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Crise do II Reinado e a Proclamação da República (1870- 1889) O povo: bilontra ou bestializado?

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Crise do II Reinado e a Proclamação da República (1870-1889)

O povo: bilontra ou bestializado?

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Questão Abolicionista ou da Escravidão”

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- (Característica) Encaminhada por etapas; gradualismo.

- Risco potencial revoltas;- A resistência escrava;- O Movimento abolicionista;- Pressão internacional;- Disputas entre a elite escravista (Vale do Paraíba)

e a elite abolicionista (Oeste Paulista)- Problema da mão de obra - Opção pelo

trabalhador imigrante nas áreas mais dinâmicas da economia.

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* Leis abolicionistas (iniciativa do executivo)- 1850:Lei Eusébio de Queiroz (proibição do

tráfico);- 1871: Lei Rio Branco ou “Lei do Ventre-livre”

(Livres os filhos de escravas após a lei);- 1885: Lei Saraiva-Cotejipe ou “Sexagenários”

(Alforria aos 60 anos)- 1888: Lei João Alfredo ou “Lei Áurea”.

Perda de apoio da base escravista.

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Ideal Republicano• Preocupação com o desenvolvimento do País: - Monarquia = Escravidão = Atraso• Difusão entre a intelectualidade; • Quintino Boicaiúva; Lopes Trovão; Silva

Jardim...

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Questão Religiosa

- Desentendimento entre Igreja e Maçonaria (Unificação Italiana);

- D. Pedro II era munido do “beneplácito”- poderia aceitar ou não a lei de Roma (ligação Estado-Igreja);

- Bispos desobedeceram o Imperador e foram punidos. Levamdo a Igreja a tirar o apoio ao imperador.

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Questão Militar- Exército e.... 1831 (Regência) – criação da Guarda Nacional –

Minora a importância do exército.. Guerra do Paraguai 1865-1870 – exército passa a

buscar valorização, já que ganhou importância.. Jornais Militares Reivindicatórios > Censura imperial

(punições): Choque entre Pedro II e Deodoro.. Positivismo: Ditadura republicana; executivo forte e

intervencionista capaz de modernizar o país.

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Queda da Monarquia

• Duas forças, muito diversas, atuaram: - Elites civis organizadas nos partidos regionais

(cujo mais forte era o PRP);- Exército.- Disputas entre uma elite divergente (falta de

coesão entre grupos dominantes).

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República: ruptura ou continuidade?

• O golpe do 15 de novembro de 1889 derrubou a Monarquia.

• Distanciamento popular;• Apesar da aparente tranquilidade, o novo sistema de

governo foi marcado por grandes discordâncias políticas e vários conflitos sociais.

• Republicanos não coesos: 1º grandes proprietatários rurais (federalistas – autonomia às províncias); 2º Exército (positivismo); Republicanos radicais (jacobinos).

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Fases da Primeira República

• 1ª República da Espada• 2ª República oligárquica

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República da Espada

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Governo provisório 1889-1891

• Os grupos que encabeçaram o golpe escolheram o Marechal Deordoro da Fonseca como chefe e um ministério heterogêneo.

• Antes de promulgar uma Constituição, era necessária uma ordem: arranjos políticos com lideranças locais – minar resistências.

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A Constituição de 1891• Integrantes da Assembleia Constituinte:

Militares, fazendeiros, camadas média urbanas.

• Promulgada em fev. 1891:- República Federativa (estados),

presidencialista e representativa; (inspiração EUA)

- 3 Poderes: Legislativo (Senado e Câmara – o n. de deputados por estado dependeria da população); Executivo; Judiciário.

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- Direito ao voto: maiores de 21 anos; com a exclusão das mulheres, frades, militares de baixa patente, analfabetos, mendigos.

- O primeiro presidente seria eleito de forma indireta pela própria Assembleia.

• Agradou a oligarquia cafeicultura – autonomia regional e descentralização político-administrativa.

• Não contemplou os ideiais republicanos: a cada 100 brasileiro 3 eram votantes. (A educação básica não era dever do Estado!)

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Deodoro 1889-90(Provisório)1891 (Mandato)

• Eleição indireta de Deodoro da Fonseca (medo de intervenção armada) e de Floriano Peixoto, membro da outra chapa, como vice.

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Política econômica (governo provisório e Rep. da Espada)

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• O ministro da fazenda adotou uma política de incentivo à industrialização:

- Aumento de imposto sob os importados;- Oferta de crédito para empreendedores nacionais.• Porém...- Emissões desordenadas (aumento dos preços);- Fraudes: empresas fantasmas Crise do encilhamento- Suspensão total de emissões e empréstimos >

Falências!

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• Queda de Deodoro:- Crise econômica;- Crítica à centralização política e às intervenção do

presidente nos estados;- Perda da unanimidade entre as forças armadas;- Legislativo aprova a redução de poderes do

presidente; - Deodoro fecha o Congresso > Reações intensas de

vários setores (inclusive militares e até dos trabalhadores)

- Com medo de uma guerra civil, o presidente renuncia novembro.

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Floriano Peixoto (1891-189)

• Necessidade de estabelecer estabilidade à República;• Apoio militar; Acordo com as elites agrárias

(Reabertura do Congresso e comprometimento em não prolongar o mandato)

• Interpretação da Constituição – o problema da vacância do presidente.

- Opositores: Alegavam a inconstitucionalidade do governo – Novas eleições.

- Defensores: A determinação só valia para presidente eleito diretamente.

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• 1892 – levantes por eleições (logo sufocados);• 1893-94 – Revolta da Armada- Almirantes Saldanha da Gama e Custódio de

Melo.- Eleições imediatas e destituição do presidente.- Tomam navios e confrontam as tropas

governistas.- Vitória de Floriano (mar.1894)- Parte dos derrotados fogem para o sul, onde se

juntam com outra rebelião: Revolução Federalista.

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• Revolução Federalista (1892-1894)- Debate sobre a Constituição Estadual do Rio Grande

do Sul.- Republicanos “pica-paus” (Julio Castilho): poder

centralizado e governador forte;- Federalista “maragatos” (Silveira martins): limitação

do poder executivo, parlamentarismo e descentralização.

- Apoio da União aos Republicanos.- Questão do Desterro, capital de Santa Catarina;- Vitória de Floriano (12 mil mortos e ruina do RS)

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• “Consolidador da República ou “Marechal de Ferro”?

- Consegue estabelecer uma certa estabilidade institucional;

- Governa com autoritarismo e repreende opositores;- Cumpre seu compromisso com a elite agrária,

deixando o governo ao fim de seu mandato.

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A República Oligárquica

• Na prática o poder foi controlado por um reduzido grupo político de cada estado;

• Os PR’s: decidiram os destinos da política nacional e fecharam acordos para a indicação de presidente.

• O coronelismo:- Economia agrária; sociedade rural.- Domínio político dos fazendeiros e controle dos

trabalhadores do campo.

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- Os “coronéis” controlavam os votos em sua área de influência, através de coação (cabresto) ou “favores” (clientelismo).

- Através desse mecanismo, forneciam votos as chefes políticos do respectivo estado. Mas, por outro lado, dependiam deles para proporcionar benefícios à sua região.

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Política dos governadores• Governo Campos Sales (1898-1902);• Mecanismo para garantir estabilidade ao governo

central, baseado no apoio das oligarquias estaduais;• Acordo: os governadores recebiam apoio do

governo federal (não intervenção, baixos impostos...); e retribuindo garantindo a eleição de deputados e senadores favoráveis ao governo.

• Comissão de Verificação: uma comissão de deputados verificava entre os eleitos as “fraudes”. Os opositores, considerados fraudulentos, sofriam a degola.

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O Café com leite• Coesão em torno dos PR (São Paulo pioneiro)• Primazia econômica; SP (Café) MG (café e

gado – mais voltado para o mercado interno);• Estados mais populosos;• Domínio dos mecanismos institucionais;• Elegeram quase a totalidade dos presidentes,

com exceçãos de Hermes da Fonseca (1910-14-RS) e Epitácio Pessoa (1919-1922-PB)

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• A exceção: Hermes da Fonseca- Divergência entre MG e SP;- “Política das Salvações”:. Política de intervenção nos estados;. Objetivo de derrubar oligarquias estaduais e

fortalecer o poder central;. Conflitos armados (Padre Cícero – “coronel de

batina”)

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Questões Econômicas:• Brasil agroexportador e importador de produtos

industriais (Neste sentido, P. de Morais diminui tarifas alfandegárias);

• 1896 – queda do preço do café no mercado internacional;

• “Funding-loan” (Campos Sales 1898-1902):- O Brasil fazia altos empréstimos internacionais e

atrasava o pagamento (pagava os juros);- Oferecia concessões aos banquei internacionais;- Promessa de reduzir a inflação (aumento dos impostos,

cortes no orçamento...)

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• 1906 - Ponto alto da crise do café.• Convênio de Taubaté:- Governadores (MG, SP, RJ) reuniram-se para

garantir a valorização do produto;- Os estados compram e estocam o excedente,

diminuindo a oferta. - Obs: Compram com dinheiro de empréstimos

externos afiançados pelo gov. federal!- Socialização dos prejuízos: preserva-se a

economia cafeeira, transferindo para o Estado os custos da manutenção dos lucros dos fazendeiros.

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• Substituição de importações:- 1914-1918 (Venceslau Brás)- Dificuldade de obter bens de consumo

industrializados, por causa da primeira guerra.- Estímulo ao desenvolvimento da indústria

interna para suprir a demanda.- Aumento da exportação de matérias-primas e

alimentos.