cristãos leigos e leigas na igreja e na...

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Acolhida e apresentação - Criar um ambiente acolhedor e silencioso desde a apresentação. Canto - Bem vindo irmão, você completa nos- sa alegria. Sinta-se bem, seja feliz em nossa companhia. Saudação - Em nome do Pai... Canto - O luz do Senhor, que vem sobre a ter- ra, inunda meu ser, permanece em nós (4x) Dirigente – Os primeiros cristãos eram um só coração e uma só alma, e juntos viviam e tes- temunhavam a novidade do Evangelho. A partir de Jesus Cristo, os cristãos leigos e leigas expe- rimentam a importância de caminhar com Ele, e estão convencidos de que o mundo novo só se constrói à luz do Evangelho. Canto – Vem que a terra espera quem posa e queira realizar com amor, a construção de um mundo novo muito melhor. Sim eu irei, e levarei no nome aos meus irmãos, iremos nós e o teu amor vai construir enfim a Paz. Dirigente - É sempre tempo de subir à monta- nha, ouvir o que nos diz o Senhor; depois des- cer e, nutridos pelo Pão de cada dia, a fé, a es- perança e o amor viver. Não tenhamos medo, firmemos nossos passos, solidifiquemos nossa fé, esperança e caridade, num vínculo a ser vivi- do até a glória eterna, unindo-nos aos que nos precederam. Todos - Respirar o ar de Deus nos refaz de nossos cansaços, fortalece-nos para suportar sofrimentos, superar marginalizações... RECORDAÇÃO DA VIDA! Quais fatos desta semana nos chamaram aten- ção, seja em nossa família? No bairro? Na cidade? No país? Incentivar a partilha. Dirigente – A experiência do encontro pessoal com Jesus, sempre renovada, é a única capaz de sustentar a missão. Conduzidos pelo Espirito San- to, os cristãos se colocam diante da presença do Senhor, contemplando Sua Glória, ouvindo, aco- lhendo e vivendo a Sua Palavra e se tornam ale- gres discípulos missionários Seus. Sim corramos, sem demora. Mas da mesma forma não podemos perder nenhum tempo para anunciar e testemu- nhar a Palavra do Divino Mestre. Canto – Sim eu quero que a luz de Deus quem um dia em mim brilhou... A PALAVRA DE DEUS NOS ILUMINA Dirigente – No primeiro discurso, no Sermão da Montanha, o mestre da justiça ensina um conjunto de orientações para a boa convivência na comunidade, chamada a viver as relações do Reino. A justiça do Reino dos Céus, isto é, a vontade de Deus, é o carro-chefe das bem- -aventuranças. O Reino é o projeto na primeira e na oitava bem-aventurança. E, no centro, es- tão a busca da justiça (do projeto do Reino) e a busca da misericórdia (ter o coração voltado para quem está na miséria). Uma vez realizada a justiça de Deus, os empobrecidos deixarão de ser oprimidos, pois haverá partilha e solida- riedade. Por isso, Jesus os declara felizes. Canto - Vejam: Eu andei pelas vilas, apontei as saídas como o Pai me pediu Portas eu cheguei para abri-las, eu curei as feridas como nunca se viu. Por onde formos também nós que brilhe a tua luz Fala, Senhor, na nossa voz, em nossa vida Nosso caminho então conduz, queremos ser assim Que o pão da vida nos revigore em nosso “sim” Canto - Aleluia (bis) Como o Pai me amou as- sim também eu vos amei. Aleluia (bis). Como estou no Pai permanecei em mim. 1. Vós todos que sofreis aflitos vinde a mim, repouso encontrarão os vossos corações. Dou graças a meu Pai que revelou ao pobre, ao pequenino seu grande amor. Evangelho segundo Mateus 5, 1-12 O que diz a Palavra? Procurar conhecer os elementos fundamentais do texto.Trocar impressões e dúvidas sobre o teor do texto: contexto, lugares, pessoas. (Não é momento de interpretação do texto) Incentivar a partilha. Canto – Bem-aventurados aqueles que ou- vem a Palavra de Deus, bem-aventurados aqueles que praticam a Deus. Dirigente – As bem-aventuranças são anúncios de felicidade, mas principalmente convocam para o não conformismo e para a ação segundo os valores do Reino. Um desafio para os cristãos leigos e leigas é superar as divisões e avançar no seguimento de Cris- to, aprendendo e praticando as bem-aventuranças do Reino, o estilo de vida do Mestre Jesus: seu amor e obediência filial ao Pai, sua compaixão diante da dor humana, se amor serviçal até o dom de sua vida na cruz: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.(Mc 8,34) 1º MOMENTO: LEITURA 38º ENCONTRO Alimento para Discípulos Missionários Cristã Leig e Leigas na Igreja e na Sociedade Folha Diocesana de Guarulhos | ENCARTE ESPECIAL - Novembro de 2016 1

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Acolhida e apresentação - Criar um ambiente acolhedor e silencioso desde a apresentação.

Canto - Bem vindo irmão, você completa nos-sa alegria. Sinta-se bem, seja feliz em nossa companhia.

Saudação - Em nome do Pai...

Canto - O luz do Senhor, que vem sobre a ter-ra, inunda meu ser, permanece em nós (4x)

Dirigente – Os primeiros cristãos eram um só coração e uma só alma, e juntos viviam e tes-temunhavam a novidade do Evangelho. A partir de Jesus Cristo, os cristãos leigos e leigas expe-rimentam a importância de caminhar com Ele, e estão convencidos de que o mundo novo só se constrói à luz do Evangelho.

Canto – Vem que a terra espera quem posa e queira realizar com amor, a construção de um mundo novo muito melhor. Sim eu irei, e levarei no nome aos meus irmãos, iremos nós e o teu amor vai construir enfim a Paz.

Dirigente - É sempre tempo de subir à monta-nha, ouvir o que nos diz o Senhor; depois des-cer e, nutridos pelo Pão de cada dia, a fé, a es-perança e o amor viver. Não tenhamos medo, firmemos nossos passos, solidifiquemos nossa fé, esperança e caridade, num vínculo a ser vivi-do até a glória eterna, unindo-nos aos que nos precederam.

Todos - Respirar o ar de Deus nos refaz de nossos cansaços, fortalece-nos para suportar sofrimentos, superar marginalizações...

RECORDAÇÃO DA VIDA!

Quais fatos desta semana nos chamaram aten-ção, seja em nossa família? No bairro? Na cidade? No país?

Incentivar a partilha.

Dirigente – A experiência do encontro pessoal com Jesus, sempre renovada, é a única capaz de sustentar a missão. Conduzidos pelo Espirito San-to, os cristãos se colocam diante da presença do Senhor, contemplando Sua Glória, ouvindo, aco-lhendo e vivendo a Sua Palavra e se tornam ale-gres discípulos missionários Seus. Sim corramos, sem demora. Mas da mesma forma não podemos perder nenhum tempo para anunciar e testemu-nhar a Palavra do Divino Mestre.

Canto – Sim eu quero que a luz de Deus quem um dia em mim brilhou...

A PALAVRA DE DEUS NOS ILUMINA

Dirigente – No primeiro discurso, no Sermão da Montanha, o mestre da justiça ensina um conjunto de orientações para a boa convivência na comunidade, chamada a viver as relações do Reino. A justiça do Reino dos Céus, isto é, a vontade de Deus, é o carro-chefe das bem--aventuranças. O Reino é o projeto na primeira e na oitava bem-aventurança. E, no centro, es-tão a busca da justiça (do projeto do Reino) e a busca da misericórdia (ter o coração voltado para quem está na miséria). Uma vez realizada a justiça de Deus, os empobrecidos deixarão de ser oprimidos, pois haverá partilha e solida-riedade. Por isso, Jesus os declara felizes.

Canto - Vejam: Eu andei pelas vilas,apontei as saídas como o Pai me pediuPortas eu cheguei para abri-las,eu curei as feridas como nunca se viu.

Por onde formos também nós que brilhe a tua luzFala, Senhor, na nossa voz, em nossa vidaNosso caminho então conduz,queremos ser assimQue o pão da vida nos revigore em nosso “sim”

Canto - Aleluia (bis) Como o Pai me amou as-sim também eu vos amei. Aleluia (bis). Como estou no Pai permanecei em mim.

1. Vós todos que sofreis aflitos vinde a mim, repouso encontrarão os vossos corações. Dou graças a meu Pai que revelou ao pobre, ao pequenino seu grande amor.

Evangelho segundo Mateus 5, 1-12

O que diz a Palavra?

Procurar conhecer os elementos fundamentais do texto.Trocar impressões e dúvidas sobre o teor do texto: contexto, lugares, pessoas. (Não é momento de interpretação do texto)

Incentivar a partilha.

Canto – Bem-aventurados aqueles que ou-vem a Palavra de Deus, bem-aventurados aqueles que praticam a Deus.

Dirigente – As bem-aventuranças são anúncios de felicidade, mas principalmente convocam para o não conformismo e para a ação segundo os valores do Reino. Um desafio para os cristãos leigos e leigas é superar as divisões e avançar no seguimento de Cris-to, aprendendo e praticando as bem-aventuranças do Reino, o estilo de vida do Mestre Jesus: seu amor e obediência filial ao Pai, sua compaixão diante da dor humana, se amor serviçal até o dom de sua vida na cruz: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.(Mc 8,34)

1º MOMENTO: LEITURA

38º ENCONTROAlimento para Discípulos Missionários

Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade

Folha Diocesana de Guarulhos | ENCARTE ESPECIAL - Novembro de 2016 1

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Proclamar novamente a Leitura(um pouco mais devagar que a primeira vez)

Atualização da PalavraO que esta Palavra diz para mim?

SILÊNCIO... Incentivar a partilha.

Canto – O Deus que me criou me quisme consagrou para anunciar o seu amor (2x)Eu sou como estrela em noite escura (bis)Eu levo a luz, sigo a JesusEu vivo para amar e pra servir (bis)

Dirigente - Quando as Bem-aventuranças são encarnadas, inauguram-se relações de par-tilha, solidariedade, comunhão e amor, humil-dade, gratuidade, doação. Ganham vigor as relações fraternas. Como nossas comunidades precisam encarnar o Projeto das Bem-aventu-ranças! Elas são caminhos para se viver com absoluta confiança em Deus e chegar até Ele, alcançando o desejo mais profundo d’Ele para nós, e que desde a concepção desejamos: A felicidade! Para a felicidade que Deus nos criou.

Proclamar novamente a LEITURA

O que a Palavra me leva a dizer a Deus?

SILÊNCIO... Momento de falar com Deus

Canto – Deus é amor / arrisquemos viver por amor Deus é amor / Ele afasta o medo. (4x)

Dirigente - Senhor, quero viver as Bem-Aven-turanças, fazer delas um projeto de vida, mais que um santo propósito, um caminho a ser tri-lhado, com suas exigências. Que eu seja po-bre, manso, misericordioso, pacificador. Fixo meu olhar em Vós, Senhor, que não apenas anunciastes, mas praticastes de forma perfeita e plena as Bem-Aventuranças, com amor, um amor total ao Pai, com a unção do Espírito, e no-las ensinou.

Proclamar novamente a LEITURA

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Como tenho me relacionado com Deus: agradecendo ou cobrando? Sinto-me discípulo/a de Jesus?Meu olhar deste dia será iluminado pela presen-ça de Jesus Cristo, acolhido na minha casa, no meu trabalho, nos meus relacionamentos.

Dirigente - Precisamos, como os Apóstolos, fazer a experiência da Montanha Sagrada, con-templar a glória da presença de Deus, em sua beleza e esplendor, para descermos à planície, onde somos chamados a viver nossa fé com coragem, dando razão de nossa esperança, sem jamais deixar apagar, em nosso coração, a inflamada e necessária chama da caridade. Não podemos querer

Incentivar a partilha.

Canto – Me chamaste para caminharna vida contigoDecidi para sempre seguir-te não voltar atrás,me puseste uma brasa no peito e uma flecha na alma, é difícil agora viver sem lembrar-me de Ti.Te amarei Senhor (bis) eu só encontro a paz e a alegria bem perto de Ti (bis)

Dirigente – Fortalecido pelo profetismo do Papa Francisco, os cristãos leigos e leigas, dis-cípulos missionários, enfrentarão, como profe-tas, as realidades que contradizem o Reino de Deus e gritará:

“Não nos deixemos roubar o entusiasmo missionário! ”.“Não deixemos que nos roubema alegria da evangelização! ”.“Não deixemos que nos roubema comunidade! ”.“Não deixemos que nos roubem o Evangelho! ”.“Não deixemos que nos roubem o ideal do amor fraterno! ”.Eis o que significa ser missionário no mundo globalizado e excludente, que ainda não apren-deu a partilhar e semear esperança. Disse Je-sus: “Coragem eu venci o mundo” (Jo 16,33).

Pai Nosso...

Dirigente - Pedimos a Maria, mãe da Igreja, cheia de fé e graça, totalmente consagrada ao Senhor, exemplo de mulher solicita e laboriosa, que acompanhe todos os leigos, seus filhos em cada dia da vida, para que, permanecen-do Igreja os cristão leigos e leigos, transitem do ambiente eclesial ao mundo civil para, a modo de sal, luz (Mt 5,13-14) e fermento (Mt 13,33), possam somar com todos os cidadãos de boa vontade, na construção da cidadania plena para todos.

Todos - “Não é preciso ‘sair’ da Igreja para ‘ir’ ao mundo, como não é preciso ‘sair’ do mundo para ‘entrar’ e ‘viver’ na Igreja.

Oração - Num mundo tão desfigurado, com tantos sinais de morte, é preciso que nos tor-nemos agentes transformadores da realidade, amando e servindo Aquele que amou por pri-meiro, antecipando sinais da glória eterna, o de-sígnio que Deus tem para todos nós: esplendor de alegria, plenitude de vida. Amém.

Canto - Senhor, quanto mais caminho, mais vejo aumentar a estrada.Tropeço por entre espinhos, num campo onde foi calada: a voz da libertação.

2. Mas me ergo, não vou sozinho, teus passos comigo vão. Na terra será plantada, a paz que nos é doada, em cada fração do pão.

3. Não posso ficar parado, teu corpo me dá coragem. Teu sangue me traz imagem de tan-tos irmãos deixados à margem da salvação.

4. Teus passos irei seguindo, paz vou distri-buindo. E o mundo evangelizado será, enfim, transformado em paz e salvação.

Acolhida – Este povo chegou, que beleza oba! Seja sempre bem-vindo, venha com seu sorriso. Solidão vai saindo e por isso eu quero cantar!

Saudação - Iniciemos nosso encontro em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Amém.

Canto – Enviai o vosso Espirito, Senhor, e da terra toda face renovai.

Dirigente - Somos chamados a refletir sobre a vocação dos cristãos leigos e leigas, assumin-do nossa responsabilidade de sermos sujeitos na Igreja e na sociedade. Celebrando a vida e a vocação dos cristãos leigos e leigas da nossa Diocese, e dando continuidade ao estudo que um grupo de leigos da nossa diocese iniciou em 2015.

Canto - De mãos dadas a caminho. Porque juntos somos mais. Pra cantar o novo hino. De unidade, amor e paz.

Dirigente – Os cristãos leigos e leigas receberam, pelo Batismo e pela Crisma, a graça de serem Igreja e, por isso, a graça de serem sal da terra e luz do mundo. Iluminados pelo Espirito Santo, co-loquemos nossos dons à serviço da comunidade eclesial e da sociedade.

39º ENCONTROSal da Terra e Luz do Mundo

4º MOMENTO: CONTEMPLAÇÃO

2º MOMENTO: MEDITAÇÃO

3º MOMENTO: ORAÇÃO

Folha Diocesana de Guarulhos | ENCARTE ESPECIAL - Novembro de 20162

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Leitor - Ser cristãos leigos e leigas é assumir a condição de sujeitos eclesiais, o que significa ser maduro na fé, testemunhar amor à Igreja, servir os irmãos e irmãs, permanecer no segui-mento de Jesus, na escuta obediente à inspira-ção do Espirito Santo e ter coragem, criativida-de e ousadia, para dar testemunho de Cristo.

Canto – Deus chama a gente prá um momen-to novo de caminhar junto com seu povo, é hora de transformar o que não dá mais, sozi-nho, isolado, ninguém é capaz. Por isso vem, entra na roda com a gente. Também você é muito importante.

Dirigente - A 54ª Assembleia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de 2016, teve como central: “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade” e nos presenteou com o Documento 105 da CNBB. Trata-se da vo-cação dos cristãos leigos e leigas, verdadeiros sujeitos eclesiais e corresponsáveis pela nova evangelização, tanto na Igreja como no mundo. É nossa intenção refletir sobre a dimensão pas-toral, evangelizadora e missionária que cristãos leigos e leigas, por meio do testemunho, da santidade e da ação transformadora, exercem no mundo e na Igreja.

Leitor 1 – Jesus ensina a ser sujeito. Ele deixou sua marca no tempo e na história e é através de seu caminho que podemos chegar a Deus. É modelo de sujeito livre e responsável, capaz de opções, de decisões e de um amor incon-dicional.

Leitor 2 – A noção de sujeito tem origem judai-co-cristã. Por sua fé em Jesus Cristo, a comu-nidade cristã expande a noção de sujeito den-tro da comunidade e crê na salvação de todos os povos.

Leitor 1 – Como cristãos, somos chamados a viver como discípulos de Jesus Cristo em nos-so dia a dia. A partir da vocação específica os cristãos leigos e leigas vivem o seguimento de Jesus na familia, na comunidade eclesial, no trabalho profissional, na multiforme participa-ção na sociedade civil, colaborando assim na construção de uma sociedade justa, solidária e pacífica, que seja sinal do Reino de Deus inau-gurado por Jesus de Nazaré.

Canto – Senhor, se tu me chamas, eu quero te ouvir, se queres que eu te siga respondo eis-me aqui.

Dirigente - Vamos conversar um pouco sobre a nossa vocação de cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade:

1. Quais desafios encontramos para testemu-nhar a nossa vocação e missão de sujeitos eclesiais nas diversas realidades em que nos encontramos inseridos?2. O que temos feito como cristãos leigos e leigas para assumir a responsabilidade de sermos sujei-tos na Igreja e na sociedade para ser sal e luz?

3. O que podemos fazer para despertar para que cristãos leigos e leigas vivam o compro-misso de serem anunciadores, testemunhas de Jesus, e agentes de transformação deste para um mundo mais humano e fraterno?

Canto - Deus é Amor, arrisquemos viver por amor. Deus é amor, ele afasta o medo! (4 x)

Dirigente - Em consonância com o Documen-to de Aparecida, é importante enfatizar que “os leigos também são chamados a participar na ação pastoral da igreja”. O Papa Francisco des-taca a importância da conscientização da iden-tidade e da missão dos cristãos leigos e leigas na Igreja: “a imensa maioria do Povo de Deus é constituída por leigos. A seu serviço está uma minoria: os ministros ordenados”.

Leitor 1 - A missão dos cristãos leigos e leigas não é a de substituir o pastor e o pastor não pode substituir os leigos e leigas no que lhes compete por vocação e missão. Além disso, a ação dos cristãs leigos e leigas não se limita a substituir em situação de emergência, os minis-tros ordenados.

Leitor 2 - A vocação e missão dos leigos e lei-gas é uma ação específica da “responsabilidade laical que nasce do Batismo e da Confirmação”.

Canto - Tua Palavra é, luz no meu Caminho, luz no meu caminho, tua palavra é.

A PALAVRA DE DEUS NOS ILUMINA

Dirigente – “Sal da terra e luz do mundo!” , as-sim Jesus definiu seus discípulos e a missão que a eles conferiu. Jesus também os adverte. Ele diz: Se o sal se torna insosso, já não serve para mais nada a não ser para ser jogado fora. Assim também a luz ela precisa brilhar, se não perde o seu sentido da sua existência. Os dis-cípulos e as discípulas através da sua atuação vão trazer claridade para que a verdade, a jus-tiça, o amor e a solidariedade floresçam e se espalhem em nosso mundo. Os cristãos leigos e leigas necessitam ser sal e luz do mundo.

Leitura – Mateus 5,13-14

Silêncio...

PARTILHA DA PALAVRA

Dirigente - Nem o sal, nem a luz, nem a Igreja, e nenhum cristão vive para si mesmo. Sua missão é sair de si, doar-se, dar sabor, iluminar e se dissol-ver. Os cristãos leigos e leigas, na Igreja e na so-ciedade, devem ter olhares luminosos e corações sábios, para gerar luz, sabedoria e sabor, como Jesus Cristo e seu Evangelho.

1. O que significa para nós, em nosso contexto, ser sal da terra?

2. Como iluminamos o mundo que nos cerca?Como damos um sabor diferente a este mundo amado e criado por Deus, cheio de indiferen-ças, marcado pela lógica individualista, pela ex-clusão e violência?

Canto – É como a chuva que lava, é como fogo que arrasa, tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal.

Dirigente – Para recordar os ensinamentos do Magistério do Episcopado latino americano so-bre a vocação e missão dos cristãos leigos e leigas:

- Medellín (1968). Considera que os leigos cum-prirão mais cabalmente sua missão de fazer com que a Igreja aconteça no mundo, na tarefa humana e na história. (DMd n.10, 2, 6)

- Puebla (1979) identifica os leigos como ho-mens e mulheres da Igreja no coração do mun-do e homens e mulheres do mundo no coração da Igreja. (DPb n. 786)

- Santo Domingo (1992) os chama de protagonis-tas da transformação da sociedade. (DSD n. 98)

- Aparecida (2007) pede maior abertura de men-talidade para que entendam e acolher o ser o fazer do leigo na Igreja, que por seu Batismo e Confirmação é discípulo e missionário de Jesus Cristo.

Leitor 1 - Há, portanto, no pensamento dos bispos latino-americanos e brasileiros uma condição e uma exigência para o protagonis-mo dos cristãos leigos e leigas. A condição é de que estes possam ocupar o lugar que lhes cabe na vida das comunidades, sentindo-se, de fato, como sujeitos corresponsáveis na ela-boração e realização de projetos e programas de evangelização. E a exigência é a sua atu-ação evangélica nas realidades onde vivem e atuam, para que à semelhança do fermento possam levedar toda realidade humana com a força do Evangelho.

Folha Diocesana de Guarulhos | ENCARTE ESPECIAL - Novembro de 2016 3

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Leitor 2 - Este é o grande desafio que hoje não só cristãos leigos e leigas enfrentam, mas todo o corpo eclesial: superar o conceito de leigo como inferior, subalterno e destinatário da ação evan-gelizadora; e formar cristãos leigos e leigas para que possam, nas realidades que lhe são espe-cíficas, agir como agentes eclesiais, discípulos missionários de Jesus Cristo.

Dirigente - Para encontrar e servir a Deus na sociedade os cristãos leigos e leigas são ilumi-nados pelo modo de Deus: “ele ‘desce’ e ‘en-tra’ em nosso mundo e em nossa história para assumir em tudo a nossa existência. Desta for-ma também os cristãos, para seguir e servir a Deus, devem ‘descer’ e ‘entrar’ em tudo o que é humano, que constrói um mundo mais huma-no e que nos humaniza. (EG n.24)

Todos – Maria, que por Mãe nos deu Jesus, nos ajude a ser “sal da terra e luz do mundo”.

Pai Nosso...

Oração – Deus misericordioso, te pedimos a capacidade de Amar e Servir, para que a partir da nossa vocação específica de cristãos leigos e leigas possamos viver o seguimento de Jesus na familia, na comunidade eclesial, no trabalho profissional, na participação na sociedade civil, colaborando assim na construção de uma so-ciedade justa, solidaria e pacifica, que seja sinal do Reino de Deus inaugurado por Jesus.

Canto - Em águas mais profundas, /vamos lançar as nossas redes. /E, sem mais descan-sar /saciaremos nossa sede / De sermos uma Igreja toda ministerial / Na graça do batismo junto à fonte batismal / Assembleia dos cha-mados,/ escolhidos e enviados./ Em missão, pela Trindade,/ Coração deste mistério!

1. Em águas mais profundas/ vamos lançar nossas redes./E, sem mais descansar/ sacia-remos nossa sede./ De sermos uma Igreja/ toda ministerial./ Na graça recebida/ junto à fonte batismal.

2. Formamos um só corpo/ vocacionado à santidade./ Diversos nos carismas,/ mas a serviço da unidade./ Doando a nossa vida/ em favor da humanidade./ Discípulos do Mestre,/ vida entregue, oblação!

3. A graça recebida/ no sacramento do Ba-tismo./ Nos faz seguir Jesus,/ povo fiel res-suscitado./ “Fazendo-nos ao largo”/ sempre ousando o mais além./ Surpresas do Amor/ que nos convoca uma vez mais

(Preparação do Ambiente: imagens do mundo na atualidade, imagens de pessoas que em nome do Reino de Deus entregaram a vida, vela e Bíblia. Um cartaz com a frase: O cristão leigo, sujeito na igreja e no mundo: esperanças e angústias)

Acolhida – Este povo chegou, que beleza oba! Seja sempre bem vindo, venha com seu sorriso. Solidão vai saindo e por isso eu quero cantar!

Saudação - Iniciemos nosso encontro em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Amém.

Canto - Preenche meu ser (bis).Espírito unge meu ser em ondas de amor!Ó vem sobre mim! Espirito unge meu ser!

Dirigente – Cada um de nós é chamado para ser discípulo missionário de Jesus Cristo, parti-lhando nossos dons e nos colocando à serviço da Vida. Lembrando que o mundo é o primeiro lugar da presença, atuação e missão dos cris-tãos leigos e leigas, é necessário descobrir e discernir algumas bases fundamentais em que se estruturam um mundo globalizado, já que somos chamados a agir de forma consciente, responsável, autônoma e livre:

Leitor 1 - As tecnologias permitem as opera-cionalizações das aplicações financeiras e, ao mesmo tempo, a oferta de produtos de modo ágil e conivente a cada consumidor.

Leitor 2 - Os sistemas jurídicos e financeiro co-mandam a produção e o comércio e concentram e ditam as normas para uma tendência mundial, cada vez mais distante das necessidades das co-munidades locais.

Canto - Vence a tristeza enxuga o pranto ó meu povo, vem cantar um canto novo Deus da vida aqui está.

Leitor 1 - As cidades se afirmam como um sistema que regido pelo capital financeiro e ali-mentado pelo consumo, se sobrepõe ou supri-me as sociedades e culturas locais.

Leitor 2 - A cultura urbana propõe uma cultura do consumo, centrado na oferta de produtos sempre mais individualizados.

Leitor 1 - A sociedade da informação disponi-biliza volumes de uma extensa gama de todos os tipos de conteúdo internacionais, em detri-mento, muitas vezes, da veracidade e da au-tenticidade dos sujeitos.

Canto – Ao encontro de Jesus, todos se en-contram como irmãos. Na experiência de Deus só há vida e comunhão!

Dirigente – O Papa Francisco na Homilia em Lampedusa denominou de “globalização da indiferença” aspectos da sociedade atual que representam uma dívida em relação aos direitos comuns das pessoas e dos povos, bem como ao que permite a cada um viver a verdadeira felicidade, e nos exorta fortemente a vencer a indiferença com as obras de misericórdia para conquistar a paz.

Todos: Vence a indiferença e conquista a paz!

Leitor 1 – O mundo globalizado funciona a par-tir de uma lógica individualista. O que vale é a satisfação individual e indiferença pelo outro; supremacia do desejo em relação às necessi-dades; predomínio da aparência em relação à realidade; inclusão perversa e falsa satisfação.

Leitor 2 – Os grandes problemas humanos estão presentes em nível mundial e local e expõem por si mesmo as contradições des-se sistema: Desenvolvimento que produz a pobreza; a confiança no mercado (economia) e suas crises constantes (desconfianças no mercado); enriquecimento de uns por favo-recimento ilícito da degradação ambiental; o bem-estar de uns às custas da exclusão da maioria. Os que ficam excluídos desse proces-so consumista muitas vezes se alienam na ilu-são consumista e se endividam ficando ainda mais dependentes deste sistema.

Dirigente - Conscientes de sua identidade, vo-cação, missão e espiritualidade, o cristão leigo e leiga participa do planejamento, decisão e execução da vida eclesial e da vida social, na política, no trabalho, na cultura, na comunica-ção, na educação, etc.

Canto – Ai de mim se eu não disser a verdade que ouvi, ai de mim se eu me calar quando Deus me mandar falar.

Dirigente – Vamos conversar sobre a postura cristã diante da realidade:

1. Quais são os discernimentos necessários para reproduzir ou resistir a padrões e valores dominantes.

40º ENCONTROO mundo atual - As esperanças e as angústias

Folha Diocesana de Guarulhos | ENCARTE ESPECIAL - Novembro de 20164

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2. Que sinais dos desafios encontramos na nossa realidade local?

3. Que atitudes e posturas novas devemos ter?

Leitor 1 – As práticas eclesiais atuais reprodu-zem essas práticas sociais globais com expe-riências religiosas intimistas e individualizadas, como tendência a valorizar, quase que exclusi-vamente, o serviço no interior da Igreja.

Leitor 2 - Orientado por essa oposição, de va-lorizar mais as tarefas no interior da Igreja e os desafios da realidade, o cristão leigo corre o risco do comodismo, da indiferença, da intole-rância e da incoerência em sua vida de sujeito eclesial e cidadão do mundo, sem um empe-nhamento real pela aplicação do Evangelho na transformação da sociedade.

Dirigente – Também o Papa Francisco tem denunciado alguns retrocessos: falta de par-ticipação de leigos nos Conselhos Pastorais, grupos de elite, o regresso ao tradicionalismo, a pretensão de dominar os espaços da Igreja, a obsessão por doutrinas, os comodismos, o enfraquecimento do profetismo e da dimensão social do Evangelho, e ás vezes até rejeitados por alguns setores da Igreja, a volta de um exagerado ritualismo, o silêncio a respeito da “Igreja dos pobres”, o amadorismo em relação à preparação e formação das lideranças, entre outros.

Canto - Deus é Amor, arrisquemos viver por amor. Deus é amor, ele afasta o medo! (4 x)

Dirigente – Para viver a sua missão hoje, os cristãos leigos e leigas, precisam respeitar as diferenças e promover a convivência pacífica.

Leitor 1 – A Igreja se alegra com os cristãos leigos e leigas que são ministros de coor-denação e lideres nas dioceses, paróquias, comunidades, pastorais e movimentos. O ministério de coordenação e liderança é um verdadeiro lava-pés, cuja função é animar, organizar e coordenar a vida das comunida-des seguindo Cristo Bom Pastor e agindo em nome da Igreja e em favor do povo. O bom exemplo das lideranças cativa, convence e anima toda a comunidade.

Todos: Liderar é um ato de amor à Igreja.

Leitor 1 – Como cristãos leigos e leigas somos parte de uma Igreja que é uma comunidade missionária, seguidora de Jesus Cristo, chama-da a ser escola de vivencia cristã, comunidade inserida no mundo, grupo de seguidores de Je-sus Cristo, povo de Deus que busca também

os sinais do Reino no mundo, comunidade que se abre permanentemente para as urgências do mundo.

Leitor 2 – Os cristãos leigos e leigas que vi-vem sua fé no cotidiano, nos trabalhos de cada dia, nas tarefas mais humildes, no voluntariado, cuja vida está escondida em Deus, são o per-fume de Cristo, o fermento do Reino, a glória do Evangelho. Eles se santificam nos altares do seu trabalho: a vassoura, o martelo, o volante, o bisturi, a enxada, o fogão, o computador, o trator. Constroem oficinas de trabalho e oficinas de oração.

A PALAVRA DE DEUS NOS ILUMINA

Dirigente – Vamos acolher a Palavra de Deus e ouvir o que ela nos ensina neste dia, para a nossa vocação de iluminar o mundo no segui-mento do Cristo, à exemplo daqueles que do-aram sua vida pela transformação deste para um mundo mais irmão e fraterno.

Aclamação ao Evangelho

Canto - Perto de nós está sua Palavra, esteja na boca no coração, na vida do teu povo.

Leitura – Lucas 10, 25-37 - Silêncio

PARTILHA DA PALAVRA

1. Diante da reflexão apresentada e do que a Palavra de Deus nos ilumina como podemos ser misericordiosos e compassivos com nos-sos irmãos?

2. Quais situações em nossa realidade e em nossa Igreja olhamos para os irmãos mais so-fridos, e continuamos a nos perguntar: quem é o meu próximo?

3. O que eu/nós podemos fazer para que nos-sa ação e participação como sujeitos eclesiais diminua o sofrimento de tantos irmãos esqueci-dos à beira do caminho.

Canto – Indo e vindo, trevas e luz, tudo é gra-ça Deus nos conduz (repetir 4x)

Dirigente – O Bom Samaritano, que cuidou do seu inimigo ferido por assaltantes, é símbolo de Jesus e deve ser também símbolo da Igreja.

Leitor 1 – Eis o apelo do Papa Francisco: “A Igreja não pode ignorar o seu grito, nem entrar no jogo dos sistemas injustos, mesquinhos e interessados que procuram torná-los invisíveis. Tantos pobres, vítimas de antigas e novas po-brezas. Há novas pobrezas! Pobrezas estrutu-

rais e endémicas que estão a excluir gerações de famílias. Pobrezas econômicas, sociais, mo-rais e espirituais. Pobrezas que marginalizam e descartam pessoas, filhos de Deus. Na cidade, o futuro dos pobres é mais pobre”.

Leitor 2 - Um testemunho concreto de mise-ricórdia e ternura “que procura estar presente nas periferias existenciais e pobres”, poderá ajudar os cristãos no “construir uma cidade na justiça, na tolerância, e na paz”.

Dirigente - É preciso dizer “não” a tudo isso que promova a manutenção de uma sociedade individualista. Para o cristão é necessário o dis-cernimento: é preciso separar as coisas positi-vas das negativas, “é preciso esclarecer o que pode ser fruto do Reino e o que atenta contra o projeto de Deus. Isto implica não só reconhecer e interpretar as moções do espirito bom e do espirito mal, mas também – e aqui está o ponto decisivo – escolher as do bom espirito e rejeitar as do espirito mal” (EG, n.51)

Todos – Senhor, a fome no mundo faz tanta gente morrer! Ainda não aprendemos a mão aos famintos estender, nós mesmos dando--lhes pão, pra vida a morte vencer.

Pai Nosso...

Oração – Ó Deus do universo, faze de nós tes-temunhas da unidade e de comunhão fraterna, corresponsáveis com a missão da Igreja no mundo, e sinais, Senhor, de tua presença na humanidade. Por Cristo nosso Senhor, Amém.

Dirigente – Maria que soube acolher Jesus, nos ensine a fazer tudo o que ele nos disser. Amém.

Canto - Somos gente da esperançaQue caminha rumo ao Pai.Somos povo da AliançaQue já sabe aonde vai.

Refrão:De mãos dadas a caminhoPorque juntos somos mais,Pra cantar o novo hinoDe unidade, amor e paz.

2. Para que o mundo creiaNa justiça e no amor,Formaremos um só povo,Num só Deus, um só Pastor.

3. Todo irmão é convidadoPara a festa em comum:Celebrar a nova vidaOnde todos sejam um

Folha Diocesana de Guarulhos | ENCARTE ESPECIAL - Novembro de 2016 5

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(Preparação do Ambiente: Bíblia / pão / docu-mento 105 da CNBB)

Acolhida – Este povo chegou, que beleza oba! Seja sempre bem vindo, venha com seu sorriso. Solidão vai saindo e por isso eu quero cantar!

Saudação - Iniciemos nosso encontro em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Amém.

Dirigente – Peçamos sempre O Espírito Santo, é Ele quem sonda os nossos corações e sabe do que precisamos para continuar a nossa missão.

Canto – Preenche meu ser (bis). Espírito unge meu ser em ondas de amor! Ó vem sobre mim! Espirito unge meu ser!

Dirigente – Antes de tudo, nós cristãos leigos e leigas, somos chamados à santidade. Fecun-dados pelo Espirito Santo para cultivar com so-licitude a vida interior e a relação pessoal com Cristo, de modo que, em todas as circunstân-cias, tudo façamos para a glória de Deus.

Leitor 1 – É o cristão maduro na fé, que ex-perimentou o encontro pessoal com Cristo e se dispôs a segui-lo com todas as consequências dessa escolha. Com a certeza de ser alimen-tado pelo Deus revelado em Jesus Cristo, cul-tivando um espaço interior para a oração e a contemplação.

Leitor 2 – A novidade da maravilhosa Encar-nação nos leva a valorizar este único mundo e esta única história onde vivemos e que nos compete transformar, em unidade com todo o gênero humano.

Leitor 1 – Um dos espaços de santificação para os cristãos leigos e leigas é a familia: comuni-dade de vida e de amor, lugar de oração e de acolhimento da vida que chega como presente, lugar onde se experimente a beleza de amar e ser amado.

Todos - Maria, mulher livre, forte e discípula de Jesus que cooperou com o nascimento da Igreja missionária, imprima em nós o perfil mari-ano da Igreja.

Leitor 2 – É missão do povo de Deus assumir o sociopolítico transformador, que nasce do amor apaixonado por Cristo. É nosso dever e nossa alegria assumir o mandato de Jesus: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda

criatura! (Mc 16,15).

Leitor 1 – Como o fermento, quando misturado à massa, desaparece, nós cristãos leigos e lei-gas fortalecidos pelo Profetismo do Papa Fran-cisco, como profetas e contra as realidades que contradizem o Reino de Deus insistirá em dizer:

Todos - “Não à cultura do descartável”. Não à globalização da indiferença”. “Não ao dinheiro que domina ao invés de servir”. “Não à fuga dos compromissos”. “Não à guerra entre nós”.

Leitor 1 – Destacamos os incontáveis cristãos leigos e leigas que atuam através dos seus trabalhos em instituições como universidades, escolas, hospitais, asilos, creches, meios de comunicação, empresas, onde quer que seja, evangelizando pelo testemunho e contribuindo para a expansão do Reino de Deus.

Canto – O Deus que me criou, me quis me consagrou. Para anunciar o seu amor (bis). Eu sou como a chuva em terra seca (bis) / Pra sa-ciar, fazer brotar. Eu vivo para amar e pra servir (bis). É missão de todos nós, Deus chama. Eu quero ouvir a tua voz (bis)

Dirigente – A presença e organização dos cris-tãos leigos e leigas no Brasil, desde o século passado até os dias atuais, buscou responder aos desafios na Igreja e na sociedade brasileira nos diferentes momentos.

Leitor 2 – Em destaque a Ação Católica (1935), a Juventude católica presente nas diversas re-alidades. Às vésperas do Concílio Vaticano II foi se delineando a teologia do laicato. As co-munidades eclesiais de base – Ceb’ s - desde os anos 1960 nasceram como lugares de ex-periência cristã e evangelização.

Dirigente - Nos anos de 1970, como fruto do Concilio Vaticano II, na Igreja do Brasil, criou-se como organização do laicato, o então Conselho Nacional dos Leigos, hoje o Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB).

A propósito, o documento de Santo Domingo recomenda: “Promover os Conselhos de Lei-gos, em plena comunhão com os pastores e adequada autonomia, como lugares de encon-tro, diálogo e serviço, que contribuam para o fortalecimento da unidade, da espiritualidade e organização do laicato”. (DSD n.98)

Canto - Os cristãos tinham tudo em comum, dividiam seus bens com alegria. Deus espera que os dons de cada um se repartam com amor no dia-a-dia. (bis)

Dirigente – Vamos conversar sobre a ação dos cristãos leigos e leigas em nossa diocese:

1.Onde os cristãos leigos e leigas da nossa dio-cese tem atuado para uma ação transforma-dora na cidade?

2. Nossas pastorais em suas atividades estão efetivamente comprometidas na promoção da vida e do resgate da pessoa humana? De que forma?

3. O que precisamos fazer para despertar nos cristãos leigos e leigas a consciência quanto a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão

Leitor 1 – Outro espaço importante de ação dos cristãos leigos e leigas são as Pastorais So-ciais: a presença e o cuidado de toda a igreja missionária diante de situações reais de mar-ginalização, exclusão e injustiça.

Todos - É missão do povo de Deus assumir o compromisso sociopolítico transformador, que nasce do amor apaixonado por Cristo.

Dirigente – Uma ação fundamental da comu-nidade eclesial, particularmente os bispos e os presbíteros, é a missão de formar integralmente os cristãos leigos e leigas para que, conscien-tes e ativos, cresçam na fé e no testemunho. Como sujeitos eclesiais e agentes transforma-dores da realidade, contribuindo com a Igreja “em saída”.

Canto – É missão de todos nós, Deus chama eu quero ouvir a sua voz.

Leitor – A formação é decisiva para a maturi-dade dos cristãos leigos e leigas, e deve con-templar temas como: a pessoa e a prática de Jesus Cristo; a missionariedade e a relação Igreja - Mundo – Reino; a análise da realidade à luz da Doutrina social da Igreja; a dimensão comunitária; a opção pelos pobres; a educa-ção para a justiça; a relação fé e política; a antropologia cristã; especialmente o relacio-namento humano, a sexualidade e a afetivi-dade humanas.

Leitor 1 – São João Paulo II ensina que “ao descobrir e viver a própria vocação e missão, os fiéis leigos devem ser formados para aquela unidade, de que está assinalada a sua própria situação de membros da Igreja e de cidadãos da sociedade humana. Nesta mesma direção, o Papa Francisco concla-ma os cristãos leigos e leigas “a sair da sua própria comodidade e alcançar as periferias que precisam da luz do Evangelho”.

Todos - Jesus quer que toquemos a miséria humana, que toquemos a carne sofredora

41º ENCONTROA ação transformadora na Igreja e no Mundo

Folha Diocesana de Guarulhos | ENCARTE ESPECIAL - Novembro de 20166

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dos outros. Não se vive melhor fugindo dos outros, negando-se à partilha, fechando-se na comodidade. “Isso não é senão um lento suicídio. (EG 272)

Dirigente – Existem muitos novos e desafiad-ores espaços do mundo moderno (chamados de novos areópagos), nos quais os cristãos leigos e leigas agem, como sujeitos eclesiais. Nasce a coragem profética e é impossível calar diante da necessidade da ação transformadora destes campos de ação: a família; o mundo da política; o mundo das políticas públicas; o mundo do trabalho; o mundo da cultura e da educação; o mundo das comunicações e o cui-dado com a nossa Casa Comum, entre outros.

A PALAVRA DE DEUS NOS ILUMINA

Dirigente – O texto de Lucas nos convida a sair em missão. A colheita é grande e há pouca gente disposta! Assumamos a tarefa! Para a autopromoção, para que sejamos individual-mente valorizados? Com certeza não. O con-vite é para que sigamos dois a dois, duas a duas. Duas pessoas juntas já são a célula de uma comunidade, o princípio do diálogo.

Aclamação ao EvangelhoTua Palavra é lâmpada para meus pés Senhor, lâmpada para meus pés e luz, luz para o meu caminho. Bis)

Leitura – Lc 10,1-11.16-20

Silêncio

PARTILHA DA PALAVRA

Canto – Tua voz me faz refletir, deixei tudo pra te seguir, nos teus mares eu quero navegar.

Dirigente – Da mesma maneira como tinha fei-to com os Doze (Lc 9,10), Jesus reúne os 72 discípulos e discípulas e faz um encontro com eles para rever a missão. Os discípulos voltam e começam a contar o que fizeram. Com muita alegria informam que, usando o nome de Jesus, conseguiram expulsar até demônios! Jesus os ajuda no discernimento. Se eles conseguiram expulsar demônios, foi porque ele, Jesus, lhes tinha dado este poder. Estando com Jesus, nada de mal lhes pode acontecer. E Jesus acrescenta que o mais importante não é expulsar demônios, mas sim ter o nome inscrito no céu.

Leitor 1 – Este texto de Lucas 10,17-24 nos dá uma ideia de como os discípulos e as discípu-las viviam em comunidade com Jesus. Eles fa-ziam aquilo que nós fazemos até hoje: reunião, avaliação, oração, partilha, análise da realidade, ajuda mútua.

Leitor 2 - A pequena comunidade que se for-mou ao redor de Jesus foi o primeiro “Ensaio do Reino”. A comunidade é como o rosto de Deus, transformado em Boa Nova para o povo, sobretudo para os pobres. Assim haverá de ser nossa comunidade de discípulos missionários do Senhor.

PAI NOSSO

Oração – Conduzi, Senhor, nossa vida pessoal e social, iluminando-nos e nos ajudando, para que vivamos na prudência, vigilância, lealdade, transparência. E com estes valores, de mãos da-das com a coragem, denunciar e enunciar novos tempos, por um mundo justo e fraterno. Amém.

Leitor 1 – Os discípulos de Jesus, certa vez disseram que Suas palavras são duras demais. E Jesus perguntou se eles também queriam ir embora, como muitos haviam feito. Os discípu-los responderam: “A quem iremos Senhor, só Tú tens palavra de vida eterna”(cf. Jo, 6,60-68).

Dirigente - E hoje a nossa melhor resposta é viver o caminho de santidade. Compromisso com a causa do Reino, valor absoluto! Criando, na mi-sericórdia, laços de sadia fraternidade, lutar para que não haja mais dor, lamento, morte e luto. Todos - A melhor resposta é rever a nossa Iden-tidade... Ser, de fato, no mundo, luz, lançando raios de ternura. Ser, de fato, da terra, sal que dá gosto de eternidade. Ser, mais que de fato, fermento da Verdade mais pura: Jesus Cristo!

Canto – Cristo, quero ser instrumentode tua paz e do teu infinito amor.Onde houver ódio e rancor, que eu leve a concórdia, que eu leve o amor!Onde há ofensa que dói, que eu leve o perdão; onde houver a discórdia, que eu leve a união e tua paz!

2- Mesmo que haja um só coração,/ que duvide do bem, do amor e da fé./ Quero com firmeza anunciar/ a Palavra que traz a clareza da fé!

3- Onde houver erro, Senhor,/ que eu leve a verdade, fruto de tua luz!/ Onde encontrar desespero,/ que eu leve a esperança do teu nome, Jesus!

4- Onde eu encontrar um irmão/ a chorar de tristeza, sem ter voz e nem vez./ Quero bem no seu coração/ semear alegria, pra florir gratidão!

5- Mestre, que eu saiba amar,/ compreender, consolar endar sem receber./ Quero sempre mais perdoar,/ trabalhar na conquista e vitória da paz!

Oração dos Cristãos

Leigos e Leigas:

Senhor Jesus Cristo, Vivo e Ressusci-tado, vos glorificamos, por nos acolher como irmãos e irmãs pelo batismo, e nos acompanhar com Vossa graça.

Te louvamos pelo projeto de vida que apresentastes no teu Evangelho.

Senhor, Te bendizemos porque nos chamas a ser pessoas pobres e simples, vivendo a partilha, comunhão e solidarie-dade, como sinais do Vosso Reino.

Senhor, que sejamos pobres em espírito, em total confiança na Misericórdia Pai, para irradiarmos tua luz onde vivemos, e cuidar do planeta em que habitamos, nos-sa casa comum.

Dá-nos a graça de dizer SIM à beleza da vida: a alegria da evangelização; à missão de ser sal da terra, luz do mundo e fermen-to na massa; dizer SIM à vida de comu-nidade; a comunhão com os ministérios ordenados numa fecunda espiritualidade de comunhão; dizer SIM ao Vosso Evan-gelho; à graça dos Sacramentos; ao amor fraterno; à vocação universal de santidade.

Dai-nos a força de dizer NÃO à idolatria do poder e do dinheiro; à busca do sucesso, fama e glória a qualquer preço; dizer NÃO ao autoritarismo; à cultura do descartável; à globalização da indiferença; dizer NÃO à violência de mil rostos; a omissão de sa-grados compromissos com a dignidade e sacralidade da vida.

Saibamos viver o SIM e o NÃO com sabedoria e firmeza, quando formos chamados a dar razão de nossa esperan-ça, no fecundo testemunho da fé,

Senhor, afasta de nós todo medo, firma nossos passos, aumenta nossa fé, espe-rança e caridade, para vivermos já a vida eterna, unindo-nos aos e que já estão no repouso eterno, contemplando vossa face.

E que tenhamos Maria, nossa Mãe, como companheira e figura da Igreja. Amém.

Folha Diocesana de Guarulhos | ENCARTE ESPECIAL - Novembro de 2016 7

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Para todos os povos, de todas as gerações da terra, é significativo que a proclamação do Reino comece pela indicação de caminhos para a felicidade. “Felizes” ou “Bem-Aventu-rados” ou “Benditos”... Jesus começa a proclama-ção do Reino dirigindo-se aos exclu-ídos da sociedade daquele tempo, e lhes prometendo que pela vinda do Reino se acabarão as injustiças responsáveis pela marginalização deles: “Os aflitos serão consolados, os misericordiosos receberão miseri-córdia, os que tem fome e sede de justiça serão saciados, dos persegui-dos será o Reino”. Não porque eles sejam bons ou justos, mas porque Deus os ama e não aceita que conti-nuem sofrendo. Alguém chamou a atenção para o fato de que, apesar da tradi-ção cristã sempre ter falado em oito bem-aventuranças, o texto repete nove vezes: “Felizes”. E sendo nove, bem no meio está a bem-aventuran-ça dos misericordiosos. De fato, a misericórdia, o amor fiel e compas-sivo de Deus é a manifestação mais própria de Deus e o modo de nos parecermos mais com Ele. Nas culturas antigas, por conservar a comida e temperá-las o sal tornou-se símbolo de amizades e aliança imperecíveis. Jesus quan-do disse: “Vocês são o sal da terra”,

estava dizendo: “Vocês têm a

função de reunir as pessoas disper-sas no aprisco do Pai para que não se percam sem sejam presas das fe-ras do mundo”. A missão dos discípulos é a de reunir a humanidade no Reino do Pai. Ser sal da terra e luz do mundo, assim Jesus definiu seus discípulos e a missão que a eles conferiu. Nem o sal, nem a luz, nem a Igreja e nenhum cristão vive para si mesmo. Sua mis-são é sair de si, iluminar, se doar, dar sabor e se dissolver. Os cristãos lei-gos e leigas na Igreja e na sociedade, devem ter olhares luminosos e cora-ções sábios, para gerar luz, sabedo-ria e sabor, como Jesus Cristo e seu Evangelho. (N. 13 Docto. 105 CNBB) A Palavra de Deus ilumina e dá sabor a vida daqueles que O se-guem. Os cristãos leigos e leigas que vivem sua fé no cotidiano, nos tra-balhos de cada dia, nas tarefas mais humildes, no voluntariado, cuja vida está escondida em Deus, são o per-fume de Cristo, o fermento do Reino, a glória do Evangelho. Eles se san-tificam nos altares do seu trabalho: a vassoura, o martelo, o volante, o bisturi, a enxada e o fogão, o compu-tador, o trator. Constroem oficinas de trabalho e oficinas de oração. (N, 35 Docto. 105 CNBB). Lugares e opor-tunidades para sermos hoje: Sal da terra e Luz do Mundo.

Celia Soares de SousaTeologa leiga

Palavra de Deus“Vocês são sal da terra e luz do mundo” (Mt,5,13-14)

Folha Diocesana de Guarulhos | ENCARTE ESPECIAL - Novembro de 20168

Com alegria iniciamos mais uma pastoral em nos-sa diocese, a Pastoral do Povo de Rua. Em Guarulhos já se realizava o trabalho de dis-tribuição de alimentos aos irmãos espalhados em nos-sa cidade, de forma mais di-reta os irmãos que ficam no centro. Mas era necessário ir além, então Dom Edmil-son convocou os grupos existentes para uma reunião e chamou-nos a dar um passo a mais: levar além do alimento material, também o alimento Espiritual. Após a reunião con-vidamos Pe. Julio Lancelot-ti assessor da Pastoral do Povo de rua na Arquidio-cese de São Paulo, para uma formação com todos os agentes dos grupos existentes. Pe. Julio nos apresentou de forma sim-ples e profunda que a base da pastoral é a vivência do “amor ao próximo como a si mesmo”. Deixou claro que é um dever de todos

cuidarem e zelar pelos ir-mãos desprovidos de suas necessidades básicas e da própria dignidade, pois pre-cisam tomar banho, usar um banheiro, se sentar a mesa e ter o que comer. Nos ensinou que pelo olhar transmitimos e recebemos: carinho, afeto e compromisso. Que não po-demos cobrar dos irmãos da comunidade o mesmo amor e compromisso, pois “muitos serão chamados mais poucos, são os esco-lhidos.” Que fazemos parte de um grupo que enxer-ga além, do rosto sujo, da roupa rasgada, do carrinho de reciclagem, se é ou não viciado, se já foi preso, se tem ou não família. Agradecemos a confiança de nosso Bispo, os muitos parceiros e ben-feitores, todas as equipes existentes, e rogamos as bênçãos de Nossa Senhora mãe do Povo de Rua.

Pe. Paulo LeandroAss. da Past. do Povo de Rua

Cristãos em Ação

Pastoral do Povo de Rua