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JORNAL Ano XI - Número 86 Outubro de 2015 hp://jaajrj.com.br/blogs www.facebook.com jornalabaixoasssinadodejacarepaguá O jornal das lutas comunitárias e da cultura popular Abaixo Abaixo WhatsApp do JAAJ 97246-2213 Jacarepaguá tem 178 pessoas desaparecidas Uma luta sem fim de familiares Dor e aflição de não saber o paradeiro de seu ente querido - Página 8 Primeira Parada Gay da Cidade de Deus Página 3 Pezão corta 2,9 bi da Educação que prejudicará os Colégios Estaduais de Jacarepaguá, Barra e Vargens Página 6 Em debate a cidade parda O JAAJ entra no debate sobre os arrastões, a criminalização e execução de jovens da periferia, a proibição do acesso às praias de pobre, preto e sem documento e o esmulo aos jusceiros de classe média da zona sul. Página 5 e Editorial na página 3 Leia no Informe do JAAJ Página 4 Segurança no Trabalho Em Defesa dos Animais Matemáca do Dia a Dia Novas Colunas - Página 2 Crianças Desaparecidas Rua Voluntários da Pátria, 120 Botafogo - Rio de Janeiro. (21) 2286-8337 ou Disque 100. www.fia.rj.gov.br soscriancasdesa- parecidas@fia. rj.gov.br sosluiz@yahoo. com.br Nome: Camily Vitoria Guedes Passos Idade: Atualmente com 07 anos Desap: 04/11/2012 da Zona Oeste - RJ Situação: Sequestro Nome: Fernando Luiz dos Santos Maos Idade: Atualmente com 16 anos Desap: 27/08/2014 da Zona Norte - RJ Situação: Saiu de casa e não retornou Nome: Juliane Gon- çalves da Silva Vilela Idade: 13 anos Desap: 11/08/2015 de Vila Isabel - RJ Situação: Saiu de casa e não retornou Nome: Kelvyn Daniel Oliveira de Anchieta Idade: 03 anos Desap: 23/02/2005 da cidade de Manga- raba - R J Situação: Transfe- rência irregular de guarda Nome: Lucas Fernan- des Silva Idade: 16 anos Desap: 27/06/2015 da cidade de São João de Meri - RJ Situação: Sequestro Nome: Luiz Carlos de Paula Silva Idade: 16 anos Desap: 05/09/2015 da Zona Norte - RJ Situação: Saiu de casa e não retornou Nome: Ryan Lucas de Paula Pinheiro Idade: 13 anos Desap: 07/08/2015 da Zona Norte - RJ Situação: Saiu de casa e não retornou SOS Um prêmio dos movimentos sociais para as melhores iniciavas culturais em Jacarepaguá Página 7

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http://jaajrj.com.br/blogs - www.facebook.com/jornalabaixoassinadodejacarepagua - [email protected] JORNAL Ano XI - Número 86Outubro de 2015

http://jaajrj.com.br/blogswww.facebook.com

jornalabaixoasssinadodejacarepaguáO jornal das lutascomunitárias e da cultura popularAbaixoAbaixo WhatsApp do JAAJ 97246-2213

Jacarepaguá tem 178 pessoas desaparecidasUma luta sem fim de familiares

Dor e aflição de não saber o paradeiro de seu ente querido - Página 8

Primeira Parada Gay da Cidade de Deus Página 3

Pezão corta 2,9 bi da Educação que prejudicará os Colégios Estaduais de Jacarepaguá, Barra e Vargens Página 6

Em debate a cidade partida O JAAJ entra no debate sobre os arrastões, a criminalização

e execução de jovens da periferia, a proibição do acesso às

praias de pobre, preto e sem documento e o estímulo aos

justiceiros de classe média da zona sul.

Página 5 e Editorial na página 3

Leia no Informe do JAAJ

Página 4

Segurança no TrabalhoEm Defesa dos Animais

Matemática do Dia a DiaNovas Colunas - Página 2

C r i a n ç a s Desaparecidas

Rua Voluntários da Pátria, 120

Botafogo - Rio de Janeiro.

(21) 2286-8337 ou Disque 100.

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rj.gov.brsosluiz@yahoo.

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Nome: Camily Vitoria Guedes PassosIdade: Atualmente com 07 anosDesap: 04/11/2012 da Zona Oeste - RJSituação: Sequestro

Nome: Fernando Luiz dos Santos MattosIdade: Atualmente com 16 anosDesap: 27/08/2014 da Zona Norte - RJSituação: Saiu de casa e não retornou

Nome: Juliane Gon-çalves da Silva VilelaIdade: 13 anosDesap: 11/08/2015 de Vila Isabel - RJSituação: Saiu de casa e não retornou

Nome: Kelvyn Daniel Oliveira de AnchietaIdade: 03 anosDesap: 23/02/2005 da cidade de Manga-ratiba - R JSituação: Transfe-rência irregular de guarda

Nome: Lucas Fernan-des SilvaIdade: 16 anosDesap: 27/06/2015 da cidade de São João de Meriti - RJSituação: Sequestro

Nome: Luiz Carlos de Paula SilvaIdade: 16 anosDesap: 05/09/2015 da Zona Norte - RJSituação: Saiu de casa e não retornou

Nome: Ryan Lucas de Paula PinheiroIdade: 13 anosDesap: 07/08/2015 da Zona Norte - RJSituação: Saiu de casa e não retornou

SOS

Um prêmio dos movimentos sociais para as melhores iniciativas culturais

em Jacarepaguá Página 7

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Matemática no Dia a Dia • Professor Alessandro Silva

Utilidade Pública

**As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.

**Todo material enviado ao E-mail, Blog e Facebook do jornal é autorizado automaticamente para a divulgação e

também não é gratificado.**Distribuição gratuita pelos bairros e comunidades da

Baixada de Jacarepaguá.

Conselho Editorial: Almir Paulo, Carlos Motta, Ivan Lima, Julio Cesar, Lourival Bonifácio, Manoel Meirelles, Maraci Soares, Marcos An-dré, Mariluce Paixão, Miguel Pinho, Néli, Pedro Ivo, Rena-to Dória, Severino Honora-to, Silvia Regina, Sônia dos

Santos, Tatiana Santiago, Val Costa e Vaneide Carmo.Coordenação Geral: Almir PauloArte e Diagramação: Jane FonsecaCoordenação de Mídia Digi-tal: Pedro Ivo

EXPEDIENTE

Para críticas, sugestões e reclamações: [email protected]

http://jaajrj.com.br/blogs Tels (21) 97119-6125 / 98050-4644

Vaneide Carmo

Para acessar essa e outras receitas, visite o meu blog: http://cozinhadaneli.blogspot.com.br

Um beijo

e um queijo!

Cozinha da Tia Néli

Tapioca do Marombeiro SaudávelIngredientes• 1 ovo• 3 colheres de sopa de tapioca• 3 colheres de sopa de cenoura• 2 colheres de sopa de cebolinha verde• 1 colher de sopa de salsinha• 1 colher de queijo parmesãoRecheio Para rechear uso queijo minas e blanquet de peru, mas fica a critério de cada um.Como FazerMisturar os ingredientes da massa e assar em frigidei-ra antiaderente levemente untada com óleo de côco. Depois de pronta, rechear e se deliciar.Observação: A tapioca é livre de glúten, o que torna a refeição mais leve, e a carga proteica do ovo, dos queijos e do blanquet favorecem o desenvolvimento da massa magra.

No mês de outubro, a ansiedade e a preocupação dos candidatos que irão fazer o Enem (Exame Nacional do En-sino Médio) aumentam. Uma dica importante é que as questões têm uma história do dia a dia. Logo, fica mais fá-cil quando o candidato enxerga o questionamento como algo que acontece no cotidiano, lembrando-se de alguma situação que pode ser resolvida de forma prática, usando as habilidades que desenvolvemos com o estudo.

Para melhor entender, observe, como exemplo, uma das questões de anos anteriores:QUESTÃO 157 – ENEM 2011Um jovem investidor precisa escolher qual investimento lhe trará maior retorno financeiro em uma aplicação de R$ 500,00. Para isso, pesquisa o rendimento e o imposto a ser pago em dois investimentos: poupança e CDB (Certifi-cado de Depósito Bancário). As informações obtidas estão resumidas no quadro:

Rendimento mensal (%) IR (Imposto de Renda)Poupança 0,560 ISENTOCDB 0,876 4% (sobre o ganho)

Para o jovem investidor, ao final de um mês, a aplicação mais vantajosa é:(a) a poupança, pois totalizará um montante de R$ 502,80;(b) a poupança, pois totalizará um montante de R$ 500,56;(c) o CDB, pois totalizará um montante de R$ 504,38;(d) o CDB, pois totalizará um montante de R$ 504,21;(e) o CDB, pois totalizará um montante de R$ 500,87.COMENTÁRIO:

Observe que é uma situação que qualquer pes-soa pode vivenciar quando precisa decidir a melhor forma de aplicar seu dinheiro em instituições finan-ceiras. Para isso, é fundamental que ela saiba fazer cálculos de porcentagem e avaliar bem as circuns-tâncias.

H4 – Avaliar a razoabilidade de um resultado nu-mérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.

Enfim, faça o concurso de forma prática e BOA PROVA!

Caminho pelas ruas sem calçamento de Jacarepaguá e percebo o abandono crescente de animais. É lamentável que até agora nenhuma providência tenha sido tomada pela Prefeitura, e tão pouco pelos órgãos responsáveis pela proteção dos animais. Eles continuam perambulando pelas ruas, em péssimas condições. E a cada dia ocorrem muitos mais abandonos nos bairros que estão sendo “cortados” pelas obras da Transolímpica. A Prefeitura se faz presente por meio da omissão à proteção aos animais.

Visitei vários bairros para ver de perto o drama dos ani-mais. Em Curicica, em frente ao hospital que foi desativado, notei dezenas deles largados à própria sorte. Na Colônia e Vila Autódromo, persiste o mesmo problema: mais gatos e cachorros abandonados. Os bairros Pau da Fome, Santa

“Enxergando as questões do Enem com uma visão prática”

Uma publicação mensal da RPC Editora Gráfica Ltda.

CNPJ 08.855.227/0001-20.

Charge do aluno Tiago Jesus do Projeto Autonomia do C.E. Prof. Teófilo M.da Costa.

Em Defesa dos Animais

Maus-tratos é crime! Denuncie sempreCadê a Prefeitura do Rio?

Maria e Teixeira, que são locais mais isolados, servem para pessoas desumanas e egoístas que, à noite, jogam seus ani-mais à própria sorte.

Essa situação merece uma política pública de proteção, segurança e saúde. São vidas sofrendo maus-tratos, fome, frio, chuva, sol, sem controle de doenças, que se multipli-cam a cada dia. Esperamos que os órgãos competentes, como SEPDA, Zoonose, Prefeitura e Estado, tomem as devi-das providências, além da Câmara de Vereadores, que pre-cisa agir e se envolver nesta causa.

Nosso jornal faz a sua parte quando denuncia tais fatos. E nada nos calará, nada. Jamais!

Importante: Não comprem animais, ADOTE um.Procure informação sobre as feiras na cidade.Vacine seu animal de estimação contra raiva e outras

doenças.Este mês haverá vacinação. Informe-se sobre o local

mais próximo de sua casa.Maus-tratos é crime. Denuncie sempre.

Diante do aumento dos acidentes no co-mércio, na indústria e no trabalho doméstico, bem como da desinformação entre trabalha-

dores e empresários,convidamos um especialista no assun-to para escrever sobre o que diz a legislação brasileira e os devidos cuidados com a saúde e a segurança no trabalho.

Práticas de trabalho seguroToda empresa está legalmente “obrigada” a fornecer

um local seguro para seu colaborador trabalhar. No entan-to, espera-se que o próprio trabalhador tome os devidos cuidados em relação a si e às pessoas que possam ser afe-tadas por suas ações. Isso inclui cooperar com aqueles que tenham funções de segurança específicas aplicáveis à ges-tão da segurança do trabalho. Afinal, quem é melhor para cuidar da própria vida?

Alguns deveres do trabalhador quanto à saúde e à se-gurança do trabalho:• Tomar providências para a saúde de todos com quais con-

vive.• Cooperar com a empresa nas medidas de saúde e segu-rança.• Respeitar todos os pedidos da instituição, se submeter a exames de saúde e monitoramento que julgue necessários, no que diz respeito a seus direitos ou qualquer alteração nas atividades que exerça.

Saúde OcupacionalO Serviço de Saúde Ocupacional tem a principal função

de evitar problemas de saúde resultantes da vida do traba-lhador. Para atender a esse objetivo, ajuda a identificar e controlar os riscos de saúde relacionados com o trabalho; fornece vigilância à saúde de certos grupos de colaborado-res; desenvolve estratégias para reconhecer os tratamen-tos de possíveis lesões e doenças relacionadas com o traba-lho desempenhado.

Para dúvidas, acesse: < [email protected]>.

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Editorial

Denúncia

Editorial

A sociedade brasileira insiste em ne-gar que é racista. Nós, racistas? Somos um povo alegre e gentil, isso só ocorre lá fora, no “estrangeiro”. Mas é aqui que as pessoas se assustam se um grupo de adolescentes afrodescendentes der um “rolezinho” pelo shopping.

Os debates sobre arrastões na praia, falência da segurança pública e a retirada de menores de idade “suspeitos” de ôni-bus da Zona Norte em direção às praias da Zona Sul estão mobilizando a popula-ção no Rio de Janeiro.

Na opinião do governador Pezão, qualquer um que esteja sem camisa, de chinelo e bermuda deve ser abordado pela polícia para averiguação. Mas sa-bemos que não é qualquer um. Quanto mais escura for a cor da pele, maiores são as chances de ser interpelado. E, ainda, segundo o governador, se o indivíduo estiver sem dinheiro na carteira e sem documento, não poderá permanecer na Zona Sul. Até aonde sabemos, a circula-ção de pessoas dentro da cidade é livre, portando ou não dinheiro ou documen-tação.

E ao que essa situação nos remete? Ao apartheid. Sim, aquele regime racista que negava direitos à população negra da África do Sul. Entre eles, o direito de livre circulação. Os negros só poderiam

andar nas áreas dos brancos caso tives-sem uma licença para trabalhar. Embora isso possa parecer muito distante do que estamos vivendo no Rio, não está. Ape-sar de o apartheid ter sido amparado nas leis, o que não ocorre por aqui, os efeitos práticos são bem parecidos. Os pobres e negros devem ficar isolados em seus gue-tos para não contaminar a paisagem dos cartões-postais.

Como resolver o problema? Em pri-meiro lugar, ninguém pode ser acusado sem provas. Isso é um princípio básico de um estado de direito. Em segundo, é preciso deixar de tratar a questão social do Rio de Janeiro como uma questão de polícia. Adotar essa abordagem é estar destinado a “enxugar gelo”.

A marca do racismo à brasileira é o cinismo. A polícia vai adotar essa aborda-gem como padrão. E Nós? Vamos aceitar isso. Apesar de não ser correto, é neces-sário, pois visa acabar com a violência e os assaltos. E é bem capaz de irmos ao cine-ma no domingo seguinte assistir ao novo filme do Morgan Freeman interpretando Nelson Mandela, líder da luta contra o apartheid, e nos emocionarmos com esse belo e justo combate ao preconceito.

Ainda bem que isso ocorre lá na Áfri-ca do Sul, pois, aqui no Brasil, não existe racismo.

Apartheid a moda da casa

Tudo pronto e organizado para a reali-zação da Primeira Parada LGBT da Cidade de Deus no dia 1º de novembro, véspera do feriado de Finados, que terá a seguinte palavra de ordem: “Direito e Justiça: Igual para todos! Sem Preconceito e Discrimi-nação! Juntos pela mesma causa!”.

A concentração acontece na rua Is-rael, próximo a quadra do Lazer, a partir das 14h. O percurso da marcha será da rua Israel até a quadra da G.R.E.S.Mocida-de Unida da Cidade de Deus, na avenida Edgar Werneck.

“A marcha da diversidade na CDD mostrará ao mundo que a Cidade de Deus é um lugar de cultura e que respeita o di-reito de cada pessoa”, frisa o jovem mili-tante Miguel.

Durante a marcha serão distribuídos preservativos e panfletos com informa-ções sobre DST, AIDS e aborto. A cantora Tati é a madrinha e David Brazil é o Divo da parada. Ao final do evento, terá show com o MC Saradinho.

A Comissão Organizadora da 1ª Para-da LGBT da Cidade de Deus é formada por Dondinho, Miguel, Felipe, Isaac e Loren

Outubro Rosa é um movimento mundial, durante o mês de outubro, para mobilização, conscientização e realizações de ações sobre o câncer de mama.De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), até o final de 2015, o Brasil deve registrar mais de 57 mil novos casos de câncer de mama – destes, cerca de oito mil devem ocorrer no estado do Rio de Janeiro. O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.•Encontrar o câncer no início e permitir um tratamento menos agressivo.•Menor chance de a paciente morrer por câncer de mama, em função do tratamento precoce.

1ª Parada LGBT da Cidade de Deus

Ivan Paulo

Rainha do Bua. A marcha tem o apoio da NG Produções, Kilino e da Região Admi-nistrativa da Cidade de Deus.

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Informes do JAAJManoel Meirelles

Brasil de Fato

Maraci Soares

O Informe do JAAJ entrevistou o deputado Chico Alencar sobre

as denúncias envolvendo o deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, e que foi bem votado em Jacarepaguá nas eleições de 2010 e 2014.Tem muita gente que votou no Cunha com vergonha e indignado...bem feito!Fala Chico Alencar: “Na primeira semana de outubro, o Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil dados de contas bancárias que, afirma, pertencem ao deputado peemedebista Eduardo Cunha e sua família, e que fariam parte de um esquema de lavagem de dinheiro.Além das pendências judiciais no Brasil, o presidente da Câmara também é investigado na Suíça. Lá, ele é suspeito de ter recebido propina por vazamento de informações privilegiadas na venda de um campo de petróleo em Benin, na África, para a Petrobras. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recebeu de autoridades da Suíça informações sobre a conta bancária mantida secretamente por Cunha, cujos valores estão bloqueados. A PGR esclarece que “Cunha, por ser brasileiro nato, não pode ser extraditado e que aqui se dará a persecução penal”.Para o deputado Chico Alencar é “ inadmissível que a Câmara silencie sobre um ato de tal gravidade. O presidente adotou como estratégia se calar, porque, provavelmente, não tenha como se explicar. Mas nós queremos explicações! Sem resposta em plenário, já apresentamos um Requerimento de Informações, assinado por 15 deputados de diversos partidos, com perguntas que não querem calar”.Uma pergunta sem ofensa: quando vai cair o deputado Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados? E deixar de ser deputado federal?

Não ao Financiamento Empresarial de Campanha Finalmente presidente Dilma acerta uma!

Deputados que não conseguem fazer política sem serem bancados pelas grandes empresas já querem derrubar o correto veto da presidente Dilma ao financiamento empresarial de campanhas. Um acerto da presidente Dilma, depois do arrocho na economia justamente em cima dos trabalhadores. No Senado, a articulação é para se votar a PEC do financiamento empresarial, com o intuito de se criar uma confusão jurídica, confrontando essa mesma decisão do Supremo, pela inconstitucionalidade desse tipo de financiamento milionário. As incorrigívei$ Excelências não perceberam que o descrédito do povo na política mercantil já passou de todos os limites? Estão brincando com o fogo!

A cidade do Rio de Janeiro tem passado por fortes transformações desde que nos torna-mos sede da Copa e das Olimpíadas. Mais do que uma cara de cidade olímpica, tais mudanças urbanas afetaram diversas popu-lações vulneráveis e seus territórios. As pes-soas em situação de rua e os camelôs têm sofrido intensas e cotidianas violações de direitos. Tanto as remoções como a militari-zação da vida fazem parte desse projeto de cidade que está sendo posto em prática. É nesse sentido que viemos perguntar: que cidade nós queremos? Uma cidade merca-doria ou uma cidade de direitos? Em prol desse debate, o Diretório Acadêmico de História e Ciências Sociais Carlos Eduardo Sarmento, junto ao professor Alexandre Ma-galhães (CPDOC), em conjunto com o CPDOC da FGV, estão realizando um ciclo de pales-tras intitulado “Cidade ou mercadoria? Con-versando sobre o Rio dos megaeventos”. O primeiro debate ocorreu no dia 21/09 e ver-

sou sobre a “Gestão da cidade: debatendo as recentes transformações urbanas”.A ideia desse ciclo é debater a conjuntura atual do Rio, não somente em termos acadê-micos, mas a partir de relatos de experiên-

O I Encontro Nacional de Agricultura Urbana é promovido pelo Coletivo Nacio-nal de Agricultura Urbana, pela Articulação Nacional de Agroecologia e pelo Fórum Brasileiro de So-berania e Segu-rança Alimentar e Nutricional. O Rio de Janeiro será a sede do I Encontro Nacio-nal de Agricultu-ra Urbana, que acontecerá entre os dias 21 e 24 de outubro de 2015, na UERJ.

Os objetivos do encontro são o intercâmbio e a articu-lação entre diferentes atores em torno da agricultura urbana; a interação destes com a sociedade em geral; a discussão de polí-

ticas públicas para a agricultura urbana; e o fortalecimento do Coletivo Nacional de Agricultura Urbana.

O evento contará com três espaços de integração, articulados entre si: 1) Ins-talações pedagógicas para apresentação de experiências, representando os terri-tórios onde acontecem as práticas, estão

os sujeitos e os ambientes onde se pratica agricul-tura urbana no Brasil; 2) Painéis para exposição e debate de temas estratégicos e políticas públicas; 3) Feira Saberes e Sabores, aberta à sociedade, tem por objetivo es-tabelecer a inte-

ração dos participantes do evento, sobre-tudo dos/as agricultores/as, com a popu-lação, especialmente com os/as consumi-dores/as, para apresentar e dar visilidade

ao tema e às práticas da agricultura urbana.

Os agricultores urbanos de toda Baixada de Jacarepaguá estarão pre-sentes neste valioso e importante encontro nacional para debater po-líticas públicas de fortalecimento da agricultura familiar e urbana. Vamos levar nossas proposições e também nossos produtos orgânicos!

Vargens, Camorim, Pau da Fome, enfim a Baixada de Jacarepa-guá tem agricultura!

Cunha não pode continuar Presidente da Câmara

A cidade que queremosCiclo de debate: “Cidade ou mercadoria? Conversando sobre o Rio dos megaeventos”

Confira a programação do ciclo de debates “Cidade ou mercadoria? Conversando sobre o Rio dos megaeventos”

• Dia 21/10 (15h30) – Sala 318:Tema: Direito à habitação em xeque: o retorno da política de remoções.Convidados: Representante da Vila Autódromo e Alexandre Mendes (professor de Direito da Uerj e ex-integrante do Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública).• Dia 9/11 (15h30) – Sala 306:Tema: Militarização e Direito à Vida: a atual situação dos moradores de favelas.Convidadas: Ana Paula Oliveira (mãe de Johnatha Oliveira, morto por Policiais Militares da UPP instalada em Manguinhos) e Gizele Martins (Jornalista e moradora da Maré).• Dia 18/11 (15h30) – Sala 317:Tema: Pessoas em situação de rua: abrigos e violações de direitos.Convidados: Tomás Melo (doutorando em antropologia pela UFF), Pedro Zaidan (mestrando do PPCIS/UERJ e pesquisador associado ao núcleo de pesquisa CIDADES) e Cassiano Douglas (Movimento Nacional da População de Rua- MNPR).

Encontro Nacional de Agricultura UrbanaAgroecologia e Direito à Cidade:

Cultivando saúde e comida de verdade

Prestigie os Agricultores da Baixada de Jacarepaguá.

Faça feira semanal

Todos os sábados, das 8 às 13h,

na Praça Prof. Camisão, no Largo da Freguesia.

cias de pessoas que foram afetadas por esse projeto de cidade. O ciclo de debate aconte-ce na sede da Fundação Getúlio Vargas que fica na Praia de Botafogo, 190 – bairro de Botafogo.

http://jaajrj.com.br/blogs - www.facebook.com/jornalabaixoassinadodejacarepagua - [email protected] Cidade Partida

Observatório [email protected]çara Braga • jornalista

Há pouco mais de um mês, toda a im-prensa estampou a imagem de uma me-nina de 13 anos, grávida, apreendida em Copacabana quando cheirava solvente de tinta. Essa menina, segundo informou uma assistente social, está nos registros da prefeitura há oito anos, portanto, des-de os cinco frequenta os abrigos munici-pais do Rio.

Esse exemplo é contundente para mostrar a incompetência do Poder Pú-blico para atender e proteger crianças e jovens em situação de risco no Rio de Janeiro. São crianças invisíveis para a so-ciedade que não se importa com elas. Por que, então, elas se importariam com a sociedade?

Essa é a pergunta que vem quando vemos a dita sociedade revoltada com os arrastões nas praias da Zona Sul carioca, clamando por mais segurança e apoian-do as apreensões de menores vindos de áreas periféricas sem a evidência da prá-tica de delito.

Por que não há a mesma revolta dian-te da menina grávida, abandonada por todos (família, prefeitura, governo esta-dual)? Por que não há a mesma revolta com a situação precária dos abrigos pú-blicos para menores em situação de ris-co? Por que não nos revoltamos diante do abandono de crianças e adolescentes à própria sorte ou, melhor dizendo, ao próprio azar?

Se há quem necessite fazer uma séria revisão de conduta somos nós e não os jovens que saem atropelando a ordem pelas areias da cidade. Jovens que não

sabem dizer o ano em que nasceram, não têm suporte familiar, nem são compreen-didos pelos serviços públicos de assistên-cia social. São somente apreendidos para serem devolvidos às ruas na mesma con-dição que entraram.

Ou atuamos na raiz do problema, in-vestindo pesado nos serviços de assistên-cia social a esses jovens e a suas famílias ou continuaremos reféns de uma situação social que, há muito tempo, já ultrapas-sou o limiar do caos. Governo estadual e prefeitura deveriam agir em conjunto com uma abordagem ampla que some, a ações de segurança pública equilibradas, ações na saúde, na educação e na base familiar e social de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.

O que vemos hoje é fruto de anos de desinvestimento em setores fundamen-tais para o bem-estar da sociedade como um todo. Quem pode, tem acesso à saú-de, à educação, ao lazer, à arte, à vida. Quem não pode, se sacode onde dá pra sacudir. Pode ser na praia.

O que vemos hoje é a ponta de um iceberg que mostra as contradições de uma cidade partida onde jovens da pe-riferia são vistos como bandidos que devem ser banidos das áreas nobres en-quanto jovens da Zona Sul se apresentam como justiceiros com o direito de fazer essa limpeza.

Se não atuarmos com urgência para mudar o rumo dessa prosa, o custo, que já é altíssimo e se traduz em perdas para todos os lados, só aumentará.

Rio de Janeiro, 01/10/2015.

Arrastões na praia revelam a ponta de um iceberg

Mais um jovem foi executado por poli-ciais das UPPs. Infelizmente, esses crimes impetrados pela Polícia Militar estão viran-do rotina em nossa cidade. Desta vez, no Morro da Providência, Eduardo Felipe dos Santos Victor, de 17 anos, se tornou mais uma vítima da barbárie generalizada. Uma execução já é um crime hediondo. Mas quando a execução vem acompanhada da montagem de uma farsa para incriminar a vítima, mostra - além da falência de nossas instituições - o ponto em que está o desca-so para com a vida humana.

Numa demonstração de cinismo ini-maginável, dois dos cinco policiais que participaram da execução foram à dele-gacia e registraram ocorrência como se o assassinato tivesse sido fruto de um auto de resistência. Só ficamos sabendo da farsa porque moradores filmaram e divul-

Vereador Leonel Brizola

garam a ação policial pelas redes sociais. Quantos outros “autos de resistência” não foram, na verdade, execuções?

Leonel Brizola dizia que a morte não poderia ser transformada em método policial. Lamentavelmente, o que vemos no Rio de Janeiro é justamente a morte convertida em método policial para ex-terminar os nossos jovens. Quantos ado-lescentes ainda terão de morrer para que se perceba o fracasso das UPPs como me-canismo de combate a criminalidade? A verdade, por mais dura que seja, é que o Secretário Mariano Beltrame é tão culpa-do quanto os policiais que executaram o adolescente lá na Providência.

Espero que haja uma punição exem-plar a esses criminosos e que não vigore o corporativismo na Polícia Militar. E que o secretário Beltrame pelo menos uma vez na vida tenha bom senso, venha a públi-co, explique o porquê, após tantos anos no cargo, não conseguiu resultados signi-ficativos no combate à violência e numa atitude de grandeza, entregue o coman-do da Segurança Pública do Estado.

Rotina do Terror

Silvia da Costa*O Estatuto da Criança e do Adolescen-

te determina que o processo para a es-colha dos membros do Conselho Tutelar seja realizado sob a responsabilida-de do Conselho Municipal dos Di-reitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), esfera pública de com-posição plural e paritária entre Es-tado e sociedade civil, cuja função é atuar na formu-lação, acompanhamento, fiscalização e decisão das políticas públicas.

Na ausência das urnas eletrônicas do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o CMD-CA – Rio decidiu contratar a empresa Ma-san Serviços Especializados para executar a logística da eleição dos conselheiros tutelares. A ideia era simples: computa-dores portáteis espalhados em 160 pos-tos de votação receberiam os votos dos eleitores que seriam transmitidos, via internet, até o Centro de Operações Rio, onde seriam armazenados. Após o encer-ramento da votação, seria iniciada à apu-ração. Haveria uma senha, similar à senha de banco, que garantiria a segurança de toda a informação.

Esse esquema convenceu apenas os

seis membros da Comissão Eleitoral, pois foi duramente rejeitado pelos 581 candi-datos e seus aliados nas duas reuniões de apresentação do chamado sistema elei-

toral informati-zado. No dia 4 de outubro ficou provado quem tinha razão. Des-de a primeira hora da aber-tura das urnas/computadores, o programa e a internet não f u n c i o n a r a m . Em consequên-

cia disso, formaram-se enormes filas de eleitores, e a desinformação e o estresse foram instaurados.

As diversas denúncias junto ao Minis-tério Público forçaram a Comissão Elei-toral do CMDCA – Rio a suspender, às 13 horas, o processo eleitoral para con-selheiros tutelares. No dia seguinte, foi marcada a nova data do pleito: 15 de no-vembro. Mas isso não é o suficiente. Há várias perguntas sem respostas, como, por exemplo, o uso do dinheiro empe-nhado, as garantias de segurança em uma votação com cédula de papel, e se a so-ciedade poderá confiar na mesma comis-são que se responsabilizou pelo primeiro pleito.*Fórum Mobilizador para a Cidadania Ativa

Desorganização generalizada suspende eleição para Conselheiro Tutelar na cidade do Rio de Janeiro

Equipe do JAAJ apoia Silvia Costa

Pra lutar

http://jaajrj.com.br/blogs - www.facebook.com/jornalabaixoassinadodejacarepagua - [email protected] 6Educação

ProfessorMiguel Pinho

Professor Júlio Dória

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Doces Caseiros

Em 1889, foi instaurada a República no Brasil e ironicamente instaurava-se uma ditadura contra o autoritarismo do impe-rador. Este fato curioso, característico de nossa história política institucional, está até hoje nas ações dos governos que se suce-dem em nosso país.

No Rio de Janeiro, um dos casos inu-sitados é o ensino religioso nos colégios estaduais. Como pode a instituição oficial de ensino de um país laico ter em seu cur-rículo escolar o ensino religioso? Não en-tro no mérito da validade da religião para a formação do caráter de jovens e adultos, mas, a partir do momento em que cons-titucionalmente se definiu que o Estado brasileiro não tem uma religião oficial, não há sentido que seja incluída esta disciplina nos colégios públicos do estado do Rio de Janeiro.

A questão fundamental é que existe uma grande variedade de credos religio-sos e mesmo de orientações filosóficas ag-nósticas, que são professados por jovens e adultos frequentadores dessas escolas e que não são contemplados. Por vezes, como ocorreu em uma escola municipal

da Zona Norte do Rio de Janeiro, os alunos, que por motivos religiosos precisam ir com suas vestimentas características, são proi-bidos de entrar na escola pela própria Di-reção. Enfim, os temas e religiões contem-pladas acabam por restringir-se àquelas de maior popularidade e aceitação social, gerando hierarquizações e preconceitos. Para se lecionar qualquer disciplina, é ne-cessário que o professor tenha um curso superior, e isto não se relaciona apenas à questão técnica do saber, mas principal-mente aos conhecimentos pedagógicos necessários a este profissional. Porém, na questão do ensino religioso não existe essa obrigatoriedade, mais um caso institucio-nal.

Por fim, não cabe ao Estado ensinar religião aos cidadãos, tendo em vista que o seu campo de ação e os seus objetivos encontram-se na esfera material, das rela-ções sociais, civis e jurídicas que ocorrem dentro da dinâmica de um determinado território. Promover o ensino religioso de forma oficial além de contradizer a Cons-tituição Federal é interferir e influenciar a dinâmica de foro íntimo de seus cidadãos; é entrar no coração e na mente e no senti-mento, em um lugar que deveria ser exclu-sivo de cada indivíduo, sem a intromissão de nada nem de ninguém, a fim de que não se estabeleça hierarquias entre as religiões e, principalmente, distorção de ensina-mentos.

Ensino religioso

O governador Pezão enviou para Alerj a proposta de orçamento para 2016. Em virtu-de da crise econômica e da queda da arre-cadação, a previsão de orçamento será de 3 bilhões a menos. Um momento como esse exige que os governantes façam escolhas políticas.

Os cortes do governo até agora são: me-nos 2,9 bilhões de reais para Educação e mais 1,4 bi de reais para a Segurança. O orçamen-to da Educação sairá de 10,7 bilhões de reais para 7,8 bi de reais, quase 30% de redução. O mais surpreendente é que a Educação ab-sorve os impactos de quase toda a queda de arrecadação. Para o governador, é mais importante investir na polícia que mais mata e mais morre no mundo do que em escolas.

Não existe e nunca existirá qua-lidade na Educação sem investimento. É necessário re-formar as escolas, garantir recursos tecnológicos e valorizar os profissionais da Educação, para assegu-rar melhorias na qualidade do ensino. Mas o nosso governante parece querer seguir o caminho exatamente oposto. Em negocia-ção com Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), o governo já disse que não haverá aumento nos próximos dois anos para estes profissionais. Em resposta, a cate-goria prepara paralisações. A dívida com for-necedores também não para de crescer.

Se com os recursos atuais a Educação

estadual já agoniza, o que poderá acontecer com aproximadamente 30% a menos? Sem mencionar que com a verba deste ano já houve caso de escola que deixou de aplicar prova, não por causa de alguma pedagogia inovadora, mas sim pela falta de papel e tin-ta nas impressoras. Projetores queimados, escolas em péssimo estado de conservação, turmas superlotadas, salas sem ar-condicio-nado ou sequer um ventilador são a realida-de de boa parte das instituições de ensino. Este é o cenário atual da educação flumi-nense, e, em 2016, será muito pior.

Qual o governante se elegeria se falasse abertamente que Educação não é uma prio-ridade e deveria se investir menos? Nenhum.

Este orçamento será discutido na Alerj, e os deputados estaduais podem alterar o projeto enviado pelo governo. Entretanto, em uma Assembleia dominada pelo PMDB,

é muito difícil que mudem sem pressão popular.

Esta pode ser “a pá de cal” que faltava para en-terrar a Educação pública no estado do Rio de Janeiro. E como sabemos, a piora dos servi-

ços públicos é a porta de entrada para os discursos privatizadores. Em pouco tempo, ganhará mais força as ideias de parcerias com grandes empresas que “adotem” as escolas. Qual é o problema disto? Esvaziar o espaço do pensamento crítico do pro-cesso de formação de nossos jovens. Essas empresas estão preocupadas apenas com a mão de obra obediente, que só diga “sim, senhor.” Lutar contra os cortes de verbas é uma batalha fundamental pela educação pública de qualidade.

Governo Pezão cortará 2,9 bilhões de reais da Educação

http://jaajrj.com.br/blogs - www.facebook.com/jornalabaixoassinadodejacarepagua - [email protected] Cultura e Esporte

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O Conselho Popular de Cultura da Baixada de Jacarepaguá (CPCBAJA), a Federação das Associações de Moradores do Rio de Janeiro (FAMRIO) e os movimentos sociais de Jacarepaguá realizarão, no dia 5 de novembro, solenidade de entrega do Prêmio Miriam Mendonça de Cultura 2015 para as melhores iniciativas culturais na região.

defesa da Biblioteca Popular de Jacarepaguá.19h40 - Vídeo Quilombo do Camorim.20h - Entrega do Prêmio Miriam Mendonça de Cultura “In Memoriam” à Matriarca Quilombola Ednéia dos Santos pela sua luta em Defesa da Terra.20h20 - Performance Teatral.20h40 - Entrega do Prêmio Miriam Mendonça de Cultura ao militante comunitário Otevaldo da Silva pelo seu trabalho em Defesa das Lutas Populares. 21h - Grupo Dança Folclórica Pega Fogo.21h20 - Entrega do Prêmio Miriam Mendonça de Cultura à folclorista Verônica Lima pelo seu trabalho de 40 anos de divulgação do folclore, extritamente comunitário.21h40 - Encerramento da solenidade.

Miriam Mendonça foi uma grande ati-vista cultural e militante política da região. Nasceu em 4/1/1947, na Ilha do Governa-dor, e foi criada em Santo Cristo. Após se casar, veio morar em Jacarepaguá. Miriam faleceu em 19/4/2006, e deixou um casal de filhos, dois netos e três irmãos. Forma-da em filosofia, era também artista plástica e artesã. Ela trabalhou em cooperação es-treita com o movimento popular de base, abrindo espaços de reflexão sobre as pers-pectivas culturais e as realidades sociais.

Foi diretora da Amoata – Associação de Moradores e Amigos da Taquara e coorde-nadora do Conselho Regional da FAM-RIO, e implantou a Feira Artesanal e Cultural de Jacarepaguá, na Praça Seca. Lutou pela criação do Centro Cultural de Jacarepaguá. Ela também fundou a ALDEIA – Associação Livre de Defesa, Expansão e Integração Ar-tesanal e organizou a 1a Mostra Artística e Cultural da Baixada de Jacarepaguá e o 1o Fórum Popular e Cultural da Baixada de Jacarepaguá.

Prêmio Miriam Mendonça de Cultura 2015

Por que o Prêmio tem o nome de Miriam Mendonça

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A criação deste prêmio tem por objetivo premiar pessoas, instituições ou grupos que atuam buscando dar espaço e voz à cultura popular em Jacarepaguá.

Thiago Naziel*Q u e m

inventou que p r e c i s a m o s

ser reféns de bens materiais para sermos felizes? Por que o padrão de beleza é o galã da novela que se passa no Leblon? Por que não somos incentivados a ler? A todo momento se fala em rede social, mas por que precisamos o tempo todo postar, curtir ou comentar algo? Por que os jornais noticiam tragédias urbanas com ênfase, e não passam uma matéria com críticas construtivas para melhorar nossa sociedade? Por que em todas as plataformas de comunicação das famílias que detêm o oligopólio da mídia no Brasil nunca vemos ou lemos as palavras introdução, valorização ou inclusão, quando se referem a jovens de comunidade? Por que os governantes não tomam atitudes, cobram, fiscalizam, já que rádio e a tv são concessões públicas e recebem benefícios fiscais? Querem nos colocar antolhos para limitar nossa visão a apenas um palmo, arquitetam formas de fazer com que se acredite que só será feliz se tiver tal relógio, celular, carro, frequentar um determinado lugar e até mesmo se beber certa marca de cerveja no final de semana.

Mas nem tudo está perdido, existem coletivos que trabalham com ações afirmativas na intenção de quebrar esses paradigmas. Por exemplo, no condomínio Bandeirantes (Merck) tem o Núcleo de Formação de Agentes da Cultura

(Nufac), o curso de produção de vídeo (audiovisual), com ênfase em políticas étnico-raciais e jornalismo comunitário. O público-alvo são jovens de 15 a 29 anos de comunidade, que ainda ganham uma bolsa mensal. Na Cidade de Deus acontece um curso de cinema com o coletivo “CDD na Tela”, no qual jovens aprendem gratuitamente as técnicas do mundo da sétima arte, e há um polo do Nufac, com o curso de Web Designer. Também temos, no Asa Branca, cursos gratuitos de fotografia, rádio comunitária, circo e teatro. Isso apenas em Jacarepaguá. Há, ainda, outros cursos que preparam os jovens da periferia para as profissões do futuro e desenvolvem a economia criativa, como o curso de assistente gráfico na Mangueira (gratuito) e produção cultural no Borel (gratuito). Existem, também, opções de bibliotecas, museus e teatros públicos, com programação variada e de baixo custo, ou gratuito.

A Lei Municipal no 5.429, de 2012 — Lei do Artista de Rua — permite que qualquer um se apresente ou mostre sua arte em qualquer espaço público ao ar livre, sem nenhum impedimento. Enfim, informe-se melhor, saia da mesmice e busque fontes alternativas. Muito jovens estão preocupados em replicar os xingamentos à presidente, sem saber exatamente o verdadeiro motivo da situação econômica atual. A culpa será mesmo da Dilma? Não quero defender político nem votei nela, mas será que ela é a responsável por você ficar aguardando que algo aconteça? Quem não nasce em berço de ouro corre atrás... como diz Mano Brown,

“Nós pretos precisamos ser dez vezes melhor, por tudo ”, e você, jovem negro de periferia, de comunidade, classe média baixa, o que está fazendo para mudar essa realidade? Mudar a sua realidade? Quem será você daqui a cinco, dez anos? Qual será seu legado? Cento e dezessete curtidas e 48 comentários no Facebook? Ou vai pavimentar seu caminho para escrever sua própria história, como parte integrante dessa mudança de mentalidade?“Pilotem suas próprias cabeças!”

*Participa do Coletivo Jacarepaguá Afro Cultural

Mídia & Cultura

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Euclides da Cunha, em seu livro “Os Sertões”, que retrata a Guerra de Canudos (1896-1897), descreveu um “morro da Favela”, próximo do qual existia o arraial de Canudos. O nome do morro, explica o autor, devia-se a uma planta comum por ali, a faveleira ou mandioca-brava, cujo nome científico é Jatropha Pphyllacantha. Os soldados que voltaram da Guerra de Canudos pediram permissão ao Ministério da Guerra para construir casas no morro da Providência. Daí por diante passou a chamar-se de Favela.

Uma segunda versão estaria relacionada com a Guerra do Paraguai. O governo Imperial prometeu alforriar os escravos que ingressassem no conflito. Após retornarem, esses indivíduos ficaram sem moradia e foram viver nos cortiços e nas encostas dos morros existentes no Centro do Rio de Janeiro. Como as casas eram precárias e pareciam os favos de uma colméia, as pessoas passaram a chamar esses locais de “favelas”.

A terceira versão está associada com a política higienista, predominante no Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX. Os intelectuais da época

justificavam as remoções das populações mais pobres argumentando que os seus hábitos eram nocivos à sociedade. Muitos cortiços existentes nas áreas centrais foram destruídos, fato que provocou um deslocamento

desse segmento social em direção às encostas. Esses indivíduos, muitos deles negros recém-alforriados, foram viver nas encostas dos morros localizados próximos ao Centro da cidade.

Atualmente, cerca de 1 bilhão de pessoas moram em favelas no mundo. No

Brasil, segundo o IBGE, a população que vive nesses locais é de 12 milhões de pessoas. A cidade do Rio de Janeiro, segundo o Instituto Pereira Passos (IPP), tem cerca de 763 favelas.

A polêmica sobre a origem das favelas

Acima: Ocupação das encostas do Maciço da Pedra BancaA esquerda: Morro da Providência - Arqui-vo Nacional-Correio da Manhã -1958

Do primeiro dia do ano até o dia 30 de setembro de 2015, foi constatado que, no Rio de Janeiro, existe um total de 4.155 (quatro mil, cento e cinquenta e cinco) re-gistros de pessoas desaparecidas, fato que traz dor e so-frimento a inúmeras famílias. Em Jacarepaguá foram re-gistradas 178 pessoas desaparecidas, segundo dados das delegacias da região.

Infelizmente, não se consegue saber quantos destes desaparecidos já retornaram para suas casas, pois as pes-soas fazem o registro do desaparecimento em uma dele-gacia, mas quase nunca voltam para informar se a pessoa foi encontrada, ficando assim a comunicação em aberto.

As causas de desaparecimento são várias: problemas mentais, Alzheimer, droga, violência criminosa, violência doméstica, sexual e familiar, depressão, moradores de área de risco que fogem para preservar a vida, perdidos no mar e nas matas, além de trabalhadores que vêm de outros estados e que não chegam ao alojamento do em-prego nem voltam para a cidade natal, ou os que fogem da própria imaginação, escondem-se de si mesmo, achan-do que a fuga será a solução. A maioria sai escondida dos lares apenas por não aceitarem regras ou normas de seus familiares ou iludidos por más companhias. E não pensam na dor que causarão à família.

Enquanto você está em sua casa assistindo à nove-la, ao jogo de futebol ou a um filme, uma mãe sofrida e desesperada está em busca do filho. Não perca a opor-tunidade de ajudar uma família à procura de um parente desaparecido. O JAAJ contribui com essa luta publicando, mensalmente, a relação de crianças e jovens desapareci-dos em todo o estado do Rio de Janeiro. Nosso jornal par-ticipa há quatro anos do programa SOS Crianças Desapa-recidas da FIA – Fundação para a Infância e Adolescência.

Quem tiver informações sobre uma pessoa desapare-cida, basta ligar para o Disque Denúncia (21) 2253-1177 ou para a FIA (21) 2334-3088 / 2334-8030 / 2334-8012.

Assim você estará ajudando a inúmeras famílias. Contribua!

Nome: Eduardo Targino FirminoIdade: Atualmente com 16 anosDesap: 11/02/2013 da Zona Norte - RJSituação: Saiu de casa e não retornou

Nome: Tamara Conceição Barroso CheremIdade: Atualmente com 17 anosDesap: 12/05/2014 da Zona Oeste - RJSituação: Saiu de casa e não retornou

Nome: Wendel Daniel Victor da ConceiçãoIdade: Atualmente com 06 anosDesap: 15/092014 da Zona Norte - RJSituação: Perdido

Julio Cesar

Jacarepaguá tem 178 pessoas desaparecidasJá em todo Rio de Janeiro são 4.155

Uma luta constante e a dor de não saber

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