cristã leig e leigas na igreja e...

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Acolhida e apresentação - Criar um ambiente acolhedor e silencioso desde a apresentação. Canto – Bem-vindo irmão, você completa nossa alegria. Sinta-se bem, seja feliz em nos- sa companhia. Saudação - Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. Canto - Minh’alma dá glórias ao Senhor, meu coração bate alegre e feliz Olhou para mim com tanto amor, que me escolheu, me elegeu e me quis. E de hoje em diante eu já posso prever, Todos os povos vão me bendizer O Poderoso lembrou-se de mim, Santo é seu nome sem fim Dirigente – Iniciemos entre encontro acolhen- do as palavras do nosso querido Papa Francis- co: “A Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio inte- rior, do isolamento”. Leitor - No seu cântico, Maria proclama: “O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador” (Lc 1,47). A meditação do Magnificat nos ensi- na a rezar por Maria, com Maria e como Maria. RECORDAÇÃO DA VIDA! Quais fatos desta semana nos chamaram aten- ção, seja em nossa família? No bairro? Na cidade? No país? Incentivar a partilha Dirigente - Os Bispos do Brasil – CNBB na Carta de 10/03/2016, com um olhar bem aten- to à situação política do nosso país, assim afir - maram: “Vivemos uma profunda crise política, econômica e institucional que tem como pano de fundo a ausência de referenciais éticos e morais, pilares para a vida e organização de toda a sociedade. A busca de respostas pede discernimento, com serenidade e responsabili- dade. Importante se faz reafirmar que qualquer solução que atenda à lógica do mercado e aos interesses partidários antes que às necessida- des do povo, especialmente dos mais pobres, nega a ética e se desvia do caminho da justiça”. Canto – Javé o Deus dos pobres, do povo sofredor, aqui nos reuniu pra cantar o seu louvor, pra nos dar esperança e contar com sua mão na construção do Reino, Reino novo, povo irmão. A PALAVRA DE DEUS NOS ILUMINA Dirigente – Maria irrompe de louvor pelo fato de que Ela é testemunha e participa do evento esperado pelos séculos: a vinda do Messias e a Salvação que ele traz. A alegria de Maria não é simplesmente uma alegria humana, é fruto da graça e Salvação que motivam nosso agir a fim de transformar as realidades injustas. É no Cân- tico da Libertação que Maria reconhece a ação de Deus. Maria canta os grandes feitos de Deus na História. Canto – Aleluia, Aleluia, Aleluia Vamos ouvir uma Palavra bonita que vai sair daqui agora, é a Palavra de Jesus Cristo f ilho de Nossa Senhora. Evangelho segundo Lucas 1, 46-56 O que diz a Palavra? Procurar conhecer os elementos fundamentais do texto.Trocar impressões e dúvidas sobre o teor do texto: contexto, lugares, pessoas. (Não é momento de interpretação do texto) Incentivar a partilha Dirigente – Para entender o sentido libertador do Magnificat, examinemos os seguintes ele- mentos do seu contexto social: pobreza so- cioeconômica: impostos e terras nas mãos de poucos deixa a população espoliada; domina- ção sociopolítica nas mãos do poder romano; opressão ideológica-religiosa por parte dos fa- riseus; agitações revolucionárias, promovidas pelos zelotas; enfim ardente desejo de liberta- ção da parte do povo mais pobre, das multi- dões miseráveis, “cansadas e abatidas como ovelhas sem pastor (Mt 9,36)”. Canto – Lutar e crer vencer a dor, louvar ao Criador, justiça e paz hão de reinar e viva o Amor. Proclamar novamente a Leitura (um pouco mais devagar que a primeira vez) Evangelho segundo Lucas 1, 46-56 Atualização da Palavra O que esta Palavra diz para mim? Silêncio... 1º MOMENTO: LEITURA 54º ENCONTRO Caminhemos com Maria na Espiritualidade da resistência! Cristã Leig e Leigas na Igreja e na Sociedade Folha Diocesana de Guarulhos | LEITURA ORANTE - JULHO 2017 1 2º MOMENTO: MEDITAÇÃO

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Acolhida e apresentação - Criar um ambiente acolhedor e silencioso desde a apresentação.

Canto – Bem-vindo irmão, você completa nossa alegria. Sinta-se bem, seja feliz em nos-sa companhia.

Saudação - Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Canto - Minh’alma dá glórias ao Senhor,meu coração bate alegre e felizOlhou para mim com tanto amor,que me escolheu, me elegeu e me quis.E de hoje em diante eu já posso prever,Todos os povos vão me bendizerO Poderoso lembrou-se de mim,Santo é seu nome sem fim

Dirigente – Iniciemos entre encontro acolhen-do as palavras do nosso querido Papa Francis-co: “A Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio inte-rior, do isolamento”.

Leitor - No seu cântico, Maria proclama: “O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador” (Lc 1,47). A meditação do Magnificat nos ensi-na a rezar por Maria, com Maria e como Maria.

RECORDAÇÃO DA VIDA!

Quais fatos desta semana nos chamaram aten-ção, seja em nossa família? No bairro? Na cidade? No país?

Incentivar a partilha

Dirigente - Os Bispos do Brasil – CNBB na Carta de 10/03/2016, com um olhar bem aten-to à situação política do nosso país, assim afir-maram: “Vivemos uma profunda crise política, econômica e institucional que tem como pano de fundo a ausência de referenciais éticos e morais, pilares para a vida e organização de toda a sociedade. A busca de respostas pede discernimento, com serenidade e responsabili-dade. Importante se faz reafirmar que qualquer solução que atenda à lógica do mercado e aos interesses partidários antes que às necessida-des do povo, especialmente dos mais pobres, nega a ética e se desvia do caminho da justiça”. Canto – Javé o Deus dos pobres, do povo sofredor, aqui nos reuniu pra cantar o seu louvor, pra nos dar esperança e contar com sua mão na construção do Reino, Reino novo, povo irmão.

A PALAVRA DE DEUS NOS ILUMINA

Dirigente – Maria irrompe de louvor pelo fato de que Ela é testemunha e participa do evento esperado pelos séculos: a vinda do Messias e a Salvação que ele traz. A alegria de Maria não é simplesmente uma alegria humana, é fruto da graça e Salvação que motivam nosso agir a fim de transformar as realidades injustas. É no Cân-tico da Libertação que Maria reconhece a ação de Deus. Maria canta os grandes feitos de Deus na História. Canto – Aleluia, Aleluia, AleluiaVamos ouvir uma Palavra bonitaque vai sair daqui agora,é a Palavra de Jesus Cristo filho de Nossa Senhora.

Evangelho segundo Lucas 1, 46-56 O que diz a Palavra?Procurar conhecer os elementos fundamentais do texto.Trocar impressões e dúvidas sobre o teor do texto: contexto, lugares, pessoas. (Não é momento de interpretação do texto)

Incentivar a partilha Dirigente – Para entender o sentido libertador do Magnificat, examinemos os seguintes ele-mentos do seu contexto social: pobreza so-cioeconômica: impostos e terras nas mãos de poucos deixa a população espoliada; domina-ção sociopolítica nas mãos do poder romano; opressão ideológica-religiosa por parte dos fa-riseus; agitações revolucionárias, promovidas pelos zelotas; enfim ardente desejo de liberta-ção da parte do povo mais pobre, das multi-dões miseráveis, “cansadas e abatidas como ovelhas sem pastor (Mt 9,36)”. Canto – Lutar e crer vencer a dor, louvar ao Criador, justiça e paz hão de reinar e viva o Amor.

Proclamar novamente a Leitura(um pouco mais devagar que a primeira vez)

Evangelho segundo Lucas 1, 46-56 Atualização da Palavra

O que esta Palavra diz para mim? Silêncio...

1º MOMENTO: LEITURA54º ENCONTROCaminhemos com Maria na

Espiritualidade da resistência!

Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade

Folha Diocesana de Guarulhos | LEITURA ORANTE - JULHO 2017 1

2º MOMENTO: MEDITAÇÃO

Incentivar a partilha Dirigente – Muitas lições temos a aprender com Maria. Com o Magnificat cantado por ela, aprendemos o canto da esperança dos pobres, que em Deus confiam e se comprometem com um mundo novo, marcado por novas relações políticas, econômicas, religiosas e sociais. Canto – Ave, Cheia de graça. Ave, cheia de amor! Salve, ó Mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor (2x)

Proclamar novamente a LEITURA

Evangelho segundo Lucas 1, 46-56 O que a Palavra me leva a dizer a Deus? Qual a resposta que damos a Deus diante da Palavra lida e meditada? Silêncio...

Momento de falar com Deus Dirigente – Maria é Mãe Lutadora: nada temeu, nem as forças diabólicas que devoraram a vida de Seu Filho, mas que foi por Deus Ressusci-tado. O mal tem aparente vitória – a vitória final pertence a Deus. Por isto ela é modelo de luta para todos que combatem em favor da vida. É modelo de luta para nossas comunidades... Canto – Ave, Cheia de graça. Ave, cheia de amor! Salve, ó Mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor (2x)

Proclamar novamente a LEITURA

Evangelho segundo Lucas 1, 46-56 Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Como tenho me relacionado com Deus: agradecendo ou cobrando? Sinto-me discípulo/a de Jesus. Meu olhar deste dia será iluminado pela presen-ça de Jesus Cristo, acolhido na minha casa, no meu trabalho, nos meus relacionamentos. Silêncio... Dirigente – O Magnificat nos mostra que toda a luta de libertação e transformação para uma sociedade mais justa e fraterna, para que

cristãos leigos e leigas, assumam sua vocação nos mais variados ambientes da sociedade, deve ser atravessada pelo espirito de louvor e alegria.

Incentivar a partilha Canto – Com Maria em Deus exultemos neste canto de amor-louvação:Escolhida dentre os pequenosMãe-profeta da libertação (bis)És a imagem da “Nova Cidade”sem domínio dos grandes ou nobresO teu canto nos mostra a verdadeque teu Deus é do lado dos pobres (bis)Maria de Deus, Maria da gente,Maria da singeleza da florVem caminhar vem com teu povo,de quem provaste a dor Dirigente – Nosso pais atravessa uma crise moral, política e ética e neste momento todos somos chamados a dar a nossa contribuição. Não nos cabe como cristãos leigos e leigas se-guidores de Jesus, à omissão e o descaso. Leitor - A Igreja nos exorta na palavra da CNBB: “Não há futuro para uma sociedade na qual se dissolve a verdadeira fraternidade. Por isso, urge a construção de um projeto viável de nação justa, solidária e fraterna.(...) O povo bra-sileiro tem coragem, fé e esperança. Está em suas mãos defender a dignidade e a liberdade, promover uma cultura de paz para todos, lutar pela justiça e pela causa dos oprimidos e fazer do Brasil uma nação respeitada”. Dirigente - A CNBB está sempre à disposição para colaborar na busca de soluções para o grave momento que vivemos e conclama os católicos e as pessoas de boa vontade a parti-ciparem, consciente e ativamente, na constru-ção do Brasil que queremos.

Pai Nosso... Dirigente - Maria canta a esperança, canta a confiança, canta o compromisso irrenunciável, canta o sonho que pode se tornar realidade, canta a misericórdia divina, canta o canto dos cantos, o canto da Alegria, o canto do Magnifi-cat! Que o Magnificat, cantado por Maria, este canto de alegria, confiança e esperança dos pobres, seja o nosso canto. Oração - No Ano Nacional Mariano, confia-mos o povo brasileiro, com suas angústias, anseios e esperanças, ao coração de Nos-sa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. Deus nos abençoe!

Canto - És a força da nossa esperançaó Maria da fraternidadeNo cansaço de nossas andançasguia os passos da real liberdade (bis)Com as flores e o pão partilhadospreparamos a mesa da história:Da opressão, afinal, libertadoscantaremos contigo a Vitória (bis)Maria de Deus, Maria da gente,Maria da singeleza da florVem caminhar vem com teu povo,de quem provaste a dor

Acolhida – Este povo chegou, que beleza oba! Seja sempre bem-vindo, venha com seu sorriso. Solidão vai saindo e por isso eu quero cantar!

Saudação - Iniciemos nosso encontro em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Amém.

Canto – Enviai o vosso Espirito, Senhor, e da terra toda face renovai.

Dirigente - Somos chamados a refletir sobre a vocação dos cristãos leigos e leigas, assumin-do nossa responsabilidade de sermos sujeitos na Igreja e na sociedade. Celebrando a vida e a vocação dos cristãos leigos e leigas da nossa Diocese, e dando continuidade ao estudo que um grupo de leigos da nossa diocese iniciou em 2015.

Canto - De mãos dadas a caminho. Porque juntos somos mais. Pra cantar o novo hino. De unidade, amor e paz.

Dirigente – Os cristãos leigos e leigas receberam, pelo Batismo e pela Crisma, a graça de serem Igreja e, por isso, a graça de serem sal da terra e luz do mundo. Iluminados pelo Espirito Santo, co-loquemos nossos dons à serviço da comunidade eclesial e da sociedade.

Leitor - Ser cristãos leigos e leigas é assumir a condição de sujeitos eclesiais, o que significa ser maduro na fé, testemunhar amor à Igreja, servir os irmãos e irmãs, permanecer no segui-mento de Jesus, na escuta obediente à inspira-ção do Espirito Santo e ter coragem, criativida-de e ousadia, para dar testemunho de Cristo.

Canto – Deus chama a gente prá um momen-to novo de caminhar junto com seu povo, é hora de transformar o que não dá mais, sozi-nho, isolado, ninguém é capaz. Por isso vem,

55º ENCONTROSal da Terra e Luz do Mundo

4º MOMENTO: CONTEMPLAÇÃO

3º MOMENTO: ORAÇÃO

Folha Diocesana de Guarulhos | LEITURA ORANTE - JULHO 20172

entra na roda com a gente. Também você é muito importante.

Dirigente - A 54ª Assembleia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de 2016, teve como central: “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade” e nos presenteou com o Documento 105 da CNBB. Trata-se da vo-cação dos cristãos leigos e leigas, verdadeiros sujeitos eclesiais e corresponsáveis pela nova evangelização, tanto na Igreja como no mundo. É nossa intenção refletir sobre a dimensão pas-toral, evangelizadora e missionária que cristãos leigos e leigas, por meio do testemunho, da santidade e da ação transformadora, exercem no mundo e na Igreja.

Leitor 1 – Jesus ensina a ser sujeito. Ele deixou sua marca no tempo e na história e é através de seu caminho que podemos chegar a Deus. É modelo de sujeito livre e responsável, capaz de opções, de decisões e de um amor incon-dicional.

Leitor 2 – A noção de sujeito tem origem judai-co-cristã. Por sua fé em Jesus Cristo, a comu-nidade cristã expande a noção de sujeito den-tro da comunidade e crê na salvação de todos os povos.

Leitor 1 – Como cristãos, somos chamados a viver como discípulos de Jesus Cristo em nos-so dia a dia. A partir da vocação específica os cristãos leigos e leigas vivem o seguimento de Jesus na familia, na comunidade eclesial, no trabalho profissional, na multiforme participa-ção na sociedade civil, colaborando assim na construção de uma sociedade justa, solidária e pacífica, que seja sinal do Reino de Deus inau-gurado por Jesus de Nazaré.

Canto – Senhor, se tu me chamas, eu quero te ouvir, se queres que eu te siga respondo eis-me aqui.

Dirigente - Vamos conversar um pouco sobre a nossa vocação de cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade:

1. Quais desafios encontramos para testemu-nhar a nossa vocação e missão de sujeitos eclesiais nas diversas realidades em que nos encontramos inseridos?2. O que temos feito como cristãos leigos e leigas para assumir a responsabilidade de sermos sujei-tos na Igreja e na sociedade para ser sal e luz?

3. O que podemos fazer para despertar para que cristãos leigos e leigas vivam o compro-misso de serem anunciadores, testemunhas de Jesus, e agentes de transformação deste para

um mundo mais humano e fraterno?

Canto - Deus é Amor, arrisquemos viver por amor. Deus é amor, ele afasta o medo! (4 x)

Dirigente - Em consonância com o Documen-to de Aparecida, é importante enfatizar que “os leigos também são chamados a participar na ação pastoral da igreja”. O Papa Francisco des-taca a importância da conscientização da iden-tidade e da missão dos cristãos leigos e leigas na Igreja: “a imensa maioria do Povo de Deus é constituída por leigos. A seu serviço está uma minoria: os ministros ordenados”.

Leitor 1 - A missão dos cristãos leigos e leigas não é a de substituir o pastor e o pastor não pode substituir os leigos e leigas no que lhes compete por vocação e missão. Além disso, a ação dos cristãs leigos e leigas não se limita a substituir em situação de emergência, os minis-tros ordenados.

Leitor 2 - A vocação e missão dos leigos e lei-gas é uma ação específica da “responsabilidade laical que nasce do Batismo e da Confirmação”.

Canto - Tua Palavra é, luz no meu Caminho, luz no meu caminho, tua palavra é.

A PALAVRA DE DEUS NOS ILUMINA

Dirigente – “Sal da terra e luz do mundo!” , as-sim Jesus definiu seus discípulos e a missão que a eles conferiu. Jesus também os adverte. Ele diz: Se o sal se torna insosso, já não serve para mais nada a não ser para ser jogado fora. Assim também a luz ela precisa brilhar, se não perde o seu sentido da sua existência. Os dis-cípulos e as discípulas através da sua atuação vão trazer claridade para que a verdade, a jus-tiça, o amor e a solidariedade floresçam e se espalhem em nosso mundo. Os cristãos leigos e leigas necessitam ser sal e luz do mundo.

Leitura – Mateus 5,13-14

Silêncio...

PARTILHA DA PALAVRA

Dirigente - Nem o sal, nem a luz, nem a Igreja, e nenhum cristão vive para si mesmo. Sua missão é sair de si, doar-se, dar sabor, iluminar e se dissol-ver. Os cristãos leigos e leigas, na Igreja e na so-ciedade, devem ter olhares luminosos e corações sábios, para gerar luz, sabedoria e sabor, como Jesus Cristo e seu Evangelho.

1. O que significa para nós, em nosso contexto, ser sal da terra?

2. Como iluminamos o mundo que nos cerca?Como damos um sabor diferente a este mundo amado e criado por Deus, cheio de indiferen-ças, marcado pela lógica individualista, pela ex-clusão e violência?

Canto – É como a chuva que lava, é como fogo que arrasa, tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal.

Dirigente – Para recordar os ensinamentos do Magistério do Episcopado latino americano so-bre a vocação e missão dos cristãos leigos e leigas:

- Medellín (1968). Considera que os leigos cum-prirão mais cabalmente sua missão de fazer com que a Igreja aconteça no mundo, na tarefa humana e na história. (DMd n.10, 2, 6)

- Puebla (1979) identifica os leigos como ho-mens e mulheres da Igreja no coração do mun-do e homens e mulheres do mundo no coração da Igreja. (DPb n. 786)

- Santo Domingo (1992) os chama de protagonis-tas da transformação da sociedade. (DSD n. 98)

- Aparecida (2007) pede maior abertura de men-talidade para que entendam e acolher o ser o fazer do leigo na Igreja, que por seu Batismo e Confirmação é discípulo e missionário de Jesus Cristo.

Leitor 1 - Há, portanto, no pensamento dos bispos latino-americanos e brasileiros uma condição e uma exigência para o protagonis-mo dos cristãos leigos e leigas. A condição é de que estes possam ocupar o lugar que lhes cabe na vida das comunidades, sentindo-se, de fato, como sujeitos corresponsáveis na ela-boração e realização de projetos e programas de evangelização. E a exigência é a sua atu-ação evangélica nas realidades onde vivem e atuam, para que à semelhança do fermento possam levedar toda realidade humana com a força do Evangelho.

Leitor 2 - Este é o grande desafio que hoje não só cristãos leigos e leigas enfrentam, mas todo o corpo eclesial: superar o conceito de leigo como inferior, subalterno e destinatário da ação evan-gelizadora; e formar cristãos leigos e leigas para que possam, nas realidades que lhe são espe-cíficas, agir como agentes eclesiais, discípulos missionários de Jesus Cristo.

Folha Diocesana de Guarulhos | LEITURA ORANTE - JULHO 2017 3

Dirigente - Para encontrar e servir a Deus na sociedade os cristãos leigos e leigas são ilumi-nados pelo modo de Deus: “ele ‘desce’ e ‘en-tra’ em nosso mundo e em nossa história para assumir em tudo a nossa existência. Desta for-ma também os cristãos, para seguir e servir a Deus, devem ‘descer’ e ‘entrar’ em tudo o que é humano, que constrói um mundo mais huma-no e que nos humaniza. (EG n.24)

Todos – Maria, que por Mãe nos deu Jesus, nos ajude a ser “sal da terra e luz do mundo”.

Pai Nosso...

Oração – Deus misericordioso, te pedimos a capacidade de Amar e Servir, para que a partir da nossa vocação específi ca de cristãos leigos e leigas possamos viver o seguimento de Jesus na familia, na comunidade eclesial, no trabalho profi ssional, na participação na sociedade civil, colaborando assim na construção de uma so-ciedade justa, solidaria e pacifi ca, que seja sinal do Reino de Deus inaugurado por Jesus.

Canto - Em águas mais profundas, /vamos lançar as nossas redes. /E, sem mais descan-sar /saciaremos nossa sede / De sermos uma Igreja toda ministerial / Na graça do batismo junto à fonte batismal / Assembleia dos cha-mados,/ escolhidos e enviados./ Em missão, pela Trindade,/ Coração deste mistério!

1. Em águas mais profundas/ vamos lançar nossas redes./E, sem mais descansar/ sacia-remos nossa sede./ De sermos uma Igreja/ toda ministerial./ Na graça recebida/ junto à fonte batismal.

2. Formamos um só corpo/ vocacionado à santidade./ Diversos nos carismas,/ mas a serviço da unidade./ Doando a nossa vida/ em favor da humanidade./ Discípulos do Mestre,/ vida entregue, oblação!

3. A graça recebida/ no sacramento do Ba-tismo./ Nos faz seguir Jesus,/ povo fi el res-suscitado./ “Fazendo-nos ao largo”/ sempre ousando o mais além./ Surpresas do Amor/ que nos convoca uma vez mais

(Preparação do Ambiente: imagens do mundo na atualidade, imagens de pessoas que em nome do Reino de Deus entregaram a vida, vela e Bíblia. Um cartaz com a frase: O cristão leigo, sujeito na igreja e no mundo: esperanças e angústias)

Acolhida – Este povo chegou, que beleza oba! Seja sempre bem vindo, venha com seu sorriso. Solidão vai saindo e por isso eu quero cantar!

Saudação - Iniciemos nosso encontro em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Amém.

Canto - Preenche meu ser (bis).Espírito unge meu ser em ondas de amor!Ó vem sobre mim! Espirito unge meu ser!

Dirigente – Cada um de nós é chamado para ser discípulo missionário de Jesus Cristo, parti-lhando nossos dons e nos colocando à serviço da Vida. Lembrando que o mundo é o primeiro lugar da presença, atuação e missão dos cris-tãos leigos e leigas, é necessário descobrir e discernir algumas bases fundamentais em que se estruturam um mundo globalizado, já que somos chamados a agir de forma consciente, responsável, autônoma e livre:

Leitor 1 - As tecnologias permitem as opera-cionalizações das aplicações fi nanceiras e, ao mesmo tempo, a oferta de produtos de modo ágil e conivente a cada consumidor.

Leitor 2 - Os sistemas jurídicos e fi nanceiro co-mandam a produção e o comércio e concentram e ditam as normas para uma tendência mundial, cada vez mais distante das necessidades das co-munidades locais.

Canto - Vence a tristeza enxuga o pranto ó meu povo, vem cantar um canto novo Deus da vida aqui está.

Leitor 1 - As cidades se afi rmam como um sistema que regido pelo capital fi nanceiro e ali-mentado pelo consumo, se sobrepõe ou supri-me as sociedades e culturas locais.

Leitor 2 - A cultura urbana propõe uma cultura do consumo, centrado na oferta de produtos sempre mais individualizados.

Leitor 1 - A sociedade da informação disponi-biliza volumes de uma extensa gama de todos os tipos de conteúdo internacionais, em detri-

mento, muitas vezes, da veracidade e da au-tenticidade dos sujeitos.

Canto – Ao encontro de Jesus, todos se en-contram como irmãos. Na experiência de Deus só há vida e comunhão!

Dirigente – O Papa Francisco na Homilia em Lampedusa denominou de “globalização da indiferença” aspectos da sociedade atual que representam uma dívida em relação aos direitos comuns das pessoas e dos povos, bem como ao que permite a cada um viver a verdadeira felicidade, e nos exorta fortemente a vencer a indiferença com as obras de misericórdia para conquistar a paz.

Todos: Vence a indiferença e conquista a paz!

Leitor 1 – O mundo globalizado funciona a par-tir de uma lógica individualista. O que vale é a satisfação individual e indiferença pelo outro; supremacia do desejo em relação às necessi-dades; predomínio da aparência em relação à realidade; inclusão perversa e falsa satisfação.

Leitor 2 – Os grandes problemas humanos estão presentes em nível mundial e local e expõem por si mesmo as contradições des-se sistema: Desenvolvimento que produz a pobreza; a confi ança no mercado (economia) e suas crises constantes (desconfi anças no mercado); enriquecimento de uns por favo-recimento ilícito da degradação ambiental; o bem-estar de uns às custas da exclusão da maioria. Os que fi cam excluídos desse proces-so consumista muitas vezes se alienam na ilu-são consumista e se endividam fi cando ainda mais dependentes deste sistema.

Dirigente - Conscientes de sua identidade, vo-cação, missão e espiritualidade, o cristão leigo e leiga participa do planejamento, decisão e execução da vida eclesial e da vida social, na política, no trabalho, na cultura, na comunica-ção, na educação, etc.

Canto – Ai de mim se eu não disser a verdade que ouvi, ai de mim se eu me calar quando Deus me mandar falar.

Dirigente – Vamos conversar sobre a postura cristã diante da realidade:

1. Quais são os discernimentos necessários para reproduzir ou resistir a padrões e valores dominantes.

2. Que sinais dos desafi os encontramos na nossa realidade local?

56º ENCONTROO mundo atual - As esperanças e as angústias

Folha Diocesana de Guarulhos | LEITURA ORANTE - JULHO 20174

SEMANA DIOCESANADE FORMAÇÃO

25 a 28 de JULHO

3. Que atitudes e posturas novas devemos ter?

Leitor 1 – As práticas eclesiais atuais reprodu-zem essas práticas sociais globais com expe-riências religiosas intimistas e individualizadas, como tendência a valorizar, quase que exclusi-vamente, o serviço no interior da Igreja.

Leitor 2 - Orientado por essa oposição, de va-lorizar mais as tarefas no interior da Igreja e os desafios da realidade, o cristão leigo corre o risco do comodismo, da indiferença, da intole-rância e da incoerência em sua vida de sujeito eclesial e cidadão do mundo, sem um empe-nhamento real pela aplicação do Evangelho na transformação da sociedade.

Dirigente – Também o Papa Francisco tem denunciado alguns retrocessos: falta de par-ticipação de leigos nos Conselhos Pastorais, grupos de elite, o regresso ao tradicionalismo, a pretensão de dominar os espaços da Igreja, a obsessão por doutrinas, os comodismos, o enfraquecimento do profetismo e da dimensão social do Evangelho, e ás vezes até rejeitados por alguns setores da Igreja, a volta de um exagerado ritualismo, o silêncio a respeito da “Igreja dos pobres”, o amadorismo em relação à preparação e formação das lideranças, entre outros.

Canto - Deus é Amor, arrisquemos viver por amor. Deus é amor, ele afasta o medo! (4 x)

Dirigente – Para viver a sua missão hoje, os cristãos leigos e leigas, precisam respeitar as diferenças e promover a convivência pacífica.

Leitor 1 – A Igreja se alegra com os cristãos leigos e leigas que são ministros de coor-denação e lideres nas dioceses, paróquias, comunidades, pastorais e movimentos. O ministério de coordenação e liderança é um verdadeiro lava-pés, cuja função é animar, organizar e coordenar a vida das comunida-des seguindo Cristo Bom Pastor e agindo em nome da Igreja e em favor do povo. O bom exemplo das lideranças cativa, convence e anima toda a comunidade.

Todos: Liderar é um ato de amor à Igreja.

Leitor 1 – Como cristãos leigos e leigas somos parte de uma Igreja que é uma comunidade missionária, seguidora de Jesus Cristo, chama-da a ser escola de vivencia cristã, comunidade inserida no mundo, grupo de seguidores de Je-sus Cristo, povo de Deus que busca também os sinais do Reino no mundo, comunidade que se abre permanentemente para as urgências do mundo.

Leitor 2 – Os cristãos leigos e leigas que vi-vem sua fé no cotidiano, nos trabalhos de cada dia, nas tarefas mais humildes, no voluntariado, cuja vida está escondida em Deus, são o per-fume de Cristo, o fermento do Reino, a glória do Evangelho. Eles se santificam nos altares do seu trabalho: a vassoura, o martelo, o volante, o bisturi, a enxada, o fogão, o computador, o trator. Constroem oficinas de trabalho e oficinas de oração.

A PALAVRA DE DEUS NOS ILUMINA

Dirigente – Vamos acolher a Palavra de Deus e ouvir o que ela nos ensina neste dia, para a nossa vocação de iluminar o mundo no segui-mento do Cristo, à exemplo daqueles que do-aram sua vida pela transformação deste para um mundo mais irmão e fraterno.

Aclamação ao Evangelho

Canto - Perto de nós está sua Palavra, esteja na boca no coração, na vida do teu povo.

Leitura – Lucas 10, 25-37 - Silêncio

PARTILHA DA PALAVRA

1. Diante da reflexão apresentada e do que a Palavra de Deus nos ilumina como podemos ser misericordiosos e compassivos com nos-sos irmãos?

2. Quais situações em nossa realidade e em nossa Igreja olhamos para os irmãos mais so-fridos, e continuamos a nos perguntar: quem é o meu próximo?

3. O que eu/nós podemos fazer para que nos-sa ação e participação como sujeitos eclesiais diminua o sofrimento de tantos irmãos esqueci-dos à beira do caminho.

Canto – Indo e vindo, trevas e luz,tudo é graça Deus nos conduz (repetir 4x)

Dirigente – O Bom Samaritano, que cuidou do seu inimigo ferido por assaltantes, é símbolo de Jesus e deve ser também símbolo da Igreja.

Leitor 1 – Eis o apelo do Papa Francisco: “A Igreja não pode ignorar o seu grito, nem en-trar no jogo dos sistemas injustos, mesqui-nhos e interessados que procuram torná-los invisíveis. Tantos pobres, vítimas de antigas e novas pobrezas. Há novas pobrezas! Po-brezas estruturais e endémicas que estão a excluir gerações de famílias. Pobrezas eco-nômicas, sociais, morais e espirituais. Pobre-zas que marginalizam e descartam pessoas,

filhos de Deus. Na cidade, o futuro dos po-bres é mais pobre”.

Leitor 2 - Um testemunho concreto de mise-ricórdia e ternura “que procura estar presente nas periferias existenciais e pobres”, poderá ajudar os cristãos no “construir uma cidade na justiça, na tolerância, e na paz”.

Dirigente - É preciso dizer “não” a tudo isso que promova a manutenção de uma sociedade individualista. Para o cristão é necessário o dis-cernimento: é preciso separar as coisas positi-vas das negativas, “é preciso esclarecer o que pode ser fruto do Reino e o que atenta contra o projeto de Deus. Isto implica não só reconhecer e interpretar as moções do espirito bom e do espirito mal, mas também – e aqui está o ponto decisivo – escolher as do bom espirito e rejeitar as do espirito mal” (EG, n.51)

Todos – Senhor, a fome no mundo faz tanta gente morrer! Ainda não aprendemos a mão aos famintos estender, nós mesmos dando--lhes pão, pra vida a morte vencer.

Pai Nosso...

Oração – Ó Deus do universo, faze de nós tes-temunhas da unidade e de comunhão fraterna, corresponsáveis com a missão da Igreja no mundo, e sinais, Senhor, de tua presença na humanidade. Por Cristo nosso Senhor, Amém.

Dirigente – Maria que soube acolher Jesus, nos ensine a fazer tudo o que ele nos disser. Amém.

Canto - Somos gente da esperançaQue caminha rumo ao Pai.Somos povo da AliançaQue já sabe aonde vai.

Refrão:De mãos dadas a caminhoPorque juntos somos mais,Pra cantar o novo hinoDe unidade, amor e paz.

2. Para que o mundo creiaNa justiça e no amor,Formaremos um só povo,Num só Deus, um só Pastor.

3. Todo irmão é convidadoPara a festa em comum:Celebrar a nova vidaOnde todos sejam um

Folha Diocesana de Guarulhos | LEITURA ORANTE - JULHO 2017 5

(Preparação do Ambiente: Bíblia / pão / docu-

mento 105 da CNBB)

Acolhida – Este povo chegou, que beleza oba!

Seja sempre bem vindo, venha com seu sorriso.

Solidão vai saindo e por isso eu quero cantar!

Saudação - Iniciemos nosso encontro em

nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo.

Amém.

Dirigente – Peçamos sempre O Espírito Santo,

é Ele quem sonda os nossos corações e sabe

do que precisamos para continuar a nossa

missão.

Canto – Preenche meu ser (bis). Espírito unge meu ser em ondas de amor! Ó vem sobre mim! Espirito unge meu ser!

Dirigente – Antes de tudo, nós cristãos leigos

e leigas, somos chamados à santidade. Fecun-

dados pelo Espirito Santo para cultivar com so-

licitude a vida interior e a relação pessoal com

Cristo, de modo que, em todas as circunstân-

cias, tudo façamos para a glória de Deus.

Leitor 1 – É o cristão maduro na fé, que ex-

perimentou o encontro pessoal com Cristo e se

dispôs a segui-lo com todas as consequências

dessa escolha. Com a certeza de ser alimen-

tado pelo Deus revelado em Jesus Cristo, cul-

tivando um espaço interior para a oração e a

contemplação.

Leitor 2 – A novidade da maravilhosa Encar-

nação nos leva a valorizar este único mundo

e esta única história onde vivemos e que nos

compete transformar, em unidade com todo o

gênero humano.

Leitor 1 – Um dos espaços de santificação para os cristãos leigos e leigas é a familia: comuni-

dade de vida e de amor, lugar de oração e de

acolhimento da vida que chega como presente,

lugar onde se experimente a beleza de amar e

ser amado.

Todos - Maria, mulher livre, forte e discípula

de Jesus que cooperou com o nascimento da

Igreja missionária, imprima em nós o perfil mari-ano da Igreja.

Leitor 2 – É missão do povo de Deus assumir o

sociopolítico transformador, que nasce do amor

apaixonado por Cristo. É nosso dever e nossa

alegria assumir o mandato de Jesus: “Ide pelo

mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda

criatura! (Mc 16,15).

Leitor 1 – Como o fermento, quando misturado

à massa, desaparece, nós cristãos leigos e lei-

gas fortalecidos pelo Profetismo do Papa Fran-

cisco, como profetas e contra as realidades que

contradizem o Reino de Deus insistirá em dizer:

Todos - “Não à cultura do descartável”. Não à

globalização da indiferença”. “Não ao dinheiro

que domina ao invés de servir”. “Não à fuga dos

compromissos”. “Não à guerra entre nós”.

Leitor 1 – Destacamos os incontáveis cristãos

leigos e leigas que atuam através dos seus

trabalhos em instituições como universidades,

escolas, hospitais, asilos, creches, meios de

comunicação, empresas, onde quer que seja,

evangelizando pelo testemunho e contribuindo

para a expansão do Reino de Deus.

Canto – O Deus que me criou, me quis me

consagrou. Para anunciar o seu amor (bis). Eu

sou como a chuva em terra seca (bis) / Pra sa-

ciar, fazer brotar. Eu vivo para amar e pra servir

(bis). É missão de todos nós, Deus chama. Eu

quero ouvir a tua voz (bis)

Dirigente – A presença e organização dos cris-

tãos leigos e leigas no Brasil, desde o século

passado até os dias atuais, buscou responder

aos desafios na Igreja e na sociedade brasileira nos diferentes momentos.

Leitor 2 – Em destaque a Ação Católica (1935),

a Juventude católica presente nas diversas re-

alidades. Às vésperas do Concílio Vaticano II

foi se delineando a teologia do laicato. As co-

munidades eclesiais de base – Ceb’ s - desde

os anos 1960 nasceram como lugares de ex-

periência cristã e evangelização.

Dirigente - Nos anos de 1970, como fruto do

Concilio Vaticano II, na Igreja do Brasil, criou-se

como organização do laicato, o então Conselho

Nacional dos Leigos, hoje o Conselho Nacional

do Laicato do Brasil (CNLB).

A propósito, o documento de Santo Domingo

recomenda: “Promover os Conselhos de Lei-

gos, em plena comunhão com os pastores e

adequada autonomia, como lugares de encon-

tro, diálogo e serviço, que contribuam para o

fortalecimento da unidade, da espiritualidade e

organização do laicato”. (DSD n.98)

Canto - Os cristãos tinham tudo em comum,

dividiam seus bens com alegria. Deus espera

que os dons de cada um se repartam com

amor no dia-a-dia. (bis)

Dirigente – Vamos conversar sobre a ação dos

cristãos leigos e leigas em nossa diocese:

1.Onde os cristãos leigos e leigas da nossa dio-

cese tem atuado para uma ação transforma-

dora na cidade?

2. Nossas pastorais em suas atividades estão

efetivamente comprometidas na promoção da

vida e do resgate da pessoa humana? De que

forma?

3. O que precisamos fazer para despertar nos

cristãos leigos e leigas a consciência quanto

a sua identidade, vocação, espiritualidade e

missão

Leitor 1 – Outro espaço importante de ação

dos cristãos leigos e leigas são as Pastorais So-

ciais: a presença e o cuidado de toda a igreja

missionária diante de situações reais de mar-

ginalização, exclusão e injustiça.

Todos - É missão do povo de Deus assumir o

compromisso sociopolítico transformador, que

nasce do amor apaixonado por Cristo.

Dirigente – Uma ação fundamental da comu-

nidade eclesial, particularmente os bispos e os

presbíteros, é a missão de formar integralmente

os cristãos leigos e leigas para que, conscien-

tes e ativos, cresçam na fé e no testemunho.

Como sujeitos eclesiais e agentes transforma-

dores da realidade, contribuindo com a Igreja

“em saída”.

Canto – É missão de todos nós, Deus chama eu quero ouvir a sua voz.

Leitor – A formação é decisiva para a maturi-

dade dos cristãos leigos e leigas, e deve con-

templar temas como: a pessoa e a prática de

Jesus Cristo; a missionariedade e a relação

Igreja - Mundo – Reino; a análise da realidade

à luz da Doutrina social da Igreja; a dimensão

comunitária; a opção pelos pobres; a educa-

ção para a justiça; a relação fé e política; a

antropologia cristã; especialmente o relacio-

namento humano, a sexualidade e a afetivi-

dade humanas.

Leitor 1 – São João Paulo II ensina que

“ao descobrir e viver a própria vocação e

missão, os fiéis leigos devem ser formados

para aquela unidade, de que está assinalada

a sua própria situação de membros da Igreja

e de cidadãos da sociedade humana. Nesta

mesma direção, o Papa Francisco concla-

ma os cristãos leigos e leigas “a sair da sua

própria comodidade e alcançar as periferias

que precisam da luz do Evangelho”.

Todos - Jesus quer que toquemos a miséria

humana, que toquemos a carne sofredora

57º ENCONTROA ação transformadora na Igreja e no Mundo

Folha Diocesana de Guarulhos | LEITURA ORANTE - JULHO 20176

Oração dos Cristãos

Leigos e Leigas:

Senhor Jesus Cristo, Vivo e Ressusci-tado, vos glorificamos, por nos acolher como irmãos e irmãs pelo batismo, e nos acompanhar com Vossa graça.

Te louvamos pelo projeto de vida que apresentastes no teu Evangelho.

Senhor, Te bendizemos porque nos chamas a ser pessoas pobres e simples, vivendo a partilha, comunhão e solidarie-dade, como sinais do Vosso Reino.

Senhor, que sejamos pobres em espírito, em total confiança na Misericórdia Pai, para irradiarmos tua luz onde vivemos, e cuidar do planeta em que habitamos, nos-sa casa comum.

Dá-nos a graça de dizer SIM à beleza da vida: a alegria da evangelização; à missão de ser sal da terra, luz do mundo e fermen-to na massa; dizer SIM à vida de comu-nidade; a comunhão com os ministérios ordenados numa fecunda espiritualidade de comunhão; dizer SIM ao Vosso Evan-gelho; à graça dos Sacramentos; ao amor fraterno; à vocação universal de santidade.

Dai-nos a força de dizer NÃO à idolatria do poder e do dinheiro; à busca do sucesso, fama e glória a qualquer preço; dizer NÃO ao autoritarismo; à cultura do descartável; à globalização da indiferença; dizer NÃO à violência de mil rostos; a omissão de sa-grados compromissos com a dignidade e sacralidade da vida.

Saibamos viver o SIM e o NÃO com sabedoria e firmeza, quando formos chamados a dar razão de nossa esperan-ça, no fecundo testemunho da fé,

Senhor, afasta de nós todo medo, firma nossos passos, aumenta nossa fé, espe-rança e caridade, para vivermos já a vida eterna, unindo-nos aos e que já estão no repouso eterno, contemplando vossa face.

E que tenhamos Maria, nossa Mãe, como companheira e figura da Igreja. Amém.

Folha Diocesana de Guarulhos | LEITURA ORANTE - JULHO 2017 7

dos outros. Não se vive melhor fugindo dos outros, negando-se à partilha, fechando-se na comodidade. “Isso não é senão um lento suicídio. (EG 272)

Dirigente – Existem muitos novos e desafiad-ores espaços do mundo moderno (chamados de novos areópagos), nos quais os cristãos leigos e leigas agem, como sujeitos eclesiais. Nasce a coragem profética e é impossível calar diante da necessidade da ação transformadora destes campos de ação: a família; o mundo da política; o mundo das políticas públicas; o mundo do trabalho; o mundo da cultura e da educação; o mundo das comunicações e o cui-dado com a nossa Casa Comum, entre outros.

A PALAVRA DE DEUS NOS ILUMINA

Dirigente – O texto de Lucas nos convida a sair em missão. A colheita é grande e há pouca gente disposta! Assumamos a tarefa! Para a autopromoção, para que sejamos individual-mente valorizados? Com certeza não. O con-vite é para que sigamos dois a dois, duas a duas. Duas pessoas juntas já são a célula de uma comunidade, o princípio do diálogo.

Aclamação ao EvangelhoTua Palavra é lâmpada para meus pés Senhor, lâmpada para meus pés e luz, luz para o meu caminho. Bis)

Leitura – Lc 10,1-11.16-20

Silêncio

PARTILHA DA PALAVRA

Canto – Tua voz me faz refletir, deixei tudo pra te seguir, nos teus mares eu quero navegar.

Dirigente – Da mesma maneira como tinha fei-to com os Doze (Lc 9,10), Jesus reúne os 72 discípulos e discípulas e faz um encontro com eles para rever a missão. Os discípulos voltam e começam a contar o que fizeram. Com muita alegria informam que, usando o nome de Jesus, conseguiram expulsar até demônios! Jesus os ajuda no discernimento. Se eles conseguiram expulsar demônios, foi porque ele, Jesus, lhes tinha dado este poder. Estando com Jesus, nada de mal lhes pode acontecer. E Jesus acrescenta que o mais importante não é expulsar demônios, mas sim ter o nome inscrito no céu.

Leitor 1 – Este texto de Lucas 10,17-24 nos dá uma ideia de como os discípulos e as discípu-las viviam em comunidade com Jesus. Eles fa-ziam aquilo que nós fazemos até hoje: reunião, avaliação, oração, partilha, análise da realidade, ajuda mútua.

Leitor 2 - A pequena comunidade que se for-mou ao redor de Jesus foi o primeiro “Ensaio do Reino”. A comunidade é como o rosto de Deus, transformado em Boa Nova para o povo, sobretudo para os pobres. Assim haverá de ser nossa comunidade de discípulos missionários do Senhor.

PAI NOSSO

Oração – Conduzi, Senhor, nossa vida pessoal e social, iluminando-nos e nos ajudando, para que vivamos na prudência, vigilância, lealdade, transparência. E com estes valores, de mãos da-das com a coragem, denunciar e enunciar novos tempos, por um mundo justo e fraterno. Amém.

Leitor 1 – Os discípulos de Jesus, certa vez disseram que Suas palavras são duras demais. E Jesus perguntou se eles também queriam ir embora, como muitos haviam feito. Os discípu-los responderam: “A quem iremos Senhor, só Tú tens palavra de vida eterna”(cf. Jo, 6,60-68).

Dirigente - E hoje a nossa melhor resposta é viver o caminho de santidade. Compromisso com a causa do Reino, valor absoluto! Criando, na mi-sericórdia, laços de sadia fraternidade, lutar para que não haja mais dor, lamento, morte e luto. Todos - A melhor resposta é rever a nossa Iden-tidade... Ser, de fato, no mundo, luz, lançando raios de ternura. Ser, de fato, da terra, sal que dá gosto de eternidade. Ser, mais que de fato, fermento da Verdade mais pura: Jesus Cristo!

Canto – Cristo, quero ser instrumentode tua paz e do teu infinito amor.Onde houver ódio e rancor, que eu leve a concórdia, que eu leve o amor!Onde há ofensa que dói, que eu leve o perdão; onde houver a discórdia, que eu leve a união e tua paz!

2- Mesmo que haja um só coração,/ que duvide do bem, do amor e da fé./ Quero com firmeza anunciar/ a Palavra que traz a clareza da fé!

3- Onde houver erro, Senhor,/ que eu leve a verdade, fruto de tua luz!/ Onde encontrar desespero,/ que eu leve a esperança do teu nome, Jesus!

4- Onde eu encontrar um irmão/ a chorar de tristeza, sem ter voz e nem vez./ Quero bem no seu coração/ semear alegria, pra florir gratidão!

5- Mestre, que eu saiba amar,/ compreender, consolar endar sem receber./ Quero sempre mais perdoar,/ trabalhar na conquista e vitória da paz!

O Movimento Empresarial Católico, surgiu da ideia de alguns empre-sários da comunidade do Santuário São Judas Tadeu - Guarulhos, em conciliar a Fé com a oportunidade de fazer negócio, mas também de ter a possibilidade de levar conhecimento aos demais empresários católicos para que pudessem gerir melhor suas empresas e ampliar sua rede de relacionamento, tudo dentro das crenças da Igreja Católica, buscando uma espiritualidade para os nossos negócios, e nos apoiamos no Salmo 127, 1 que diz: “Se o SENHOR não edifi car a casa, em vão trabalham os que a edifi cam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela”. Assim buscamos a inteligência que Deus nos dá para gerir e con-duzir nossos negócios. Pois acreditamos que o sucesso profi ssional e de nossos negócios são da vontade de Deus. Um dos pontos que também levaram a criação desse movimen-to foi de que por diversas vezes costumamos procurar por produtos ou serviços fora da comunidade, porque geralmente conhecemos somente as pessoas e não sabemos o que elas fazem ou em que elas trabalham, mesmo estando na mesma comunidade ou até mesmo em uma mesma pastoral não se sabe o que cada um faz. Já tivemos relatos em que uma determinada pessoa buscava por um serviço de pintura e não sabia que o irmão de fé que pertencia a mesma pastoral era pintor, o Movimento Empresarial Católico tem o propósito de conciliar isso. Foi escolhido o nome de Movimento Empresarial Católico, por conta de não termos a pretensão de ser uma pastoral, mas apenas um movimento da Igreja, embora indiretamente temos uma responsabilida-de e um trabalho evangelizador, queremos ser um instrumento que pos-sa colaborar com empresário católico, mas que também possamos de alguma forma ter uma contribuição social para a Igreja Nosso principal objetivo é levar conhecimento para o empresário Católico através de palestras ministradas mensalmente, como também proporcionar uma troca de experiências, além de criar uma rede de rela-cionamento que possibilite fomentar negócios entre os participantes do Movimento. Nossa expectativa é que o grupo cresça a cada edição levando conhecimento e ajudando os empresários, comerciantes, profi ssionais liberais entre tantos outros a prosperar cada vez mais seus negócios. Nossos encontros têm duração de aproximadamente 3 horas e foram pensados em oferecer ao empresário católico, maior integração com os demais participantes seguindo este formato:

Recentemente desenvolvemos um projeto de criar uma ligação entre as pessoas que estejam procurando por uma oportunidade de tra-

balho, com as empresas participante do Movimento, que possam

estar precisando de mão de obra. Isso só foi possível graças a criação de nosso site www.mecsaojudas.com, que além de ter essa ligação, possui várias possibilidades de interação com os participantes do Movi-mento, como por exemplo:

Inscrições - Eventos - Fórum - O que é - Ação Social

E se tratando de ação social temos muito orgulho de contribuir com a campanha Lacres Pelo Bem, uma iniciática do Instituto i9c, que tem como fi nalidade arrecadar lacres de latas de alumínio para comprar 4 próteses para a Fabiana que perdeu membros superiores e inferiores por conta de uma meningite. Também estamos com a pretensão de levar o movimento para comunidades de outras paróquias, e com isso ampliar a possibilidade de fazermos a diferença na vida de muito mais pessoas. E para que possa-mos atingir esse objetivo no mês de agosto faremos um encontro muito especial em comemoração de um ano de nosso Movimento. Devido ao enorme sucesso nosso convidado especial será mais uma vez Willian Lin, que virá nos prestigiar abordando o tema “Sucesso e Felicidade” E como se trata de um encontro especial essa edição será no:

Centro Diocesano de Guarulhos, Av. Gilberto Dini, 519 – Jardim Bom Clima – Guarulhos

22 de agosto de 2017,A partir das 19hs.

Então não perca essa chance.

Você que é empresário, comerciante ou profi ssional liberal, se não co-nhece venha conhecer nosso Movimento, se já conhece venha participar dessa edição especial, uma oportunidade única de conciliar sua fé com a possibilidade de adquirir mais conhecimento e gerar negócios para sua empresa além de ampliar sua rede de relacionamento.

Participe traga um acompanhante!

Faça sua inscrição pelo nosso site:www.mecsaojudas.com

Esperamos por você, Paz e Bem!

Leigos em Ação Movimento Empresarial Católico

Folha Diocesana de Guarulhos | LEITURA ORANTE - JULHO de 20178