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crise 1383

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1- Explica as condies de subida ao trono de D. Joo I, Mestre de Avis.Em Portugal a crise no era apenas demogrfica e econmica, mas tambm uma crise de sucesso (a crise de 1383-1385), Dom Fernando faleceu, deixando como sua nica herdeira, Beatriz, de Portugal, casada com Joo I de Castela. Se fosse nomeada para governar Portugal, o reino corria srios riscos de perder a sua independncia, uma situao que no agradava a parte da populao. Deste modo, as opinies dividiram-se: por um lado o povo, a baixa nobreza e a burguesia que apoiavam o Mestre de Avis, (que viria a tornar-se o futuro Joo I de Portugal) e a independncia de Portugal, por outro, parte da nobreza e clero apoiava Dona Beatriz.Depois de Mestre de Avis ter assassinado o Conde Andeiro e se ter auto-proclamado Rei, tiveram lugar vrias batalhas entre portugueses e castelhanos, sendo os exrcitos portugueses comandados por D. Nuno lvares Pereira e obtendo vitrias (por exemplo, na Batalha dos Atoleiros). Mas s nas Cortes de Coimbra que o Mestre de Avis, defendido por D. Joo das Regras, foi aclamado publicamente Rei de Portugal, D. Joo I, tendo assim dando inicio Dinastia de Avis.nica filha do rei D. Fernando I de Portugal, D. Beatriz, casara com D. Joo I de Castela, pondo-se assim termo a uma srie de guerras contra aquele reino, que haviam enfraquecido a economia de seu pas. D. Fernando morreu alguns meses depois deste casamento.D. Leonor Teles, a viva de D. Fernando, nunca fora bem vista pelo povo e pela nobreza, que a no podia respeitar por ser ela j casada quando o rei, tomado de paixo, a roubou a seu marido, Joo Loureno da Cunha, apelidado por isso mesmo de o Corninhos de Oiro pois se enfeitara, por desgosto e luto, desde esse dia, com um chapu munido de dois chifres dourados. Mas, sob o reinado de sua filha D. Beatriz, residindo no estrangeiro, cabia-lhe a ela governar o reino como regente at que um filho de D. Beatriz completasse 14 anos, e viesse reinar pessoalmente em Portugal, conforme estipulado no Tratado de Salvaterra, contrato de casamento da princesa portuguesa, entre as coroas de Portugal e de Castela.Isso desencadeou revoltas populares: as populaes recusavam-se a aceitar a aclamao de uma rainha que era mulher de um rei estrangeiro (Castela), embora no por tal facto poder vir a dar origem unio dos dois pases e em consequncia a perda de independncia de Portugal, mas sim por dio Rainha-Regente, considerada pessoa imoral, a quem no reconheciam por rainha porque bgama e de maus costumes.[2]Os povos de Lisboa e outras partes do Reino, juntos com boa parte da nobreza, pediram ento a D. Joo, mestre da Ordem de Avis, (filho ilegtimo do rei Pedro I, que aceitasse lutar contra D. Beatriz e o seu marido Joo de Castela, sendo o aclamado Regedor e defensor do Reino.Fugida a rainha D. Leonor Teles de Menezes de Lisboa, destituda da regncia, viu-se obrigada a solicitar ao genro, o rei de Castela (chamado D. Joo I) para vir eliminar a revoluo, e reinar pessoalmente em Portugal junto com D. Beatriz. Dirigiu-se o soberano castelhano para Lisboa, testa de grande exrcito, cercando a cidade por terra, e tambm pelo rio, com a sua armada.A burguesia da prspera cidade de Lisboa, assim como muita da nobreza filha segunda, entre muitos outros partidrios apenas por dio a D. Leonor Teles e ao seu amante galego, o conde Andeiro, apunhalado durante a revoluo pelo novo Regente, aderiram facilmente causa do Mestre de Avis. Foi a burguesia de Lisboa, mais rica, logo seguida por outras terras, quem financiou o esforo militar da revoluo. Mas parte do clero e das primeiras figuras da nobreza portuguesas, por dever de fidelidade feudal, apoiavam ainda a sua rainha D. Beatriz.Entretanto, um pequeno exrcito portugus, comandado por D. Nuno lvares Pereira (que apoiava o Mestre de Avis) vence os castelhanos na batalha dos Atoleiros com uma tctica inovadora na Pennsula. O aparecimento da peste nas tropas sitiantes de Lisboa obrigou o rei de Castela a se retirar para o seu prprio reino.Aps algum tempo, outro exrcito luso-castelhano, por D. Beatriz e seu marido, invadiu novamente Portugal, acontecendo em Aljubarrota (1385) uma batalha decisiva e perigosa: aproveitando as vantagens da colocao no terreno e utilizando tcticas Romanas (conjunto de paliadas) as tropas portuguesas, em nmero muito inferior, e chefiadas pelo rei D. Joo I na retaguarda e por D. Nuno lvares Pereira, seu Condestvel, na vanguarda, conseguiram uma notvel vitria que deu brado na Europa do tempo, sobretudo pela utilizao pelos portugueses das novas tcticas das covas de lobo, disfaradas no terreno onde manhosamente haviam atrado o inimigo, onde caram os pesados cavaleiros castelhanos, e pelo emprego sistemtico das geis lanas. por vezes referido que a tctica lusa passou pelo uso da tctica do quadrado, embora no seja provvel que tal tenha acontecido. Est batalha ficou conhecida como Batalha de Aljubarrota.A paz definitiva com Castela s veio a ser assinada em 1411.Para assinalar o acontecimento, D. Joo I mandou iniciar, no local, a construo do Mosteiro de Santa Maria da Vitria, conhecido por Mosteiro da Batalha, aonde jazem os prncipes da nova dinastia de Avis, em capela-panteo construda para esse fim.2 - Explica de que forma os acontecimentos do sculo XIV na Europa provocaram o fim da "Idade Mdia" e o incio da "Idade Moderna".No sculo XIV, a Europa vai passar por um perodo terrvel.Portugal atingido por vrios anos de alteraes climticas, com cheias e secas, que afetam grandemente a agricultura e provocam fome. Para agravar a situao, a grande mortalidade e a fuga de pessoas para as cidades mais ricas, faz com que haja falta de gente para trabalhar nos campos.Como se no bastasse a fome, a Peste Negra chegou a Portugal em 1348 (em cinco anos, esta epidemia matou cerca de um tero da populao europeia - mais ou menos 25 milhes de pessoas).partir do incio do sculo XIV, uma profunda crise anunciou o final da poca medieval. Fome, pestes, guerras e rebelies de servos.No inicio do sculo XIV, a Europa foi assolada por intensas chuvas (1315 a 1317) que arrasaram os campos e as colheitas. Como conseqncia, a fome voltou a perturbar os camponeses, favorecendo o alastramento de epidemias e trazendo a mortalidade da populao.com as mortes provocada pela fome, pela peste e pela guerra dos cem anos, comeou a faltar mo de obra nos campos, a produo agrcola diminuiu, acarretando prejuzos para a nobreza. Para compensar suas perdas, a nobreza aumentou o controle sobre os camponeses tributos pagos por eles. Os camponeses, por sua vez, reagiam incendiando colheitas, fugindo e promovendo revoltasEm Portugal a Peste Negra entrou em 1348. foi uma espcie de "pragarelmpago" propagando-se por quase toda a europa muito rapidamente. At ao Natal, matou muito mais do que metade da populao portuguesa, e depois desapareceu, e foi exactamente assim no resto da Europa. Como naquela poca a medicina estava muito pouco desenvolvida, as pessoas pensavam que a peste era um castigo enviado por Deus.