concisão

nas respostas.

Ana Abrunhosa (PO CENTRO 2020) Dirigindo-se à questão da evolução das taxas de juro e do

mercado e em que medida este instrumento concorre com outros disponibilizados pelos

intermediários financeiros, questão suscitada pelo Sr. Presidente da Câmara de Viana de

Castelo e representante da CIM do Alto Minho, dizendo que a avaliação ex ante é clara neste

domínio, concretizando que o instrumento financeiro pretende ser vantajoso em termos de

preço e sobretudo em prazos de maturidade, o que tornam estas intervenções competitivas.

Quanto à importância da criação de um observatório para análise da aplicabilidade e execução

dos instrumentos financeiros, frisa que há uma entidade, a Estrutura de Missão, que tem essas

competências e obrigações, independentemente do trabalho de acompanhamento realizado

pelos Programas Operacionais.

Quanto à questão da intervenção deste instrumento no espaço público, tendo em conta o

critério de as receitas líquidas terem de cobrir o investimento, adianta que a questão da

iluminação pública pode ser um bom investimento a ser financiado com este instrumento.

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Relativamente à questão colocada pelo representante da Associação Nacional de Municípios,

referiu que o acesso ao instrumento financeiro é considerado efetivamente no endividamento

dos Municípios, e que a resolução dessa questão ultrapassa a área de competência das

autoridades de gestão.

Sobre a exigência da eficiência energética ter que subir dois níveis, é fundamental referir o

exemplo dos bairros sociais e dos bairros mais degradados onde tal condição é atingível e onde

se pretende combinar intervenção física, económica e social e assim a possibilidade de

combinar o FEDER com o Fundo Social Europeu.

Disse já ter conhecimento da preocupação relativa aos reembolsos, sendo que há a garantia

dos mesmos ficarem na região e com os mesmos objetivos do programa operacional até 2023,

embora enquanto presidente da CCDR Centro gostasse que esse compromisso fosse ad eterno.

Refere que as dotações previstas para este instrumento financeiro são as dos programas e as

dotações concretas serão as resultantes das verbas sinalizadas nos PEDU, que no caso da

região Centro foi superior à programada no PO.

Falou da necessidade crucial de articulação do trabalho das AG’s e das Autoridades Urbanas.

Os municípios dos centros urbanos de nível superior que estão definidos nos PROT são

autoridades urbanas, que que serão organismos intermédios, com delegação de competências,

sendo responsáveis pela seleção de operações.

Disse que também se encontra previsto haver apoio ao exercício dessas funções através de

assistência técnica, definido em função, do nível de delegação de competências, que ainda não

se encontra definido.

Sobre as questões colocadas pelos colegas da Comissão Europeia, considera que o grande

sucesso do impacto destas medidas é o da disseminação da utilização de fundos comunitários

em instrumentos financeiros, sendo fundamental a existência de recursos da banca, de

intermediários financeiros, de privados ou do Banco Europeu de Investimento que aumentem

o efeito de alavancagem destes instrumentos, cujo objetivo seja criar revolving funds, fundos

de apoio a projetos que vão reembolsar esses fundos e os reembolsos a aplicar em novos

projetos, sendo que estes têm de contribuir para os objetivos dos fundos comunitários.

Quanto à metodologia, refere que foi utilizada a mesma metodologia usada no domínio da

competitividade, no instrumento financeiro de apoio às empresas. Ou seja também aqui se

constitui um fundo de fundos, cuja gestão, acompanhamento e monitorização é entregue a

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uma entidade pública, à estrutura de missão ou à equipa de gestão do IFRRU. Isto é, é o Estado

dentro do Estado que gere o fundo de fundos e, por concurso público internacional, serão

criados fundos retalhistas onde concorrem os intermediários financeiros entre si, sendo que o

desejável era que os bancos concorressem com vários instrumentos financeiros.

Disse que a intervenção das autoridades urbanas se verifica através da emissão do parecer de

enquadramento às instituições financeiras aquando da análise dos projetos.

Referiu que não existe securização nem estão previstos prémios, ou seja não se prevê o

perdão do reembolso, trata-se de um instrumento financeiro que implica a geração de receitas

que cubram o investimento e por conseguinte reembolsáveis. Confirmou ainda que não está

contemplada nos programas operacionais regionais, a prioridade de investimento relativa à

eficiência energética para projetos públicos, e que os fundos são abertos a contribuição de

entidades privadas e do próprio BEI.

A capacitação constitui uma preocupação das autoridades de gestão, recorrendo, nessa

sequência, a outras entidades com experiência nesta matéria.

Terminou reiterando que os critérios de seleção dos beneficiários finais já foram aprovados no

comité de acompanhamento, incluídos nos critérios de seleção da regeneração urbana.

António Dieb (AD&C) agradece a intervenção passando a palavra ao Diretor Geral da Energia

e Geologia.

Diretor Geral da Energia e Geologia quis prestar apenas um esclarecimento adicional sobre a

falta de necessidade de legislar relativamente às empresas que prestam auditoria, porque o

mercado já é livre, ou seja nem a ADENE nem a DGEG fazem auditorias no mercado, pelo que

não existe conflito de interesses, nem a DGEG arrecada receitas de auditorias.

António Dieb (AD&C) passa a palavra ao Dr. Duarte Rodrigues para responder a algumas

questões específicas colocadas no final da intervenção da Comissão Europeia.

Duarte Rodrigues (AD&C) clarifica o quadro entre duas avaliações e uma estratégia. Diz que foi

apresentada a estratégia de avaliação ex ante para a componente da eficiência energética,

gestão eficiente de recursos e regeneração urbana. Referiu que sobre essas avaliações está a

ser discutida uma estratégia de investimento que cobre a parte reabilitação urbana e uma

pequena parte do lote 3, eficiência energética na habitação se essa habitação estiver localizada

em áreas de reabilitação urbana. Só essa estratégia é que é discutida pelas comissões de

acompanhamento, havendo uma obrigação comunitária de apresentar à comissão de

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acompanhamento os relatórios até 3 meses depois do fim da avaliação, é o que se está a fazer

atualmente para todos os lotes que já terminaram e com base nessa avaliação as autoridades

de gestão definem estratégias de investimento para implementar instrumentos financeiros.

Referiu-se que se está a discutir a componente de reabilitação urbana, e que as autoridades de

gestão vão ponderar posteriormente, com base na avaliação ex ante do lado da energia e da

eficiência de recursos.

Disse que o IFRRU utiliza uma pequena componente de eficiência energética na habitação

quando as mesmas estão inseridas em zonas de reabilitação urbana e há um duplo objetivo na

intervenção, reabilitação urbana e eficiência energética.

Uma vez que se trata de um duplo objetivo através da mesma operação, segue o fluxo

demonstrado, em que as autoridades urbanas analisam a operação como um todo, pelo que se

aplica o artigo 7º a essa pequena componente da eficiência energética, prioridade 4.3, porque

se trata de uma operação com 2 fins: reabilitação urbana financiada pelas verbas do PO

Regional e eficiência energética de pequena dimensão.

António Dieb (AD&C) agradece e pergunta à Sr.ª Presidente do PO Centro 2020 se dá por

encerrada esta parte dos esclarecimentos. Passa a palavra ao Sr. Georgios.

Georgios Yannoussis (DG REGIO) Relativamente ao papel do BEI, no quadro da Revitalização

Urbana, questiona se Portugal recorre à possibilidade de utilizar o BEI para instrumentos

financeiros ou se se trata de uma utilização tradicional do BEI, a acrescer ao montante dos

instrumentos financeiros.

António Dieb (AD&C) agradece a intervenção passando a palavra à Sr.ª Presidente do PO

Centro 2020.

Ana Abrunhosa (PO CENTRO 2020) referiu a possibilidade de ter o Banco Europeu de

Investimento (BEI) ou outros investidores, num bloco financeiro separado a gerir pelo IFRRU,

para criar fundos destinados à regeneração urbana. A vantagem relativamente a ter apenas

um Fundo financiado pelo FEDER, com critérios seleção estritos, é que este bloco financeiro

separado pode ser utilizado complementarmente para aumentar a cobertura de apoios,

nomeadamente em centros históricos, zonas ribeirinhas e zonas industriais degradadas, desde

que a operação se situe na área de reabilitação urbana. Diz que o BEI foi referido a título de

exemplo mas que neste caso não vai gerir o instrumento financeiro, tal como se verificou no

JESSICA.

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Gerorgios Yannoussis (DG REGIO) questiona o que acontece a um projecto que, tendo parecer

favorável da Banca, a autoridade urbana considera que o mesmo não tem enquadramento no

plano urbano.

António Dieb (AD&C) refere que, nessas condições, o projeto não será elegível.

Gerorgios Yannoussis (CE) acrescenta que toda a dotação aplicada através de instrumento

financeiro para reabilitação urbana será contabilizada no artigo 7 do Regulamento do FEDER,

para alcançar o mínimo de 5% de Fundo. Se por qualquer razão as autoridades urbanas

considerem que um projeto não tem cabimento no plano urbano, esse projeto não só não será

contabilizado nos referidos 5% como também não poderá ser realizado, mesmo fora dos 5%,

enquanto projeto de reabilitação financeira financiada por instrumentos financeiros.

Ana Abrunhosa (PO CENTRO 2020) confirma que o projeto pode ser realizado com fundos

próprios, mas não com fundos comunitários, nem com este instrumento financeiro.

António Dieb (AD&C) refere que terminaram os esclarecimentos quanto a este ponto 4.2 e

recorda que os documentos, na posse dos membros dos comités, estão sujeitos a deliberação.

Dando por encerrados os pontos 3.2, 3.3, 4.1 e 4.2., convida o Dr. António Figueiredo pra fazer

a apresentação do ponto 3.1 da OT relativa aos resultados da Avaliação ex ante dos

Instrumentos financeiros para a inovação e empreendedorismo social, para o

microempreendedorismo, criação de próprio emprego e empréstimos a estudantes do ensino

superior.

Catarina Morais (representante da CGTP no Comité de Acompanhamento do PO POISE e com

representações delegadas nos Programas Operacionais do Norte, do Centro e de Lisboa e

Vale do Tejo) pede para encerrar a reunião, considerando que não há hipótese de discutir e

votar, propondo a realização de uma reunião sobre inclusão social e emprego.

António Dieb (AD&C) refere que respeita a sugestão mas que não se encontra mandatado

para a aceitar, considerando que sendo o próximo ponto deliberado apenas pelo comité de

acompanhamento do POISE, os demais estariam liberados, mas que a sua participação é

frutífera.

3.1. - Lote 2 - Instrumentos Financeiros para a inovação e empreendedorismo social, para o

microempreendedorismo e criação do próprio emprego e para os empréstimos a estudantes

do ensino superior

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António Figueiredo apresenta os resultados da avaliação num lote que constitui a fava dos

quatro lotes, considerando a sua complexidade.

Foi uma apresentação estruturada em 5 pontos: contextualização; nota metodológica;

conclusões qualitativas; conclusões quantitativas do relatório e ensinamentos. A complexidade

da avaliação resulta do facto de haver três avaliações numa só.

O primeiro lote com a temática de inovação e empreendedorismo social, tem uma

programação mais avançada e umpotencial relevante de evolução.

Um segundo lote complicado é o do microempreendedorismo e a criação do próprio emprego,

cuja programação foi difícil e onde se verifica um problema relacionado com a resposta à falha

de mercado através de dois instrumentos: subvenções não reembolsáveis e IF’s, que pode

implicar uma potencial concorrência entre os instrumentos.

O outro tópico, crédito a estudantes do ensino superior, onde há um modelo de continuidade,

modelo protocolado e onde há apenas alteração do financiamento do fundo de

contragarantia, ou seja possibilidade de envolver fundos comunitários na dotação, sobretudo

uma melhor articulação entre os instrumentos de programação disponíveis: bolsas e

empréstimos aos estudantes do ensino superior.

As principais ideias em relação ao contexto são: 1º - estádios diferenciados de programação

entre os três lotes; 2º - inexistência de referenciais metodológicos sólidos relativamente à

aplicação de IF’s na área social; 3º informação disponível, oficial, deficiente em matéria de

mercados de financiamento deste tipo de atividade; 4º intermediação financeira incipiente; 5º

transição entre modelos, política social assente em subvenções não reembolsáveis e política

social com mobilização de IF’s. Sendo necessária uma orientação futura, sendo que a política

social precisa que o papel dos IF’s seja clarificado.

Quanto à metodologia referiu que o trabalho apostou em estimar a procura social inerente aos

apoios: 1º investimentos, inovação, eficiência, organização, mediação de resultados nas

organizações de economia social; 2º procura de startups inovadoras ao nível de

empreendedorismo social; 3º aquilo que o empreendedorismo pode realisticamente dar à

redução do desemprego e 4º estimar a procura de crédito necessária de forma a aumentar a

taxa de participação no ensino superior. Assim, estima da procura social, análise da resposta

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do mercado de financiamento a nível tradicional, identificação das falhas de mercado

quantitativas e qualitativas e identificação do fator crítico, que reside precisamente na

deficiência ao nível da informação.

Referiu as conclusões seguras quanto às falhas de mercado: são claras em termos qualitativos

e quantitativos, ao ponto de o gap de financiamento ser equivalente ao gap de investimento.

Quanto ao microempreendedorismo, admitiu um contributo reduzido e identificou a falha de

mercado relativamente a projetos cujo limiar de investimento esteja acima do microcrédito.

Foi identificada também uma falha de mercado no apoio aos estudantes do ensino superior,

admitindo que o ajustamento da economia portuguesa não desincentiva as famílias a investir

em capital humano.

Quanto aos tipos de IF’s a mobilizar, disse que a avaliação ex ante reconhece que têm uma

estratégia adequada e inovadora, tendo resistido à utilização dos IF’s de garantia.

Identificou os relacionados com o microempreendedorismo: inovação reduzida, forte

dependência dos instrumentos financeiros de dívida associados aos instrumentos de política

de emprego, Microinvest e Invest +. Referiu a necessidade futura de diferenciar a integração

dos IF’s da aplicação de subvenções não reembolsáveis, considerando haver espaço em

projetos na ordem dos 100.000 euros para um novo instrumento de política, o Invest ++, que

combinasse o Fundo Social Europeu e o FEDER.

Deixou no ar uma questão não resolvida sobre a possibilidade de instrumentos financeiros de

capital para o microempreendedorismo, considerando que os instrumentos de dívida são

traiçoeiros para startups. No caso dos apoios aos estudantes do ensino superior disse que há

uma linha de continuidade, o sistema é protocolado, são utilizados IF’s da dívida com recurso

ao sistema de garantia. Referiu ainda que os IF’s de garantia são aqueles que apresentam

maiores efeitos de alavancagem, havendo um contributo relevante de fundos privados de

intermediação financeira, especialmente ao nível da inovação social.

Quanto à dimensão qualitativa disse que não era possível avançar com a utilização de IF’s se a

intermediação financeira não fosse consolidada. Falou da possibilidade promissora do

mercado de investimento social, que não envolva apenas entidades bancárias, mas entidades

sem fins lucrativos, fundações, etc. Disse que em matéria de microempreendedorismo há

necessidade de separar apoios ao autoemprego dos apoios a microempresas envolvidas em

processos de desenvolvimento local e de valorização de recursos endógenos.

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Disse que a tipologia dos apoios e o montante de investimento não será necessariamente

idêntico, havendo espaço para um novo instrumento que combine Fundo Social Europeu e o

FEDER. Entre as três dimensões verificam-se estratégias de atração de recursos privados

adicionais díspares.

Falou da capacitação das CIM’s e dos ITI’s em matéria de intermediação financeira, louvando o

sistema de pipeline de projetos entre apoios não reembolsáveis e aplicação de IF’s à inovação

social e por fim os principais ensinamentos que se resumem da seguinte forma: 1º investir na

programação compensa: 2º o caminho para um novo paradigma de intervenção, orientação

futura a fim de clarificar expectativas e horizonte das organizações de economia social, não

havendo consolidação de IF’s se não houver intermediação financeira, havendo espaço para

um novo instrumento que combine os dois fundos em apoios de projeto que rondem os

100.000 euros.

António Dieb (AD&C) Agradece a apresentação. Passando a palavra ao Dr. Domingos Lopes e

ao Prof. Filipe Santos.

5. Implementação do Instrumento Financeiro para a Inovação Social

5.1. – Apresentação do Documento de Estratégia

Domingos Lopes agradece aos membros da comissão de acompanhamento do POISE por

assegurarem a presença até ao momento.

Diz que fundo para a inovação social a ser financiado pelo POISE enquadra-se no eixo 3,

responde ao objetivo temático 9 e à prioridade de investimento 9.5 e que vão ser delegadas

competências de gestão deste fundo na estrutura de missão Portugal Inovação Social,

organismo intermédio na gestão de outras tipologias.

Disse que esta é uma iniciativa inovadora a nível europeu, com uma dimensão diminuta – 95

milhões num PO com uma dotação total de 2.130.000 – fundo que vai ter uma forte

complementaridade e sinergias com as demais tipologias do POISE e ao nível da inclusão social

e emprego dos POR Regionais. Por fim, passa a palavra ao Prof. Filipe Santos para concluir a

apresentação.

Filipe Santos refere que em termos de POISE o valor não é grande, mas que se trata de um

fundo pioneiro na lógica de criação de um novo mercado de investimento social, não só pela

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alavancagem de investimento privado, que pode conduzir a um valor investido superior aos

200 milhões de euros, mas também com o potencial de ser um catalisador de uma nova

abordagem que promova a sustentabilidade e o impacto da economia social e seu

crescimento.

Passou a apresentar a estratégia de investimento para o fundo e os critérios de seleção.

Referiu a falha de mercado identificada na avaliação ex ante, não só como ponto de partida

pela falta de capitalização das entidades da economia social, mas também porque a banca não

consegue colmatar essas necessidades de capitalização e investimento com financiamento à

inovação social, onde a perceção de risco é elevada e a necessidade de maturidades mais

longas não se coaduna com as da banca. Assim, as iniciativas de inovação e

empreendedorismo social - IIES – que tanto nascem em IPSS, associações, cooperativas, como

novas startups sociais, não encontram financiamento.

Falou da falta de intermediários, que não se verifica no sector empresarial (para o qual existem

business angels, capitais de risco, bancos) e referiu a existência de algum investimento

filantrópico fragmentado, não havendo formas de financiamento a médio-prazo para um

projeto inovador, com algum risco e necessidade de investimento. Referiu que a avaliação ex

ante identifica falhas de mercado em dois segmentos. Em entidades de economia social já

estabelecidas o gap de financiamento de projetos de inovação social, tanto de novas valências,

não tipificadas, como de projetos de inovação organizacional, foi calculado em 281.2 milhões

de euros.

No segmento das startups sociais, que consiste numa nova geração de empreendedores

sociais, alguns com elevado impacto e crescimento (foram já identificadas 130 iniciativas),

outros com médio potencial (identificadas 500 iniciativas), tendo referido dois exemplos,

Speak e Academia de Código, que foram apresentados muito recentemente na Conferência da

APDC.

Depois falou da repartição da dotação do FIS 70/30 entre organizações de economia social e

startups sociais sugerida pela avaliação ex ante, proposta com a qual há alinhamento.

Especificou os produtos financeiros em causa nestes dois segmentos: 1 - aprofundar o trabalho

com os bancos para desenvolver linhas de financiamento à inovação social para entidades da

economia social; 2 –startups sociais, com duas linhas de produtos financeiros, uma para ativar

a rede de business angels existente para investir em projetos com impacto social e outro que

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vai ativar a criação de fundos de empreendedorismo social para apostar no crescimento e

desenvolvimento deste tipo de projetos.

Referiu a existência de regulação recente a nível comunitário e nacional sobre o investimento

em empreendedorismo social e que permite que amanhã investidores criem um fundo de

empreendedorismo social para investir em projetos neste tipo de iniciativa.

Sobre o funcionamento do fundo para a inovação social disse que a montagem de

instrumentos financeiros é complexa tendo dois níveis intermédios (gestor de fundo de fundos

e intermediários financeiros) mas, depois de estruturados, são eficientes na alocação de

fundos aos beneficiários finais. Referiu que autoridade de gestão do POISE está em articulação

com a Portugal Inovação Social, enquanto organismo intermédio, para identificar em conjunto

um gestor de fundos para assumir a função de entidade gestora do fundo de fundos e

identificar os intermediários financeiros que por sua vez irão alocar os financiamentos aos

beneficiários finais. Especificou que os intermediários financeiros podem ser bancos, fundos de

empreendedorismo social, e business angels, que têm entidades veículo que alocam os

financiamentos.

Ao nível retalhista salientou que quando r um intermediário financeiro se candidata para

receber financiamento traz também o seu financiamento privado, o que vai alavancar os

fundos públicos alocados a esta área.

5.2. – Aprovação dos Critérios de Seleção

De seguida abordou os requisitos para seleção destas entidades que podem intervir no fundo

para a inovação social, sendo que há requisitos ao nível comunitário e nacional. Frisou que

além dos requisitos formais e legais tem de haver um inequívoco alinhamento de missão no

âmbito do FIS e do fundo de fundos com o interesse público e a programação da promoção da

inovação social . A entidade que vier a ser identificada como gestora do fundo de fundos tem

que ter todas as autorizações, competência e experiência e estar equidistante das entidades

retalhistas que vão alocar os fundos.

Referiu que feita a pesquisa pela entidade mais qualificada para assumir a função de gestor do

fundo de fundos, foram identificadas duas entidades que cumprem todos os requisitos legais e

que oferecem confiança para gerir o FIS: o BEI – Banco europeu de Investimento, com larga

experiência no âmbito do FEI em particular com o programa JESSICA, com foco no

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investimento social através da unidade interna do FEI - Social Impact Acelerator; e a PME

Investimentos, com larga experiencia de gestão de fundo de fundos no quadro dos fundos para

a área empresarial, conhecendo todos os intermediários relevantes (bancos, capitais de risco e

business angels) para as quais tem atuado como gestora de fundo de fundos e que tem uma

missão que lhe permite apoiar a parte empresarial mas também entidades da economia social.

Especificou os critérios de base à seleção final do gestor de fundo de fundos: experiência

demonstrada na gestão deste tipo de instrumentos, capacidade da equipa técnica, eficiência

em termos de custo na gestão do fundo de fundos (não há comissões de gestão, mas apenas

reembolso dos custos incorridos) e competências na promoção do novo modelo de economia

convergente onde projetos com impacto social conseguem crescer e ter sustentabilidade.

Descreveu os critérios de seleção das candidaturas a financiamento para o fundo de fundos e

para os retalhistas: qualidade técnica e propósito da candidatura apresentada, adequação dos

instrumentos aos objetivos visados em termos de política pública e promoção da inovação

social, a capacidade demonstrada para a gestão do instrumento financeiro proposto no

processo de candidatura, e a capacidade demonstrada, no caso de intermediários financeiros,

para mobilizar o seu próprio capital privado.

Quando à seleção de beneficiários finais disse que não é tanto os critérios de seleção que

estão em causa, porque esta seleção no âmbito dos instrumentos financeiros será feita pelas

entidades retalhistas, mas encontrar princípios orientadores e de elegibilidade que vão nortear

a essa escolha. Salientou que os princípios propostos estão alinhados com os critérios

estabelecidos pela AG PO ISE e já aprovados em CA, nomeadamente.

O efeito do apoio tendo em conta o seu contributo para os objetivos em termos de impacto

social e promoção de inovação social; sustentabilidade económico-financeira do projetos

(porque são apoios reembolsáveis); orientação para resultados (porque não se trata de

financiar atividades mas os resultados que essas atividades podem ter); a componente de

inovação nas iniciativas apresentadas e finalmente um critério transversal, mas importante,

que é o contributo do projeto para a prossecução de políticas de igualdade de oportunidades e

de igualdade de género.

Fez uma nota final sobre a importância de uma articulação próxima entre a Portugal Inovação

Social / Fundo para a Inovação Social e os apoios que já existem ao nível regional dos outros

programas, onde é fundamental o trabalho próximo com os PO Regionais, em particular com

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os do Norte, Centro e Alentejo, regiões de foco do POISE onde a Portugal Inovação Social já

tem membros da equipa, mas também Lisboa e Algarve.

António Dieb (AD&C) agradece a intervenção. Agradece especialmente aos membros do

Comité de acompanhamento do POISE. Dando início de seguida ao período de debate.

Presidente da Câmara do Fundão levanta uma questão relativamente aos critérios, referindo a

ausência de relação entre o critério dos beneficiários finais com os planos de parcerias para o

impacto, perguntando se vai haver alguma conexão nos planos de ação.

Quanto à avaliação ex ante considerou que faltou alguma coisa no estudo do impacto,

ressalvando a importância de perceber a densificação do modelo de certificação, cujo impacto

a nível social e económico pode ser ao nível de redução de custo.

Lançou uma última questão sobre a flexibilidade, nomeadamente startups sociais, que sendo

empresas de capital que não visam o lucro e muito interessantes do ponto de vista

institucional, mas que é preciso considerar se já estão contempladas na legislação nacional.

Catarina Morais (representante da CGTP no Comité de Acompanhamento do PO POISE e com

representações delegadas nos Programas Operacionais do Norte, do Centro e de Lisboa e

Vale do Tejo) colocou apenas uma pergunta sobre o gap de financiamento do Portugal

Inovação Social, ou melhor do Fundo de Inovação Social.

À pergunta se a votação vai ser do comité de acompanhamento do POISE e dos três comités de

acompanhamento é imediatamente esclarecida que a votação será apenas do POISE.

Informou que a CGTP vai votar contra os critérios de elegibilidade e seleção, e que

posteriormente vai enviar uma declaração de voto para anexar à ata e uma declaração sobre o

estudo ex ante, considerando que não houve condições para discutir o mesmo.

António Dieb (AD&C) agradece o contributo, passando a palavra a Nicola.

Nicola (Fundo social Europeu) lamenta não haver tempo suficiente para um debate

aprofundado.

Refere a importância da iniciativa para a comissão, que tem encorajado a desenvolver,

enfatizando que se trata de grande passo para Portugal, pois é o primeiro grande instrumento

financeiro para promover inovação social, devido à dimensão e aos quatro tipos de ações a

implementar, com impacto significativo.

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Manifestou ainda agrado pois, após análise dos diversos documentos, avaliação ex ante e

estratégia de investimento, verificou que foram contempladas as sugestões do Fundo Social

Europeu.

Referiu que teria alguns comentários quanto aos critérios de seleção, mas que devido à falta

de tempo não os fará. Afirmou que Portugal é pioneiro na implementação destes

investimentos e gostaria que outros países seguissem o exemplo, frisando as dificuldades de

ser pioneiro nesta área. Terminou desejando boa sorte.

António Dieb (AD&C) agradece as intervenções e refere, a título de compromisso pessoal,

que na próxima reunião todos os temas do Fundo Social Europeu serão à abertura da sessão.

Comenta uma referência particular de Nicola que nada foi apresentado que não tivesse sido

devidamente abordado e articulado com a Comissão Europeia, o que é importante para

manter níveis de cooperação positivos para o futuro.

Filipe Santos em primeiro lugar agradece os comentários da Comissão Europeia, parceira na

preparação e lançamento deste trabalho.

Esclareceu a pergunta da representante da CGTP sobre o gap efetivo e diz que no documento

de estratégia de investimento foi considerada a opção mais conservadora possível em termos

da avaliação ex ante do gap de financiamento, considerando-se apenas as iniciativas de

elevado potencial de impacto. Assim considerou-se um gap de financiamento de 28.6 milhões

para o segmento das startups sociais, e 281 milhões para segmento de organizações da

economia social, apesar do gap potencial ser bastante superior ao indicado.

Frisou a relevância da questão do que é que são as startups sociais, referindo que é uma

discussão transversal na Europa e que nesta fase o foco se centra mas entidades no âmbito da

economia social – associações, cooperativas, mutualidades, misericórdias, fundações – com

projetos de inovação, que queiram desenvolver e fazer crescer esses projetos.

Referiu que tipicamente a economia social receberia dívida, mas a dívida é traiçoeira e pode

endividar ou afundar uma organização. Assim, a este nível de start-ups sociais, considera

importante não utilizar instrumentos de dívida, mas de quasi-capital ou capital, que

constituem acordos de financiamento onde o risco e o retorno é partilhado.

Referiu que apesar de atualmente se falar de empresa social, esse conceito depende do

contexto jurídico de cada país, exemplificando com as experiências ocorridas em França

partilhadas pela Secretaria de Estado Francesa de economia social e solidariedade. França

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criou um enquadramento para a empresa social, que em Portugal ainda não existe, mas

independentemente desse facto frisou que há uma apostar em projetos de inovação social

com modelos de financiamento ajustados às necessidades.

Em resposta à pergunta inicial, refere que a Portugal Inovação Social, enquanto estrutura de

missão, tem não só a seu cargo o desenho do fundo para a inovação social, mas de outras

tipologias de carácter não reembolsável alinhadas com o POISE, mas também com o PO Capital

Humano e eventualmente com os PO Regionais. A ideia é pensar de forma integrada este ciclo

de via do empreendedor social e do projeto inovação social, que numa fase inicial precisa de

fundos para experimentar e ajudar a consolidar, numa lógica não reembolsável, e só depois do

projeto atingir uma certa capacidade para gerar receitas e potenciar o crescimento é que entra

o fundo para a inovação social. Daí o alerta para a importância da articulação com os PO

regionais na identificação dos melhores projectos inicialmente apoiados, por incentivos não

reembolsáveis a nível local e regional, e a importância de ter ativadores regionais para

identificar bons projetos e para os preparar para se candidatarem ao FIS.

Referiu que se trata de uma área pioneira porque trabalha a procura e a oferta ao mesmo

tempo para criar um mercado de investimento social, sendo necessário reforçar a qualidade

dos projetos, enquadrar os investidores sobre como investir neste domínio da inovação social.

António Dieb (AD&C) passa à votação do Ponto 5.2, aprovação dos critérios de seleção da

implementação dos instrumentos financeiros para a inovação social, sendo que após votação

os critérios são aprovados, ficando o ponto encerrado com um voto contra da CGTP que

referiu que iria fazer chegar declaração de voto.

6. Diversos.

De seguida passa a palavra ao Dr. Duarte Rodrigues para apresentação do Ponto de situação

Portugal 2020 no âmbito do Ponto 6. - Diversos.

Duarte Rodrigues (AD&C) faz a apresentação sintética, referindo que é disponibilizada

informação trimestralmente sobre aplicação dos fundos, QREN e Portugal 2020, no mesmo

boletim, acessível a todos.

Faz o ponto de situação mais atualizado, a Outubro. Sendo que os grandes números são

arrumados pelas quatro agendas temáticas, competitividade, capital humano, inclusão social e

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emprego, sustentabilidade e eficiência nos recursos, e desenvolvimento rural e estratégia de

desenvolvimento territorial prévias à aprovação das operações.

Disse que em Outubro havia mais de 500 concursos abertas, tinham sido colocados a concurso

incluindo a dimensão de estratégia, desenvolvimento, territorial integrado que são prévias à

aprovação de operações e os pactos para o desenvolvimento territorial das CIM’s, foram a

informação colocada a concurso para aprovação da estratégia e numa segunda fase as

respetivas operações serão aprovadas. Quantificando em 8.000 milhões de euros os fundos

estruturais colocados a concurso nos vários domínios, sublinhar a componente estratégias

normalmente aprovada no início dos ciclos mas um grande enfoque no domínio

competitividade internacionalização, PO Temático e PO Regionais. Identificando por cada

domínio o investimento proposto, o investimento já aprovado e o fundo já aprovado.

Referiu que na área das empresas o investimento é muito significativo, estando aprovados

neste momento 3,6 mil milhões de euros de fundos estruturais no Portugal 2020. Quantificou

a execução em 800 milhões de euros, com uma despesa validada pelas autoridades de gestão

na ordem dos 878 milhões de euros, dos quais 480 milhões de euros são Fundo Social

Europeu, 20 milhões de euros são FEDER e 380 milhões de euros são Fundo Europeu Agrícola

de Desenvolvimento Rural. Indicando que em termos de pagamento aos beneficiários o valor

já atinge 800 milhões de euros.

Disse que após um ano, o volume de concursos e de aprovações é significativo, sendo que já

há execução e pagamentos, situando a taxa de execução para os 5 fundos que integram o

Portugal 2020 em 3% (exclusive Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas).

António Dieb (AD&C) agradece a apresentação e passa a palavra ao representante da CE.

Gerorgios Yannoussis (CE) questiona o significado do comprimento da primeira linha e o

significado das cores utilizadas no gráfico.

Duarte Rodrigues (AD&C) refere-se, a título de exemplo, à primeira barra, ao programa da

competitividade no âmbito do qual foram propostos 4.000 milhões de euros de investimento,

do qual algum está em análise, e que o comprimento da barra azul significa o investimento

total aprovado. Esclareceu que a diferença entre o limite da barra azul e da barra cinzenta

significa investimento proposto não aprovado e investimento proposto em análise; já a barra

amarela significa a dimensão do fundo aprovado para aquela totalidade de investimento.

Sobre a questão da relação de 50/50 entre fundo aprovado e investimento, responde que a

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taxa de cofinanciamento na área das empresas ronda os 50%, por efeito de ajudas de Estado,

relação que muda consoante os PO’s.

António Dieb (AD&C) Agradece o esclarecimento e face à ausência de questões agradece aos

tradutores e assistentes, e a colaboração da Direção Geral de Emprego da Comissão Europeia,

e da Direção Geral de Desenvolvimento Regional e Urbano da Comissão Europeia.

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