cáritas · 2018-12-15 · cáritas de coimbra 1 a igreja de coimbra ama e liberta julho 2010...

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A Igreja de Coimbra ama e liberta Movimento Movimento Movimento Movimento Movimento JULHO 2010 Cáritas COIMBRA No final de mais um ano pastoral, não deixa de ser importante fazer uma avaliação do mesmo, da nossa parte naturalmente em termos da acção sociocaritativa. A pastoral social tem várias ver- tentes. Destas sobressaem duas: a que é expressão imediata da solicitude da comunidade paroquial para com todas as situações de pobreza e exclusão social, e a que é solicitude dessa expressão em equipamentos, normalmente com acordos de coope- ração com a Segurança Social, e que responde a situações sociais muito específicas: idosos, tempos livres, jardim... Esta última expressão, institu- cional, decorre com relativa agilidade. Há casos em que os Centros Paro- quiais apresentam dificuldades, casos mais ou menos conhecidos e mais ou menos graves, dificuldades que podem ser financeiras ou doutros tipos, mas sempre casos. Não há nada, à partida, que possa pôr em causa a boa qualidade da resposta e a saúde interna destas instituições da Igreja diocesana no seu todo. Quanto à expressão da solicitude para com as diversas formas de pobreza e exclusão social na comu- nidade, as paróquias, na sua maioria, viveram nos últimos anos uma certa pressão da Cáritas diocesana em termos de sensibilização para a orga- nização deste sector da pastoral paroquial. Por motivos vários, essa pressão decresceu fortemente nos últimos anos, a ponto de serem muitas as paróquias (párocos) que vêm pedindo um reforço desta proximidade da Cáritas junto dos grupos paro- quiais, e que continuará certamente a ser tão próxima quanto nós o consi- gamos. De qualquer modo, das reuniões que fizemos este ano, nas comu- nidades, de sensibilização para a pastoral social, e que atingiram algumas dezenas de paróquias, ressalta que a grande maioria das mesmas tem uma clara consciência do lugar da acção sociocaritiva na vida pastoral local e os Grupos Sociocaritativos mantém-se activos, normalmente com grande acompa- nhamento dos párocos. Há mesmo belíssimos testemunhos de activi- dades inovadoras, como a promoção localmente de iniciativas muito publicitadas a nível do país para outras instituições: caminhadas por solidariedade, feiras sociais, activi- dades envolvendo activamente outros parceiros eclesiais e não eclesiais... No conjunto desta avaliação, deve ressaltar-se a resposta generosa da diocese à partilha para com as vítimas do terramoto no Haiti. E alguns grupos têm já programadas activi- dades com esta finalidade para os próximos dois anos, em resposta ao calendário de 3 anos proposto pela Cáritas de Coimbra para o projecto de construção de uma unidade de saúde materno-infantil naquele país. A nível diocesano, um conjunto de respostas sociais da Cáritas (toxicodependência, sida, violência, bairros, sem-abrigo, rendimento social de inserção, etc), devem também integrar a avaliação deste ano pastoral. É trabalho da Igreja diocesana através do serviço que criou para esse fim a sua Cáritas. A especificidade e tecnicidade desta acção nem sempre permitem um acesso ou uma comunicação fácil com o todo diocesano. Por isso, impõe-se um querer operativo de levar a Cáritas à Diocese e trazer a Diocese à Cáritas, como é directriz explícita da actual Direcção da Cáritas de Coimbra. Também aqui foram dados passos muito concretos, relevando o convite aos párocos e diáconos para uma visita à Comunidade Terapêutica, e outras iniciativas de conjunto, como o Encontro da "família" Cáritas no passado dia 19 de Junho, em Cernache. Avaliando o ano pastoral que agora termina Avaliando o ano pastoral que agora termina Avaliando o ano pastoral que agora termina Avaliando o ano pastoral que agora termina Avaliando o ano pastoral que agora termina Memória de um Encontro memorável Memória de um Encontro memorável Memória de um Encontro memorável Memória de um Encontro memorável Memória de um Encontro memorável a de um a de um Proposto para a Família Cáritas, que é rigorosamente toda a diocese!, e sob o tema "Pobreza e desempobreci- mento", o Encontro do dia 19 de Junho, em Cernache, deve ser testemunhado como um momento de excelência na variedade e qualidade das propostas que estiveram disponíveis nesse dia. Foi um Encontro de sinalização de 2010, Ano Europeu de com- bate à pobreza e à exclusão social. As 400 pessoas que ali se juntaram puderam rezar com o seu Bispo, reflectir sobre a pobreza a partir de diferentes perspectivas, e puderam brincar, dançar, participar numa feira social para o Haiti, montada por alguns equipamentos da Cáritas. As crianças tiveram insufláveis, jogos, saúde oral, pinturas faciais...; os idosos tiveram espaço saúde, fol- clore...; os adolescentes tiveram jogos de aventura; e houve música, ioga, espaços sensoriais, e um montão de outros espaços criativos, com palhaços, contadores de histórias, brincadeiras com cordas e bolas ou com o computador. Ainda um grande entusiasmo com as demons- trações do Destacamento Territorial de Coimbra da Guarda Nacional Republi- cana... No palco, para além das actuações amigas do Grupo de Danças e Cantares dos CTT, de Coimbra, e do Grupo Folclórico Camponeses de Vila Nova, deve fazer-se jus às actuações dos utentes de diversos equipamentos da Cáritas. Dezenas de pessoas e ins- tituições deram o seu con- tributo, com toda a amizade, pessoas e instituições da "so- ciedade civil", como a autar- quia de Coimbra, mas também outros organismos e serviços da Igreja diocesana. Fez-se festa, com o agrado de todos. Do estudo nos workshops (foto acima) aos jogos tradicionais (foto abaixo), foram muitas as actividades com que a Cáritas de Coimbra sinalizou para toda a Diocese o Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social. Reportagem foto- gráfica na página 2.

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Page 1: Cáritas · 2018-12-15 · Cáritas de Coimbra 1 A Igreja de Coimbra ama e liberta JULHO 2010 Movimento Cáritas COIMBRA No final de mais um ano pastoral, não deixa de ser importante

1Cáritas de Coimbra

A Igreja de Coimbra ama e liberta

MovimentoMovimentoMovimentoMovimentoMovimentoMovimentoMovimentoMovimentoJULHO

2010

Cáritas

COIMBRACOIMBRA

No final de mais um ano pastoral,não deixa de ser importante fazer umaavaliação do mesmo, da nossa partenaturalmente em termos da acçãosociocaritativa.

A pastoral social tem várias ver-tentes. Destas sobressaem duas: aque é expressão imediata da solicitudeda comunidade paroquial para comtodas as situações de pobreza eexclusão social, e a que é solicitudedessa expressão em equipamentos,normalmente com acordos de coope-ração com a Segurança Social, e queresponde a situações sociais muitoespecíficas: idosos, tempos livres,jardim...

Esta última expressão, institu-cional, decorre com relativa agilidade.Há casos em que os Centros Paro-quiais apresentam dificuldades, casosmais ou menos conhecidos e mais oumenos graves, dificuldades quepodem ser financeiras ou doutrostipos, mas sempre casos. Não há nada,à partida, que possa pôr em causa aboa qualidade da resposta e a saúdeinterna destas instituições da Igrejadiocesana no seu todo.

Quanto à expressão da solicitudepara com as diversas formas depobreza e exclusão social na comu-nidade, as paróquias, na sua maioria,viveram nos últimos anos uma certa

pressão da Cáritas diocesana emtermos de sensibilização para a orga-nização deste sector da pastoralparoquial. Por motivos vários, essapressão decresceu fortemente nosúltimos anos, a ponto de serem muitasas paróquias (párocos) que vêmpedindo um reforço desta proximidadeda Cáritas junto dos grupos paro-quiais, e que continuará certamente aser tão próxima quanto nós o consi-gamos.

De qualquer modo, das reuniõesque fizemos este ano, nas comu-nidades, de sensibilização para apastoral social, e que atingiramalgumas dezenas de paróquias,ressalta que a grande maioria dasmesmas tem uma clara consciênciado lugar da acção sociocaritiva navida pastoral local e os GruposSociocaritativos mantém-se activos,normalmente com grande acompa-nhamento dos párocos. Há mesmobelíssimos testemunhos de activi-dades inovadoras, como a promoçãolocalmente de iniciativas muitopublicitadas a nível do país paraoutras instituições: caminhadas porsolidariedade, feiras sociais, activi-dades envolvendo activamenteoutros parceiros eclesiais e nãoeclesiais...

No conjunto desta avaliação,

deve ressaltar-se a resposta generosada diocese à partilha para com asvítimas do terramoto no Haiti. E algunsgrupos têm já programadas activi-dades com esta finalidade para ospróximos dois anos, em resposta aocalendário de 3 anos proposto pelaCáritas de Coimbra para o projecto deconstrução de uma unidade de saúdematerno-infantil naquele país.

A nível diocesano, um conjuntode respostas sociais da Cáritas(toxicodependência, sida, violência,bairros, sem-abrigo, rendimentosocial de inserção, etc), devemtambém integrar a avaliação desteano pastoral. É trabalho da Igrejadiocesana através do serviço quecriou para esse fim – a sua Cáritas. Aespecificidade e tecnicidade destaacção nem sempre permitem umacesso ou uma comunicação fácil como todo diocesano. Por isso, impõe-seum querer operativo de levar a Cáritasà Diocese e trazer a Diocese à Cáritas,como é directriz explícita da actualDirecção da Cáritas de Coimbra.Também aqui foram dados passosmuito concretos, relevando o conviteaos párocos e diáconos para umavisita à Comunidade Terapêutica, eoutras iniciativas de conjunto, comoo Encontro da "família" Cáritas nopassado dia 19 de Junho, em Cernache.

Avaliando o ano pastoral que agora terminaAvaliando o ano pastoral que agora terminaAvaliando o ano pastoral que agora terminaAvaliando o ano pastoral que agora terminaAvaliando o ano pastoral que agora termina

Memória de um Encontro memorávelMemória de um Encontro memorávelMemória de um Encontro memorávelMemória de um Encontro memorávelMemória de um Encontro memorávelMemória de um Encontro memorávelMemória de um Encontro memorávelProposto para a Família

Cáritas, que é rigorosamentetoda a diocese!, e sob o tema"Pobreza e desempobreci-mento", o Encontro do dia 19de Junho, em Cernache, deveser testemunhado como ummomento de excelência navariedade e qualidade daspropostas que estiveramdisponíveis nesse dia. Foi umEncontro de sinalização de2010, Ano Europeu de com-bate à pobreza e à exclusãosocial. As 400 pessoas que alise juntaram puderam rezarcom o seu Bispo, reflectirsobre a pobreza a partir dediferentes perspectivas, epuderam brincar, dançar,participar numa feira socialpara o Haiti, montada poralguns equipamentos daCáritas. As crianças tiveraminsufláveis, jogos, saúde oral,pinturas faciais...; os idosostiveram espaço saúde, fol-clore...; os adolescentestiveram jogos de aventura; ehouve música, ioga, espaçossensoriais, e um montão deoutros espaços criativos, compalhaços, contadores dehistórias, brincadeiras comcordas e bolas ou com ocomputador. Ainda um grandeentusiasmo com as demons-trações do DestacamentoTerritorial de Coimbra daGuarda Nacional Republi-cana...

No palco, para além dasactuações amigas do Grupode Danças e Cantares dosCTT, de Coimbra, e do GrupoFolclórico Camponeses deVila Nova, deve fazer-se jusàs actuações dos utentes dediversos equipamentos daCáritas.

Dezenas de pessoas e ins-tituições deram o seu con-tributo, com toda a amizade,pessoas e instituições da "so-ciedade civil", como a autar-quia de Coimbra, mas tambémoutros organismos e serviçosda Igreja diocesana. Fez-sefesta, com o agrado de todos.

Do estudo nosworkshops (fotoacima) aos jogostradicionais (fotoabaixo), foram muitasas actividades comque a Cáritas deCoimbra sinalizoupara toda a Diocese oAno Europeu deCombate à Pobreza eà Exclusão Social.Reportagem foto-gráfica na página 2.

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Cáritas de Coimbra2

EncontroEncontroEncontroEncontroEncontro

FamíliaFamíliaFamíliaFamíliaFamília

Cáritas:Cáritas:Cáritas:Cáritas:Cáritas:

momentos diversosmomentos diversosmomentos diversosmomentos diversosmomentos diversos

de uma grande festa!de uma grande festa!de uma grande festa!de uma grande festa!de uma grande festa!

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3Cáritas de Coimbra

ATL: ateliers de verãoATL: ateliers de verãoATL: ateliers de verãoATL: ateliers de verãoATL: ateliers de verãoATL: ateliers de verãocontra a Pobrezacontra a Pobrezacontra a Pobrezacontra a Pobrezacontra a Pobrezacontra a Pobreza

Os Centros de ATL de Pombal e de Ansião, emateliers de Verão, reuniram-se em Ansião, no dia 8 deJulho, para uma prova de BTT, enquadrada no âmbitodo Ano Europeu de Combate à Pobreza e à ExclusãoSocial, e dos Projectos Verde Pino e Cidadania Inclusivapromovidos pela Cáritas. A prova, que reuniu mais de50 participantes, teve ainda o encanto de ser aoanoitecer... Apelativo!

Também no mesmo sentido, os Centros de ATL dePenela, Soure e S. Silvestre (foto em baixo) promoveramuma caminhada contra a pobreza, no dia 9 de Julho,na Praia de Mira, implicando barrinha, praia e floresta.

No mesmo dia, estes Centros levaram ainda a cabouma a acção de limpeza no parque de merendas dabarrinha. Os nossos parabéns!

Dar-se de Verdade:Dar-se de Verdade:Dar-se de Verdade:Dar-se de Verdade:Dar-se de Verdade:para um desenvolvimentopara um desenvolvimentopara um desenvolvimentopara um desenvolvimentopara um desenvolvimentosolidáriosolidáriosolidáriosolidáriosolidário

Sob o tema "dar-se de verdade: para umdesenvolvimento solidário", vai decorrer em Fátima, de14 a 16 de Setembro, a XXVI Semana da Pastoral Social.

Do programa destacam-se as seguintes conferências:A minha leitura pessoal da Caritas in veritate (CardealPeter Tukson); Antropologia cristã e consequências deética social (Cón. Jorge Cunha); Questões do debatesocial contemporâneo (Joana Rigato); Conceito(s) dedesenvolvimento e Doutrina Social da Igreja ( RogérioRoque Amaro); A caridade como princípio estruturanteda ordem social (P. João Vila-Chã); A luta contra apobreza, a família e as empresas: perspectiva ética (Brutoda Costa); Dar-se de verdade. Entre a gratuidade eeficácia (D. António Couto).

Para além destas conferências, decorrem aindapainéis sobre "a força da verdade na actuação da caridade","a justiça como virtude das instituições sociais", "dasafiosda Caritas in veritate aos centros sociais paroquiais" e "alógica da dádiva e da gratuidade na vida cristã".

Os interessados devem enviar a sua inscrição até 15de Agosto para o Secretariado Nacional da Pastoral Social,Quinta do Cabeço, Porta D, 1885-076 Moscavide.

"Todos de Parabéns"Foi um excelente campo de

férias e estamos todos de parabénspelo sucesso que ele teve.

A semana (de 5 a 11 de Julho)passou a correr, pois todos estiverambastante empenhados nas tarefasque nos eram propostas.

Desde o primeiro dia se desen-volveu um espírito de grupo fan-tástico, e éramos encontrados fre-quentemente a cantar e a fazer outrasactividades em grupo.

Neste campo todos cresceramum pouco e aprendemos muitascoisas uns com os outros, pois "nin-guém é tão grande que não possaaprender, nem tão pequeno que nãopossa ensinar".

Acho que este campo de fériasdeveria ser repetido, pois no finalhouve pessoas que prometeramvoltar.

Cátia Costa

"Partilha constante""Partilha constante""Partilha constante""Partilha constante""Partilha constante"No dia 5 de Julho cheguei à

praia da Leirosa. No edifício já

estavam caras novas que aos poucosfui conhecendo.

As expectativas em relação aotrabalho que ia ser desenvolvidonão eram as mais elevadas, confesso,mas quanto mais tempo passava, maisme apetecia ficar. No campo aprendimuito, aprendi desde novos cânticosa definir melhor a minha forma deestar e de encarar as mais diversassituações. Tenho a destacar e a lou-var todo o trabalho feito enquantopessoa e nas relações interpessoais.

Actividades como vigílias, mo-mentos de oração, reflexão pessoalexistiram em concorrência comjogos, brincadeiras, cânticos emuita, muita, amizade e compa-nheirismo. Tudo isto foi o nossocampo, uma partilha de sentimentos,

Com a presença de 23 jovensprovenientes de diversos lugares dadiocese, a Cáritas realizou um Campode Férias, na Praia da Leirosa, de 5 a11 de Julho.Testemunham estaexperiência de vida em grupo, co-laboração responsável e alegriajuvenil, dois jovens participantes.

Empenho e companheirismoEmpenho e companheirismoEmpenho e companheirismoEmpenho e companheirismoEmpenho e companheirismoEmpenho e companheirismoCampos de Trabalho 2010Campos de Trabalho 2010Campos de Trabalho 2010Campos de Trabalho 2010Campos de Trabalho 2010

uma constante evolução na maneirade estar. Hoje, que o acampamentoacabou, sinto vontade de ficar enunca, mesmo nunca, imaginaria queno dia 5 de Julho estava a começara semana mais importante da minhavida. Tenho a agradecer ao Sr.Fernando e ao Padre Luís prin-cipalmente, assim como aos outroscolaboradores, pela pessoa quefizeram de mim e pelo quemelhoraram em mim, esperandoassim continuar nas próximas vezese quem sabe um dia ser eu a ajudarjovens como era eu no dia 5 atransformarem-se em jovens como oque sou no dia 11. A todos, muitoobrigado pela experiência.

João Pedro S. Ferreira

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Cáritas de Coimbra4 Cáritas de Coimbra

Cáritas de CoimbraCáritas de CoimbraCáritas de CoimbraCáritas de CoimbraCáritas de CoimbraSuplemento Movimento - nº 372

Suplemento do Correio de Coimbra, com a colaboração da CáritasDiocesana, de informação, formação, estudo da caridade, denúncia

profética, iniciativa e diálogo.

Cáritas 2010Erradicar a pobreza, radicar a justiça

Reunidos em Ferragudo, de5 a 8 de Julho de 2010, no CentroPastoral da Diocese do Algarve, aComissão Episcopal da MobilidadeHumana (CEMH) e os secretariadosdiocesanos da pastoral da mobi-lidade humana, abordando o tema:Turismo: oportunidades de evan-gelização, considerado sob as suasvárias dimensões, achamos por bemapresentar à Igreja em Portugal asseguintes sugestões de ordempastoral:

1. Tendo em conta asorientações da Santa Sé para apastoral do turismo, que foram apre-sentadas e comentadas por D.Manuel Quintas, vogal da CEMH,assumimos o turismo como umarealidade incontornável do mundoactual e que já ultrapassa, anual-mente, um bilião de pessoas, que aIgreja não ignorou nem pode ignorarna sua acção evangelizadora. Porisso, tendo também em conta a reali-dade do turismo no nosso país, fa-zemos as recomendações seguintes:

- Criar, nas dioceses com maiormovimento do turismo de lazer ecultural, um grupo dinamizadorpara a sensibilização e formaçãodas pessoas e instituições daIgreja, em colaboração com asociedade civil, envolvidas noacolhimento aos turistas;

- Fomentar a informação, usandotambém as novas tecnologias,das estruturas de acolhimento eseus horários de funcionamento;

- Facilitar a celebração da fé,recorrendo às línguas maisconhecidas dos turistas;

- Manter as igrejas e serviços deacolhimento abertos por maistempo e em horários conveni-entes para os visitantes, recor-rendo ao voluntariado dascomunidades locais, sobretudodas pessoas com conhecimentode outras línguas, preparando-aspara esta função;

- Elaborar, em colaboração com asregiões de turismo, roteiros deturismo religioso e cultural na áreadas dioceses, com inclusão depropostas evangelizadoras.

2. Quanto às peregrinaçõese santuários, temas apresentados,respectivamente, pelo Mons. Có-

nego Luciano Gomes Paulo Guerra,Reitor emérito do Santuário de Fátimae pelo Pe. Sezinando Alberto, Reitordo Santuário de Cristo Rei, subli-nhamos a importância da peregri-nação como expressão de fé na vidado peregrino, tendo um santuáriocomo destino e lugar do encontrocom o sagrado. Neste sentido fa-zemos as recomendações seguintes:

- Acolher e respeitar a pessoa doperegrino na sua forma de expres-sar a sua procura de Deus;

- Preparar as estruturas de acolhi-mento no caminho a percorrerpelos peregrinos e no santuáriode destino;

- Preparar as celebrações dossantuários de acordo com asorientações litúrgicas da Igreja,tendo em conta a mensagem dorespectivo santuário e a piedadepopular;

- Formar os agentes do acolhi-mento e da organização das pere-grinações;

- Fornecer informação adequadasobre a mensagem e as ofertaspastorais dos santuários.

3. Constatando que, actual-mente, há uma procura crescente dastermas como locais de férias e derecuperação da saúde, o PadreCarlos Alberto Godinho, pároco doLuso, apresentou algumas pers-pectivas de pastoral das termas. Dassuas reflexões destacamos as reco-mendações seguintes:

- As paróquias onde se localizamas termas, em rede e colaboraçãomútua, devem elaborar o seu

projecto pastoral tendo em contaos termalistas, na sua situação desaúde e necessidades espirituais;

- Criar estruturas de acolhimento eacompanhamento em locais aces-síveis aos termalistas, em colabo-ração com os responsáveis dasestâncias termais, e prepararvoluntários da comunidade paro-quial para isso;

- Aproveitar a beleza natural doslocais das termas, que atrai muitosvisitantes, como oportunidadede evangelização;

- Promover informação adequadados serviços ordinários das paró-quias, incluindo propostas deiniciativas pastorais para ostermalistas.

4. Tendo em conta a rees-truturação das comissões da Confe-rência Episcopal Portuguesa, e dadoque estamos a repensar a pastoralem Portugal, sugerimos que, no

âmbito da mobilidade humana,também se adequem os secreta-riados diocesanos respectivos deacordo com as realidades e neces-sidades pastorais.

5. Propomos que o próximoencontro nacional dos Secretariadosdiocesanos da mobilidade humanase realize na diocese de Aveiro, de 4a 7 de Julho de 2011.

Agradecemos à diocese doAlgarve com o seu bispo e secre-tariado diocesano pelo acolhimentoe empenho na organização doencontro deste ano, o contributodos vários oradores e o apoio dosmunicípios algarvios.

Ferragudo, 8 de Julho de 2010

Para uma Pastoral do Turismo:Para uma Pastoral do Turismo:Para uma Pastoral do Turismo:Para uma Pastoral do Turismo:Para uma Pastoral do Turismo:Para uma Pastoral do Turismo:acolher quem vem, formar quem acolheacolher quem vem, formar quem acolheacolher quem vem, formar quem acolheacolher quem vem, formar quem acolheacolher quem vem, formar quem acolhe

CONCLUSÕES DO ENCONTRO NACIONALDOS SECRETARIADOS DA MOBILIDADE HUMANA

O tema da Mensagem do Santo Padre para o 96° Dia Mundial doMigrante e do Refugiado deste ano de 2010: “Os Migrantes e RefugiadosMenores”, unido à celebração do centenário de nascimento da BeataJacinta Marto, inspirou o tema da 38a Semana Nacional dás Migrações,a celebrar na Igreja portuguesa de 8 a 15 de Agosto: “Com Franciscoe Jacinta acolher Cristo nos Migrantes e Refugiados Menores”.

Os menores, particularmente as crianças, são os seres humanosmais vulneráveis, por não terem a capacidade de fazer ouvir a sua voz.São milhões as vítimas desta vulnerabilidade que, nos cinco continentes,vivem em condições desumanas, entregues à sua sorte, vítimas daguerra, do ódio racial, da violência e, até mesmo, da exploração sexuale de trabalho escravo.

Prestar uma especial atenção aos mais pequenos e frágeis é umadas principais obrigações do cristão, pois estes foram e serão sempreos preferidos de Cristo. Esta atenção passa pela promoção dumacultura de acolhimento que favoreça um ambiente propicio aodesenvolvimento físico, cultural, espiritual e moral de todas as criançase adolescentes, independentemente da sua origem, condição social,etnia ou religião. Este ano queremos ter no coração da SemanaNacional das Migrações os migrantes e refugiados menores do mundointeiro mas, duma forma particular aqueles que vivem em Portugal eaqueles que, com as suas famílias ou sozinhos se viram obrigados adeixar o país, partindo para outras paragens em busca da realizaçãodos sonhos, próprios da idade juvenil, e da realização de um futurorisonho. Para além da realidade dos que chegam e partem acompanhadospela família, dos que, sozinhos, vêm para estudar, ou dos que se viramenvolvidos em esquemas de redes de tráfico humano para a prostituição,mendicidade ou exploração da mão de obra infantil, não podemosesquecer os filhos dos imigrantes nascidos em Portugal, muitos delesvotados à marginalidade, sem documentos nem registo de existência,excluídos pelo país onde nasceram e não aceites pelo pais de origem dospais por não os considerar seus. A estes é preciso fazer justiça dando-lhes uma identidade e nacionalidade, pois não conhecem outro paíssenão aquele que os viu nascer e que, ao excluí-los está a contribuirpara que surjam organizações juvenis marginais, muitas vezes criminosase identificadas com determinada origem étnica, que são, na verdade,uma forma de defesa contra um meio social que lhes é hostil.

A Semana Nacional das Migrações procura ser uma chamada deatenção à consciência dos cristãos e da própria Igreja para os problemasinerentes à realidade migratória do nosso tempo. Este ano ao centrar-se nos “Migrantes e Refugiados Menores”, uma das preocupações daIgreja universal e, particularmente, do Santo Padre, convida cadacristão a recordar a Palavra de Jesus: “Sempre que fizestes isto a umdestes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes” (Mt25,40)

Obra Católica Portuguesa das Migrações

Migrantes e RefugiadosMigrantes e RefugiadosMigrantes e RefugiadosMigrantes e RefugiadosMigrantes e RefugiadosMenoresMenoresMenoresMenoresMenores

ATL 2/3 MartimATL 2/3 MartimATL 2/3 MartimATL 2/3 MartimATL 2/3 Martimde Freitas ajuda Guinéde Freitas ajuda Guinéde Freitas ajuda Guinéde Freitas ajuda Guinéde Freitas ajuda Guiné

O Centro de ATL 2/3 da EscolaMartim de Freitas, em Coimbra,angariou 160,24€ para a campanha devacinação na Guiné-Bissau promo-vida pela Saúde em Português.Segundo esta Instituição, esse valorvai permitir vacinar 320 crianças.

Louvamos o gesto de solidarie-dade dos 80 utentes (alunos dos 2º e3º ciclos) da Escola Martim de Freitas,que também se repete em diferentesiniciativas noutros Centros.