crianÇa em idade prÉ-escolar, na escola especial. · escolar, sob a ótica da teoria...

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Título: A MEDIAÇÃO DO PROFESSOR COM VISTAS AO DESENVOLVIMENTO DA

CRIANÇA EM IDADE PRÉ-ESCOLAR, NA ESCOLA ESPECIAL.

Autora Dilvanete Magalhaes Rocha

Escola de Atuação Escola Especial Esperança – APAE

Município da escola Nova Esperança

Núcleo Regional de Educação Paranavai

Orientador Maria Júlia Lemes Ribeiro

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá

Disciplina/Área (entrada no PDE) Educação Especial

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

Não

Público Alvo

(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)

Professores da Educação Infantil da Escola Especial

Localização

(identificar nome e endereço da escola de implementação)

Escola Especial Esperança

Rua Visconde de Guarapuava,413-centro

Nova Esperança - Paraná

Apresentação:

(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

Este trabalho advém de uma pesquisa qualitativa acerca do desenvolvimento do psiquismo humano na idade pré-escolar, sob a ótica da teoria histórico-cultural, visando buscar subsídios e contribuições para a prática docente das salas de educação infantil da escola especial, implicando, na ideia da infância como construção social e a brincadeira como propulsora de aprendizagens e desenvolvimento. Tal intenção se justifica no fato de, muitas vezes, não haver coerência entre os fundamentos explicitados na Proposta Pedagógica e as práticas realizadas nas salas de aula, revelando, que as concepções teóricas adotadas não são suficientemente sólidas ou que não são realmente compartilhadas pelos professores e demais profissionais, ou ainda que não se tornaram significativas para esses sujeitos. Assim, é

imprescindível para o professor a reflexão contínua sobre a concepção teórica que direciona sua prática, dada a importância desta condição, pois é a forma como vemos e entendemos as questões relativas ao processo de cuidado e educação das crianças que dirige nossas ações.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Infância; Brinquedo; Teoria histórico-cultural

1-APRESENTAÇÃO

A iniciativa da elaboração desta unidade didática foi motivada

pela participação no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE –

2010, programa de formação continuada dos professores da rede pública do

Estado do Paraná, desenvolvido em convênio com as IES estaduais.

Com o tema: a função mediadora do professor, sob o enfoque

da Teoria histórico-cultural e possibilidades para o desenvolvimento da criança

no ensino pré-escolar da Educação Especial, esta, tem como objetivo buscar

subsídios advindos da Psicologia histórico-cultural acerca do desenvolvimento

do psiquismo humano na idade pré-escolar e suas contribuições para a

Educação Infantil da Escola Especial.

Parte-se do pressuposto que desde a implantação da Teoria

histórico-cultural como norteadora do trabalho educacional no estado do

Paraná, a Secretaria de Educação (SEED) tem proporcionado cursos de

capacitação para os docentes da rede pública, mas não se observa

transformação significativa na prática diária e dinâmica da sala de aula.

Na Escola Especial tal situação ainda é mais evidente,

primeiro, por não fazer parte da rede pública de ensino, já que em sua maioria

funciona em convênio com o Estado, o que inviabiliza a formação continuada

para todos seus profissionais. Segundo, pelo paradigma social, muitas vezes

refletido no “chão” da escola especial: para o aluno deficiente bastam cuidados

físicos.

Especificamente, na Educação Infantil da Escola Especial, este

é um aspecto que requer reflexão, pois é a forma como vemos e entendemos

as questões relativas ao processo de cuidado e educação das crianças que

dirigem nossas ações. As concepções teóricas são “o ponto de partida” de uma

proposta e devem se refletir na organização do trabalho e nas ações

educativas realizadas.

Assim, sob a ótica da teoria soviética de desenvolvimento

psicológico da criança, que se apóia na tese marxista acerca de “herança

social” das qualidades e faculdades psíquicas, destaca-se a importância

decisiva da educação e do ensino na evolução psíquica da criança, e esclarece

que o desenvolvimento do individuo decorre das características biológicas que

o preparam para interagir com o mundo social, modificá-lo e ser modificado por

ele.

A Teoria histórico-cultural concebe que no processo de

desenvolvimento humano existe uma atividade que é considerada principal

para cada etapa, e é ela que atinge e motiva a ampliação das estruturas

psíquicas que servirão de base para novos conhecimentos.

Elkonin e Leontiev, (apud FACCI, 2004, p.66) afirmam que:

“cada estágio do desenvolvimento da criança é caracterizado por uma relação

determinada, por uma atividade principal que desempenha a função de

fundamental forma de relacionamento da criança com a realidade.”

Segundo esses autores, a criança, por meio da atividade

principal, relaciona-se com o mundo, gerando nela necessidades específicas

em termos psíquicos. Com a realização dessas atividades, surgem as

mudanças mais importantes em termos de psiquismo e nas particularidades

psicológicas da sua personalidade.

Deste modo, no primeiro ano de vida a atividade principal é a

relação emocional com o adulto; para a primeira infância é a atividade com

objetos; e para o pré-escolar é o jogo.

O que assinala o pertencimento de crianças em uma mesma

fase de desenvolvimento psíquico, de acordo com sua idade, são suas atitudes

frente ao mundo que as cerca, suas necessidades e interesses e as atividades

infantis delas decorrentes.

Detendo-nos na fase pré-escolar, observa-se a importância da

brincadeira para o desenvolvimento do psiquismo.

Rossler, referindo-se aos fundamentos de Leontiev assegura

que:

De fato, Leontiev afirma que a brincadeira é a principal atividade geradora do desenvolvimento psíquico do homem na idade pré-escolar, ou seja, da criança. [...] para Leontiev, atividade principal ou dominante é aquela que, numa determinada etapa da vida do homem, produz as mais importantes mudanças em seu desenvolvimento psíquico e o prepara para um transição a um novo e superior nível de desenvolvimento.(ROSSLER, 2006, p.56).

Para Vigotsky e seus colaboradores, a brincadeira não é uma

atividade alucinatória como muitos concebem. Ao contrário, a criança brinca

para poder dominar e penetrar no mundo, que é um mundo social. A criança

brinca para ser um adulto. É a brincadeira de papéis sociais, motivada pela

necessidade de reproduzir as relações humanas.

Para o professor que trabalha com crianças que estão nesta

fase, cumpre explorar o potencial educativo da brincadeira de papéis.

Daí decorre a importância do adulto na direção da brincadeira,

já que mesmo sendo imprescindível para o desenvolvimento psíquico, a

brincadeira de papéis sociais não surge espontaneamente, independentemente

da criança apresentar deficiência ou não.

Destarte, passamos a repensar a responsabilidade do

professor como mediador na educação infantil, especificamente na fase pré-

escolar, na escola especial.

Ante tantas questões, percebemos que o momento é propício e

necessário para refazer o percurso e, em primeiro plano, buscar um

aprofundamento teórico/científico para a atuação como docente.

Diante de tais concepções, a presente Unidade Didática,

abordará temáticas da Teoria histórico-cultural sobre o desenvolvimento do

psiquismo humano na idade pré-escolar.

Espera-se com esse trabalho que, por meio de um curso de

extensão, ao final do estudo, os professores da Educação Infantil da Escola

Especial possam compreender seu papel no processo de desenvolvimento

psíquico da criança na idade pré-escolar como mediador na zona de

desenvolvimento potencial, assim como, implementar práticas pedagógicas

possíveis e necessárias para o desenvolvimento das funções psicológicas

superiores de seus alunos.

Com a finalidade de auxiliar o professor nos estudos do título

proposto, dividiu-se o mesmo em cinco temas:

1) Vigotsky e Colaboradores – Concepções da Teoria

histórico- cultural:

2) Periodização do Desenvolvimento Infantil :

2.1 – Idade pré-escolar e atividade principal

2.2 - Jogo e brincadeira de papéis sociais;

3) Desenvolvimento das Funções Psicológicas Superiores;

4) Mediações Pedagógicas.

Considerando que as atividades são recursos pedagógicos que

proporcionam a reflexão, a memorização e a construção de conceitos, ao final

de cada tema serão organizadas atividades, como: questionamentos, dinâmica

de grupo, leitura de textos, apresentação e discussão de vídeos, outras, que

servirão como referência para avaliação do assunto estudado.

2-PROCEDIMENTOS/MATERIAL DIDÁTICO

PRIMEIRO ENCONTRO – 4 HORAS – PRESENCIAIS

TEMA: CONCEPÇÕES DA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL

OBJETIVO:

- Apresentar aos participantes as concepções da Teoria histórico-cultural.

PROCEDIMENTOS:

ATIVIDADE 1 - APRESENTAÇAO DO CURSO E SONDAGEM

Em grupo de 4, responder as questões:

a) Destaque a importância de o professor ter sua prática pedagógica

fundamentada teoricamente.

b) Relacione teoria e prática. Na atuação ambas se articulam ou se

diferem, como ocorre este processo?

c) Qual a teoria que norteia a prática pedagógica da educação pública da

Secretaria da Educação do Estado – SEED?

d) Elenque um aspecto da Teoria histórico-cultural.

ATIVIDADE 2 - LEITURA DO TEXTO: A CONSTITUIÇAO SOCIAL DO

DESENVOLVIMENTO- Elizabeth dos Santos Braga.

Em grupo de 3 a 4 pessoas, ler o texto e pontuar aspectos que julguem ser

importantes e que causem dúvidas, para levar para o grande grupo que se

formará a seguir.

No grande grupo, com a ajuda da Ministrante, conceituar algumas concepções

da Teoria histórico-cultural:

- a respeito dos escritos de Lev Semiónovich Vigotski e seus colaboradores;

- leitura histórica da teoria Vigotskiana;

- desenvolvimento histórico e social da mente;

- mediação;

- internalização;

- centralização da linguagem;

- instrumento e signo;

- outras que o grupo pontuar.

ATIVIDADE 3- ASSISTIR AO VIDEO: COLEÇÃO GRANDES EDUCADORES –

LEV VIGOTSKY

ATIVIDADE 4– TÉCNICA DE LEITURA DE HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS

Dentre os vários indicadores que nos orientam na seleção da história, destaca-

se o conhecimento dos interesses predominantes em cada faixa etária. Há

publicações específicas sobre o assunto e algumas editoras propiciam

catálogos com a indicação.

É importante escolher, avaliando sempre a qualidade literária.

O professor deve ler a história previamente para conhecer o enredo. Pode-se

definir um espaço na sala ou no pátio, como por exemplo, um tapete de

retalhos. Ler a história com entonação de acordo com a alternância de fala dos

personagens, com o estado de espírito deles, criar sotaques para diferentes

personagens etc.

LEITURA DO LIVRO DE LITERATURA INFANTIL: MARIA VAI COM AS

OUTRAS- SyIvia Ortoff.

Reflexão: Como minha prática pedagógica se assemelha ao conteúdo do livro?

ATIVIDADE 5 – PARA CASA - LEITURA DO TEXTO: ALGUMAS IMPLICAÇÕES

DA ESCOLA DE VYGOTSKY PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL – Suely Amaral

Mello.

MATERIAL DE APOIO:

Texto 1 - BRAGA, Elizabeth S. A constituição social do desenvolvimento . Revista Educação. Historia da pedagógia. São Paulo. Segmento, v.2, p.20 – 29, 2010.(ISSN-1415-5486). Texto 2 - ORTHOF, Silvia. Maria vai com as outras. Coleção:Lagarta Pintada.

Ática.

Texto 3 - MELLO, SUELY AMARAL, Algumas implicações da escola de Vygotsky para a educação infantil, material disponibilizado para capacitação/2008 em Lobato-Pr. RECURSOS MATERIAIS:

- Data Show;

- Televisão;

- Notebook;

- DVD;

- papel sulfite;

- caneta esferográfica.

AVALIAÇAO: A avaliação ocorrerá paralela ao processo.

SEGUNDO ENCONTRO – 4 HORAS – PRESENCIAIS

TEMA: CONCEPÇÕES DA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL

OBJETIVO:

- Apresentar aos participantes as concepções da Teoria histórico-cultural e

suas contribuições para a Educação Infantil.

PROCEDIMENTOS: ATIVIDADE 1 – Estudo dirigido do texto: ALGUMAS IMPLICAÇÕES DA ESCOLA

DE VYGOTSKY PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL – Suely Amaral Mello.

Formar um círculo com os participantes e ler o texto. Cada participante fará a

leitura de dois ou mais parágrafos em voz alta para os demais. Depois, faremos

as considerações necessárias e, em pequenos grupos, divididos

aleatoriamente, os participantes devem responder os seguintes

questionamentos:

a) Como a concepção histórico-cultural destaca o papel da aprendizagem

e da educação enquanto força motora do desenvolvimento infantil?

b) Comente a afirmativa proposta a seguir, destacando a implicação de tal

conceito na prática pedagógica da nossa sala de aula:

“Para Marx, assim como para Vigotsky e outros estudiosos que se juntaram à

sua escola, o homem não nasce humano. Sua humanidade é externa a ele,

desenvolvida ao longo do processo de apropriação da cultura, que as novas

gerações encontram ao nascer, acumulada pelas gerações precedentes –

cultura essa que é, portanto, peculiar ao momento histórico em que o indivíduo

nasce e ao lugar que ocupa na sociedade.”

c) Qual o conceito de atividade para a Teoria histórico-cultural? Como ela

pode ser pensada para garantir o nascimento de aptidões, capacidades,

habilidades em nossos alunos?

d) Conceitue zona de desenvolvimento real e proximal destacando o papel

do professor e das atividades que deverão ser propostas para promover o

aprendizado.

ATIVIDADE 2 - VAMOS CANTAR?

CIRANDA DA BAILARINA – Chico Buarque

a) Diante das leituras realizadas, avalie as músicas apresentadas para

nossos alunos e pontue algumas possibilidades de realizações promotoras com

as crianças de zero a seis anos.

ATIVIDADE 3 – PARA CASA - LEITURA INDIVIDUAL DO TEXTO: OS

ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO SEGUNDO A

PSICOLOGIA SOCIOHISTÓRICA – Marilda G. D. Facci.

MATERIAL DE APOIO:

Texto 1 : MELLO, Suely A. Algumas implicações da escola de Vygotsky para a educação infantil, Material disponibilizado para capacitação/2008 em Lobato-Pr. Texto 2 - Ciranda da Bailarina – Composiçao: Edu Lobo / Chico Buarque

Texto 3 - FACCI, Marilda G. D. Os estágios do desenvolvimento psicológico segundo a psicologia sociohistórica. In: ARCE, Alessandra; DUARTE, Newton. (orgs) Brincadeiras de papéis sociais na educação infantil : as contribuições de Vigotski, Leontiev e Elkonin. São Paulo: Xamã, 2006. p. 11-25. RECURSOS MATERIAIS:

- Data Show;

- Televisão;

- Notebook;

- DVD;

- CD

AVALIAÇAO: A avaliação ocorrerá paralela ao processo.

TERCEIRO ENCONTRO – 4 HORAS PRESENCIAIS

TEMA: PERIODIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL.

OBJETIVOS:

- Expor alguns aspectos relacionados à periodização do desenvolvimento

humano na abordagem histórico-cultural;

- Compreender a questão dos diferentes momentos no desenvolvimento infantil

nos textos de Vigotsky, Leontiev e Elkonin.

PROCEDIMENTOS:

ATIVIDADE 1– Estudo dirigido do texto: OS ESTÁGIOS DO

DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO SEGUNDO A PSICOLOGIA

SOCIOHISTÓRICA – Marilda G. D. Facci.

Em grupo de 4 pessoas, após a releitura do texto, responder a questão:

a) Relacionar os principais estágios de desenvolvimento infantil destacando

a atividade principal de cada uma delas.

ATIVIDADE 2 - VIDEO TV ESCOLA – O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA:

DIVERSÃO E CONVÍVIO SOCIAL

Reflexão: Destaque as cenas do vídeo que confirmam a periodização do

desenvolvimento psíquico conforme a psicologia sociohistórica.

ATIVIDADE 3 - PARA CASA – LEITURA DO TEXTO: O JOGO COMO

ATIVIDADE PRINCIPAL NA IDADE PRÉ-ESCOLAR . Valéria Mukhina.

MATERIAL DE APOIO:

Texto 1 - FACCI, Marilda G. D. Os estágios do desenvolvimento psicológico segundo a psicologia sociohistórica. In: ARCE, Alessandra; DUARTE, Newton. (orgs) Brincadeiras de papéis sociais na educação infantil : as contribuições de Vigotski, Leontiev e Elkonin. São Paulo: Xamã, 2006. p. 11-25.

Texto 2 - Video - tv escola fonte: http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=810

Texto 3 - MUKHINA, Valéria. O jogo como atividade principal na idade pré-escolar. In. Psicologia da Idade pré-escolar . Tradução de Claudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes, 1995. p. 155-166. RECURSOS MATERIAIS:

- Data Show;

- Televisão;

- Notebook;

- DVD;

- Livro de literatura infantil e fantasias.

AVALIAÇÃO: A avaliação ocorrerá paralela ao processo.

QUARTO ENCONTRO – 4 HORAS PRESENCIAIS

TEMA: ATIVIDADE PRINCIPAL NA IDADE PRÉ-ESCOLAR

OBJETIVO:

- Reconhecer a brincadeira como uma atividade particularmente rica para a

educação da criança na idade pré-escolar.

PROCEDIMENTOS:

ATIVIDADE 1 – Estudo do texto: O JOGO COMO ATIVIDADE PRINCIPAL NA

IDADE PRÉ-ESCOLAR . Valéria Mukhina.

a) A autora destaca que o jogo é o fator principal para introduzir a criança

no mundo das idéias. Busque no texto fundamentação teórica para a

afirmativa.

b) Comente:” A brincadeira é um espaço educativo fundamental da

infância, ao contrário do que se acredita, nenhuma criança nasce sabendo

brincar! Os bebês têm de aprender a brincar com seus semelhantes, adultos ou

crianças mais velhas.”

c) Lucas, Leandro e Pedro, de quatro anos de idade, empunham espadas

de madeira e portam capas vermelhas. Discutem, fazem gestos de luta,

correm, afastam-se. Caio cai no chão e finge estar muito machucado e começa

a gritar de dor. Amauri, de três anos, que observava a cena, começa a chorar e

a bater em Marcos e em Aurélio, que continuam a brincar. Os meninos mais

velhos pedem que Amauri pare de bater neles, sem sucesso. Caio levanta-se

do chão e pede ajuda da educadora para fazer Amauri parar de agredi-los.

O que você faria para ajudar Amauri a entender que os meninos estavam

brincando? Como faria para ensiná-lo a brincar também?

ATIVIDADE 2 - TÉCNICA DE CONTAR HISTÓRIAS: UMA ARTE SEM IDADE

O professor deverá se preparar para contar uma história a seus alunos. Esse

preparo dependerá das condições de cada escola e da disponibilidade do

professor, e pode incluir, por exemplo: trazer materiais que o ajudem a contar a

história e que possam enriquecê-la (roupas, adereços, objetos cênicos etc.),

trabalhar a voz (entonação de acordo com as alternâncias de fala dos

personagens, com o estado de espírito deles, criar sotaques para diferentes

personagens etc.). Além disso, é fundamental conhecer muito bem a história

escolhida.

Sugere-se contar uma história totalmente desconhecida, que ainda não faça

parte do repertório cultural dos alunos.

A CASA SONOLENTA - AUDREY e DON WOOD

Reflexão: Releia em silêncio a história. Você sentiu diferença entre ouvir e ler a

história? Tente descrever para o grupo o que você sentiu em cada uma dessas

atividades.

ATIVIDADE 3 - PARA CASA – LER O TEXTO: O PAPEL DA BRINCADEIRA DE

PAPEIS SOCIAIS NO DESENVOLVIMENTO DO PSIQUISMO HUMANO –

João Henrique Rossler.

MATERIAL DE APOIO:

Texto 1 : MUKHINA, Valéria. O jogo como atividade principal na idade pré-escolar. In. Psicologia da Idade pré-escolar . Tradução de Claudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes, 1995. p. 155-166.

Texto 2 : WOOD, Audrey e WOOD, Don. A casa sonolenta. Atica

Texto 3 : ROSSLER, João H. O papel da brincadeira de papeis sociais no desenvolvimento do psiquismo humano. In: ARCE, Alessandra; DUARTE, Newton. (orgs) Brincadeiras de papéis sociais na educação infantil : as contribuições de Vigotski, Leontiev e Elkonin. São Paulo: Xamã, 2006. p. 11-25. RECURSOS MATERIAIS:

- Data Show;

- Televisão;

- Notebook;

- DVD;

-CD;

- Livro de literatura infantil e fantasias.

AVALIAÇAO: a avaliação ocorrerá paralela ao processo.

QUINTO ENCONTRO – 4 HORAS PRESENCIAIS

TEMA: BRINCADEIRA DE PAPEIS SOCIAIS

OBJETIVOS:

- Destacar a importância da brincadeira de papeis sociais para a educação de

crianças menores de 6 anos;

- Diferenciar a brincadeira de papeis sociais de outras formas de atividade

lúdica;

-Compreender como estimular a brincadeira de papéis quando ela não surgir

espontaneamente.

PROCEDIMENTOS:

ATIVIDADE 1 – ESTUDO DO TEXTO: O PAPEL DA BRINCADEIRA DE PAPEIS

SOCIAIS NO DESENVOLVIMENTO DO PSIQUISMO HUMANO – João

Henrique Rossler.

Para descontrair e vivenciar os estímulos que a brincadeira de papeis sociais

provoca nas crianças, providenciar quinze cartões. Em cinco cartões escrever:

motorista de ônibus; em cinco escrever: cozinheira e nos cinco derradeiros:

piloto de foguete.

Ao entrar na sala, cada participante retira aleatoriamente um cartão e se dirige

à carteira.

Dando início, os grupos formados por cartões semelhantes representarão o

papel solicitado.

Ressalta-se que o papel de piloto de foguete é providencial para gerar

discussão sobre:

-a estagnação das atividades da escola no senso comum;

-importância do conhecimento científico para o desenvolvimento do psiquismo;

-o professor como mediador de atividades diversificadas;

-outras situações que surgirem.

Após, releitura e entendimento do texto proposto.

Em grupo de três responder as seguintes questões:

a) Destacar e trazer para o grande grupo uma frase ou parágrafo que

explica a importância da brincadeira de papeis sociais para as crianças da

Educação Infantil da Escola Especial.

b) Comentar a afirmação, ressaltando a função do professor da Educação

Infantil na Escola Especial:

“O surgimento do jogo verdadeiro ocorre com o aparecimento da

palavra e quando essa é utilizada como meio de significar o objeto. Este

processo só é possível com o trabalho intencional e consciente do

adulto.”

ATIVIDADE 2 – TÉCNICA “QUEBRA-CABEÇA POÉTICO”

Escrever um poema inteiro em cartolina ou outro papel grande, isto é, diferente

da folha de sulfite. Recorta-se o poema em forma de quebra-cabeça, mas com

cuidado para que as estrofes e palavras sejam mantidas inteiras em cada

parte. Colocar uma música de fundo e pedir para os participantes ilustrarem

sua parte do quebra-cabeça. O professor deve disponibilizar, papel colorido,

tinta, canetas coloridas, giz de cera, lápis de cor, etc. Feitas as ilustrações,

montar o quebra-cabeça e ler a poesia.

Observação: com os alunos da Escola Especial é interessante fazer com o

grupo todo cada parte do quebra-cabeça.

Texto: AS BORBOLETAS – Vinícius de Morais

ATIVIDADE 3 - PARA CASA – LEITURA DO TEXTO: A EDUCAÇAO INFANTIL E O ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS – Ligia M. Martins e Alessandra Arce MATERIAL DE APOIO:

Texto 1: ROSSLER, João H. O papel da brincadeira de papeis sociais no desenvolvimento do psiquismo humano. In: ARCE, Alessandra; DUARTE, Newton. (orgs.) Brincadeiras de papéis sociais na educação infantil : as contribuições de Vigotski, Leontiev e Elkonin. São Paulo: Xamã, 2006. p. 11-25. Texto 2: As borboletas- Vinícius de Moraes

Texto 3: ARCE, Alessandra; MARTINS, Ligia. Márcia. A educação infantil e o ensino fundamental de nove anos. In: ARCE Alessandra; MARTINS Ligia. Márcia. (orgs.). Quem tem medo de ensinar na educação infantil ? em defesa do ato de ensinar. 2. ed. Campinas: Alínea, 2010. p. 37-62.

RECURSOS MATERIAIS:

-Data Show;

-Televisão;

- Notebook;

- CD;

- 15 cartões na medida 10cm x 3cm;

- Cartolina branca, cola, tesoura, giz de cera, lápis de cor,

papel dobradura de várias cores.

AVALIAÇAO: A avaliação ocorrerá paralela ao processo

SEXTO ENCONTRO – 4 HORAS PRESENCIAIS

TEMA: PROPOSTAS PEDAGÓGICAS

OBJETIVO:

- Debater a prática pedagógica na Educação Infantil da Escola Especial sob a

ótica da Teoria histórico-cultural, com vistas no desenvolvimento das funções

psicológicas superiores.

PROCEDIMENTOS:

ATIVIDADE 1 – ESTUDO DO TEXTO: A LINGUAGEM...ATENÇÃO ESPECIAL

EM TODO TEMPO E ESPAÇO – Suely Amaral Mello.

No grande grupo, trazer para o “chão” da escola especial as considerações da

Teoria histórico-cultural e desenvolvimento infantil.

Destacar:

- humanização da criança deficiente;

- papel da arte no processo de humanização;

- conhecimento científico e deficiência intelectual;

- atividade;

- funções psicológicas superiores;

- outras que surgirem.

ATIVIDADE 2– TRABALHANDO COM OBRAS DE ARTE

Levar obras de arte para a sala de aula é uma excelente sugestão de trabalho,

pois além da ótima aparência do material, trazem grande motivação para os

alunos, por serem um material diferenciado. É uma atividade que socializa o

saber artístico, tendo em vista o pleno exercício das possibilidades humanas.

Inicia-se fazendo um breve relato da biografia do Artista. É importante

apresentar a obra a ser trabalhada, explicando a técnica de pintura utilizada e a

história da obra. Depois, com um fundo musical, deixar os participantes

contemplarem o quadro e relatarem sua impressão (relatar cores, sombras,

sentimentos, época, expressões faciais etc). Em seguida, distribuir metade de

uma cartolina branca para cada participante e pedir que represente uma

brincadeira de sua infância que tenha deixado boas recordações.

Terminada a atividade, cada participante expõe seu trabalho para os demais

apreciarem.

Observação: Para as crianças da Escola Especial é uma oportunidade singular

para favorecer a humanização. O trabalho deve ser repartido em várias etapas

e realizado sempre em grupo.

ATIVIDADE 3 - ASSISTIR AO VÍDEO: SE OS TUBARÕES FOSSEM HOMENS Bertold Brecht. MATERIAL DE APOIO:

Texto 1 - MELLO, Suely A. A linguagem... Atenção especial em todo tempo e espaço, Material disponibilizado para capacitação/2008 em Lobato-Pr.

Texto 2 - Gravura da Tela de Portinari. Texto 3 - BRECHT, B. Se os tubarões fossem homens Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=WQxLsargU2A&feature=related RECURSOS MATERIAIS:

- Data Show;

- Televisão;

- Notebook;

- DVD;

- CD;

- gravura de uma tela dos grandes pintores;

- Cartolina branca, cola, tesoura, giz de cera, lápis de cor,

papel dobradura de várias cores.

AVALIAÇÃO: A avaliação ocorrerá paralela ao processo.

3-PROPOSTA DE AVALIAÇÃO Ao fim do estudo observar com os professores fotos da escola e de atividades

propiciadas para as crianças da Educação Infantil refletindo com eles as

concepções de criança, professor, desenvolvimento/aprendizagem e Educação

Infantil que transparecem nas formas como os espaços estão organizados e

decorados, nas atividades que as crianças estão desenvolvendo, na forma

como as crianças estão organizadas etc. A análise de relatos de trabalho

podem oferecer elementos para repensar a função mediadora do professor,

sob o enfoque da Teoria histórico-cultural e possibilidades para o

desenvolvimento da criança no ensino pré-escolar da Educação Especial.

4- INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

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