crimes contra a adm pub
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Direito Penal – ISS-SP AUDITOR-FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS
QUESTÕES COMENTADAS - FCC Prof. Renan Araujo – Aula 05
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AULA 05: ABUSO DE AUTORIDADE (LEI
4.898/65). LEI DE IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA (ENRIQUECIMENTO ILÍCITO) -
LEI 8.429/92
SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação e Sumário 01
I – Exercícios para praticar 02
II – Exercícios Comentados 16
Gabarito 47
Salve, salve, meu povo!
Em nossa quarta aula, estudamos a respeito dos Crimes contra a
Administração Pública (Parte II).
Hoje vamos estudar a respeito do Abuso de Autoridade (Lei
4.898/65); Enriquecimento ilícito e a Lei de Improbidade
Administrativa (Lei 8.429/92).
Meus caros, considerando que existem pouquíssimas questões da
FCC sobre o tema “Abuso de Autoridade”, tomei a liberdade de
acrescentar questões de outras bancas, para que vocês não ficassem sem
conteúdo!
Chega de papo.
Vamos ao Trabalho!!
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I – EXERCÍCIOS PARA PRATICAR
01 - (FCC – 2012 – TCE/AP – TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO)
Estão sujeitos às penalidades previstas na Lei de improbidade
administrativa:
A) agentes públicos, assim entendidos apenas aqueles detentores de
mandato eletivo e seus auxiliares diretos.
B) ocupantes de cargo, função ou emprego público, exclusivamente.
C) agentes públicos e detentores de mandato eletivo, exclusivamente.
D) servidores públicos e particulares, desde que ligados ao poder público
por vínculo contratual.
E) agentes públicos e particulares que se beneficiem de forma direta ou
indireta do ato de improbidade.
02 - (FCC – 2012 – TCE/AP – TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO)
De acordo com a Lei no 8.429/1992, configuram atos de improbidade
administrativa
A) os que causem dano ao erário, exclusivamente.
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B) os que causem, sempre cumulativamente, dano ao erário e
enriquecimento ilícito.
C) também aqueles que atentem contra os princípios da Administração
pública, ainda que não causem dano ao erário.
D) apenas os que configuram crimes contra a Administração, na forma
prevista na legislação penal.
E) os que causem, sempre cumulativamente, dano ao erário,
enriquecimento ilícito e violação aos princípios da Administração.
03 - (FCC – 2012 – TRT 11RG – ANALISTA JUDICIÁRIO –
EXECUÇÃO DE MANDADOS)
Miguel, servidor público federal, liberou verba pública sem a estrita
observância das normas pertinentes. Em razão disso, o Ministério Público
Federal propôs ação de impro- bidade administrativa, imputando-lhe ato
ímprobo previsto no artigo 10, inciso XI, da Lei 8.429/1992 (ato de im-
probidade administrativa que causa prejuízo ao erário). Ao longo da
instrução processual, restaram comprovados dois fatos: (i) inexistência de
lesão aos cofres públicos; (ii) conduta meramente culposa, não tendo
Miguel agido com dolo.
Em razão das conclusões advindas do processo em ques- tão, o Poder
Judiciário concluirá que
A) existiu ato de improbidade administrativa, vez que a ausência de lesão
ao erário e de dolo não impedem a caracterização do ato ímprobo em
questão.
B) existiu ato de improbidade administrativa, pois para caracterizar o ato
ímprobo narrado basta a presença de conduta culposa, não sendo a
“lesão ao erário” imprescindível à sua caracterização.
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C) inexistiu ato de improbidade administrativa, haja vista que o ato
ímprobo narrado exige conduta exclusivamente dolosa.
D) inexistiu ato de improbidade administrativa, uma vez que, para a
caracterização do ato ímprobo narrado, imprescindível se faz a ocorrência
de lesão ao erário.
E) inexistiu ato de improbidade administrativa, uma vez que, para a
caracterização do ato ímprobo narrado, imprescindível se faz a ocorrência
de lesão ao erário e de conduta dolosa.
04 - (FCC – 2012 – TRT 11RG – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
JUDICIÁRIA)
Guilherme, servidor público federal, recebeu vantagem econômica para
fazer declaração falsa sobre avaliação em obra pública. Ricardo, também
servidor público federal, através de determinado ato, facilitou que terceiro
enriquecesse ilicitamente. Segundo as disposições legais expressas
contidas na Lei nº 8.429/1992, as condutas de Guilherme e Ricardo
constituem
A) ato ímprobo que importa enriquecimento ilícito e ato ímprobo causador
de prejuízo ao erário, respectivamente.
B) apenas ilícito penal, não caracterizando atos de improbidade
administrativa, dada a atipicidade das condutas.
C) ato ímprobo causador de prejuízo ao erário e ato ímprobo que atenta
contra os princípios da Administração Pública, respectivamente.
D) ato ímprobo que importa enriquecimento ilícito e ato ímprobo que
atenta contra os princípios da Administração Pública, respectivamente.
E) atos ímprobos que importam enriquecimento ilícito.
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05 - (FCC - 2012 – TRT 11RG – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
ADMINISTRATIVA)
No curso de determinada ação de improbidade administrativa, um dos
réus vem a falecer, razão pela qual, é chamado a intervir na lide, seu
único sucessor Felipe, empresário do ramo hoteleiro. Ao final da
demanda, todos os réus são condenados pela prática de ato ímprobo
previsto no artigo 11, da Lei nº 8.429/1992 (violação aos princípios da
Administração Pública), sendo-lhes impostas as seguintes sanções:
ressarcimento integral do dano, perda da função pública e suspensão dos
direitos políticos por cinco anos. Nesse caso, Felipe
A) responderá apenas pelo ressarcimento do dano, devendo arcar,
obrigatoriamente, com a reposição integral do prejuízo causado ao erário.
B) estará sujeito à suspensão dos direitos políticos e ao ressarcimento
integral do dano.
C) não está sujeito às cominações previstas na Lei de Improbidade
Administrativa.
D) estará sujeito às três sanções impostas.
E) responderá apenas pelo ressarcimento do dano, até o limite do valor
da herança.
06 - (FCC – 2011 – TCE/PR – ANALISTA DE CONTROLE –
ATUARIAL)
A Lei nº 8.429/92, que dispõe sobre improbidade administrativa, alcança
os
A) agentes públicos, desde que com vínculo permanente, mandato ou
cargo, nas entidades integrantes da Administração direta ou indireta de
todos os Poderes.
B) atos dolosos, exclusivamente, desde que ensejem lesão ao patrimônio
público ou violação aos princípios aplicáveis à Administração Pública,
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praticados por agentes públicos ou por particulares com vínculo com a
Administração.
C) agentes públicos e os particulares que induzam ou concorram para a
prática do ato de improbidade ou dele se beneficiem de forma direta ou
indireta.
D) atos praticados contra a administração direta, indireta ou fundacional
de qualquer dos poderes de todas as esferas da federação, excluídas as
entidades privadas que recebam recursos públicos exclusivamente a título
de subvenção.
E) atos dolosos ou culposos praticados por agentes públicos ou por
particulares com vínculo com a Administração, desde que causem,
cumulativamente, lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito.
07 - (FCC – 2012 – TRT 11RG – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA
ADMINISTRATIVA)
Nos termos da Lei nº 8.429/1992, praticar ato visando fim proibido em lei
ou regulamento ou diverso daquele previsto na regra de competência
constitui
A) ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
Administração Pública.
B) mero ilícito administrativo.
C) ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito.
D) conduta lícita, não caracterizando qualquer irregularidade.
E) ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário.
08 - (FCC – 2011 –TRE/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
ADMINISTRATIVA)
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João ocupou durante dois anos cargo em comissão no Tribunal Regional
Eleitoral do Estado de Pernambuco. Em razão de alguns atos por ele
praticados durante o aludido cargo, o Ministério Público decidiu propor
contra João ação de improbidade administrativa, nos termos da Lei nº
8.429/1992. Desta feita, a ação de improbidade deverá ser proposta
A) em até dez anos após o término do exercício do referido cargo.
B) dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas
disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público.
C) em até cinco anos após o término do exercício do referido cargo.
D) em até cinco anos, contados do ingresso de João no aludido cargo.
E) dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas
disciplinares puníveis com suspensão.
09 - (FCC – 2011 –TRE/PE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA
ADMINISTRATIVA)
Segundo a Lei nº 8.429/1992, estando a inicial em devida forma, o juiz
mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer
manifestação por escrito dentro do prazo de
A) 10 dias.
B) 20 dias.
C) 30 dias.
D) 15 dias.
E) 5 dias.
10 - (FCC – 2011 – TCM/BA – PROCURADOR ESPECIAL DE
CONTAS)
As sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa
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A) alcançam apenas atos que importem enriquecimento ilícito e/ou
prejuízo ao erário em razão do exercício de cargo, mandato ou função
pública.
B) alcançam apenas atos dolosos, praticados por agentes públicos, que
importem enriquecimento ilícito, causem prejuízo ao erário ou atentem
contra os princípios da Administração pública.
C) são de natureza penal e Administrativa e, uma vez aplicadas, afastam
a aplicação de outras penalidades dessa natureza previstas na legislação
específica.
D) são de natureza estritamente civil, cingindo-se à perda de bens ou
valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio do agente, multa e proibição
de contratar com a Administração.
E) aplicam-se às ações ou omissões praticadas por agentes públicos que
atentem contra os princípios da Administração Pública, podendo alcançar,
também, terceiro que concorra para a prática do ato ou dele se beneficie,
direta ou indiretamente.
11 - (FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO)
No que concerne aos crimes de abuso de autoridade e a legislação
específica que rege a matéria é correto afirmar:
a) Considera-se autoridade, para os efeitos da Lei no 4.898/65, quem
exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar,
ainda que transitoriamente, sempre mediante remuneração.
b) Não constitui abuso de autoridade o ato lesivo da honra de pessoa
natural ou jurídica, quando praticado com desvio de poder ou sem
competência legal.
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c) Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou
militar, de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena, autônoma ou
acessória, de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou
militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos.
d) Apresentada ao Ministério Público a representação da vítima, aquele,
no prazo de cinco dias, denunciará o réu, desde que o fato narrado
constitua abuso de autoridade.
e) O processo administrativo poderá ser sobrestado para o fim de
aguardar a decisão da ação penal ou civil.
12 – (FCC – 2007 - AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL PM
SP)
O crime de abuso de autoridade
a) não é próprio, pois pode ser praticado por qualquer pessoa.
b) é próprio, pois só pode ser praticado por militar.
c) é próprio, admitindo, conduto, o concurso de particular.
d) é próprio, pois só pode ser praticado por quem exerça cargo, emprego
ou função pública de natureza civil.
e) não é próprio, pois pode ser praticado por qualquer pessoa que exerça
função pública remunerada, de natureza civil ou militar.
13 - (FUNCAB - 2009 - PC-RO - DELEGADO DE POLÍCIA)
Sobre a Lei nº 4.898/1965, que regula o processo de responsabilidade
administrativa, civil e penal, nos casos de abuso de autoridade, é correto
afirmar que:
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a) o processo administrativo disciplinado na referida lei será sempre
sobrestado para o fim de aguardar a decisão da ação penal ou civil.
b) a ação penal nos crimes tratados por essa lei é pública incondicionada.
c) a ação penal depende de representação do ofendido, que será exercida
por meio de petição dirigida à autoridade policial.
d) o crime de abuso de autoridade consistente no atentado à liberdade de
locomoção admite tentativa.
e) considera-se autoridade, para os efeitos dessa lei, quem exerce cargo,
emprego ou função pública de modo definitivo e mediante remuneração.
14 - (CESPE - 2009 - TCE-ES - PROCURADOR ESPECIAL DE
CONTAS)
Em relação aos crimes de abuso de autoridade previstos na Lei n.º
4.898/1965, assinale a opção correta.
a) Para que o agente do fato delituoso seja punido pelo crime de abuso
de autoridade, faz-se indispensável responder, em concurso material,
pelos outros delitos que poderão resultar de sua ação.
b) A lei de regência dos crimes de abuso de autoridade estabeleceu
normas prescricionais específicas em razão das quais se afastam as
regras gerais previstas no CP.
c) A lei de abuso de autoridade definiu, caso a caso, as sanções de
natureza administrativa, civil e penal aplicáveis, de acordo com a
gravidade da violação cometida pelo agente público. A representação da
vítima ou do ofendido estabelece condição de procedibilidade da ação
penal.
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d) Pratica crime de abuso de autoridade, por atentado ao sigilo de
correspondência, servidor municipal que, por culpa, viola o sigilo de
correspondência dirigida ao presidente da Câmara Municipal.
e) O crime de abuso de autoridade é crime próprio. O particular que não
exerça função pública poderá ser responsabilizado na condição de
partícipe.
15 - (CESPE - 2005 - TRT-16R - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA
JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS)
Julgue os itens a seguir, relativos aos crimes contra a
administração pública.
O Agente público que reprime a prática religiosa que, pelo exagero dos
gritos e deprecações no interior do templo, perturbe o repouso e o bem-
estar da coletividade, afronta a liberdade de culto e com isso pratica
crime de abuso de autoridade.
16 - (CESPE - 2005 - TRT-16R - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA
JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS)
Julgue os itens a seguir, relativos aos crimes contra a
administração pública.
As chamadas prisões para averiguações realizadas por policiais
caracterizam o crime de abuso de autoridade, quando não for caso de
prisão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da
autoridade judiciária.
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17 - (FUNDEP - 2010 - TJ-MG - TÉCNICO JUDICIÁRIO)
Pelo disposto na Lei n. 4.898/65, dentre as penas de sanção
administrativa para o autor de abuso de autoridade, NÃO está prevista a
a) advertência.
b) demissão, a bem do serviço público.
c) multa, no máximo até 180 dias/multa.
d) suspensão do cargo, função ou posto, de 5 a 180 dias, com perda de
vencimentos e vantagens.
18 - (FUNDEP - 2010 - TJ-MG - ASSISTENTE SOCIAL)
É INCORRETO afirmar que constitui crime de abuso de autoridade (Lei n.
4.898/65), qualquer atentado
a) à liberdade de locomoção.
b) à incolumidade física do indivíduo.
c) ao exercício de ideologia político partidária.
d) ao sigilo da correspondência .
19 - (FUNDEC - 2003 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - JUIZ - 1ª PROVA -
2ª ETAPA)
Sobre o abuso de autoridade definido na Lei 4898/65, é correto afirmar
que:
I - Recebida a representação em que for solicitada a aplicação de sanção
administrativa, a autoridade civil ou militar competente determinará a
instauração de inquérito para apurar o fato. O processo administrativo
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poderá ser sobrestado para o fim de aguardar a decisão da ação penal ou
civil.
II - Havendo condenação na esfera criminal, não será cabível sanção
administração, por aplicação do princípio do non bis in idem.
III - Considera-se autoridade, para os efeitos da Lei 4898/65, quem
exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar,
ainda que transitoriamente e sem remuneração.
IV - O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa,
civil e penal.
a) Estão corretas somente as alternativas I, III e IV
b) Estão corretas somente as alternativas I e IV
c) Estão corretas somente as alternativas II e III
d) Estão corretas somente as alternativas III e IV
e) Estão corretas somente as alternativas II e IV
20 - (FGV - 2008 - TCM-RJ – PROCURADOR)
Assinale a afirmativa incorreta.
a) Constitui abuso de autoridade o comportamento da autoridade pública
que, no exercício de suas funções, deixar de comunicar, imediatamente,
ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa.
b) Constitui abuso de autoridade o comportamento da autoridade pública
que, no exercício de suas funções, leva à prisão quem quer que se
proponha a prestar fiança, permitida em lei.
c) Constitui abuso de autoridade o comportamento da autoridade pública
que, no exercício de suas funções, submete alguém sob sua guarda com
emprego de violência a intenso sofrimento mental, como forma de aplicar
castigo pessoal.
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d) Constitui abuso de autoridade o comportamento da autoridade pública
que, no exercício de suas funções, pratica, com desvio de poder, ato
lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa jurídica.
e) Constitui abuso de autoridade deixar o juiz de ordenar o relaxamento
de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada.
21 - (CESPE - 2009 - PC-PB - AGENTE DE INVESTIGAÇÃO E
AGENTE DE POLÍCIA)
Considerando que um cidadão, vítima de prisão abusiva, tenha
apresentado sua representação, na Corregedoria da Polícia Civil, contra o
delegado que a realizou, assinale a opção correta quanto ao direito de
representação e ao processo de responsabilidade administrativa, civil e
penal no caso de crime de abuso de autoridade.
a) Eventual falha na representação obsta a instauração da ação penal.
b) A ação penal é pública incondicionada.
c) A representação é condição de procedibilidade para a ação penal.
d) A referida representação deveria ter sido necessariamente dirigida ao
Ministério Público (MP).
e) Se a representação apresentar qualquer falha, a autoridade que a
recebeu não poderá providenciar, por outros meios, a apuração do fato.
22 - (CESPE - 2009 - SECONT-ES - AUDITOR DO ESTADO –
DIREITO)
Julgue os itens que se seguem a respeito do direito penal.
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Quanto ao crime de abuso de autoridade, o atentado contra a
incolumidade física do indivíduo abrange qualquer forma de violência,
incluindo a moral (grave ameaça).
( )Certo ( )Errado
23 - (UESPI - 2009 - PC-PI – DELEGADO)
Constitui abuso de autoridade (Lei 4.898/65):
a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, com as
formalidades legais.
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a qualquer tipo de
vexame ou constrangimento.
c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou
detenção de qualquer pessoa.
d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção legal
que lhe seja comunicada.
e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar
fiança, não permitida em lei;
24 - (ESAF - 2003 - PGFN – PROCURADOR)
Constitui abuso de autoridade (Lei nº 4.898/65) qualquer atentado:
a) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional.
b) ao direito de herança.
c) à prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de
internação coletiva.
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d) ao direito de resposta proporcional ao agravo.
e) à concessão de asilo político.
25 - (CESPE - 2009 - PREFEITURA DE IPOJUCA - PE -
PROCURADOR MUNICIPAL)
Em relação à Lei n.º 4.898/1965 - abuso de autoridade -, julgue o item
seguinte.
A conduta do agente público que conduz preso algemado, justificando o uso da
algema pela existência de perigo à sua própria integridade física, não caracteriza
abuso de autoridade, uma vez que está executando medida privativa de
liberdade em estrita observância das formalidades legais e jurisprudenciais.
II – EXERCÍCIOS COMENTADOS
01 - (FCC – 2012 – TCE/AP – TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO)
Estão sujeitos às penalidades previstas na Lei de improbidade
administrativa:
A) agentes públicos, assim entendidos apenas aqueles detentores
de mandato eletivo e seus auxiliares diretos.
B) ocupantes de cargo, função ou emprego público,
exclusivamente.
C) agentes públicos e detentores de mandato eletivo,
exclusivamente.
D) servidores públicos e particulares, desde que ligados ao poder
público por vínculo contratual.
E) agentes públicos e particulares que se beneficiem de forma
direta ou indireta do ato de improbidade.
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COMENTÁRIOS: O particular também poderá praticar atos de
improbidade, previstos na Lei 8.429/92, quando CONCORRER PARA A
PRÁTICA DO ATO de improbidade ou DELE SE BENEFICIAR. Nos
termos do art. 3° da Lei:
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que
couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou
concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se
beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
Portanto, a alternativa correta é a letra E.
02 - (FCC – 2012 – TCE/AP – TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO)
De acordo com a Lei no 8.429/1992, configuram atos de
improbidade administrativa
A) os que causem dano ao erário, exclusivamente.
B) os que causem, sempre cumulativamente, dano ao erário e
enriquecimento ilícito.
C) também aqueles que atentem contra os princípios da
Administração pública, ainda que não causem dano ao erário.
D) apenas os que configuram crimes contra a Administração, na
forma prevista na legislação penal.
E) os que causem, sempre cumulativamente, dano ao erário,
enriquecimento ilícito e violação aos princípios da Administração.
COMENTÁRIOS: Os atos de improbidade administrativa podem ser de
três tipos:
ATOS QUE IMPORTAM EM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO – São
atos que podem ou não trazer algum prejuízo ao erário (Prejuízo à
administração pública sempre há, nem que seja prejuízo apenas à
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moralidade administrativa), mas que NECESSARIAMENTE importam
em aumento patrimonial de um agente público ou terceiro que
tenha concorrido para a prática do ato ou tenha dele se
beneficiado;
ATOS QUE CAUSAM PREJUÍZO AO ERÁRIO – São atos que,
ainda que não gerem enriquecimento ilícito a ninguém,
NECESSARIAMENTE causam prejuízo ao erário;
ATOS QUE ATENTAM CONTRA OS PRINCÍPIOS DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – São atos que podem ou não causar
enriquecimento ilícito ou lesão ao erário, mas que NECESSARIAMENTE
atentam contra os princípios da administração pública.
Portanto, a alternativa correta é a letra C.
03 - (FCC – 2012 – TRT 11RG – ANALISTA JUDICIÁRIO –
EXECUÇÃO DE MANDADOS)
Miguel, servidor público federal, liberou verba pública sem a
estrita observância das normas pertinentes. Em razão disso, o
Ministério Público Federal propôs ação de impro- bidade
administrativa, imputando-lhe ato ímprobo previsto no artigo 10,
inciso XI, da Lei 8.429/1992 (ato de im- probidade
administrativa que causa prejuízo ao erário). Ao longo da
instrução processual, restaram comprovados dois fatos: (i)
inexistência de lesão aos cofres públicos; (ii) conduta meramente
culposa, não tendo Miguel agido com dolo.
Em razão das conclusões advindas do processo em ques- tão, o
Poder Judiciário concluirá que
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A) existiu ato de improbidade administrativa, vez que a ausência
de lesão ao erário e de dolo não impedem a caracterização do ato
ímprobo em questão.
B) existiu ato de improbidade administrativa, pois para
caracterizar o ato ímprobo narrado basta a presença de conduta
culposa, não sendo a “lesão ao erário” imprescindível à sua
caracterização.
C) inexistiu ato de improbidade administrativa, haja vista que o
ato ímprobo narrado exige conduta exclusivamente dolosa.
D) inexistiu ato de improbidade administrativa, uma vez que, para
a caracterização do ato ímprobo narrado, imprescindível se faz a
ocorrência de lesão ao erário.
E) inexistiu ato de improbidade administrativa, uma vez que, para
a caracterização do ato ímprobo narrado, imprescindível se faz a
ocorrência de lesão ao erário e de conduta dolosa.
COMENTÁRIO: Para a caracterização deste ato como um ato de
improbidade seria necessário que tivesse havido, necessariamente, dano
aos cofres públicos, pois se trata de um ato de probidade QUE CAUSA
DANO AO ERÁRIO, AINDA QUE NA FORMA CULPOSA (esta é a única
modalidade de ato de improbidade que admite forma culposa).
Portanto, a alternativa correta é a letra D.
04 - (FCC – 2012 – TRT 11RG – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
JUDICIÁRIA)
Guilherme, servidor público federal, recebeu vantagem econômica
para fazer declaração falsa sobre avaliação em obra pública.
Ricardo, também servidor público federal, através de determinado
ato, facilitou que terceiro enriquecesse ilicitamente. Segundo as
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disposições legais expressas contidas na Lei nº 8.429/1992, as
condutas de Guilherme e Ricardo constituem
A) ato ímprobo que importa enriquecimento ilícito e ato ímprobo
causador de prejuízo ao erário, respectivamente.
B) apenas ilícito penal, não caracterizando atos de improbidade
administrativa, dada a atipicidade das condutas.
C) ato ímprobo causador de prejuízo ao erário e ato ímprobo que
atenta contra os princípios da Administração Pública,
respectivamente.
D) ato ímprobo que importa enriquecimento ilícito e ato ímprobo
que atenta contra os princípios da Administração Pública,
respectivamente.
E) atos ímprobos que importam enriquecimento ilícito.
COMENTÁRIOS: As condutas que são classificadas como atos de
improbidade administrativa estão previstas nos arts. 9°, 10 e 11 da Lei
8.429/92.
As condutas narradas na questão trazem um ato de improbidade que
causa enriquecimento ilícito e um ato de improbidade que importa em
prejuízo ao erário. Vejamos:
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando
enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem
patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato,
função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no
art. 1° desta lei, e notadamente:
(...)
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou
avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre
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quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de
mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades
mencionadas no art. 1º desta lei;
E ainda:
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa
lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa,
que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
(...)
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se
enriqueça ilicitamente;
Portanto, a alternativa correta é a letra A.
05 - (FCC - 2012 – TRT 11RG – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
ADMINISTRATIVA)
No curso de determinada ação de improbidade administrativa, um
dos réus vem a falecer, razão pela qual, é chamado a intervir na
lide, seu único sucessor Felipe, empresário do ramo hoteleiro. Ao
final da demanda, todos os réus são condenados pela prática de
ato ímprobo previsto no artigo 11, da Lei nº 8.429/1992 (violação
aos princípios da Administração Pública), sendo-lhes impostas as
seguintes sanções: ressarcimento integral do dano, perda da
função pública e suspensão dos direitos políticos por cinco anos.
Nesse caso, Felipe
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A) responderá apenas pelo ressarcimento do dano, devendo arcar,
obrigatoriamente, com a reposição integral do prejuízo causado
ao erário.
B) estará sujeito à suspensão dos direitos políticos e ao
ressarcimento integral do dano.
C) não está sujeito às cominações previstas na Lei de
Improbidade Administrativa.
D) estará sujeito às três sanções impostas.
E) responderá apenas pelo ressarcimento do dano, até o limite do
valor da herança.
COMENTÁRIOS: A responsabilidade por ato de improbidade é sempre
PESSOAL, não sendo extensível aos herdeiros. No entanto, a sanção
consistente no ressarcimento do dano pode ser estendida aos herdeiros,
NOS LIMITES DOS VALORES transferidos a título de herança. Vejamos o
que diz o art. 8° da Lei:
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio
público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações
desta lei até o limite do valor da herança.
Portanto, a alternativa correta é a letra E.
06 - (FCC – 2011 – TCE/PR – ANALISTA DE CONTROLE –
ATUARIAL)
A Lei nº 8.429/92, que dispõe sobre improbidade administrativa,
alcança os
A) agentes públicos, desde que com vínculo permanente, mandato
ou cargo, nas entidades integrantes da Administração direta ou
indireta de todos os Poderes.
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B) atos dolosos, exclusivamente, desde que ensejem lesão ao
patrimônio público ou violação aos princípios aplicáveis à
Administração Pública, praticados por agentes públicos ou por
particulares com vínculo com a Administração.
C) agentes públicos e os particulares que induzam ou concorram
para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficiem de
forma direta ou indireta.
D) atos praticados contra a administração direta, indireta ou
fundacional de qualquer dos poderes de todas as esferas da
federação, excluídas as entidades privadas que recebam recursos
públicos exclusivamente a título de subvenção.
E) atos dolosos ou culposos praticados por agentes públicos ou
por particulares com vínculo com a Administração, desde que
causem, cumulativamente, lesão ao patrimônio público e
enriquecimento ilícito.
COMENTÁRIOS: A lei se aplica aos atos dolosos (e, excepcionalmente,
aos culposos, quando importarem em lesão ao erário), praticados pelos
agentes públicos (e, excepcionalmente, pelos particulares, quando se
beneficiarem do ato, direta ou indiretamente), podendo ser praticados
contra a administração pública em sua concepção mais ampla, não
restrita somente à administração direta. Vejamos o conceito de
administração pública para fins de improbidade:
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente
público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta
ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa
incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais
de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão
punidos na forma desta lei.
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Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei
os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de
entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou
creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com
menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita
anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à
repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
Como disse, aplicam-se, em regra aos funcionários públicos,
mas são extensíveis aos particulares, na forma do art. 3° da Lei:
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber,
àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou
concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se
beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
Portanto, a alternativa correta é a letra C.
07 - (FCC – 2012 – TRT 11RG – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA
ADMINISTRATIVA)
Nos termos da Lei nº 8.429/1992, praticar ato visando fim
proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto na
regra de competência constitui
A) ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da Administração Pública.
B) mero ilícito administrativo.
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C) ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento
ilícito.
D) conduta lícita, não caracterizando qualquer irregularidade.
E) ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao
erário.
COMENTÁRIO: Nos termos do art. 11, I, isto constitui ato que atenta
contra os princípios da administração pública. Vejamos:
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta
contra os princípios da administração pública qualquer ação ou
omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade,
legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou
diverso daquele previsto, na regra de competência;
Portanto, a alternativa correta é a letra A.
08 - (FCC – 2011 –TRE/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
ADMINISTRATIVA)
João ocupou durante dois anos cargo em comissão no Tribunal
Regional Eleitoral do Estado de Pernambuco. Em razão de alguns
atos por ele praticados durante o aludido cargo, o Ministério
Público decidiu propor contra João ação de improbidade
administrativa, nos termos da Lei nº 8.429/1992. Desta feita, a
ação de improbidade deverá ser proposta
A) em até dez anos após o término do exercício do referido cargo.
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B) dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para
faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço
público.
C) em até cinco anos após o término do exercício do referido
cargo.
D) em até cinco anos, contados do ingresso de João no aludido
cargo.
E) dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para
faltas disciplinares puníveis com suspensão.
COMENTÁRIOS: Quando o ato de improbidade tiver sido praticado por
servidor quando em exercício de cargo exclusivamente em comissão, o
prazo prescricional é CINCO ANOS, contados da data do término do
exercício do CARGO, nos termos do art. 23, I da Lei:
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções
previstas nesta lei podem ser propostas:
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de
cargo em comissão ou de função de confiança;
Portanto, a alternativa correta é a letra C.
09 - (FCC – 2011 –TRE/PE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA
ADMINISTRATIVA)
Segundo a Lei nº 8.429/1992, estando a inicial em devida forma,
o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido,
para oferecer manifestação por escrito dentro do prazo de
A) 10 dias.
B) 20 dias.
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C) 30 dias.
D) 15 dias.
E) 5 dias.
COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 17, § 7° da Lei, estando a inicial em
ordem, o requerido será NOTIFICADO para apresentar resposta escrita no
prazo de 15 dias:
§ 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la
e ordenará a notificação do requerido, para oferecer
manifestação por escrito, que poderá ser instruída com
documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)
Portanto, a alternativa correta é a letra D.
10 - (FCC – 2011 – TCM/BA – PROCURADOR ESPECIAL DE
CONTAS)
As sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa
A) alcançam apenas atos que importem enriquecimento ilícito
e/ou prejuízo ao erário em razão do exercício de cargo, mandato
ou função pública.
B) alcançam apenas atos dolosos, praticados por agentes
públicos, que importem enriquecimento ilícito, causem prejuízo ao
erário ou atentem contra os princípios da Administração pública.
C) são de natureza penal e Administrativa e, uma vez aplicadas,
afastam a aplicação de outras penalidades dessa natureza
previstas na legislação específica.
D) são de natureza estritamente civil, cingindo-se à perda de bens
ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio do agente, multa
e proibição de contratar com a Administração.
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E) aplicam-se às ações ou omissões praticadas por agentes
públicos que atentem contra os princípios da Administração
Pública, podendo alcançar, também, terceiro que concorra para a
prática do ato ou dele se beneficie, direta ou indiretamente.
COMENTÁRIOS: Como disse, aplicam-se, em regra aos funcionários
públicos, mas são extensíveis aos particulares, na forma do art. 3° da Lei:
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber,
àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou
concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se
beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
Além disso, os atos de improbidade são de natureza meramente
administrativa e civil, e consistem em atos que causam prejuízo ao erário,
enriquecimento ilícito ou que meramente atentem contra os princípios da
administração, ainda que não causem prejuízo ao erário ou
enriquecimento ilícito.
Portanto, a alternativa correta é a letra E.
11 - (FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO)
No que concerne aos crimes de abuso de autoridade e a legislação
específica que rege a matéria é correto afirmar:
a) Considera-se autoridade, para os efeitos da Lei no 4.898/65,
quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil,
ou militar, ainda que transitoriamente, sempre mediante
remuneração.
b) Não constitui abuso de autoridade o ato lesivo da honra de
pessoa natural ou jurídica, quando praticado com desvio de poder
ou sem competência legal.
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c) Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial,
civil ou militar, de qualquer categoria, poderá ser cominada a
pena, autônoma ou acessória, de não poder o acusado exercer
funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por
prazo de um a cinco anos.
d) Apresentada ao Ministério Público a representação da vítima,
aquele, no prazo de cinco dias, denunciará o réu, desde que o fato
narrado constitua abuso de autoridade.
e) O processo administrativo poderá ser sobrestado para o fim de
aguardar a decisão da ação penal ou civil.
COMENTÁRIOS: O §5° do art. 6° prevê um efeito EXTRAPENAL da
condenação pelo ato de abuso de autoridade, consistente na
impossibilidade de exercer função de natureza policial no município da
culpa, pelo prazo de um a cinco anos, quando a autoridade que cometeu
o abuso for agente policial de qualquer natureza. Vejamos:
§ 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade
policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poderá ser
cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o
acusado exercer funções de natureza policial ou militar no
município da culpa, por prazo de um a cinco anos.
Portanto, a alternativa correta é a letra C.
12 – (FCC – 2007 - AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL
PMSP)
O crime de abuso de autoridade
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a) não é próprio, pois pode ser praticado por qualquer pessoa
b) é próprio, pois só pode ser praticado por militar.
c) é próprio, admitindo, conduto, o concurso de particular.
d) é próprio, pois só pode ser praticado por quem exerça cargo,
emprego ou função pública de natureza civil.
e) não é próprio, pois pode ser praticado por qualquer pessoa que
exerça função pública remunerada, de natureza civil ou militar.
COMENTÁRIOS: Em todas as condutas (tanto as do art. 3° quanto as do
art. 4°), o sujeito ativo é a AUTORIDADE. Mas quem pode ser
considerado autoridade para os fins desta lei? Vejamos o que diz o
art. 5° da Lei:
Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem
exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou
militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração.
A definição é bastante similar à do art. 327 do CP, que traz o
conceito de funcionário público para fins penais.
Temos aqui, portanto, UM CRIME PRÓPRIO, pois se exige do
sujeito ativo alguma qualidade específica.
É POSSÍVEL, no entanto, que um PARTICULAR PRATIQUE UMA
DESTAS CONDUTAS, desde que o faça em CONCURSO com uma das
autoridades previstas na Lei, e CONHEÇA ESTA CONDIÇÃO DO
COMPARSA, nos termos do art. 30 do CP.
Portanto, a alternativa correta é a letra C.
13 - (FUNCAB - 2009 - PC-RO - DELEGADO DE POLÍCIA)
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Sobre a Lei nº 4.898/1965, que regula o processo de
responsabilidade administrativa, civil e penal, nos casos de abuso
de autoridade, é correto afirmar que:
a) o processo administrativo disciplinado na referida lei será
sempre sobrestado para o fim de aguardar a decisão da ação
penal ou civil.
b) a ação penal nos crimes tratados por essa lei é pública
incondicionada.
c) a ação penal depende de representação do ofendido, que será
exercida por meio de petição dirigida à autoridade policial.
d) o crime de abuso de autoridade consistente no atentado à
liberdade de locomoção admite tentativa.
e) considera-se autoridade, para os efeitos dessa lei, quem exerce
cargo, emprego ou função pública de modo definitivo e mediante
remuneração.
COMENTÁRIOS: O processo administrativo não fica sobrestado, pela
independência das esferas (art. 7°, § 3° da Lei):
§ 3º O processo administrativo não poderá ser sobrestado para
o fim de aguardar a decisão da ação penal ou civil.
A ação penal, conquanto a Lei fale em “representação”, é pública
incondicionada, não possuindo esta “representação” uma condição de
procedibilidade para a ação penal, mas mero meio de se noticiar a
ocorrência do fato.
Nenhum dos crimes de abuso de autoridade admite a forma tentada, na
medida em que, a sua simples forma tentada já consuma o crime, pois
todos são considerados “CRIMES DE ATENTADO”, ou seja, o mero ato
atentatório aos direitos ali tutelados, já configura o crime de abuso de
autoridade consumado.
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Portanto, a alternativa correta é a letra B.
14 - (CESPE - 2009 - TCE-ES - PROCURADOR ESPECIAL DE
CONTAS)
Em relação aos crimes de abuso de autoridade previstos na Lei n.º
4.898/1965, assinale a opção correta.
a) Para que o agente do fato delituoso seja punido pelo crime de
abuso de autoridade, faz-se indispensável responder, em
concurso material, pelos outros delitos que poderão resultar de
sua ação.
ERRADA: A punição pelo crime de abuso de autoridade é independente
da punição por eventuais outros delitos que tenham sido praticados em
concurso;
b) A lei de regência dos crimes de abuso de autoridade
estabeleceu normas prescricionais específicas em razão das quais
se afastam as regras gerais previstas no CP.
ERRADA: A Lei 4.898/65 não estabelece prazos prescricionais, devendo
ser aplicada a regra geral do CP;
c) A lei de abuso de autoridade definiu, caso a caso, as sanções de
natureza administrativa, civil e penal aplicáveis, de acordo com a
gravidade da violação cometida pelo agente público. A
representação da vítima ou do ofendido estabelece condição de
procedibilidade da ação penal.
ERRADA: O art. 2° trata do direito de representação às autoridade, de
forma a relatar algum ato de abuso de autoridade. Vejamos:
Art. 2º O direito de representação será exercido por meio de
petição:
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a) dirigida à autoridade superior que tiver competência legal
para aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, a respectiva
sanção;
b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver competência
para iniciar processo-crime contra a autoridade culpada.
Parágrafo único. A representação será feita em duas vias e
conterá a exposição do fato constitutivo do abuso de autoridade,
com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado e o
rol de testemunhas, no máximo de três, se as houver.
É pacífico na Doutrina que esse termo “representação” nada tem a
ver com a “representação” prevista no CPP, que possui natureza jurídica
de condição de procedibilidade da ação penal pública condicionada.
Essa “representação” é apenas um meio de se comunicar a
ocorrência do ato de abuso de autoridade, se assemelhando à delatio
criminis, ou seja, com o ato de informar à autoridade, a ocorrência do
crime.
Desta forma, caso a autoridade tome conhecimento da ocorrência de
algum ato abusivo, poderá promover a responsabilização do infrator
independentemente da concordância do ofendido, pois não se trata de
crime de ação penal pública condicionada.
d) Pratica crime de abuso de autoridade, por atentado ao sigilo de
correspondência, servidor municipal que, por culpa, viola o sigilo
de correspondência dirigida ao presidente da Câmara Municipal.
ERRADA: O elemento subjetivo exigido é SEMPRE O DOLO. Não se
admite abuso de autoridade CULPOSO.
Assim, por exemplo, o policial que prende alguém em flagrante
delito, por acreditar, sinceramente, que a conduta é um crime, não
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comete crime de abuso de autoridade culposo. Entretanto, se o policial
sabe que a conduta do particular não é crime, e mesmo assim o prende
em flagrante, comete um ato de abuso de autoridade, nos termos do art.
3°, a da Lei.
e) O crime de abuso de autoridade é crime próprio. O particular
que não exerça função pública poderá ser responsabilizado na
condição de partícipe.
CORRETA: É possível que um particular, que não exerça nenhuma
função pública, não se enquadrando, portanto, na definição do art. 5°,
pratique o crime, desde que o faça em concurso com uma das
autoridades, nos termos do art. 30 do CP.
15 - (CESPE - 2005 - TRT-16R - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA
JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS)
Julgue os itens a seguir, relativos aos crimes contra a
administração pública.
O Agente público que reprime a prática religiosa que, pelo
exagero dos gritos e deprecações no interior do templo, perturbe
o repouso e o bem-estar da coletividade, afronta a liberdade de
culto e com isso pratica crime de abuso de autoridade.
COMENTÁRIOS: O art. 3°, d da Lei 4.898/65 prevê a seguinte conduta
de abuso de autoridade:
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
(...)
d) à liberdade de consciência e de crença;
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No entanto, se o agente o faz respaldado em alguma norma legal
(proibição de barulho excessivo), não há crime, eis que a conduta não se
configura como um ABUSO.
Assim, a afirmativa está errada.
16 - (CESPE - 2005 - TRT-16R - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA
JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS)
Julgue os itens a seguir, relativos aos crimes contra a
administração pública.
As chamadas prisões para averiguações realizadas por policiais
caracterizam o crime de abuso de autoridade, quando não for caso
de prisão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada da autoridade judiciária.
COMENTÁRIOS: As prisões para averiguações, oriundas dos Estados
Totalitários, não são mais admitidas no nosso Estado Democrático de
Direito, que só admite a prisão de alguma pessoa por ordem escrita e
fundamentada de autoridade JUDICIÁRIA, ou em caso de flagrante delito.
Portanto, há, nestes casos, ABUSOD E AUTORIDADE, por ato atentatório
à liberdade de locomoção. Vejamos:
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
a) à liberdade de locomoção;
Desta forma, a afirmativa está CORRETA.
17 - (FUNDEP - 2010 - TJ-MG - TÉCNICO JUDICIÁRIO)
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Pelo disposto na Lei n. 4.898/65, dentre as penas de sanção
administrativa para o autor de abuso de autoridade, NÃO está
prevista a
a) advertência.
b) demissão, a bem do serviço público.
c) multa, no máximo até 180 dias/multa.
d) suspensão do cargo, função ou posto, de 5 a 180 dias, com
perda de vencimentos e vantagens.
COMENTÁRIOS: Vejamos as penalidades administrativas previstas na
Lei:
Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção
administrativa civil e penal.
§ 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a
gravidade do abuso cometido e consistirá em:
a) advertência;
b) repreensão;
c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a
cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens;
d) destituição de função;
e) demissão;
f) demissão, a bem do serviço público.
Portanto, fica claro que não há previsão de multa como pena
administrativa, embora esteja prevista como sanção penal.
Assim, a alternativa ERRADA é a letra C.
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18 - (FUNDEP - 2010 - TJ-MG - ASSISTENTE SOCIAL)
É INCORRETO afirmar que constitui crime de abuso de autoridade
(Lei n. 4.898/65), qualquer atentado
a) à liberdade de locomoção.
b) à incolumidade física do indivíduo.
c) ao exercício de ideologia político partidária.
d) ao sigilo da correspondência.
COMENTÁRIOS: Os crimes de abuso de autoridade, previstos no art. 3°
da Lei 4.898/65 são:
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
a) à liberdade de locomoção;
b) à inviolabilidade do domicílio;
c) ao sigilo da correspondência;
d) à liberdade de consciência e de crença;
e) ao livre exercício do culto religioso;
f) à liberdade de associação;
g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do
voto;
h) ao direito de reunião;
i) à incolumidade física do indivíduo;
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j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício
profissional. (Incluído pela Lei nº 6.657,de 05/06/79)
Visto isso, podemos concluir que o ato atentatório ao exercício da
ideologia política não constitui ato de abuso de autoridade, podendo
caracterizar outro crime, no entanto.
Portanto, a alternativa ERRADA é a letra C.
19 - (FUNDEC - 2003 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - JUIZ - 1ª PROVA -
2ª ETAPA)
Sobre o abuso de autoridade definido na Lei 4898/65, é correto
afirmar que:
I - Recebida a representação em que for solicitada a aplicação de
sanção administrativa, a autoridade civil ou militar competente
determinará a instauração de inquérito para apurar o fato. O
processo administrativo poderá ser sobrestado para o fim de
aguardar a decisão da ação penal ou civil.
ERRADA: O processo administrativo não pode ser sobrestado, pelo
princípio da independência das esferas. Vejamos:
§ 3º O processo administrativo não poderá ser sobrestado para
o fim de aguardar a decisão da ação penal ou civil.
II - Havendo condenação na esfera criminal, não será cabível
sanção administração, por aplicação do princípio do non bis in
idem.
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ERRADA: As sanções administrativa, penal e civil são autônomas e
podem ser aplicadas cumulativamente. Vejamos o que diz o art. 6° da
Lei:
Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção
administrativa civil e penal.
III - Considera-se autoridade, para os efeitos da Lei 4898/65,
quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil,
ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração.
CORRETA: Esta é a definição de autoridade contida no art. 5° da Lei:
Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem
exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou
militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração.
IV - O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção
administrativa, civil e penal.
CORRETA: Esta é a previsão contida no art. 6° da Lei, literalmente:
Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção
administrativa civil e penal.
a) Estão corretas somente as alternativas I, III e IV
b) Estão corretas somente as alternativas I e IV
c) Estão corretas somente as alternativas II e III
d) Estão corretas somente as alternativas III e IV
e) Estão corretas somente as alternativas II e IV
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20 - (FGV - 2008 - TCM-RJ – PROCURADOR)
Assinale a afirmativa incorreta.
a) Constitui abuso de autoridade o comportamento da autoridade
pública que, no exercício de suas funções, deixar de comunicar,
imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de
qualquer pessoa.
b) Constitui abuso de autoridade o comportamento da autoridade
pública que, no exercício de suas funções, leva à prisão quem
quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei.
c) Constitui abuso de autoridade o comportamento da autoridade
pública que, no exercício de suas funções, submete alguém sob
sua guarda com emprego de violência a intenso sofrimento
mental, como forma de aplicar castigo pessoal.
d) Constitui abuso de autoridade o comportamento da autoridade
pública que, no exercício de suas funções, pratica, com desvio de
poder, ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa jurídica.
e) Constitui abuso de autoridade deixar o juiz de ordenar o
relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja
comunicada.
COMENTÁRIOS: Vejamos o que dispõe o art. 3° da Lei:
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
a) à liberdade de locomoção;
b) à inviolabilidade do domicílio;
c) ao sigilo da correspondência;
d) à liberdade de consciência e de crença;
e) ao livre exercício do culto religioso;
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f) à liberdade de associação;
g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do
voto;
h) ao direito de reunião;
i) à incolumidade física do indivíduo;
j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício
profissional. (Incluído pela Lei nº 6.657,de 05/06/79)
Os atos de abuso de autoridade estão previstos, além do art. 3°, também
no art. 4° da Lei, sendo que nestes casos, referem-se a condutas
praticadas por agentes, geralmente, com algum grau de poder de
direção. Vejamos:
Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:
a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual,
sem as formalidades legais ou com abuso de poder;
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a
constrangimento não autorizado em lei;
c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a
prisão ou detenção de qualquer pessoa;
d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção
ilegal que lhe seja comunicada;
e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a
prestar fiança, permitida em lei;
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f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial
carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa,
desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à
espécie quer quanto ao seu valor;
g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo
de importância recebida a título de carceragem, custas,
emolumentos ou de qualquer outra despesa;
h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou
jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou
sem competência legal;
i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de
medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno
ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade. (Incluído pela
Lei nº 7.960, de 21/12/89)
Vejam que são condutas relacionadas à liberdade de locomoção e
formalização da prisão de acordo com os parâmetros legais.
Dentre as condutas previstas na questão, não é considerada crime de
abuso de autoridade a de “submeter alguém sob sua guarda com
emprego de violência a intenso sofrimento mental, como forma de aplicar
castigo pessoal.”.
Esta conduta configura o crime de TORTURA, e não o crime de abuso de
autoridade.
Portanto, a alternativa ERRADA é a letra C.
21 - (CESPE - 2009 - PC-PB - AGENTE DE INVESTIGAÇÃO E
AGENTE DE POLÍCIA)
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Considerando que um cidadão, vítima de prisão abusiva, tenha
apresentado sua representação, na Corregedoria da Polícia Civil,
contra o delegado que a realizou, assinale a opção correta quanto
ao direito de representação e ao processo de responsabilidade
administrativa, civil e penal no caso de crime de abuso de
autoridade.
a) Eventual falha na representação obsta a instauração da ação
penal.
b) A ação penal é pública incondicionada.
c) A representação é condição de procedibilidade para a ação
penal.
d) A referida representação deveria ter sido necessariamente
dirigida ao Ministério Público (MP).
e) Se a representação apresentar qualquer falha, a autoridade que
a recebeu não poderá providenciar, por outros meios, a apuração
do fato.
COMENTÁRIOS: A representação, prevista no art. 2°, conquanto leve
esse nome, não é condição de procedibilidade da ação penal, que é
pública incondicionada, ou seja, pode ser ajuizada pelo MP ainda que o
ofendido não deseje representar contra o infrator.
Portanto, a alternativa correta é a letra B.
22 - (CESPE - 2009 - SECONT-ES - AUDITOR DO ESTADO –
DIREITO)
Julgue os itens que se seguem a respeito do direito penal.
Quanto ao crime de abuso de autoridade, o atentado contra a
incolumidade física do indivíduo abrange qualquer forma de
violência, incluindo a moral (grave ameaça).
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COMENTÁRIOS: O ato atentatório à incolumidade física não abrange a
violência moral, apenas a violência física, embora a violência moral possa
configurar outro crime.
Portanto, a afirmativa está ERRADA.
23 - (UESPI - 2009 - PC-PI – DELEGADO)
Constitui abuso de autoridade (Lei 4.898/65):
a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual,
com as formalidades legais.
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a qualquer tipo de
vexame ou constrangimento.
c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a
prisão ou detenção de qualquer pessoa.
d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção
legal que lhe seja comunicada.
e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a
prestar fiança, não permitida em lei;
COMENTÁRIOS: Esta questão é bastante tranquila. Apenas a alternativa
C apresenta um ato considerado de abuso de autoridade, dentre os
estabelecidos pelos arts. 3° e 4° da Lei, eis que fala em “deixar de
comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de
qualquer pessoa.”
Ora, essa frase se amolda perfeitamente ao disposto no art. 4°, c da Lei:
Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:
(...)
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c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a
prisão ou detenção de qualquer pessoa;
Portanto, a alternativa correta é a letra C.
24 - (ESAF - 2003 - PGFN – PROCURADOR)
Constitui abuso de autoridade (Lei nº 4.898/65) qualquer
atentado:
a) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício
profissional.
b) ao direito de herança.
c) à prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva.
d) ao direito de resposta proporcional ao agravo.
e) à concessão de asilo político.
COMENTÁRIOS: Esta questão também é bastante tranquila, pois
enumera quatro condutas que, nitidamente não constituem abuso de
autoridade, narrando apenas um que o é. A alternativa A, ao trazer a
conduta de ato atentatório “aos direitos e garantias legais assegurados ao
exercício profissional.”, traz uma conduta prevista no art. 3°, j da Lei:
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
(...)
j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício
profissional. (Incluído pela Lei nº 6.657,de 05/06/79)
Assim, a alternativa correta é a letra A.
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25 - (CESPE - 2009 - PREFEITURA DE IPOJUCA - PE -
PROCURADOR MUNICIPAL)
Em relação à Lei n.º 4.898/1965 - abuso de autoridade -, julgue o
item seguinte.
A conduta do agente público que conduz preso algemado,
justificando o uso da algema pela existência de perigo à sua
própria integridade física, não caracteriza abuso de autoridade,
uma vez que está executando medida privativa de liberdade em
estrita observância das formalidades legais e jurisprudenciais.
COMENTÁRIOS: O uso de algemas só é permitido em casos
excepcionais, quando não seja possível a realização do ato sem essa
prática. O descumprimento dessa norma configura ato de abuso de
autoridade. Atualmente, o STF editou a súmula vinculante n° 11, que
regula o uso das algemas. Vejamos sua redação:
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de
fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física
própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros,
justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da
autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que
se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
Portanto, esta conduta NÃO CONFIGURA ABUSO DE AUTORIDADE, motivo
pelo qual a afirmativa está CORRETA.
Meus caros, por hoje é só! Aguardo vocês na nossa próxima aula!
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Abraço!
Prof. Renan Araujo
GABARITO
01 – ALTERNATIVA E
02 – ALTERNATIVA C
03 – ALTERNATIVA D
04 – ALTERNATIVA A
05 - ALTERNATIVA E
06 - ALTERNATIVA C
07 – ALTERNATIVA A
08 – ALTERNATIVA C
09 – ALTERNATIVA D
10 – ALTERNATIVA E
11 - ALTERNATIVA C
12 - ALTERNATIVA C
13 - ALTERNATIVA B
14 - ALTERNATIVA E
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15 - ERRADA
16 - CORRETA
17 - ALTERNATIVA C
18 - ALTERNATIVA C
19 - ALTERNATIVA D
20 - ALTERNATIVA C
21 - ALTERNATIVA B
22 - ERRADA
23 - ALTERNATIVA C
24 - ALTERNATIVA A
25 - CORRETA