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AS FLORESTAS POSSÍVEIS DE ELISA BRACHER

Copyright: Instituto Arte na Escola

Autor deste material: Solange Utuari

Revisão de textos: Soletra Assessoria em Língua Portuguesa

Diagramação e arte final: Jorge Monge

Autorização de imagens: Ludmila Picosque Baltazar

Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express

Tiragem: 200 exemplares

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

As florestas possíveis de Elisa Bracher / Instituto Arte na Escola ; autoria de

Solange Utuari ; coordenação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. – São

Paulo : Instituto Arte na Escola, 2005.

(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 11)

Foco: LA-2/2005 Linguagens Artísticas

Contém: 1 DVD ; Glossário ; Bibliografia

ISBN 85-98009-12-1

1. Artes - Estudo e ensino 2. Artes - Técnicas 3. Escultura 4. Bracher,

Elisa I. Utuari, Solange II. Martins, Mirian Celeste III. Picosque, Gisa IV.

Título V. Série

CDD-700.7

Créditos

MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA

Organização: Instituto Arte na Escola

Coordenação: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO

Copyright: Instituto Arte na Escola

Concepção: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Concepção gráfica: Bia Fioretti

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DVDAS FLORESTAS POSSÍVEIS DE ELISA BRACHER

Ficha técnica

Gênero: Documentário com depoimento da artista em seu ateliê.

Palavras-chave: Escultura; gravura em metal; poéticapessoal; ateliê; arte pública; recursos naturais; matéria.

Foco: Linguagens Artísticas.

Tema: A obra de Elisa Bracher e seu processo de criação emescultura, gravura, desenho e pintura. O espaço público e o ateliê.

Artistas abordados: Elisa Bracher, Evandro Carlos Jardim e Goya.

Indicação: 5a a 8a série do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Direção: Cacá Vicalvi.

Realização/Produção: Rede SescSenac de Televisão, São Paulo.

Ano de produção: 2003.

Duração: 23’.

Coleção/Série: O mundo da arte.

SinopseO depoimento da artista paulista e seu fazer artístico são o motedos três blocos do documentário. No primeiro, as idéias da ar-tista movimentam-se junto à serra que corta a madeira paraimensas esculturas. A vitalidade da madeira a impressiona assimcomo as crianças que freqüentam seu ateliê através do Institu-to Acaia, fundado pela artista em 2001. A lixadeira elétrica, quese faz de buril nas mãos da artista diante da ampla matriz degravura, inicia o segundo bloco. Bracher focaliza sua trajetória,cita mestres e revela sua visão sobre as especificidades daslinguagens artísticas. Sua obra no espaço público da cidade, areação do público e o diálogo possível provocado por sua flo-resta são mostrados no terceiro bloco que desvela ainda ou-tros trabalhos da artista.

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Trama inventivaFalar sem palavras. Falar a si mesmo, ao outro. Arte, lingua-gem não-verbal de força estranha que ousa, se aventura a to-car assuntos que podem ser muitos, vários, infinitos, do mundodas coisas e das gentes. São invenções do persistente ato cri-ador que elabora e experimenta códigos imantados na articula-ção de significados. Sua riqueza: ultrapassar limites processu-ais, técnicos, formais, temáticos, poéticos. Sua ressonância:provocar, incomodar, abrir fissuras na percepção, arranhar a sen-sibilidade. A obra, o artista, a época geram linguagens ou cru-zamentos e hibridismo entre elas. Na cartografia, este docu-mentário é impulsionado para o território das Linguagens Ar-tísticas com o intuito de desvendar como elas se produzem.

O passeio da câmera

As portas do ateliê de Elisa Bracher se abrem para a câmeragravar o seu processo de criação. A pesquisa de texturas, mas-sas, volumes, linhas e efeitos, por meio de experiências com di-versas materialidades, se integra à busca poética da artista con-temporânea. Como espectadores, vasculhamos a construção desua obra, nos aproximando de seu modo de pensar artístico.

Elisa Bracher apresenta sua arte. Mexendo nos materiais comque trabalha, fala de sua formação e de sua trajetória. Podemoscaminhar, por meio do documentário, pelo ambiente de trabalhoda artista - o ateliê. Esse espaço de reflexão, escolhas e produ-ção é, também, espaço para a arte-educação, como parte doinstituto que acolhe crianças e mães como aprendizes de arte.Desenhos, gravuras e esculturas ali presentes, numa convivên-cia provocadora, alimentam o olhar da artista para a criação defuturos trabalhos. Nessa paisagem, materiais e ferramentasruidosas, como a serra e o serrote, espalham-se pelo lugar, co-existindo com o silêncio de obras prontas e obras em andamen-to. Nesse laboratório de inventividade artística, a fisicalidade detudo reflete o repertório e o ato criativo da artista.

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AS FLORESTAS POSSÍVEIS DE ELISA BRACHER

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O documentário convida para múltiplas proposições, como: Sa-

beres Estéticos e Culturais, arte brasileira contemporânea e artepública; Conexões Transdisciplinares, as relações entre arte eciência, a geometria, o peso, a massa e o equilíbrio das escultu-ras de Elisa Bracher em grandes formatos, o meio ambiente e osrecursos naturais, manejo sustentável na extração de florestas;discussões sobre a potencialidade e vitalidade da matéria emMaterialidade; em Processos de Criação, a busca da poéticapessoal em seu trabalho no ateliê, além das relações possíveisem Forma-Conteúdo (forma orgânica, acromatismo, cores, equi-líbrio e movimento). Pode-se pensar ainda no debate entre artee sociedade, arte e educação e o papel das políticas culturais nofoco da Formação de Educadores, na busca por outras possibi-lidades de ensinar e aprender arte, que abram caminhos paracompreensão da arte contemporânea, seus meios e suportes.

Neste estudo, as proposições estão alocadas em LinguagensArtísticas, impulsionando a investigação das diferentes lingua-gens utilizadas pela artista como a escultura, a gravura emmetal, o desenho, a pintura.

Sobre Elisa Bracher(São Paulo/SP,1965)

Uma coisa que eu acho importante no trabalho: se forçar a fazer oque não sabe, o tempo inteiro. Um pouco é assim: você pega amanha de fazer escultura, você pega a manha de fazer desenho,gravura. Aí não tem mais o incômodo gerador do trabalho.

Elisa Bracher

A busca por uma poética pessoal contemporânea, inquieta e ex-perimental, tem alimentado essa artista paulistana, que traz emseu trabalho a pulsação da cidade e, ao mesmo tempo, o diálogocom o ambiente da floresta. “A madeira é vitalidade, eu acho fas-cinante”, diz ela no documentário. A paixão pela matéria, a apa-rente instabilidade das esculturas e a força do seu trabalho,já valorizado, se estendem na investigação incessante pelo oque ainda não sabe, no incômodo que gera criação.

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Sua trajetória artística passa pelo ateliê do gravador EvandroCarlos Jardim com quem estuda gravura durante os anos de1988 e 1989. Com ele, Elisa Bracher afirma ter aprendido muitoalém da técnica da gravura em metal; aprendeu a olhar paraseu processo de criação e descobrir os seus próprios caminhos,pois o professor, de certa forma, “ensina você a ver aquilo quevocê já sabia”. Ainda na faculdade, no curso de artes plásticas(forma-se em 1989), conhece o trabalho de Goya e se encantacom a série Caprichos, criando suas primeiras gravuras.

O reconhecimento do seu trabalho, com prêmios e convites paramostras importantes no Brasil e no exterior, se confirma porobras instaladas em praças públicas e parques, tendo a ener-gia e o vigor da madeira como matéria e a escala monumentalcomo proposta em sua ação escultória.

O crítico e historiador de arte Rodrigo Naves1 analisa o percur-so de criação das esculturas de Elisa Bracher, apontando odesenvolvimento de suas obras tridimensionais a partir dosestudos da linha e sua interferência no espaço, primeiramenteproposto em suas gravuras e, depois, na série de esculturasem cobre de 1993. Essa série não se caracteriza por grandesdimensões ou pelo peso da massa, pelo contrário, ocupa oespaço de maneira suave e discreta trazendo leves contornos.

Suas primeiras experiências em madeira exploram o espaço, alinha e as formas vazadas. Nessa série, as madeiras velhas usa-das em construção são o material escolhido. Em 1997, na suaexposição individual na Galeria Camargo Vilaça, começa a pro-por uma outra forma de ocupação do espaço, dando maiorênfase ao volume, questão que vai ser ampliada nos trabalhosque estão presentes no documentário.

As florestas de Elisa Bracher são esculturas feitas de diver-sos tipos de madeira que são extraídas da floresta por meiode uma parceria com projetos de manejo sustentável e auto-rização do IBAMA. A responsabilidade social a leva também ase dedicar às ações de arte e educação através do Instituto Acaia,espaço criado para proporcionar o encontro entre crianças e a arte.O projeto, que começou com cinco crianças, atende hoje mais de

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cem, além de cinquenta mães, possibilitando acesso às artes plás-ticas, música, dança, culinária, tear, costura e capoeira. É um “es-paço para as crianças refletirem sobre o que elas são: crianças”.

Os olhos da arteQuando eu tinha 16, 17 anos eu tinha muita vergonha de entrar numagaleria. Além disso, eu acho que você vai a uma galeria ou a um museu,você vai preparada para ter uma determinada sensação e atitude.Enfim, mais ou menos, a sua leitura está determinada. Se você é pegade surpresa por uma obra no meio da rua, é completamente diferentea tua relação. Ela te pega num grau de emoção, de intimidade. Vocêestá desarmado para aquilo.

Elisa Bracher

O que As Florestas Possíveis de Elisa Bracher interroga sobrenosso olhar à linguagem tridimensional da escultura? Como pro-vocar a surpresa que desarma a leitura pré-determinada?

Esculturas. A matéria é a madeira, da floresta para o espa-ço público das grandes cidades. Olhares espantados, in-dignados, admirados ou indiferentes. O que inquieta e intri-ga? Bracher aposta no impacto que a arte pública pode provo-car nos olhares transeuntes. Para o poeta e músico Arnaldo

Elisa Bracher - Sem título, 1998 - Escultura em Madeira da Amazônia.

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Antunes2 , arte pública é “arte sem mercantilização. É aquiloque está na rua, na praça ou em exposição aberta. São as for-mas de arte acessíveis à maioria da população que não temgrana e que pode, então, conviver com aquilo”.

As florestas de Elisa Bracher podem nos sugerir reflexões so-bre a crise que vivemos, sobre a destruição das florestas. Po-rém, para o já citado crítico e historiador de arte Rodrigo Na-ves, esta associação entre arte e ecologia seria uma interpre-tação simplista e equivocada. A proposta da artista busca trazerda matéria uma energia vital repotencializando sua força e tra-zendo sua imponência de volta. A artista usa o equilíbrio, mas-sa e singularidade para expor sua energia. Na praça, suas es-culturas não são árvores, porém ainda trazem consigo aimponência e beleza na essência: a madeira. Mesmo cortadascom formas retas, que propõem a construção geometrizada,apesar de estarem atravessadas por enormes parafusos, nosremetem à forma original e orgânica da árvore. No seu fazerescultório, Elisa articula as questões de espaço tridimensionalcomo código específico de linguagem.

É próprio do fazer escultório operar com a espacialidadetridimensional, lidando com a fisicalidade do volume comocódigo específico da linguagem. As florestas de Bracher

convocam o olhar a rodear o entorno da forma e ver porângulos inusitados a matéria e o espaço, o equilíbrio e ainstabilidade, numa dimensão não apenas física, mas sim-bólica destas quase árvores/não árvores.

Na contemporaneidade, a escultura conquista maleabilidadeentre o corpo, o espaço e o conceito da obra de arte e, ao dila-tar as fronteiras entre as linguagens, deixa para trás o compro-misso com o monumental e o comemorativo, conferido à escul-tura através dos tempos.

Mas é diante de uma escultura, pequena ou em grande es-cala, sobre um pedestal, rente ao chão ou em cima de umacúpula, de madeira, bronze, barro, pedra ou outro materialnão convencional, com espaços cheios ou vazios, abertos

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ou fechados, que a percepção vive a experiência de olharum corpo no espaço. Na concretude da escultura, experimenta-mos momentos de arte: volume, matéria, peso/densidade, resis-tência, tensão, forma, superfície/textura, transparência, luz/som-bra, dentro/fora, a parte e o todo, harmonia, simetria, ritmo, con-traste, fechamento, movimento, numa certeza estranha de nãosabermos quem somos. Para William Tucker3 , “os materiais e aestrutura, o volume e o espaço, a unidade e as proporções daescultura, não falam por si mesmos, mas articulam uma percep-ção complexa e profunda de nosso próprio estar no mundo”.

Nos desdobramentos plásticos e conceituais do fazer escultórico,outros artistas percorrem caminhos diversos e nos provocamnovos encontros com a tridimensionalidade, como: FransKrajcberg4 , Lygia Clark5 , Amílcar de Castro6 e Ivens Machado7 .

Vale a pena lembrar que no documentário percebemos asespecificidades de várias linguagens, como a gravura e o dese-nho. Para Bracher, “cada fazer específico tem uma busca es-pecífica. A coisa do equilíbrio, que se dá na escultura, a históriada fragmentação do olhar que se dá mais na gravura. O dese-nho... acho que está mais ligado à questão histórica, à questãomais do íntimo, mais complexo. É mais difícil.”

Elisa Bracher - Sem título, 2003 - Gravura s/papel, 2x4m.

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Talvez seja com a tridimensionalidade da linguagem da escul-tura que vamos depurando o olhar, aprendendo a olhar com osombros, a olhar pelas costas, a enxergar com o branco dos olhos,sem análises frias e anestesiadas, como deseja Elisa Bracher.

O passeio dos olhos do professorConvidamos você a ser um leitor do documentário, antes doplanejamento de sua utilização. Neste momento, é importanteque registre suas impressões durante a exibição. Nossa suges-tão é que suas anotações iniciem um diário de bordo, como uminstrumento para o seu pensar pedagógico durante todo o pro-cesso de trabalho junto aos alunos.

A seguir, uma pauta do olhar que pode ajudá-lo.

O documentário lhe faz perguntas? Quais?

Na diversidade de linguagens artísticas apresentadas, o quechama sua atenção?

Sobre o documentário: o que o modo como foi feito, seucaráter de depoimento desperta em você? A divisão em blo-cos poderia ser aproveitada na sala de aula? De que modo?

O que você imagina que os alunos gostariam de ver no DVD?O que causaria atração ou estranhamento?

Para você, qual o foco de trabalho em sala de aula pode serdesencadeado pelo documentário?

Revendo suas anotações, você encontra o seu modo singu-lar de percepção e análise do documentário. A partir delas eda escolha do foco de trabalho, quais questões você farianuma pauta do olhar para o passeio dos olhos dos seus alu-nos pelo documentário?

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Percursos com desafios estéticosNo mapa, você pode visualizar as diferentes trilhas para o focoLinguagens Artísticas. Pelas brechas do documentário, consi-deramos esse um enfoque de relevância. Levando em conta asensibilidade, o interesse e a motivação que o documentário podegerar, apresentamos os possíveis modos de percursos de traba-lho impulsionadores de projetos para o aprender-ensinar arte.

Os percursos aqui sugeridos não correspondem a uma ordemseqüencial. Qualquer um deles pode vir a ser o início ou serproposto paralelamente.

O passeio dos olhos dos alunosAlgumas possibilidades:

No documentário, a artista Elisa Bracher percorre seu ate-liê serrando, gravando ou pintando. Uma forma interessan-te de começar pode ser investigando como os artistas cri-am, em que espaços e ritmos isso acontece. A imaginaçãopode ajudar na criação de uma imagem coletiva, com idéiaslevantadas por palavras ou desenhos. Depois, você podetrazer para sala de aula imagens de ateliês, sejam fotos ouobras, nas quais este espaço de criação está representado.A discussão sobre essas imagens, pontuando visões ideali-zadas, românticas ou estereotipadas sobre os artistas, pre-para para ver o primeiro bloco do documentário. Outra pro-posta é pesquisar se há, na sua cidade, algum artista queabre o seu ateliê e agendar uma visita, levantando antes oque os alunos esperam encontrar lá. Será que vão percebercomo “é rico estar num lugar onde as coisas não são paracoisa nenhuma”, como diz a artista?

O documentário pode ser exibido, congelado e interrompi-do enquanto você problematiza: o que é possível perceberdo processo de criação de Elisa Bracher? Quais as lingua-gens artísticas que ela utiliza? Há algo em comum entre elas?

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Zarpando

poética da materialidade

vitalidade da matéria,potencialidade,qualidade esingularidade damatéria orgânica

cobre, papel, pedra,madeira e barro,pesquisa de outrosmeios e suportes,grandes formatos

suporte

procedimentos

ferramentas

ferramentas não-convencionais,pincéis, lápis, tinta, serra, serrote,lixadeira elétrica

procedimentostécnicosinventivos

Materialidade

Forma - Conteúdo

elementos davisualidade

forma orgânica,acromatismo

relações entre elementosda visualidade

movimento, equilíbrio,proporção,tridimensionalidade,cheio/vazio,aberto/fechado

temáticas não figurativa

SaberesEstéticos eCulturais

história da arte arte contemporânea,arte pública

Formação deEducadores

aprendiz de arte

aprender comos mestres

educação estética,conviver com a arte

ensino de arte

Linguagens Artísticas

artesvisuais

meiostradicionias

escultura,gravura em metal,desenho , pintura

Processo deCriação

ação criadora poética pessoal,busca constante,inquietude

ateliê,estudos emateliê deoutros artistas

ambiência do trabalho

ConexõesTransdisciplinares

arte e ciênciasda natureza

meio ambiente,recursos naturais,manejo sustentávelna extraçãode florestas

arte, ciênciae tecnologia

estudo da massa e doequilíbrio, geometria

qual FOCO?

qual CONTEÚDO?

o que PESQUISAR?

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Por que Elisa Bracher compra madeira de projetos de ma-nejo sustentável? Você sabe como estes projetos funcio-nam? Como o público vê a obra da artista exposta em espa-ços públicos? Finalize este momento analisando as respos-tas dadas e encontrando as perguntas que podem moverseu projeto.

O ato de gravar uma matriz e depois tirar cópias é o princí-pio básico da gravura. Uma proposta para viver esta expe-riência, antes de ver o documentário, é utilizar bandejas deembalagens de isopor como suporte para a matriz, fazendosulcos com canetas e lápis de diversas espessuras, explo-rando as possibilidades de linhas, texturas e tonalidades.Depois, com um rolinho de espuma utilizado para pintura deparede, é só passar tinta a base de água, como guache, porexemplo, e imprimir, colocando folhas de papel sobre a matrize pressionando com uma colher. A exposição desta primei-ra produção pode gerar uma boa discussão sobre a gravu-ra, preparando os alunos para a exibição do segundo blocodo documentário, no qual é possível ver a artista produzin-do uma gravura em metal no seu ateliê. Talvez possa seruma entrada para um projeto sobre procedimentos e técni-cas de gravura.

Entender arte como linguagem que dialoga com formas,sentimentos e ambientes é um fator importante na con-cepção contemporânea de arte-educação. Uma propos-ta para investigar essas relações é a reflexão sobre ocaráter público da obra de Elisa Bracher e outros artis-tas. Como o público reage a suas obras que trazem amadeira como suporte em enormes esculturas? O tercei-ro bloco do documentário traz algumas pistas para inici-ar este debate que pode ser ampliado com críticaspublicadas em jornais sobre as obras que estão expostasem espaços públicos.

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Desvelando a poética pessoalA pesquisa em arte é um ponto central deste documentário. ComoElisa Bracher, os alunos podem iniciar uma busca pela poéticapessoal, utilizando diversas linguagens ou se aprofundando em umadelas. Materiais encontrados na natureza ou materiais que passa-ram por processos industrializados se tornam “incômodos gera-dores”, como diz a artista, e incentivam a criação e descoberta.

No documentário, Elisa Bracher diz que “é no fazer que se fazo trabalho. Nem tudo é produto, mas todo o produto carrega osestudos feitos antes”. Essa fala nos aproxima de um fazer ar-tístico que explora ao máximo a potencialidade dos materiais eas articulações da linguagem artística na produção de escultu-ras. Propõe uma ampliação do repertório dos alunos e uma maiorexploração dos materiais não convencionais, como tecidos, asredes que embalam frutas, frascos de vidro ou plástico, caixas,etc. A idéia não é a realização de um único trabalho, mas a cri-ação de uma série que possa, depois, ser apreciada e discutidasob a perspectiva da pesquisa pessoal de linguagem.

O acompanhamento do processo individual e, ao final da produ-ção, a mostra dos trabalhos podem gerar discussões e trocasestéticas que ampliem as possibilidades de articulação das lin-guagens, da materialidade, das questões de forma e conteúdo.

Ampliando o olharUm passeio pode ser planejado para mapear esculturas nasua cidade, seja nas praças, parques, igrejas, edifícios. Estaproposição pode se transformar num jogo entre equipes. Oregistro dos dados coletados em imagens, sejam fotografi-as ou desenhos feitos nos locais, complementados por in-formações sobre as obras, pode gerar, inclusive, uma apre-sentação para toda a comunidade da escola.

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Antes da produção de gravuras com bandejas de isopor, épossível investigar os diferentes materiais que podem servircomo matriz para uma gravura. A artista nos mostra comoinovar no uso de ferramentas e exploração de texturas. Nacontinuidade da pesquisa de meios e suportes, os alunospodem fazer outras experiências, compondo a matriz com umacolagem de papéis superpostos (experimente também sobre-por fita crepe), que deve receber, depois, um impermea-bilizante (cola branca, por exemplo) para então ser entintadacom guache para a impressão. Este procedimento, chamadode colagravura, pode impulsionar novas produções.

A gravura em metal é mostrada de maneira bem originalneste documentário. A artista substitui os materiais conven-cionais como o buril, instrumento utilizado para realizarmarcas na matriz, por uma lixadeira elétrica. O tamanhodas gravuras e desenhos espalhados no ateliê da artistasegue a mesma tendência das esculturas, os grandes for-matos. Pesquise os procedimentos técnicos da gravura ecomo outros artistas trabalham com esta linguagem,Bracher cita Goya e Evandro Jardim. Haverá outro grava-dor na DVDteca? As palavras-chave podem levar você aoutros mapas interessantes.

Os escorridos, as linhas grossas, finas, as nuances feitascom tintas diluídas são mostrados no terceiro bloco dodocumentário. Acolhendo o acaso, lidando com o acroma-tismo, isto é, trabalhando apenas com as cores preta, bran-ca e os cinzas produzidos, os alunos podem usar tinta dilu-ída, explorando formas, movimentos, ritmos, etc. Experimen-tar grandes formatos, explorar gestos amplos, lidar com oacaso alimentam e apuram o olhar.

Uma coleta sensorial pode proporcionar a busca de frag-mentos e peças de materiais diversos. Relembrando a falaemocionada da artista sobre a madeira, você pode instigaros alunos a entrarem em contato com a natureza de cada

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matéria encontrada. Uma exposição inicial das descober-tas e a posterior criação, em composições de esculturaspequenas ou grandes, podem incentivar a imaginação. Con-siderando estas esculturas como protótipos, os alunos po-dem imaginar onde seriam colocadas na cidade, com ou sempedestal. Esse aspecto é um ponto importante, carregadode significado estético, ético, social e histórico.

Conhecendo pela pesquisa

A escultura, como linguagem tridimensional, ocupa o espaçode modos muito diversos. Espaços cheios ou vazios, abertosou fechados merecem uma pesquisa atenta, registrada nãosó por fotografias, mas também por desenhos e pequenasesculturas, que mostrem a compreensão dos alunos sobreesses aspectos. Há outras qualidades específicas que podemser pesquisadas, como o tamanho – das miniaturas às gran-des esculturas como o Cristo Redentor no Rio de Janeiro; oapoio – sobre um pedestal, rente ao chão ou em cima de umacúpula; o material – todas as espécies de madeira (dojacarandá ao eucalipto), de pedra (do mármore à pedra sa-bão), de barro, de osso, fundidos em bronze ou gesso, mate-riais não convencionais como sucata, plásticos, objetos; ta-lhados ou modelados, etc. O que mais os alunos poderão des-cobrir sobre a linguagem da escultura?

A obra pública, às vezes, desencadeia discussões e polê-micas, como o que aconteceu com Elisa Bracher em 19 deoutubro de 20038 . A grande escultura de madeira, com-posta por sete troncos de garapeira da Amazônia, cada umcom cinco metros de comprimento, ficou exposta durante5 meses, no Largo do Arouche (centro de São Paulo). Aescultura foi retirada do local após uma contestação egerou na mídia uma discussão sobre a arte e as relaçõesde espaço na cidade. Essa questão pode ser um ponto de

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partida para a compreensão e amadurecimento das con-versas sobre a intervenção em espaços públicos. Outraspesquisas sobre as ocupações do espaço urbano pela artepodem ser desencadeadas.

Como Elisa Bracher, muitos outros artistas em diversas épo-cas e lugares trabalharam tanto com obras bidimensionais comotridimensionais. Os alunos podem pesquisar, investigando sea poética do artista, a sua marca pessoal, a sua temática, oseu modo de operar com os elementos da visualidade perma-necem, independentemente das linguagens trabalhadas. Aexposição das pesquisas realizadas pode estimular os alunospara a produção de trabalhos em diversas linguagens artísti-cas. Ficarão visíveis as marcas e poéticas de cada um?

A história da gravura no mundo e em especial na arte brasilei-ra pode gerar boas pesquisas, possibilitando o estudo dosmateriais e as funções da gravura, desde a criação da impren-sa. Você pode procurar outros documentários na DVDteca.

As palavras do crítico de arte Rodrigo Naves desvelam umaleitura singular da obra de Bracher. Lendo o texto, os alu-nos podem perceber o modo como o crítico lê as obras demadeira e encontrar os conceitos que ajudam a olhar e com-preender melhor a linguagem da escultura. Da discussãosobre estes conceitos, podem ser produzidos textos críti-cos sobre as produções dos alunos.

São esculturas feitas de madeira. Não cabe lugar a dúvidas. Das ár-vores de que elas provieram não restam, porém senão alguns vestígi-os vegetais: os veios irregulares, o aspecto pouco uniforme das su-perfícies, as marcas de um desenvolvimento orgânico e vital. Ostroncos foram regularizados por serras, submetidos a contornos rigo-rosos e estritos. Servem agora para fazer outras coisas.

Rodrigo Naves 9

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Amarrações de sentidos: portfólioO contato com o documentário sobre Elisa Bracher, suas obras,seu ateliê, seu pensamento, a história vivida, os conteúdos tra-balhados necessitam de um “lugar” para que possam ser vis-tos à distância. O portfólio pode se tornar este “lugar”, eviden-ciando os processos, revelando as buscas, valorizando o pen-sar. Cada portfólio carrega as marcas pessoais de cada aluno,ou do grupo, se feito coletivamente.

Todos os trabalhos realizados, os registros escritos, gráficos efotográficos do projeto, podem ser agrupados por meio deparafusos e porcas. A ousadia abre portas, por exemplo, paraque essas produções sejam aparafusadas em algum outro su-porte que brinque também com o espaço. Finalizado o portfólio,é possível apresentá-lo numa exposição.

Valorizando a processualidadeQuais foram os avanços? O que os alunos percebem que conheceram?

Como entendiam a linguagem tridimensional antes deste proces-so e quais formulações trazem agora? A apresentação do portfóliopode desencadear boas reflexões sobre essas questões. A dis-cussão em pequenos grupos, sobre todo o processo vivido, podecercar o que conheceram, o que foi mais importante, o que levamdeste projeto, o que ainda querem conhecer, etc.

É momento também de sua reflexão como professor-pesquisa-dor a partir do seu diário de bordo. O que você percebe queconheceu sobre arte e sobre seus alunos com este projeto? Nestaexperiência, quais novos achados para sua ação pedagógicaforam descobertos? O projeto germinou novas idéias em você?

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GlossárioArte pública – termo que se refere a obras que estão expostas em espaçospúblicos abertos ou fechados, que buscam integrar o público à obra de arte.“A idéia geral é de que se trata de arte fisicamente acessível, que modificaa paisagem circundante, de modo permanente ou temporário. O termo en-tra para o vocabulário da crítica de arte nos anos 1970, acompanhando deperto as políticas de financiamento criadas para a arte em espaços públi-cos”. Fonte: Arte pública: <www.itaucultural.org.br>.

Escultura – é um meio de expressão que cria formas plásticas em volu-mes ou relevos tanto pela modelagem de substâncias maleáveis e/oumoldáveis, como pelo desbaste de sólidos ou pela reunião de materiais e/ou objetos diversos. Fonte: Dicionário eletrônico Houaiss da língua portu-

guesa. Está “peculiarmente situado na junção entre repouso e movimen-to, entre o tempo capturado e a passagem do tempo. É dessa tensão, quedefine a condição mesmo da escultura, que provém seu enorme poderexpressivo.” Fonte: KRAUS, Rosalind E. Caminhos da escultura moderna.São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. 6.

Massa e volume – representa a solidez tridimensional na obra. Na escul-tura, esses aspectos podem ser realçados ou diluídos, dependendo dosrecursos visuais e materiais utilizados pelos artistas. Quando a forma éfechada, acentua-se a massa, a solidez e, quando é aberta, enfatiza a le-veza. Fonte: SOUZA. Alcídio Mafra de. Artes plásticas na escola. Rio deJaneiro: Bloch, 1977.

Equilíbrio – o equilíbrio é a referência visual que estabelece as relaçõesentre posições, ocupações do espaço, massa e volume, procurando umaafinidade estável. Fonte: DONDIS, Lonis. A sintaxe da linguagem visual.São Paulo: Martins Fontes, 1991, p. 35-40.

Gravura em metal – a gravura em metal se divide em muitas técnicas, entreelas estão as técnicas de talho-doce e ponta-seca que consistem em gravardiretamente no metal, com um instrumento cortante de ponta em forma delosango, o buril. Fonte: FARJADO, Elias et al. Oficinas: gravura. Rio de Janei-ro: Senac Nacional, 1999, p. 88.

Matriz em metal – placa de cobre ou latão onde é gravado o desenho queserá reproduzido. Fonte: FARJADO. Elias et al. Oficinas: gravura. Rio deJaneiro: Senac Nacional, 1999, p. 95.

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material educativo para o professor-propositor

AS FLORESTAS POSSÍVEIS DE ELISA BRACHER

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BibliografiaARCHER, Michael. Arte contemporânea: uma história concisa. São Pau-

lo: Martins Fontes, 2001, p. 236 a 237.

COSTA, Cristina, Questões de arte: a natureza do belo, da percepção edo prazer estético. São Paulo: Moderna, 1999, p.90.

FAJARDO. Elias e outros. Oficinas: gravura. Rio de Janeiro: Senac Na-cional, 1999, p. 88 et al.

KRAUSS, Rosalind. Caminhos da escultura moderna. São Paulo: MartinsFontes, 1998.

NAVES, Rodrigo. Madeira sobre madeira-Elisa Bracher. Texto RodrigoNaves; fotografia João Luiz Musa. São Paulo: Cosac & Naify, 1998.

TUCKER, William. A linguagem da escultura. São Paulo: Cosac & Naify, 1999.

Seleção de endereços sobre arte na rede internetOs sites abaixo foram acessados em 18 mar. 2005.

ARTE PÚBLICA. Disponível em: <pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/956,1.shl>.

___.Disponível em: <www.itaucultural.org.br>.

BRACHER, Elisa. Disponível em: <www.raquelarnaud.com/elisabracher.htm>.

___; VINCI, Laura (bate-papo). Disponível em: <www1.uol.com.br/bparquivo/integra/bp_elisa_laura.htm>.

CASTRO, Amílcar de. Disponível em: <www.amilcardecastro.com.br>.

CLARK, Lygia. Disponível em: <www.itaucultural.org.br>.

GRAVURA. Disponível em: <www.gravura.art.br>.

____. Disponível em: < www.moma.org/exhibitions/2001/whatisaprint/print.html>.

GOYA. Disponível em: <www.bne.es/Goya/hall_estampas.html>.

____. Goya. Direção: Carlos Saura. Espanha,1999. filme. (site oficial).Disponível em: <www.spe.sony.com/classics/goyainbordeaux>.

JARDIM, Evandro. Disponível em: <www2.uol.com.br/evandrojardim/>.

____. Disponível em:<www.mac.usp.br/exposicoes/98/herancas2/jardim.html>.

____. Disponível em: <www.pucsp.br/artecidade/site97_99/ac3/artist/evandro_jardim.html>.

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JARDIM DAS ESCULTURAS. Disponível em: <www.mam.org.br/visite/jardim/>.

KRAJCBERG, Frans. Disponível em: <www.novavicosa.com.br/bra/krajcberg.asp>.

MACHADO, Ivens. Disponível em: <www.canalcontemporaneo.art.br/portfolio.php>.

TRIDIMENSIONALIDADE NA ARTE BRASILEIRA DO SÉCULO XX. Disponível em:

<www.itaucultural.org.br/tridimensionalidade>.

Notas1 Autor do livro Madeira sobre madeira-Elisa Bracher, editado por Cosac & Naifyem 1998.2 Informação retirada do foro de discussão em ocasião da 25º Bienal de SãoPaulo (Iconografias metropolitanas) e da recepção do evento Arte/Cidade,disponível em:<pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/956,1.shl>. Acessoem 12 de nov. 2004.3 William TUCKER, A linguagem da escultura, p.145.4 Krajcberg (1921) recria os elementos mortos da natureza, usando tron-cos de árvores das florestas devastadas pelo fogo ou tiradas dos man-gues, destruídas pela ação de plantas parasitas. Ao material morto e iner-te, dá a vida novamente.5 A interação com o público marca as obras de Lygia Clark. A forma orgâ-nica se mistura à forma geométrica provocando a imaginação e o lúdico,em esculturas móveis e moles.6 Amílcar de Castro constrói geometricamente relações entre espaço etempo. O material pesado como o ferro se torna leve no jogo de linhas eformas que ocupam o espaço.7 Na escultura contemporânea, as obras de Ivens Machado trabalham sobrea versatilidade de materiais e o rigor formal.8 A reportagem completa está disponível em:<www.cosacnaify.com.br/noticiais/elisabracher.asp.> Acesso em: 12 nov.2004.9 Rodrigo, NAVES, Madeira sobre madeira – Elisa Bracher, p. 27.

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