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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017 Índice 1 -

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Índice 1

-

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Índice 2

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Índice 3

ÍNDICE RELATÓRIO DE ACTIVIDADE DO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO........................................................... 5

PARECER DO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO ...................................................................................... 16

PARECER DA COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS ......................................................................... 17

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ................................................................................................. 19

i. INFORMAÇÃO SOBRE A CAIXA CENTRAL ............................................................................................... 21

1.1 ENQUADRAMENTO DA CAIXA CENTRAL NO GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA .................................... 21

1.2 EVOLUÇÃO DO DESEMPENHO DA CAIXA CENTRAL ....................................................................... 22

1.3 A MARCA CRÉDITO AGRÍCOLA EM 2017 ....................................................................................... 25

1.4 ÓRGÃOS SOCIAIS DA CAIXA CENTRAL ........................................................................................... 31

1.5 ESTRUTURA SOCIETÁRIA DO GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA ............................................................ 32

1.6 MODELO ORGANIZATIVO DA CAIXA CENTRAL .............................................................................. 33

1.6.1 Organograma funcional 2017 ................................................................................................ 33

1.6.2 Funções de controlo interno do Grupo ................................................................................. 34

1.6.3 Actividade de supervisão, acompanhamento e fiscalização das Caixas Associadas ............. 36

1.6.4 Actividade de suporte ao negócio do SICAM ........................................................................ 42

1.6.5 Negócio bancário urbano ...................................................................................................... 91

1.7 PROVEDORIA DE CLIENTE .............................................................................................................. 93

1.8 CAPITAL HUMANO DA CAIXA CENTRAL ......................................................................................... 96

1.9 FORÚNS CONSULTIVOS E PMO ...................................................................................................... 97

ii. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO........................................................................................................ 118

2.1 ECONOMIA INTERNACIONAL ....................................................................................................... 118

2.2 ECONOMIA NACIONAL ................................................................................................................ 121

2.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL ................................................................................................ 123

2.4 MERCADOS FINANCEIROS ........................................................................................................... 127

2.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2018 ............................................................................ 132

iii. INFORMAÇÃO FINANCEIRA DA CAIXA CENTRAL ................................................................................. 134

3.1 RESULTADOS E BALANÇO ............................................................................................................ 134

3.2 LIQUIDEZ E FUNDING ................................................................................................................... 149

3.3 CAPITAL ........................................................................................................................................ 151

iv. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ......................................................................................................... 153

v. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ....................................................................................... 159

vi. ANEXOS ................................................................................................................................................ 161

6.1 ANEXOS AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS...................................................... 161

Anexo 1 – Inventário da Carteira de Títulos ........................................................................................ 247

6.2 CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS ............................................................................................... 248

vii. ESTRUTURAS E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO ..................................................................... 259

Anexo – Política de Selecção e Avaliação de Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização ..................................................................................................................................... 306

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Relatório de Actividade do Conselho Geral e de Supervisão 4

Relatório de Actividade do Conselho Geral e de Supervisão

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Relatório de Actividade do Conselho Geral e de Supervisão 5

RELATÓRIO DE ACTIVIDADE DO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO

Exmos. Senhores

Presidentes e Representantes das Caixas de Crédito Agrícola,

Na actividade corrente do Conselho Geral e de Supervisão em 2017 são de elencar a apreciação das

seguintes matérias, com base em informação regularmente submetida pelo Conselho de Administração

Executivo:

Evolução das contas de exploração mensais e anuais da Caixa Central;

Relatórios mensais de controlo orçamental dos custos de funcionamento e investimento da Caixa

Central;

Relatórios periódicos de desempenho do negócio próprio da Caixa Central (retalho e empresas) e

de actividade de meios de pagamento, dos escritórios de representações exteriores (Genebra,

Luxemburgo e Paris) e banca directa;

Evolução mensal dos resultados e das condições de exploração das Caixas Associadas e do seu nível

agregado, situação das contas consolidadas do SICAM e, trimestralmente, do Grupo Crédito

Agrícola;

Resumo da concretização de objectivos comerciais do Grupo CA;

Relatórios mensais de progresso da utilização das linhas TLTRO I e TLTRO II;

Relatórios de gestão de risco de concentração respeitante a 31 de Dezembro de 2016;

Evolução da carteira de crédito (instrução 2/2007 do BdP) e crédito em risco (instrução 24/2012 do

BdP) da Caixa Central e do Grupo;

Evolução mensal da carteira de crédito vencido da Caixa Central;

Informação mensal de acompanhamento de crédito;

Informação mensal sobre a actividade de recuperação de crédito da Caixa Central;

Informação trimestral relativa às imparidades da carteira de crédito (instrução 5/2013 do Banco de

Portugal) e de exposições específicas da carteira de crédito e da carteira de imóveis reconhecidos

por recuperação de crédito (activos não produtivos);

Informação mensal sobre a exposição da Caixa Central a dívida pública, instituições de crédito e

clientes corporate na actividade de gestão de tesouraria;

Análise da carteira de títulos sob gestão da Caixa Central;

Relatório da evolução dos mercados;

Relatórios mensais de gestão de imóveis;

Situação de solvabilidade da Caixa Central;

Situação global de solvabilidade, liquidez e risco de taxa de juro do Grupo;

Rácio de cobertura de liquidez (LCR); e

Evolução das contas mensais das Empresas e Holding do Grupo com maior relevância estratégica

(instrumentais e de negócio).

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Relatório de Actividade do Conselho Geral e de Supervisão 6

Foram ainda apreciados, pelo Conselho Geral e de Supervisão, os seguintes elementos submetidos pelo

Conselho de Administração Executivo:

Deliberação do CAE sobre o modelo único de avaliação de titulares de funções essenciais (MUATFE),

contendo o manual, o questionário de TFE, os perfis das funções essenciais na Caixa Central e nas

CCAM e o modelo de relatório de avaliação para todos os tipos de avaliação de adequação e seus

anexos;

Deliberação do CAE sobre a distribuição de dividendos, tendo tomado conhecimento da aprovação

do envio e do teor da comunicação a dirigir às CCAM atinente à remuneração de títulos de capital,

no sentido de que devem ser centralizadas na Caixa Central as intenções de cada uma das CCAM

para posterior solicitação conjunta ao Banco de Portugal;

Relatório de avaliação da implementação da Política de Remunerações de 2016, elaborado pelos

elementos das funções de controlo da Caixa Central, e da informação e parecer do Comité de

Remunerações da Caixa Central relativo ao ano de 2016;

Alteração estratégica da DFOA com cisão da mesma, passando a existir uma Direcção de

Acompanhamento e Supervisão (DAS) e um Gabinete de Intervenções (GI), sendo adoptadas as

respectivas Normas de Estrutura;

Ponto de situação sobre as alterações ao RJCAM solicitadas junto do Banco de Portugal e que

correspondeu à apresentação efectuada pelo Senhor Presidente do CAE, ao longo do mês de

Dezembro de 2016, junto das Caixas Agrícolas integrantes do SICAM, tendo o Conselho Geral e de

Supervisão manifestado disponibilidade para, em articulação com o Conselho de Administração

Executivo, prestar contributos, tendo deliberado enviar-lhe a sua reflexão;

Carta circular do Banco de Portugal onde se informa que se irá promover a revisão da

regulamentação prudencial relevante no sentido de implementar orientações do BCE;

Processo de venda do Novo Banco;

Deliberação favorável ao projecto de código de ética e de conduta do Grupo CA, enquanto

normativo vinculativo ao abrigo do previsto no artº 3º, nº 3, alínea e) dos Estatutos da Caixa Central

e sugestão para que a Comissão de Ética seja integrada por um representante das Caixas Agrícolas;

Emissão de parecer favorável à segunda versão de normativo vinculativo para contratação externa

de advogados (serviços jurídicos), em regime de peça ou em regime de avença;

Aprovação de (i) nova minuta de contrato de prestação de serviços com promotores de crédito, (ii)

divulgação desta ao SICAM, (iii) iniciação da revisão do código de conduta dos promotores e (iv) a

publicação na Intranet da minuta de contrato e no sítio do Crédito Agrícola o código de conduta

em vigor na Caixa Central e reportado, ao abrigo da instrução 11/2011 ao Banco de Portugal;

Aprovação, pelo Conselho de Administração Executivo, das minutas contratuais que implementam

o DL 74-A de 23 de Junho de 2017;

Relatório sobre estrutura e práticas de governo societário, no âmbito do Relatório e Contas 2016;

Análise da proposta de objectivos comerciais macro para o SICAM para 2018;

Análise da proposta de press release e de apresentação de suporte à divulgação pública dos

resultados de 3º trimestre do Grupo;

Documentos contendo o contributo macroeconómico e de análise do sistema bancário para

divulgação junto das Caixas Associadas e das Empresas do Grupo para apoio à elaboração do

Relatório e Contas individual (2016) e do Plano de Actividades individual para 2018 das entidades

que integram o GCA;

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Relatório de Actividade do Conselho Geral e de Supervisão 7

Análise dos créditos não produtivos (NPL) no Grupo Crédito Agrícola de acordo com o

enquadramento regulamentar estabelecido no âmbito do FINREP, com referência a 31 de

Dezembro de 2016;

Trabalhos de desenvolvimento da aplicação “DAS Online – módulo imóveis” relacionada com a

implementação da função depositário;

Plano de desinvestimento em activos não produtivos (non-performing exposures);

Revisão do Plano de desinvestimento em activos não produtivos (non-performing loans) que

incorpora a recalendarização para 2018 da operação de venda prevista para 2017 (unsecured),

alinhado com o orçamentado no Plano de Actividades do Grupo e com as orientações emitidas para

as Caixas Agrícolas no âmbito do processo de elaboração dos respectivos planos e orçamentos para

2018;

Plano de Financiamento e Capital (cenário base) com referência a 31 de Dezembro de 2016;

Proposta de actualização da norma de estrutura orgânica;

Informação quanto (i) à deliberação do CAE da Caixa Central sobre a carta, do Banco de Portugal,

sobre o pagamento da contribuição anual ao Fundo de Resolução e (ii) distribuição, por CCAM, da

contribuição periódica para o Fundo de Resolução;

Ponto de situação do ACTV do Crédito Agrícola e das diligências a serem encetadas com vista à sua

negociação, tendo presente o que foi negociado na concorrência e o vencimento do Acordo do

Crédito Agrícola em Junho de 2018;

Informação quanto aos pressupostos e resultados do cálculo das dotações necessárias para o Fundo

de Pensões;

Proposta de revisão do contrato de prestação de serviços de auditoria pela Caixa Central às Caixas

Associadas;

Aprovação do serviço Inforfisco prestado pela PWC AG ao CA Serviços com referência ao exercício

de 2018 (e retroactivamente ao exercício de 2017);

Emissão de parecer favorável à abertura da agência da Caixa Agrícola de Vila Verde e Terras de

Bouro na Vila do Gerês, concelho de Terras de Bouro;

Proposta de modelo global de gestão do risco operacional no GCA – SICAM, com o propósito de

estabelecer o guião para a respectiva implementação;

Primeiro relatório sobre o ocorrido em 4 de Maio com a infra-estrutura de suporte ao Profile IBS e

FMS e que afectou a operativa de balcões e o normal funcionamento dos canais não presenciais

(multibanco, B24, CA On-line, CA Mobile);

Impacto dos incêndios florestais de 15 de Outubro de 2017 nos custos com sinistros da CA Seguros;

Norma, aprovada pelo CAE, com o objectivo de instituir a Política e Modelo de Dinamização

Comercial do Grupo Crédito Agrícola, tendo deliberado sugerir, entre outros, que a mesma fosse

discutida em sede de Comité de Marketing;

Ciclo de sessões realizadas sobre desenvolvimento da actividade comercial para os Conselhos de

Administração das CCAM com pelouro comercial e outros responsáveis comerciais;

Programa de formação dirigido aos Administradores com o pelouro comercial pela ExcelFormação;

Proposta de alteração do regulamento para o desafio “A volta ao Mundo em 365 dias”;

Resultados do estudo de mercado para avaliação do produto CA Crédito Fast;

Resultados do estudo Cliente Mistério realizado às agências do Crédito Agrícola, pela empresa

Multimétrica, no ano de 2016;

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Relatório de Actividade do Conselho Geral e de Supervisão 8

Orçamento de custos do projecto de arquitectura de reorganização do edifício da Castilho em

Lisboa.

O Conselho Geral e de Supervisão deliberou:

Sem prejuízo do cumprimento das regras, da perda de eficiência e de eficácia, sugerir a realização

de um estudo sobre a possibilidade dos serviços relacionados com o exercício das funções de

controlo serem o mais centralizados possível de modo a reduzir custos, canalizar e libertas mais as

Caixas Agrícolas para o negócio, uma vez que elas são a sua principal frente;

Aprovar as convocatórias para as Assembleias Gerais ordinárias da Caixa Central com datas de 27

de Maio de 2017 e 16 de Dezembro de 2017;

Aprovar os serviços de formação a prestar pela PWC ou qualquer membro da sua rede em Portugal,

por Administradores ou colaboradores do Grupo Crédito Agrícola;

Aprovar a proposta de redacção do relatório de actividade do Conselho Geral e de Supervisão,

referente a 2016;

Sugerir ao Conselho de Administração Executivo rever o modelo proposto de Encontro Nacional,

incorporando aspectos valorizados pela generalidade das CCAM;

Concordar com a proposta de realização do 36º Encontro Nacional do Crédito Agrícola a realizar no

dia 24 de Março de 2018;

Considerar verificada, com efeitos imediatos, a falta definitiva de determinado Conselheiro,

solicitando ao Conselho de Administração Executivo da Caixa Central a diligência pela sua

substituição nos termos da Lei e dos Estatutos;

Aprovar a adjudicação à PWC de proposta de serviços sobre o cumprimento de normas legais e

regulamentares das CCAM, em cumprimento do requerido pelo nº 1 do artigo 37º do RJCAM;

Aprovar a adjudicação à PWC da proposta de certificação do auditor externo sobre a informação

reportada para determinação da contribuição “ex ante” 2017 para o Fundo Único de Resolução;

Concordar com o parecer favorável emitido pela Comissão para as Matérias Financeiras relativo à

prestação de serviços pela PWC, para provisões do Grupo e da Caixa Central;

Aprovar a adjudicação à PWC da proposta de elaboração do dossier de preços de transferência

2014-2016 do GCA;

Aprovar a proposta de orçamento de incentivos e prémios comerciais da Caixa Central, enquadrado

no orçamento de Grupo para 2018; e

Aprovar o documento do Plano e Orçamento do Grupo Crédito Agrícola para 2018 (incluindo

sumário executivo e volumes I e II).

Após o fecho do exercício, e tendo em conta a opinião do Revisor Oficial de Contas, e também o Relatório

da Comissão para as Matérias Financeiras (CMF), o Conselho Geral e de Supervisão apreciou e aprovou o

Relatório e Contas 2017, incluindo as demonstrações financeiras, da Caixa Central, e do mesmo modo, do

SICAM e do Grupo Crédito Agrícola em termos consolidados.

Em relação aos aspectos que se prendem com a acção fiscalizadora, levada a cabo especificamente pela

Comissão para as Matérias Financeiras nos termos do disposto no n.º 4 do artigo 444 do Código das

Sociedades Comerciais, o Relatório dessa Comissão está incluído no Relatório e Contas da Caixa Central e

apresenta, com o devido desenvolvimento, o relato das actividades nas matérias em causa.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Relatório de Actividade do Conselho Geral e de Supervisão 9

Coube também ao Conselho Geral e de Supervisão a apreciação e elaboração de parecer para apresentação,

nos termos estatutários, à Assembleia Geral, do Plano de Actividades e Orçamento para 2018, no qual se

assumiram as principais prioridades do Crédito Agrícola.

Ao nível das funções de controlo, dentro das competências que nesse plano lhe são cometidas, o Conselho

Geral e de Supervisão desenvolveu as seguintes acções:

Tomada de conhecimento sobre a autorização emitida pelo Banco de Portugal quanto aos órgãos

sociais da CCAM Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche propostos para o mandato 2017/2019;

Autorização para a prorrogação da intervenção da Caixa Central nas CCAM Coruche, CCAM

Coimbra, CCAM Algarve, CCAM Entre Tejo e Sado, nos termos previstos no RJCAM (artº 77-A);

Emissão de parecer de não oposição à designação para o exercício de funções do ROC a integrar a

Comissão de Fiscalização da CCAM Algarve no âmbito da intervenção ao abrigo do artº 77º-A do

RJCAM;

Tomada de conhecimento sobre e norma interna do área de acompanhamento e ao programa de

trabalho, no âmbito dos relatório produzidos ao abrigo do artigo 37º do RJCAM;

Apreciação da proposta de afectação de técnicos de acompanhamento da DFOA, atentas a

alteração da estrutura orgânica e a movimentação de pessoas;

Emissão de pareceres favoráveis às propostas de nomeação de administradores provisórios para a

CCAM do Algarve, CCAM Coruche, CCAM Entre Tejo e Sado, CCAM Coimbra;

Emissão de pareceres sobre o registo dos Órgãos de Administração e Fiscalização de Caixas

Associadas para o mandato 2017-2019;

Aprovação do Regulamento de Funcionamento da Comissão de Ética;

Aprovação da política de boa conduta para prevenção e combate de situações de assédio no

trabalho para a Caixa Central e disponibilização, sob a forma de minuta, de idêntica política para as

CCAM e empresas do Grupo;

Apreciação da proposta de posição desfavorável relativa a duas propostas de política de incentivos,

apresentadas por CCAM, por desconformidade com o estatuto remuneratório e a legislação

aplicável;

Apreciação do relatório de actividades de investigação e prevenção da fraude de 2016 e de 2017

da Caixa Central e emissão de parecer de concordância;

Tomada de conhecimento sobre a avaliação sectorial de riscos de branqueamento de capitais e

financiamento ao terrorismo transmitida através de comunicação do Banco de Portugal;

Apreciação do ponto de situação sobre os contratos abrangidos pelo Regime Geral de

Incumprimentos em 2016;

Tomada de conhecimento sobre o texto proposto de resposta à carta com referência

CRI/2017/00006970-G de 16 de Agosto, contendo o ponto de situação e a proposta de plano de

acção para colmatar as insuficiências identificadas no âmbito da análise ao perfil de risco do Grupo

Crédito Agrícola (SREP);

Apreciação da decisão estabelecendo requisitos prudenciais para o GCA em resultado das

conclusões do processo anual de supervisão 2016;

Tomada de conhecimento da subida à efectividade de funções do 1º suplente da CCAM dos Açores

no Conselho Geral e de Supervisão;

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Relatório de Actividade do Conselho Geral e de Supervisão 10

Tomada de conhecimento das conclusões do Relatório de Inspecção realizada à CCAM do Norte

Alentejano, CRL;

Tomada de conhecimento da deliberação do Conselho de Administração Executivo para que seja

solicitada autorização ao Banco de Portugal para que a CCAM Vila Franca de Xira eleve para 50% o

limite definido no nº3 do artigo 19º do RJCAM (Associados “não agrícolas”);

Tomada de conhecimento sobre a revisão do normativo interno da área de acompanhamento,

incluindo o modelo de acompanhamento, definição de níveis de supervisão e regimes de

acompanhamento;

Análise das propostas para a Assembleia Geral Ordinária de Dezembro, competindo ao Comité de

Remunerações apresentar a proposta referente ao ponto 2 e ao Conselho de Administração

Executivo apresentar a proposta referente ao ponto 3;

Análise da proposta de recomposição da Comissão de Acompanhamento do Fundo de Pensões do

Crédito Agrícola;

Análise da proposta de adequação da carteira de activos financeiros aos novos modelos de negócio

associados à entrada em vigor da IFRS9 a 1 de Janeiro de 2018;

Análise da proposta de actualização do limite de VaR associado às posições sob gestão da Caixa

Central;

Análise da proposta de reavaliação anual da lista de conglomerados financeiros com referência a

31 de Dezembro;

Análise da proposta de exercício de transparência da EBA 2017;

Análise da proposta de taxa de supervisão do BCE 2017;

Análise da proposta do processo associado à renovação anual de pré-LEI das CCAM e respectiva

facturação;

Apreciação do Questionário de Auto-Avaliação (QAA) 2016, da Caixa Central e das Caixas

Associadas, relativo à PBC/FT;

Apreciação do Questionário de Auto-Avaliação (QAA) 2016 relativo à função compliance nas Caixas

Associadas;

Apreciação da proposta de novo Regulamento do Comité de Activos, Passivos e Capital (ALCCO);

Apreciação do resultado dos testes de imparidade à carteira de activos financeiros sob gestão da

Caixa Central;

Análise do teor da determinação específica para o cumprimento das normas legais relativas ao

cálculo da taxa de juro nos contratos de crédito sujeitos ao regime de taxa variável;

Apreciação do relatório adicional preparado pela PWC, na qualidade de ROC da Caixa Central,

decorrente da auditoria às demonstrações financeiras individuais da Caixa Central e consolidadas

do Grupo, reportado ao exercício findo em Dezembro de 2016;

Apreciação da proposta de Relatório e Contas da Caixa Central de 2016 e da CLC;

Apreciação do Relatório e Contas da CA Seguros e Pensões, SGPS, SA relativo ao exercício de 2016;

Apreciação do Relatório e Contas da CA Consult, relativo ao exercício de 2016;

Apreciação da proposta de Relatório e Contas do Grupo CA de 2016 e da CLC;

Apreciação do texto de divulgação dos resultados do Grupo 2016, com base nos resultados

provisórios;

Apreciação dos resultados do 4º trimestre de 2016 (contas provisórias) do Banco de Crédito

Cooperativo;

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Relatório de Actividade do Conselho Geral e de Supervisão 11

Apreciação dos resultados do 1º trimestre de 2017 e distribuição de dividendos do Banco de Crédito

Cooperativo;

Apreciação dos resultados do 1º semestre de 2017 do Banco de Crédito Cooperativo;

Apreciação da evolução da cobrança das comissões com destaque para as actualizadas através de

deveres de informação em 2016;

Apreciação do relatório ICAAP – processo de auto-avaliação de adequação de capital interno com

referência a 31 de Dezembro de 2016, incluindo a resposta às instruções 15/2017 e 32/2010 e a

diversas comunicações específicas do Banco de Portugal, assim como as oportunidades de melhoria

identificadas na comunicação CRI/2017/00000988-G do Banco de Portugal e na proposta de revisão

do processo anual de supervisão;

Apreciação dos relatórios de avaliação de adequação dos titulares de funções essenciais da Caixa

Central;

Apreciação da revisão do regulamento de formação do Crédito Agrícola e de um normativo

vinculativo de cursos e acções de formação para o SICAM e para as empresas participadas

organizados pelo Centro de Formação do Grupo Crédito Agrícola;

Apreciação do plano de actividades de auditoria do SICAM para 2017;

Apreciação do plano de actividades para a função compliance (compliance monitors) das CCAM

para 2017;

Apreciação do relatório de actividades da função auditoria no período de 1 de Junho de 2016 a 31

de Maio de 2017 e das principais deficiências detectadas, medidas correctivas propostas e

diligências adoptadas pela Caixa Central para sua regularização;

Apreciação do ponto de situação, a 31 de Março de 2017, das deficiências no que concerne ao

sistema de controlo interno;

Emissão de parecer de concordância com as insuficiências contidas no Relatório de Controlo

Interno, a enviar às entidades de supervisão (BdP e CMVM), com a nota de qua estas não colocam

em causa os procedimentos e controlo da Caixa Central e do Grupo Crédito Agrícola;

Apreciação do plano de recuperação do Grupo CA, revisto ao abrigo do aviso 3/2015 do Banco de

Portugal e do Regulamento Delegado (EU) 2016/1075 da CE, e dos relatórios de controlo interno

da Caixa Central (para o BdP e CMVM) e do Grupo CA (para o BdP) e de PBC/FT;

Apreciação das análises comparativas sobre as sinopses de actividades de supervisão

comportamental (componente reclamações) do ano de 2016 e período homólogo de 2015 e do 1º

semestre de 2017 e período homólogo de 2016.

Na base da informação que lhe coube apreciar e analisar no quadro da sua actividade durante o exercício,

e tendo também em conta a opinião do Revisor Oficial de Contas, bem como o parecer da Comissão para

as Matérias Financeiras, o Conselho Geral e de Supervisão aprovou, para apresentação à Assembleia Geral

da Caixa Central a realizar em 26 de Maio de 2018, o Relatório de Gestão sobre a actividade e as contas da

Instituição referentes a 2017, bem como o Relatório para o mesmo exercício relativo ao Grupo Crédito

Agrícola em termos consolidados, documentos cuja elaboração é da responsabilidade directa do Conselho

de Administração Executivo.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Relatório de Actividade do Conselho Geral e de Supervisão 12

Tendo em conta o exposto no presente documento, o Conselho Geral e de Supervisão entende serem

pertinentes as seguintes considerações:

O ano de 2017 reforçou a tendência de crescimento económico iniciada no final de 2014, após o período

de crise vivido durante os anos da intervenção externa da Troika em Portugal, tendo-se registado um

crescimento do PIB de 2,7%1 superior à média da Zona Euro (2,3%). Contudo, o Banco de Portugal prevê

que haja uma desaceleração a partir de 2018, projectando um crescimento de 2,3% em 2018, 1,9% em 2019

e 1,7% em 2020 em linha com a Zona Euro, mas ainda assim apenas superior a 4 países da mesma2 (Bélgica,

Alemanha, França e Itália).

O ano de 2017 consolidou ainda o processo de redução dos níveis de alavancagem da economia portuguesa

que decorre desde 2011 levando à consequente redução homóloga do crédito concedido em 2,8% (-1,0%

nas famílias e -5,5% nas empresas), redução explicada adicionalmente pela alienação de carteiras de activos

não produtivos (NPL) verificada em várias instituições do sector bancário. Ao contrário da incerteza política

no que respeita à aprovação do orçamento geral para 2017, a aprovação do orçamento geral para 2018

decorreu sem sobressaltos relevantes. Em linha com a estabilidade política e financeira do país, o sector

bancário conseguiu recuperar, na sua generalidade, níveis de rentabilidade, estando o maior foco de

instabilidade e preocupação circunscrito ao Montepio e ao Novo Banco.

O Crédito Agrícola, uma vez mais, teve a capacidade para minimizar o impacto destes factores na sua

actividade, tendo registado um crescimento de 8,3% da carteira de crédito (bruto) a clientes que ascendeu

a cerca de 9,4 mil milhões de euros (versus 8,7 mil milhões de euros em 2016), contribuindo para o aumento

da margem financeira do Grupo. Embora a margem financeira tenha evoluído favoravelmente (+13,7M€),

o maior contributo para o resultado do Grupo foi obtido através de resultados de operações financeiras

(+34,4M€ face a 2016).

Globalmente, o Grupo Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido do negócio bancário (SICAM) de

147,6 milhões de euros no ano de 2017, representando um crescimento de cerca de 104,9% face a 2016.

Numa visão mais particular, a Caixa Central encerrou o exercício de 2017 com um resultado positivo de 55,2

milhões de euros, registando um aumento de 68,1 milhões de euros face aos resultados registados em

2016, essencialmente justificado pelo aumento dos resultados das operações financeiras (+29,2M€) e pela

quebra nas provisões e imparidades constituídas (-34,4M€). Para além do resultado do negócio bancário

do Grupo Crédito Agrícola, são de destacar igualmente os resultados positivos alcançados pelas empresas

do Grupo em 2017, concretamente de 6,7 milhões de euros na CA Vida (seguros vida), 2,0 milhões de euros

na CA Seguros (seguros não vida) e de 2,0 milhões de euros na CA Gest (gestora de activos).

Em suma, o resultado líquido do Grupo CA em 2017 foi de +150,2M€, tendo para tal contribuído os

resultados individuais das Caixas Agrícolas (+89,4M€), o resultado individual da Caixa Central (+55,2M€), os

resultados individuais das empresas seguradoras e de gestão de activos (+10,7M€), os resultados dos

fundos de investimento imobiliário vocacionados para a gestão e comercialização de imóveis adquiridos

por recuperação de crédito (CAI, CAAH, Imovalor CA) e da CA Imóveis (no total, -12,0M€ dos quais -10,3M€

1 Boletim Económico do Banco de Portugal, Dez.2017 2 Projecções de Inverno da Comissão Europeia, Fev.2018

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Relatório de Actividade do Conselho Geral e de Supervisão 13

do FII CAI), os resultados de outras empresas do Grupo (+7,8M), os ajustamentos de consolidação e outros

ajustamentos (-4,0M€) e o resultado atribuível a interesses não controlados (+0,1M€).

*

Embora o crescimento do PIB em 2017 (2,7%) tenha ficado acima do alcançado em 2016 (1,6%),

perspectiva-se uma desaceleração do crescimento económico nos próximos anos (taxas de crescimento

abaixo de 2%). Não obstante, este contexto dificilmente irá retirar pressão sobre a rentabilidade dos bancos

enquanto as taxas indexantes do crédito se mantiverem historicamente baixas, os activos não produtivos

continuarem a apresentar um elevado peso no activo dos bancos, o crédito na economia nacional continuar

a apresentar uma situação de retracção por redução dos níveis de endividamento dos empresários, das

famílias e do sector estatal.

É desta forma e face aos factores supramencionados que, para 2018, os grandes desafios, tanto da banca

nacional em geral como do Crédito Agrícola em particular, passarão pela redução dos activos não

produtivos (crédito e activos imobiliários), pela contenção dos custos de estrutura e melhoria da eficiência,

pela procura de oportunidades de vinculação de clientes e de concessão de crédito com um binómio

rentabilidade / risco alinhado com o apetite ao risco do Grupo, pela dinamização de serviços valorizados

pelo mercado e geradores de margem complementar e pela crescente concorrência de soluções digitais

inovadoras.

A perspectiva de desaceleração económica em 2018, consubstanciada num crescimento previsto do PIB de

2,3%3 (inferior ao crescimento de 2,7% verificado em 2017), constitui um desafio para que o Grupo Crédito

Agrícola mantenha o seu desígnio de veículo privilegiado de desenvolvimento das comunidades onde está

inserido. É neste contexto exterior favorável que a aposta do Grupo para 2018 volta a centrar-se na

concessão de crédito a empresas e projectos que demonstrem a capacidade de gerar os fluxos de caixa

necessários para respeitar o serviço da dívida e a particulares que apresentem níveis de solvabilidade

adequados.

No decurso do ano 2017 foram lançadas mais de 43 iniciativas, acompanhadas em fóruns mensais de PMO,

tendo o seu nível de execução rondado os 70% com o esforço e dedicação de todos os colaboradores

envolvidos nestes trabalhos multidisciplinares, não raras vezes, com elevado pendor tecnológico.

A imagem do Crédito Agrícola enquanto grupo financeiro universal, rentável, sólido, competitivo, moderno

e com poder de decisão local para poder prestar um contributo ímpar ao desenvolvimento económico e

social das regiões do país foi consolidada com o trabalho realizado e os resultados obtidos em 2017.

Os investimentos expressos no plano estratégico aprovado pelas Caixas Associadas para 2018, que

reflectem os pilares estratégicos do Grupo Crédito Agrícola definidos para o triénio 2016-2018,

demonstram o empenho com que o Grupo Crédito Agrícola pretende alcançar com sucesso o desígnio de

se tornar uma instituição financeira de 1º nível, mantendo os princípios de proximidade com Clientes e

Associados, de simplicidade na abordagem ao mercado, de ética e entreajuda que lhe são característicos e

3 Boletim Económico de Dezembro de 2017, Banco de Portugal.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Relatório de Actividade do Conselho Geral e de Supervisão 14

que, acreditamos, lhe permitem ultrapassar os desafios que se afiguram para um sector financeiro cada vez

mais dinâmico e competitivo.

Lisboa, 9 de Abril de 2018

O Conselho Geral de Supervisão

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Pareceres sobre o Relatório e Contas da Caixa Central 15

Pareceres sobre o Relatório e Contas da Caixa Central

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Pareceres sobre o Relatório e Contas da Caixa Central 16

PARECER DO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO

(alínea h) do nº 1 do Artº 441º do CSC)

Na base da informação que lhe coube apreciar e analisar no quadro da sua actividade durante o exercício

de 2017, e de que dá conta no seu Relatório de Actividades, o Conselho Geral e de Supervisão, considerando

também a opinião do Revisor Oficial de Contas, bem como o parecer da Comissão para as Matérias

Financeiras, dá parecer favorável ao Relatório e Contas da Caixa Central relativo ao referido exercício.

Lisboa, 10 de Abril de 2018

O Conselho Geral e de Supervisão

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Pareceres sobre o Relatório e Contas da Caixa Central 17

PARECER DA COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Proposta de Aplicação de Resultados 18

Proposta de Aplicação de Resultados

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Proposta de Aplicação de Resultados 19

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS Nos termos do Artigo 43º do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e do Artigo 38º dos Estatutos da

Caixa Central, o Conselho de Administração Executivo propõe ao Conselho Geral e de Supervisão que o

Resultado Líquido do Exercício de 2017, um lucro no valor 55.228.369,82 euros, seja aplicado da seguinte

forma: reversão para a Reserva Legal do valor de 11.045.673,96 euros, reversão para a Reserva para

formação e educação cooperativas do valor de 500 euros, reversão para a Reserva para mutualismo do

valor de 500 euros e a afectação do valor remanescente de 44.181.695,86 euros à cobertura de prejuízos

registados na conta de resultados transitados.

O Conselho de Administração Executivo propõe ainda a aplicação do valor de 2.698.172,53 euros da reserva

legal para cobertura dos restantes prejuízos registados na conta de resultados transitados.

O Conselho de Administração Executivo

Lisboa, 22 de Março de 2018

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 20

01 Informação sobre a Caixa Central

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 21

i. INFORMAÇÃO SOBRE A CAIXA CENTRAL

1.1 ENQUADRAMENTO DA CAIXA CENTRAL NO GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA O negócio bancário do Grupo Crédito Agrícola é constituído pela Caixa Central e pelas 81 Caixas suas

Associadas (“Caixas Associadas”), que juntos formam o Sistema Integrado de Crédito Agrícola Mútuo

(“SICAM”).

Em concordância com o Regime Jurídico do C.A.M., a Caixa Central assume um conjunto alargado de

funções que se sintetizam nas seguintes áreas:

Coordenação, estratégia, planeamento e controlo, representação institucional e imagem

corporativa; supervisão4, compliance, gestão de riscos e auditoria interna; gestão de participações

do Grupo;

Prestação de serviços de natureza financeira (p. ex. custódia de títulos, emissão de meios de

pagamento, compensação interbancária de cheques e efeitos, transferências, garantias, cobranças,

débitos directos) e não financeira (p. ex. RH, contabilidade, compras, assessoria jurídica), às

Associadas e empresas do Grupo, numa lógica de eficiência operacional e de custos;

Gestão de tesouraria do Grupo;

Negócio agenciado (crédito), originado pelas Caixas Associadas nas respectivas zonas geográficas

de influência, tipicamente em tipologias que as Caixas Associadas não podem desenvolver ou que

não seria economicamente viável (ex: leasing); e,

Negócio próprio, incluindo banca de empresas e retalho nos mercados de Lisboa, Porto e na Região

Autónoma da Madeira.

4 No âmbito das suas funções de orientação e de fiscalização, sempre que adequado, a Caixa Central é chamada a emitir regras, orientações e recomendações de carácter vinculativo às suas Associadas.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 22

Para dar cumprimento às suas atribuições estatutárias, a Caixa Central está dotada de um modelo de

governação, de uma estrutura económico-financeira (p. ex. solvabilidade, liquidez, rentabilidade), de

capital humano e conhecimentos, de meios técnicos e tecnológicos.

Estas características, em conjunto com a marca Crédito Agrícola e o seu posicionamento e reputação, têm

permitido por um lado cumprir o papel de estrutura central do Grupo Crédito Agrícola e por outro de Banco

para os mercados de Lisboa, Porto e da Região Autónoma da Madeira.

Esta estrutura é ainda complementada pelas empresas seguradoras e de gestão de activos e por empresas

instrumentais nos domínios da prestação de serviços de desenvolvimento informático e gestão de activos

informáticos e da gestão e rentabilização dos activos imobiliários (exposição directa e indirecta), que no

conjunto formam o Grupo CA.

1.2 EVOLUÇÃO DO DESEMPENHO DA CAIXA CENTRAL

Em 2017, o crescimento económico que se verificou tanto na Zona Euro como em Portugal (variação anual

do PIB de +2,4% e +2,6%, respectivamente) não se reflectiu no volume do crédito concedido em Portugal,

uma vez que se observou um decréscimo homólogo de 2,8%, decomposto entre uma redução de 5,5%5 no

crédito a empresas e uma quebra de 1,0% no crédito a particulares.

Num contexto em que o crédito bruto concedido em Lisboa registou uma quebra de 6,7% e no Porto

aumentou 2,2%6, em 2017, a Caixa Central viu o seu crédito bruto aumentar 4,6% (+64,6 milhões de euros),

fruto de um acréscimo na concessão de crédito bruto no Porto de 15,4% e em Lisboa de 0,9%. Sem prejuízo

do acréscimo verificado no crédito bruto na Caixa Central, o crédito agenciado diminuiu 22,0 milhões de

euros.

A contribuir para esta evolução tiveram os créditos sindicados efectuados conjuntamente com algumas

Caixas Associadas, permitindo à Caixa central e ao Grupo diversificar a sua carteira e simultaneamente

aceder a um mercado de crédito de grandes empresas, que de outra forma não seria possível, dado os

balanços individuais de cada entidade do Grupo CA.

5 Em Portugal, no segmento de crédito a sociedades não financeiras, a concessão de crédito encontra-se particularmente penalizada pela dinâmica negativa do crédito aos sectores da construção e transporte e armazenagem, com um peso superior a 20%. O crédito à agricultura e pescas, alojamento e restauração, imobiliário e indústria extractivas são as que registam variações homólogas positivas. Fonte: Crédito por sector de actividade económica, BPStat, Fev.2018 6 Fonte: BPStat, Fev.2018

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 23

Em 2017, a margem financeira da Caixa Central apresentou um crescimento de 18 milhões de euros face

ao registado em 2016. Este aumento da margem financeira ficou a dever-se essencialmente à redução dos

custos com a remuneração dos depósitos das Caixas Associadas junto da Caixa Central (-15,3 milhões de

euros face a 2016), em linha com a rentabilidade das yields das aplicações financeiras, e ao incremento dos

juros recebidos dos títulos e outras aplicações (+4,3 milhões de euros), em resultado da estratégia de

investimento em activos com maturidades mais longas.

Em sentido oposto, registou-se uma diminuição dos juros recebidos de crédito a clientes de 2,0 milhões de

euros, em virtude da permanência da redução das taxas Euribor que resultou numa quebra da taxa de juro

média da carteira de 0,1 p.p. face a 2016. Em 2017, a taxa média de remuneração dos excedentes de

liquidez (0,5%) situou-se 0,1 pontos percentuais abaixo da taxa média obtida nas aplicações financeiras

(0,7%), reduzindo a pressão sobre a margem financeira.

Em termos de margem complementar, a execução da estratégia bancassurance e de distribuição de

produtos de investimento tem vindo a resultar num acréscimo de comissões de comercialização que, em

conjunto com a evolução favorável de comissões de crédito e outras, permitiram compensar a quebra

registada nas comissões interbancárias e outras relacionadas com meios de pagamento, justificadas pela

revisão de preçário (efectuada no 2º semestre), não obstante o aumento do volume de transacções

registado.

O crédito vencido atingiu os 68,0 milhões de euros o que reflecte uma redução de 2,1 milhões de euros

face a Dezembro de 2016 e se traduz numa redução do rácio de crédito vencido em 0,4 p.p. face ao período

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Recursos de Cl ientes 228 268 267 205 205 194 249 313 377 601 731

Créditos sobre Cl ientes (va lor bruto) 1.619 1.844 1.868 1.545 1.541 1.490 1.392 1.365 1.442 1.409 1.474

Activo Líquido 4.208 4.489 4.669 5.633 5.470 6.577 6.136 5.995 6.023 7.957 8.886

Situação Líquida 143 147 149 147 143 148 160 302 255 229 327

Margem Financeira 45,9 49,2 47,4 50,2 42,6 44,9 -2,9 -4,7 -18,4 19,9 38,1

Comiss ionamento Líquido 13,5 14,7 15,1 19,2 19,7 21,2 23,2 22,8 21,7 21,2 22,8

Produto Bancário 67,6 67,7 67,6 78,4 61,8 69,0 97,8 180,8 99,6 78,5 134,3

Resultado Líquido 10,8 5,1 1,2 2,3 -5,0 1,3 1,0 36,6 5,0 -12,8 55,2

Rácio de Eficiência - CCCAM - % 60,9% 66,1% 67,5% 59,6% 78,6% 66,8% 47,8% 24,8% 45,8% 60,9% 35,5%

Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) - % 7,5% 3,4% 0,8% 1,5% -3,5% 0,9% 0,6% 12,1% 1,9% -5,6% 16,9%

Rendibilidade dos Activos (ROA) - % 0,3% 0,1% 0,0% 0,0% -0,1% 0,0% 0,0% 0,6% 0,1% -0,2% 0,6%

Grau de Alavancagem (Leverage) a) 29,4 30,6 31,3 38,3 38,3 44,5 38,4 19,9 23,6 34,7 27,2

Rácio Crédito Vencido > 90 dias 1,7% 2,5% 3,1% 3,7% 4,8% 5,9% 7,1% 6,8% 6,7% 4,9% 4,6%

Rácio de Cobertura do Crédito Vencido > 90 dias - % b) 347,5% 239,6% 202,8% 258,1% 205,2% 177,5% 161,5% 215,7% 186,5% 192,9% 198,6%

Crédito com Incumprimento / Crédito Total - % c) - - - 5,9% 8,0% 10,5% 10,9% 9,6% 8,2% 6,4% 5,9%

Crédito em Risco / Crédito Total - % c) - - - 11,3% 11,4% 14,4% 15,3% 13,8% 12,1% 10,3% 10,6%

Crédito Reestruturado / Crédito Total - % d) - - - - - - 11,8% 10,6% 12,0% 14,3% 12,9%

do qual: não incluído no crédito em risco - - - - - - 10,9% 8,7% 10,0% 11,1% 8,6%

Número de Agências da Caixa Centra l 4 9 9 9 9 9 9 9 9 11 11

a) calculado pelo quociente entre o activo líquido e a situação líquida

b) calculado pelo quociente entre as provisões totais para crédito e o crédito vencido > 90 dias.

c) rácio calculado nos termos definidos pelo Banco de Portugal (Instrução 24/2012).

d) rácio calculado nos termos definidos pelo Banco de Portugal (Instrução 32/2013).

Evolução da Caixa CentralValores em milhões de euros

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 24

homólogo para 4,6%. No que se refere ao rácio de crédito em risco, este situou-se nos 10,6% (+0,3 p.p. que

em 2016).

A evolução do resultado líquido de -12,8 milhões de euros em 2016 para os +55,2 milhões de euros em

2017, é explicada essencialmente pelo aumento da margem financeira (+18,2 milhões de euros) e dos

resultados de operações financeiras (+29,3 milhões de euros), assim como pela redução das provisões e

imparidades do exercício face a 2016 (-34,4 milhões de euros).

No que respeita ao risco de liquidez e de taxa de juro, a Caixa Central mantém um efectivo controlo destes

riscos, garantindo a sua mitigação e uma gestão conservadora do balanço, em linha com os seus princípios

orientadores e as especificidades do Grupo Crédito Agrícola, em particular, na gestão de tesouraria e

excedentes de liquidez. A Caixa Central apresenta uma situação resiliente e adequada no que respeita ao

capital, onde se destaca um rácio de Fundos Próprios Principais de Nível 1 (Common Equity Tier 1) de 14,9%

e um rácio de capital total de 15,3%, valores com referência a 31 de Dezembro de 2017 incorporando o

resultado líquido do exercício.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 25

1.3 A MARCA CRÉDITO AGRÍCOLA EM 2017

Distinções alcançadas pelo Crédito Agrícola

Em 2017, o Crédito Agrícola foi premiado pelo quarto

ano consecutivo com o título de “O Melhor Banco no

Serviço de Atendimento ao Cliente”, encontrando-se,

igualmente, referenciado no relatório de supervisão

comportamental do Banco de Portugal de Junho de

2017 como uma das instituições com menor número

de reclamações registadas.

As distinções alcançadas não foram exclusivas do

negócio bancário, tendo a CA Vida liderado os

rankings de Lealdade do Cliente e de Imagem do

Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI

Portugal 2017.

No mesmo sentido, a CA Seguros foi distinguida, pelo

sétimo ano consecutivo, como a Melhor Seguradora

Não Vida pela Revista Exame em parceria com a

Deloitte e Informa D&B.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 26

Eventos de consolidação da marca em 2017

Janeiro

­ O Crédito Agrícola foi distinguido, pelo terceiro ano consecutivo, com o Prémio Cinco Estrelas na

categoria “Banca - Serviço de Atendimento ao Cliente”.

­ A CA Vida foi distinguida com o 1.º lugar no ranking de Lealdade do Cliente e no ranking de Imagem,

duas classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal 2016.

­ Lançamento de Campanha de adesão ao serviço de Internet Banking com o sorteio semanal de um

iPhone 6s e da oferta da primeira anuidade do seguro CA Responsabilidade Civil Familiar.

­ O Grupo Crédito Agrícola conseguiu obter a melhor rendibilidade, referente a 2016, em três dos

seus Fundos de Investimento Mobiliários nas respectivas categorias (CA Monetário, CA Rendimento

e CA Alternativo), sendo que o CA Monetário alcançou esta distinção pelo oitavo ano consecutivo,

segundo rendibilidades divulgadas pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento,

Pensões e Património.

­ Lançamento de Campanha CA Agricultura destinada ao sector agrícola, florestal, do mar e agro-

industrial, da qual fez parte um conjunto de soluções para a gestão do dia-a-dia, financiamento e

protecção.

Fevereiro

­ O Grupo Crédito Agrícola, em parceria com a Associação Portugal Fresh, marcou presença, pelo

quarto ano consecutivo, na Fruit Logística, a maior feira de comércio do sector hortofrutícola do

mundo, em Berlim.

­ Patrocínio oficial da 4.ª edição do “Chocolate em Lisboa”, um dos mais emblemáticos eventos do

sector do chocolate, que foi realizado no Campo Pequeno.

­ O Crédito Agrícola promoveu, em parceria com a Portugal Fresh, o workshop “Cooperar para

Exportar”, destinado a produtores, empresários e representantes de entidades do sector

hortofrutícola.

­ Para assinalar o Dia do Crédito Agrícola, que se celebrou a 1 de Março, a Instituição lançou uma

campanha destinada a actuais e potenciais clientes que abram uma conta, subscrevam/reforcem

produtos e serviços financeiros do Grupo, onde foi sorteado um automóvel eléctrico.

Março

­ O Grupo Crédito Agrícola marcou presença na 22ª edição do SISAB – Salão Internacional do Sector

Alimentar e Bebidas, através de um stand para apresentação dos seus produtos e serviços dirigidos

às empresas que pretendem internacionalizar-se ou que já estão a exportar.

­ Patrocínio oficial da 6.ª edição do “Mercado Gourmet” que apresentou a melhor oferta nacional de

produtos gastronómicos e vinícolas de origem portuguesa, que foi realizado no Campo Pequeno.

­ O Crédito Agrícola, em parceria com a ADRAL – Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo,

apresentou o “Concurso de Ideias ADRAL & CA”, com o objectivo de promover projectos que

concretizem o conceito “fazer diferente com maior eficiência e viabilidade económica”.

­ O Crédito Agrícola foi, pelo 7.º ano, o patrocinador oficial da AGRO – 50.ª Feira Internacional de

Agricultura, Pecuária e Alimentação. A presença do Grupo foi assinalada também através de um

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 27

stand, onde os visitantes puderam conhecer a oferta universal de produtos e serviços que o único

Grupo cooperativo português disponibiliza.

Abril

­ Lançamento da campanha “CA Solução de Protecção e Investimento”, especificamente dirigida aos

clientes do segmento CA Dedicado. Os produtos em campanha incluíram o Seguro de Vida

Protecção Família, o Seguro CA Saúde e Fundos de Pensões Abertos da CA Vida.

­ Lançamento de uma nova campanha dirigida às empresas, sob o mote “Se a sua empresa precisa,

estamos CÁ”, o Crédito Agrícola pretendeu dar resposta às necessidades dos clientes empresariais

e aos seus exigentes desafios de inovação, de competitividade ou e de internacionalização. A oferta

englobou um conjunto de soluções de financiamento, protecção e serviços especializados.

­ O Crédito Agrícola patrocinou a Ovibeja, a maior feira do sector primário a sul do país. Além do

patrocínio à feira, o Crédito Agrícola foi, também, patrocinador exclusivo do 7º Concurso

Internacional de Azeites Virgem Extra - Prémio CA Ovibeja.

Maio

­ Lançamento da campanha CA Soluções Habitação, sob o mote “Prestações que casam com o seu

orçamento”, que propunha crédito com condições especiais de financiamento para clientes que

pretendiam adquirir, construir ou reconstruir uma habitação, através de spreads competitivos e

condições especiais.

­ O Grupo Crédito Agrícola patrocinou a conferência “Melhor Alentejo”, em Beja, uma iniciativa que

pretendia valorizar a identidade e autenticidade desta região de grande excelência agrícola,

comercial, agroindustrial, turística e cultural.

­ O Crédito Agrícola distinguiu os seus clientes empresariais que, no ano de 2016, receberam o

estatuto PME Líder e PME Excelência, um selo de qualidade atribuído pelo IAPMEI e pelo Turismo

de Portugal às empresas que mais contribuíram para a competitividade e desenvolvimento da

economia nacional.

Junho

­ Os Fundos de Investimento Mobiliário (FIM) CA Monetário e CA Rendimento, do Grupo Crédito

Agrícola, foram distinguidos pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e

Patrimónios (APFIPP) e pelo Jornal de Negócios, com o prémio “Gestão Nacional de Organismos de

Investimento Colectivo”, nas respectivas categorias.

­ O Grupo Crédito Agrícola patrocinou, mais uma vez, a Feira Nacional de Agricultura, na sua 54ª

edição da Feira Nacional de Agricultura, com o tema “Cereais de Portugal”, o Crédito Agrícola

esteve presente com um stand onde apresentou a sua oferta universal de produtos e serviços, quer

seja para empresários, quer seja para particulares.

­ O Crédito Agrícola abriu uma conta de solidariedade para apoiar as vítimas dos incêndios que desde

o dia 17 de Junho assolam a região Centro do País.

Julho

­ O Grupo Crédito Agrícola e a Associação Empresarial da Região de Santarém, NERSANT, assinaram

um protocolo para a disponibilização de produtos e serviços financeiros aos associados desta

entidade.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 28

­ O Grupo Crédito Agrícola associou-se ao Movimento pela Utilização Digital Activa (o MUDA), uma

iniciativa que tem como objectivo fomentar a “educação digital” dos portugueses, contribuindo

assim para uma sociedade mais evoluída, inclusiva e participativa, criando desta forma uma

economia mais forte e competitiva.

­ O Crédito Agrícola renovou mais uma vez o patrocínio à Expofacic - Feira Agrícola, Comercial e

Industrial de Cantanhede, a maior feira da região centro e uma das maiores do país, que decorreu

em Cantanhede. O Grupo esteve representado através de um stand, onde deu a conhecer a sua

oferta universal de produtos e serviços.

Agosto

­ O Crédito Agrícola apoiou a 38ª edição da FATACIL, a maior feira de Artesanato, Turismo,

Agricultura, Comércio e Indústria do Algarve. A renovação deste patrocínio está alinhada com a

filosofia do Banco: estar ao lado do melhor que se produz em Portugal.

­ O Crédito Agrícola entregou os donativos recolhidos pela Conta Solidária CA, que reuniu 218 mil

euros, à União das Misericórdias Portuguesas, com o objectivo de apoiar as vítimas dos incêndios

florestais que assolaram a região centro do país em Junho, e reduzir as drásticas consequências que

daí resultaram.

­ O Grupo Crédito Agrícola e o Grupo Lusiaves assinaram um protocolo que visa apoiar o projecto

“LUSITERRA”. Neste sentido, o Crédito Agrícola pretende ajudar a alavancar a produção dos

Associados do Grupo Lusiaves, disponibilizando em condições preferenciais uma oferta de produtos

e serviços financeiros.

­ O Crédito Agrícola foi o patrocinador oficial da Feira Nacional de Hortofruticultura, realizada nas

Caldas da Rainha, e da AGRIVAL, Feira Agrícola do Vale do Sousa. O Crédito Agrícola marcou

presença nos dois eventos através de um stand onde apresentou a oferta de Produtos e Serviços.

­ Divulgação dos resultados semestrais de 2017 do Grupo Crédito Agrícola: resultado líquido

positivo de 46,9 milhões de euros.

­ O Grupo Crédito Agrícola estabeleceu um protocolo com o Governo Regional da Madeira, para a

disponibilização de meios financeiros para os produtores de cana-de-açúcar (linha de crédito de 2,3

milhões de euros).

Setembro

­ A campanha destinada aos jovens empreendedores, sob o claim “Se tens ideias diferentes, precisas

do banco que te acompanha”, que visou proporcionar a oportunidade de concretizarem os seus

projectos através do acesso a linhas de financiamento com bonificação nas taxas de juro e no

preçário em vigor.

­ O Grupo Crédito Agrícola lançou o “4º Concurso de Vinhos” destinado a Produtores e Cooperativas

de todas as regiões vitivinícolas do país, em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal.

­ O Crédito Agrícola apresentou uma nova valência no CA Express, um inovador serviço digital que

permite a abertura rápida de conta a Clientes Particulares (através da leitura do Cartão de Cidadão),

com a atribuição, na hora, do cartão de débito personalizado.

­ O Grupo Crédito Agrícola patrocinou a 1ª edição do Festival Alma do Vinho, em Alenquer, onde

estiveram presentes representantes de produtores regionais e nacionais inseridos na Comissão

Vitivinícola da Região de Lisboa.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 29

Outubro

­ O Grupo Crédito Agrícola patrocinou a 1ª edição do “A Cerveja em Lisboa”, no Campo Pequeno,

estando presentes produtores das melhores cervejas do mundo.

­ No âmbito do Programa Nota20 CA, o Crédito Agrícola premiou 120 alunos do 7.º ao 12.º ano de

escolaridade, Clientes do Banco, pelos resultados escolares alcançados no ano lectivo de

2016/2017.

­ A nova campanha “Faz Takeover Ao Teu Futuro” dirigida ao segmento “CA Jovens”, disponibilizou

uma oferta exclusiva de produtos com condições atractivas, para jovens dos 13 aos 17 anos

promovendo, simultaneamente, a sensibilização desta faixa etária para a importância dos hábitos

de poupança.

­ O Grupo Crédito Agrícola participou na Fruit Attraction, a maior feira internacional destinada aos

profissionais do sector hortofrutícola, em Madrid. A presença do banco, patrocinador da

Associação Portugal Fresh, teve como objectivo apoiar os produtores nacionais de frutas e legumes

na exportação dos seus produtos.

­ O Crédito Agrícola voltou a marcar presença no Salão Imobiliário de Portugal (SIL), através de um

stand, onde deu a conhecer a sua carteira de imóveis (cerca de 2.700) e as suas condições especiais

de financiamento.

­ O Crédito Agrícola apoiou a produção e divulgação do vinho português, nesse sentido voltou a

patrocinar o Mercado de Vinhos, iniciativa promovida pelo Campo Pequeno e a House of Wines,

que decorreu na Praça do Campo Pequeno. No decorrer do Mercado de Vinhos, realizou-se as

provas cegas dos vinhos inscritos na 4ª edição do Concurso de Vinhos Crédito Agrícola.

Novembro

­ A campanha CA Comércio e Serviços, sob o mote “Ambicione Mais Para o Seu Negócio”,

disponibilizou um conjunto de produtos para facilitar a gestão financeira das empresas, proteger

os empresários, os seus negócios e seus colaboradores do sector do comércio e aos sub-sectores

do turismo, alojamento local, restauração e saúde.

­ O Crédito Agrícola patrocinou, pelo quinto ano consecutivo, o Mercado de Natal do Campo

Pequeno, que contou com mais de 100 expositores com produtos e artigos exclusivamente de

origem portuguesa ou manufacturados em Portugal.

­ Promoção de uma cerimónia de entrega de prémios aos vencedores do 4.º Concurso de Vinhos do

Crédito Agrícola, em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal, tendo esta decorrido

na Estufa Fria, em Lisboa.

­ O Crédito Agrícola lançou a campanha “CA Juniores” destinada às crianças até aos 12 anos, tendo

como objectivo ensinar os mais novos a poupar, promover a poupança e a protecção, de forma

divertida.

Dezembro

­ O Crédito Agrícola assinou uma parceria com Grupo Agrinda, o protocolo permite que os clientes e

fornecedores empresariais da AgriPro e da Agriloja beneficiem de um conjunto de condições

financeiras vantajosas disponibilizadas pelo Crédito Agrícola.

­ O Crédito Agrícola atribuiu 30 mil euros a 6 entidades e projectos nacionais, distinguidos pela 4ª

edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola”, em resultado da parceira com

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 30

a INOVISA, numa cerimónia que contou com a presença do Ministro da Agricultura, Luís Capoulas

Santos.

­ Pela sétima vez, a CA Seguros foi eleita Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento, numa

distinção atribuída pelos Prémios Banca & Seguros organizada pela revista Exame.

­ O Crédito Agrícola patrocinou a participação do piloto português Mário Patrão na edição de 2018

do Dakar.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 31

1.4 ÓRGÃOS SOCIAIS DA CAIXA CENTRAL

(*) Falecimento em 16.09.2017. Substituído em 20.11.2017 por António Manuel Melo Gomes de Sousa, igualmente nomeado pela

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo dos Açores, C.R.L.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 32

1.5 ESTRUTURA SOCIETÁRIA DO GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA

O Grupo Crédito Agrícola apresenta uma organização societária orientada à sustentação e apoio à

competitividade das 81 Caixas Associadas. As empresas do Grupo são detidas, directamente, pela Caixa

Central e/ou Caixas Associadas ou, indirectamente, pela Crédito Agrícola SGPS (holding detida a 100% pela

Caixa Central).

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 33

1.6 MODELO ORGANIZATIVO DA CAIXA CENTRAL 1.6.1 Organograma funcional 2017

O organograma da Caixa Central, resultante do processo de reorganização interna e em linha com a visão

estabelecida no Programa de Transformação do Grupo Crédito Agrícola, traduz as suas 4 funções essenciais:

Centro Corporativo (incluindo as funções de planeamento, acompanhamento, controlo e gestão de

riscos, fiscalização e supervisão do SICAM e quando necessário de intervenção na gestão das Caixas

Associadas em situações de desequilíbrios);

Unidade de Serviços Partilhados (que, numa visão mais abrangente, integra a esfera de actuação

das empresas CA Serviços, CA Informática e CA Imóveis);

Unidade de Suporte ao Negócio (incluindo a gestão de tesouraria do SICAM); e,

Negócio Bancário Urbano da Caixa Central (retalho/agências e corporate).

Reconhecendo a importância que a existência de um sistema de controlo interno adequado e eficaz

assume, designadamente, para garantir um efectivo cumprimento das obrigações legais e regulamentares

e demais deveres a que o Grupo Crédito Agrícola se encontra sujeito, as estruturas de Compliance, Gestão

de Riscos e Auditoria têm vindo a assumir-se, cada vez mais, como funções de controlo de todo o Grupo.

Complementarmente, a estrutura de Acompanhamento e Supervisão cumpre as atribuições de controlar,

fiscalizar, orientar e acompanhar (local e sistematicamente) as Caixas Associadas.

Importa referir que em 2017, se verificou a transformação e divisão da antiga Direcção de Fiscalização,

Orientação e Acompanhamento (DFOA) na nova Direcção de Acompanhamento e Supervisão (DAS) e no

novo Gabinete de Intervenções (GI), e adicionalmente a fusão da antiga Direcção Recursos Humanos

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 34

Operacionais (DRHO) e da antiga Direcção Estratégica de Recursos Humanos resultando na nova Direcção

Central de Recursos Humanos (DCRH).

1.6.2 Funções de controlo interno do Grupo

a. Compliance e Controlo Interno

A Função Compliance, enquanto parte integrante do Sistema de Controlo Interno, é responsável pela

Gestão do Risco de Compliance, incluindo a Prevenção e Investigação da Fraude (IPF) e a Prevenção do

Branqueamento de Capitais e do Financiamento do Terrorismo (PBC/FT), e tem como missão assegurar, em

conjunto com as demais áreas de controlo, a adequação, fortalecimento e funcionamento do Sistema de

Controlo Interno, procurando mitigar os riscos de acordo com a complexidade dos seus negócios, bem

como disseminar a cultura de controlos para assegurar o cumprimento de leis e regulamentos existentes,

visando a minimização do risco de incorrer em sanções legais ou regulamentares, financeiras e

reputacionais.

O modelo organizativo definido para esta Função no Grupo Crédito Agrícola assenta numa lógica

corporativa em que a Caixa Central assume a liderança do Grupo. Neste modelo, a Caixa Central assume e

centraliza uma parte significativa das actividades (no que diz respeito ao SICAM), cabendo aos restantes

membros do Grupo assegurar actividades específicas, com o apoio do órgão de estrutura especializado

criado na Caixa Central, a Direcção de Compliance.

Esta estrutura articula as tarefas que lhes estão cometidas, na perspectiva da gestão e controlo do risco de

Compliance no Grupo e de coordenação do Sistema de Controlo Interno, com os interlocutores de

compliance – Compliance Monitors – das Caixas Associadas e empresas do Grupo, elos essenciais no

desenvolvimento da cultura de compliance e na melhoria do Sistema de Controlo Interno. Esta articulação

e organização permitem a adopção de práticas uniformes no que respeita à identificação, interpretação e

implementação dos requisitos legais e regulamentares bem como um adequado acompanhamento e

monitorização dos riscos identificados.

b. Gestão de riscos A gestão de riscos visa desenvolver e apoiar, de modo global e integrado, a definição da estratégia e das

políticas de gestão de risco e capital no Grupo Crédito Agrícola, assegurando o seu cumprimento e

adequada capacitação organizacional através da implementação de metodologias, procedimentos e

ferramentas que assegurem a determinação e planeamento de capital e a identificação, mensuração e

controlo dos diversos riscos.

As actividades desenvolvidas neste domínio enquadram a função enquanto órgão de controlo interno,

consubstanciam uma articulação das matérias visadas com as diferentes unidades orgânicas especializadas,

em particular, os riscos de crédito, liquidez, taxa de juro, mercado, operacional e reputacional e, ainda,

visam promover a relação com as entidades reguladoras.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 35

Neste contexto, a gestão de riscos constitui um eixo de actuação prioritário para a Caixa Central e para o

Grupo Crédito Agrícola, reconhecendo-se o seu impacto decisivo na criação de valor e traduzindo-se num

importante factor de estabilidade.

A Caixa Central e o Grupo vêm desenvolvendo continuadamente, em todas as áreas, um significativo

número de iniciativas que compreendem uma forte articulação com a vertente tecnológica e exigem o

desenvolvimento de competências internas e capacidades específicas, de modo a capacitar o Grupo para

os desafios emergentes de um quadro regulamentar cuja frequência de actualização tem sido

particularmente acentuada no passado recente, ao que acresce, o esforço exigido ao sistema bancário pelos

requisitos de planeamento e controlo dos níveis de liquidez e solvabilidade. Em paralelo, constitui objectivo

do Grupo continuar a desenvolver as condições necessárias para a afirmação de uma verdadeira cultura de

risco assente em valores éticos e de elevado rigor profissional.

Na prossecução destes objectivos, a estratégia de negócio que vem sendo seguida aponta para o

desenvolvimento equilibrado e sustentado do Grupo e atribui particular ênfase ao controlo do risco,

definindo objectivos mensuráveis que se pretendem assumir, a par da rentabilidade que se deseja alcançar,

subordinando esta a limitação dos riscos. A estratégia global de risco define objectivos relativos a qualidade,

rentabilidade, alocação de fundos próprios e desenvolvimento da carteira de crédito, activos financeiros e

títulos, sendo estes objectivos monitorizados regularmente como base de suporte para a revisão ou

actualização da estratégia prosseguida.

De entre as actividades e iniciativas associadas à gestão de riscos mereceram particular destaque os

trabalhos inerentes à implementação da IFRS 9 - Instrumentos Financeiros, as acções relacionadas com os

reportes de natureza contabilística e prudencial no âmbito dos modelos de informação e que permitiram

harmonizar e garantir a comparabilidade de informação sobre a situação patrimonial e de risco, o reforço

da capacitação da função de gestão de riscos ao nível das Caixas Associadas, incluindo em particular a

definição do governo interno, o desenvolvimento do regulamento que rege a função e a definição dos

modelos de reporte com significativa evolução do ponto de vista aplicacional, a expansão em profundidade

e abrangência dos modelos analíticos de scoring e de rating, incrementando a robustez na aferição do perfil

de risco dos clientes e das operações de crédito e a definição do modelo global de gestão do risco

operacional do ponto de vista da sua estrutura conceptual, governo interno e objectivos.

c. Auditoria interna

As normas legais e regulamentares aplicáveis e as linhas de orientação, recomendações e determinações

emanadas por entidades de supervisão e legislativas, europeias e nacionais, em matéria de Governo Interno

e Gestão e Controlo de Riscos, designadamente o Aviso 5/2008 e Carta-Circular 23/2011, ambos do Banco

de Portugal, as orientações emanadas pela Autoridade Bancária Europeia – EBA (EBA/GL/2017/11 e

EBA/GL/2012/6) e as orientações do Basel Committe on Banking Supervision constantes do documento

designado por “The Internal Audit Function in Banks” (Junho 2012), conferem à função de Auditoria Interna

da Caixa Central a responsabilidade de coordenar, controlar e monitorizar a actividade de auditoria

desenvolvida nas Caixas Associadas.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 36

Ao nível operacional, compete à Direcção de Auditoria da Caixa Central estabelecer os procedimentos, as

metodologias de trabalho e os critérios de avaliação que suportam a actividade de auditoria das Caixas

Associadas, mecanismos que asseguram a qualidade, a suficiência e a abrangência da função local e

garantem que a actividade de auditoria desenvolvida pelas Caixas Associadas contribui de forma efectiva

para o reforço e coerência do sistema de controlo interno do SICAM.

Na missão da função de Auditoria Interna da Caixa Central está igualmente consagrada a prestação de

serviços de auditoria às Caixas Associadas. Ao longo de 2017 foram protocoladas 23 novas adesões ao

serviço, passando para 46 o número de Caixas Associadas que subcontrataram a função de auditoria interna

à Caixa Central. O nível de serviço materializou a realização de 927 missões de auditoria junto das Caixas

Associadas.

As actividades de auditoria desenvolvidas na Caixa Central respeitaram o plano de actividades de auditoria

interna comum proposto às Caixas Associadas, bem como compreenderam um conjunto de exercícios

específicos de carácter corporativo que decorrem do enquadramento regulamentar e operacional da Caixa

Central.

Em matéria de ferramentas de trabalho, sublinha-se a aquisição de uma nova plataforma informática que

vai endereçar, numa visão integrada, as necessidades das funções de controlo.

1.6.3 Actividade de supervisão, acompanhamento e fiscalização das Caixas Associadas

a. Enquadramento geral

A actividade das Caixas Associadas continua a ser exercida num quadro económico cada vez mais complexo,

competitivo e de baixa rentabilidade, ao qual acrescem maiores exigências regulamentares e de supervisão.

As alterações significativas que se têm verificado no quadro legislativo e regulatório das Instituições de

Crédito têm conduzido a um sucessivo agravamento das exigências, obrigando a que as metodologias

utilizadas para garantir uma correcta e atempada supervisão tenham de estar suportadas em processos

que garantam uma operacionalidade adequada à evolução organizativa e ao negócio das Caixas Associadas.

Em 1 de Junho de 2017, foi concretizada a cisão da antiga Direcção de Fiscalização, Orientação e

Acompanhamento (DFOA) em duas estruturas: Direcção de Acompanhamento e Supervisão (DAS) e

Gabinete de Intervenções (GI), na sequência de decisão do Conselho de Administração Executivo da Caixa

Central, de 18 de Maio de 2017.

Em cumprimento do disposto nos artigos 75º e 76º do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo (RJCAM),

a Direcção de Acompanhamento e Supervisão tem como missão a supervisão prudencial e o

acompanhamento da actuação das Caixas Associadas, incluindo as intervencionadas, no cumprimento das

disposições legais, das normas prudenciais estabelecidas pelo Banco de Portugal e das orientações

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 37

definidas pela Caixa Central, com vista a assegurar a sustentabilidade do Sistema Integrado do Crédito

Agrícola Mútuo e o cumprimento das normas prudenciais pelas Caixas Associadas, em concordância com

as orientações estratégicas do Grupo Crédito Agrícola. Por sua vez, o Gabinete de Intervenções é

responsável especificamente pela monitorização da actividade das Caixas Associadas intervencionadas, ao

abrigo dos artigos 77º e 77º - A do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo, com vista à sua rápida e

eficaz recuperação. Em 2017, o Gabinete de Intervenções procedeu à definição do seu modelo de

funcionamento, tendo instituído os principais normativos.

Relativamente à Direcção de Acompanhamento e Supervisão, a referida cisão motivou alterações na sua

estrutura orgânica e funcionamento, reflectindo a visão estratégica da Caixa Central para a função de

acompanhamento das Caixas Associadas, tendo subjacente uma lógica de orientação para o risco (risk-

based approach), com diferentes níveis de exigência e controlo das Caixas Associadas, em função do nível

de risco apurado.

Neste âmbito, encontra-se em curso a implementação de um conjunto de medidas, que implicam a revisão

e actualização dos Normativos, a serem efectuadas e implementadas de forma faseada ao longo do tempo.

Em Outubro de 2017, foi aprovada a adopção de um Modelo Quantitativo de Acompanhamento das Caixas

Associadas, o qual se baseia no comportamento de um conjunto de indicadores de risco, alinhados com os

definidos no âmbito da Função de Gestão de Riscos para o Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. O

comportamento destes indicadores permite o enquadramento das Caixas Associadas em diferentes

patamares de risco, aos quais correspondem diferentes regimes / tipologias de supervisão, a adoptar por

parte da Direcção de Acompanhamento e Supervisão.

Face ao enquadramento económico subjacente ao exercício da actividade das Caixas Associadas, constitui-

se como objectivo desta Direcção a consolidação das condições económico-financeiras e organizativas, bem

como a disponibilização de ferramentas que possibilitem às Caixas Associadas o cumprimento das

exigências que se vão impondo ao sector financeiro, no que respeita à matéria prudencial e à

competitividade, em que a Direcção de Acompanhamento e Supervisão surge como um agente promotor

da mudança.

No quadro da nova regulamentação e alterações em matéria de supervisão, a que se deve associar a

consolidação do Grupo Crédito Agrícola, visto como uma entidade sujeita a uma supervisão em base

consolidada, com todas as exigências e responsabilidades daí decorrentes, nomeadamente para a Caixa

Central, a Direcção de Acompanhamento e Supervisão tem um papel determinante como primeira linha de

actuação, tanto na óptica de supervisão como na óptica da promoção das orientações necessárias ao

cumprimento dos objectivos estratégicos do Grupo.

b. Políticas de Consolidação Económico-Financeira

A consolidação dos procedimentos de controlo, ao longo de 2017, continuou a permitir acompanhar a

actividade das Caixas Associadas de forma próxima da realidade local. Neste âmbito, o envio de relatórios

de avaliação periódica, elaborados pelos Técnicos de Acompanhamento, continuou a ser o veículo

preferencial para a concretização desse objectivo, uma vez que, ao perspectivarem os impactos ao nível

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 38

patrimonial e financeiro dos principais riscos, eventuais incumprimentos e insuficiências, facilitaram o

enquadramento e discussão destas matérias junto das Administrações das Caixas Associadas.

A discussão destes relatórios de avaliação periódica possibilitou, em alguns casos, a realização de trabalhos

específicos no local, nos quais foi possível avaliar a adequação das normas e procedimentos implementados

face às exigências regulamentares.

Merece particular destaque a dinamização do processo de adequação das estruturas organizacionais das

Caixas Associadas, visando salvaguardar a segregação de funções, a colegialidade das decisões e os

mecanismos de controlo sobre a actividade. Por outro lado, a revisão dos procedimentos, das metodologias

de trabalho e dos circuitos implementados nas Caixas Associadas, permitiu, através da racionalização dos

recursos afectos aos diversos processos, evitar maior agravamento do nível de eficiência.

Saliente-se que os principais rácios e indicadores aplicáveis às Caixas Associadas evoluíram, em termos

gerais, favoravelmente em 2017.

No quadro do objectivo de consolidação económica e recuperação de desequilíbrios patrimoniais, inserem-

se as figuras de intervenção ao abrigo dos artigos 77º e 77º - A do Regime Jurídico do Crédito Agrícola

Mútuo. As intervenções ao abrigo do mencionado artigo 77º - A são entendidas como a assunção pela Caixa

Central da gestão das Caixas Associadas intervencionadas, pelo que implica a permanência, a tempo inteiro,

de uma Administração Provisória. Já as intervenções no âmbito do artigo 77º, embora não obrigando a uma

permanência a tempo inteiro, determinam, ainda assim, a afectação de um colaborador com competências

delegadas, permitindo uma actuação muito próxima da gestão, em conformidade com a legislação

aplicável.

Estas formas de actuação da Caixa Central assentam na concepção de que uma intervenção na gestão de

uma Caixa Associada ocorre quando se verifiquem situações de desequilíbrio ou irregularidades graves,

Rácios / IndicadoresParâmetro

Referência2012 2013 2014 2015 2016 2017

Crédito Vencido Líquido < = 3% 2,28% 2,26% 1,84% 1,37% 1,14% a)

Crédito Vencido Líquido/ Crédito Total

Líquido< 3% n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 2,28%

Crédito Vencido Bruto há mais de 90 dias < = 5% 6,99% 7,78% 8,13% 7,93% 6,35% a)

Crédito Vencido Bruto / Crédito Total < 5% n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 5,67%

Rácio de Eficiência < 60% 65,20% 68,36% 68,63% 63,55% 67,69% 68,05%

Activo líquido por empregado > 3.000.000 € 3.744.723 € 3.835.702 € 3.823.490 € 4.088.965 € 4.556.021 € a)

Activo líquido Ajustado por empregado > 4.000.000 € n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 5.595.677 €

Produto Bancário por empregado > 110.000 € 125.792 € 120.022 € 120.960 € 130.406 € 129.727 € 134.215 €

Comissões/Produto Bancário > 20% 27,38% 28,96% 28,31% 26,90% 29,74% 31,68%

Rácio de Transformação (Crédito/Depósitos) <85% 75,94% 72,06% 68,36% 67,81% 67,37% 69,31%

Rácio Activos não correntes Detidos para

Venda / Activo Total< 6% n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 2,57%

EVOLUÇÃO DOS RÁCIOS E INDICADORES DO NORMATIVO

a) Na sequência da recente revisão dos Rácios do Normativo, este Rácio / Indicador foi substituído pelo subsequente.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 39

incluindo situações de desequilíbrios financeiros que possam afectar o regular funcionamento da

Instituição, obrigando, consequentemente, à tomada de medidas céleres e adequadas à recuperação de

tais desequilíbrios e, principalmente, aconselhando uma atenção redobrada nas questões de governo.

Neste âmbito, merece referência o fim da intervenção, ao abrigo do artigo 77º - A do Regime Jurídico do

Crédito Agrícola Mútuo, na Caixa Associada de Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche, na sequência da eleição

de Órgãos Sociais pelos Associados, ocorrida em Julho de 2017. Permanecem intervencionadas, ao abrigo

do referido artigo, as Caixas Associadas do Algarve; Entre Tejo e Sado; Coruche e de Coimbra.

Ainda sobre as políticas de consolidação económico-financeira, destaca-se o apoio concedido pelo Fundo

de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo que assiste, através da celebração de Contratos de Assistência

Financeira (CAF), as Caixas Associadas de Entre Tejo e Sado; Moravis; Alcácer do Sal e Montemor-o-Novo;

Beira Baixa Sul; Bairrada e Aguieira; Costa Verde e Coimbra.

Os serviços da Caixa Central preparam as propostas de assistência e, no âmbito do previsto nos Contratos

de Assistência Financeira, compete à Caixa Central autorizar os actos de gestão da Caixa Associada, cuja

realização se encontre condicionada.

c. Acompanhamento e Supervisão das Caixas Associadas Em 2017, a prioridade da actividade de supervisão continuou a consistir no acompanhamento de forma

oportuna e sistemática da situação económico-financeira e organizacional das Caixas Associadas,

permitindo garantir um adequado e eficaz nível de controlo, procedimentos que salvaguardam a detecção

atempada de eventuais insuficiências e visam possibilitar uma rápida adopção das iniciativas necessárias

para as normalizar.

Para além das alterações estruturais referidas anteriormente, a Direcção de Acompanhamento e

Supervisão, durante o ano de 2017, continuou a garantir a realização da generalidade dos trabalhos

regulares previstos nos Programas de Trabalho, a emissão de pareceres diversos, previstos na legislação e

regulamentação ou solicitados pelas Caixas Associadas ou pelo Banco de Portugal, tendo ainda

acompanhado e prestado o suporte necessário à concretização dos projectos de fusão das Caixas

Associadas de Alcobaça e do Cartaxo (escritura realizada em 25 de Setembro de 2017) e das Caixas

Associadas de Pernes e de Alcanhões (escritura realizada em 18 de Dezembro de 2017).

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Dez. Dez. Dez. Dez. Dez. Dez.

77º - A 3 4 6 6 5 4

77º 2 0 0 1 0 0

Total de CCAM 84 83 82 82 82 80

Tipo de Intervenção

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INTERVENÇÕES

CCAM 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Empréstimos a CCAM 86.433.884 € 81.433.884 € 94.433.884 € 84.956.724 € 84.956.724 € 84.956.724 €

Nº CCAM Assistidas 8 7 8 7 7 7

Total Emp. CCAM + Caixa Central 86.433.884 € 81.433.884 € 94.433.884 € 84.956.724 € 84.956.724 € 84.956.724 €

ASSISTÊNCIA DO FGCAM

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 40

No âmbito das suas funções gerais, a Direcção de Acompanhamento e Supervisão realizou ainda no

exercício de 2017, acções de inspecção em Caixas Associadas.

Adicionalmente, em consequência das alterações introduzidas ao Regime Geral das Instituições de Crédito

e Sociedades Financeiras, que promoveram uma alteração geral das práticas em vigor no Sistema Integrado

do Crédito Agrícola Mútuo quanto à Política de Selecção e Avaliação de Adequação dos Membros dos

Órgãos de Administração e Fiscalização, a Direcção de Acompanhamento e Supervisão participou

activamente, através dos seus Técnicos, nos processos regulares de avaliação de adequação dos membros

dos órgãos sociais das Caixas Associadas.

d. Sistemas de informação de suporte (DAS Online)

Durante o ano de 2017, a aplicação DAS Online continuou a evoluir no desenvolvimento de funcionalidades

de apoio à Direcção de Acompanhamento e Supervisão, bem como na vertente de apoio às Caixas

Associadas, disponibilizando funcionalidades que permitem aos responsáveis pela Administração e Gestão

um atempado acompanhamento da situação económico-financeira da respectiva Instituição e a

monitorização do cumprimento de um conjunto de normativos.

De salientar que, com a implementação das Normas Internacionais de Contabilidade/Normas

Internacionais de Relato Financeiro, foi necessário efectuar uma alteração transversal dos indicadores

contabilísticos, bem como disponibilizar consultas ajustadas à nova realidade, mantendo a possibilidade de

consultar o histórico de acordo com as regras anteriormente estabelecidas.

Acessos

No sentido de cumprir o objectivo de dotar a aplicação de novas funcionalidades de apoio à actividade das

Caixas Associadas, foi efectuada a reformulação de acessos dos utilizadores à aplicação DAS Online, o que

permitiu criar novos perfis de acesso e proceder à reformulação de vários menus.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 41

Módulo de Imóveis

No âmbito do definido na Norma de Desinvestimento em Imóveis e do controlo dos objectivos estratégicos

de redução da exposição a activos imobiliários do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, a Direcção

de Acompanhamento e Supervisão e a Crédito Agrícola Imóveis (CA Imóveis) definiram e desenvolveram

novas funcionalidades, incluindo novos relatórios, inseridas no módulo de “Gestão de Imóveis” e na

“Vertente Comercial” que visam responder a exigências de entidades oficiais, nomeadamente ao nível de

reporte de informação, bem como dotar as Caixas Associadas de ferramentas de gestão e controlo sobre

esta matéria.

Em paralelo com o desenvolvimento anteriormente referido, foi criado um novo módulo para os “Fundos

Imobiliários” no qual foi incluída uma funcionalidade que permite apurar a média de duas avaliações de um

imóvel pertencente ao fundo para um determinado período de tempo. Para os restantes imóveis, foi criada

uma funcionalidade que permite o registo de duas avaliações de um imóvel, calculando a aplicação a média

simples dos dois valores de avaliação.

Foram ainda desenvolvidas, em articulação com a CA Imóveis, novas funcionalidades neste módulo que

permitem a disponibilização de objectivos e métricas sobre a alienação de imóveis de modo a efectuar a

monitorização dos objectivos definidos para o desinvestimento em imóveis.

Módulo de Imóveis - Reporte no âmbito da Instrução 4/2016

No âmbito do definido nesta instrução, verificou-se a necessidade de incrementar melhorias na

funcionalidade existente para acomodar a alteração efectuada no que respeita aos imóveis dos Fundos

Imobiliários, permitindo gerar a informação necessária à monitorização e disponibilização de um ficheiro,

em formato XML, para efeitos de reporte ao Banco de Portugal. Esta funcionalidade passou a disponibilizar

também informação relevante a considerar no pedido de prorrogação para manutenção dos imóveis no

património das Caixas Associadas, bem como, informação sobre a carteira de imóveis do Grupo Crédito

Agrícola.

Módulo Acompanhamento

Na sequência das alterações anteriormente mencionadas à estrutura e ao modo de funcionamento desta

Direcção, iniciou-se a implementação de novas funcionalidades com o objectivo de continuar a permitir o

efectivo e permanente acompanhamento das Caixas Associadas, em linha com o modelo quantitativo

orientado para o risco.

Módulo Acompanhamento - Requisitos de admissão de Associados

Decorrente do acompanhamento realizado às Caixas Associadas, em concreto no que diz respeito à

verificação do cumprimento do disposto no artigo 19º do RJCAM, foi identificada a necessidade de criar um

relatório que permitisse o apuramento do número total de Associados admitidos ao abrigo do nº 1

(actividades agrícolas) e do nº 3 (actividades não agrícolas) do artigo 19º do Regime Jurídico do Crédito

Agrícola Mútuo, bem como das respectivas percentagens em relação ao total de Associados de uma Caixa

Associada.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 42

Módulo Acompanhamento – Relatórios do artigo 37º do RJCAM

No âmbito das competências conferidas à Caixa Central – DAS pelo artigo 76º do RJCAM, e de acordo com

o estabelecido na Norma Interna nº 1 da DAS, os relatórios de avaliação do cumprimento das normas legais

e regulamentares das Caixas Associadas, realizados pelos auditores externos, devem ser analisados,

identificadas as insuficiências, com destaque para as de risco mais elevado, e acompanhada a

implementação das medidas que permitam o efectivo esclarecimento / regularização até se encontrarem

reunidas as necessárias condições para propor o encerramento do processo de resolução dessas

insuficiências junto do Banco de Portugal. Em 2017, foi concluído, neste módulo, o desenvolvimento

informático necessário ao registo da informação inerente a estes processos de auditoria, à sua

monitorização e a possibilidade de efectuar a extracção no formato exigido pelo Banco de Portugal.

Módulo Tarefas

Como consequência da intensa utilização deste módulo foram concretizadas diversas iniciativas tendentes

à melhoria no gestor de tarefas desenvolvido para suportar a actividade de gestão dos processos regulares

desenvolvidos na Direcção de Acompanhamento e Supervisão.

1.6.4 Actividade de suporte ao negócio do SICAM

a. Actividade financeira e mercado de capitais

O exercício de 2017 poderá ser, em termos gerais, dividido em duas partes distintas. A primeira engloba o

período até às eleições francesas em que os prémios de risco dos países do sul continuaram elevados face

à Alemanha e a segunda o período pós eleições até ao final do exercício marcado pela estabilidade política

e consequente diminuição do gap mencionado.

Após a eleição de Macron, a diminuição do risco político permitiu uma clara tendência de compressão de

prémios de risco. Daí até ao final do ano, o emitente em destaque acabou mesmo por ser Portugal,

beneficiando da melhoria dos números do défice e crescimento, da saída do procedimento por défice

excessivo, da melhoria de rating pela S&P e pela Fitch e pela continuada procura por níveis de rendibilidade

atractivos por parte dos investidores. O prémio de risco face à Alemanha baixou 211 pontos base em 2017,

terminando o ano nos 148 pontos base.

Embora em muito menor escala, também a dívida pública italiana evidenciou uma compressão do seu

prémio de risco em 2017 que se reduziu 23 pontos base, tendo terminando o ano com um diferencial de

137 pontos base face à Alemanha.

Já as taxas alemãs a 10 anos apresentaram em 2017 um comportamento que se caracterizou pela ausência

de direccionalidade. Se no cômputo geral do ano se assistiu a uma subida de 14 pontos base, os valores

mínimos e máximos oscilaram entre os 0,16%, registados em 18 de Abril, e os 0,60%, ocorridos em 13 de

Julho. Na origem desta volatilidade estiveram factores como a percepção do risco político, a evolução

positiva das perspectivas macroeconómicas e o futuro do curso da política monetária seguida pelo Banco

Central Europeu.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 43

O exercício de 2017 fica igualmente marcado pela preparação da entrada em vigor, a 01 de Janeiro de 2018,

do normativo contabilístico IFRS 9. Neste âmbito, a Caixa Central agiu proactivamente, com o objectivo de

criar, já em 2017, as condições para posicionar a carteira de investimento sob gestão em função dos

objectivos estratégicos da Caixa Central e do SICAM. Nesta base, foram alienadas posições em dívida

pública portuguesa, italiana, espanhola e irlandesa que, até esse momento, estavam contabilizadas como

activos detidos até à maturidade. A consequente transferência da totalidade das posições em carteira para

activos disponíveis para venda implicou a adopção, temporariamente, de uma gestão mais “cirúrgica” do

risco de mercado da carteira, facto que implicou o aumento das posições em títulos de baixa duração.

b. Negócio Internacional

Em linha com a estratégia de dinamização do negócio internacional dos seus Clientes, o Grupo Crédito

Agrícola tem-se mantido na vanguarda do mercado no apoio às empresas exportadoras.

O facto do rating soberano de Portugal ter voltado finalmente à zona de investment grade, facilitou a

obtenção de melhores condições para operar com bancos internacionais de forma mais sistemática,

permitindo oferecer aos Clientes melhores soluções para ultrapassar as condições externas adversas,

sempre com a preocupação da mitigação dos riscos associados ao comércio internacional.

Tendo sempre como base os valores do cooperativismo, da proximidade, da simplicidade e confiança, a

estratégia desenvolvida assenta no conceito da disponibilização de um serviço que ultrapassa a simples

oferta de soluções bancárias. Desta forma, foi assiduamente promovida a detecção e canalização de

oportunidades de negócio e a realização de Missões Empresariais e de Workshops, assumindo-se o Grupo

Crédito Agrícola como um verdadeiro facilitador de negócio internacional para os seus Clientes. Este

suporte ao negócio tem sido efectuado, não só através da rede comercial em Portugal, mas também através

das Representações Exteriores, as quais têm vindo a contribuir de forma significativa para uma abordagem

comercial bem-sucedida das empresas Clientes aos mercados externos onde o Grupo Crédito Agrícola está

representado.

Banca de Correspondência e Comércio Internacional

O Comércio Internacional e as relações entre bancos correspondentes em particular têm sido alvo de

profundas transformações nos últimos anos, provocadas em grande medida pelas alterações que têm vindo

a ser implementadas ao nível regulamentar internacional, destacando-se com especial incidência o

incremento da rigidez e complexidade das normas de Compliance e procedimentos de due diligence.

O Comércio Internacional está a ser afectado por uma mudança dos paradigmas que vigoraram durante

décadas nos mercados internacionais. A tendente digitalização do trade finance, a substituição dos actuais

processos manuais que envolvem grandes quantidades de papel, para um futuro automatizado e digital, o

movimento mundial das trocas comerciais em sistema de open account e blockchain, a revolução nas

transferências internacionais com a entrada em vigor dos instant payments, com a consequente perda da

exclusividade dos bancos na operacionalização das transferências internacionais por via do surgimento das

fintech, são algumas das principais transformações que obrigam o sector bancário a acompanhar a rapidez

de transformação para manter a competitividade.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 44

Por outro lado, os crescentes custos que os bancos têm que suportar com as áreas de controlo e supervisão

e ferramentas informáticas sofisticadas, implicam uma criteriosa selectividade de contrapartes,

materializando-se estes aspectos numa tendência generalizada de acentuada redução do número de

bancos correspondentes.

Fruto destas transformações, operaram-se algumas alterações na matriz dos bancos correspondentes da

Caixa Central, seguindo um movimento de concentração do negócio em contrapartes seleccionadas.

Realce para o volume das operações de estrangeiro que registou, no ano em apreço, um crescimento de

cerca de 82% não obstante o maior incremento se verificar nas operações transaccionais (+82%) em

detrimento das operações documentais (+34%), enfatizando estes números o sucesso da estratégia do

Crédito Agrícola para o negócio internacional.

Escritórios de Representação

O ano de 2017 caracterizou-se pela intensificação da actividade desenvolvida pelas Representações

Exteriores do Grupo Crédito Agrícola, salientando-se na estratégia em curso, o acompanhamento

personalizado às empresas Clientes, fornecendo-lhes todo o aconselhamento necessário que propicie uma

abordagem comercial bem-sucedida aos mercados internacionais, onde o Grupo Crédito Agrícola possui

presença física.

Foram promovidas e realizadas diversas Missões Empresariais e concretizadas inúmeras reuniões B2B,

sempre com o total apoio do respectivo Escritório de Representação, traduzindo-se estas acções em

oportunidades com concretização efectiva de negócios.

A actuação das Representações Exteriores propicia assim uma maior proximidade entre a rede nacional e

os mercados em causa, com inegáveis vantagens para um maior fluir de negócio entre empresas

importadoras e exportadoras.

Em linha com a estratégia do Grupo, de rejuvenescimento da actual base de Clientes particulares,

dinamizou-se e apoiaram-se eventos e iniciativas que nos permitiram abordar um público mais jovem, não

só Emigrantes e Luso descendentes, mas também estrangeiros que pretendem residir e/ou investir em

Portugal.

Emigração

A distribuição geográfica que o Crédito Agrícola possui em Portugal, mas também o dinamismo comercial

das suas representações exteriores, têm potenciado o crescimento do negócio associado ao segmento da

Emigração e dos Não-Residentes em geral.

A crescente procura de Portugal como destino não só de férias, mas sobretudo para investimento

imobiliário e empresarial, tem assim permitido que o esforço de divulgação do Grupo Crédito Agrícola além-

fronteiras resulte num efectivo aumento do negócio relacionado com não residentes, que reconhecem as

virtudes dos valores da banca cooperativa: solidez e proximidade. Destaque-se a subida de

aproximadamente 4% do volume de remessas de Emigrantes enviadas para o Grupo Crédito Agrícola.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 45

Serviço de Money Transfer

Em 2017, o negócio relacionado com a transferência de dinheiro através do serviço Western Union

apresentou um crescimento de cerca de 5% no número de operações efectuadas. Actualmente disponível

em mais de 600 Balcões do Crédito Agrícola, este serviço tem vindo a contribuir para o aumento do produto

bancário das Caixas Associadas, continuando no entanto a apresentar um elevado potencial em face do

valor do mercado.

c. Crédito Agenciado

Na globalidade, o crédito agenciado sofreu uma quebra de 6,3% em relação ao exercício de 2016, em linha

com a tendência verificada em anos anteriores. O crédito à habitação e os outros créditos continuam a ser

as categorias mais representativas do crédito agenciado, com pesos relativos de 50,5% e 25,0%,

respectivamente, sendo o crédito à habitação o que mais influenciou a redução global da carteira, com uma

redução de 14,8 milhões de euros (-8,3%).

Em relação ao exercício de 2017, contrariamente ao registado no ano transacto, as restantes tipologias de

crédito apresentam uma redução face ao homólogo, denotando a liquidação dos créditos existentes e a

maior capacidade concessão de crédito aos clientes por parte das Caixas Associadas.

Na decisão de operações de financiamento ao abrigo de linhas protocoladas, as Caixas Associadas

obtiveram maiores condições e autonomia na concessão de crédito, cabendo à Caixa Central a

responsabilidade do controlo e reporte às entidades oficiais. Como consequência dos processos de

consolidação e em resultado da maior pressão sobre a margem financeira gerada por rácios de

transformação muito baixos, as Caixas Associadas tiveram um aumento de capacidade para conceder

crédito próprio.

Para o decréscimo do crédito agenciado contribuíram vários factores, dos quais se destacam:

Criação de condições e maior autonomia das Caixas Associadas na decisão de operações de

financiamento ao abrigo de linhas protocoladas, assegurando a Caixa Central o controlo e reporte

às entidades oficiais;

Valores em milhares de euros, excepto %2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito à actividade 9.347 3.034 -6.313 -67,5%

Crédito habitação 178.302 163.491 -14.811 -8,3%

Crédito ao investimento 54.801 54.900 99 0,2%

Crédito à tesouraria 21.291 16.447 -4.844 -22,7%

Desconto comercial 112 21 -91 -81,1%

Garantias honradas 912 1.138 227 24,8%

Crédito pessoal 3.884 3.766 -118 -3,0%

Outros créditos 76.903 80.840 3.937 5,1%

Total 345.552 323.638 -21.914 -6,3%

Fonte: PIN Risco

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO AGENCIADO POR TIPOLOGIA DE CRÉDITO

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 46

Aumento da capacidade das Caixas Associadas para conceder Crédito Próprio, sem recurso ao

Contrato de Agência, em resultado dos processos de consolidação e em resposta à pressão sobre a

margem financeira gerada por rácios de transformação muito baixos que motivaram algumas

transferências de carteiras de crédito da Caixa Central para as Caixas Associadas; e,

A alienação de uma carteira de crédito não produtivo, plano denominado Cassiopeia 1, que se

traduziu alienação de 20,8 milhões de euros na Caixa Central (de um total de 73,7 milhões de euros

no SICAM).

d. Recuperação de crédito A função de recuperação de crédito na Caixa Central é assegurada por um órgão de estrutura dedicado e

especializado. A abordagem aos empréstimos com indícios de dificuldades ou já com incumprimentos

baseia-se em equipas multidisciplinares de gestores e advogados que acompanham a integralidade das

responsabilidades de crédito dos clientes em causa, assumindo este órgão especializado o papel de

interlocutor único do cliente perante a Caixa Central.

Para além da recuperação de crédito da Caixa Central, esta área constitui ainda um centro de competências

para a operacionalização da política de recuperação de crédito do Grupo Crédito Agrícola. Assim, no

decurso do ano de 2017, a Caixa Central deu continuidade à prossecução do compromisso na difusão e

harmonização das melhores práticas bancárias ao nível da recuperação de crédito.

Concretamente, no exercício de 2017 assumiram particular destaque as seguintes iniciativas:

Extensão do sistema de informação da recuperação de crédito aos escritórios dos Advogados

Externos do SICAM;

Acções de formação on-the-job ministradas a 6 Caixas Associadas.

Por último cabe salientar os resultados obtidos ao nível da recuperação de crédito na Caixa Central

designadamente: a diminuição do rácio de crédito vencido (+90 dias) de 4,9% em 2016 para 4,6% em 2017,

em resultado do esforço de recuperação do incumprimento, bem como o facto de no montante total

recuperado, 64% terem correspondido a liquidações financeiras e 36% terem sido resultado do registo de

imóveis no activo do grupo; em 2016 estas percentagens foram respectivamente: liquidações financeiras

59% e liquidações por imóveis 41%.

e. Imobiliário

Em 2017 o mercado imobiliário em Portugal mostrou grande dinamismo, o que permitiu ao Grupo a

alienação de cerca de 108,6 milhões de euros de imóveis em balanço (a valor líquido contabilístico), num

total de 1.011 imóveis. Este resultado francamente positivo, a par de um volume de activos recuperados

substancialmente inferior ao expectável, veio sustentar o esforço de desinvestimento em activos

imobiliários que tem vindo a ser realizado pelo Grupo nos últimos anos.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 47

Adicionalmente, a Caixa Central com o apoio da CA Imóveis, enquanto centro de competências imobiliárias

do Grupo, desenvolve numa base sistemática um conjunto de iniciativas para o Grupo com a finalidade de

suportar a gestão e a manutenção do património imobiliário e de criar as condições necessárias ao

desinvestimento.

Das principais iniciativas desenvolvidas em 2017 importa realçar as seguintes:

Gestão Estratégica

Implementação das melhores práticas de gestão imobiliária no SICAM, com especial destaque para

a caracterização de imóveis para venda: desenvolvimento de iniciativas para aumentar a

visibilidade dos activos imobiliários disponíveis para venda nos sistemas internos de gestão de

imóveis (DAS Online);

Suporte à operacionalização e a monitorização dos objectivos de desinvestimento de imóveis por

Caixa Associada, entre outras variáveis críticas à gestão.

Gestão Operacional / SI-TI

Continuação da melhoria global/ transversal dos sistemas internos de controlo (SI-TI - DAS Imóveis),

de forma a possibilitar a monitorização das principais variáveis de gestão, prudenciais, normativas

e relacionadas com iniciativas conexas à gestão de imóveis recuperados em reembolso do crédito.

Considerando os fundamentais do mercado imobiliário e a dinâmica interna do Grupo, é expectável que o

SICAM consiga manter, em 2018, uma forte dinâmica de vendas líquidas de acréscimos de imóveis.

f. Meios Electrónicos de Pagamento

O ano 2017 em matéria de produtos associados à área de meios de pagamento destaca-se pela:

Renovação da imagem dos cartões de débito Clube A e Unplugged, emitidos pelo Crédito Agrícola,

com vista a apresentarem uma imagem adequada, diferenciadora e marcante;

Implementação da Digital Payments Gateway, assente numa plataforma web possibilita aos

comerciantes a aceitação de cartões de pagamento em ambiente não presencial; e,

Redesenho do processo de contratação de cartões de crédito, o que permitiu uma aceleração

gradual e mais sincronizada do processo.

No ano 2017, numa análise homóloga, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a

débito do Crédito Agrícola em 5,9% enquanto a carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito

Agrícola cresceu 7,3%.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 48

Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,4 p.p. nos cartões de

débito e de 1,5 p.p. nos cartões crédito.

O ano 2017 regista um aumento de 38% no número de transacções realizadas com cartões, sustentando a

previsão do crescimento de utilização dos cartões de pagamento CA pelos seus titulares.

O serviço Rede CA&companhia continua a fomentar a sua posição, estando instalado em 66% do parque

de terminais de pagamento automático do Crédito Agrícola, mais 10% do que em período homólogo.

g. Banca Directa

A adesão aos canais à distância regista um crescimento significativo. Estes serviços assumem cada vez mais

um papel essencial na relação do Cliente com o seu banco. Por essa razão, o Grupo Crédito Agrícola tem na

sua estratégia de desenvolvimento, apostado fortemente em investimentos tecnológicos e inovadores que

permitam responder às necessidades dos Clientes, com vista a reforçar a experiência de utilização.

Das acções desenvolvidas em 2017 nesta área, destacam-se:

Reforço da oferta do serviço On-Line Particulares e CA Mobile, através da disponibilização de novas

funcionalidades; e,

As acções desenvolvidas no âmbito das redes sociais, nomeadamente o lançamento da página do

Facebook “CA Portugueses no Mundo” e o microsite “Saudades”, com o objectivo de aproximar o

Crédito Agrícola às comunidades Portuguesas presentes no estrangeiro.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 49

Linha Directa (Contact Centre)

O serviço Linha Directa registou, em 2017, um crescimento de 19% no total de contactos recebidos (mais

de 550 mil contactos inbound), o que representa em média 1.500 contactos por dia.

Relativamente às acções de outbound realizadas, destacam-se as acções de telecobranças7, desenvolvidas

para crédito próprio, crédito agenciado e cartões de crédito, tendo em 2017, registado uma taxa de

recuperação de Clientes muito semelhante à de 2016.

Evolução do serviço de Internet Banking – On-Line

a) On-Line Empresas

No Serviço On-Line Empresas registou-se um crescimento de adesões activas na ordem dos 13%. Na

comparação semestral, esta tendência de crescimento mantém-se através de um crescimento do volume

de transacções (Operações Financeiras e Consultas) realizadas no serviço On-Line Empresas, face aos

períodos homólogos de 2016, os quais foram de 19% e 17%, respectivamente.

b) On-Line Particulares

O Serviço On-Line Particulares registou, em 2017, mais de 395 mil adesões activas ao sistema MultiCanal

(+24% face a 2016). A evolução semestral do volume de transacções do Serviço On-Line Particulares

alcançou igualmente um crescimento significativo, destacando-se o 1º semestre com um crescimento de

37% no total de transacções, face ao período homólogo.

7 Definições: Inbound – Atendimento telefónico dos Clientes e Caixas Associadas (chamadas recebidas). Outbound – Acção de recuperação de

crédito vencido, telemarketing e call-back (chamadas efectuadas). BackOffice – Faxes/E-mails recebidos e enviados e trabalho administrativo.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 50

Evolução do serviço CA Mobile Particulares

O serviço CA Mobile Particulares registou em 2017 um crescimento de 84% em novas adesões ao serviço,

representando uma média de 3.417 novas adesões/mês e um total de cerca de 90 mil adesões. Este

crescimento tem sido impulsionado pela plataforma de abertura de conta e actualização de informação do

Cliente Particular - CA Express. A evolução semestral do volume de transacções do serviço CA Mobile

Particulares registou, em 2017, um crescimento de 97% e 125% respectivamente, face a igual período de

2016.

Evolução do serviço CA Mobile Empresas

O serviço CA Mobile Empresas continua a sua evolução de forma sustentada. Em 2017 registou-se um

crescimento de adesões de 56%, face ao ano anterior, registando cerca 5 mil adesões. Este crescimento

representa uma média de 172 novas adesões/mês. Verifica-se igualmente um volume de transacções

bastante significativo, tanto no 1º como no 2º semestre, face ao período homólogo que foi de 81% e 73%

respectivamente.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 51

Evolução do serviço Balcão 24

O serviço Balcão 24 terminou o ano 2017 com 259 serviços em funcionamento, representando um

crescimento de 1% nos serviços inicializados, face a 2016. O número total de transacções nos B24 registou

um crescimento de 7%, face ao período homólogo. A taxa média de transferência das transacções encontra-

se acima dos 42% (mais 4,80 p.p. face a 2016). Na análise da evolução semestral do volume de transacções

– operações e consultas – realizadas no serviço Balcão 24, verifica-se em 2017, um crescimento de 7% em

cada semestre, em comparação com igual período de 2016.

Evolução da Rede ATM (Caixas Automáticas)

O ano 2017 registou um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola em 1%, passando de 1.520 no final

de 2016 para 1.536. Esta situação originou um reforço da quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS de

1 p.p.. No que se refere ao número de transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de

5%, registando mais de 90 milhões de transacções.

Evolução do Parque de TPA

No ano 2017 o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 13%, contando com 23.364 TPA activos e o

número de transacções subiu 16% face a 2016, registando mais de 51 milhões de transacções.

h. Marketing e Acção Comercial

Segmentos e campanhas comerciais

a) Planeamento de Marketing

O Planeamento de Marketing desenvolveu um conjunto de tarefas ao longo de 2017 para garantir que as

campanhas, acções e diferentes iniciativas previstas fossem implementadas e desenvolvidas de acordo com

o calendário previsto. De destacar a participação no Grupo de trabalho do projecto CA Speed, cujo objectivo

é o desenvolvimento de uma nova metodologia de distribuição de Objectivos Comerciais por Caixa,

Agência, Gestor e Gestor de Cliente Empresa, mantendo-se a ligação ao processo de determinação das

linhas de orientação e dos objectivos estratégicos definidos para o Crédito Agrícola.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 52

b) Marketing Analítico

Na preparação e implementação de campanhas, em articulação com as Áreas de Segmentos Empresas e

Particulares, foi produzida informação relevante para análise dos segmentos-alvo, por forma a desenvolver,

para cada uma das campanhas, a segmentação dos Clientes alvo e a identificação de um conjunto de

oportunidades a serem disponibilizadas no CA GPS.

Nos DataMarts foram desenhadas as segmentações sobre a base de dados, seleccionados os Clientes dos

segmentos-alvo, calculados os objectivos e desenvolvidos os modelos de acompanhamento das diversas

iniciativas, através da produção de informação para rankings, relatórios de produção por contrato e

respectivos angariadores para todas as campanhas, programas de vinculação, acções de recuperação de

objectivos, nas diferentes vagas da nova campanha de colocação de cartões com propostas automáticas,

nas acções de aquisição de OTRV, na acção para Clientes e potenciais Clientes para atribuição do estatuto

de PME Líder e Excelência, na acção de angariação de novos Clientes para Gestores de Clientes Empresa e

na acção de retenção de Clientes.

Foi também elaborada a segmentação específica para as várias iniciativas de Email-Marketing que

decorreram ao longo de 2017 e que visaram o envio de mensagens de correio electrónico em campanhas

específicas e o envio das diferentes newsletters através deste canal.

No âmbito do processo de definição dos objectivos comerciais anuais foi extraída a informação necessária

para popular a metodologia de distribuição dos objectivos por Caixa e Agência.

Na implementação do projecto dos Gestores de Clientes Empresa foi preparada toda a informação para o

encarteiramento de Clientes nos novos Gestores criados em 2017 e para a definição dos objectivos

comerciais anuais.

Ao longo do ano foi produzida informação para diferentes Direcções da Caixa Central, destacando-se, por

ser mais regular, a informação de Clientes disponibilizada à DBD, a informação para a DNI relativa a Clientes

importadores e para os escritórios de representação no exterior.

No âmbito do projecto CA Target foi assegurada a participação do Marketing Analítico em todo o programa,

desde a Geração de Leads baseadas em Eventos, o desenvolvimento do novo Data Mart de Clientes, o

Motor de Gestão de Leads, a monitorização da gestão centrada do Cliente até aos modelos analíticos de

propensão a produto e churn de Cliente. A participação incluiu todas as vertentes de cada item com o maior

foco nos testes de aceitação, que decorreu no primeiro semestre de 2017 com o terminar do projecto no

final de Julho.

Foi também implementada a passagem de informação para o Data Mart de Campanhas do novo Motor de

Gestão de Leads criado especificamente para o CA Target, para que esta informação possa ser utilizada ao

nível das campanhas.

No último trimestre de 2017, iniciou-se o projecto CA Keep on Target – KoT – que tem como principal

objectivo dar continuidade ao projecto CA Target através do desenvolvimento de pequenas iniciativas

mensais que visam melhorar e adicionar novas capacidades ao CA Target.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 53

No âmbito dos Modelos de Propensão desenvolveu-se um dashboard de monitorização destes, de forma a

permitir avaliar cada um dos modelos ao longo dos meses, visando a necessidade de desenvolvimento de

um novo modelo de propensão sempre que se identifique a perda da sua capacidade preditiva.

Desenvolveu-se um novo modelo de propensão a Fundos de Investimento e foi integrada nova informação

de seguros, por forma a enriquecer o conhecimento do Cliente nesta vertente e os modelos de propensão

de seguros poderem ser mais assertivos.

O Marketing Analítico participou também no Projecto MasterCard relativo à emissão de Cartões Empresa,

ao nível da validação e extracção de informação necessária à análise da carteira de Clientes do Crédito

Agrícola.

Foi também garantida a participação no projecto e-Learning que visou a criação de uma plataforma

automática que sugere a inscrição dos Colaboradores comerciais em formações, em função do seu

desempenho na venda de Produtos e Serviços Bancários, Seguros e Fundos através da análise da taxa de

efectividade verificada.

Colaboração na aplicação da nova directiva MIFID2 que visa proteger o Cliente na aquisição de produtos

complexos, tendo sido elaborados questionários e classificações de acordo com o tipo de produto e com o

Cliente que o pretende subscrever.

c) Segmentos e Produtos

No decorrer do ano de 2017, o foco incidiu sobre uma maior diferenciação e melhoria das propostas de

valor dirigidas aos Macro Segmento de Particulares e de Empresas, com especial relevo para as iniciativas

concretizadas no âmbito de cada segmento, nomeadamente nos segmentos que se identificam como

prioritários para a estratégia e posicionamento do Grupo Crédito Agrícola.

Macro Segmento Empresas

Segmento ENI, Micro e Pequenas Empresas

Foi desenvolvido um preçário específico de taxas e spreads para Empresários em Nome Individual,

diferenciando-se do preçário de empresas, acautelando o risco deste segmento nas operações de crédito.

Foram igualmente disponibilizadas soluções focadas nas necessidades financeiras de quem pretende

concretizar projectos de negócio, nomeadamente no segmento de Empreendedores.

Segmento Médias Empresas

O ano de 2017 iniciou-se com forte vocação de apoio às empresas com a assinatura do Protocolo de Crédito

“Capitalizar”, entre o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, IP (IAPMEI),

Sociedades de Garantia Mútua (SGM), PME Investimentos – Sociedade de Investimento, e a Caixa Central,

destinado a alavancar o financiamento das Empresas em condições mais favoráveis, permitindo-lhes

sustentar uma estratégia de crescimento e suportar o crescimento das exportações.

Num ano particularmente difícil e fustigado pelas catástrofes naturais, o Crédito Agrícola evidenciou

aquelas que são as suas prioridades em termos do apoio ao desenvolvimento regional, assegurando a

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 54

assinatura de um Protocolo com a PME Investimentos e a Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua para

apoio à tesouraria das empresas afectadas por incêndios e também o protocolo com o Instituto de

Financiamento da Agricultura e Pescas e as Sociedades de Garantia Mútua para apoio a necessidades de

tesouraria das empresas agrícolas afectadas pela seca.

Com a presença do Crédito Agrícola no território insular da Madeira, deu-se continuidade e suporte à

interacção com os agentes económicos deste território, com particular ênfase nas interacções de apoio ao

tecido empresarial madeirense. Exemplo desta actuação foi a assinatura do protocolo de crédito com o

Instituto de Desenvolvimento Empresarial, IP RAM e as Sociedades de Garantia Mútua, para apoio às

empresas sediadas na Região Autónoma da Madeira.

Por fim, o protocolo de “Crédito com Garantia Mútua, IFD 2016 – 2020” entre a IFD – Instituição Financeira

de Desenvolvimento, as Sociedades Portuguesas de Garantia Mútua (SGM) e o CA foi alterado, embora as

empresas possam continuar a contar com soluções para a capacitação empresarial e de desenvolvimento

de bens e serviços dirigidos à exportação, bem como para a manutenção e criação de emprego, agora sob

a denominação “Linha de Crédito IFD - Capitalizar Mais”.

Segmento Agricultura

Sendo o segmento que traduz a vocação do Crédito Agrícola de “Desde sempre a apoiar a Agricultura”, o

Crédito Agrícola desenvolveu a sua actuação junto do segmento reforçando o posicionamento definido.

A abordagem ao mercado procurou reforçar a imagem da Instituição Financeira de maior envolvimento,

com conhecimento intrínseco da ruralidade e consolidando o conceito de parceria e apoio ao Sector

primário Agrícola, das Florestas e das Pescas, valorizando a produção Portuguesa:

”A produção nacional agrícola é um bem que merece crédito com o apoio do CA “

No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM e com o intuito de continuar a criar uma maior

fidelização de actuais Clientes, e reforçar a angariação de novos Clientes para o Crédito Agrícola,

incrementou-se a dinamização comercial com o apoio necessário às diferentes parcerias estabelecidas e

concretizaram-se ainda novas parcerias com entidades de prestígio no Sector.

O Crédito Agrícola continuou também a estar presente em sessões técnicas no âmbito de eventos

organizados por parceiros do Sector, aproveitando a presença para dinamizar a sua oferta comercial.

Segmento Comércio e Serviços

O principal objectivo neste segmento visou o aumento do grau de vinculação e concretização de novas

vendas de produtos por parte dos Clientes e Associados CA do Segmento de ENI, Micro e Pequenas

Empresas do Sector cujo Código de Actividade Económica (CAE) é o do Comércio e Serviços, e os

subsectores Turismo/Alojamento, Restauração e Saúde.

Para que estes objectivos fossem atingidos neste segmento actuou-se de modo a melhorar a proposta de

valor relativa ao ciclo de exploração de uma empresa, incluindo as soluções para a gestão do dia-a-dia

(Serviço de TPA e Cartões de Crédito CA&Companhia), facilidades de Crédito (Gestão de Tesouraria,

Soluções de Financiamento, Crédito Especializado e Linhas de Crédito Protocoladas) e as soluções de

protecção com os Seguros Vida (Solução CA Negócios) e os Seguros Não Vida (CA Saúde).

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 55

A carteira de Clientes Empresa do Crédito Agrícola continua a ter um peso crescente nestes sectores de

actividades, sendo que o apoio dos Gestores de Clientes Empresa recentemente criado em algumas Caixas

poderá contribuir para um maior aproveitamento de oportunidades comerciais e a captação de mais

crédito.

Segmento Internacional

No âmbito da dinamização do Negócio Internacional, tem-se vindo a promover a participação do Crédito

Agrícola em eventos internacionais e feiras onde estão presentes Clientes e potenciais Clientes, com o

objectivo de dar a conhecer as propostas de valor deste segmento.

Ao longo do ano e em conjunto com a DNI foram desenvolvidas diversas Acções de Dinamização regionais

(Workshop Cooperar para Exportar) e Internacionais (Fruit Attraction 2017 Madrid) visando atingir o

objectivo acima referido.

Segmento Institucional

A actuação e interacção do Crédito Agrícola neste segmento continua a focar-se na concretização de

protocolos e parcerias junto de organismos federativos e associativos com o intuito de, através das suas

estruturas de associação, proporcionar condições favoráveis à concretização dos seus objectivos e políticas

associativas que, tal como o próprio Crédito Agrícola, pretendem ter através dos seus associados uma forte

intervenção social, empresarial e ambiental, consoante a natureza de cada uma das entidades.

Segmento Associados

No âmbito do programa dirigido aos Associados do Crédito Agrícola, Clube A, têm vindo a ser desenvolvidas

iniciativas no sentido de reforçar a proposta de valor para todos aqueles que têm estatuto de Associado no

Crédito Agrícola.

O lançamento da nova imagem do cartão Clube A de débito para particulares e empresas deu início a esta

renovação, a qual pretende que o Cliente Associado experiencie um estatuto diferenciado, distinto e uma

relação de exclusividade e reconhecimento.

No mês de Março, junto com o extracto do seu cartão de crédito Clube A, os Associados receberam a

newsletter CA Notícias Clube A, um espaço de comunicação que lhes é dedicado e que se apresenta com

uma imagem renovada, reforçando a experiência de estatuto exclusivo do Cliente Associado.

A diferenciação positiva do estatuto de Cliente Associados foi ainda reforçada pela prática de condições

especiais em todas as campanhas de marketing concretizadas em 2017.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 56

Macro Segmento Particulares

Segmento Jovem

Subsegmento CA Jovens

O objectivo estratégico para o Macro Segmento Particulares continua a ser o rejuvenescimento da carteira

de Clientes, tendo o Crédito Agrícola vindo a investir nos segmentos mais jovens com o intuito de vincular

os Clientes actuais e, acima de tudo, aumentar a captação de novos Clientes.

Neste sentido, em 2017 deu-se continuidade ao Programa CA Nota 20, que premeia os melhores alunos a

nível nacional entre o 7º e o 12º ano. Foi preparada uma cerimónia tipo igual para todas as CCAM, com o

intuito de lhe conferir um carácter nacional, por forma a melhor posicionar o Crédito Agrícola no segmento

Jovem.

Ainda no sub-segmento dos 13 aos 17 anos foi criado o Programa School Leader VID, em que os jovens

foram desafiados a criar um vídeo com uma duração máxima de 60 segundos que ilustre o mote “o melhor

investimento é a poupança”. Em Março de 2018 será apurado o vídeo vencedor.

Subsegmento CA Juniores

Dando continuidade à promoção da mascote “Cristas”, foram distribuídos este ano, como contrapartida na

abertura de Poupanças e/ou reforços efectuados no produto Poupança Cristas, o jogo da “Tabuada do

Cristas” (Jogo Educativo para estimular o gosto dos mais pequenos pela matemática). Paralelamente foi

também dada continuidade à oferta do mealheiro Cristas, bem como os seus acessórios, principalmente

em novos Clientes.

O Clube do Cristas foi melhorado com diversas funcionalidades lúdicas na comunidade digital infanto-

juvenil com o objectivo de se continuar a reforçar a notoriedade CA junto dos mais novos:

Para complementar o jogo “As Aventuras do Cristas”, foram lançados mais dois jogos “Fruta Mania

do Cristas” e “As Pinturas do Cristas”,

Foi criado o Banco Virtual, que ensina aos mais pequenos como podem constituir uma conta

poupança e poupar;

Foi disponibilizada uma agenda cultural, que permite ajudar os Pais a terem acesso e a conhecerem

diversas actividades lúdicas para este segmento, que se realizam a nível nacional, podendo

seleccionar as actividades mais atractivas e adequadas para os seus filhos.

Foi criada a possibilidade de os representantes legais dos Clientes CA também poderem convidar

outros jovens (Clientes CA ou não), através dos pais, para participarem no “Clube do Cristas” e

desta forma incentivar os pais dos jovens que ainda não sejam Clientes CA a passarem a sê-lo. Os

não Clientes só têm algumas funcionalidades disponíveis, de forma a ganharem interesse e a

quererem tornar-se Clientes.

O Clube do Cristas foi alargado para as versões iOS e Android para smartphones (antes só estava disponível

para tablet).

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 57

Segmento Jovem Adulto

Foi lançado o cartão pré-pago com nova imagem “Unplugged” que substitui o anterior cartão superjovem,

tendo o produto as mesmas características e benefícios, destinando-se aos jovens com idades

compreendidas entre os 18 e os 30 anos.

Com vista a reter os Clientes deste segmento, está a ser trabalhado o programa de fidelização deste

segmento – CA Universitário + - que visa o aumento do vínculo com os Cliente jovens em idade universitária,

premiando-os pela sua permanência e relacionamento com o Crédito Agrícola.

Segmento Portugueses no Mundo

Foi lançada e dinamizada uma página na rede social Facebook dedicada aos “portugueses no mundo”, que

pretende aproximar esses portugueses do Crédito Agrícola e ser a génese de uma comunidade virtual

dedicada à emigração portuguesa.

Já no âmbito nacional, foi feita uma acção de comunicação nas Agências do Crédito Agrícola que promoveu

a oferta para este segmento, assim como uma divulgação desta comunicação na imprensa.

Segmento CA Vida Activa

Durante este ano, procurou-se sempre manter a proposta de valor deste segmento bastante competitiva,

tendo em conta os produtos mais valorizados, o Crédito Habitação e o Crédito ao Consumo.

Tem vindo a ser desenvolvido um novo produto de Crédito ao Consumo com um montante pré-aprovado

e de contratação imediata através do Online e do Balcão, que será disponibilizado muito brevemente.

Os Clientes deste segmento valorizam bastante o preço mas também a eficiência, rapidez e facilidade na

subscrição de produtos, especialmente nos canais digitais, pelo que estão em desenvolvimento novos

conceitos para disponibilizar mais oferta nestes canais.

Segmento CA Dedicado

No decurso do ano foi dinamizada a oferta específica deste segmento, mantendo a mesma sempre

competitiva, com especial enfoque para o Crédito Habitação e Crédito ao Consumo.

Continuámos a divulgar os Fundos de Investimento do CA Dedicado, tendo propostos ajustamentos aos

produtos para os tornar mais apelativos.

Foi iniciado o desenvolvimento dos cartões de crédito e de débito com imagem própria para o CA Dedicado

e com um plano de seguros adaptado ao que este segmento mais valoriza, tendo-se a expectativa de que

o desenvolvimento destes cartões esteja concluído em 2018.

Segmento Associados - Particulares

Em todas as campanhas realizadas em 2017 foram criadas condições especiais de preçário para Associados

nos vários produtos da oferta.

A newsletter Clube A foi renovada em termos de imagem, no sentido de a mesma ser mais direccionada ao

segmento.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 58

d) Preçário

O ano de 2017 regista uma ligeira subida dos valores cobrados em comissões com um crescimento de 0,39%

face ao ano anterior.

No Crédito a particulares, designadamente em crédito habitação e crédito pessoal, destaca-se um

crescimento nas comissões inicias do crédito habitação, não só pela via do crescimento do crédito mas

também pelo aumento das comissões iniciais.

No crédito de ENIs e Empresas mantém-se um crescimento generalizado das comissões o que reflecte a

boa performance do Crédito.

Em 2017 efectuaram-se 7 actualizações ao folheto de comissões e despesas e 12 ao folheto de taxas de

juro, destacando-se, entre outras, as seguintes:

Criação da comissão de alteração de titularidade para o segmento de Particulares e da comissão de

gestão de descoberto para o segmento de Empresas e ENI;

Alteração da comissão de imobilização, que sempre esteve no sistema IBS, tendo sido migrada para

a Ferramenta de Gestão de Preçário, permitindo uma maior flexibilidade na gestão do preçário e

tendo atingido um volume de cobrança muito superior ao estimado.

Ao longo do ano foram efectuadas actualizações às taxas de juro activas reflectindo as tendências

evidenciadas pelo mercado, mas procurando sempre posicionar o Crédito Agrícola como um dos preçários

mais atractivos:

Actualização das taxas do Crédito Pessoal e do Crédito à Habitação, mantendo o posicionamento

mais recente, que é estar entre os melhores do mercado, para maior captação do segmento jovem.

Esta estratégia tem contribuído de forma decisiva para melhorar o desempenho comercial e

consequente ganho de quota de mercado.

Com a preocupação de melhoria constante da eficácia de cobrança foram reportados a todas as Caixas

Associadas, através de carta endereçada ao seu CAE, os Clientes e as contas com isenção de comissões,

para sua análise e posterior tomada de decisão.

83.938

95.575 95.943

2015 2016 2017

Comissões de Preçário de Produtos e Serviços Bancários Cobradas no SICAM, em milhares de euros

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 59

Ao longo do ano foi dado o apoio às Caixas Associadas em diversas parametrizações próprias e específicas

de cada uma e dados os necessários esclarecimentos às diferentes questões colocadas.

No âmbito da gestão do preçário é ainda assegurada a disponibilização de ficheiros mensais de reporte para

as Caixas Associadas, com detalhe por Agência das cobranças mensais de todas as comissões efectuadas

nos vários sistemas.

e) Campanhas de Marketing

Macro Segmento Empresas

No âmbito do plano de Marketing de 2017, realizaram-se quatro campanhas de marketing dirigidas aos

segmentos prioritários da Agricultura, Pequenas e Médias Empresas, Empreendedores e Comércio e

Serviços, cada uma com uma duração de 10 semanas.

Estas campanhas tiveram como objectivo principal a captação de crédito, a subscrição de capital e

angariação de novos Clientes e Associados e o incremento da oferta complementar, nomeadamente,

produtos de Seguros Vida e Não Vida direccionados para os segmentos em foco, o que contribuiu para a

vinculação e fidelização de Clientes actuais e novos.

As campanhas contribuíram de forma significativa para o aumento do Crédito de boa qualidade, assim

como para o incremento do produto bancário do Grupo.

Segmento Agricultura

A campanha da Agricultura atingiu no Crédito a Empresas um Grau de Realização do Objectivo (GRO) de

93%, correspondendo a cerca de 323,3 milhões de euros. Nos produtos complementares da oferta atingiu-

se um GRO de 186% e 167%, em produtos de Seguros Vida e em produtos de Seguros Não Vida,

correspondendo a 183,7 mil e a 344 mil euros, respectivamente.

Segmento Pequenas e Médias Empresas

Seguindo a estratégia de posicionamento, o Crédito Agrícola assumiu a capacidade para apoiar as empresas

nas suas estratégias de investimento, de internacionalização e de inovação. O Crédito Agrícola sob o mote

“Se a sua empresa precisa, Estamos CÁ” propôs-se a dotar as empresas de soluções financeiras para

competir com os seus concorrentes em território nacional ou qualquer outro de oportunidade para os seus

bens e serviços.

Os resultados alcançados evidenciam o forte contributo dado ao crescimento da rúbrica de crédito às

Empresas e ainda para a captação de novos Associados e Capital Social das Caixas de Crédito Agrícola,

cumprindo assim os principais objectivos da campanha.

Segmento Empreendedores

O apelo à irreverência do Jovem Empreendedor que emerge em todas as regiões do país foi o móbil da

campanha com o lema “Se tens ideias diferentes, precisas do banco que te acompanha” dirigida a este

segmento.

Poder contar com o apoio de um banco próximo para criar um negócio que nem sempre é percebido, é a

barreira que o Crédito Agrícola pretendeu esbater através desta campanha propondo-se ser capaz de

acompanhar quem tem uma visão diferente de negócio e de sucesso.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 60

O Crédito Agrícola fez um apelo aos Empreendedores, a quem se propôs responder com soluções focadas

nas necessidades financeiras de quem pretende concretizar projectos de negócio.

A campanha contribuiu de forma esperada para o crescimento do crédito às Pequenas e Micro Empresas e

aos ENI e ainda para a captação de novos Associados e Capital Social das Caixas de Crédito Agrícola,

cumprindo os objectivos estabelecidos.

Segmento Comércio e Serviços

A Campanha dirigida ao segmento do Comércio e Serviços, que é o sector de actividade com maior

representatividade de Clientes, só termina no início de 2018 e mostra uma tendência em que se perspectiva

que os objectivos sejam atingidos ou superados, com um volume de crédito a atingir 208 milhões de euros.

Nos produtos complementares os TPA atingiram o objectivo, o Seguro Não Vida Comércio e Serviços

alcançou os 77% de GRO e o Seguro Vida CA Negócios cerca de 52%.

Macro Segmento Particulares

No âmbito do Plano de Marketing de 2017, realizaram-se oito campanhas de marketing destinadas ao

macro segmento de Clientes Particulares, cada uma com uma duração de 6 semanas.

Segmento Jovem

A campanha para o subsegmento dos Jovens entre os 13 e os 17 anos teve como oferta a Poupança Futuro,

o Cartão GR8 e os Seguros CA Acidentes Pessoais Protecção Jovem e o CA Protecção Universitário (nas

vertentes Protecção e Capital), utilizou na comunicação a imagem dos Youtubers Paulo Sousa e Angie Costa.

A campanha contou ainda com o lançamento simultâneo do Programa de Fidelização designado CA Faz Por

ti – School Leader VID e deu-se continuidade a mais uma edição do Programa CA Nota 20.

Em termos de resultados foi aberto um número significativo de novas contas de Poupança Futuro em

Clientes novos. O Seguro Não Vida CA Acidentes Pessoais atingiu um GRO de 154%, o Seguro Vida CA

Universitário e o Cartão GR8 obtiveram uma concretização menos relevante.

Esta campanha contribuiu de forma significativa para melhorar o objectivo estratégico do

rejuvenescimento da carteira de Clientes através da captação de novos Clientes neste segmento.

A campanha dos Juniores, subsegmento para Clientes até aos 12 anos, deu sequência à promoção da

mascote Cristas e à oferta do mealheiro Cristas e, por cada reforço adicional nas novas ou nas actuais

Poupanças Cristas, foi oferecido o “Baralho de Cartas do Cristas”, que é um jogo educativo, relacionado

com a tabuada, que estimula a criança para a aprendizagem da Matemática. Adicionalmente, foram ainda

oferecidos como acessórios os óculos ou a prancha do Cristas.

Na campanha foi igualmente comunicado as novas funcionalidades do “Clube do Cristas”, uma aplicação

digital onde os representantes legais e os nossos Clientes mais novos (até aos 12 anos) podem registar-se

para acederem a um conjunto de áreas com diferentes temas de interesse como, por exemplo, jogos do

Cristas, agenda cultural de eventos, espectáculos e outras iniciativas para os mais jovens.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 61

Esta campanha ultrapassou mais uma vez as expectativas, os resultados actuais mostram um GRO médio

superior a 100%, tendo sido angariados cerca de 10 Milhões de euros na Poupança Cristas e abertos vários

milhares de novas contas. A oferta de seguros para jovens obteve um melhor desempenho em seguros não

vida.

Segmento Jovem Adulto, Vida Activa, Dedicado e CA 55+

A campanha de angariação de novas activações do serviço Online Particulares com comunicação digital foi

dirigida ao macro segmento particulares, mas com enfoque nos segmentos CA Jovem Adulto e CA Vida

Activa, uma vez que são os Clientes mais propensos à utilização deste serviço. A oferta promovida aos

Clientes contemplava a primeira anuidade de uma apólice do Seguro de Responsabilidade Civil Familiar e

de descontos nos prémios dos seguros de Protecção Hospitalar e Protecção família. Para dinamizar esta

oferta foram realizados 2 sorteios publicitários com oferta de 6 iphones como prémio. Para a comunicação

desta campanha foi utilizada a imagem da jovem Teresa Almeida, atleta patrocinada pelo CA, aumentando

assim a notoriedade da comunicação.

Os objectivos da campanha foram atingidos em todos os produtos e serviços com um GRO de 124% no On-

Line, com mais de 15.373 adesões, um GRO de 250% na Responsabilidade Civil Familiar e um GRO de 154%

nos seguros Protecção Hospitalar e Protecção Família.

A primeira campanha de crédito pessoal destinou-se aos segmentos CA Jovem Adulto, CA Vida Activa e CA

Dedicado. Esta campanha apresentou como oferta o Crédito Pessoal, os Seguros Não Vida CA Automóvel e

CA Habitação e os Seguros Vida de Protecção ao Crédito Pessoal e CA Protecção Livre.

Nesta campanha foram concedidos cerca de 25 milhões de euros de crédito, que corresponderam a um

GRO de 92%, no Seguro de Vida Protecção Crédito Pessoal e CA Protecção livre foi atingido um GRO de

176% e no Seguro Automóvel e CA Habitação um GRO de 101%.

A campanha de Crédito Habitação destinou-se aos segmentos CA Jovem Adulto e CA Vida Activa, tendo

como oferta o Crédito Habitação e os Seguros Protecção Crédito Habitação e CA Habitação.

Em termos de resultados, o Crédito à Habitação obteve um GRO de 103%, com cerca de 60 milhões de

euros concedidos e o Seguro Vida Protecção Crédito à Habitação e o Seguro Não Vida CA Habitação

atingiram 227% e 86% de GRO, respectivamente.

A campanha CA Protecção Família, destinada aos segmentos CA Jovem Adulto, CA Vida Activa e CA 55+,

teve lugar em Julho e Agosto, e teve como oferta 3 Seguros de protecção (CA Protecção Hospitalar, CA

Mulher e Seguro CA CliniCard).

O CA Protecção Hospitalar e o CA Mulher atingiram um GRO de 92% e o Seguro CA CliniCard alcançou 75%

de GRO.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 62

A campanha de Crédito Pessoal realizada em Setembro e Outubro teve também como oferta o Crédito

Pessoal, os Seguros de Vida de Protecção ao Crédito e os Seguros Não Vida CA Saúde e Protecção Financeira

CP, igualmente com condições especiais de subscrição para os Clientes.

Para os resultados da campanha em muito contribuiu o pricing muito atractivo do Crédito Agrícola na oferta

de crédito.

Na campanha foram concedidos 22 milhões de euros de Crédito Pessoal, atingindo um GRO de 70%. Os

Seguro de Vida Protecção Crédito Pessoal atingiram um GRO de 173% e os Seguros CA Saúde e Protecção

Financeira CP em conjunto obtiveram um GRO de 156%.

A campanha exclusiva para o segmento CA Dedicado teve como foco o Investimento e a Protecção. Na

vertente de investimento, a oferta integrava Fundos de Investimento e Fundos de Pensões. Na vertente de

protecção, a oferta centrou-se nos Seguros Vida Risco e CA Saúde Particulares.

Os Fundos de Investimento atingiram um volume de cerca de 34 milhões de euros, com um GRO de 96%,

os Fundos de Pensões atingiram um GRO de 139%, o Seguro de Saúde concretizou 101% de GRO e os

Seguros de Vida Risco atingiram 103% de GRO.

Acções de Recuperação

Foram implementadas várias acções de recuperação para compensar o grau de execução dos objectivos

comerciais anuais das Caixas Associadas em várias famílias de produtos.

As acções que foram realizadas englobaram a disponibilização de oportunidades de contacto às Caixas

Associadas para uma abordagem eficaz aos Clientes com propensão para a aquisição dos vários produtos,

tais como o Crédito Pessoal, o CA CliniCard, Crédito à Tesouraria, Crédito Habitação, Seguro CA Habitação

e Fundos Mobiliários.

Estas acções de recuperação contribuíram de forma muito relevante para a concretização anual alcançada

nas principais variáveis nomeadamente no Crédito.

Desafios Comerciais

Em paralelo com as campanhas foi efectuada a dinamização do Desafio ao Cubo na aplicação do sistema

de incentivos, utilizando os períodos que estavam planeados ao longo do ano e que coincidiam em geral

com as campanhas de crédito.

Aproveitando a realização das Campanhas, estes desafios permitiram que um melhor desempenho dos

comerciais em Crédito proporcionasse um incentivo extra, através da atribuição de cubos virtuais pelas

vendas efectuadas, resultando da acumulação destes cubos numa classificação que elegeu os melhores

para uma viagem anunciada.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 63

Programas de Vinculação

Estes programas têm como objectivo conseguir um primeiro grau de vinculação de Clientes, quando estes

só têm uma Conta de Depósitos à Ordem, fomentando a venda dos produtos que integram a oferta CA

Express.

Decorreram 2 programas ao longo do ano, com a duração de cerca de 13 semanas, com a oferta dos

Serviços On-Line e Mobile, um Cartão de Débito, o Seguro de Vida CA Express Vida e o Seguro Não Vida

Acidentes Pessoais CA Vinculação.

Acções de Dinamização

Foram realizadas acções de dinamização de comercialização de OTRV, oferta pública de obrigações do

tesouro de rendimento variável, em Março, Julho e Novembro com datas de reembolso previsto para Abril,

Agosto e Dezembro de 2022. Para as duas últimas acções foram identificados segmentos de Cliente alvo

mais propensos para a subscrição desta oferta.

Programa de Colocação de Cartões

Este programa teve início no último trimestre de 2017, tendo como objectivo o crescimento da carteira de

cartões de crédito, com atribuição de cartões com recurso a modelos de análise de risco que atribuem de

forma automática o tipo de cartão e o respectivo limite, permitindo uma agilização do processo de

atribuição de cartões e facilitando o trabalho processual. Os resultados obtidos neste Programa são

evidentes e mostram que a atribuição de cartões, com risco controlado, pode ser efectuada com um ritmo

de crescimento mais elevado que o verificado até agora.

Retenção de Clientes

Esta acção teve como principal objectivo reter Clientes que já só tinham conta de depósitos à ordem sem

movimentos no último ano, com saldo a zero. Para o efeito, foram identificados os Clientes de segmentos

prioritários que tínhamos como objectivo reter. A fim de reatar a relação com estes Clientes, definiu-se

uma oferta básica centrada no CA Express, com oferta da anuidade do Cartão de Débito. Deste modo, com

esta oferta básica, simples e rápida, seria possível causar uma boa impressão nestes Clientes e por essa via

facilitar o retomar do relacionamento, permitindo posteriormente a colocação de outros produtos.

A retenção de Clientes ficou aquém das expectativas, mesmo tendo em conta que se tratavam de Clientes

que já não tinham produtos no CA.

Outras iniciativas Além das campanhas de marketing que foram implementadas, foram realizadas um conjunto de acções e

iniciativas de dinamização e promoção de produtos e serviços, assim como implementados alguns

projectos, destacando-se os seguintes:

Solução CA Empresas Premium

O Crédito Agrícola continua a reforçar a aposta na parceria com o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias

Empresas e à Inovação (IAPMEI) e com o Turismo de Portugal na consagração das empresas suas Clientes

com o estatuto PME Líder e PME Excelência, acentuando o seu apoio à obtenção destas certificações. Em

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 64

2017, o Crédito Agrícola registou um aumento significativo de Clientes com certificação PME Líder e PME

Excelência.

O empenho das Caixas Associadas, a imagem e o posicionamento do Crédito Agrícola e a Acção de

dinamização realizada no período de candidaturas terão contribuído para este sucesso.

Simultaneamente com a acção promoveu-se a Solução CA Empresa Premium, que apresenta uma oferta

específica para este segmento.

Leasing Automóvel

Foi ajustado o preçário do CA nas operações de Leasing Automóvel para Particulares e Empresas permitindo

a descida do spread mínimo. Esta alteração permitiu um melhor posicionamento competitivo do Crédito

Agrícola e uma maior resposta às dificuldades que as Caixas Associadas estavam a sentir no terreno em

termos de novas contratações.

Suporte à função de Gestor de Clientes Empresa (GCE)

O crescimento do negócio no segmento de Empresas, em particular junto de pequenas e médias Empresas

(PME), é um objectivo prioritário para o Grupo Crédito Agrícola.

O Crédito Agrícola tem vindo a dotar-se de uma maior especialização e capacidade no desenvolvimento do

segmento das PME, tendo sido dado apoio às novas Caixas Associadas que passaram a ter a função de

Gestor de Cliente Empresa (GCE).

Para o efeito foram seleccionadas listas de Clientes potenciais para encarteiramento, sendo a lista final

definida pela respectiva Caixa Associada. Foram também definidos os objectivos comerciais dos novos GCE

que entraram em funções ao longo de 2017.

Projectos

Nova plataforma de e-learning

Esta solução visa a implementação de uma plataforma de e-learning transversal à organização com a

capacidade de suportar vários módulos funcionais orientados a áreas específicas e que permitirá à DCRH –

Centro de Formação, definir e gerir o processo de formação de forma ágil e de acordo com as melhores

práticas de mercado, tendo como objectivo final melhorar o rendimento dos Colaboradores e respectivas

equipas gerando valor para todo o Grupo Crédito Agrícola.

O DME acompanhou o desenho da solução da plataforma e do módulo comercial associado à plataforma e

participou activamente na definição dos produtos e serviços a incluir, bem como na mecânica de

pontuação, scoring e sugestão de regras de participação dos Colaboradores nos cursos baseados na

efectividade média, em função dos critérios de desvios em relação à média e o grau de relevância de

conhecimento dos produtos e serviços que constam da oferta do Crédito Agrícola.

Revisão do Acordo de Esquema para Emissão de Cartões de Débito e Crédito Empresas

Encontra-se em curso um projecto que visa a emissão de cartões de Débito e de Crédito Corporate com

migração de carteira de Clientes.

Após esta vaga, poder-se-ão seguir campanhas de aquisição de novos Clientes com cartão Empresa.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 65

Este projecto tem sido acompanhado pela equipa de Marketing em todas as vertentes, desde a fase inicial

até à preparação das acções e suportes de comunicação interna e externa, formação e divulgação junto das

Caixas e acções locais, bem como o apoio na extracção e caracterização de Clientes na fase inicial do

projecto.

Simplificação do processo de venda

O projecto de simplificação do processo de venda visa a automatização e a simplificação processual e um

menor gasto de tempo dos Colaboradores na preparação, análise e decisão de processos de crédito. No

final de 2017 foi terminado o desenvolvimento do crédito ao consumo, prevendo-se para o início de 2018

terminar o desenvolvimento do Crédito Hipotecário e do workflow de Particulares, seguindo-se o

desenvolvimento do Crédito a Empresas e o workflow de Empresas.

Para o início do próximo ano está previsto também a conclusão do novo destino de crédito ao consumo.

DL 74 – A Crédito Hipotecário

Para se cumprir a legislação publicada no final de 2017, foi criado um grupo de trabalho que desenvolveu

a documentação necessária (nomeadamente fichas de produto, FINE e Preçário) e procedeu a alterações

nos simuladores e à adaptação das bonificações dos produtos Crédito Habitação, Multiusos e Crédito ao

Consumo com hipoteca (englobados no Crédito Hipotecário).

Protecção de Dados

O novo Regulamento Geral de Protecção de dados será aplicado a todas as empresas, públicas e privadas,

e a todo o tipo de dados pessoais, quer sejam de Colaboradores ou de Clientes.

Neste sentido, foi necessário rever todos os seus processos de gestão e utilização de dados pessoais, por

forma a ajustar o tratamento de dados ao novo Regulamento. Para tal houve necessidade de efectuar um

levantamento exaustivo e de classificar todos os dados de Clientes que habitualmente são utilizados.

CA Target – CA GPS / Módulo de Scripts

Este projecto foi implementado no decorrente ano, pretendendo contribuir para uma maior dinâmica

comercial, através da implementação de uma infra-estrutura que permite a identificação e a

disponibilização de oportunidades comerciais às Caixas baseadas na identificação de eventos que ocorrem

no ciclo de vida do Cliente e no ciclo de relacionamento que este tem com o Crédito Agrícola.

A disponibilização de eventos relacionais/comerciais gerou mais oportunidades de contacto e com maior

regularidade, o que implicou um maior esforço na preparação dos contactos comerciais.

Para facilitar este trabalho e contribuir para uma maior eficácia da abordagem comercial e de venda foram

desenvolvidos mais de uma centena de scripts de apoio à actividade comercial por Eventos, por Campanhas

de Marketing e outras Acções, que tem permitido aumentar o grau de contactabilidade com Clientes e

reforçar a relação com os mesmos, gerando mais vendas.

Protocolos

No âmbito da estratégia de estabelecimento de protocolos e parcerias comerciais e de colaboração, foram

reforçados e desenvolvidos novos acordos e ainda realizadas iniciativas conjuntas com várias entidades

privadas e institucionais:

ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito;

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 66

CPCCRD – Confederação Portuguesa das Colectividades, Cultura, Recreio e Desporto;

CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas;

Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local;

AGROPORTAL – a porta do mundo rural;

AGRONEGOCIOS - o Portal de Informação Agroalimentar de Portugal

Telemédia – Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos de Associado;

ADRAL (Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo);

Concurso ideias inovadoras nas Universidades e Politécnicos das regiões do Alentejo e da Lezíria do

Tejo (“Digital Marketing”; “Realidade Aumentada e Virtual”; “Coisas da Internet”);

CONFAGRI - Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal;

CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal;

AJAP - Associação dos Jovens Agricultores de Portugal;

FPAS | Federação Portuguesa das Associações de Suinicultores;

ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos;

Academia do Centro de Frutologia Compal;

Agrinda: AgriPro e Agriloja;

Lusiaves – Projecto Lusiterra;

Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém.

Em algumas das parcerias acima referidas foram realizadas Acções de Comunicação em conjunto com as

Caixas Associadas e com as entidades parceiras, assim como desenvolvidos suportes de comunicação

específicos para assegurar a divulgação das mesmas.

Participação em seminários ou congressos para o segmento Empresas e ENI

Participação em diversos seminários e conferências dedicadas a temáticas relevantes para o segmento

empresas e empresários:

Academia do Centro de Frutologia Compal - Formação;

CONFAGRI - Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal;

CPCCRD – Confederação Portuguesa das Colectividades, Cultura, Recreio e Desporto;

CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas;

ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo;

AJAP - Associação dos Jovens Agricultores de Portugal – Encontro de técnicos);

Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém – II Fórum de Empreendedorismo e

Inovação Empresarial;

Acções de Comunicação Periódicas e Especializadas

Em 2017, foi dada continuidade às acções de comunicação/dinamização dirigidas ao Macro Segmento

Particulares e Empresas procurando marcar presença através de meios ou suportes especializados:

Newsletter CA Particulares;

Newsletter CA Empresas;

Newsletter Clube A;

Redes Sociais (facebook, linkedin, Instagram e You Tube);

Revistas e jornais especializados.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 67

Atribuição da Certificação “Prémio 5 Estrelas”

O CA candidatou-se e recebeu a atribuição do prémio 5 estrelas pelo 4º ano consecutivo na categoria de

serviço de atendimento ao Cliente. Esta certificação é atribuída com base numa metodologia suportada em

critérios auditados por um comité técnico e também com a realização de estudos de mercado feitos a

Clientes e não Clientes, sendo necessária a obtenção de uma avaliação positiva superior a 70% para que

seja atribuída. Este prémio contribuiu para reforçar o posicionamento do Crédito Agrícola como instituição

bancária de referência no mercado.

Acção de dinamização do serviço Western Union

Com vista a aumentar e dinamizar as transferências de dinheiro através do serviço Western Union e a

conhecer melhor os utilizadores deste serviço, foi implementada uma acção com a premiação das

transferências por parte dos Clientes e também dos Colaboradores nas Agências CA. Foram atribuídos

20.000 prémios sem sorteio, por cada transacção efectuada por Cliente e 2.000 prémios sem sorteio para

os Colaboradores CA, por cada 10 transferências realizadas.

Acção de promoção “MUDA – Movimento pela Utilização Digital Activa”

O Grupo Crédito Agrícola associou-se ao Movimento pela Utilização Digital Activa, o MUDA. Uma iniciativa

que tem como objectivo fomentar a “educação digital” dos portugueses, contribuindo assim para uma

sociedade mais evoluída, inclusiva e participativa, criando desta forma uma economia mais forte e

competitiva.

De modo a divulgar esta iniciativa que teve uma comunicação nos meios de comunicação nacionais

promovida pela organização do MUDA, o Crédito Agrícola efectuou a divulgação desta acção nas suas

Agências com cartazes e folhetos, assim como através das redes sociais.

Reforço da presença do Crédito Agrícola nas Redes Sociais

Foi dinamizada a presença do Crédito Agrícola nas várias redes sociais, numa acção coordenada entre as

áreas de banca directa, comunicação e marketing que implicou a definição do planeamento da divulgação

de conteúdos relativos a segmentos e a produção e validação dos mesmos.

Foi também dinamizada a nova página de facebook direccionada aos portugueses no mundo que conta já

com mais de 22 mil seguidores, assim como desenvolvida a criação do micro site “Saudades” que irá gerar

ainda mais tráfego para esta página e aumentar a comunidade.

Passatempo Fundos de Investimento subscritos no Online

Entre 18 a 22 de Dezembro decorreu uma Campanha de Natal para promoção de Fundos de Investimento

Mobiliário, em parceria com a gestora Intermoney (IMGA). Assim, os Clientes que subscreveram Fundos de

Investimento Mobiliários através do Online, receberam como oferta unidades de participação variáveis de

acordo com o FIM em que foi feito o investimento.

Esta oferta foi limitada às 100 primeiras subscrições de valor igual ou superior a € 10.000.

A comunicação desta Acção realizou-se através do e-mail Marketing e no On-Line Particulares.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 68

Desenvolvimento da comunicação digital

Foi implementado o canal directo de comunicação aos Clientes, o e-mail Marketing. A utilização de canais

digitais para comunicar é, hoje em dia, indispensável para se transmitir informação, divulgar iniciativas e

promover a oferta junto de Clientes e potenciais Clientes.

A comunicação através de e-mail Marketing é uma das formas de contacto que permite maior

personalização, tem maior capacidade de impacto na transmissão de conteúdos e uma eficácia significativa

na geração de resultados.

No âmbito das Campanhas de Marketing e de outras Acções realizadas no final do ano 2017, através do

canal de comunicação digital mais directo com os Clientes, o e-mail Marketing, foram implementadas as

seguintes acções:

Acção de Dinamização Obrigações de Tesouro – OTRV;

Campanha CA Comércio e Serviços;

Divulgação da CA News OnLine Particular;

Acção de Dinamização dos Cartões de Crédito CA;

Acção de Dinamização de Fundos de Investimento Mobiliário / Passatempo;

Divulgação da CA News Online Clube A.

CA Express

Em 2017 participámos com contributos específicos para a campanha institucional que divulgou o serviço

CA Express.

Na continuação do processo de melhorias do CA Express, foram analisadas e avaliadas alterações que

implicam adicionar mais alguns campos de recolha de dados, sem perder a lógica de termos uma solução

rápida de actualização e abertura de Cliente e Conta.

CA Bullet

Este projecto tem como âmbito a criação de um novo site e de um novo online empresas, e numa segunda

fase, a criação de condições para a utilização de novos canais: SMS, Email-Marketing, Banners no site e

Online.

Estes novos canais serão ligados ao Motor de Gestão de Leads, para que a partir de então seja possível

distribuir as oportunidades para cada canal em função do Cliente, fazendo também uma gestão articulada

dos vários canais.

Está previsto o lançamento do novo site no final do 1º trimestre de 2018, tendo sido desenvolvido no último

trimestre de 2017 o conceito e toda a parte estrutural do novo site.

WorkFlow de Produtos

No ano de 2017, em resposta ao requisitos regulamentar, foi desenvolvida uma ferramenta de workflow

com o objectivo de apoiar os processos de criação, alteração ou descontinuação de produtos, bem como

gerir reposição do stock de cartões (plásticos). Na ferramenta será possível identificar a etapa do processo

em que nos encontramos, quais as tarefas que estão concluídas e que faltam concluir e por quem, sendo

possível que todos os Departamentos/Gabinetes da Caixa Central com intervenção no processo possam ser

chamados a contribuir nas questões que são da sua responsabilidade.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 69

Nesta ferramenta estão contemplados os processos de desenvolvimento de produtos que envolvem as

Unidades de Negócio do Grupo.

TEKTÓNICA 2017 - FIL

Na 19ª edição da Tektónica, o Crédito Agrícola foi convidado a participar no ciclo de conferências, naquela

que é a feira líder de Construção em Portugal e considerado o grande palco de produtos e soluções inovação

do sector.

Com o objectivo comum de apoiar as empresas na sua estratégia de crescimento e Internacionalização, a

participação do Crédito Agrícola foi mais um momento de afirmação do seu posicionamento face ao tecido

empresarial nacional.

A participação ocorreu durante a conferência organizada pela Associação Portuguesa das Empresas do

Sector Fotovoltaico (APESF), na mesa redonda sob o tema «Para quando o êxito da produção

descentralizada?».

Innovation Challenge APB/IFB

Aceitando o convite da Associação Portuguesa de Bancos (APB), o Crédito Agrícola participou no Innovation

Challenge que se realizou em Novembro e que reuniu cerca de 100 alunos do ensino secundário, no Centro

Ismaili, em Lisboa.

Desafiados a reflectir sobre “Como será o Banco do futuro”, os jovens estudantes apresentaram os seus

planos de negócio para aquele que deverá ser a sua escolha de banco, sendo repleto de ideias disruptivas.

O resultado foi esclarecedor, “o banco do futuro terá de lidar com gerações cada vez mais familiarizadas

com as novas tecnologias, e a migração de cada vez mais serviços para as plataformas móveis poderá ser

um passo decisivo e imprescindível na evolução do sector bancário”.

The Targeted Longer-Term Refinancing Operations (TLTRO)

Em 2017, a Caixa Central deu continuidade à estratégia de transferência do benefício da linha de

refinanciamento TLTRO do BCE para as Caixas Associadas, continuando a dar suporte a uma presença

comercial mais efectiva junto dos agentes económicos das suas regiões de actuação, com particular

predominância na actuação junto das empresas sediadas nestes mercados.

O momento mais significativo desta estratégia ocorreu em Junho de 2017, quando foram alcançados

valores superiores a 1,5 Milhões de euros de transferência de benefício para as Caixas Associadas.

Perto do final de 2017, foi ainda tomada a decisão de assegurar a continuidade e reforço da estratégia

TLTRO que continuará a dar suporte à capacidade de actuação comercial das Caixas Associadas.

CA Speed

O projecto CA Speed tem como objectivo o desenvolvimento de uma nova metodologia de distribuição de

Objectivos Comerciais por Caixa, Agência, Gestor, Gestor de Seguros e Gestor de Clientes Empresa.

Esta nova metodologia pretende tornar o processo de definição de objectivos comerciais mais claro,

melhorando-o e tornando o processo automatizado, por forma a reduzir o risco operacional que existia e a

encurtar o prazo habitualmente necessário para determinar os objectivos.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 70

Os objectivos comerciais para todas as variáveis de negócio, definidos por esta nova metodologia, são

posteriormente confrontados com as linhas de orientação e dos objectivos estratégicos definidos para o

Crédito Agrícola efectuando-se os respectivos ajustes nos objectivos por Caixa Associada.

A metodologia considera pressupostos e conceitos semelhantes aos usados anteriormente, utilizando

dimensões como o potencial existente no mercado de actuação de cada Caixa Agrícola, o potencial de

negócio existente na sua carteira de Clientes e a capacidade competitiva face ao respectivo mercado de

actuação e ao SICAM.

A metodologia utilizada é comum para todas as áreas de negócio e variáveis para que vão ser definidos

objectivos.

Através da adopção desta ferramenta, todo o processo de definição de objectivos comerciais torna-se mais

fluido e, como referido, totalmente automático, em que, entre outras alterações, se irá, por exemplo,

considerar um racional para determinar o ponto de partida para o ano seguinte com base na evolução dos

dois últimos anos e em que a componente de definição dos objectivos por Colaborador passa a ser feita de

forma integrada com a determinação dos objectivos para as Caixas Associadas e Agências.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 71

Comunicação

a) Marca e imagem do Grupo CA

A Marca e Imagem do Crédito Agrícola tem vindo a aumentar a sua notoriedade ao longo dos últimos anos,

apesar de uma conjuntura menos favorável para o sector bancário. Com o foco nas relações de proximidade

e a clara missão de desenvolvimento das comunidades locais, o Crédito Agrícola é uma instituição credível

e sólida. A aposta numa estratégia de reinvestimento dos resultados gerados e de maximização do valor a

longo prazo tem contribuído para uma melhor relação com os stakeholders e a reputação de uma instituição

financeira que promove o bem-estar das populações. O seu reconhecimento, por parte dos Clientes e

público em geral, torna-se visível através dos prémios que uma vez mais as Empresas Seguradoras e a

Actividade Bancária receberam.

Assim, e pelo sétimo ano, a CA Seguros foi reconhecida como a Melhor Seguradora Não Vida, sendo o

prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B. Em 2017, no estudo do

ECSI, a CA Vida recebeu o prémio referente ao 1º Lugar no Índice de Satisfação do Cliente no Segmento

Seguros – Ramo Vida. No mesmo estudo, e à imagem do resultado de 2016, ficou em 1º lugar no Índice de

Lealdade do Cliente.

Relativamente à CA Gest, os Fundos CA Rendimento e CA Monetário foram os fundos mais rentáveis em

2017 na sua respectiva classe e consequentemente elegíveis para a atribuição do prémio APFIPP.

Em 2017, o Grupo CA manteve o mesmo investimento em comunicação dos anos anteriores, sendo que no

mercado também não se verificou qualquer aumento, fruto da situação económica e social que o país ainda

está a atravessar. O Crédito Agrícola ocupa o Top Ten em investimento em 2017 com a 9ª posição. Em 2017,

a política de comunicação do Crédito Agrícola teve como principal objectivo responder aos desafios de um

mercado cada vez mais exigente, e uma vez mais mostrar ao público em geral a sua atitude diferenciadora

da restante Banca.

As diversas acções que foram desenvolvidas para as pequenas e médias empresas portuguesas criando

estimulo à criação e ao desenvolvimento dos seus negócios, como é o reconhecimento às empresas PME

Líder e Excelência nossas Clientes, àqueles que ainda iniciaram há pouco as suas actividades premiando-

lhes com o Prémio Inovação e Empreendorismo CA, o apoio às principais Feiras do Sector como é a Feira

Nacional da Agricultura, a OVIBEJA, e o SISAB e a promoção do Concurso de Vinhos e o patrocínio ao

Concurso Internacional de Azeites.

Em 2017 foi elaborado o Relatório de Sustentabilidade com o contributo de todas as Caixas Associadas e

Empresas Participadas, dando nota da Responsabilidade que o Grupo tem para com os seus Clientes, com

as Comunidades e com os Colaboradores.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 72

Deu-se continuidade ao “Prémio

Empreendedorismo e Inovação CA” – iniciado

em 2014, e que tem vindo a assumir particular

importância para o CA – lançando a 4ª edição

desta iniciativa, e acentuando o

posicionamento do CA como sendo a instituição

financeira que aposta e reconhece o tecido

empresarial português como estratégico para a

revitalização da economia nacional,

contribuindo para o aumento da sua

competitividade.

A edição de 2017 foi dedicada às fileiras

estratégicas nacionais, designadamente,

os cereais, a floresta, a hortifruticultura e a

produção animal, e contou com a associação da

ANI – Agência Nacional de Inovação, através do

seu programa “Born from Knowledge”, que

distinguiu a entidade cuja inovação “nasça do

conhecimento”, atribuindo a distinção BfK.

Os prémios distinguiram projectos e entidades nestas categorias e ainda uma categoria de reconhecimento

especial, designada de “Projectos de Elevado Potencial promovidos por Associados do Crédito Agrícola”,

num total de € 30.000.

Agregada a esta iniciativa foram implementados os Ateliers de Inovação, que

consistiram em quatro workshops para apoiar projectos de inovação nestas fileiras a

colocar no mercado produtos e serviços de sucesso. Tendo decorrido ao longo do

primeiro semestre de 2017, estas iniciativas também contaram com o apoio da Direcção-Geral de

Agricultura e Desenvolvimento Rural / Rede Rural Nacional.

Por forma a ser agregada toda a informação sobre esta

iniciativa foi dada continuidade ao site concebido para o

efeito em (www.premioinovacao.pt), tendo-se registado

18.475 visualizações.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 73

No âmbito da parceria estratégica com a Portugal Fresh, e ainda

contribuindo para reforçar o nosso posicionamento de banco cooperativo

que apoia o desenvolvimento de um dos sectores que está em curva

ascendente (o sector hortofrutícola está muito desenvolvido do ponto de

vista tecnológico) foram promovidos 2 Workshops sob a temática

“Cooperar para Exportar”.

O principal objectivo foi proporcionar uma visão prática de estratégias e

instrumentos destinados a potenciar a actividade exportadora das

empresas.

Destinado a empresários, produtores, representantes de entidades e

outros intervenientes dos mais variados sectores de actividade, os

eventos decorreram em Paredes de Coura e Santarém (no âmbito da Feira

Nacional de Agricultura), sendo esta mais uma iniciativa do CA para apoiar

o desenvolvimento das economias locais, nomeadamente através da dinamização do negócio da

exportação das empresas portuguesas.

Homenagem, pelo 4º ano consecutivo, às PME Líder e PME Excelência, num evento de reconhecimento às

empresas, clientes do Grupo, que mais contribuíram para a competitividade e crescimento da economia

portuguesa, e cujo desempenho superior e perfil de risco lhes mereceu a atribuição do Estatuto PME Líder

e PME Excelência 2016, por parte do IAPMEI e do Turismo de Portugal. A cerimónia, que decorreu no

Convento do Beato em Lisboa, contou com a presença dos representantes das empresas homenageadas,

dos responsáveis das Caixas de Crédito Agrícola e da Caixa Central das quais as empresas são Clientes, de

representantes do Conselho Geral e de Supervisão e do Conselho de Administração Executivo da Caixa

Central, bem como do Presidente do IAPMEI. O Grupo Crédito Agrícola, que ao longo dos anos tem vindo

a reforçar o apoio ao tecido empresarial

português – quer através do lançamento

de produtos e serviços que respondam

às suas necessidades, quer pela criação

de iniciativas que visem o

desenvolvimento das empresas –, vê

crescer o número de PME suas clientes

distinguidas. Entre 2015 e 2016 o

número de empresas com estatuto

aumentou 36% (em 2015 contou com

163 distinções e em 2016 o número

subiu para 221), o que denota o cuidado

e a proximidade do único banco

cooperativo aos seus clientes.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 74

O 4º Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola,

realizado em parceria com a Associação dos

Escanções de Portugal, destina-se a produtores e

cooperativas clientes do CA. Dos cerca de 200 vinhos

brancos, tintos e espumantes colocados à prova por

120 produtores nacionais das várias regiões

vitivinícolas do país, o júri distinguiu, durante as

provas cegas realizadas a 20 e 21 de Outubro no

Mercado de Vinhos do Campo Pequeno, 59 vinhos

com a Tambuladeira dos Escanções de Portugal, 21

com medalhas de ouro e 38 com medalhas de prata.

A gala do 4º Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola foi

realizada na Estufa-Fria, em Lisboa, onde foram

homenageados os vencedores do 4º Concurso de

Vinhos do Crédito Agrícola. A cerimónia de entrega dos

prémios, que contou com a presença do Secretário de

Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros

Vieira e da Directora Regional da Agricultura e Pescas

de Lisboa e Vale do Tejo, Elizete Jardim, foi conduzida

por Sílvia Alberto e reuniu duas centenas de

convidados entre produtores, representantes de

cooperativas, enólogos, escanções e responsáveis do

Crédito

Agrícola de todo o país. Nesta 4.ª edição foram distinguidos

vinhos, oriundos das regiões vitivinícolas dos Vinhos

Verdes, Douro, Távora-Varosa, Beiras, Dão, Bairrada, Tejo,

Lisboa, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve.

Realizou-se o II Encontro de

Administrações do Grupo Crédito Agrícola,

realizado em Maio, no Centro Cultural de

Belém, e que reuniu todas as Empresas

Participadas, e os Presidentes e

Administradores Executivos dos Conselhos

de Administração das 82 Caixas Associadas

para uma análise e reflexão sobre o

desempenho do CA e as oportunidades e

desafios que se afiguram ao Grupo, bem

como para a distinção das Caixas que mais se

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 75

destacaram pelos resultados comerciais alcançados. O Encontro contou ainda com a presença de Fernando

Faria de Oliveira, Presidente da Associação Portuguesa de Bancos.

A nível do mediatismo destacamos a Conferência de Imprensa para apresentação dos resultados do Grupo

de 2017, que decorreu no Auditório da Caixa Central, a presença do Presidente do CA no Fórum Banca

organizada pelo Jornal Económico e pela PwC, que reuniu líderes do setor financeiro, a realização de

entrevistas concedidas pelo Presidente do CAE, nomeadamente ao Jornal de Negócios, ao Programa

Conversa Capital – Antena 1, e ao Semanário Expresso.

Destaca-se ainda a participação do Presidente do Conselho

de Administração Executivo da Caixa Central enquanto

orador no Fórum da Competitividade e Qualidade Agro-

alimentar, uma iniciativa da AJAP integrada na 53ª edição

FACIM-Feira Internacional de Maputo (Moçambique).

Relações Institucionais

Conhecer o universo cooperativo português,

particularmente o sistema financeiro, e ter registo

das suas boas práticas, continua a motivar um

interesse crescente por parte de Cooperativas de

Crédito de vários países, designadamente do Brasil e

da China. Nesse âmbito, o Grupo CA recebeu em

2017 várias comitivas em representação do SICOOB,

da CRESOL e do SICREDI (Brasil) bem como do Jiangxi

Provincial Rural Credit Union Cooperatives (China).

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 76

Nova Campanha “CA Express”

Conforme estabelecido no Plano de Marketing e

Comunicação 2017, o Crédito Agrícola lançou uma nova

campanha publicitária CA EXPRESS (MacroCampanha

A1), que esteve presente em televisão, rádio, imprensa,

internet, mupis e autocarros da Grande Lisboa e Grande

Porto e Agências CA.

Com o mote “Tudo o que valoriza, em menos de nada”

a campanha promoveu o serviço inovador CA Express, a

atribuição imediata do Cartão de Débito personalizado

no momento da abertura de conta, bem como reforçou

os principais valores do CA (a proximidade, a solidez, a

confiança e a longevidade).

Uma campanha inovadora que contou ainda com a

particularidade de ser protagonizada por

Colaboradores do Crédito Agrícola e seus familiares o que permitiu reforçar a proximidade do CA com os

seus Clientes que reconheceram, no grande ecrã, rostos da sua Agência local.

O filme da campanha deu a conhecer três histórias distintas que transportaram os telespectadores para os

valores da instituição. A transição entre cada história foi feita

através da presença visual e som do ponteiro de um relógio,

com o objectivo de demonstrar a rapidez e simplicidade por

detrás do processo de abertura de conta com o serviço CA

Express.

A campanha reforçou a posição do Crédito Agrícola no mercado

bancário, demonstrando ao público em geral que o CA é um

Banco centenário que está na vanguarda da tecnologia.

MacroCampanha “CA Comércio e Serviços”

Dirigida ao sector do Comércio e Serviços e com a mensagem

“Ambicione mais para o seu negócio”, a campanha

pretendeu reforçar a posição do Crédito Agrícola no

segmento do sector do comércio e serviços e subsectores

Turismo/Alojamento, Restauração e Saúde, enquanto

parceiro de referência que conhece o sector e as suas

necessidades.

Na referida MacroCampanha foi reutilizado o filme publicitário produzido no ano transacto, com o claim

“Se a Vida te dá Limões, há um Banco que te ajuda a saber o que fazer com eles”, sendo que foram

efectuados pequenos ajustes na locução e na legenda do referido filme.

A Campanha esteve presente em televisão, rádio, imprensa, internet e nas Agências do Crédito Agrícola.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 77

Celebração “Dia do CA | 1 de Março “

Em 2017, foi instituído o “Dia do CA”. Celebrado no dia 1 de Março, data em

que foi constituído o Crédito Agrícola, por Decreto com força de Lei de 1 de

Março de 1911 e que estabeleceu as bases do Regime Jurídico das Caixas de

Crédito Agrícola Mútuo, este dia pretende assinalar a vitalidade do CRÉDITO

AGRÍCOLA, enquanto instituição centenária, fortemente enraizada na

sociedade portuguesa.

Assim, foi implementado um Concurso Publicitário com Sorteio de 1

Automóvel Eléctrico.

Por forma a envolver as comunidades locais no ”Dia do CA”, as Caixas

Associadas foram igualmente incentivadas a realizar acções neste dia, tais

como oferta de brindes a todos os Clientes que visitassem uma Agência CA,

oferta de café em estabelecimentos da zona de envolvência da Caixa

Associada/Agência e oferta de cocktail com animação musical a Clientes e

entidades oficiais.

CA Revista

O ano de 2017 marca o 13º ano de edição deste veículo de comunicação forte,

personalizado e prestigiante e que, ao longos de 46 edições tem vindo a

divulgar a actividade do Grupo, a informar sobre o mercado económico e

financeiro, a realçar o papel das Caixas Associadas no desenvolvimento

local/regional, bem como a abordar temas relevantes a nível social.

A linha editorial continua a privilegiar a transversalidade dos temas e a

publicação é editada em papel e disponibilizada no site em versão digital.

Patrocínio “1 Minuto de Economia (SIC)”

Patrocinado em exclusivo pelo Crédito Agrícola desde 2009, o

programa 1 Minuto de Economia”, um programa de

actualidades financeiras com um formato diferenciador

transmitido no canal SIC, de 2ª a 6ª feira em horário nobre,

revelou-se novamente uma parceria acertada para a divulgação

da marca CA junto do público em geral.

De referir que em 2017 foi introduzido um programa “Especial

Empresas”, transmitido semanalmente à 6ª feira, que para além

de compilar temas de interesse para as empresas, fez a

cobertura de eventos institucionais do CA, nomeadamente: Apresentação de Resultados do Grupo CA;

Jantar PME Líder e Excelência CA; Jantar de Gala Concurso de Vinhos CA; Cerimónia de Entrega do Prémio

Empreendedorismo e Inovação CA.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 78

Patrocínio “Os Extraordinários (RTP)”

Em 2017, o Crédito Agrícola patrocinou o programa televisivo

“Os Extraordinários”, transmitido aos Domingos à noite em

horário nobre, tratou-se do 1º e único programa em que

competências como a destreza mental e as habilidades de

memória desempenharam o papel principal.

Apresentado por Sílvia Alberto, o rosto do Crédito Agrícola nos

últimos anos, o programa contribuiu para aumentar a

notoriedade do Grupo, trazendo-nos juventude, modernidade, sofisticação, simpatia e reforçando

atributos como talento, destreza e inovação.

A associação a este programa revelou-se igualmente oportuna, dado que o período de transmissão do

programa permitiu-nos:

• Impulsionar as nossas Campanhas Publicitárias;

• Reforçar o posicionamento do CA como sendo uma instituição financeira que valoriza os talentos

nacionais;

• Usufruir de uma presença num canal de grande audiência durante aproximadamente 2 meses.

Em 2017, destacamos os seguintes patrocinados:

Surf

Katlheen Barrigão - Campeã Nacional Long Board Feminino

Surf Body Board

Teresa Almeida - Vice-Campeã Europeia

Râguebi

CDUL - Campeões Nacionais

Snooker

João Salgadinho - Campeão Nacional do Campeonato Nacional Interbancário

Ciclismo

Julian Espinoza - Vencedor Taça Nacional – Cadetes

Pedro Lopes - Vencedor Taça de Portugal - Juniores

Tiago Santos - Vencedor Nacional de Escolas de Infantis

Guilherme Mota - Campeão Nacional de Fundo

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 79

Motociclismo

Mário Patrão - 3º Classificado, Campeão Nacional de TT e Rali e 20º

Classificado “Dakar 2017”

Kart

Pedro Rilhado - Vice Campeão Nacional – Troféu Rotax MAX

Challenge

Automobilismo

Rui Ramalho - Campeão Nacional Campeonato Nacional de

Montanha

Rafael Lobato - 3º Classificado Campeonato Nacional TCR

Pedro Ramalho - 3º Classificado Campeonato Nacional de

Montanha

Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja

Pelo terceiro ano, o Grupo Crédito Agrícola foi o Patrocinador

Exclusivo do 7º Concurso Internacional de Azeites Virgem

Extra – Prémio CA Ovibeja, concurso organizado pela ACOS -

Associação de Agricultores do Sul em parceria com a Casa do

Azeite - Associação do Azeite de Portugal.

O Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra,

distinguido como o melhor do mundo, é o único de âmbito

internacional realizado em Portugal que tem como objectivo

principal distinguir os Azeites Virgem Extra de excelência,

promovendo sobretudo a cultura e a imagem do Azeite de

qualidade.

A participação neste concurso é destinada a todos os

produtores individuais, associações de produtores,

cooperativas e empresas de embalamento devidamente

registadas, sendo realizado no âmbito da Feira Ovibeja, da

qual o CA é patrocinador oficial.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 80

Feiras

Ao longo do ano o Grupo Crédito Agrícola

marcou presença em Feiras e Eventos, por

todo o território nacional, integradas nas

principais áreas de negócio do Grupo, em

especial na Agricultura, Imobiliário, Empresas

e ENI, Negócio Internacional e Emigração,

mostrando ser um Banco moderno e

dinâmico e com uma ampla oferta de

Produtos e Serviços.

Referimo-nos ao SISAB, AGRO, Ovibeja, Feira

Nacional da Agricultura, Expofacic, Fatacil,

Agroglobal, Salão Imobiliário de Portugal (SIL) e

“Mercados” do Campo Pequeno, onde o Crédito Agrícola tem um espaço para promoção da marca e da

oferta direccionada de Produtos e Serviços em cada feira.

Ao associar-se a estes eventos, ano após ano, o Grupo Crédito Agrícola reforça o seu papel activo no

desenvolvimento e na promoção das regiões, da sua cultura e das suas tradições.

SIL

O Crédito Agrícola marcou novamente

presença no Salão Imobiliário de Portugal

(SIL), ponto de encontro de investidores,

empresários, técnicos, organismos

públicos e consumidor final. O evento

assumiu-se como uma plataforma

dinamizadora de negócios do sector

imobiliário. No stand do Crédito Agrícola,

além de informação sobre a carteira de

imóveis do Banco, o Grupo deu a conhecer

as condições vantajosas para quem

pretende investir neste mercado.

SISAB

O Crédito Agrícola reforçou o seu apoio à internacionalização das empresas portuguesas e consolidou a

aposta na exportação, como um sector estratégico para a revitalização da economia nacional, através da

sua presença, pelo 6º ano consecutivo, no SISAB – Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas. Em

2017, este evento contou com a representação de 14 sectores das áreas alimentar e bebidas – desde o

vinho ao azeite, conservas, passando pela pecuária, doçaria e produtos biológicos, tendo sido registado a

visita de 1.700 compradores internacionais, oriundos de mais de 110 países.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 81

Fruit Logistica e Fruit Attraction

Tendo em conta o desenvolvimento do negócio internacional, a elevada notoriedade que o CA tem junto

dos Associados da Portugal Fresh e dos players do sector hortofrutícola, e ainda junto de outras entidades

(nacionais e estrangeiras) com peso no sector, o CA manteve pelo 5º ano consecutivo a parceria estratégica

com a PF, e reconhecendo a exportação como factor estratégico para a revitalização da economia

portuguesa.

Assim, o Crédito Agrícola participou nas Feiras Internacionais “Fruit Logistica ” (Berlim) e “Fruit Attraction”

(Madrid).

Festa dos Santos Populares em Paris

Além-fronteiras, o Grupo Crédito Agrícola marcou igualmente presença, através de um stand, junto da

comunidade de emigrantes, em Paris.

Redes Sociais

Com a utilização das redes sociais facebook, instagram e

linkedin, o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua presença

junto de um público mais jovem. Como exemplo, no final de

2017 e só no facebook, o Crédito Agrícola contava com quase

100.000 fãs.

Comunicação Interna

CAIS

Em 2017 iniciámos uma nova versão do Portal Corporativo do Grupo Crédito Agrícola, baseado numa versão

do SharePoint mais recente, com novas funcionalidades que procuram ir de encontro às necessidades

identificadas, tais como a pesquisas, e a criação do Perfil Core, direccionado para áreas especificas. Ao

mesmo tempo, uma nova imagem para criar sentimento de pertença a um Grupo.

A nova intranet trará vantagens como o reforço do sentimento de pertença global ao Grupo, o acesso mais

fácil e rápido à informação (sinergias derivadas da centralização) e a comunicação mais ágil e eficiente (com

o acesso a novas ferramentas úteis para o trabalho diário de cada colaborador e a partilha de informação

entre colegas).

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 82

CA Entre Nós

Em 2017, o Crédito Agrícola apostou no lançamento de newsletter

digital mensal “CA Entre Nós”, para dinamizar a comunicação

interna e fomentar a cultura de Grupo. Esta é enviada por e-mail

aos colaboradores do Grupo e simultaneamente disponibilizada no

CAIS.

Manter os colaboradores informados sobre os acontecimentos do

Grupo e reforçar a proximidade e partilha da informação entre as

Caixas Associadas é o principal objectivo sendo que para isso os

temas abordados são abrangentes e diversificados. Refira-se a título

de exemplo o destaque para a realização de Eventos do Grupo,

Seminários, Prémios recebidos; assuntos relacionados com a

actividade e actualidade do Grupo; Negócio Internacional; Práticas

de Sustentabilidade do CA; Inovação; partilha de informações úteis

ao nível da organização do Grupo e Passatempos.

Concursos de Natal

Anualmente, o Grupo Crédito Agrícola promove os

Concursos de Natal - “Desenho” para os filhos e netos dos

colaboradores e “Escrita” para os colaboradores. Em 2017,

os trabalhos foram sob o tema “Solidariedade”.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 83

Apoio e dinamização comercial às Caixas Associadas

Objectivos Comerciais - Informação de Gestão Comercial (IGC)

A estratégia comercial desenvolvida nos últimos anos, em alinhamento com o programa de transformação

que tem sido posto em prática no Grupo Crédito Agrícola, veio introduzir uma gestão comercial fortemente

focada no cumprimento de objectivos nas Caixas Associadas. A crescente prática de controlo de resultados,

por parte das Coordenações Comerciais e Responsáveis de Agência, demonstra o alinhamento com esta

nova dinâmica.

Em 2017 foram desenvolvidas e implementadas diversas iniciativas no âmbito da ferramenta de Informação

de Gestão Comercial (IGC), no sentido do enriquecimento da informação apresentada aumentando a

utilidade no controlo de resultados comerciais.

Iniciativas implementadas em 2017:

Adaptação da aplicação às novas regras e estrutura de rubricas comerciais aprovadas e em vigor

em 2017;

Publicação dos objectivos comerciais definidos para 2017 por Caixa Associada, Agência e

Colaborador;

Implementação da regra de arredondamento dos objectivos à unidade;

Consolidação do acompanhamento dos objectivos ao nível de Colaborador;

Consolidação do acompanhamento dos objectivos ao nível do Gestor de Empresa;

Disponibilização de opção de download de detalhe da informação;

Melhorias na performance da aplicação;

Disponibilização das visões temporais na produção nova/ objectivos aos Colaboradores.

Utilização da Aplicação IGC:

Fonte: IGC

Em 2017 o nº de utilizadores únicos da IGC foi de 3.092, representando a totalidade dos acessos dos

Colaboradores com funções comerciais das Caixas Associadas, Direcções da Caixa Central e Empresas do

Grupo. Estes dados permitem afirmar que se trata de uma aplicação de utilização universal no Grupo

Crédito Agrícola.

A média de sessões por Colaborador foi de 41 sessões em 2016, verificando-se que em 2017 registou-se

uma média de 67 sessões, que comprova o crescente interesse na utilização ao nível da diversidade da

informação consultada por cada Colaborador, reflexo também das melhorias que têm sido incorporadas e

da relevância que as Caixas Associadas atribuem à ferramenta IGC para a monitorização da sua actividade

comercial.

Nº de Colaboradores SICAM com perfil comercial (último trimestre 2017) 2.064

Nº Utilizadores únicos (Jan.-Dez. 2017) 3.092

Número de sessões 2017 206.439

Média Sessões por utilizador 2017 67

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 84

O nº de visualizações manteve-se mais uniforme ao longo do ano, registando-se uma média semanal de

22.561 visualizações.

Fonte: IGC

É notória uma utilização mais intensa no final do semestre;

De destacar a utilização cada vez mais intensa com o aproximar do final do ano;

As 2 últimas semanas quebraram o padrão de utilização anterior.

A informação disponibilizada na aplicação IGC foi acompanhada de uma acção constante de proximidade

junto das estruturas de coordenação comercial das Caixas Associadas, com os seguintes objectivos:

Comunicação às Caixas Associadas dos objectivos comerciais anuais definidos para cada rúbrica e

variável de negócio;

Acompanhamento de resultados e monitorização permanente da evolução do cumprimento dos

objectivos, num esforço conjunto, e com o envolvimento das Coordenações Comerciais das Caixas

Associadas.

Resultados Comerciais alcançados em 2017

No ano de 2017, o desempenho da actividade comercial foi muito positivo, tendo-se atingido os objectivos

comerciais em 20 rubricas, de um total de 21 com objectivos definidos, com GRO Médio de 107,63%. Em

termos comerciais, 2017 foi o ano de maior desempenho comercial do Crédito Agrícola.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 85

Nº de Caixas Associadas que cumpriram Objectivos anuais por variável

Fonte: IGC

Analisando os dados por variável de objectivo em 2017, apenas nos Cartões de Crédito não foi cumprido o

objectivo, registando-se em 9 variáveis GRO acima dos 110%. Nas variações homólogas, são notórias as

variações positivas, a maioria acima dois 2 dígitos.

GRO % por Variável IGC 2017

Fonte: IGC

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 86

Campanhas

Em 2017 deu-se continuidade à dinamização das campanhas definidas no Plano de Marketing e divulgação

de resultados semanais através dos Coordenadores Regionais junto das Coordenações Comerciais e

Responsáveis de Agências das Caixas Associadas, como forma de estímulo à venda, e foco da rede comercial

nos produtos e condições especiais de campanha para Clientes.

Tem sido feita uma evolução significativa no envolvimento da rede nas Campanhas do Plano anual de

Marketing, e no reforço da importância do trabalho de toda a estrutura das Caixas Associadas no

cumprimento dos objectivos definidos como ferramenta importante para o cumprimento dos objectivos

comerciais anuais.

Comparação evolução Produção Nova 2017 vs períodos de Campanhas 2017

Fonte: IGC

Existe uma nítida relação entre a evolução semanal da produção de novos contratos e os períodos das

campanhas onde entram os respectivos produtos, com picos naturais de produção no final dos períodos de

campanha.

Atendendo à importância da monitorização semanal dos resultados das campanhas à 2ª feira e sua

divulgação atempada à rede, iniciaram-se no final de 2017 os trabalhos para desenvolvimento e

automatização dos rankings das Campanhas, integrados em plataforma de informação já existente para o

efeito, utilizando como fonte os dados da IGC (Informação de Gestão Comercial) reflectindo-se numa

importante redução de trabalho que é realizado actualmente de forma manual, com o respectivo aumento

da eficiência de recursos.

CA TARGET

Durante o ano de 2017 finalizaram-se os desenvolvimentos, lançamento e implementação no terreno, do

CA Target, novo motor de geração de leads incorporado na plataforma CA GPS. Este motor introduz um

conceito de geração de leads diária, em contexto de Cliente, tendo por base a informação de eventos

relacionados com perfil, comportamentos de compra e interacções associadas aos produtos detidos.

A implementação de uma solução que processe esta informação, gerindo oportunidades comerciais

adaptadas às necessidades dos Clientes, faz do CA Target uma ferramenta fundamental a ser implementada

e consolidada em todas as Caixas Associadas.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 87

No primeiro trimestre do ano deu-se continuidade à definição por cada Colaborador, por parte de cada

Caixa Associada, dos valores de NIC (Nível de Intensidade Comercial) - que define o nº de Clientes que cada

colaborador tem alinhado, e de TDC (Tempo Disponível para Contactos) - que define o tempo em horas/dia

que cada colaborador tem para ocupar com contactos comerciais pró-activos, e que, em conjunto, definem

o número de leads recebidas diariamente por Colaborador.

Fase de Lançamento

Em Março foi lançada a fase Piloto II, com alargamento faseado aos 100 eventos aprovados,

havendo lugar a ajustes e desenvolvimento de melhorias identificadas pelas Caixas Associadas,

etapa fundamental num projecto desta dimensão.

No dia 3 de Abril, o CA Target foi alargado a todas as Caixas Associadas, tendo sido fortemente

divulgada e apoiada no terreno pela equipa de Coordenadores Regionais da DDN. Este lançamento

foi acompanhado por um Road Show a nível nacional, com a presença dos CAE das Caixas

Associadas e CAE da Caixa Central, que permitiu consolidar a importância do CA Target junto das

Administrações de todas as Caixas Associadas.

A partir desse dia, todos os Colaboradores com funções comerciais passaram a receber leads diárias

dos seus Clientes Particulares (de eventos e das campanhas incluídas no Plano de Marketing), que

representam as melhores oportunidades de venda do dia, tendo em conta regras de prioridade,

valor e importância para o negócio definidas pelo Grupo CA.

O 2º semestre do ano comportou ainda um forte investimento por parte das equipas no

desenvolvimento dos dashboards da actividade do CA Target, que vão permitir a monitorização

diária, nas diversas dimensões do negócio, com um nível de detalhe que permite a Coordenações

Comerciais, Responsáveis de Agência e aos próprios Colaboradores, desenvolver melhorias nas

suas acções diárias, com forte impacto nas boas práticas e dinâmica comercial e

consequentemente, nos resultados comerciais.

Nova funcionalidade Auto-dial

Esta nova dinâmica comercial incluiu ainda, no âmbito deste projecto, a realização das chamadas

telefónicas a Clientes através da funcionalidade Auto-dial, que regista no sistema GPS, os dados de todas

as chamadas efectuadas em âmbito de actividade comercial pró-activa para tratamento de compromissos

comerciais. Esta funcionalidade veio adicionar transparência no processo de tratamento dos compromissos

comerciais.

Apoio às Caixas Associadas

Decorrente da importância e exigência deste projecto, verificou-se durante o ano constante apoio e

envolvimento das equipas em articulação com os Coordenadores Regionais no terreno, por forma a

dinamizar o CA Target, respondendo de forma eficaz às dificuldades de utilização e dúvidas colocadas pelos

Colaboradores.

Desenvolvimento contínuo - Keep On Target

Existindo a consciência de que projectos de grande dimensão necessitam de contínuas acções de melhoria,

dinamização e monitorização, adequando tanto quanto possível o potencial desta ferramenta às

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 88

necessidades reais das Caixas Associadas, entendeu-se ser fundamental assegurar iniciativas regulares que

promovam o acompanhamento técnico e os ajustes, em tempo útil, que se revelam necessários para

garantir que o CA Target sirva o seu objectivo: melhoria da performance comercial das Caixas Associadas.

Gestor de Cliente Empresas – Desenvolvimento do negócio especializado no segmento das PME

Pela importância reconhecida no Grupo Crédito Agrícola para a necessidade de desenvolvimento do

negócio junto do segmento das PME, foi iniciado em 2016 o projecto de implementação da função de

Gestor de Clientes Empresa (GCE). Em 2017, integraram o projecto 29 Gestores Cliente Empresas de 24

Caixas Associadas, com a seguinte produção:

Os resultados atingidos nas Caixas Associadas que implementaram esta função, permitem-nos concluir que

houve uma melhoria no desempenho junto do segmento Empresas (PME), tendo possibilitado desde logo

um maior reconhecimento do mercado relativamente ao posicionamento do Grupo Crédito Agrícola.

As novas operações de crédito realizadas em Clientes encarteirados ascenderam a 269 milhões de euros.

Analisando a evolução líquida das rubricas de crédito e recursos nos Gestores de Cliente Empresas,

podemos verificar que durante o ano de 2017 houve um aumento de 22% no crédito e 17% nos recursos.

Fonte: IGC Os valores que constituem o “Início 2017” incluem 29 GCE, sendo que 2 destes foram incluídos

no decorrer do ano.

O posicionamento do Grupo Crédito Agrícola no segmento empresas PME através da especialização do

modelo comercial das Caixas Associadas, permite às Caixas Associadas que aderiram ao Projecto GCE:

Maior Foco ao Segmento Empresas (PME):

Segregação de funções internas nas Caixas Associadas;

Início 2017 Fecho 2017 ∆ % ∆ €

Crédito 474.731.801 € 577.869.678 € 21,73% 103.137.877 €

Recursos 197.352.934 € 231.328.265 € 17,22% 33.975.332 €

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 89

Apoio de estruturas especializadas para o desenvolvimento do negócio no segmento PME,

ajudando a: (i) desenvolver competências locais; (ii) apoiar na análise/estruturação de

operações e (iii) identificar e dinamizar contacto a Clientes de dimensão e com bom risco

na zona de influência da Caixas Associada;

Gestão especializada, diferenciada e direccionada ao segmento alvo.

Unificar critérios de actuação:

Abordagem comercial uniforme a este segmento em todas as Caixas Associadas;

Padrão de qualidade transversal e de actuação: (risco / rentabilidade) nos GCE das Caixas

Associadas;

Rede de contactos entre Caixa Associada com a função de GCE implementada.

Dinamizar a Concessão de Crédito:

Acesso e utilização de ferramentas e mecanismos de acompanhamento do negócio e

dinamização da captura de Clientes;

Incremento da quota de mercado no sector agrícola e transformador, e

diversificação/dinamização de outros sectores;

Partilha/participação em operações de Crédito Sindicado (montantes elevados com

partilha de risco entre Caixas Associadas) em sectores estratégicos.

Aumentar a notoriedade do Grupo Crédito Agrícola:

Transmissão de mensagem diferenciadora que o GCA não tem condicionalismos sectoriais;

Alargar o âmbito de actuação do GCA para segmento de menor risco, com potencial a

maximizar pelo GCA (PME);

Presença no sector social/saúde, reabilitação urbana, energia e aposta em parcerias e

protocolos.

O projecto potenciou ainda, a especialização de recursos dedicados em exclusivo ao segmento alvo e a

formação contínua dos recursos envolvidos, assim como assegurar um coaching efectivo aos recursos

dedicados à função.

O ano de 2018 será, certamente, desafiante, estando perspectivadas um conjunto de iniciativas que o

Grupo Crédito Agrícola irá implementar e que pretendem contribuir para a melhoria contínua do trabalho

especializado junto das PME locais.

Novo Modelo de Gestão dos Fundos de Investimento Mobiliário

A IM Gestão de Activos passou a ser a Sociedade Gestora dos FIM do Crédito Agrícola em substituição da

CA Gest. Esta substituição teve como pressuposto a continuidade da excelente performance que os Fundos

CA têm apresentado e é um passo que confirma a orientação do Grupo Crédito Agrícola junto dos seus

Clientes, ao possibilitar, a curto prazo, a selecção e disponibilização de uma base mais alargada de

instrumentos de investimento geridos por sociedades internacionais aos Clientes do Grupo Crédito

Agrícola.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 90

Com esta alteração, a DDN passou a assegurar, em complemento à dinamização comercial, o

relacionamento com a IMGA e com as diversas Direcções da Caixa Central, relativamente aos FIM’s, tarefa

que até à data era da responsabilidade da CA Gest.

O Crédito Agrícola terminou novamente o ano com dois fundos a distinguirem-se como os melhores nas

suas categorias de acordo com os dados da APFIPP: O CA Rendimento, pelo quarto ano consecutivo, por

ter obtido na sua categoria a melhor rentabilidade anual e o CA Monetário que se mantém, ao longo dos

últimos 7 anos, como o melhor fundo da sua classe.

Em 2017 a carteira de fundos mobiliários de Clientes do Crédito Agrícola cresceu 69,9M€, tendo atingido o

valor global de 473 M€, o mais alto de sempre.

Fonte: IGC

Este desempenho reflecte a excelente prestação comercial da Caixa Central e das Caixas Associadas, no que

se refere à dinamização e comercialização de fundos de investimento mobiliário: i) GRO de 108,05%; ii) 57

Caixas Associadas com GRO acima de 100%; iii) 431 Agências com GRO acima de 100%.

Iniciativa de Melhoria de Qualidade de Dados

Esta iniciativa tem como objectivo colmatar deficiências importantes relativas à qualidade e falta de dados

dos actuais Clientes, nomeadamente em matéria de integridade, completude, coerência, temporalidade e

unicidade, contando com a acção conjunta de várias Direcções da Caixa Central.

A adesão e o envolvimento de 79 Caixas Associadas reflecte o sucesso da iniciativa e o crescente

reconhecimento da importância da qualidade de informação, tendo sido traduzido numa correcção de erros

superior a 1,4 milhões abrangendo cerca de 95 mil clientes.

O ano de 2018 será de contínua sensibilização dos utilizadores dos sistemas de informação para a

necessidade de continuar a melhorar a qualidade da nossa base de dados.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 91

1.6.5 Negócio bancário urbano

a. Negócio de retalho

A actividade de Retalho da Caixa Central mantem uma evolução muito positiva, reforçando os resultados

obtidos em 2016, aproveitando a recuperação da economia portuguesa.

Os resultados apresentados no final do ano de 2017, no valor de 2,7 milhões de euros, são demonstrativos

do sucesso actual do projecto CA nos centros urbanos, onde se inclui a recente abertura de uma agência

na Região Autónoma da Madeira.

No final de 2017, a Direcção de Retalho apresenta um volume de negócios de 511 milhões de euros,

proporcionando um Produto Bancário no valor de 7,2 milhões de euros.

Efectivamente, o ano 2017 encerrou com resultados muito positivos, perspectivando-se um ano de 2018

em linha com a evolução actual, apesar da manutenção de uma conjuntura de mercado muito exigente ao

nível da reduzida margem financeira do negócio bancário.

Rácio de transformação

A Direcção de Retalho desenvolveu a sua actividade em 2017 no segmento dos particulares, mantendo

especial relevância no Crédito Habitação e produtos associados, produtos que permitem não só o

incremento da Margem Financeira mas também da Margem complementar.

O Crédito Habitação proporciona a possibilidade de elevada vinculação junto dos clientes através da venda

de produtos geradores de comissões, como é o exemplo dos seguros.

dez-16 dez-17 Var. (%)

Margem Financeira 4.039.978 € 4.648.627 € 15,1%

Comissões 1.759.569 € 1.959.110 € 11,3%

Produto Bancário 6.299.940 € 7.215.762 € 14,5%

Resultados B. Exploração 2.946.587 € 3.433.957 € 16,5%

Imparidade 284.643 € -468.402 € -264,6%

Resultado Líquido 3.002.266 € 2.720.398 € -9,4%

Rácio Eficiência 56,9% 56,0% -1,6%

Número agências 11 11 0,0%

Nº colaboradores 49 48 -2,0%

PRINCIPAIS INDICADORES (EVOLUÇÃO HOMÓLOGA)

Média 83%

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 92

A Banca Seguros mantem-se como um instrumento importante na obtenção de margem para o negócio

bancário, tendo proporcionado um comissionamento total em 2017 no valor de 376 mil euros.

Ao nível dos pequenos negócios e PME, foi desenvolvido um trabalho muito focado no comércio e serviços,

tendo como “produto estrela” os TPA.

Nas PME mantivemos a nossa aposta ao sector do turismo em Lisboa e Porto e Madeira, por exemplo no

apoio à requalificação de edifícios nos centros históricos, para habitação, mas principalmente para

projectos ligados ao turismo, como é o caso de apartamentos turísticos e hostels.

A estratégia adoptada resultou no forte crescimento do produto bancário em 14,5%, já abordado no

presente documento, mas também no controlo muito apertado do incumprimento. Apesar disso, o novo

modelo de imparidade vem penalizar o resultado da Direcção de Retalho em cerca de 468 mil euros.

O conjunto das estratégias implementadas e dos resultados obtidos permitiram à Direcção de Retalho

apresentar uma conta de exploração perfeitamente equilibrada e geradora de resultados para o SICAM,

mesmo assumindo o valor de imparidade acima indicado.

b. Negócio de empresas

Em 2017, a Direcção de Empresas contratou +32% de “crédito corporate”, diversificando a carteira em

termos sectoriais e contribuindo para o crescimento das Caixas Associadas, através da originação e

estruturação de operações Sindicadas.

Em 2017, foram contratados 370 milhões de euros de novos financiamentos ao segmento

corporate, o que representa um incremento de 32% face à contratação de 2016 (279 milhões de

euros). Em 2017, 54% do montante contratado assumiu a forma de Sindicato com Caixas

Associadas, tendo estas participado com 144 milhões de euros; e,

Do novo crédito contratado em 2017, a 31 de Dezembro estavam utilizados 298 milhões de euros,

estando o remanescente dependente do desenvolvimento de projectos de investimento e/ou de

limites de curto prazo não utilizados.

Em termos homólogos, a carteira corporate utilizada gerida pela DE no final de ano 2017 apresentou um

crescimento de 149 milhões de euros (+16,5%), tendo alcançado os 1.052 milhões de euros.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 93

1.7 PROVEDORIA DE CLIENTE No ano de 2017, o Gabinete de Provedoria do Cliente do Crédito Agrícola registou a entrada de 863

reclamações, número este, que representa um acréscimo de 15% face ao que se verificou em 2016.

Com base nas informações do Banco de Portugal (Relatório Intercalar de 2017 elaborado e emitido pela

Supervisão Comportamental do Banco de Portugal), o Crédito Agrícola continua a situar-se, em quase todos

os domínios, como uma das Instituições de Crédito menos reclamada, resultado esse que naturalmente

reflecte o posicionamento e a atitude de proximidade que as Caixas Associadas têm com os seus Clientes,

permitindo que sejam sanadas na fonte as eventuais divergências e não enquadrando motivos para

reclamações potenciais junto dos órgãos centrais do Grupo ou das Entidades de Supervisão.

Dos processos reclamativos registados em 2017 é possível inferir que a população mantém à sua disposição

uma multiplicidade de canais para acesso à informação sobre a natureza e movimentos da sua interacção

bancária, quer através dos meios facultados pelas próprias Instituições financeiras, quer pelos supervisores,

quer ainda por associações de consumidores.

Registe-se, neste âmbito e no que respeita à distribuição das reclamações por canal de entrada, que o

Gabinete Provedoria do Cliente continua a ser o primeiro e principal destinatário de apresentação de

reclamações no Crédito Agrícola, com 29,90% de entradas directas no total de reclamações recebidas.

2010 682

2011 779

2012 925

2013 843

2014 815

2015 778

2016 746

2017 863

Total de Reclamações

682779

925843 815 778 746

863

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Total de Reclamações

Origem das Reclamações 2014 2015 2016 2017

Gabinete Provedor do Cliente 251 225 254 258

Linha Directa/CCCAM 199 201 197 208

Livro de Reclamações 166 167 162 191

Banco de Portugal 148 128 108 161

Outros 51 57 25 45

Total 815 778 746 863

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 94

No que respeita à tipologia de “assunto reclamado” temos a seguinte distribuição:

Os assuntos “Contas de Depósito” e “Comissões e Despesas” abrangeram cerca de 37,66% das reclamações

registadas.

Globalmente, importa ainda assinalar, que no total de reclamações recebidas, se manteve uma significativa

pulverização das mesmas pelas diferentes Caixas Associadas. Destas, a mais reclamada não ultrapassou

4,87% do total de reclamações.

Quanto à Caixa Central, esta registou especificamente cerca de 7,42% do total das reclamações recebidas

por todo o SICAM. Continua também a verificar-se que as Caixas Associadas mais reclamadas (incluindo a

Caixa Central, pela sua natureza específica e centralizadora de alguns serviços), se situam maioritariamente

em meios urbanos.

Relativamente ao desfecho das reclamações, na sua maioria a decisão emitida foi desfavorável ao cliente.

Apenas 13,21% das reclamações obteve total provimento e 11,59% obteve provimento parcial.

De referir ainda que no ano de 2017, foram recepcionadas 10 solicitações, com origem na DECO para apoio

ao Cliente, valor que teve um acréscimo referente ao do ano anterior.

Assunto da Reclamação 2014 2015 2016 2017

Contas de Depósito 203 165 168 171

Comissões e Despesas 107 122 135 154

Cartões 67 49 71 70

Atendimento e Instalações 29 28 49 68

Central de Responsabilidades de Crédito 19 20 26 48

Crédito ao Consumo (e outros créditos) 59 83 27 48

Crédito à Habitação 44 42 30 42

Títulos de Capital 29 29 38 42

Outros Assuntos 93 26 45 38

Cheques 54 38 26 25

Credito a Empresas 41 27 27 25

Seguros - ISP 4 14 25 24

Operações com Numerário 20 25 26 19

Solicitações N/A 16 8 17

Débitos Directos/Cobranças 18 19 8 13

Infra-estruturas (ATM) 14 14 11 13

Folhas Inutil izadas N/A 35 8 12

Infra-estruturas N/A 3 1 12

Transferências 5 13 11 12

Infra-estruturas (Redes POS outros) 3 5 7 6

Valores mobiliários - CMVM 5 4 2 4

Central de Protesto de Efeitos 1 0 0 0

Sigilo Bancário N/A 1 0 0

Total 815 778 746 863

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 95

O Gabinete de Provedoria do Cliente gostaria ainda de salientar a atitude colaborativa e interessada dos

Órgãos Sociais das Caixas Associadas, bem como dos interlocutores desse Gabinete, facto que se continua

a registar com apreço.

Origem

DECO

Nº de Solicitações em

2015

11

Nº de Solicitações em

2016

5

Nº de Solicitações em

2017

10

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 96

1.8 CAPITAL HUMANO DA CAIXA CENTRAL

Política de Remunerações

Elaboração da política de remunerações de colaboradores da Caixa Central, que pós aprovação pelo

Conselho de Administração, consubstanciará o futuro modelo de referência da política de remunerações

das Caixas Associadas.

Avaliação do Desempenho

O processo de avaliação de desempenho foi implementado em 10 Caixas Associadas, tendo sido prestado

o apoio à implementação e acompanhamento do processo.

No âmbito da Caixa Central, é efectuada a gestão do processo de avaliação de desempenho e definição de

objectivos para as estruturas e colaboradores, assim como o diagnóstico das necessidades de formação ou

capacitação da Caixa Central.

Plano de Sucessões para Funções Essenciais

Em 2017 ocorreu o arranque do projecto-piloto e a sua implementação na Caixa Central no âmbito do Plano

de Sucessão para funções essenciais.

Projectos Estratégicos

Em 2017, foram desenvolvidos diversos projectos estratégicos, dos quais se destacam os seguintes:

Adjudicação e arranque do processo de parametrização tendente à substituição da plataforma

informática de RH, tendo em vista a mitigação de potenciais erros, uma maior automatização de

actividades, maior fiabilidade e destreza na obtenção de outputs e informação, como fim de obter

uma gestão mais proactiva e mais produtiva dos RH;

Realização de estudos de recursos humanos, clima social, organização no Grupo Crédito Agrícola

em 3 Caixas Associadas, envolvendo 64 colaboradores;

Representação do Crédito Agrícola nos trabalhos de revisão da Comissão de Normas de RH,

promovida pela APG;

Elaboração de questionários, lançamento e gestão do processo de avaliação de qualidade de

serviço da Caixa Central, pelas estruturas da Caixa Central, pelas Caixas Associadas e pelos clientes

da área de retalho, das empresas e da CA Imóveis;

Desenvolvimento e implementação de projecto-piloto na Caixa Central, no âmbito da identificação

e desenvolvimento das competências do Líder do Crédito Agrícola.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 97

1.9 FORÚNS CONSULTIVOS E PMO Os fóruns consultivos (Conselho e Comités) constituídos no âmbito do processo de transformação do Grupo

Crédito Agrícola com a missão de promover a reflexão e o apoio na definição, implementação e

monitorização de processos e resultados de Grupo e nos quais participam conjuntos de Caixas Associadas

mantiveram-se activos ao longo de todo o exercício de 2017.

Estes fóruns constituem órgãos colegiais que, no âmbito das suas agendas, visam contribuir para a

formulação e execução da estratégia do Grupo, divulgação dos princípios do Grupo (solidez, confiança,

proximidade, simplicidade e valores cooperativos) e a consciencialização individual e colectiva (cultura) de

regras e práticas orientadas a resultados sustentáveis no tempo, nomeadamente através de:

• dinamização de novas abordagens de marketing e comerciais;

• gestão estratégica de risco e de capital;

• adopção de métodos e processos mais ágeis e eficientes (suportados em infra-estruturas e

aplicações informáticas assentes nas tecnologias disponíveis);

• condução da actividade de recuperação, desde os primeiros indícios de incumprimento até à fase

de desinvestimento;

• gestão do capital humano baseado na selecção e promoção por mérito e na formação e

desenvolvimento de competências de acordo com as expectativas para a função; e

• cumprimento dos requisitos regulamentares e éticos.

Conselho de Estratégia (mensal)

Fórum participado pelo CAE da Caixa Central, por 5 Caixas Associadas do CGS da Caixa Central e mais 1

Caixa Associada a deliberar pelo CAE da Caixa Central, pelo Presidente do CGS e membros do Conselho de

Administração de cada Empresa Participada e pela DPEC (líder de agenda). A sua agenda regular mensal

cobre os seguintes temas: (i) análise e discussão de objectivos estratégicos e monitorização da sua

implementação; (ii) avaliação da performance de negócio no Grupo (e avaliação interna da dispersão ao

nível das Caixas Associadas) e benchmark sectorial, incluindo produto bancário, margens, rentabilidade,

eficiência, qualidade do crédito e capital; e, (iii) monitorização e controlo do cumprimento do plano e do

orçamento e dos requisitos regulamentares, sugerindo melhorias ou acções correctivas no aplicável.

Comité de Gestão do Risco

Fórum participado por um representante do CAE da Caixa Central, por representantes de 3 Caixas

Associadas, pela DRG (líder de agenda) e pela DAS. A sua agenda regular cobre os seguintes temas: (i)

alinhamento das principais políticas de risco no Grupo, avaliação da heterogeneidade de processos e grau

de adesão das Caixas Associadas; (ii) evolução dos principais macro-riscos com impacto na performance do

Grupo; (iii) discussão das principais exposições de crédito, posição de capital e cumprimento de indicadores

regulamentares; (iv) partilha dos aspectos mais relevantes da actividade de reporting prudencial. Compete

ao Comité de Gestão do Risco a promoção do apoio na definição e implementação das políticas de gestão

de risco e capital do Grupo e a supervisão do desenvolvimento de metodologias, procedimentos, modelos

analíticos, infra-estruturas e ferramentas de suporte à gestão dos riscos.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 98

Comité de Recuperação de Crédito

Fórum participado por um representante do CAE da Caixa Central, por representantes de 3 Caixas

Associadas e pela DREC (líder de agenda). A sua agenda regular cobre os seguintes temas: (i) análise da

evolução da carteira de crédito em recuperação e sua rentabilização; (ii) acompanhamento do stock de

provisões e provisionamento específico para créditos em incumprimento; (iii) análise dos volumes

recuperados por tipo de crédito, segmento de cliente e Caixa Associada; (iv) análise do status do projecto

de redesenho dos processos de análise de risco e recuperação de crédito; (v) alinhamento dos volumes de

crédito vencido para abate ao activo; (vi) execução do plano de desinvestimento imobiliário do Grupo.

Comité de Custos e Eficiência

Fórum participado por um representante do CAE da Caixa Central, por representantes de 3 Caixas

Associadas e pela DLSC (líder de agenda). A sua agenda regular cobre os seguintes temas: (i) avaliação do

alinhamento actual de processos comuns de compras e articulação no Grupo; (ii) análise da evolução dos

custos e consumos do Grupo; (iii) acompanhamento dos principais indicadores, nomeadamente ao nível de

volumes e poupanças; (iv) proposta e identificação de oportunidades para ganhos de eficiência e sinergias;

(v) acompanhamento das iniciativas de redução de custos em curso; (vi) acompanhamento de negociações

de contratos relevantes; e (vi) acompanhamento e dinamização do portal de compras de Grupo.

Comité Comercial e de Marketing

Fórum participado por um representante do CAE da Caixa Central, por representantes de 3 Caixas

Associadas, pela DME (líder de agenda) e pela DDN. A sua agenda regular cobre os seguintes temas: (i)

análise da evolução da performance comercial do Grupo Crédito Agrícola vs. concorrência; (ii) análise da

dinâmica comercial ao nível de produtos lançados e eficácia das campanhas; (iii) análise do cumprimento,

pelas Caixas Associadas, de objectivos comerciais estabelecidos e adesão aos processos de Grupo; (iv)

alinhamento de práticas comerciais base no Grupo e identificação de melhores práticas, incluindo ao nível

de sistema de incentivos; e (v) Acompanhamento do orçamento e desvios.

Comité de SI/TI

Fórum participado por um representante do CAE do CA Serviços / CA Informática, por 2 representantes do

CGS do CA Serviços / CA Informática e por representantes de 3 Caixas Associadas. A sua agenda regular

cobriu, em 2017, os seguintes temas: (i) ponto de situação da actividade de SI/TI e principais iniciativas

(ponto regular da agenda) e (ii) Modelo organizacional do CA Serviços.

Comité de Plano de Continuidade de Negócio

Fórum participado por um representante do CAE da Caixa Central e empresas participadas, por

representantes de 2 Caixas Associadas, pelo GOP, DA e DRG. A sua agenda regular cobriu, em 2017, os

seguintes temas: i) Promover e propor ao CAE da Caixa Central a revisão e actualização da política e das

directrizes estratégicas sobre a Gestão da Continuidade de Negócio do Grupo CA, incluindo o seu Modelo

de Governação; (ii) Receber informação de monitorização do estado da Gestão da Continuidade de Negócio

no Grupo CA; (iii) Assegurar o alinhamento da Gestão da Continuidade de Negócio com a estratégia do

Grupo; (iv) Assegurar a articulação entre todas as Caixas Associadas e empresas do GCA, no que respeita à

Gestão da Continuidade de Negócio.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 99

Ciclo anual de Gestão de Programa – PMO 2017

No decurso do ano 2017, a implementação do plano de actividades foi acompanhada em fóruns mensais

executivos (Comités de PMO) representados pelo Conselho de Administração da Caixa Central, por

representantes do Conselho de Administração do CA Serviços e por todos os líderes das 43 iniciativas activas

que compuseram os 6 streams sob acompanhamento que cobrem as seguintes áreas e processos:

implementação de instrumentos de gestão centrada no cliente e de rentabilização de canais;

implementação de medidas relacionadas com a Governação do Grupo e a gestão do capital humano;

adequação e normalização dos processos, optimização das operações e continuidade operacional;

implementação de medidas de eficiência de custos e consumos; desenvolvimento de instrumentos de

gestão de balanço e dos riscos; melhoria dos sistemas de compliance, evolução dos SI/TI e dos instrumentos

de segurança de informação.

PDOT 2017

1. Site corporativo - Externalização do modelo de gestão e suporte tecnológico

A definição da estratégia de desenvolvimento do novo site CA, tem como principais linhas orientadoras a

observação das necessidades dos Clientes e a relevância que os canais digitais acrescentam na actividade

comercial, tendo sido definido um conjunto de iniciativas transversais à organização que contemplam uma

nova abordagem no Site público e Homebanking de empresas e de capacitação digital. Numa primeira fase

decorreu, no final do ano 2017, a elaboração do desenho da experiência de Cliente e gestor comercial.

2. Alterações dos estatutos CCCAM + Caixas + Empresas

Esta iniciativa plurianual foi transferida na sua totalidade para 2018 estando previstas alterações aos

Estatutos das Caixas Associadas, em Março de 2018, da Caixa Central, em Maio de 2018 e das Empresas,

em calendarização a definir.

3. Catálogo de serviços - desenho e implementação dos processos centralizados de facturação e

cobrança dos serviços

Em 2017, a Caixa Central e o CA Serviços lançaram um roadmap de facturação às agrupadas do ACE com o

objectivo de promover a eficiência através da consciencialização da relação entre procura e custos. Para

aumentar a eficiência e a responsabilização, foram automatizados e disponibilizados periodicamente às

agrupadas os consumos efectuados (drivers).

Para além do início do roadmap, foram também dados passos na avaliação do melhor modelo para a

centralização dos serviços partilhados do Grupo CA e implementado com sucesso a 13 de Fevereiro de 2017

um reporte individual de esforço diário para o universo de colaboradores que desenvolvem actividade na

Caixa Central.

4. Mecanismo de cedência de rentabilidade das operações leasing às CCAM

Os desenvolvimentos efectuados no sentido de cedência de rentabilidade das operações de leasing às

Caixas Associadas permitiram uma evolução muito significativa da actividade de Leasing Mobiliário e

Imobiliário, tanto em número de contratos, como em valor: 16,8% e 25,6%, respectivamente, em relação

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 100

ao ano anterior. A par destes desenvolvimentos foram efectuadas alterações de spread mínimo do leasing

mobiliário, disponibilizando melhores condições de comercialização.

5. CA Bullet: Capacitação dos canais digitais

O projecto CA Bullet contempla a definição de um novo posicionamento de canais digitais, que visa dar

resposta às necessidades dos Clientes. Para acompanhar a mudança e ser concorrencial no mundo GAFA é

premente que as organizações se foquem nas necessidades das pessoas, alavancando o digital para

estabelecer com elas uma relação de longo prazo. A iniciativa desenvolvida em 2017 teve esse objectivo,

tendo sido realizada a análise e definição da experiência e jornada de Cliente, nos vários canais de relação

com o Crédito Agrícola.

6. CA TESOURARIA - FASE II

Esta iniciativa que tinha por propósito a dinamização da actual solução junto do segmento corporate,

adicionando-lhe, através de um processo evolutivo das soluções, novas funcionalidades, foi suspensa para

dar sequência a novas iniciativas com maior prioridade.

7. Sistema de incentivos: 5 novas funcionalidades / melhorias na página

No sistema de incentivos procedeu-se à inclusão de reportes de monitorização dos desempenhos de

colaboradores para Coordenadores Regionais, Coordenadores Comerciais e Responsáveis de Agência. Foi

também incluído um espaço de partilha de multimédia e novos elementos de gamificação (ex. furo da

sorte), assim como a substituição do parceiro da Loja e a revisão e optimização de diversas funcionalidades.

8. Norma de regime sancionatório

O Normativo Sancionatório foi concluído em Dezembro de 2017, tendo sido submetido a aprovação do CAE,

em 21 de Dezembro de 2017, tendo sido solicitado parecer ao CGS. Recolhido o parecer positivo do CGS, o

CAE aprovou, em definitivo o Normativo em causa, enquanto Normativo Vinculativo para as Caixas

Associadas, no dia 25 de Janeiro.

9. Evolução da Solução de propostas de créditos - Segmento Empresas

Iniciado em 2017, com automatização de alguns dos tipos de contratação de empresas mais usuais.

Transitou para 2018, em sede de melhoramentos e aperfeiçoamentos.

10. Reconciliação automática de contas contabilísticas (CIR)

Esta iniciativa teve como objectivo o aumento da eficiência no processo de reconciliação das contas

contabilísticas. A adaptação do módulo de reconciliação de contas do Profile FMS, permitiu a reconciliação

automática daquele tipo de contas. A estrutura de tabelas foi alterada para reflectir as novas necessidades

que comportam mais informação a ser tratada automaticamente nos processos de fim de dia, no Profile

IBS, para a recolha de movimentos e para processamento e reconciliação efectiva dos movimentos, no

Profile FMS.

11. DataMart Financeiro - Integração dos sistemas periféricos

A realização da iniciativa, em curso, tem por objectivos: aumentar a qualidade de informação necessária

aos reportes regulamentares e de gestão; tornar mais eficientes os processos de reporte; reduzir o risco

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 101

operacional; dotar a DCF de autonomia para exploração e análise de dados reduzindo, deste modo, a sua

dependência das áreas técnicas.

12. CA GPS: automatização dos rankings de campanha

Esta iniciativa vai permitir automatizar rankings com actualização diária na plataforma de suporte ao

Sistema de Incentivos, encontrando-se o seu desenvolvimento em fase final de validação.

13. Função depositário: SMART e adaptação DAS On-Line

Adequação aos requisitos regulatórios da função depositário de fundos na Caixa Central, através do reforço

de processos de controlo, repositório de dados, reporte e reconciliação das carteiras e contas dos Fundos

de Investimento Mobiliários e Imobiliários, bem como das contas financeiras e de títulos por conta alheia,

junto dos sub-custodiantes.

14. Implementação do módulo de mais-valias no SIFOX

Implementação de processo de geração automática de declarações de mais-valias de títulos para clientes,

por dossier e por contribuinte, para suporte à declaração de IRS/IRC junto da autoridade tributária.

15. Reformulação da área jurídica da Intranet

Em Outubro de 2017, a DAJ entregou ao GCRI os conteúdos que gostaria de ver alterados nos seus

conteúdos presentes na página de intranet, tendo o GCRI indicado que as alterações preconizadas seriam

integradas no “pacote” de reformulação do CAIS, cujo desenvolvimento transitou para 2018.

16. Racionalização dos processos de relato financeiro (acompanhamento de implementação)

A eficácia da iniciativa que visava acompanhar a implementação de melhorias identificadas no âmbito dos

processos de elaboração do relato financeiro da Caixa Central e Consolidados, foi penalizada pela

recalendarização de alguns dos desenvolvimentos informáticos necessários à concretização das

optimizações.

Assim, como principais resultados atingidos neste contexto, destacam-se a documentação dos processos

de elaboração da contabilidade analítica e a reprioritização das melhorias a implementar, com enfoque nos

processos de relato financeiro consolidado.

17. Racionalização dos processos de gestão operacional de recursos humanos e articulação com

estratégia de recursos humanos

No âmbito da iniciativa foram revistos todos os processos e actividades relativos à gestão de recursos

humanos da Caixa Central, incluindo as vertentes operacional e estratégica, tendo sido definido um modelo

de processos orientado por um lado à prestação de serviços de gestão de recursos humanos ao Grupo CA

e, por outro que promova a harmonização dos modelos e políticas que suportam a estratégia de recursos

humanos do Grupo.

Tendo em vista a concretização do modelo de processos proposto, foi definido um plano de transformação

que integra um conjunto de melhorias e projectos estruturantes, a concretizar durante os anos de 2018 e

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 102

2019, que incluem medidas de racionalização de actividades, de melhoria da qualidade de serviço e de

capacitação das áreas de recursos humanos do Grupo CA.

18. JVRIS - Integração com Advogados Externos

O Crédito Vencido há mais de 90 dias no Grupo Crédito Agrícola é gerido numa ferramenta informática

especializada – JVRIS – que se encontra difundida na Caixa Central e nas Caixas Associadas.

Em 2017 foi desenvolvida uma funcionalidade adicional nesta ferramenta, com potencial de ganhos de

eficiência e de rentabilidade, que consiste na ligação aos escritórios dos Advogados Externos da Caixa

Central e das Caixas Associadas, estando já em utilização em 23 escritórios de advogados, quer da Caixa

Central quer das Caixas Associadas.

Pretende-se que, no decurso de 2018, esta iniciativa tenha continuidade e que a ferramenta em causa seja

progressivamente alargada a cada vez mais escritórios dos Advogados Externos das Caixas Associadas.

19. EBA - Clearing STEP 2: Avaliação da oportunidade de recorrer a outra IC para aceder ao STEP

2 (via indirecta versus via directa)

No âmbito deste tema, aguarda-se informação de suporte à avaliação de prós e contras da opção.

20. Integração do Portal de Compras com o ERP Navision

O objectivo desta iniciativa era permitir, por um lado, que as Estruturas da Caixa Central pudessem aceder

aos produtos e serviços disponibilizados à generalidade das Entidades do Grupo Crédito Agrícola, no Portal

de Compras, e por outro agilizar o processo de encomenda e posterior facturação.

Neste sentido concluiu-se a primeira vertente do objectivo, ou seja, as Estruturas da Caixa Central já podem

aceder aos artigos disponibilizados via Portal de Compras, mas a segunda ainda carece de melhorias,

estando a ser acompanhadas, já não numa óptica de projecto, mas de ajustamentos.

21. Evolução do Sistema de Avaliação de Desempenho - Fase 1 (Caixa Central)

A aquisição de uma nova plataforma integrada de gestão de Recursos Humanos, permitirá a automatização

de um conjunto de processos que, consequentemente, se traduzirá num conjunto de valências decorrentes

de uma análise integrada e centralizada no indivíduo, quer ao nível do desenho de acções e políticas de

desenvolvimento de Recursos Humanos, quer na gestão de carreiras, mobilidade e gestão de potencial.

Acresce ainda a possibilidade de obtenção de um conjunto de outputs de informação e de reportes de

suporte à gestão. A parametrização e desenvolvimentos do módulo de avaliação de desempenho visam a

utilização deste software no processo de avaliação de 2018 da Caixa Central, permitindo já a comunicação

com a plataforma de objectivos comerciais IGC (Informação de Gestão Comercial).

22. CAIS - Renovação e migração tecnológica

A nova versão do Portal Corporativo do Grupo Crédito Agrícola, baseado numa versão do SharePoint mais

recente, com novas funcionalidades que procuram ir de encontro às necessidades identificadas, tais como

a pesquisa, e a criação do Perfil Core, direccionado para áreas específicas. Ao mesmo tempo, uma nova

imagem para criar sentimento de pertença ao Grupo.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 103

A nova intranet trará vantagens como o reforço do sentimento de pertença global ao Grupo, o acesso mais

fácil e rápido à informação (sinergias derivadas da centralização) e a comunicação mais ágil e eficiente (com

o acesso a novas ferramentas úteis para o trabalho diário de cada colaborador e a partilha de informação

entre colegas).

23. Lançamento de uma newsletter electrónica para comunicação interna

A aposta do Grupo numa Newsletter digital mensal “CA Entre Nós” para dinamizar a comunicação interna

e fomentar a cultura de Grupo já vai na 9ª edição. Esta é enviada por e-mail a Colaboradores do Grupo e

simultaneamente disponibilizada no CAIS.

Os principais objectivos são manter os Colaboradores informados sobre os acontecimentos do Grupo e

reforçar a proximidade e partilha da informação entre as Caixas Associadas, sendo que para isso os temas

abordados são abrangentes e diversificados. A título de exemplo refira-se o destaque para a realização de

Eventos do Grupo, Seminários e Prémios recebidos; assuntos relacionados com a actividade e actualidade

do Grupo; Negócio Internacional; Práticas de Sustentabilidade do CA; Inovação; partilha de informações

úteis ao nível da organização do Grupo e Passatempos.

Na análise efectuada ao número de visualizações da “CA Entre Nós” verifica-se um crescimento, sendo que

na última edição já cerca de 50% dos colaboradores do Grupo a visualizaram.

24. Nova plataforma de e-learning

A nova plataforma de e-Learning permite a disponibilização crescente de acções de formação, em que o

acesso ao estudo é feito a partir do posto de trabalho e no momento mais adequado para o colaborador,

possibilitando ainda alcançar um número mais elevado e diversificado de formandos. O processo formativo

e de aprendizagem torna-se mais flexível, adaptado às necessidades do colaborador, mais rápido e menos

oneroso.

Esta plataforma entrou em produção e tem sido alvo de customizações, prevendo-se que no segundo

trimestre de 2018 se dê inicio à disponibilização de um leque alargado de cursos de âmbito comercial.

25. Novo modelo de acolhimento e formação base de empregados para o SICAM (Forbasic)

A revisão do modelo de acolhimento e integração no Grupo Crédito Agrícola encontra-se em curso, visando-

se a estruturação de um programa que permita ao novo colaborador incorporar a cultura, missão, visão,

valores organizacionais, normas e padrões de comportamento, mas também o conhecimento das

ferramentas e processos de trabalho específicos da função que vai desempenhar. Este processo facilitará a

integração do colaborador na empresa/função, contribuirá para uma maior eficácia organizacional e prevê-

se que esteja concebido no final do primeiro trimestre de 2018.

26. Implementação de um programa de formação em ética empresarial

Com a entrada em vigor em Janeiro de 2018 do Código de Ética e Conduta do Grupo Crédito Agrícola,

emerge agora a necessidade de ministrar formação a todos os colaboradores do Grupo nesta matéria. Será

realizado em Fevereiro um processo de sensibilização e de formação sobre este tema, através da realização

de um Seminário e de diversas acções de formação em regime de e-learning para o universo dos

colaboradores do Grupo, não só para evidenciar a importância e alcance das questões da ética, mas de igual

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 104

forma para melhor dar a conhecer o teor do Código de Ética e Conduta e promover a sua aceitação e

aplicação no quotidiano profissional.

27. Gestão de Linhas de Financiamento e Garantias do BEI/FEI - Profile [âmbito revisto: extensão

para além do BEI/FEI]

Esta iniciativa projecta o desenvolvimento de uma estrutura tecnológica que possibilite parametrizar e gerir

os protocolos celebrados pela Caixa Central em representação do SICAM com entidades nacionais ou

europeias.

Durante o ano 2017, foi aprovado um alargamento de âmbito desta iniciativa por forma a admitir outros

protocolos além do BEI e FEI. Devido à inexistência de disponibilidade de recursos necessários ao seu

desenvolvimento, a iniciativa transitou para o ano 2018, estando a ser alvo de especificação funcional.

28. CARTÕES VISA - FASE II

Esta iniciativa abrangeu dois processos: o de emissão e o de renovação. Com o objectivo de optimizar o

processo de venda de novos cartões de pagamento a créditos nas agências, assegurando o indispensável

cumprimento da regulamentação, procedeu-se à incorporação de alguns automatismos que, em

alinhamento com regras definidas no CA Target e com os compromissos comerciais gerados para

tratamento pelos respectivos comerciais, possibilitou um processo de aprovação simplificado.

Igualmente foi desenvolvido um processo que com recurso a informação histórica, a rácios e outros

indicadores financeiros, permite uma percepção do nível de risco à data, reanalisa o risco do Cliente e

consequentemente o limite do cartão de crédito.

29. Alienação de activos não produtivos e de créditos abatidos ao activo (plano de

desinvestimento 2016-2020)

O plano estratégico de alienação de activos não produtivos, em curso no Grupo Crédito Agrícola, ao nível

do crédito a clientes não produtivo (Non-Performing Loans - NPL) surge associado a um processo de

alienação e valorização, através do qual a instituição pretende obter, em simultâneo, benefícios financeiros

e operacionais, tais como o redireccionamento dos recursos para a actividade comercial, a optimização dos

rácios de capital, a diversificação das fontes de funding e a melhoria dos índices de qualidade dos activos e

do perfil de risco do Grupo.

30. Documentação de Processos, Riscos e Controlos - fase 2

A iniciativa enquadra-se na implementação de um framework de gestão de risco operacional para o SICAM.

Neste contexto, foi concretizada a documentação de 8 processos na Caixa Central, alargando a da sua

documentação de processos, riscos operacionais e controlos, bem como a documentação inicial, com o

apoio de um grupo de trabalho que integrou interlocutores de diversas áreas de actividade de um conjunto

de Caixas Associadas, de um catálogo de processos de referência para o SICAM, contendo 43 processos,

identificando os principais eventos de risco operacional transversais ao SICAM nesses processos e os

controlos adoptados também transversalmente para a sua mitigação.

Em paralelo com a elaboração do catálogo de referência de processos, riscos e controlos para o SICAM, foi

também desenvolvido um modelo de governação por processos que visa assegurar a adequação dos

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 105

processos do SICAM ao cumprimento dos objectivos estratégicos estabelecidos, em termos de níveis de

eficiência, racionalização e controlo, bem como às especificidades e eventuais constrangimentos inerentes

ao contexto de cada Caixa Associada. O modelo de governação por processos será operacionalizado de

modo faseado durante o ano de 2018, em articulação com a implementação no SICAM da ferramenta GRC.

31. Reformulação da Central de Responsabilidades de Crédito

Em 2017 foi efectuado o levantamento de requisitos funcionais, identificação de GAPs de informação, caracterização da iniciativa e início da revisão de regras para efeitos de reporte.

Trata-se de uma iniciativa plurianual, acompanhada em PMO, com elevado impacto tecnológico.

32. Implementação do regulamento das transferências internacionais

Em 2017 foram definidos e implementados os requisitos para o Crédito Agrícola assegurar o cumprimento

do Regulamento (UE) 2015/847 do Parlamento Europeu e do Conselho que estabeleceu as regras relativas

às informações sobre o ordenante e o beneficiário que devem acompanhar as transferências de fundos, em

qualquer moeda, para efeitos de prevenção, detecção e investigação do Branqueamento de Capitais e do

Financiamento do Terrorismo, regulamento que entrou em vigor em Junho de 2017.

Para o efeito foram reforçadas validações e controlos para recolha de informação de ordenantes e

beneficiários, com impacto no Profile, SIBAL, Balcão 24, PIN Controlo (onde foram disponibilizados dois

novos relatórios que identificam transferências que não incluem todos os requisitos de informação e as

instituições que devam ser consideradas “repeatedly failing”).

Para além do cumprimento dos requisitos do Regulamento e das Guidelines da EBA, os desenvolvimentos

efectuados promoveram a melhoria nos controlos relativos à Prevenção do BC/FT e mitigação do risco de

reputação, na perspectiva dos Prestadores de Serviços de Pagamento do ordenante e beneficiário.

33. SAFT - Módulo Lease

Esta iniciativa visa implementar a autonomização do reporte mensal dos ficheiros e-factura respeitantes à

actividade de locação financeira, encontrando-se ainda em curso. No âmbito desta iniciativa foi incluída a

implementação das alterações introduzidas pela Portaria 302/2016 à estrutura do ficheiro SAFT mensal (e-

factura) e anual, que entraram em vigor em 1 de Julho de 2017. Tal implementação foi finalizada no prazo

legal.

34. Adequação à DMIF II

A adaptação de sistemas e desenho de processos, incluindo formação interna para adequação do SICAM

aos requisitos regulatórios de MIFID II, a nível de novas regras de informação e protecção de

clientes/investidores na comercialização/distribuição de instrumentos financeiros, definição de políticas de

produção e distribuição de produtos financeiros que assegurem respectiva adequação aos mercados-alvo

e obrigações de reporte e transparência pré e pós-negociação.

35. Implementação da IFRS 9 (instrumentos financeiros)

A norma internacional de relato financeiro IFRS 9, publicada pelo International Accounting Standards Board

(IASB), a vigorar desde 1 de Janeiro de 2018, abrange matérias relacionadas com a contabilização de

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 106

instrumentos financeiros, em particular a sua classificação e mensuração e, portanto, o apuramento de

perdas por imparidade. O presente quadro regulamentar introduziu um conjunto significativo de alterações

no modelo de quantificação da imparidade, matéria que reputamos da maior importância, com manifesto

impacto na actividade do Grupo Crédito Agrícola, acentuando a presença do conceito de perda económica

esperada no ciclo de gestão do risco da carteira de activos financeiros. As indicadas alterações foram

endereçadas no âmbito de uma iniciativa específica que visa a adequação de políticas, processos,

procedimentos, controlos e sistemas (e.g. informação, operacionais) às recentes exigências da IFRS 9.

36. PCN - Vaga 2 DR + Vaga 1 PCO

No âmbito da Gestão da Continuidade de Negócio destaca-se a implementação da solução de operação

alternativa para as salas de mercados do Grupo CA, que substitui a solução de caracter provisório e com

âmbito muito restrito anteriormente existente. Esta solução corresponde à vaga inicial de implementação

do novo Roadmap de Continuidade Operacional para o Grupo CA. Foi também realizado um conjunto de

simulacros de activação e utilização destas soluções, que comprovou a sua total operacionalidade.

Ainda no contexto da Continuidade Operacional, foram revistos os procedimentos de contingência

previstos, e foram finalizadas as recomendações a emitir ao SICAM relativas aos aspectos e planos que cada

Caixa Associada deverá desenvolver para, em articulação com o CA Serviços e Caixa Central, assegurar a

sua própria continuidade operacional, tendo sido preparadas as acções de formação a disponibilizar em

suporte e-learning durante o ano de 2018.

No contexto do Disaster Recovery, foi realizado em 2017 um estudo que visou analisar a estratégia

adoptada pelo Grupo nesta matéria, identificando modelos que permitam uma maior agilidade e

racionalidade ao nível da gestão e activação dos sistemas de Disaster Recovery. Em termos de

implementação do Roadmap de Disaster Recovery, registaram-se evoluções na definição de uma solução

de continuidade para a infra-estrutura de file servers, cuja implementação finalizará já em 2018, tendo sido

adiadas para 2018 todas as restantes componentes do Roadmap.

Em 2017, todos os intervenientes nos processos críticos no âmbito do simulacro operacional e membros

dos grupos de trabalho de Gestão da Continuidade de Negócio da Caixa Central receberam formação

relativa à gestão de continuidade de negócio e soluções de continuidade operacional do Grupo CA.

37. Implementação do regulamento de auditoria interna para o SICAM

O actual quadro regulamentar impõe o realinhamento do modelo de governo e o reforço dos mecanismos

de controlo sobre o exercício da função de Auditoria Interna no SICAM, precisando o seu enquadramento

societário, carácter universal e responsabilidades. A atribuição de poderes de coordenação funcional e de

orientação à Direcção de Auditoria da Caixa Central face às funções locais de Auditoria Interna, baseados

numa metodologia comum e em mecanismos de controlo efectivos sobre os responsáveis locais das Caixas

Associadas revela-se de todo essencial num contexto de grupo bancário, de modo a permitir que a Caixa

Central assegure adequadamente as suas funções de monitorização da actividade desenvolvida pelas

diversas entidades que integram o SICAM.

O documento final encontra-se em revisão jurídica por indicação do Exmo. Conselho Geral e de Supervisão

da Caixa Central.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 107

38. Adaptação dos programas de auditoria aos conceitos subjacentes à nova aplicação que irá

substituir o Audit (testes aos controlos em função do nível de risco)

Esta iniciativa foi enquadrada nos trabalhos de reorganização da função Auditoria Interna.

39. Compensação - tratamento automático dos cheques que geram descobertos não autorizados

Esta iniciativa procedeu a alteração e automatização do processo de devolução automática de cheques que

geram descobertos junto dos balcões do SICAM, reforçando-se, assim, a mitigação do risco operacional e

de responsabilização.

40. Modelo único de avaliação para titulares das funções essenciais

A iniciativa visa responder aos requisitos regulamentares em matéria de avaliação de requisitos para o

exercício de funções de titulares de funções de auditoria interna, compliance e gestão de riscos. Em Março

de 2017, foi implementado, na Caixa Central, o Modelo Único de Avaliação e respectivos instrumentos

complementares a essa avaliação, tendo sido concluído o processo de avaliação dos titulares de funções

essenciais a 4 de Maio de 2017.

Relativamente à implementação do Modelo nas Caixas Associadas, o mesmo teve início a 26 de Maio de

2017 tendo decorrido durante o restante ano de 2017 de acordo com a calendarização prevista (na maioria

das Caixas Associadas). Em 18 de Janeiro de 2018, foi efectuado um ponto de situação com o CAE a fim de

analisar a recepção dos relatórios de Avaliação dos Titulares de Funções Essenciais das Caixas Associadas,

tendo o mesmo procedido ao encaminhamento das inconformidades registadas para a DAS para que junto

das Caixas identificadas fossem realizadas acções para corrigir desconformidades de segregação de funções.

Neste momento, todas as Caixas Associadas já realizaram a avaliação do perfil socioprofissional dos

colaboradores em causa, estando apenas em falta, o envio dos relatórios finais de avaliação em 4 Caixas

Associadas.

41. Protecção de dados pessoais – Evolução

A presente iniciativa pretende garantir a adequada protecção dos dados pessoais de clientes, colaboradores

e outros, em conformidade com o preconizado no Regulamento Geral sobre a Protecção de Dados,

minimizando os riscos em que o Grupo Crédito Agrícola incorre face aos exigentes requisitos estabelecidos

naquele regulamento e aplicável a partir de 25 de Maio de 2018.

42. Solução de GRC - Governance, Risk and Compliance

Plataforma informática para o SICAM que endereça, numa visão integrada e partilhada, as necessidades

das funções de controlo, com vista a suportar o processo de auditoria com base no risco, a actividade de

compliance, a avaliação do risco operacional e a gestão das deficiências de controlo interno.

A parametrização do módulo de Auditoria Interna encontra-se concluída. Em meados de Janeiro de 2018

foi iniciada a formação dos auditores internos do SICAM através de sessões não presenciais, sendo que a

customização dos relatórios deste módulo deverá estar concluída até Abril de 2018.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 108

O módulo de gestão de deficiências necessitou de customização material para salvaguardar os requisitos

regulamentares. O desenvolvimento do relatório de controlo interno que servirá de base para o reporte ao

Banco de Portugal deverá estar concluído até Março de 2018.

A parametrização dos módulos de compliance e de risco estão a correr de acordo com o planeado em sede

de projecto, devendo ficar concluída durante o primeiro semestre de 2018.

43. Upgrade da Solução de Telecompensação

Actualização tecnológica e funcional da Solução de Compensação e Arquivo Óptico de Cheques, a qual irá

permitir aumentar a eficiência e racionalização de actividades, integrando novas exigências regulativas do

Banco de Portugal (exclusão urgente de participante externo no sistema de compensação de cheques).

Nota: Pendente de entrada em produção por indisponibilização da CGI no fornecimento de

servidores/storage desde Outubro de 2017.

INICIATIVAS TRANSITADAS DO PDOT 2016

On-Line - desenvolvimentos estratégicos (incluindo o CA Tesouraria) [On-Line Particulares]

Em virtude das definições estratégicas estabelecidas para os canais digitais, os novos desenvolvimentos a

realizar no serviço On-Line Particulares, serão realizados oportunamente, já que se pretende que estejam

alinhados com o novo projecto CA Bullet, tanto em termos de uniformização de imagem com novo site

institucional, como de interacção com o Cliente.

CA Mobile Particulares - nova plataforma

Os pagamentos DUC (pagamentos ao estado) foram implementados no canal mobile, o que veio permitir

ao Cliente gerir de uma forma mais eficaz os seus pagamentos ao estado, bem como ao Crédito Agrícola

rentabilizar o serviço nos vários canais, presenciais e à distância.

Implementação do processo de fusões de Caixas de Crédito Agrícola Mútuo

Durante o ano de 2017, foi prestado o suporte necessário à concretização dos projectos de fusão das Caixas

Associadas de Alcobaça e do Cartaxo (escritura realizada em 25 de Setembro de 2017, com efeitos

contabilísticos a 29 de Setembro de 2017) e das Caixas Associadas de Pernes e de Alcanhões (escritura

realizada em 18 de Dezembro de 2017, com efeitos contabilísticos a 1 de Janeiro de 2018).

Implementação de modelos analíticos de propensão a produto e do motor de gestão de leads baseadas

em eventos (Target)

A infra-estrutura CA Target foi implementada com o objectivo de contribuir para uma maior dinâmica

comercial, através do desenvolvimento de um motor de identificação e disponibilização de oportunidades

comerciais às Caixas Associadas baseadas em eventos que ocorrem no ciclo de vida do Cliente e no ciclo de

relacionamento que este tem com o Crédito Agrícola. Pretende-se que permita aumentar o grau de

contactabilidade com Clientes e reforçar a relação com os mesmos, gerando mais vendas.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 109

Paralelamente, foram também desenvolvidas algumas dezenas de modelos analíticos de determinação da

propensão para a aquisição de produtos e serviços da oferta do CA, que pretendem melhorar o

conhecimento sobre os Clientes, determinar de forma mais efectiva o potencial de negócio existente na

carteira de Clientes e disponibilizar às Caixas Associadas oportunidades comerciais de maior qualidade.

Campanha de melhoria da qualidade de dados de cliente CA

Esta iniciativa permite a identificação e correcção dos dados de Clientes, estando envolvidas no processo

79 Caixas Associadas. No decorrer do ano, procedeu-se ao envio quinzenal de ficheiro com "erros"

identificados por Cliente, de forma a tentar solucionar a qualidade da Base de Dados. Apesar de muitas

Caixas Associadas estarem a terminar contratos de estágio dos Colaboradores dedicados à iniciativa (no

agregado das CCAM, 53 estagiários envolvidos neste projecto), têm solicitado que se mantenha envio do

ficheiro, de forma a permitir que continuem a melhorar a Base de Dados.

Em 2017, esta iniciativa permitiu efectuar a correcção de dados de cerca de 95 mil Clientes, totalizando

mais de 1,4 milhões de erros corrigidos.

Automatização do tratamento de penhoras

A iniciativa procura minimizar o risco operacional e garantir maior eficiência na resposta aos novos

requisitos regulamentares. A solução, desenvolvida em conjunto com a SIBS Processos, entrou em

produção na Caixa Central, com afinações em alguns segmentos que estão mais atrasados na

implementação (ex. respostas a informações e ofícios). Encontra-se em curso um piloto na Caixa Associada

de Alcobaça. Prevê-se a completa autonomização e automatização do processo de tratamento de penhoras

nas CCAM Associadas e na CA Vida até ao final do ano de 2018.

Estabilização do funcionamento do Portal de Compras

Esta iniciativa visava fundamentalmente garantir a fiabilidade do Portal de Compras, quer ao nível da

coerência dos dados mestres, quer dos próprios processos de encomendas, o que foi integralmente

conseguido, com a implementação, por parte do prestador do serviço, de uma solução inteiramente nova,

mais robusta e flexível, que permitiu uma maior usabilidade, com naturais reflexos no nível de

requisições/encomendas realizadas, que registaram um aumento de 97%, relativamente ao ano transacto.

Criação de um normativo para contratação de advogados no âmbito do Grupo

Os objectivos da iniciativa estão relacionados com o maior controlo de custos no Grupo no que respeita à

redução de gastos gerais administrativos associados aos honorários para advogados, assim como com a

promoção de uma uniformização das tabelas de prestações de serviços no SICAM.

Em 21 de Dezembro de 2017, o normativo foi aprovado, tendo sido publicado em 3 de Janeiro de 2018

(com efeitos imediatos).

Gestão de pedidos de manutenção e assistência a edifícios e equipamentos

O desiderato principal desta actividade era a concentração de todos os pedidos de intervenção/assistência

numa única plataforma, que permitisse, por um lado, a identificação do volume de solicitações a que a

estrutura de Gestão de Serviços Gerais está sujeita, e por outro a gestão eficaz desses pedidos, visando uma

resposta com qualidade, em tempo útil.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 110

Neste sentido foi possível constatar que mensalmente são recebidas aproximadamente 106 solicitações,

sendo o prazo médio de resolução inferior a 24 horas.

Evolução do sistema central de informação da CA Gest (Binfólio)

Esta iniciativa tem por objectivos permitir o acesso, com o maior nível de segurança, à nova versão do

Binfólio (a 3.0) e ao conjunto de melhorias das suas funcionalidades, nomeadamente no que respeita à

automatização de procedimentos de recolha de preços de títulos junto de entidades externas (Bloomberg),

e a ligação a diversas plataformas de negociação, por forma a permitir o alargamento das contrapartes com

que a CA Gest pode transaccionar.

Durante o ano de 2017, ficou concluída, com sucesso, a instalação da infra-estrutura de suporte e

seguidamente foi instalado o Binfólio 3.0 ficando, no entanto, o seu acesso limitado à realização de testes

e a validações do software.

A necessidade da realização destes testes e validações bem como os upgrades do Binfólio 3.0 esperados

para o ano em curso, justificam que esta iniciativa se prolongue pelo ano de 2018.

Desenvolvimento de planos de sucessão (RH) + Desenvolvimento de parcerias de incremento de

formação especializada

A identificação e caracterização dos colaboradores com potencial visa por um lado, proporcionar

oportunidades de crescimento profissional a estes colaboradores e por outro, garantir que a instituição

afecta às funções críticas dos recursos humanos com melhor performance, acautelando que os processos

de substituição, quando se coloquem, ocorram com a maior serenidade, celeridade e eficácia. Urge, nestas

situações mitigar eventuais impactos negativos, a manutenção e a apropriação pela instituição, do

conhecimento intelectual da actividade. O projecto visa ainda a construção do programa de

desenvolvimento dos referidos colaboradores tendo em vista a aquisição das competências necessárias e

de liderança.

Revisão do processo de incentivos e carreiras no Grupo

O desenho de uma política de remunerações e carreiras da Caixa Central, visa por um lado corresponder às

exigências regulamentares sobre a matéria, e por outro, identificar de forma transparente, os processos

que regem as práticas no âmbito dos incentivos e de carreiras. Em 2018, pretende-se desenvolver e divulgar

um modelo de referência para as Caixas Associadas, de forna a alinhar modelos e proporcionar referenciais

para o cumprimento da legislação sobre a matéria.

Segmentação das CCAM Associadas – perfil de risco, actividade, dimensão, comportamento

(acompanhamento DAS)

Em Outubro de 2017, foi aprovada a adopção de um Modelo Quantitativo de Acompanhamento das Caixas

Associadas, o qual se baseia no comportamento de um conjunto de indicadores de risco, alinhados com os

definidos no âmbito da Função de Gestão de Riscos para o Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

O comportamento destes indicadores permite o enquadramento das Caixas Associadas em diferentes

patamares de risco, aos quais correspondem diferentes regimes / tipologias de supervisão.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 111

Desenvolvimento e capacitação da Função Risco no SICAM

A adequada gestão dos riscos decorrentes da actividade constitui um eixo prioritário de actuação para o

Grupo Crédito Agrícola, reconhecendo-se o seu impacto decisivo na criação de valor e o seu papel

fundamental na construção de um sistema de controlo interno coeso e sólido. Neste contexto, a função de

gestão de riscos confere um suporte ao órgão de administração e assume uma posição relevante na

estrutura de defesa da solidez financeira do Grupo.

A iniciativa de desenvolvimento e capacitação da função de gestão de riscos no Grupo Crédito Agrícola

permitiu ampliar a capacidade do sistema de gestão de riscos a nível individual e consolidado, em particular

no que diz respeito ao seu alinhamento com as melhores práticas de mercado e ao cumprimento do

estabelecido no quadro regulamentar vigente, designadamente o Aviso nº 5/ 2008 do Banco de Portugal e

as orientações da EBA sobre a governação interna das instituições (GL 44).

O modelo definido assenta na disponibilização de meios sofisticados de apoio às Caixas Associadas e na

afectação de recursos especializados e dedicados para assegurarem o acompanhamento, controlo e apoio

dos responsáveis da função de gestão de risco locais, tendo presente a perspectiva corporativa do Grupo

Crédito Agrícola vigente no quadro regulamentar, onde se prevê uma forte articulação com a Caixa Central.

Evolução do Calypso

Em 2017 foi possível concluir o processo de parametrização do produto Repo no sistema Calypso de suporte

à gestão da tesouraria. Na sequência da crise financeira internacional, as operações de repo assumiram

especial preponderância como instrumento privilegiado de financiamento interbancário. Efectivamente, ao

permitirem associar às operações de financiamento uma garantia real (na maioria dos casos, obrigações do

tesouro nacionais ou estrangeiras), os repos permitem mitigar quase a 100% o risco de crédito das

operações, permitindo aumentar o nível de confiança dos operadores de mercado.

Implementação dos mecanismos de resposta a alterações de regras ao FGCAM e Fundo resolução

Na sequência da solicitação do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, foi desenvolvido um ficheiro

com características específicas que permite, de uma forma abrangente, validar os montantes relativos aos

depósitos ao abrigo da Garantia de Depósitos, bem como os montantes excluídos dessa mesma Garantia.

Desenho e implementação do Commom Report Standard (CRS), incluindo a criação de novos campos

(cliente e contas) no sistema central e mecanismos de identificação (para reporte à AT)

O Decreto-Lei n.º 64/2016 estabeleceu novas regras sobre o regime de acesso e troca automática de

informações financeiras no domínio da fiscalidade, complementando as que já haviam sido identificadas

para o FATCA, para a implementação dos mecanismos de cooperação internacional e de combate à evasão

fiscal.

À semelhança do FATCA, o CRS criou um conjunto de obrigações para a instituição financeira,

nomeadamente a nível de identificação, recolha e reporte de informação sobre os seus clientes/contas,

tendo como intuito a identificação, documentação e reporte de contas detidas directa ou indirectamente

por residentes fiscais em estados aderentes. Assim, foram identificados e implementados os respectivos

requisitos com vista a assegurar a recolha da informação necessária, sua validação e o reporte em base

individual, para a Caixa Central e para cada Caixa Associada.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 112

EBA Guidelines - Pagamentos Internet (incl. limites de movimentação por canal)

Para responder às obrigações legais, no âmbito das RTS da PSD2, foram desenvolvidos os mecanismos de

Autenticação Forte, nos canais à distância, nomeadamente no On-Line Particulares.

NOVAS INICIATIVAS 2017 (outros projectos)

PBC -Filt Client Monit Transacções – Fase III etapa 1 - Wave 0

Em 2017 foi definida a arquitectura física e lógica da solução SMART PBC (alto nível) e aprovados

os documentos Visão e Âmbito do projecto.

PBC -Filt Client Monit Transacções – Wave I e II

A wave 1 e 2 incluem o desenho técnico e implementação/desenvolvimento de uma solução end-to-end

flexível e configurável para acomodar os requisitos de Compliance, numa perspectiva de self-service.

CA Bullet - Evolução do Canal On-Line e Mobile - Segmento Empresas

O projecto CA Bullet contempla a definição de um novo posicionamento de canais digitais, que visa dar

resposta às necessidades dos Clientes. Para acompanhar a mudança e ser concorrencial no mundo GAFA é

premente que as organizações se foquem nas necessidades das pessoas, alavancando o digital para

estabelecer com elas uma relação de longo prazo. A iniciativa desenvolvida em 2017 teve esse objectivo,

tendo sido realizada a análise e definição da experiência e jornada de Cliente, nos vários canais de relação

com o CA.

Upgrade do FOCUS ALM

A solução Focus ALM é a solução de suporte à gestão integrada do balanço bancário do Grupo Crédito

Agrícola. Ao longo de 2017 concluíram-se fases decisivas do processo de upgrade da solução,

nomeadamente: (i) a revisão do processo de alimentação de dados que deixou de estar dependente de

ligações autónomas a cada uma dos sistemas operacionais do banco e passou a estar integrado no Data

Mart de risco; (ii) a redefinição das análises associadas à gestão e controlo dos riscos de taxa de juro e de

liquidez; e (iii) a parametrização de análises de suporte ao exercício periódico de planeamento da actividade.

Transitam para 2018, as actividades de (1) definição e parametrização de um modelo de preços internos de

transferência de custos e proveitos financeiros (FTP) e (2) de parametrização dos relatórios de reporte dos

novos rácios de liquidez.

Liderança - elaboração de um Prontuário do Grupo CA

Nos dias de hoje, tendo em consideração a importância que o tema da liderança assume, o projecto de

elaboração de um prontuário de liderança, visou promover a reflexão e a construção do perfil ideal do líder

do Crédito Agrícola, tendo presente as características e valores do Grupo.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 113

O projecto destinado aos actuais Directores, terá uma segunda fase tendo em vista a consciencialização de

gaps, identificação de necessidades de desenvolvimento e apropriação do modelo do líder ideal do Grupo

Crédito Agrícola. Em 2018, este projecto será promovido para todo o Crédito Agrícola.

Automatização de recolha e divulgação de instrumentos financeiros (SIX)

A iniciativa visou promover uma redução de riscos operacionais na realização de operações e tratamento

de eventos de títulos, redução do trabalho manual de pesquisa e parametrização, regularização contratual

da obtenção da informação e eliminação do risco de reclamações financeiras quanto à extracção de

informação, com uma solução que minimiza o custo dessa informação. O módulo foi instalado, estando a

aguardar a conclusão da parametrização, testes e formação.

B24 – Implementação da norma EMV

Esta iniciativa pretende dotar o Grupo Crédito Agrícola dos mecanismos mais seguros para validação de

cartões bancários na sua utilização em redes de pagamentos internas e externas, pelo que esta solução

contempla as funcionalidades necessárias para que os cartões em uso na rede interna CA - Balcão24 - sejam

validados de acordo com a norma EMV (standard Europay/Mastercard/Visa).

Gestão Limites - Fase II

A iniciativa encontra-se a desenvolver o sistema de gestão de limites, com o objectivo de facilitar a gestão

de clientes e o controlo de risco de crédito e de concentração. Neste momento, esta plataforma já agrega

mais de 96% das operações efectuadas com clientes.

O projecto terá posteriormente continuidade desenvolvendo novas funcionalidades a nível de gestão de

limites de crédito, não só ao nível de cliente como também ao nível de grupo de risco, facilitando o processo

de tomada de risco e o respectivo acompanhamento das operações concedidas ao abrigo do limite de risco

assumido.

Implementação Decreto-lei 74/A - Crédito Hipotecário

O Decreto-Lei n.º 74-A/2017, que aprovou o regime dos contratos de crédito relativo a imóveis,

estabelecendo as regras aplicáveis ao crédito a consumidores quando garantido por hipoteca ou por outro

direito sobre coisa imóvel, obrigou a reformulações profundas e teve um grande impacto tecnológico, em

normativos internos e procedimentos.

Em 2017 foram identificados os requisitos e os gaps, foi implementada a FINE, foram adequadas as minutas

dos contratos aos novos requisitos, foram implementadas no Profile as novas regras para avaliação da

solvabilidade (quer de titulares quer de avalistas e fiadores) e foram efectuadas sessões de divulgação ao

SICAM.

Em 2018 será finalizada a sua implementação com vista a assegurar os demais requisitos através

de ajustamentos.

Automatização da contabilização da Carteira de Títulos das CCAM

A iniciativa destinou-se à uniformização do registo contabilístico das carteiras de títulos no SICAM, com o

consequente aumento da eficiência na contabilização dos títulos e respectiva redução do risco operacional.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 114

Esta automatização permitiu uma simplificação significativa das actividades contabilísticas e

administrativas que as Caixas Associadas necessitavam de realizar mensalmente neste âmbito.

Recolha e divulgação índices e taxas de câmbio - avaliar 1 único fornecedor

No âmbito da gestão do sistema Calypso, de suporte à gestão da tesouraria, iniciou-se em 2017 os trabalhos

de substituição da fonte de dados de mercado utilizados para controlo e valorização das posições, iniciativa

que será concluída no início de 2018. Na base desta iniciativa esteve a preocupação permanente de

optimizar os custos de suporte à actividade.

Segurança SWIFT

A iniciativa pretendia a instalação de novos requisitos obrigatórios no acesso e a utilização das

funcionalidades do sistema Swift Alliance Acess. A Caixa Central procedeu em 2017 à auto certificação para

avaliação do nível de compliance, tendo instalado e alterado processos e políticas de acesso no sistema

referenciado, de acordo com o Framework Swift.

CA Flow Credit - Produto Fast

Em alinhamento com a implementação do CA Flow Credit foi também lançada uma iniciativa que tem como

objectivo o desenvolvimento e disponibilização de um novo destino de crédito que pode ser subscrito pelos

Clientes de forma fácil e rápida através do Online. O produto prevê a atribuição de crédito por um modelo

de análise de risco a Clientes, podendo estes, no caso de pretenderem contratar o produto, ter aprovação

imediata do financiamento e a disponibilização do mesmo na sua conta num curto espaço de tempo.

CA Flow Credit - Fase I - Crédito ao Consumo

Iniciativa de simplificação do processo de subscrição de produtos de crédito a Particulares e respectivo

encadeamento com os produtos de venda cruzada complementar (Seguros Vida e Não Vida) que pretende

dotar a área comercial do Crédito Agrícola de um processo de venda de produtos de crédito simples, fluído

e ágil. Numa primeira fase foi feita a implementação para a oferta de Crédito Pessoal e de Cartões de crédito.

O CA Flow Credit é uma plataforma única, multicanal que considera a ligação de simuladores a uma solução

de propostas com aproveitamento total da informação recolhida e a sua conversão em oportunidades

comerciais, que elimina a redundância na recolha da mesma.

CA Flow Credit - Fase II - Crédito à Habitação

A segunda fase de implementação desta iniciativa desenvolveu a implementação na plataforma do CA Flow

Credit do Crédito Habitação e do Multiusos, tendo sido concluída com a implementação do workflow de

crédito de Particulares.

CA Flow Credit - Fase III e IV - Empresas e Workflow

A terceira e quarta fases desta iniciativa prevêem a simplificação do processo de subscrição de produtos de

crédito para Empresas e ENI, com o respectivo encadeamento com os produtos de venda cruzada imediata

(Seguros Vida e Não Vida).

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 115

Após o desenvolvimento da oferta de crédito para Empresas e ENI será também implementado um

workflow de crédito para Empresas e ENI.

Cartões empresa

A Iniciativa pretendia o desenvolvimento da oferta cartões para o segmento empresa, dotando o catálogo

de produtos e serviços do Crédito Agrícola de oferta para os diferenciados Clientes Empresariais, através

de produtos Corporate.

Para além de uma oferta especializada e direccionada ao segmento, é uma oferta cuja rentabilidade

resultante da sua utilização apresenta-se superior ao da oferta para Clientes particulares.

CA Target – implementação de dashboards (3 módulos)

Sendo uma das linhas de trabalho do projecto CA Target, esta iniciativa assegurou a definição e a

implementação de um conjunto abrangente de dashboards e relatórios que permitem um

acompanhamento completo da actividade comercial, dotando as várias áreas e funções responsáveis pela

actividade comercial com uma capacidade mais profunda de acompanhamento e dinamização da mesma.

CA Target – alinhamento cliente/gestor

A iniciativa foi concluída com sucesso, sendo possível no CA GPS actualizar semanalmente os NIC (Nível de

Intensidade Comercial). Para 2018, foi utilizado o NIC como variável determinante no desdobramento de

objectivos por Colaborador.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação sobre a Caixa Central 116

Ciclo anual de Gestão de Programa – PMO 2018

Decorrente do Plano de Actividades aprovado para 2018, foram realizadas 4 ciclos de reuniões, em Janeiro,

Fevereiro, Março e Abril de acompanhamento com os Sponsors (elementos do CAE da Caixa Central) e os

líderes das 40 iniciativas sob acompanhamento (responsáveis de Direcção), são eles:

Iniciativas 2018 Tipo Responsável

Plataforma CAIS – Migração e evolução Transit/Plurianual CCCAM/GCRI

8- Catálogo de serviços 2018 Transit/Plurianual CCCAM/DPEC

Racionalização dos processos de gestão operacional de RH e articulação com estratégia de RH Nova CCCAM/GOP

19- Nova aplicação de RH incluindo a gestão de cadastro e o processamento salarial Nova CCCAM/DCRH/GOP

25- Planos de sucessão e Academia de formação especializada Nova CCCAM/DCRH

26- Política de remunerações e carreiras - implementação (Fase 1: SICAM) Nova CCCAM/DCRH

27- e-Learning: Novo modelo de formação comercial Nova CCCAM/DCRH

Novo modelo de acolhimento e formação base de empregados para o SICAM (Forbasic) Transit/Plurianual CCCAM/DCRH

1- Digital (Card) Banking Platform Nova CCCAM

12- BULLET 2018 Nova CCCAM/DBD

6- Planeamento e comunicação da nova proposta de valor digital Nova CCCAM/GCRI/DME

14- Gestão integrada do preçário de clientes (Revenue Assurance) Nova CCCAM/DPEC

29- Open Banking API (PSD2) Transit/Plurianual CCCAM/DO

30- Solução de pagamentos imediatos Nova CCCAM/DO

24- DuIT em 4 processos de suporte operacional Nova CCCAM/GOP

38- Adequação ao novo regulamento europeu de protecção de dados Nova CCCAM/JR

Solução de GRC - Governance, Risk and Compliance* Transit/Plurianual CCCAM/DA/DC/DRG/GOP/DAS

17- Gestão de limites de crédito - Fase 3 (Multiempresa e Grupos Económicos de Risco) Nova CCCAM/DRC

36- Reorganização da função Compliance Nova CCCAM/GOP

21- Evolução da plataforma de gestão documental eDoclink Nova CCCAM/GOP

18- Rating Estatístico - Implementação Nova CCCAM/DRG

31- Alienação de NPL (secured e unsecured) do SICAM Nova CCCAM/DRG

IFRS 9 + 28- Ligação IFRS9 às novas taxonomias FINREP/COREP 2.7. Transit/Plurianual CCCAM/DRG+DCF

20- Referenciação de saldos comuns e automatização da consolidação de contas no GCA Reapresentada CCCAM/DCF

3- CA Express Business Nova CCCAM/DME

CA Flow Credit - Fase III e IV - ENI, Empresas e Workflow Transit/Plurianual CCCAM/DME

13- IGC e SI 2018 Plurianual CCCAM/DDN

Gestão de Linhas de Financiamento e Garantias Transit/Plurianual CCCAM/DP

Evolução da solução de propostas de créditos - segmento empresas Reapresentada CCCAM/DAJ

Reformulação da CRC - Fases II e III Transit/Plurianual CCCAM/DC

37- Smart PBC Nova CCCAM/DC

Restificação da plataforma de integração Transit/Plurianual CAS/CAI

Programa Profile 24x7 Nova CAS/CAI

CA Lock Transit/Plurianual CAS/CAI

CA Proton V2 Transit/Plurianual CAS/CAI

Windows 10 + Reestruturação da AD (Programa) Nova CAS/CAI

Evolução da arquitectura IMCA+ Transit/Plurianual CAS/CAI

Expansão da Rede SICAM Transit/Plurianual CAS/CAI

CA DUIT – Processos CA Serviços Nova CAS/CAI

Modelo de Gestão de Risco de SI/TI Nova CAS/CAI

(*) Incluindo a adaptação dos programas de auditoria (testes aos controlos em função dos níveis de risco).

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Crédito Agrícola CONTRIBUTO PARA O RELATÓRIO E CONTAS 2017

Enquadramento económico 117

02 Enquadramento económico

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Crédito Agrícola CONTRIBUTO PARA O RELATÓRIO E CONTAS 2017

Enquadramento económico 118

ii. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

2.1 ECONOMIA INTERNACIONAL

A economia internacional registou um desempenho robusto em 2017, beneficiando da atenuação de alguns

factores de risco de ordem política, de condições financeiras acomodatícias nos principais blocos

desenvolvidos e da retoma do comércio internacional. Destacaram-se pela positiva as economias europeias

– desenvolvidas e emergentes – e também os países asiáticos, regiões onde o crescimento esperado para

2017 tem sido revisto genericamente em alta. O ritmo de crescimento dos preços tem vindo a aumentar

nos países desenvolvidos, mas aquém do desejado pelas autoridades monetárias. O Banco Mundial elevou

as suas estimativas de crescimento do PIB Mundial para 3% em 2017.

Em 2017, a economia da Zona Euro manteve-se robusta, apoiada pela manutenção das condições

financeiras acomodatícias, baixo preço dos bens energéticos, recuperação da confiança entre os agentes

económicos e redução dos riscos políticos. Ao longo de 2017, a economia ganhou ímpeto à medida que

alguns receios que limitavam o crescimento e optimismo se foram dissipando, sendo que a procura interna

continuou a ser o principal impulsionador do crescimento, mas a recuperação das exportações, graças à

retoma da economia a nível global, permitiu que o contributo da procura externa fosse igualmente positivo.

É de salientar, no campo político, a expectativa gorada dos que esperavam que o sentimento populista que

conduziu à vitória do “Sim” no Brexit e à eleição de Donald Trump nos EUA os levasse a ganhar as eleições

em França e na Holanda, o que acabou por não acontecer.

Os 19 países que compõem a Zona Euro fecharam o ano de 2017 a crescer ao ritmo mais forte em quase

sete anos, ficando o crescimento real do PIB acima dos 2% no conjunto dos países da Área do Euro. O

investimento de capital também apresentou um forte crescimento em resposta à manutenção das políticas

acomodatícias do Banco Central Europeu.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Crédito Agrícola CONTRIBUTO PARA O RELATÓRIO E CONTAS 2017

Enquadramento económico 119

Com as condições económicas favoráveis na Zona Euro, a taxa de desemprego diminuiu, tendo ficado no

final do ano nos 8,7%, valor que não se registava desde Janeiro de 2009. No entanto, a recuperação do

emprego não foi acompanhado por um acréscimo nos salários. Assim, a variação anual dos preços ao

consumidor manteve-se entre 1% e 2% ao longo do ano, tendo encerrado 2017 em 1,4%, valor que se situa

ainda abaixo da meta do BCE.

O BCE decidiu manter as principais taxas directoras inalteradas ao longo de todo o ano, em 0% no caso da

taxa principal de refinanciamento, em -0,4% no caso da taxa dos depósitos, e em 0,25% no caso da taxa de

cedência de fundos. Relativamente ao plano de compra de activos, em Abril, os montantes das compras

mensais foram reduzidas para 60 mil milhões de euros, menos 20 mil milhões do que anteriormente. Em

Outubro, em resposta às condições económicas favoráveis, o BCE decidiu cortar o seu programa de compras

de obrigações para metade, i.e., 30 mil milhões de euros mensais a partir de Janeiro de 2018, tendo ficado

expresso que este nível seria mantido até Setembro de 2018.

A economia americana acabou o ano de 2017 num ritmo forte, sendo estimado um crescimento de 2,3%

do PIB, aproveitando a continuação de uma dinâmica positiva registada no segundo e terceiro trimestres

do ano, com os números dos mercados de capitais, confiança dos consumidores e de emprego a

apresentarem os melhores resultados dos últimos anos – em alguns casos, de sempre.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Crédito Agrícola CONTRIBUTO PARA O RELATÓRIO E CONTAS 2017

Enquadramento económico 120

A taxa de desemprego ficou nos 4,1% perto do final do ano, sendo este o valor mais baixo em quase 17

anos. Os ganhos no mercado de trabalho foram consistentes e os empregadores estiveram activamente a

recrutar para preencher as vagas em todo o país. Esta dinâmica de recuperação do mercado de trabalho

suportou o consumo privado. Num ambiente de maior confiança quanto à evolução da procura interna e

externa assistiu-se também à recuperação do investimento que, numa primeira fase, se focou no sector

energético, estendendo-se depois a outros sectores nomeadamente à actividade industrial.

Em Dezembro, a inflação nos EUA registou a maior subida em 11 meses, com a inflação subjacente a subir

para os 1,8% em termos homólogos, impulsionada pelo sector automóvel, imobiliário e de transportes.

Já a encerrar o ano, a aprovação da reforma fiscal veio dar suporte à permanência de um cenário de

crescimento em 2018. Os objectivos do plano são estabelecer um conjunto de cortes permanentes de

impostos para empresas e indivíduos e simplificar o regime de deduções e créditos concedidos às famílias

e empresas, eliminando ou reduzindo algumas das deduções agora previstas como forma de financiar a

redução de impostos.

A Reserva Federal Americana subiu a sua taxa de benchmark 3 vezes ao longo de 2017, estando esta

actualmente no intervalo entre 1,25 e 1,50%. Donald Trump nomeou Jerome Powell para o cargo de

Governador da Reserva Federal, que sucedeu a Presidente Janet Yellen em Fevereiro de 2018. Apesar desta

mudança na liderança do banco central americano, não são esperadas grandes alterações na actual política

de normalização das taxas de juro americanas.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Crédito Agrícola CONTRIBUTO PARA O RELATÓRIO E CONTAS 2017

Enquadramento económico 121

2.2 ECONOMIA NACIONAL

A economia portuguesa, em 2017, cresceu mais do que o conjunto dos países da Zona Euro (2,60% versus

2,40%), algo que já não acontecia desde 1999, beneficiando do fortalecimento da procura interna e do

desempenho favorável das exportações associado ao bom momento económico dos principais parceiros

comerciais.

Na procura interna, o consumo privado beneficiou da recuperação do emprego e do rendimento disponível,

tendo registado um crescimento médio anual de 2,2%. Já o investimento beneficiou da permanência dos

baixos custos de financiamento e do fortalecimento da procura global que contribuiu para a recuperação

da capacidade produtiva instalada, a qual se situava em 81,8% no 3º trimestre de 2017, valor acima dos

80,6% da média de longo prazo. Assim, o investimento registou um crescimento médio anual de 10,3% nos

três primeiros trimestres do ano, depois de, durante o mesmo período de 2016, ter estagnado, tirando

partido do investimento realizado pelo sector privado. O contributo da procura externa foi positivo, com as

exportações nacionais a ficarem acima das importações. As exportações nacionais atingiram os 42% do

Produto Interno Bruto em 2017 (que compara com 39,9% do PIB em 2016), um sinal da resiliência da

economia nacional face a uma evolução na política monetária europeia.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Crédito Agrícola CONTRIBUTO PARA O RELATÓRIO E CONTAS 2017

Enquadramento económico 122

Os principais indicadores económicos divulgados, no que se refere ao último trimestre do ano, sugerem um

crescimento sólido e superior à Zona Euro que contribui para a redução do gap de riqueza por habitante

entre Portugal e a região da moeda única.

A taxa de desemprego nacional registou um das descidas mais acentuadas entre os países da Europa,

situando-se no final de 2017 perto dos 9,1% (11,0% em 2016).

O ritmo de crescimento dos preços ao consumidor registou, ao longo do ano, um movimento de gradual

aceleração. Esta dinâmica foi particularmente alimentada pela subida dos preços dos bens energéticos, cujo

contributo para a taxa de inflação média anual foi ganhando importância ao longo do ano. O assinalável

dinamismo registado no turismo teve impacto nos preços praticados no sector hoteleiro e,

consequentemente, contribuiu para a aceleração da inflação durante o ano. Contudo, em Dezembro, a

taxa estabilizou em 1,5% (1,2% de excluirmos energia e alimentação), tendo-se verificado maior

agravamento de preços nos transportes, restaurantes e hotéis (mais de 3% face ao mesmo período do ano

anterior).

Indicadores macroeconómicos (2015-2017)2015 2016 2017

Procura Externa tav 3,8 2,0

EUR/USD Taxa de Câmbio 1,09 1,05 1,20

Preço do Petróleo (Brent, USD por barril) 51,2 58,5 66,4

Produto Interno Bruto tav 1,6 1,5 2,6

Consumo Privado tav 2,6 2,1 2,2

Consumo Público tav 0,8 0,6 0,1

Formação Bruta de Capital Fixo tav 4,5 1,6 8,3

Exportações tav 6,1 4,1 7,7

Importações tav 8,2 4,1 7,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,5 0,6 1,6

Taxa de Poupança (%) vma 7,0 5,0 4,4

Taxa de Emprego % 57,5 59,1 61,0

Taxa de Desemprego % 12,4 11,0 9,1

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav 0,4 2,1 2,0

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 1,7 1,7 1,5

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,8 2,2 1,8

Taxa de referência do BCE (média) % 0,05 0,00 0,00

Euribor 3 meses (média) % 0,00 -0,27 -0,33

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,63 0,20 0,35

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,52 3,76 1,94

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2017), Banco Central Europeu (Dezembro 2017) e Bloomberg (Janeiro 2018)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

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Crédito Agrícola CONTRIBUTO PARA O RELATÓRIO E CONTAS 2017

Enquadramento económico 123

O défice do conjunto das Administrações Públicas fechou o ano de 2017 em 2.574 milhões de euros, o que

se traduziu numa melhoria de 1.607 milhões de euros face a 2016. Apesar da redução do défice em

contabilidade pública entre 2016 e 2017, o seu valor em termos brutos ficou 104 milhões de euros acima

da meta traçada. Em Outubro, aquando da actualização das estimativas para o ano de 2017 (O. E. 2018), o

Governo fixou a meta do défice para 2017 em 1,4%. Posteriormente, o Governo tem vindo a apontar para

objectivos mais ambiciosos, com o primeiro-ministro, António Costa, a adiantar que o défice do ano de

2017 terá ficado em torno de 1,2% do PIB.

2.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL

O ano de 2017 ficou marcado pela conclusão de vários processos de reforço de capital e de reestruturação

em alguns dos principais bancos a operar no mercado nacional, realçando-se mudanças na gestão e nas

estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: a operação de aumento de capital no BCP

(1,3 mil milhões de euros) com a entrada de um novo accionista (Fosun); a conclusão da 2ª fase do plano

de recapitalização da CGD, com a injecção de 2,5 mil milhões de euros no capital do banco público; a

conclusão da oferta pública de aquisição lançado pelo CaixaBank sobre o capital do BPI (adquirindo uma

posição maioritária de 84,52%); a conclusão da alienação de 75% do capital do Novo Banco ao Fundo Lone

Star, mantendo-se os restantes 25% como propriedade do Fundo de Resolução; e o processo de integração

do Banco Popular Portugal no Santander Totta, resultado do processo de resolução e venda do Banco

Popular ao Banco Santander.

Fonte: Banco de Portugal, Janeiro 2018

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Crédito Agrícola CONTRIBUTO PARA O RELATÓRIO E CONTAS 2017

Enquadramento económico 124

2.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2012 – Dezembro

2017)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal, o volume de depósitos

aumentou 2,8% em 2017 face a Dezembro de 2016. Para essa evolução contribuiu o acentuado crescimento

dos depósitos de empresas em 14,9% (+5,9 p.p. que em 2016), sendo que nos particulares ocorreu uma

estagnação no volume de depósitos 0,0% (-1,0 p.p. que em 2016).

2.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2012 – Dezembro

2017)

Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 2,8% em Dezembro de 2017

face ao registado no final de 2016, em parte justificado pela alienação de carteiras de crédito não produtivo

(NPL) verificada em várias instituições do sector bancário. A quebra mais significativa verificou-se no crédito

a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,0%), ambos face

a Dezembro de 2016.

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Crédito Agrícola CONTRIBUTO PARA O RELATÓRIO E CONTAS 2017

Enquadramento económico 125

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2016 e Dez.2017, o crédito total

reduziu 2,8% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nos

distritos de Portalegre, Guarda e Castelo Branco. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 4,5 mil milhões de

euros e, em sentido inverso, no distrito do Porto a concessão de crédito aumentou 0,7 mil milhões de euros,

sendo que no país foi registada uma quebra no crédito a empresas global de 4,2 mil milhões de euros.

Valores em milhões de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2017

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.592 2.816 8.408 4,5% 0,0% -0,6% -0,2%

Beja 1.335 409 1.744 0,9% 3,6% -7,3% 0,8%

Braga 6.272 3.430 9.702 5,2% -0,3% -0,7% -0,4%

Bragança 953 237 1.190 0,6% 5,5% -10,2% 2,0%

Castelo Branco 1.451 296 1.747 0,9% 1,0% -26,4% -5,0%

Coimbra 3.856 1.232 5.088 2,7% 0,7% -2,4% -0,1%

Évora 1.725 959 2.684 1,4% 3,0% 7,4% 4,6%

Faro 4.702 1.815 6.517 3,5% 0,9% 4,1% 1,8%

Guarda 916 191 1.107 0,6% 4,2% -29,0% -3,6%

Leiria 4.075 2.394 6.469 3,4% -1,1% -3,3% -1,9%

Lisboa 41.417 38.669 80.086 42,7% -3,0% -10,4% -6,7%

Portalegre 874 198 1.072 0,6% 0,6% -26,4% -5,8%

Porto 17.108 12.917 30.025 16,0% -0,3% 5,7% 2,2%

Santarém 4.017 1.529 5.546 3,0% 0,0% 2,0% 0,5%

Setúbal 9.228 1.741 10.969 5,8% -1,1% -0,6% -1,0%

Viana do Castelo 1.674 524 2.198 1,2% 2,1% 7,4% 3,3%

Vila Real 1.318 301 1.619 0,9% -1,3% -12,2% -3,6%

Viseu 2.582 1.116 3.698 2,0% 2,1% 3,1% 2,4%

Reg. Autónoma Açores 2.721 1.044 3.765 2,0% 4,2% -1,9% 2,4%

Reg. Autónoma Madeira 2.874 1.196 4.070 2,2% -1,9% -9,6% -4,3%

Total 114.689 73.015 187.704 100% -1,0% -5,5% -2,8%

Fonte: Banco de Portugal

Crédito Peso total

%

Var. Homóloga

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Crédito Agrícola CONTRIBUTO PARA O RELATÓRIO E CONTAS 2017

Enquadramento económico 126

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo se deveu essencialmente

à diminuição do crédito à habitação (-1,4% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016) que representa

81,3% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, este

situou-se nos 3,8%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a

perder peso no agregado de crédito (-13,0% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016).

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a

empresas do sector do transporte e armazenagem, construção, e energia. Nos sectores da agricultura e

pescas, indústrias extractivas, alojamento e restauração e actividades imobiliárias foi possível verificar um

aumento do crédito concedido (3,0%, 7,8%, 1,4% e 4,3%, respectivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 12,7%, sendo que os sectores com maior

incumprimento continuam a ser o da construção, das actividades imobiliárias e do comércio, que mantêm

elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Em 2017, as PME foram as empresas que registaram maior redução no crédito contraído face a 2015, tendo

sido a principal aposta comercial das instituições bancárias não apenas pelo seu peso relativo (52% do total

das empresas segmentadas) mas também pela menor incidência de crédito vencido (8,7% e 12,0%, nas

médias e pequenas empresas respectivamente, que comparam com os 22,6% das microempresas).

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2017

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 93.216 -1,4% 81,3% 2,1%

Consumo 13.857 11,1% 12,1% 4,6%

Outros fins 7.616 -13,0% 6,6% 22,4%

Total 114.689 -1,0% 100% 3,8%Fonte: Banco de Portugal

Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 3,0% 2.357 3,2% 4,4%

Indústrias Extractivas 7,8% 278 0,4% 10,8%

Indústrias Transformadoras -1,0% 12.385 17,0% 7,8%

Energia -18,8% 2.897 4,0% 0,0%

Água e Saneamento -19,2% 1.112 1,5% 2,1%

Construção -7,1% 10.030 13,7% 32,4%

Comércio -2,4% 11.753 16,1% 10,1%

Transporte e Armazenagem -14,0% 5.980 8,2% 4,1%

Alojamento e Restauração 1,4% 4.630 6,3% 9,2%

Actividades Imobiliárias 4,3% 9.573 13,1% 20,6%

Saúde e Apoio Social 2,2% 1.309 1,8% 4,8%

Outros -13,7% 10.711 14,7% 9,2%

Total -5,5% 73.015 100,0% 12,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2017

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Crédito Agrícola CONTRIBUTO PARA O RELATÓRIO E CONTAS 2017

Enquadramento económico 127

Da análise ao número de empresas, destaca-se a variação positiva do nascimento de novas empresas, o

que, combinado com a variação do número de empresas encerradas e insolventes, resulta na criação líquida

de empresas de 2,4x em 2017 (i.e. revitalização empresarial), 31,7% acima do verificado em 2015.

2.4 MERCADOS FINANCEIROS

2.4.1 Mercados accionistas

O mercado de acções americano fixou sucessivos máximos históricos ao longo de 2017, com o Dow Jones

a bater pela primeira vez os 20.000 pontos em Janeiro, 21.000 em Março, 22.000 em Agosto e finalmente

24.000 no último dia de Novembro, tendo terminado o ano nos 24.719,22 pontos. Já o S&P 500 arrecadou

uns impressionantes 62 novos recordes em 2017, encerrando o ano nos 2.673 pontos. Os níveis de

confiança das empresas e dos consumidores mantiveram-se em níveis elevados ao longo do ano. Os líderes

deste crescimento foram sem dúvida os grandes nomes do sector tecnológico como a Amazon, Facebook,

Apple, Microsoft e Alphabet.

Evolução do mercado de crédito a empresas por dimensão - Dez. 2017

Valor Peso % % Crédito Vencido

Microempresas 23.266 32% 22,6%

Pequenas empresas 18.257 25% 12,0%

Médias empresas 17.201 24% 8,7%

Grandes empresas 9.869 14% 3,1%

Total de Empresas segmentadas 68.593 94% 13,5%

Empresas não segmentadas 4.422 6% n.d.

Total 73.015 100% 12,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do número de empresas

Nascimentos 37.961 37.034 40.326 6,2%

Encerramentos 16.638 15.505 14.165 -14,9%

Insolvências 4.232 3.256 2.670 -36,9%

Revitalização Empresarial * 1,8 2,0 2,4 31,7%

Fonte: Barómetro Informa DB

* Nascimentos / (Encerramentos + Insolvências)

Variação

15/172015 2016 2017

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Crédito Agrícola CONTRIBUTO PARA O RELATÓRIO E CONTAS 2017

Enquadramento económico 128

Com desenvolvimentos políticos favoráveis e dados económicos fortes, o mercado de capitais na Europa

também se valorizou. Os investidores ficaram aliviados em Maio quando Emmanuel Macron ganhou as

eleições francesas, no entanto, mais tarde, as preocupações voltaram com a incerteza política na Alemanha

e em Espanha. O Stoxx 600 encerrou o ano a avançar 7,68%. Na Alemanha, apesar da incerteza política na

segunda metade do ano, o DAX ganhou 12,51%. Nos periféricos, o PSI 20 encerrou o ano a subir 15,15% e

a Borsa Italiana 13,61%. O IBEX 35 teve uma performance inferior, penalizado pela crise da Catalunha tendo,

ainda assim, registado uma valorização de 7,4%.

2.4.2 Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência

No que diz respeito às principais moedas, o ano de 2017 foi um ano de valorização do euro relativamente

às moedas rivais. Ao longo do ano, o euro registou uma apreciação acumulada de 14,15% face ao dólar,

9,16% face ao franco suíço, 10% face ao iene japonês e 4% face à libra esterlina. No início do ano com o

EUR/USD nos 1,052 dólares, referia-se como provável a paridade entre as duas moedas. No entanto, o par

fechou o ano a 1,20 dólares, valor que não era verificado desde 2015. Efectivamente, as expectativas

quanto à solidez do crescimento da Zona Euro e quanto à remoção das medidas monetárias não

convencionais levaram à maior procura do euro contra as restantes moedas.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Crédito Agrícola CONTRIBUTO PARA O RELATÓRIO E CONTAS 2017

Enquadramento económico 129

Segundo o Bank of International Settlements, o dólar continua a ser a moeda dominante em mais de 80%

das transacções cambiais. Com as expectativas de maior suporte ao crescimento por parte das políticas da

nova Administração a desvanecerem-se à medida que o tempo ia passando, nomeadamente com o

adiamento dos planos de obras públicas e de introdução de um novo pacote fiscal, a moeda norte

americana foi perdendo força ao longo do ano. Em termos políticos, foi igualmente significativa a forte

oposição do Congresso às medidas prometidas em campanha eleitoral, como o fim imediato do programa

conhecido por Obamacare. Quanto à política monetária, a Fed prosseguiu o ciclo de subida das taxas de

juro que, embora tenha ampliado o diferencial de juros para o euro, não trouxe uma significativa apreciação

da moeda, visto que os movimentos já tinham sido antecipados pelos mercados e tornaram-se num não-

evento.

Apesar do iene japonês se ter desvalorizado em relação ao euro, manteve grande firmeza face ao dólar. Na

maior parte do ano o par USD/JPY variou dentro do intervalo largo compreendido entre 107 e 116, sem

tendência. O Banco Central Nipónico defendeu sempre uma maior estabilidade da moeda, nunca hesitando

em fazer intervenções no mercado de forma a evitar movimentos de apreciação da sua moeda.

A libra acabou por ter um comportamento de maior estabilização no segundo semestre do ano, depois do

movimento de depreciação que ocorreu entre Maio e Agosto. Ao longo de 2017, o comportamento da libra

foi condicionado pelo Brexit e os avanços e recuos decorrentes de todo o processo. Até à data de Março de

2019, data final para o divórcio definitivo do Reino Unido da EU, será sempre um dos principais factores de

mercado.

No mercado monetário, a taxa Euribor a 1 mês apresentou uma tendência de subida encerrando o ano de

2017 a -0,368% e a Euribor a 1 ano desceu, fechando o ano em -0,186%.

2.4.3 Matérias-primas

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Crédito Agrícola CONTRIBUTO PARA O RELATÓRIO E CONTAS 2017

Enquadramento económico 130

O mercado do petróleo teve alguns factores relevantes que condicionaram de forma significativa a sua

evolução ao longo de 2017. Do lado dos produtores, esteve a preocupação para com um maior equilíbrio

entre a oferta e a procura, uma vez que o desfasamento existente estaria a colocar em risco a evolução dos

preços. O petróleo iniciou o ano perto dos $60, com fortes expectativas de retoma e reforço do consumo

ao longo do ano de 2017. No entanto, o ciclo de crescimento em curso nos vários blocos não iria trazer

acréscimos significativos da procura, havendo até, durante algum tempo, dúvidas em relação ao

crescimento da actividade na China. Face à possibilidade de ocorrer um abrandamento mais expressivo do

crescimento chinês, surgiram reacções negativas nos mercados de commodities. O petróleo chegou a

registar um mínimo de $44 no final de Junho. Na segunda metade do ano houve uma recuperação dos

preços do petróleo, com a maior visibilidade nos cortes de produção na OPEP e com a perspectiva de um

aumento do consumo no ano seguinte. Assim, a tendência de subida dos preços foi surgindo de forma

consistente e sistemática, levando o petróleo a encerrar o ano em torno dos $66.

O ouro negociou durante a maior parte do ano dentro do intervalo dos $1.200-$1.300 e encerrou o ano a

valorizar mais de 13% nos $1.302,8. Embora a Fed tenha continuado com o seu processo de normalização

das taxas de juro e dos mercados accionistas terem acelerado, a performance do ouro foi assinalável.

2.4.4 Mercado obrigacionista

O mercado obrigacionista continuou condicionado pela permanência de políticas monetárias

acomodatícias e baixos níveis de inflação. Estes factores limitaram o movimento de subida das yields dos

principais benchmarks na Zona Euro e EUA que, embora tenham recuperado dos mínimos registados no

ano anterior, se mantiveram em níveis historicamente muito baixos.

Já entre os países da periferia da região da moeda única, foram verificados movimentos mais significativos,

nomeadamente no caso da dívida pública nacional, que beneficiou do facto de duas agências de notação

financeira terem elevado a avaliação do risco, voltando a colocar Portugal na classe de investimento. Nos

10 anos a yield portuguesa desceu dos 3,76% para os 1,94%, com o spread face à dívida alemã no mesmo

prazo a cair para os 152 pontos.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Crédito Agrícola CONTRIBUTO PARA O RELATÓRIO E CONTAS 2017

Enquadramento económico 131

Contrariamente, Espanha e Itália viram as suas yields subir face ao seu valor de fecho de 2016, tendo as

yields fechado 2017 a 1,56% e 2,29%, respectivamente, no prazo dos 10 anos. Em Espanha, a instabilidade

política decorrente da situação da Catalunha e os receios quanto às consequências económicas

prejudicaram as yields espanholas. Em Itália, os receios concentraram-se em torno das próximas eleições

nacionais onde o Movimento 5 Estrelas tem aparecido bem posicionado nas sondagens.

A yield do Bund alemão a 10 anos transaccionou num intervalo entre 0,18 e 0,60%, continuando

condicionado pelo programa de compra de activos do BCE e também pelo baixo nível de oferta, reflexo da

sua saudável situação fiscal.

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Crédito Agrícola CONTRIBUTO PARA O RELATÓRIO E CONTAS 2017

Enquadramento económico 132

2.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2018

Para 2018, a maior fonte de incerteza está relacionada com o impacto da reversão das políticas monetárias

acomodatícias dos Bancos Centrais na economia mundial e nos índices de confiança dos agentes

económicos, nomeadamente relacionado com a indecisão em torno do término do programa de compra

de activos do Banco Central Europeu e no aumento das taxas de juro da Reserva Federal. Acresce que a

instabilidade geopolítica (oriunda do Brexit e da crise na Catalunha, do resultado das próximas eleições em

Itália, e dos efeitos que poderão advir da nova política expansionista e da reforma fiscal de Donald Trump)

pode constituir um factor determinante em 2018, particularmente tendo em consideração a crescente

tensão entre EUA e China. O panorama do comércio mundial poderá sofrer alterações em 2018,

permanecendo incertos os movimentos no mercado cambial, após a queda registada no início de 2018 do

dólar, a valorização do euro face a uma expectável retoma das economias europeias, e o interesse potencial

de alguns players mundiais na classificação do Renminbi como a primeira moeda no comércio de petróleo.

Em 2018, o papel da regulação e supervisão adquire uma relevância elevada no sector financeiro, no

panorama europeu, através do Banco Central Europeu e da Autoridade Bancária Europeia, como também

no sistema bancário nacional por intermédio do Banco de Portugal. Esta actuação mais rigorosa é justificada

não apenas pela tentativa de garantir maior resiliência das instituições financeiras face a futuras crises, mas

também pela necessidade de regular o surgimento de novos players (ex. fintechs) no mercado bancário

europeu.

Os maiores desafios da banca nacional para 2018 estão relacionados com:

i. a melhoria da rentabilidade do negócio bancário, por via:

(i) do aumento da eficiência operacional e controlo de custos, nomeadamente através do

esforço de digitalização e robotização das operações;

(ii) da resolução adequada dos stocks de crédito não produtivo; e,

(iii) da revisão da oferta e dos serviços prestados aos clientes.

ii. a pressão sobre o capital e liquidez, por via:

(i) da dificuldade na captação de capital privado (apesar dos resultados positivos

apresentados pela banca nacional e a capacidade de geração de resultados via capital

interno) e da dificuldade de implementar, com sucesso, os investimentos e parcerias

necessárias para operar numa indústria com ameaças e em permanente mutação (ex.

digital, regulação); e,

(ii) de compliance, com novas exigências relacionadas com os requisitos de absorção de

risco (ex. Basel IV, MREL), de alavancagem e de liquidez (ex. LCR, NSFR).

iii. a adaptação às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância, os demais requisitos

requeridos às instituições financeiras visam não só a maior defesa dos direitos do consumidor (ex.

GDPR, PSD2, DMIF2), como também assegurar maior prudência e segurança na condução da

actividade bancária (ex. IFRS9, PBC/FT);

iv. a revisão dos modelos de negócio, ajustando-os às novas exigências dos consumidores (ex. mobile

banking, serviço 24/7, procedimento de abertura de conta e concessão de crédito online) e às

alterações de contexto (ex. surgimento das fintechs no contexto do open banking).

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 133

03 Informação financeira da Caixa Central

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 134

iii. INFORMAÇÃO FINANCEIRA DA CAIXA CENTRAL

3.1 RESULTADOS E BALANÇO Nota: Com a adopção das NICs em 2017, as demonstrações financeiras do ano de 2016 foram ajustadas

para efeitos comparativos. Assim, as demonstrações financeiras anteriores a esta data, preparadas em

NCAs, não são comparáveis nas rubricas ajustadas, nomeadamente imparidade, provisões, activos por

impostos diferidos, capital próprio e resultado do exercício.

3.1.1 Evolução dos principais indicadores Em 2017, o crescimento económico que se verificou em Portugal (aumento anual do PIB de 2,6%) não se

reflectiu no volume de crédito concedido, no qual se observou um decréscimo de 2,8% quando comparado

com o ano anterior, sendo que o crédito a empresas registou uma redução de 5,5% 8 e o crédito a

particulares de 1,0%, em parte, justificado pela venda de carteiras de crédito não produtivo (NPL).

Num contexto em que o crédito bruto concedido em Lisboa registou uma quebra de 6,7% e no Porto um

aumento de 2,2%9, em 2017, a Caixa Central viu o seu crédito bruto aumentar 4,6% (+64,6 milhões de

euros), fruto de um acréscimo na concessão de crédito bruto no Porto de 15,4% e em Lisboa de 0,9%. Sem

prejuízo do acréscimo verificado no crédito bruto na Caixa Central, o crédito agenciado diminuiu 22,0

milhões de euros.

8 Em Portugal, no segmento de crédito a sociedades não financeiras, a concessão de crédito encontra-se particularmente penalizada pela dinâmica negativa do crédito aos sectores da construção e transporte e armazenagem, com um peso superior a 20%. O crédito à agricultura e pescas, alojamento e restauração, imobiliário e indústria extractivas são as que registam variações homólogas positivas. Fonte: Crédito por sector de actividade económica, BPStat, Fev.2018 9 Fonte: BPStat, Fev.2018

PRINCIPAIS INDICADORES

em milhares de euros Var.

2017/2016

Activo total 5.994.803 6.022.848 7.956.784 8.885.682 11,7%

Passivo total 5.692.924 5.767.870 7.727.385 8.558.571 10,8%

Aplicações em Instituições de Crédito 57.036 631.288 1.057.636 1.176.831 11,3%

Crédito a clientes (bruto) 1.365.084 1.441.712 1.408.944 1.473.582 4,6%

Aplicações em Títulos (líquido) 4.089.989 3.487.854 5.029.511 5.652.299 12,4%

Recursos das Caixas Agrícolas 4.097.656 4.666.450 5.456.605 5.718.715 4,8%

Recursos de clientes 313.253 376.947 600.625 730.968 21,7%

Capitais próprios 301.878 254.978 229.399 327.111 42,6%

Margem financeira -4.717 -18.366 19.922 38.108 91,3%

Resultado de operações financeiras 166.820 100.676 44.855 74.107 65,2%

Produto bancário 180.752 99.634 78.474 134.269 71,1%

Custos de estrutura 44.890 45.619 47.766 47.715 -0,1%

Provisões / imparidades 81.066 44.043 42.072 7.687 -81,7%

Resultado Líquido 36.610 4.961 -12.834 55.228 n.a.

Rendibilidade dos capitais próprios (ROE) 12,1% 1,9% -5,6% 16,9% 22,5 p.p

Rácio de eficiência 24,8% 45,8% 60,9% 35,5% -25,3 p.p

Rácio de crédito vencido > 90 dias 6,8% 6,7% 4,9% 4,6% -0,3 p.p

Rácio de solvabilidade - Common Equity Tier 1 a) 10,7% 10,7% 10,4% 14,9% 4,5 p.p

Rácio de solvabilidade - Tier 1 a) 10,7% 10,7% 10,4% 14,9% 4,5 p.p

Rácio de solvabilidade - Total a) 11,9% 11,5% 10,9% 15,3% 4,4 p.p

(a) Incluindo os resultados l íquidos do fina l do exercício em fundos próprios .

20172016

Reexpresso

20152014

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 135

No que respeita à estrutura de balanço, em 2017, verificou-se um aumento do activo total que atingiu os

8.886 milhões de euros (+11,7% face ao valor do activo registado em 2016), tendo contribuído para este

aumento essencialmente as aplicações financeiras em títulos que aumentaram 12,4% face a 2016 (+623

milhões de euros) e as aplicações em instituições de crédito que registaram um aumento de 11,3% (+119

milhões de euros). No mesmo sentido, o passivo total acompanhou o crescimento do activo e cifrou-se nos

8.559 milhões de euros, o que representa um aumento de 10,8% face ao valor registado a 31 de Dezembro

de 2016, destacando-se o aumento verificado nos depósitos das Caixas Associadas em 262 milhões de euros

(+4,8%) e o aumento dos recursos de clientes em 130 milhões de euros (+21,7%). Por sua vez, o capital

próprio registou um acréscimo de 98 milhões de euros para os 327 milhões de euros, essencialmente

explicado pelo aumento registado nas reservas (+42,2 milhões de euros, nomeadamente um aumento de

+33,1 milhões de euros nas reservas de reavaliação de obrigações de tesouro portuguesas) e no resultado

do exercício (+68,1 milhões de euros) que se cifrou em cerca de +55,2 milhões de euros.

A evolução do resultado líquido de -12,8 milhões de euros em 2016 para os +55,2 milhões de euros, em

2017, é explicada essencialmente pelo aumento da margem financeira (+18,2 milhões de euros) e dos

resultados de operações financeiras (+29,3 milhões de euros), assim como pela redução das provisões e

imparidades do exercício face a 2016 (-34,4 milhões de euros).

No que respeita ao risco de liquidez e de taxa de juro, a Caixa Central mantém um efectivo controlo destes

riscos, garantindo a sua mitigação e uma gestão conservadora do balanço, em linha com os seus princípios

orientadores e as especificidades do Grupo Crédito Agrícola, em particular, na gestão de tesouraria e

excedentes de liquidez.

A Caixa Central apresenta uma situação resiliente e adequada no que respeita ao capital, onde se destaca

um rácio de Fundos Próprios Principais de Nível 1 (Common Equity Tier 1) de 14,9% e um rácio de capital

total de 15,3%, valores com referência a 31 de Dezembro de 2017 e que incorporam o resultado líquido do

exercício.

3.1.2 Demonstração de Resultados

A Caixa Central obteve um resultado líquido de +55,2 milhões de euros, o que representa um aumento de

68,1 milhões de euros face ao resultado de -12,8 milhões de euros do ano anterior. A evolução assinalada

é justificada pela melhoria no produto bancário (+55,8 milhões de euros face ao homólogo), essencialmente

via aumento da margem financeira (+18,2 milhões de euros) e dos resultados de operações financeiras

(+29,3 milhões de euros), mas também pela redução das provisões e imparidades do exercício face a 2016

(-34,4 milhões de euros).

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 136

a) Margem Financeira

A margem financeira da Caixa Central registou uma melhoria face ao valor registado em 2016 (+18,2

milhões de euros), tendo atingido os 38,1 milhões de euros em 2017 contra os 19,9 milhões de euros

contabilizados em 2016.

Este aumento da margem financeira ficou a dever-se essencialmente:

à redução da remuneração dos depósitos das Caixas Associadas junto da Caixa Central (-15,3

milhões de euros face a 2016), sobretudo pelo efeito preço; e,

ao aumento dos juros recebidos dos títulos e outras aplicações (+4,3 milhões de euros), sobretudo

pelo efeito volume.

em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 134.133 152.041 168.751 16.709 11,0%

Juros e encargos similares 152.500 132.119 130.643 -1.476 -1,1%

Margem Financeira -18.366 19.922 38.108 18.186 91,3%

Comissões líquidas 21.712 21.245 22.777 1.532 7,2%

Result. de op. financeiras 100.676 44.855 74.107 29.252 65,2%

Outros -4.387 -7.548 -723 6.825 90,4%

Produto Bancário 99.634 78.474 134.269 55.795 71,1%

Custos de estrutura 45.619 47.766 47.715 -51 -0,1%

Custos de pessoal 25.802 25.838 26.660 822 3,2%

Gastos gerais administrativos 18.974 21.056 20.258 -798 -3,8%

Amortizações 843 871 797 -74 -8,5%0

Provisões e imparidades 44.043 42.072 7.687 -34.385 -81,7%

Resultado antes de impostos 9.972 -11.364 78.867 90.231 n.a.0

Impostos, após correc. e diferidos 5.011 1.469 23.639 22.169 1508,7%0

Resultado Líquido 4.961 -12.834 55.228 68.062 n.a.

20152016

Reexpresso

Variação2017

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

MARGEM FINANCEIRA

em milhares de euros

VariáveisCapitais

médios

Taxa média

(%)

Proveitos/

Custos

Capitais

médios

Taxa média

(%)

Proveitos/

Custos

Crédito a clientes 1.425.328 2,3% 33.066 1.441.263 2,2% 31.107

Títulos e outras aplicações 5.103.145 0,7% 36.579 6.458.139 0,6% 40.881

Activos financeiros 6.528.473 1,1% 69.645 7.899.402 0,9% 71.988

Depósitos de clientes 488.786 0,3% 1.548 665.796 0,2% 1.424

Depósitos das Caixas Associadas 5.061.528 0,9% 45.231 5.587.660 0,5% 29.973

Recursos de Bancos Centrais e outros passivos1.130.087 0,3% 2.944 1.774.280 0,1% 2.484

Passivos financeiros 6.680.401 0,7% 49.723 8.027.736 0,4% 33.881

Margem financeira 0,3% 19.922 0,5% 38.108

Margem de intermediação* 2,0% 1,9%

Taxa euribor média (3 meses) -0,3% -0,3%

(*) taxa média de crédito a clientes - taxa média de depósitos a clientes

20172016

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 137

Em 2017, a margem de intermediação fixou-se nos 1,9% (-0,1 p.p. face a 2016), por via do:

Crédito a Clientes, a taxa média situou-se nos 2,2%, com uma diminuição dos juros recebidos de

crédito a clientes de 2,0 milhões de euros, em virtude da permanência da redução das taxas Euribor;

e,

Depósitos de Clientes, a taxa média situou-se nos 0,2%, com uma quebra na taxa de remuneração

dos depósitos face a 2016, apesar do aumento no volume de recursos de clientes.

As taxas de remuneração das operações activas e passivas da Caixa Central procuram garantir a

convergência entre as taxas de aplicações financeiras e as taxas aplicadas a Recursos das Caixas Associadas.

b) Comissões Líquidas

Em 2017, as comissões líquidas aumentaram em 7,2%, alcançando os 22,8 milhões de euros (+1,5 milhões

de euros face a 2016).

Este acréscimo foi influenciado positivamente pela variação das comissões recebidas em 2,3 milhões de

euros (+7,8%) essencialmente devido: i) ao aumento de 1,6 milhões de euros na rubrica de montagem de

operações de créditos sindicados e ao aumento de 1,4 milhões de euros na rubrica de montagem de

DECOMPOSIÇÃO DOS EFEITOS DE VARIAÇÃO DA MARGEM FINANCEIRA

em milhares de euros Efeito

volume

Efeito

preço

Variação no

ano

Activos financeiros 10.082 -7.739 2.343

Crédito a clientes 370 -2.329 -1.959

Títulos e outras aplicações 9.713 -5.411 4.302

Passivos financeiros 6.940 -22.782 -15.842

Depósitos de clientes 561 -685 -124

Depósitos das Caixas Associadas 4.702 -19.960 -15.258

Recursos de Bancos Centrais e outros passivos1.678 -2.138 -460

Margem financeira 3.142 15.043 18.185

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 138

operações de papel comercial; ii) ao aumento das transferências de valores em 644 mil euros (+16,6%) e iii)

ao aumento de colocação e comercialização de produtos não bancários em 509 mil euros (+8,5%). Estes

aumentos foram atenuados pela diminuição das comissões recebidas por compromissos assumidos perante

terceiros em 1,4 milhões de euros (-75,6%), designadamente nas comissões de imobilização de operações

sindicadas (-1,1 milhões de euros face a 2016, i.e. -99%); das comissões recebidas com cartões em 580

milhares de euros (-10,9%) e das comissões interbancárias em 313 milhares de euros (-12,3%).

Por outro lado, o aumento das comissões líquidas é atenuado pelo aumento das comissões suportadas em

722 mil euros, para 8,4 milhões de euros, por via do aumento: i) das comissões interbancárias com cartões

(+9,9%); e, ii) das outras comissões de intermediação pagas às Caixas Associadas (+17,0%).

As comissões relacionadas com o negócio de cartões reduziram 580 mil euros, o que se explica

essencialmente com a revisão de preçário das comissões interbancárias (verificado no 2º semestre), não

compensado pelo maior número de transacções.

COMISSÕES

Abs. %

Comissões recebidas 28.824 28.956 31.211 2.255 7,8%

Garantias e avales 580 497 527 31 6,2%

Créditos documentários abertos 82 65 80 15 22,7%

Compromissos assumidos perante terceiros 1.853 1.808 441 -1.367 -75,6%

Depósito e guarda de valores 3.899 3.841 4.413 572 14,9%

Cobrança de valores 733 665 700 35 5,3%

Transferências de valores 4.054 3.873 4.517 644 16,6%

Operações de crédito 1.395 1.652 1.560 -92 -5,6%

Cartões 6.278 5.304 4.725 -580 -10,9%

Interbancárias 1.616 2.534 2.221 -313 -12,3%

Colocação e comercialização 5.852 5.985 6.494 509 8,5%

Montagem de Operações de Papel Comercial 0 0 1.357 1.357 n.a.

Montagem de Operações de Créditos Sindicados 0 109 1.690 1.580 1448,6%

Outras comissões recebidas 2.482 2.622 2.485 -137 -5,2%

Comissões pagas 7.112 7.712 8.434 722 9,4%

Depósito e guarda de valores 974 1.035 1.128 93 9,0%

Intermediação de operações de crédito pagas às

CCAM881 810 768 -42 -5,2%

Interbancárias com cartões 1.465 1.667 1.832 164 9,9%

Outras comissões de intermediação pagas às

CCAM2.077 2.197 2.572 375 17,0%

Outras comissões pagas 1.716 2.003 2.136 132 6,6%

Total de comissões líquidas 21.712 21.244 22.777 1.533 7,2%

2016Variação

2015em milhares de euros

2017

Abs. %

Cartões - Recebidas de Clientes 374 311 388 77 24,8%

Cartões - Interbancárias 4.616 4.038 3.663 -375 -9,3%

Cartões - Recebidas das Caixas Agrícolas 1.287 955 674 -281 -29,4%

Sub-total 6.278 5.304 4.725 -580 -10,9%

Outras comissões interbancárias 1.616 2.534 2.221 -313 -12,3%

Total 7.895 7.839 6.946 -892 -11,4%

2016

COMISSÕES INTERBANCÁRIAS REFERENTES A CARTÕES E OUTRAS (PROVEITOS)

Variaçãoem milhares de euros2015 2017

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 139

O aumento do conjunto das responsabilidades fora do balanço sob gestão do Grupo CA (CA Vida, CA Gest

e por entidades terceiras) traduziu-se num acréscimo da remuneração da Caixa Central enquanto entidade

depositária.

A Caixa Central, enquanto entidade comercializadora, registou um aumento de 8,5% nas comissões

geradas, justificado pelo aumento da actividade comercializadora de produtos da CA Seguros, da CA Vida e

dos FII e das comissões geradas pela comercialização de FIM.

As comissões de colocação recebidas da Square A.M. referem-se à comercialização dos fundos de

investimento imobiliário. A partir de Outubro de 2017, em resultado da operação de traspasse por 10 anos

da gestão dos FIM para entidade terceira (Intermoney), as comissões de colocação de FIM passaram a ser

pagas por esta entidade em substituição da CA Gest.

c) Resultados de Operações Financeiras

Os resultados de operações financeiras atingiram cerca de 74 milhões de euros em 2017, registando um

aumento de 65% face ao período homólogo. O aumento de 29,3 milhões face a 2016 é justificado

fundamentalmente pelas mais-valias financeiras geradas na gestão de dívida pública soberana (+43,5

milhões de euros) e de outros instrumentos de dívida (+5,1 milhões de euros), sendo ainda contrabalançado

pela quebra registada nos rendimentos de instrumentos de capital (-7,8 milhões de euros) e de -11,3

milhões de euros registadas em outros activos disponíveis para venda.

COMISSÕES DE DEPÓSITO E GUARDA DE VALORES (PROVEITOS)

Abs. %

Caixas Agrícolas 316 262 231 203 -28 -12,2%

CA Gest, SGFIM, SA 4 7 2 0 -1 -70,4%

CA Seguros, SA 125 158 174 224 50 28,6%

CA Vida, SA 1.166 1.361 1.366 1.568 202 14,8%

CA Seguros e Pensões, SGPS 0 0 0 6 6 n.a.

Sub-total 1.611 1.787 1.772 2.001 229 12,9%

Square A.M. SGFII, SA e Selecta SGFII* 2.036 2.112 2.069 2.412 343 16,6%

Total 3.648 3.899 3.841 4.413 572 14,9%

(*) Fundos imobiliários CAPC, CAI, CAAH e Imovalor CA.

em milhares de euros Variação201620152014 2017

Abs. %

CA Gest, SGFIM, SA 1.145 763 852 89 11,7%

CA Seguros, SA 129 172 215 42 24,6%

CA Vida, SA 130 154 161 7 4,8%

Sub-total 1.403 1.089 1.228 139 12,7%

Square A.M. SGFII, SA* 4.449 4.895 5.266 371 7,6%

Total 5.852 5.985 6.494 509 8,5%

(*) Fundos imobiliários CAPC, CAI e CAAH.

COMISSÕES DE COLOCAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO (PROVEITOS)

2015 2016Variaçãoem milhares de euros

2017

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 140

A alteração das condições de mercado conduziu à transferência das posições associadas à cobertura dos

financiamentos TLTRO II e das posições com maior duração para a carteira de activos detidos até à

maturidade. No entanto, a transição para o normativo IFRS 9 e a necessidade de identificar modelos de

investimento alinhados com a estratégia da Caixa Central e do SICAM implicou a realização de operações

de venda de posições em dívida pública portuguesa, italiana, espanhola e irlandesa.

d) Custos de Estrutura

Em 2017, verificou-se um decréscimo de -0,1% nos custos de estrutura, tendo estes evoluído de 47,8

milhões de euros para 47,7 milhões de euros no seu total. Contudo, expurgando os custos não recorrentes

da análise, constata-se que ocorreu um aumento de 0,5%, já que os custos com pessoais recorrentes

aumentaram 4,3% em 2017 e os gastos gerais administrativos recorrentes decresceram 3,5%.

Para este aumento nos custos com pessoal (+0,8 milhões de euros) contribuiu essencialmente o acréscimo

líquido de 24 colaboradores na Caixa Central (dos quais 13 já se encontravam no headcount da Caixa Central

em regime de mobilidade intra-grupo), fundamentalmente para fazer face às necessidades de recursos para

responder às exigências regulamentares e ao aumento da procura de serviços por parte das Caixas

Associadas, em particular de auditoria interna. Contrariamente, a redução registada nos gastos gerais

administrativos (-0,8 milhões de euros) está relacionada maioritariamente com a redução de custos nos

serviços com contencioso e notariado (-0,7 milhões de euros, sendo que no ano anterior houve um

aumento muito significativo relacionado com serviços de recuperação de crédito por venda de activos não

produtivos).

em milhares de euros2015 2016 2017

Variação

absolutaVariação %

Resultado dos activos financeiros disponíveis

para venda98.729 35.395 72.733 37.338 105,5%

Dívida pública soberana 80.219 25.836 69.321 43.486 168,3%

Outros instrumentos de dívida 15.510 422 5.565 5.143 1217,3%

UP CA Imobiliário 0 0 0 0 n.a.

UP CA Património Crescente 5.607 0 0 0 n.a.

Outros activos -2.607 9.137 -2.154 -11.291 123,6%

Rendimento de instrumentos de capital 62 8.117 307 -7.810 -96,2%

Cambiais 2.338 1.386 1.105 -281 -20,3%

Outros resultados -453 -43 -38 5 12,1%

Total de resultado de operações financeiras 100.676 44.855 74.107 29.252 65,2%

RESULTADO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 141

Relativamente ao rácio de eficiência, este melhorou face a 2016, (35,5% em 2017 versus 60,9% em 2016),

essencialmente em virtude do acréscimo de 71,1% do produto bancário registado em 2017.

e) Evolução do Efectivo da Caixa Central

Nota: Colaboradores com contrato sem termo/por tempo indeterminado e com contrato a termo certo/incerto.

Em 2017, verificou-se um aumento líquido de 24 colaboradores face a 2016.

CUSTOS DE ESTRUTURA

Abs. %

Gastos de funcionamento 44.776 46.894 46.918 23 0,0%

Custos com o pessoal 25.802 25.838 26.660 822 3,2%

dos quais não recorrentes 3.386 2.204 2.012 -192 -8,7%

Gastos gerais administrativos 18.974 21.056 20.258 -798 -3,8%

dos quais não recorrentes 0 116 43 -73 -63,2%

Amortizações 843 871 797 -74 -8,5%0

Custos de estrutura 45.619 47.766 47.715 -51 -0,1%

Custos não recorrentes* 3.386 2.320 2.054 -266 -11,4%

Custos de estrutura excl. custos não recorrentes 42.233 45.446 45.661 215 0,5%

Rácio de eficiência 45,8% 60,9% 35,5%

Variação2015

-25,3 p.p

(*) Custos com pré-reformas, indemnizações e consultoria (reorganização da DFOA em 2016, da função Auditoria

em 2017 e da função Compliance - projecto iniciado no final de 2017).

2017em milhares de euros

2016

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 142

Do ponto de vista dos custos importa ainda relevar a existência de 35 colaboradores em regime de

pluriemprego, 9 em regime de cedência, 11 em regime de prestação de serviços e 7 em regime de estágio.

f) Níveis de Provisões/Imparidades

No exercício de 2017 registou-se uma menor constituição de provisões / imparidades relativamente a 2016,

passando dos 42,1 milhões de euros reconhecidos em 2016 para os 7,7 milhões registados em 2017.

Para a constituição de imparidades de 7,7 milhões de euros foram determinantes os seguintes factores (não

exaustivamente):

a) a reversão no valor de 2,6 milhões de euros na rubrica de imparidade do crédito (regulamentares

e extraordinárias) que comparam com 15,3 milhões de euros em 2016;

b) a constituição de imparidades de outros activos financeiros no valor de 9,2 milhões de euros,

menos 66,3% que no ano transacto. Em 2016, nesta rubrica continha imparidades relativas ao

fundo CA Imobiliário no valor de 24,9 milhões de euros; e,

c) o reforço de imparidades em 2,0 milhões de euros no que respeita aos imóveis recebidos por

recuperação de crédito que contribuiu para o aumento / constituição de imparidades de outros

activos em 0,8 milhões de euros.

O grau de cobertura da carteira de crédito total por imparidades diminuiu de 10,2% em 2016 para 9,1% em

2017, justificado pelo ajustamento à tendência de melhoria verificada nos parâmetros de risco da carteira

de crédito do SICAM para os quais concorreram a progressiva normalização de processos de concessão,

acompanhamento e recuperação de crédito mas também a melhoria do cenário macroeconómico nacional.

g) Rendibilidade

A actividade bancária, espelhada na margem comercial bruta, melhorou em relação a 2016, fruto da

melhoria registada na margem financeira de +0,18 p.p., ainda assim contrabalançada com a redução da

rentabilidade das comissões em -0,04 p.p..

PROVISÕES E IMPARIDADES

Abs. %

Imparidade do crédito líquida de reversões e

recuperações*8.891 15.281 -2.584 -17.865 -116,9%

Imparidade de outros activos financeiros 31.972 27.145 9.155 -17.990 -66,3%

Imparidade de outros activos -1.016 1.444 2.277 833 57,7%

-922 1.141 2.045 904 79,2%

Outras provisões / imparidades 4.197 -1.798 -1.161 637 -35,4%

Total 44.044 42.072 7.687 -34.385 -81,7%

*Até 2016, respeita às provisões para crédito vencido, cobrança duvidosa e riscos gerais de crédito

em milhares de euros 2016

Reexpresso2015

Variação

dos quais imóveis por recuperação de crédito

2017

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 143

Relativamente à rendibilidade alcançada com as operações financeiras esta cresceu 0,36 p.p. face a 2016,

tal como a margem de negócio (+0,5 p.p.). O efeito conjugado destes factores afectou positivamente a

rendibilidade dos capitais próprios da Caixa Central que se cifrou em +16,9% em 2017 (face aos -5,6% em

2016).

DECOMPOSIÇÃO DA RENDIBILIDADE

2016 2017 Variação

+ Taxa activos financeiros 1,1% 0,9% -0,16 p.p

- Taxa passivos financeiros 0,8% 0,4% -0,33 p.p

= Margem financeira 0,3% 0,5% 0,18 p.p

+ Rendibilidade de comissões 0,3% 0,3% -0,04 p.p

= Margem Comercial Bruta 0,6% 0,8% 0,14 p.p

+ Resultado de operações financeiras e outros 0,6% 0,9% 0,36 p.p

= Margem de Negócio 1,2% 1,7% 0,5 p.p

- Efeito dos gastos de estrutura 0,7% 0,6% -0,13 p.p

- Efeito de provisões e impostos 0,7% 0,4% -0,27 p.p

= Rendibilidade dos activos financeiros -0,2% 0,7% 0,9 p.p

x Activos financeiros / Activo líquido 0,82 0,89 6,93 p.p

= Rendibilidade do activo (ROA) -0,2% 0,6% 0,78 p.p

x Activo líquido / Capital próprio 34,72 27,16 -7,55

= Rendibilidade dos capitais próprios (ROE) -5,6% 16,9% 22,48 p.p

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 144

3.1.3 Estrutura do Balanço

Em 2017, o activo total situou-se nos 8.886 milhões de euros (aumento de 11,7% face a 2016), como

resultado sobretudo dos seguintes efeitos:

i. aumento em 623 milhões de euros das aplicações em títulos (+12,4%); e

ii. aumento em 119 milhões de euros das aplicações em Instituições de Crédito (+11,3%), tendo

contribuído essencialmente o aumento das operações de TLTRO que são repassadas às Caixas em

função da elegibilidade da respectiva carteira, sendo estas operações enquadradas nos programas

de refinanciamento a empresas da Zona Euro promovidos pelo BCE.

Por seu lado, o passivo total acompanhou a subida do activo total líquido e cifrou-se nos 8.559 milhões de

euros, o que representa um aumento de 831 milhões de euros (+10,8% face ao registado no ano transacto).

em milhares de euros

Abs. %

Activo

Disponibilidades 291.072 275.139 329.080 53.941 19,6%

Aplicações em Instituições de Crédito 631.288 1.057.636 1.176.831 119.195 11,3%

Crédito a Clientes (líquido) 1.264.562 1.261.272 1.339.896 78.623 6,2%

Aplicações em Títulos (líquido) 3.487.854 5.029.511 5.652.299 622.787 12,4%

Activos Não Correntes Detidos para Venda 41.936 38.887 35.854 -3.033 -7,8%

Investimentos em Filiais 62.501 62.500 62.500 0 0,0%

Activos Fixos Tangíveis e Intangíveis 5.108 4.714 4.702 -13 -0,3%

Outros Activos 238.529 227.125 284.521 57.397 25,3%

Total Activo 6.022.848 7.956.784 8.885.682 928.898 11,7%

Passivo + Capital

Recursos de bancos centrais e OIC's 5.300.975 7.041.579 7.641.488 599.909 8,5%

dos quais CCAM 4.666.450 5.456.605 5.718.715 262.110 4,8%

Recursos de Clientes 376.947 600.625 730.968 130.343 21,7%

Provisões 17.932 7.476 6.315 -1.161 -15,5%

Outros Passivos Subordinados 20.218 20.218 20.218 0 0,0%

Outros Passivos 51.797 57.487 159.582 102.095 177,6%

Total Passivo 5.767.870 7.727.385 8.558.571 831.186 10,8%

Capital 302.809 303.198 303.519 321 0,1%

Reservas -11.689 -28.130 14.032 42.163 n.a.

Resultados transitados e outras reservas -41.104 -32.836 -45.669 -12.834 39,1%

Resultado do exercício 4.961 -12.834 55.228 68.062 n.a.

Total Capital Próprio 254.978 229.399 327.111 97.712 42,6%

Total do Capital Próprio + Passivo 6.022.848 7.956.784 8.885.682 928.898 11,7%

2016

Reexpresso2015 2017

Variação

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO

APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO (ACTIVO)

Abs. %

Depósitos a prazo 553.363 1.041.540 1.158.471 116.931 11,2%

dos quais, TLTRO às CCAM 523.363 1.041.540 1.158.471 116.931 11,2%

Empréstimos 17.917 15.791 17.296 1.505 9,5%

dos quais, às CCAM 10.313 9.700 11.146 1.446 14,9%

Outras aplicações 60.148 198 192 -7 -3,3%

dos quais, papel comercial 60.000 0 0 0 0,0%

dos quais, locação financeira mobiliária 146 171 167 -3 -2,0%

Juros de aplicações em instituições de crédito -139 106 102 -4 -4,0%

Total 631.288 1.057.636 1.176.831 119.195 11,3%

2017Variação

2016em milhares de euros

2015

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 145

Esta subida deveu-se, essencialmente, aos seguintes factores:

i. aumento dos recursos de clientes, passando dos 601 milhões de euros em 2016 para 731 milhões

de euros em 2017, o que representa uma subida de 21,7%;

ii. aumento dos recursos de Bancos Centrais e outras Instituições de Crédito de 7.042 milhões em

2016 para 7.641 milhões de euros em 2017 (+600 milhões de euros), dos quais maioritariamente:

(i) aumento de 370 milhões de euros de recursos de Bancos Centrais (operações de TLTRO); e, (ii)

aumento dos Recursos das Caixas Associadas em 262 milhões de euros (+4,8% de recursos face ao

final de 2016).

Relativamente aos capitais próprios, estes registaram um acréscimo de 97,7 milhões de euros cifrando-se

nos 327 milhões de euros, em função do aumento de 42,5 milhões de euros nas reservas e do resultado do

exercício positivo de 55,2 milhões de euros.

a) Carteiras de Crédito e Recursos (Agenciado e Próprio)

A Caixa Central, ao operar nos mercados urbanos de Lisboa e Porto, está sujeita à competição por parte das

restantes instituições bancárias, tanto na captação de depósitos como na concessão de crédito.

Neste contexto é de realçar o reforço dos recursos de balanço de clientes que aumentaram 21,7% em 2017,

passando de 601 milhões de euros para 731 milhões de euros, registando-se um aumento de 27,6% nos

depósitos à ordem e de 18,7% nos depósitos a prazo e de poupança.

Quanto aos recursos fora do balanço verificou-se uma redução de 0,4%, passando dos 28,7 milhões de

euros em 2016 para 28,6 milhões de euros em 2017. Este decréscimo deve-se à quebra registada nos

seguros de capitalização que diminuíram em 1,4 milhões, não sendo totalmente compensado pela evolução

positiva na comercialização de fundos de investimentos mobiliários pela Caixa Central, que atingiram os

18,5 milhões de euros em 2017 contra os 17,2 milhões de euros registados em 2016 (+7,7%).

Relativamente à comercialização de fundos de investimento imobiliários, o valor registado em 2017 foi de

41,8 milhões de euros.

Abs. %

Recursos do Balanço (1) 249.435 313.252 376.947 600.625 730.967 130.342 21,7%

dos quais:

Depósitos à Ordem 92.427 99.379 161.745 203.081 259.173 56.092 27,6%

Depósitos a Prazo e Poupanças 156.058 212.991 214.879 396.836 470.951 74.115 18,7%

Recursos Fora do Balanço (2) 23.568 30.869 29.290 28.734 28.621 -113 -0,4%

Fundos de Investimento* 15.832 20.481 17.650 17.170 18.498 1.328 7,7%

Seguros de Capitalização 7.736 10.388 11.640 11.564 10.123 -1.441 -12,5%

Total (1+2) 273.003 344.121 406.237 629.359 759.588 130.229 20,7%

*cujas unidades de participação foram tomadas por terceiros; não inclui FII

Variação2016

EVOLUÇÃO DOS RECURSOS

Valores em milhares de euros, excepto %2013 2014 2015 2017

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 146

No crédito a clientes registou-se um aumento de 4,6%, passando de 1.409 milhões de euros em 2016 para

1.474 milhões de euros em 2017, tendo sido esta evolução mais significativa no crédito a empresas (+42,0

milhões de euros) do que no crédito a particulares (+22,6 milhões de euros).

No segmento empresas registou-se um aumento no crédito de 42,0 milhões de euros (+3,9%), com o

contributo maioritário dos financiamentos (+42,2 milhões de euros) e das operações de locação financeira

(+13,0 milhões de euros).

No segmento de clientes particulares registou-se um aumento no crédito de 22,6 milhões de euros (+6,8%),

com o contributo maioritário do leasing (+4,7 milhões de euros), do crédito ao consumo (+4,4 milhões de

euros) e do crédito à habitação (+3,2 milhões de euros).

Valores em milhares de euros, excepto %2013 2014 2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito Total 1.392.145 1.365.084 1.441.712 1.408.944 1.473.582 64.638 4,6%

do qual crédito agenciado 453.077 402.787 358.248 345.552 323.638 -21.914 -6,3%

Empresas 1.011.873 1.000.903 1.095.862 1.077.489 1.119.509 42.020 3,9%

do qual crédito agenciado 225.463 197.795 149.006 156.638 150.302 -6.336 -4,0%

Particulares 380.272 364.181 345.850 331.455 354.073 22.618 6,8%

do qual crédito agenciado 227.615 204.991 209.242 188.914 173.336 -15.578 -8,2%

do qual crédito vencido 102.690 96.542 97.794 70.194 68.080 -2.114 -3,0%

do qual há mais de 90 dias 98.935 93.495 96.303 69.286 67.318 -1.968 -2,8%

Garantias e Compromissos 125.768 123.517 115.593 109.417 146.398 36.981 33,8%

Garantias Prestadas * 39.928 46.870 43.760 40.707 40.120 -588 -1,4%

Linhas de crédito irrevogáveis 85.840 76.647 71.833 68.710 106.278 37.569 54,7%

Total 1.517.913 1.488.602 1.557.305 1.518.361 1.619.980 101.619 6,7%

* Inclui garantias e avales prestados e créditos documentários de importação

CRÉDITO A CLIENTES

Valores em milhares de euros, excepto %2013 2014 2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito a Empresas 1.011.873 1.000.903 1.095.862 1.077.489 1.119.509 42.020 3,9%

Contas Correntes Caucionadas 83.239 56.215 51.384 48.867 35.725 -13.142 -26,9%

Financiamentos 825.567 851.963 950.736 931.612 973.825 42.213 4,5%

do qual Papel Comercial 150.833 162.529 139.697 156.574 184.389 27.815 17,8%

Locação Financeira (Leasing) 103.066 92.725 93.742 97.010 109.960 12.950 13,3%

do qual Crédito concedido a Empresas do Grupo 62.255 55.533 59.979 60.531 61.293 761 1,3%

do qual Crédito Vencido 91.751 85.794 89.056 63.754 62.414 -1.340 -2,1%

Garantias e Compromissos 121.342 119.228 111.696 105.762 140.597 34.835 32,9%

Garantias Prestadas * 39.246 46.318 43.367 40.255 39.801 -455 -1,1%

Linhas de crédito irrevogáveis 82.096 72.910 68.329 65.507 100.797 35.290 53,9%

Total 1.133.215 1.119.712 1.207.558 1.183.251 1.260.107 76.855 6,5%

* Inclui garantias e avales prestados e créditos documentários de importação

EMPRESAS

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 147

b) Qualidade da Carteira de Crédito

O crédito vencido atingiu os 68,0 milhões de euros o que reflecte uma redução de 2,1 milhões de euros

face a Dezembro de 2016 e se traduz numa redução do rácio de crédito vencido em 0,4 p.p. face a 2016

para 4,6%.

Em Dezembro de 2017, a Caixa Central reduziu as imparidades totais de crédito de 144 milhões de euros

em 2016 para 134 milhões de euros em 2017, assim os níveis de provisionamento da carteira de crédito

reflectem um rácio de cobertura de 196,4% (i.e. excedendo, em 65,6 milhões de euros, o montante de

crédito vencido).

Valores em milhares de euros, excepto %2013 2014 2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito a Particulares 380.272 364.181 345.850 331.455 354.073 22.618 6,8%

Crédito à Habitação (inclui Multiusos) 296.257 290.290 287.012 275.831 279.046 3.215 1,2%

Crédito ao Consumo (1) 26.605 24.771 27.273 30.538 34.897 4.359 14,3%

do qual Cartões de Crédito 15.911 14.288 12.548 11.225 10.285 -940 -8,4%

Locação Financeira (Leasing) 16.384 15.754 16.813 19.640 24.334 4.694 23,9%

Outro Crédito por Desembolso de Fundos (2) 41.027 33.366 14.752 5.446 15.795 10.349 190,0%

do qual Crédito Vencido 10.939 10.748 8.738 6.440 5.665 -775 -12,0%

Garantias e Compromissos 4.425 4.289 3.896 3.655 5.801 2.146 58,7%

Garantias Prestadas (3) 682 552 393 452 319 -133 -29,4%

Linhas de crédito irrevogáveis 3.743 3.737 3.503 3.203 5.482 2.279 71,2%

Total 385.024 368.890 349.746 335.110 359.873 24.763 7,4%

(1) Valores apurados em função de linha, sublinha e finalidade de crédito (inclui descobertos)

(2) Inclui efeitos descontados, contas correntes e empréstimos de maturidades diversas

(3) Inclui garantias e avales prestados e créditos documentários de importação

PARTICULARES

Valores em milhares de euros, excepto % 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito vencido < 90 dias 6.080 3.755 3.047 1.491 908 761 -147 -16,1%

Crédito vencido > 90 dias 88.123 98.935 93.495 96.303 69.286 67.318 -1.968 -2,8%

Crédito vencido total 94.203 102.690 96.542 97.794 70.194 68.080 -2.114 -3,0%

Rácio crédito vencido > 90 dias 5,9% 7,1% 6,8% 6,7% 4,9% 4,6% -0,3 p.p

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO VENCIDO

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 148

No que concerne ao rácio de crédito vencido, o segmento de empresas e administração pública registou

um rácio de 5,6%, enquanto que o segmento de particulares atingiu os 1,6%.

O rácio de crédito com incumprimento, calculado nos termos da Instrução nº 24/2012 do Banco de

Portugal, situou-se nos 5,9%, observando uma redução de 0,5 p.p. face ao ano transacto.

O rácio de crédito em risco, que inclui o valor total em dívida do crédito vencido por um período igual ou

superior a 90 dias e o crédito reestruturado igualmente vencido por esse período sem que tenham sido

observados o pagamento integral de juros e encargos e o reforço integral de garantias, observou, da mesma

forma, um acréscimo face ao ano transacto, de 0,3 p.p., situando-se nos 10,6%.

O rácio de crédito reestruturado, calculado nos termos da Instrução nº 32/2013 do Banco de Portugal,

situou-se nos 12,9% e o rácio de crédito reestruturado não incluído no crédito em risco atingiu os 8,6% em

Dezembro de 2017.

CRÉDITO VENCIDO E IMPARIDADES EM 31.DEZ.2017

em milhares de eurosCrédito total

bruto

Crédito

vencido

Crédito

vencido /

Crédito total

Imparidades

de crédito

Grau de

cobertura

Empresas e Administração Pública 1.119.509 62.414 5,6% 124.836 200,0%

Particulares 354.073 5.665 1,6% 8.850 156,2%

Habitação 275.173 1.657 0,6% 3.494 210,8%

Consumo e outras finalidades 78.899 4.008 5,1% 5.356 133,6%

Total 1.473.582 68.080 4,6% 133.686 196,4%

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Crédito com incumprimento/Crédito total 10,5% 10,9% 9,6% 8,2% 6,4% 5,9%

Crédito com incumprimento, líquido /Crédito total,

líquido1,0% -0,4% -6,0% -4,6% -4,1% -3,5%

(*) Rácios de 2012 calculados nos termos definidos pelo Banco de Portugal na Instrução nº 24/2012 que alterou a instrução nº

22/2011.

RÁCIOS DE INCUMPRIMENTO (*)

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Crédito em risco/Crédito total 14,4% 15,3% 13,8% 12,1% 10,3% 10,6%

Crédito risco, líquido /Crédito total, líquido 5,4% 4,4% -1,1% -0,1% 0,2% 1,7%

(*) Rácios de 2012 calculados nos termos definidos pelo Banco de Portugal na Instrução nº 24/2012 que alterou a instrução nº

22/2011.

RÁCIOS CRÉDITO EM RISCO (*)

2014 2015 2016 2017

Crédito reestruturado/Crédito total 10,6% 12,0% 14,3% 12,9%

Crédito reestruturado não incluído no crédito em risco /Crédito total 8,7% 10,0% 11,1% 8,6%

RÁCIOS CRÉDITO REESTRUTURADO

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 149

3.2 LIQUIDEZ E FUNDING 3.2.1 Activos Financeiros Disponíveis para Venda O Grupo Crédito Agrícola tem adoptado uma política muito conservadora de gestão da sua liquidez, auto

impondo às Caixas Associadas rácios de transformação máximos de 85% (considerando aplicações directas

em títulos de dívida pública nacional) e mantendo, em base consolidada, um rácio de transformação inferior

a 100%.

O Grupo Crédito Agrícola não apresenta dependência de fontes de financiamento institucional, financiando

a sua actividade creditícia exclusivamente com base em recursos de clientes e nos fundos próprios. Os

recursos de clientes do Grupo Crédito Agrícola têm apresentado uma tendência de crescimento, mesmo

nos momentos de maior pressão sobre o sistema financeiro nacional.

O excedente de liquidez estrutural do Grupo Crédito Agrícola, gerido centralmente pela Caixa Central, tem

sido canalizado para aplicações em títulos de dívida com elevada liquidez (no actual contexto de mercado,

nesta consideração não se pode excluir o papel do BCE enquanto garante de liquidez das instituições

financeiras da zona Euro e considerar, portanto, como de elevada liquidez os títulos de dívida aceites como

colateral para operações de refinanciamento não susceptíveis de verificar o seu haircut ajustado em baixa

no curto prazo), tendo o Grupo Crédito Agrícola mantido ao longo do tempo uma almofada de liquidez

muito confortável, considerando o comportamento histórico dos seus recursos.

O risco de liquidez do Grupo Crédito Agrícola é acompanhado com recurso a diversas métricas sendo de

salientar (1) a avaliação de gaps de liquidez a 1 mês e a 1 ano, (2) o apuramento do rácio de activos livres

mobilizáveis para operações de refinanciamento junto do Eurosistema sobre recursos de clientes, e (3) a

análise da evolução diária dos recursos de clientes, de modo a detectar precocemente eventuais

movimentos não explicáveis por padrões sazonais de evolução desta massa patrimonial.

Como reflexo da política conservadora de gestão da liquidez adoptada ao nível do Grupo Crédito Agrícola,

os valores dos rácios de liquidez prudenciais, nomeadamente o Liquidity Coverage Ratio e o Net Stable

Funding Ratio apurados, tanto em base consolidada e como ao nível individual da Caixa Central, encontram-

se claramente acima dos níveis de referência estabelecidos.

Para além da sua carteira de activos financeiros de elevada liquidez, o Grupo Crédito Agrícola mantém ainda

a totalidade da sua carteira de crédito livre de quaisquer ónus ou encargos, tendo portanto à disposição

uma ampla base de activos para colateralizar a emissão de títulos de dívida, caso tal, em situação de stress

extremo, se viesse a revelar necessário. A este respeito, o Grupo Crédito Agrícola mantém contacto regular

com muitos dos principais estruturadores de operações de emissão de dívida, de modo a manter-se ao

corrente de todas as alternativas de financiamento à disposição.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 150

ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA E DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Var. %

Valor % do total Valor % do total Valor % do total 2017 /2016

Activos disponíveis para venda 3.186.756 91,4% 1.273.933 25,3% 5.413.207 95,8% 324,9%

Bilhetes do tesouro e outros títulos de

dívida portuguesa1.103.138 31,6% 592.090 11,8% 2.673.054 53,2% 351,5%

Obrigações de outros emissores residentes 240.813 6,9% 69.431 1,4% 65.821 1,3% -5,2%

Obrigações de emissores públicos

estrangeiros1.674.504 48,0% 552.004 11,0% 2.545.818 50,6% 361,2%

Obrigações de outros emissores

estrangeiros168.301 4,8% 60.408 1,2% 128.514 2,6% 112,7%

Investimentos detidos até à maturidade 0 0,0% 3.497.943 69,6% 0 0,0% -100,0%

Bilhetes do tesouro e outros títulos de

dívida portuguesa0 0,0% 1.418.806 28,2% 0 0,0% -100,0%

Obrigações de outros emissores residentes 0 0,0% 82.361 1,6% 0 0,0% -100,0%

Obrigações de emissores públicos

estrangeiros0 0,0% 1.852.343 36,8% 0 0,0% -100,0%

Obrigações de outros emissores

estrangeiros0 0,0% 81.779 1,6% 0 0,0% -100,0%

Juros de investimentos detidos até à

maturidade0 0,0% 62.653 1,2% 0 0,0% -100,0%

Instrumentos de capital 300.874 8,6% 257.224 5,1% 238.811 4,7% -14,5%

Acções de empresas nacionais e UP's 291.544 8,4% 244.683 4,9% 225.229 4,5% -8,0%

Acções de empresas estrangeiras e UP's 9.330 0,3% 12.541 0,2% 13.581 0,3% 8,3%

Total 3.487.630 100% 5.029.100 100% 5.652.018 112% 12,4%

2015em milhares de euros 2016 2017

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Informação Financeira da Caixa Central 151

3.3 CAPITAL 3.3.1 Capital e Solvabilidade Os fundos próprios da Caixa Central, calculados em conformidade com os requisitos prudenciais aplicáveis

às instituições de crédito a partir de 1 de Janeiro de 2014 – Regulamento (UE) n.º 575/2013, de 26 de Junho

de 2013, fixaram-se, em Dezembro de 2017, em 328 milhões de euros, registando-se um acréscimo de 85

milhões de euros face ao período homólogo.

Considerando as deduções previstas no normativo em vigor, os fundos próprios principais de nível 1

(Common Equity Tier 1) aumentaram 85 milhões de euros em Dezembro de 2017.

Em Dezembro de 2017, os requisitos de fundos próprios totais registaram uma redução para 2.144 milhões

de euros (-5,1%), incluindo 232 milhões de euros (-15,4%) para o risco operacional, com origem na melhoria

do produto bancário, contra os 2.260 milhões de requisitos totais registados em 2016. Em relação ao ano

anterior, destaca-se ainda a diminuição dos requisitos de fundos próprios para o risco de crédito no valor

de 73 milhões de euros (-3,7%), que incluem o ajustamento para a avaliação de crédito, designado CVA10.

No exercício findo, o rácio de capital total da Caixa Central fixou-se em 15,3% e o rácio de fundos próprios

principais de nível 1 em 14,9%, continuando assim a cumprir amplamente o mínimo de 7,0%, previsto no

Aviso nº 6/2013 do Banco de Portugal.

O rácio de fundos próprios principais de nível 1 e o rácio de capital total com a aplicação integral das

disposições previstas no Regulamento (U.E.) nº 575/2013 (fully implemented) posicionam-se,

respectivamente, nos 15,5% e 15,0%.

10 CVA - credit value adjustment

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - CAIXA CENTRAL

em milhares de euros 2013 2014 2015 2016 2017 Δ 17/16

Fundos Próprios totais (a) 236.233 277.905 284.763 246.479 328.366 33,2%

Common equity tier 1 248.154 264.793 234.681 319.667 36,2%

Tier 1 184.450 248.154 264.793 234.681 319.667 36,2%

Posição em risco de activos e equivalentes 6.765.416 6.299.439 7.758.666 7.084.744 10.117.277 42,8%

Requisitos de fundos próprios 2.446.350 2.327.864 2.481.009 2.260.065 2.144.608 -5,1%

Crédito (b) 2.282.963 2.079.373 2.200.099 1.986.228 1.913.069 -3,7%

Operacional 163.388 248.492 280.910 273.837 231.539 -15,4%

Rácios de solvabilidade (c)

Common equity tier 1 --- 10,7% 10,7% 10,4% 14,9% 4,78 p.p.

Tier 1 6,7% 10,7% 10,7% 10,4% 14,9% 4,78 p.p.

Total 7,8% 11,9% 11,5% 10,9% 15,3% 4,67 p.p.(a) Incluindo os resultados l íquidos do fina l do exercício em fundos próprios .

(c) Até dezembro 2013 os rácios são ca lculado de acordo com o Avisos nºs 5/2007 e 6/2010 do Banco de Portugal , após o que são apl icadas as

regras da Diretiva 2013/36/UE ( CRD IV - Capita l Requirements Directive) e Regulamento (U.E.) nº 575/2013 (CRR – Capita l Requirements Regulation).

(b) Incluindo os requis tos de fundos próprios para risco de a justamento da aval iação de crédito.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Demonstrações Financeiras 152

04 Demonstrações financeiras

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Demonstrações financeiras 153

iv. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CAIXA CENTRAL - CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO , C.R.L.

BALANÇO INDIVIDUALEM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016 (PRO-FORMA) E 1 DE JANEIRO DE 2016 (PRO-FORMA)

(Montantes expressos em Euros)

31-dez-16(Pro-forma)

1-jan-16(Pro-forma)

ACTIVO Notas Activo Bruto

Provisões, Imparidades e amortizações

Activo Líquido

Activo Líquido

Activo Líquido PASSIVO E CAPITAL Notas 31-dez-17 31-dez-16

(Pro-forma)1-jan-16

(Pro-forma)

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 315.974.115 - 315.974.115 260.599.408 275.341.617 Recursos de bancos centrais 18 1.693.380.693 1.323.160.110 385.809.900 Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 13.106.129 - 13.106.129 14.539.593 15.729.949 Passivos financeiros detidos para negociação 7 141.781 234.003 3.945 Activos financeiros detidos para negociação 7 280.995 - 280.995 410.910 223.738 Recursos de outras instituições de crédito 19 5.948.107.382 5.718.419.329 4.915.165.444 Activos financeiros disponíveis para venda 8 5.786.902.009 (134.884.351) 5.652.017.658 1.531.157.240 3.487.629.911 Recursos de clientes e outros empréstimos 20 730.968.043 600.625.020 376.947.030 Aplicações em instituições de crédito 9 1.176.830.531 1.176.830.531 1.057.635.885 631.288.282 Provisões 21 6.314.967 7.475.754 9.378.135 Crédito a clientes 10 1.473.581.745 (133.685.923) 1.339.895.822 1.261.272.418 1.263.684.527 Passivos por impostos correntes 16 15.805.360 - -Investimentos detidos até à maturidade 11 - - - 3.497.943.034 - Passivos por impostos diferidos 16 3.750.040 30.133 34.104 Activos não correntes detidos para venda 12 40.038.183 (4.184.199) 35.853.984 38.887.115 41.935.610 Outros passivos subordinados 22 20.218.342 20.218.342 20.218.342 Outros activos tangíveis 13 21.592.524 (17.021.774) 4.570.750 4.406.709 4.619.164 Outros passivos 23 139.884.704 57.222.803 51.759.425 Activos intangíveis 14 7.064.808 (6.934.040) 130.768 307.404 488.586 Total do Passivo 8.558.571.312 7.727.385.494 5.759.316.325Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 15 62.506.484 (6.484) 62.500.000 62.500.000 62.500.500 Activos por impostos correntes 16 - - 3.491.342 23.130.612 Capital 25 303.519.395 303.198.380 302.809.465 Activos por impostos diferidos 16 35.492.502 - 35.492.502 53.376.010 49.880.962 Reservas de reavaliação 26 14.032.436 (28.130.252) (11.689.383) Outros activos 17 252.631.229 (3.602.276) 249.028.953 170.257.248 161.395.980 Outras reservas e resultados transitados 26 (45.669.306) (32.835.644) (32.586.969)

Lucro do exercício 26 55.228.370 (12.833.661) Dividendos antecipados Total dos Capitais Próprios 327.110.895 229.398.823 258.533.113

Total do Activo 9.186.001.254 (300.319.047) 8.885.682.207 7.956.784.317 6.017.849.438 Total do Passivo e dos Capitais Próprios 8.885.682.207 7.956.784.317 6.017.849.438

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

31-dez-17

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Demonstrações financeiras 154

CAIXA CENTRAL - CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO , C.R.L.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO 2017 E 2016 (PRO-FORMA)

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31-dez-17 31-dez-16(Pro-forma )

Juros e rendimentos similares 27 168.750.539 152.041.371Juros e encargos similares 28 (130.642.969) (132.119.420)

Margem financeira 38.107.570 19.921.951

Rendimentos de instrumentos de capital 29 306.870 8.116.583Rendimentos de serviços e comissões 30 31.211.376 28.956.302Encargos com serviços e comissões 31 (8.434.480) (7.711.800)Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 32 (37.693) (42.886)Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 33 72.733.082 35.395.476Resultados de reavaliação cambial 34 1.105.081 1.385.774Resultados de alienação de outros activos 35 237.504 (1.203.338)Outros resultados de exploração 36 (960.515) (6.344.432)

Produto bancário 134.268.795 78.473.630

Custos com pessoal 37 (26.660.070) (25.838.443)Gastos gerais administrativos 38 (20.257.756) (21.055.973)Amortizações do exercício 13 e 14 (797.410) (871.452)Provisões (líquidas de reposições e anulações) 21 1.160.786 1.797.932

21 2.583.957 (15.280.907)

Imparidade de outros activos financeiros (líquida de reversões e recuperações) 21 (9.154.815) (27.145.237)Imparidade de outros activos (líquida de reversões e recuperações) 21 (2.276.541) (1.443.797)

Resultado antes de impostos 78.866.946 (11.364.247)

Impostoscorrentes 16 (15.041.120) (236.236)diferidos 16 (8.597.456) (1.233.178)

Resultado líquido do exercício 55.228.370 (12.833.661)

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Imparidade do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquida de reposições e anulações)

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Demonstrações financeiras 155

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

Notas 12.2017 12.2016

Fluxos de caixa das actividades operacionais

Juros, comissões e outros proveitos equiparados recebidos 262.973.438 181.319.898

Juros, comissões e outros custos equiparados pagos -144.816.891 -150.885.896

Pagamentos a empregados e fornecedores -46.811.074 -46.095.672

Pagamentos e contribuições para fundos de pensões -91.134 -46.036

(Pagamentos)/recebimentos de imposto sobre o rendimento 3.495.180 19.403.033

Outros (pagamentos)/recebimentos relativos à actividade operacional 144.566 -4.958.658

Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais 74.894.084 (1.263.331)

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:

Crédito a clientes 85.122.335 13.133.730

-92.222230.058

Activos financeiros disponíveis para venda 4.001.297.199 -1.943.794.378

Aplicações em instituições de crédito 119.198.866 426.339.656

Investimentos detidos até à maturidade -3.435.289.769 3.497.943.034

Outros activos 62.662.228 7.984.724

832.898.636 2.001.836.824

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:

Recursos de outras instituições de crédito e bancos centrais 605.783.446 814.103.753

Recursos de clientes e outros empréstimos 130.207.654 223.293.143

Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura -92.222 230.058

Outros passivos 76.177.834 942.077.327

812.076.711 1.979.704.281

Caixa líquida das actividades operacionais 54.072.159 (23.395.874)

Fluxos de caixa de actividades de investimento

Dividendos 306.870 8.116.583

Alienações (aquisições) de fi l iais e associadas, l iquidas de alienações 0 500

Aquisições de activos tangiveis, intangiveis e propriedades de investimento, l íquidas de alienações -758.801 -1.042.689

Caixa líquida das actividades de investimento (451.930) 7.074.394

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Aumento (diminuição) de capital 321.015 388.915

Caixa líquida das actividades de financiamento 321.015 388.915

Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes 53.941.244 (15.932.565)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 275.139.001 291.071.566

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 329.080.244 275.139.001

A Caixa e seus equivalentes no fim do exercício integra:

10 Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 315.974.115 260.599.408

11 Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 13.106.129 14.539.593

3,301E+14 329.080.244 275.139.001

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRATIVO EXECUTIVO

Activos financeiros detidos para negociação e outros activos avaliados ao justo valor através de

resultados

CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO, C.R.L.

(Montantes expressos em Euros)

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Demonstrações Financeiras 156

CAIXA CENTRAL - CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO , C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIOEM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016 (PRO-FORMA)

(Montantes expressos em Euros)

Capital Reservas de reavaliação

Outras reservas

Resultados transitados Total Resultado do

exercícioCapitais

próprios totas

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 (NCA) 302.809.465 (11.689.383) 1.210.563 (42.314.077) (41.103.514) 4.961.464 254.978.032

Impacto da adopção das IAS/IFRS - Aviso nº 5/2015Imparidades do crédito (IAS 39) - - 4.836.844 - 4.836.844 - 4.836.844Impostos Diferidos Activos (IAS 12) - - (1.281.764) - (1.281.764) - (1.281.764)

Aplicação do resultado do exercício de 2015 -Transferência para reservas e resultados transitados - - - 4.961.464 4.961.464 (4.961.464) -Distribuição de resultados - - - - - - -

Saldos em 1 de Janeiro de 2016 (Pro-forma) 302.809.465 (11.689.383) 4.765.643 (37.352.613) (32.586.970) - 258.533.113

Aumento de capital 388.915 - - - - - 388.915Reembolso de capital - - - - - - -Variações na reserva de justo valor líquidas de imposto - - - - - - -Rendimento integral do exercício de 2016 - (16.440.869) (248.675) (248.675) (12.833.661) (29.523.205)Outras alterações nos capitais próprios - - - - - - -

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 (Pro-forma) 303.198.380 (28.130.252) 4.765.643 (37.601.288) (32.835.645) (12.833.661) 229.398.823

Aplicação do resultado do exercício de 2016: -Transferência para reservas e resultados transitados - (3.555.080) (9.278.581) -12.833.661 12.833.661 -Distribuição de resultados - - -

Aumento de capital 321.015 - 321.015Reembolso de capital - -Variações na reserva de justo valor líquidas de imposto - -Resultado integral do exercício de 2017 42.162.688 - 55.228.370 97.391.058Outras alterações nos capitais próprios - -

Saldos em 31 de Dezembro de 2017 303.519.395 14.032.436 1.210.563 (46.879.869) (45.669.306) 55.228.370 327.110.895

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Outras Reservas e resultados transitados

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Demonstrações Financeiras 157

CAIXA CENTRAL - CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO , C.R.L.

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRALEM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016 (PRO-FORMA)

(Montantes expressos em Euros)

31-dez-201731-dez-2016 (pro-forma)

Resultado líquido do exercício 55.228.370 (12.833.661)

Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda 32.462.256 (26.584.255) Impacto fiscal (8.079.064) 6.174.805 Transferência para resultados por alienação 23.219.160 5.904.408 Impacto fiscal (5.688.694) (1.446.580)

41.913.658 (15.951.622)

Amortização anual do impacto de transição das pensões - (248.675)Reconhecimento do rendimento integral no âmbito da IAS 19 Revisto 247.633 (493.208)Amortizações de activos tangíveis reavaliados 1.397 3.961

Rendimento reconhecido directamente no capital próprio 42.162.688 (16.689.544)

Total do rendimento integral do período 97.391.058 (29.523.205)

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

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Proposta de aplicação de resultados 158

05 Proposta de aplicação de resultados

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Proposta de aplicação de resultados 159

v. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS Nos termos do Artigo 43º do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e do Artigo 38º dos Estatutos da

Caixa Central, o Conselho de Administração Executivo propõe ao Conselho Geral e de Supervisão que o

Resultado Líquido do Exercício de 2017, um lucro no valor 55.228.369,82 euros, seja aplicado da seguinte

forma: reversão para a Reserva Legal do valor de 11.045.673,96 euros, reversão para a Reserva para

formação e educação cooperativas do valor de 500 euros, reversão para a Reserva para mutualismo do

valor de 500 euros e a afectação do valor remanescente de 44.181.695,86 euros à cobertura de prejuízos

registados na conta de resultados transitados.

O Conselho de Administração Executivo propõe ainda a aplicação do valor de 2.698.172,53 euros da reserva

legal para cobertura dos restantes prejuízos registados na conta de resultados transitados.

O Conselho de Administração Executivo

Lisboa, 22 de Março de 2018

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Anexos 160

06 Anexos

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 161

vi. ANEXOS

6.1 ANEXOS AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

1. NOTA INTRODUTÓRIA A Caixa Central - Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (adiante designada por Caixa Central ou CCCAM) é uma instituição de crédito constituída em 20 de Junho de 1984 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa Central a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável.

A Caixa Central faz parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM), o qual é formado pela Caixa Central e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas.

É da competência da Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do SICAM.

A Caixa Central opera através da sua sede, situada na Rua Castilho n.º 233, em Lisboa, e através de uma rede de doze balcões situados nos concelhos de Lisboa, Porto, Amadora, Oeiras e Funchal, incluindo dois gabinetes de empresas. A Caixa Central possuia ainda uma Sucursal Exterior Financeira em Cabo Verde, denominada “Sucursal Financeira Exterior (SFE) de Cabo Verde”, tendo contudo a Caixa Central iniciado, junto das autoridades competentes, em 2016, o processo de encerramento daquela sucursal, o qual ficou concluído no final do ano de 2017.

Em 2017, manteve-se a monitorização por parte do Banco de Portugal, do Banco Central Europeu (BCE) e da European Banking Authority (EBA), visando, como grande objectivo, assegurar uma regulamentação prudencial eficaz e coerente, bem como a supervisão de todo o sector bancário europeu.

Em 2017 mantiveram-se igualmente as actividades relacionadas com os reportes de natureza contabilística e prudencial sustentados em modelos de informação harmonizados no contexto europeu (FINREP/ COREP), bem como a realização periódica de diversos exercícios que, além de elementos de gestão interna do Grupo Crédito Agrícola (GCA), representam instrumentos de supervisão prudencial por parte do regulador. Destacam-se a este nível o Plano de Financiamento e de Capital (Funding and Capital Plan), que visa a projecção dos principais agregados financeiros e prudenciais com o propósito principal de salientar as necessidades potenciais de capital e liquidez num teor vincadamente prospectivo, o Processo de Auto-Avaliação da Adequação do Capital Interno (ICAAP), que pretende avaliar e quantificar os principais riscos a que a instituição se encontra exposta e o Plano de Recuperação com o objectivo de planificar previamente as medidas susceptíveis de serem adoptadas para evitar ou corrigir de forma tempestiva uma eventual situação de desequilíbrio financeiro.

Adicionalmente, atendendo a que, no seguimento da entrada em vigor do Aviso n.º 5/2015 do Banco de Portugal, 2017 foi o ano de adopção das Normas Internacionais de Contabilidade e de Relato Financeiro (IAS/IFRS) por parte do SICAM, o 1º semestre de 2017 foi um período em que ainda decorreram algumas actividades relacionadas com a adopção do novo normativo contabilístico, nomeadamente ao nível da aplicação retrospectiva do mesmo e da elaboração dos respectivos comparativos de 2016 para efeitos da apresentação das demonstrações financeiras de 2017.

As demonstrações financeiras anexas referem-se à actividade individual da Caixa Central, tendo sido elaboradas para dar cumprimento aos requisitos de apresentação de contas ao Banco de Portugal.

De acordo com o artigo 78º do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 24/91, de 11 de Janeiro, o qual teve alterações posteriores (a última das quais através do Decreto-Lei n.º 142/2009, de 16 de Junho), as obrigações assumidas pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas da Caixa Central são integralmente

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Anexos 162

garantidas por esta nos termos em que o fiador garante as obrigações do afiançado (regime de co-responsabilidade). Estas responsabilidades não se encontram reflectidas nas contas individuais da Caixa Central e apenas são apresentadas nas contas consolidadas do GCA a elaborar posteriormente nos termos das normas aplicáveis.

O Conselho de Administração Executivo da Caixa Central aprovou as demonstrações financeiras agora apresentadas com referência a 31 de Dezembro de 2017, em 2 de Fevereiro de 2018.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação das contas

Até 31 de Dezembro de 2016, as demonstrações financeiras em base individual da Caixa Central foram preparadas e apresentadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como imposto pelo Aviso n.º 1/2005 do Banco de Portugal. As NCA tinham por base as IAS/IFRS, tal como adoptadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia, sendo contudo aplicáveis as derrogações previstas nos Avisos n.º 1/2005 e n.º 4/2005 do Banco de Portugal.

Com a publicação do Aviso n.º 5/2015, de 7 de Dezembro, do Banco de Portugal, as entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal passaram a estar obrigadas a elaborar as suas demonstrações financeiras em base individual de acordo com as IAS/IFRS, tal como adoptadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia, mais concretamente pelo Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, considerando as alterações que lhe foram introduzidas após a respectiva publicação.

As normas internacionais incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), bem como as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC) e pelos respectivos órgãos antecessores.

Apesar de o Aviso n.º 5/2015 ter produzido efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2016, a Caixa Central beneficiou, durante o ano de 2016, do regime transitório previsto no artigo 3º do referido Aviso, pelo que a adopção das IAS/IFRS por estas entidades apenas ocorreu no dia 1 de Janeiro de 2017. De notar que as demonstrações financeiras consolidadas do GCA, o qual inclui o SICAM, já eram preparadas e apresentadas de acordo com as IAS/IFRS, pelo que esta adopção em 2017 ocorreu apenas ao nível das contas individuais.

Neste sentido, as demonstrações financeiras apresentadas pela Caixa Central referentes ao ano de 2017, período findo no dia 31 de Dezembro, foram já preparadas de acordo com as IAS/IFRS, tendo por base o pressuposto da continuidade, bem como os demais pressupostos e princípios contabilísticos previstos na Estrutura Conceptual do IASB.

Na preparação das demonstrações financeiras, a Caixa Central seguiu a convenção do custo histórico, modificada, quando aplicável, pela mensuração ao justo valor de activos financeiros disponíveis para venda e dos instrumentos financeiros derivados registados em activos e passivos financeiros de negociação.

A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com as IAS/IFRS requer o uso de estimativas, pressupostos e julgamentos críticos no processo da determinação das políticas contabilísticas a adoptar pela Caixa Central, o que pode ter um impacto significativo no valor contabilístico dos activos e passivos, assim como nos rendimentos e gastos do período de reporte. Apesar de as estimativas utilizadas serem baseadas na melhor experiência do Conselho de Administração e nas suas melhores expectativas em relação aos eventos e acções correntes e futuras, os resultados actuais e futuros podem diferir destas estimativas. As áreas que envolvem um maior grau de julgamento ou complexidade, ou áreas em que pressupostos e estimativas sejam significativos para as demonstrações financeiras, são apresentadas na Nota 3.

As demonstrações financeiras apresentadas estão expressas em Euros, arredondados ao euro mais próximo.

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Anexos 163

2.2. Alterações às políticas contabilísticas e informação comparativa

Como referido anteriormente, por imposição do disposto no Aviso n.º 5/2015, de 7 de Dezembro, do Banco de Portugal, a Caixa Central passou a preparar e apresentar as suas demonstrações financeiras individuais, a partir de 1 de Janeiro de 2017, de acordo com as IAS/IFRS, deixando assim de ser aplicadas as NCA.

Com a publicação do referido Aviso, foram revogados os Avisos n.º 1/2005 e n.º 3/95 do Banco de Portugal, os quais regulamentavam a constituição de provisões por parte das instituições de crédito, com as seguintes finalidades: (i) risco específico de crédito, (ii) riscos gerais de crédito, (iii) encargos com pensões de reforma e sobrevivência, (iv) menos-valias de títulos e imobilizações financeiras, (v) menos-valias de outras aplicações e (vi) risco-país.

Neste sentido, o crédito concedido, as garantias prestadas e outras operações de natureza análoga passaram a estar sujeitas ao registo de perdas por imparidades de acordo com os requisitos da IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, deixando de se aplicar o modelo de provisionamento previsto no Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal.

Assim, a alteração resultante da revogação das NCA e adopção das IAS/IFRS para efeitos da preparação e apresentação das demonstrações financeiras que teve impacto mais significativo na Caixa Central prendeu-se com a passagem do provisionamento do crédito a clientes e das garantias nos termos do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal para o reconhecimento de perdas por imparidade apuradas em conformidade com a IAS 39.

De acordo com as IAS/IFRS, a adopção do novo normativo contabilístico deve ser aplicada retrospectivamente, com referência ao primeiro período comparativo apresentado (ou seja, 1 de Janeiro de 2016), pelo que a Caixa Central ajustou as suas demonstrações financeiras de 2016 para efeitos comparativos. Deste modo, as demonstrações financeiras de 2017 são em todos os aspectos materialmente relevantes comparáveis com as demonstrações financeiras que se apresentam no presente documento referentes ao período anterior (ou seja, 2016).

Nos quadros abaixo apresenta-se a reconciliação das principais rubricas das demonstrações financeiras aprovadas em 2016, preparadas e apresentadas em base NCA, considerando os ajustes efectuados para que as demonstrações financeiras comparativas de 2016 reflictam o impacto de adopção das IAS/IFRS.

i) Reconciliação entre o Balanço a 1 de Janeiro de 2016 preparado com base nas NCA e nas IAS/IFRS

Notas IAS/IFRS Ajustamentos NCA

Crédito a clientes 9 1.263.684.527 (877.290) 1.264.561.817 Activos por impostos diferidos 15 49.880.962 (1.281.763) 51.162.725 Outros activos 16 161.395.980 (2.839.938) 164.235.918 Outros elementos do activo 4.542.887.969 - 4.542.887.969

Total do Activo 6.017.849.438 (4.998.991) 6.022.848.429

Provisões 20 9.378.135 (8.554.072) 17.932.207 Outros elementos do passivo 5.749.938.190 - 5.749.938.190

Total Passivo 5.759.316.325 (8.554.072) 5.767.870.397

Outras reservas e resultados transitados 25 (32.586.969) 3.555.081 (36.142.050) Outros elementos do capital próprio 291.120.082 - 291.120.082

Total Capital Próprio 258.533.113 3.555.081 254.978.032

Total do Passivo e Capital Próprio 6.017.849.438 6.022.848.429

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Anexos 164

ii) Reconciliação entre o Balanço a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base nas NCA e nas IAS/IFRS

Conforme se apresenta na reconciliação acima, os ajustamentos efectuados para efeitos comparativos, com vista à conversão dos saldos NCA em IAS/IFRS, levaram a que o resultado líquido do exercício de 2016 sofresse um decréscimo de 3.555 milhares de Euros. Este decréscimo detalha-se do seguinte modo:

1) Existia no dia 1 de Janeiro de 2016 uma diferença positiva de 4.836 milhares de Euros entre as provisões para risco de crédito e as imparidades para crédito, tendo essa diferença sido anulada nessa data, para efeitos de elaboração dos comparativos em IAS/IFRS, por contrapartida de “Outras Reservas”. No entanto, uma vez que no final do ano de 2016 o montante de provisões e imparidades se equiparava, houve um aumento do reforço líquido do ano das imparidades face ao que sucedeu ao nível das provisões (-4.836 milhares de Euros); 2) De igual modo, foi considerado o efeito dos impostos diferidos, verificando-se nos comparativos IAS/IFRS uma redução do impacto líquido no ano face ao que sucedeu nas contas NCA (+1.281 milhares de Euros).

iii) Reconciliação entre a Demonstração dos Resultados a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base nas NCA e nas IAS/IFRS

Adicionalmente, ocorreram em 2017 um conjunto de alterações às IAS/IFRS, as quais apresentamos de seguida, que não tiveram qualquer impacto nas políticas contabilísticas ou nas demonstrações financeiras apresentadas a 31 de Dezembro de 2017.

Impacto da adopção das alterações às normas que se tornaram efectivas a 1 de Janeiro de 2017:

a)IAS 7 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração introduz uma divulgação adicional sobre as variações dos passivos de financiamento, desagregados

Notas IAS/IFRS Ajustamentos NCA

Crédito a clientes 9 1.261.272.418 (4.168.863) 1.265.441.281 Activos por impostos diferidos 15 53.376.010 30.133 53.345.877 Outros activos 16 170.257.248 (2.872.210) 173.129.458 Outros elementos do activo 6.471.878.640 - 6.471.878.640

Total do Activo 7.956.784.317 (7.010.939) 7.963.795.256

Provisões 20 7.475.754 (7.041.072) 14.516.826 Passivos por impostos diferidos 15 30.133 30.133 -Outros elementos do passivo 7.719.879.607 - 7.719.879.607

Total Passivo 7.727.385.494 (7.010.939) 7.734.396.433

Outras reservas e resultados transitados 25 (32.835.644) 3.555.081 (36.390.725) Lucro do exercício (12.833.661) (3.555.081) (9.278.580) Outros elementos do capital próprio 275.068.128 - 275.068.128

Total Capital Próprio 229.398.823 0 229.398.823

Total do Passivo e Capital Próprio 7.956.784.317 7.963.795.256

Notas IAS/IFRS Ajustamentos NCA

Margem Financeira 19.921.951 - 19.921.951

Produto bancário 78.473.630 - 78.473.630

Provisões (líquidas de reposições e anulações) 20 1.797.932 (1.513.000) 3.310.932 20 (15.280.907) (3.323.844) (11.957.063)

Outros proveitos / (custos) que concorrem para o resultado antes de impostos (76.354.902) - (76.354.902)

Resultado antes de impostos (11.364.247) (4.836.844) (6.527.403)

Impostoscorrentes 15 (236.236) - (236.236) diferidos 15 (1.233.178) 1.281.763 (2.514.941)

Resultado líquido do exercício (12.833.661) (3.555.081) (9.278.580)

Imparidade do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquida de reposições e anulações)

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Anexos 165

entre as transacções que deram origem a movimentos de caixa e as que não, e a forma como esta informação concilia com os fluxos de caixa das actividades de financiamento da Demonstração do Fluxo de Caixa. b)IAS 12 (alteração), ‘Imposto sobre o rendimento – Reconhecimento de impostos diferidos activos sobre perdas potenciais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração clarifica a forma de contabilizar impostos diferidos activos relacionados com activos mensurados ao justo valor, como estimar os lucros tributáveis futuros quando existem diferenças temporárias dedutíveis e como avaliar a recuperabilidade dos impostos diferidos activos quando existem restrições na lei fiscal. Normas (novas e alterações) publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018, que a União Europeia já endossou:

a)IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: à classificação e mensuração dos activos e passivos financeiros; ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e, aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura.

A nova norma, IFRS 9 “Instrumentos Financeiros”, emitida pelo Internacional Accounting Standards Board (IASB) em Julho de 2014, irá substituir a IAS 39 “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração” e será efectiva para os exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2018.

Os novos requisitos estabelecidos pela norma irão resultar em alterações às políticas contabilísticas do Grupo sobre reconhecimento, classificação e mensuração dos activos e passivos financeiros e de imparidade de activos financeiros.

Classificação e Mensuração

Com o objectivo de simplificar a contabilização dos instrumentos financeiros, a norma IFRS 9 propõe a classificação dos activos financeiros em apenas três categorias em função do modelo de negócio associado à sua detenção, do tipo de instrumento financeiro (instrumentos de dívida ou instrumentos de capital) e das características dos instrumentos financeiros.

As principais alterações da norma nesta componente são:

1.A classificação dos activos financeiros é fundamentada com base (i) no modelo de negócio e (ii) nas características dos fluxos de caixa contratuais do instrumento financeiro.

2.Os ganhos e perdas decorrentes do próprio risco de crédito são reconhecidos ao justo valor. 3.As regras de reclassificação dos instrumentos financeiros são fundamentadas nos modelos de negócio.

Os modelos de negócio indicados pela norma IFRS 9 para a gestão de activos financeiros que sejam instrumentos de dívida são:

Modelo de Negócio Características Categoria de mensuração

Deter com o objectivo de receber os fluxos de caixa contratuais

• Instrumentos que a Caixa pretende manter até à maturidade

• Vendas pouco frequentes ou pouco materiais

Custo Amortizado

Deter com o objectivo de receber os fluxos de caixa contratuais e/ou vender

• Instrumentos que a Caixa pretende manter até à maturidade ou vender

• Tipicamente observa-se vendas com maior frequência e/ ou de valor superior

Justo valor através de outro rendimento integral

Outras estratégias • Instrumentos que a Caixa detém com o objectivo de vender

Justo valor através de resultados

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Anexos 166

Características contratuais dos fluxos de caixa do activo financeiro (critério SPPI – Solely payments of Principal and Interest): Para cada activo financeiro, a CCCAM assegura os testes de SPPI, ou seja, verifica se os fluxos de caixa referentes a um determinado activo respeitam exclusivamente a capital e juros. O teste é assegurado no momento prévio à aquisição do activo. Caso o activo não cumpra com o teste de SPPI, o activo terá de ser obrigatoriamente classificado na categoria de Justo Valor através de resultados. De salientar que é expectável que as reclassificações entre modelos de negócio sejam extremamente raras. Os instrumentos de capital serão reconhecidos e mensurados ao justo valor através de resultados, a menos que se opte pela sua mensuração ao justo valor através de outro rendimento integral. A CCCAM procedeu à revisão da sua política de investimento onde se identificam os Modelos de Negócio adoptados para cada portefólio de activos financeiros e a respectiva governação, onde se identificam:

• Estratégia e objectivos de gestão; • Identificação dos responsáveis pela gestão de cada portfólio; • Tipologia de instrumentos em cada portfólio • Principais indicadores de desempenho utilizados na gestão e reportados à Administração • Identificação dos riscos que afectam o portfólio e a forma de gestão; • Descrição das variáveis de compensação dos gestores; • Justificação das vendas excluídas de acordo com as permissões na Norma.

Os modelos de negócio definidos pela CCCAM são consistentes com a gestão dos seus activos financeiros. Podem ser aplicados diferentes modelos de negócios a activos semelhantes. Esta política de investimento foi aprovada pelo Conselho de Administração da Caixa Central em Dezembro de 2017.

Imparidade de activos A adequação de políticas, procedimentos, controlos e sistemas aplicacionais às exigências da IFRS 9 no que respeita às metodologias de quantificação da imparidade foi o objecto de uma iniciativa específica, pelo seu impacto na actividade do Grupo Crédito Agrícola, nomeadamente pela consideração do conceito de perda económica esperada no ciclo de gestão do risco da carteira de activos financeiros. Os critérios de referência para a mensuração de perdas esperadas no contexto da aplicação da IFRS 9 foram observados conjuntamente com as orientações emitidas pela Autoridade Bancária Europeia (EBA) e pelo Banco Central Europeu (BCE) relativas às práticas a adoptar em matéria de gestão do risco de crédito (e.g. créditos em incumprimento, créditos reestruturados, créditos não produtivos, abate ao activo de créditos). A determinação das perdas por imparidade dos activos financeiros no Grupo Crédito Agrícola, em conformidade com o disposto na IFRS 9, decorre de metodologias de cálculo de perda esperada ajustadas aos dados históricos e às características do portefólio, reflectindo, igualmente, uma natureza prospectiva, determinada a partir de cenários macroeconómicos (forward looking), enquadrando necessariamente os activos em três níveis, consoante a evolução do risco de crédito entre o momento do seu reconhecimento inicial e cada data de referência. Os activos encontram-se caracterizados numa óptica de risco, de acordo com padrões homogéneos da operação (p. ex.: finalidade, comportamento) e/ ou do cliente (p. ex.: tipo de entidade). O cálculo das probabilidades de incumprimento tem por base a modelização explícita do comportamento temporal da PD face à contratação e maturidade de cada operação/ cliente. A metodologia de cálculo das perdas dado o incumprimento baseia-se nos perfis de recuperação observados/ estimados a partir do momento em que se observa o incumprimento da operação. A quantificação da imparidade para a carteira de títulos (instrumentos de dívida) incide sobre as posições registadas ao custo amortizado e ao justo valor por outro rendimento integral tendo por base a notação de risco e os factores de risco estabelecidos pelas principais agências de notação de risco de crédito.

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Anexos 167

Aumento significativo de risco de crédito Em cada período de referência o aumento significativo de risco de crédito é avaliado, comparando o risco actual de ocorrer um incumprimento ao longo da vida remanescente de um determinado contrato com a mesma medida de risco à data de originação da operação. A determinação de aumento significativo de risco de crédito resulta da degradação da notação de risco, em particular a probabilidade de incumprimento associada, incluindo situações de crédito vencido entre 30 e 90 dias.

Definição de incumprimento (“default”)

A definição de incumprimento no Grupo Crédito Agrícola evolui faseadamente no sentido da sua harmonização com as orientações da European Banking Authorithy (“EBA”), designadamente as Guidelines on the application of the definition of default under Article 178 of Regulation (EU) No 575/2013, ao nível dos indícios de incumprimento, dos critérios de tratamento dos reestruturados e das condições de saída de incumprimento, incluindo períodos de quarentena. A identificação de incumprimento do devedor contempla critérios quantitativos e/ ou qualitativos, incluindo valores de referência considerados na sua activação. No momento do reconhecimento inicial de um activo financeiro são apuradas as perdas de crédito esperadas para 12 meses (stage 1). Caso se verifique um aumento significativo do risco de crédito do activo financeiro após o seu reconhecimento são reconhecidas perdas de crédito esperadas para a respectiva vida remanescente (stage 2). Se o risco de crédito de um activo financeiro aumentar, ao ponto de ser considerado ‘em imparidade’, são igualmente reconhecidas as perdas de crédito esperadas para a respectiva vida útil (stage 3), passando o reconhecimento de juros a ter por base o valor líquido de imparidade de cada operação (ao invés do valor bruto da operação como ocorre nos stages 1 e 2).

Projecto de Implementação

A iniciativa de implementação da IFRS 9 no GCA compreende as fases de análise de gaps, quantificação de impactos, desenho, construção e testes para os diversos vectores, incluindo a classificação e mensuração dos activos financeiros e a modelação na quantificação da imparidade, assim como, a gestão de dados e tecnologia, a alterações de processos, a definição do modelo de governação e especificação do reporte. No âmbito da gestão da iniciativa, o GCA criou um comité com a responsabilidade de acompanhar o projecto e assegurar que estão envolvidas todas as áreas relevantes para o seu sucesso, designadamente a Direcção de Risco Global, a Direcção de Contabilidade e Fiscalidade e o CA Serviços. Na sequência da especificação de requisitos funcional, foi concluída a primeira etapa de implementação, incluindo as matérias relacionadas com a política de investimento, testes de SPPI, modelização e quantificação da imparidade. A decorrer, durante o primeiro semestre de 2018, encontra-se a etapa de orquestração que visa ampliar a automatização do processo e a rastreabilidade na gestão do modelo de apuramento da imparidade, com recurso a uma aplicação dedicada.

Impactos na adopção

A CCCAM, enquanto parte integrante do Grupo Crédito Agrícola, encontra-se alinhada com o modelo, calendário e objectivos do Grupo para o projecto de implementação da IFRS 9. O impacto da implementação da IFRS 9 não se estima significativo, referindo-se principalmente à implementação dos requisitos relativos à imparidade de activos financeiros. Durante o primeiro semestre de 2018, a CCCAM continuará a aperfeiçoar e a validar os modelos desenvolvidos e os processos e controlos implementados. Tal como permitido pelas disposições transitórias da IFRS 9, o GCA não irá reexpressar os valores comparativos nas suas demonstrações financeiras decorrente da aplicação da IFRS 9. Os ajustamentos às quantias escrituradas dos activos e passivos financeiros na data de transição serão reconhecidos em resultados transitados e, por essa via, no capital regulamentar reportado. Tendo em conta a aplicação desta norma a partir de 1 de Janeiro de 2018, e de forma a reduzir o impacto da sua introdução sobre os fundos próprios das instituições abrangidas pelo Regulamento (UE) n.º 575/2013 (CRR), o

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Anexos 168

Regulamento (UE) 2017/2395 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de Dezembro, veio possibilitar a adopção pelas instituições de um regime transitório. Nos termos do n.º 9 do artigo 473.º-A do CRR, tal como introduzido pelo referido regulamento de final de 2017, as instituições decidem se aplicam o regime estabelecido durante o período transitório. No entanto, a CCCAM optou por não aplicar o regime transitório. b)IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar activos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflecte a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na “metodologia das 5 etapas”. c)IFRS 16 (nova), ‘Locações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta nova norma substitui o IAS 17, com um impacto significativo na contabilização pelos locatários que são agora obrigados a reconhecer um passivo de locação refletindo futuros pagamentos da locação e um activo de “direito de uso" para todos os contratos de locação, excepto certas locações de curto prazo e de activos de baixo valor. A definição de um contrato locação também foi alterada, sendo baseada no "direito de controlar o uso de um activo identificado”. d)IFRS 4 (alteração), ‘Contratos de seguro (aplicação da IFRS 4 com a IFRS 9)’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração atribui às entidades que negoceiam contratos de seguro a opção de reconhecer no Outro rendimento integral, em vez de reconhecer na Demonstração dos resultados, a volatilidade que pode resultar da aplicação da IFRS 9 antes da nova norma sobre contratos de seguro ser publicada. Adicionalmente é dada uma isenção temporária à aplicação da IFRS 9 até 2021 às entidades cuja atividade predominante seja a de seguradora. Esta isenção é opcional e não se aplica às demonstrações financeiras consolidadas que incluam uma entidade seguradora. e)Alterações à IFRS 15, ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Estas alterações referem-se às indicações adicionais a seguir para determinar as obrigações de desempenho de um contrato, ao momento do reconhecimento do rédito de uma licença de propriedade intelectual, à revisão dos indicadores para a classificação da relação principal versus agente, e aos novos regimes previstos para simplificar a transição.

Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017, mas que a União Europeia ainda não endossou:

Normas

a)Melhorias às normas 2014 – 2016 (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 12 e IAS 28. b)IAS 40 (alteração) ‘Transferência de propriedades de investimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os activos só podem ser transferidos de e para a categoria de propriedades de investimentos quando exista evidência da alteração de uso. Apenas a alteração da intenção da gestão não é suficiente para efectuar a transferência.

c)IFRS 2 (alteração), ‘Classificação e mensuração de transacções de pagamentos baseados em acções’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica a base de mensuração para as transacções de pagamentos baseados em acções liquidadas financeiramente (“cash-settled”) e a contabilização de modificações a um plano de pagamentos baseado em acções, que alteram a sua classificação de liquidado financeiramente (“Cash-settled”) para liquidado com capital próprio (“equity-settled”). Para além disso, introduz uma excepção aos princípios da IFRS 2, que passa a exigir que um plano de pagamentos baseado em acções seja tratado como se fosse totalmente liquidado com capital próprio (“equity-settled”), quando o empregador seja obrigado a reter um montante de imposto ao funcionário e pagar essa quantia à autoridade fiscal.

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Anexos 169

d)IFRS 9 (alteração), ‘Elementos de pré-pagamento com compensação negativa’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração introduz a possibilidade de classificar activos financeiros com condições de pré-pagamento com compensação negativa, ao custo amortizado, desde que se verifique o cumprimento de condições específicas, em vez de ser classificado ao justo valor através de resultados.

e)IAS 28 (alteração), ‘Investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos (componentes do investimento de uma entidade em associadas e empreendimentos conjuntos), que não estão a ser mensurados através do método de equivalência patrimonial, são contabilizados segundo a IFRS 9, estando sujeitos ao modelo de imparidade das perdas estimadas, antes de qualquer teste de imparidade ao investimento como um todo. f)Melhorias às normas 2015 – 2017 (a aplicar aos exercícios que se inicies em ou após 1 de Janeiro de 2019). Este ciclo de melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IAS 23, IAS 12, IFRS 3 e IFRS 11.

g)IFRS 17 (nova), ‘Contratos de seguro’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2021). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova norma substitui o IFRS 4 e é aplicável a todas as entidades que emitam contratos de seguro, contratos de resseguro e contratos de investimento com características de participação discricionária. A IFRS 17 baseia-se na mensuração corrente das responsabilidades técnicas, a cada data de relato. A mensuração corrente pode assentar num modelo completo (“building block approach”) ou simplificado (“premium allocation approach”). O reconhecimento da margem técnica é diferente consoante esta seja positiva ou negativa. A IFRS 17 é de aplicação retrospectiva. Interpretações

a)IFRIC 22 (nova), ‘Operações em moeda estrangeira e contraprestação antecipada’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 21 ‘Os efeitos de alterações em taxas de câmbio’ e refere-se à determinação da "data da transacção" quando uma entidade paga ou recebe antecipadamente a contraprestação de contratos denominados em moeda estrangeira. A “data da transacção” determina a taxa de câmbio a usar para converter as transacções em moeda estrangeira.

b)IFRIC 23 (nova), ‘Incerteza sobre o tratamento de Imposto sobre o rendimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 12 – ‘Imposto sobre o rendimento’, referindo-se aos requisitos de mensuração e reconhecimento a aplicar quando existem incertezas quanto à aceitação de um determinado tratamento fiscal por parte da Administração fiscal relativamente a Imposto sobre o rendimento. Em caso de incerteza quanto à posição da Administração fiscal sobre uma transacção específica, a entidade deverá efectuar a sua melhor estimativa e registar os activos ou passivos por imposto sobre o rendimento à luz da IAS 12, e não da IAS 37 – “Provisões, passivos contingentes e activos contingentes”, com base no valor esperado ou o valor mais provável. A aplicação da IFRIC 23 pode ser retrospectiva ou retrospectiva modificada. Apesar de algumas destas normas e interpretações já terem sido aprovadas/endossadas pela União Europeia, as mesmas ainda não foram adoptadas pela Caixa Central na preparação das suas demonstrações financeiras com referência a 31 de Dezembro de 2017, dado que a sua aplicação não é ainda obrigatória. Os impactos da adopção futura destas normas e interpretações estão ainda a ser avaliados e estimados pela gestão, pelo que não existe nesta fase informação fiável quanto aos seus impactos na esfera da Caixa Central.

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Anexos 170

2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

a) Especialização dos exercícios

A Caixa Central adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Operações em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço.

Os proveitos e custos relativos às operações em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, considerando as taxas de câmbio em vigor na data em que foram realizadas.

Adicionalmente, são adoptados os seguintes procedimentos contabilísticos:

-a posição cambial à vista por moeda, que corresponde ao saldo líquido dos activos e passivos numa determinada moeda, é reavaliada diariamente de acordo com os câmbios de “fixing” indicados pelo Banco de Portugal, por contrapartida de resultados;

-a posição cambial a prazo numa moeda, que corresponde ao saldo líquido das operações a prazo a aguardar liquidação, é reavaliada à taxa de câmbio a prazo de mercado ou, na ausência desta, a uma taxa calculada com base nas taxas de juro de mercado para essa moeda e para o prazo residual da operação. A diferença entre os saldos convertidos para Euros às taxas de reavaliação utilizadas e os saldos convertidos às taxas contratadas, corresponde à reavaliação da posição cambial a prazo, sendo registada em resultados.

Os activos e passivos não monetários mensurados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio da data em que o justo valor foi determinado, sendo as diferenças cambiais reconhecidas em resultados. As diferenças cambiais de activos financeiros disponíveis para venda são, no entanto, reconhecidas em outro rendimento integral, tal como as diferenças cambiais respeitantes a relações de cobertura de fluxos de caixa.

No quadro abaixo estão indicados os câmbios à data de balanço:

Moeda Descrição da moeda Taxa de CâmbioAUD Dólar Australiano 1,53493BRL Real do Brasil 3,97440CAD Dólar Canadiano 1,50416CHF Franco Suiço 1,17038CNY Yuan Renmimbi da China 7,80960CVE Escudo de Cabo Verde 110,26500DKK Coroa Dinamarquesa 7,44510GBP Libra Esterlina 0,88722JPY Iene Japonês 135,04000MOP Pataca de Macau 8,45810NOK Coroa Norueguesa 9,84200RUB Rublo 69,39390SCP Libra Escocesa 0,88722SEK Coroa Sueca 9,84380USD Dólar Americano 1,19970ZAR Rand África do Sul 14,82330

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Anexos 171

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são as entidades nas quais a Caixa Central exerce controlo ao nível da sua gestão. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa Central exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

A Caixa Central controla uma entidade quando está exposta a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis do seu envolvimento com a entidade e tem a capacidade de afectar esses retornos, através do seu poder sobre a entidade.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo sujeitas a testes de imparidade. Existindo uma deterioração significativa ao nível da posição financeira das empresas, poderão ser registadas perdas por imparidade quando o valor estimado recuperável seja inferior ao valor contabilístico registado. Para além do reconhecimento da imparidade sobre estes investimentos, a Caixa Central poderá reconhecer outras perdas caso tenha assumido obrigações ou tenha efectuado pagamentos em benefício dos seus investimentos.

Os dividendos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao seu pagamento é estabelecido.

d) Crédito a clientes

O crédito a clientes abrange os empréstimos concedidos a clientes pela Caixa Central, incluindo empréstimos titulados (ex. papel comercial), cuja intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data em que o montante do empréstimo é adiantado ao cliente, sendo reconhecidos pelo valor nominal.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são registados ao custo amortizado, sendo submetidos a análises periódicas de imparidade.

A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios ou descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, seguindo o método da taxa de juro efectiva.

A Caixa Central classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida a totalidade da dívida.

O crédito a clientes é desreconhecido de balanço quando (i) os direitos contratuais da Caixa Central relativos aos respectivos fluxos financeiros se encontrem expirados, (ii) a Caixa Central transfira substancialmente todos os riscos e benefícios associados ao crédito, ou (iii) mesmo que a Caixa Central retenha uma parte dos riscos e benefícios associados aos créditos, o controlo sobre os mesmos tenha sido transferido.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros ganhos registados em resultados ao longo da vida das operações.

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Anexos 172

Imparidade do crédito

A imparidade de crédito que resulta da adopção das IAS/ IFRS, mais concretamente da IAS 39, é objecto de quantificação periódica (mensal) no SICAM, com reflexo nas demonstrações financeiras em base individual e em base consolidada, conforme estabelecido no Aviso n.º 5/2015 do Banco de Portugal. O modelo de imparidade adoptado de forma homogénea pelo SICAM - Caixa Central e Caixas de Crédito Agrícola - reflecte rigorosamente os valores de realização dos activos financeiros e acentua a presença do conceito de perda económica no ciclo de gestão do risco da carteira de crédito a clientes, incluindo garantias e compromissos assumidos.

Considera-se que um activo financeiro se encontra em imparidade, se e só se, existir evidência de que a ocorrência de um evento (ou eventos) tenha um impacto mensurável nos fluxos de caixa futuros esperados desse activo ou grupo de activos.

Para efeitos de apuramento da imparidade do crédito concedido, o SICAM segmenta a sua carteira da seguinte forma:

- Crédito concedido a empresas;

- Crédito à habitação;

- Crédito ao consumo;

- Crédito concedido através de cartões de crédito a particulares;

- Outros créditos a particulares;

- Extrapatrimoniais.

Adicionalmente, foram incluídas as responsabilidades relativas a papel comercial, operações em moeda estrangeira e contratos de locação financeira.

De acordo com o modelo de imparidade em vigor no SICAM, é analisada a existência de perdas por imparidade em termos individuais, através de uma análise casuística, e em termos colectivos. Quando um grupo de activos financeiros é avaliado em conjunto, os fluxos de caixa futuros desse grupo são estimados tendo por base os fluxos contratuais dos activos desse grupo e os dados históricos relativos a perdas em activos com características de risco de crédito similares.

Sempre que se entende necessário, a informação histórica é actualizada com base nos dados correntes observáveis, de forma a reflectirem os efeitos das condições actuais.

Os critérios de selecção dos clientes alvo de análise individual são os seguintes:

Todos os clientes/Grupo económico (GER) com responsabilidades superiores a 1.000.000 Euros;

Clientes/GER com crédito vencido (há mais de 90 dias) superior a 50.000 Euros;

Clientes/GER com classificação igual ou superior a indícios e responsabilidades superiores a 500.000 Euros;

Clientes/GER com exposição da conta corrente ou descoberto superior a 500.000 Euros e igual ou superior a 90% do limite contratado nos últimos 18 meses;

Clientes/GER com responsabilidades superiores a 500.000 Euros sem garantia real associada ou com LTV (Loan-To-Value) superior a 80%;

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Anexos 173

Clientes/GER com créditos reestruturados e com exposição de créditos reestruturados superior a 500.000 Euros.

A evidência de imparidade de um activo ou grupo de activos definida pelo SICAM está relacionada com a observação de diversos eventos denominados “eventos de perda”, entre os quais se destacam:

Situações de incumprimento do contrato, nomeadamente atraso no pagamento do capital e/ou juros;

Dificuldades financeiras significativas do devedor;

Alteração significativa da situação patrimonial do devedor;

Ocorrência de alterações adversas, nomeadamente:

o das condições e/ou capacidade de pagamento;

o das condições económicas do sector no qual o devedor se insere, com impacto na capacidade de cumprimento das suas obrigações.

As perdas por imparidade para os clientes que não revelam indícios de imparidade correspondem ao produto entre a probabilidade de indícios acumulada a 12 meses (PI), tendo por base o tempo de permanência em meses no estado de delinquência sem indícios de imparidade, e o máximo entre zero e a diferença entre o valor de balanço dos respectivos créditos à data de referência e o valor actualizado dos fluxos de caixas futuros estimados dessas operações. A PI corresponde à probabilidade de uma operação ou cliente entrar numa situação de indícios de imparidade durante um período de emergência. Este período equivale ao tempo que decorre entre a ocorrência de um evento originador de perdas e o momento em que a existência desse evento é percepcionada pelos serviços do SICAM (Incurred But Not Reported). Para todos os segmentos da carteira, o SICAM considera um período de emergência de 12 meses, sendo a PI calculada por operação.

Se existir evidência de que qualquer entidade do SICAM incorreu numa perda por imparidade em crédito e outros valores a receber, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor de balanço desses activos e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro original do activo ou activos financeiros. O valor de balanço do activo ou dos activos é reduzido pelo saldo da conta de perdas por imparidade.

Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer perda por imparidade é a taxa de juro corrente, determinada pelo contrato. As perdas por imparidade são registadas por contrapartida de resultados.

Quando num período subsequente se registe uma diminuição do montante das perdas por imparidade atribuídas a um evento, o montante previamente reconhecido é revertido, sendo ajustada a conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

Anulações/abatimentos de capital e juros

Periodicamente, a Caixa Central abate ao activo, por utilização da imparidade constituída (regra geral a 100%), os créditos considerados incobráveis após análise específica dos órgãos de estrutura que têm a seu cargo o acompanhamento e recuperação dos créditos, tendo o respectivo abate que ser igualmente aprovado pelo Conselho de Administração.

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Anexos 174

Eventuais recuperações de créditos abatidos ao activo em exercícios anteriores são reflectidas na demonstração de resultados do exercício em que ocorram como “Outros resultados de exploração”. Caso a recuperação dos créditos abatidos ao activo ocorra no mesmo exercício do respectivo abate, a mesma é reflectida como uma redução ao valor das perdas por imparidade reflectidas na demonstração dos resultados na rubrica de “Imparidade do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquida de reposições e anulações)”.

De acordo com as políticas em vigor, os juros de créditos vencidos sem garantia real são anulados três meses após a data de vencimento da operação ou da primeira prestação em atraso. Os juros não registados, sobre os créditos acima referidos, apenas são reconhecidos no exercício em que venham a ser cobrados.

Os juros de créditos vencidos que se encontrem garantidos por hipoteca ou com outras garantias reais não são anulados. Não obstante, para os créditos com garantia real e hipotecária com prestações de capital vencidas e não pagas há mais de seis e doze meses, respectivamente, o cálculo e o registo de juros sobre o capital vincendo é interrompido.

As eventuais recuperações de juros abatidos ao activo em exercícios anteriores são reflectidas na demonstração de resultados do exercício em que ocorram como “Outros resultados de exploração”. Caso a recuperação de juros abatidos ao activo ocorra no mesmo exercício do respectivo abate, a mesma é reflectida na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os activos e passivos financeiros são contabilizados de acordo com as disposições da NIC 39, dependendo a sua classificação na data de reconhecimento inicial das suas características e da respectiva intenção de aquisição/detenção.

Os activos financeiros são reconhecidos no momento inicial ao justo valor, ao qual se adicionam os custos de transacção, excepto no caso dos activos financeiros detidos para negociação, caso em que tais custos são reconhecidos de imediato em resultados.

Estas categorias de activos são desreconhecidas quando (i) expiram os direitos contratuais da Caixa Central ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) a Caixa Central tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, a Caixa Central tenha transferido o controlo sobre os activos.

i) Activos financeiros detidos para negociação, outros activos financeiros ao justo valor através de resultados e passivos financeiros detidos para negociação

Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica de activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica de passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

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Anexos 175

Os dividendos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao seu pagamento é estabelecido. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos activos financeiros transaccionados em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”. Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

Os activos financeiros detidos para negociação e outros activos financeiros ao justo valor através de resultados são desreconhecidos com a venda.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, outros activos financeiros ao justo valor através de resultados, investimentos detidos até à maturidade ou como empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente de justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio, designada “reserva de justo valor”, até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de instrumentos de dívida são reconhecidos directamente em resultados do período, enquanto que os ganhos ou perdas cambiais de instrumentos de capital próprio são reconhecidos directamente em reservas.

Os juros inerentes aos activos financeiros são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao seu pagamento é estabelecido. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

A Caixa Central efectua análises periódicas de imparidade relativamente aos seus activos financeiros. Quando exista evidência objectiva de imparidade num activos ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade são registadas por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe evidência objectiva de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos, considerando-se como tal uma depreciação de valor por tempo superior a 12 meses ou de valor superior a 30%, respectivamente.

Para títulos não cotados, é considerado evidência objectiva de imparidade a existência de eventos com impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa ou prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

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Anexos 176

iii) Investimentos detidos até à maturidade

Os investimentos detidos até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa Central mantê-los até ao seu reembolso.

Os investimentos detidos até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros, bem como o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto), são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Aplicações em instituições de crédito

Nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.

São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros.

No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa de juro efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzidos de perdas por imparidade.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa de juro efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa de juro efectiva é aquela que, é utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. A taxa de juro efectiva calculada para um activo financeiro com esta natureza não é alterada em períodos de relato subsequentes.

v) Operações de venda com acordo de recompra

Considera-se acordo de recompra, um acordo através do qual é transferido um activo financeiro para outra entidade a troco de uma quantia em dinheiro ou de outra qualquer retribuição, sendo igualmente constituída uma obrigação de readquirir o activo financeiro numa data futura por uma quantia igual em dinheiro ou outra qualquer retribuição, adicionando-se em qualquer dos casos um montante em juros.

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros, através do método da taxa de juro efectiva.

vi) Operações de compra com acordo de revenda

É considerada compra com acordo de revenda o acordo pelo qual uma instituição compra um activo financeiro com o compromisso de revender esse activo a um preço pré-determinado e numa determinada data fixada ou em data a fixar.

Os activos financeiros adquiridos com acordo de revenda por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação, não são reconhecidos no balanço, sendo o custo de aquisição registado como empréstimos a outras instituições de crédito. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa de juro efectiva.

vii) Outros passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser

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Anexos 177

efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro independentemente da sua forma legal.

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção, sendo posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM), cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei nº 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do SICAM.

Em 31 de Dezembro de 2017, a Caixa Central não possuía empréstimos subordinados concedidos pelo FGCAM, tendo-se vencido o último, em 23 de Dezembro de 2011.

viii) Instrumentos financeiros derivados

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo justo valor na data da sua contratação, sendo subsequentemente mensurados ao justo valor através de resultados (os ganhos e perdas de justo valor do exercício são contabilizados nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”). Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional. O justo valor é apurado do seguinte modo:

Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);

Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados em separado do instrumento principal, sempre que as suas características económicas e os seus riscos não se encontrem relacionados com as características económicas e riscos do instrumento principal, nem este se encontre mensurado ao justo valor através de resultados. Tais derivados embutidos são desembutidos, e contabilizados ao justo valor, sendo as variações de justo valor reconhecidas em resultados.

f) Outros activos tangíveis

Os elementos do activo tangível utilizado pela Caixa Central para o desenvolvimento da sua actividade são mensurados ao custo de aquisição (incluindo os custos directamente atribuíveis), deduzido das depreciações e perdas de imparidade acumuladas.

O custo de aquisição inclui o preço de compra/produção do activo, as despesas directamente imputáveis à sua aquisição e os encargos suportados com a preparação do activo para que este seja colocado na sua condição de utilização. Os custos financeiros incorridos com empréstimos obtidos para a construção de activos tangíveis podem eventualmente ser também reconhecidos como parte do custo de construção do activo.

A depreciação do activo tangível é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem, tendo por base os seguintes períodos de vida útil:

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Anexos 178

As vidas úteis dos activos tangíveis são revistas em cada relato financeiro, para que as depreciações praticadas estejam em conformidade com os padrões de consumo dos activos. Os terrenos não são depreciados. Alterações às vidas úteis são tratadas como uma alteração de estimativa contabilística e são aplicadas prospectivamente nos termos da IAS 8.

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa Central, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contracto de arrendamento, dos dois o mais baixo.

Sempre que existam indícios de perda de valor dos activos tangíveis, são efectuados testes de imparidade, de forma a estimar o valor recuperável do activo, e quando necessário registar uma perda por imparidade. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o justo valor menos custos de vender, e o valor de uso do activo, sendo este último calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, decorrentes do uso continuado e da alienação do activo no final da vida útil definida.

Os ganhos ou perdas na alienação dos activos são determinados pela diferença entre o valor de realização e o valor contabilístico do activo, sendo reconhecidos na demonstração dos resultados.

g) Activos intangíveis

A Caixa Central regista nesta rubrica as despesas da fase de desenvolvimento de projectos relativos a sistemas de informação implementados e em fase de implementação, bem como o custo de software adquirido, em qualquer dos casos quando o impacto esperado se reflecte para além do exercício em que são realizados.

Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

h) Activos não correntes detidos para venda

A Caixa Central regista em “Activos não correntes detidos para venda” os imóveis, equipamentos e outros bens recebidos em recuperação de crédito (ex. dação em pagamento, arrematação judicial, outros), sendo registados pelo menor entre o valor acordado no contrato, o qual corresponde geralmente ao valor da dívida existente que se extingue, e o valor de avaliação do bem na data da operação. Os imóveis são registados nesta rubrica a partir do momento da celebração do contrato de promessa de dação, arrematação, outro.

Poderão ainda ser registados como “Activos não correntes detidos para venda” imóveis anteriormente registados no activo tangível, a partir do momento em que a realização esperada daquele activo passe a ser através da venda e desde que estejam cumpridos os critérios da IFRS 5.

Estes activos são objecto de avaliações periódicas (pelo menos de 3 em 3 anos), que dão lugar ao registo de perdas por imparidade sempre que o valor decorrente dessas avaliações (líquido dos custos estimados de venda) seja inferior

Outros activos tangíveis Anos de vida útilImóveis de serviço próprio 50Despesas em edifícios arrendados 10Equipamento informático e de escritório 4 a 10Mobiliário e instalações interiores 6 a 10Viaturas 4

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Anexos 179

ao valor pelo qual o activo se encontra contabilizado.

Em excepção ao enquadramento acima efectuado, os imóveis que apresentem a existência de “ónus” impeditivo de venda são contabilizados em “Outros Activos” e não como “Activos não correntes detidos para venda”, de acordo com o mencionado no parágrafo 7 da IFRS 5 “Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas”:

“Para que este seja o caso, o activo (ou grupo para alienação) deve estar disponível para venda imediata na sua condição presente sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para vendas de tais activos (ou grupos para alienação) e a sua venda deve ser altamente provável.”

A Caixa Central não reconhece mais-valias potenciais nestes activos.

i) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos associados a processos judiciais e outros riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa Central.

As provisões registadas pela Caixa Central têm por base os pressupostos da IAS 37 - “Provisões, passivos contingentes e activos contingentes”, respeitando a passivos ou obrigações presentes com elevada probabilidade de ocorrência futura, cuja liquidação se espera que resulte num dispêndio de recursos. O seu elevado grau de certeza obriga ao registo de provisões, não podendo ser apenas divulgado como “passivo contingente”.

j) Depósitos e outros recursos

Após o reconhecimento inicial, os depósitos e recursos financeiros de clientes e instituições de crédito são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva.

k) Dívida titulada emitida pela Caixa Central

Os empréstimos subordinados emitidos pela Caixa Central estão registados na rubrica “Outros passivos subordinados”. Os empréstimos subordinados são relevados pelo seu justo valor.

l) Benefícios dos empregados

A Caixa Central subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) para o Crédito Agrícola (denominado por Acordo Colectivo de Trabalho das Instituições de Crédito Agrícola Mútuo) pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa Central com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACT.

O plano de pensões, de benefício definido, prevê assim a possibilidade de pagamento das pensões fixadas pelo ACT em vigor, em caso de reforma antecipada, reforma por velhice, reforma por invalidez e sobrevivência, em complemento àquelas que forem atribuídas por regimes de Segurança Social.

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Anexos 180

Os benefícios pós-emprego dos colaboradores incluem ainda os cuidados médicos (SAMS), cujas responsabilidades são apuradas com base nos mesmos pressupostos que as responsabilidades com complementos de pensões. De acordo com a cláusula 116ª do referido ACT, constituem contribuições obrigatórias das instituições do Crédito Agrícola para o SAMS a verba correspondente a 6,5% das pensões totais de reforma e sobrevivência, previstas no ACT, independentemente das pensões recebidas de regimes de Segurança Social.

Para cobertura das suas responsabilidades, a Caixa Central integra o Fundo de Pensões do GCA.

A entidade gestora do Fundo de Pensões do GCA é a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, S.A.

Para o apuramento das responsabilidades a financiar pelas respectivas quotas-partes do fundo de pensões da Caixa Central, das Caixas de Crédito Agrícola e demais instituições do Crédito Agrícola Associadas do Fundo de Pensões, realiza-se com periodicidade anual uma avaliação actuarial com data de referência de 31 de Dezembro.

De acordo com os Estatutos da Caixa Central, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios acima descritos.

Para o cálculo das pensões do ACT, o tempo de serviço assumido é calculado a partir das seguintes datas:

Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o fundo de pensões.

O valor actual das responsabilidades por serviços passados, bem como os correspondentes custos com serviços correntes, foram apurados com base no método “Project Unit Credit”.

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACT.

O Aviso n.º 4/2005 do Banco de Portugal determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo.

Decorrente da aplicação da IAS 19 Revista (com início no exercício de 2013), as remensurações (i.e., os ganhos e perdas actuariais) resultantes (i) das diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados e (ii) das alterações de pressupostos actuariais, são reconhecidos na sua totalidade como um rendimento integral do respectivo exercício em que ocorrem, sendo registadas numa rubrica de reservas de reavaliação.

Os valores registados no exercício em resultados passaram a ser apurados pelo seu “net interest”:

Custo do serviço: O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes, custo dos serviços passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações;

Juro líquido: O juro líquido é determinado pela multiplicação da taxa de desconto pelo passivo (activo) líquido de benefícios definidos (ambos determinados no início do período de relato anual, tendo em conta qualquer variação do passivo (activo) líquido de benefícios definidos durante o período em consequência do pagamento de contribuições e benefícios);

As remensurações registadas em “Outro Rendimento Integral” incluem todas as alterações resultantes da remensuração das responsabilidades por serviços passados e activos do plano.

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Anexos 181

m) Prémios de antiguidade

Nos termos do ACT, a Caixa Central assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no activo que completem 15, 25 e 30 anos de bom e efectivo serviço um prémio de antiguidade de valor igual a 1, 2 ou 3 meses da sua retribuição mensal efectiva (no ano da atribuição), respectivamente.

A Caixa Central determina o valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos actuariais pelo método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de rating elevado e prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades.

O impacto dos desvios actuariais estimados em cada exercício é registado em resultados do exercício.

n) Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões

Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo, são reconhecidos em resultados quando o acto significativo tiver sido concluído.

Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no exercício a que se referem.

Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efectiva.

o) Impostos sobre os lucros

A Caixa Central está sujeita ao regime geral previsto no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de gastos ou rendimentos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados em outros exercícios, de acordo com o CIRC.

Os impostos diferidos (activos e passivos) representam o valor dos impostos a recuperar e/ou pagar em exercícios futuros devido a diferenças temporárias entre as bases contabilísticas e as bases fiscais de um activo ou passivo reconhecido no balanço. Os créditos fiscais são igualmente registados como impostos diferidos activos (ex. prejuízos fiscais).

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto os activos por impostos diferidos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças temporárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. É de destacar, no entanto, que a IAS 12 exclui a possibilidade de registar impostos diferidos, entre outras situações, nos seguintes casos:

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Anexos 182

Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

Diferenças temporárias resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa Central tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Quando existam taxas fiscais distintas aplicáveis a níveis diferentes do lucro tributável (por exemplo, no caso da derrama estadual), os activos e passivos por impostos diferidos são mensurados usando as taxas médias que se presumem aplicáveis ao lucro tributável (perda fiscal) dos exercícios em que se espera que ocorra a reversão das diferenças temporárias.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

p) Locação financeira

As operações de locação financeira são registadas da seguinte forma:

i) Como locador:

Enquanto locador, os activos alienados em regime de locação financeira são desreconhecidos do balanço, sendo registado um crédito concedido como “Crédito a clientes” (quantia equivalente ao valor de investimento líquido efectuado nos bens locados, juntamente com qualquer residual não garantido a favor da Caixa Central), o qual é reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como rendimentos financeiros em “Juros e rendimentos similares”, com base numa taxa de retorno periódica constante, calculada sobre o valor do investimento líquido referido.

ii) Como locatário:

Na esfera do locatário, os activos detidos em regime de locação financeira são registados pelo justo valor em “Outros activos tangíveis”, sendo amortizados em conformidade com as regras aplicáveis àqueles activos. É igualmente registada no passivo a responsabilidade perante o locador, a qual vai sendo reduzida pelo capital amortizado nas rendas. Os juros suportados são registados em “Juros e encargos similares”.

q) Locação operacional

A Caixa Central apenas actua em contratos de locação operacional como locatária, sendo nesses contratos efectuado o registo mensal da renda relativa a cada contrato que reflecte o custo de utilização dos equipamentos em Gastos Gerais Administrativos.

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Anexos 183

r) Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de aquisição/contratação e não sujeitos a riscos de flutuação de valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em Bancos Centrais e outras instituições de crédito. A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de Bancos Centrais.

s) Prestação de serviços de mediação de seguros ou de resseguros

A Caixa Central possui o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCCAM.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCCAM e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2017, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.

t) Rédito

O Rédito é reconhecido de acordo com as disposições da IAS 18 – Rédito, nos termos descritos abaixo.

O reconhecimento de comissões associadas a instrumentos financeiros dependerá do objectivo subjacente à sua cobrança.

Distinção entre:

Comissões que fazem parte da taxa de juro efectiva do instrumento financeiro (“Método da taxa de juro efectiva”)

Comissões que são recebidas de acordo com a prestação do serviço (“Método de reconhecimento linear pelo prazo da operação”)

Comissões cobradas no momento de execução de um acto significativo (“Reconhecimento no momento”)

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Anexos 184

As comissões associadas a contratos de crédito pagas no momento inicial do empréstimo são diferidas e registadas numa rubrica de “Receitas com rendimento diferido”, sendo posteriormente registadas em rendimento do exercício ao longo da vida útil dos contratos de crédito e de acordo com o plano financeiro dos empréstimos.

As comissões relativas a operações de crédito e outros instrumentos financeiros, nomeadamente comissões cobradas ou pagas na origem das operações, são reconhecidas ao longo do período das operações pelo método da taxa de juro efectiva em “comissões recebidas” ou “comissões pagas”.

As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito ao longo do período de prestação do serviço ou de uma só vez, se corresponderem à compensação pela execução de actos únicos.

3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E INCERTEZAS ASSOCIADAS À APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras individuais da Caixa Central são continuamente avaliadas, representando à data de cada relato a melhor estimativa do Conselho de Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam ser razoáveis.

A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados.

A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adopção de pressupostos pela gestão, que podem afectar o valor dos activos e passivos, rendimentos e gastos, assim como de passivos contingentes divulgados.

O uso de estimativas e pressupostos, por parte da gestão, mais significativas são as seguintes:

3.1. Imparidade na carteira de crédito a clientes e com responsabilidades extrapatrimoniais

A Caixa Central efectua uma avaliação periódica da sua carteira de crédito a clientes, bem como das suas responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis, de forma a avaliar a existência de evidência de imparidade, tendo por base o modelo de imparidade do GCA.

Neste contexto, os clientes identificados com crédito em incumprimento e, cujas responsabilidades totais sejam consideradas de montante significativo, são objecto de análise individual para avaliar a necessidade de registo de perdas por imparidade.

Adicionalmente, é também realizada uma análise colectiva de imparidade às restantes operações de crédito que não foram objecto de análise individual, através da alocação de tais operações em segmentos de crédito, com características e riscos similares, sendo estimadas perdas colectivas de imparidade, cujo cálculo tem por base o comportamento histórico das perdas, para o mesmo tipo de activos. Os créditos analisados individualmente, para os quais não se tenha verificado a existência objectiva de imparidade, são agrupados tendo por base características de risco semelhantes e avaliados colectivamente para efeitos de imparidade.

O processo de avaliação da carteira de crédito a clientes e das responsabilidades extrapatrimoniais, de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida, é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui factores como a frequência de incumprimento, as notações de risco, as taxas de recuperação das perdas e as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros quer do momento do seu recebimento.

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Anexos 185

A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderia resultar em níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados.

3.2. Justo valor dos instrumentos financeiros

O justo valor dos instrumentos financeiros é baseado em cotações de mercado, sempre que disponíveis. No entanto, e na ausência de cotação, os instrumentos financeiros são valorizados com base em bids indicativos, calculados por terceiros através de modelos de valorização, ou de acordo com metodologias de valorização considerando essencialmente inputs observáveis em mercado com impacto significativo na valorização do instrumento.

3.3. Benefícios a empregados

As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas utilizando pressupostos actuariais e financeiros, nomeadamente no que se refere à mortalidade, crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, os valores reais podem apresentar desvios face às estimativas efectuadas.

3.4. Activos por impostos diferidos

O reconhecimento de activos por impostos diferidos pressupõe a existência de lucros tributáveis futuros aos quais as diferenças temporárias possam ser deduzidas. Para o efeito, foram estimados os resultados tributáveis futuros da Caixa Central, tendo por base as projecções económico-financeiras realizadas, apesar da incerteza existente em algumas das variáveis que incorporam tais projecções. De igual modo, existe ainda alguma incerteza quanto ao regime fiscal de dedutibilidade de perdas por imparidade em créditos que vigorará para o exercício de 2018 e seguintes, o qual poderá ter um impacto relevante nos resultados fiscais estimados. Caso estas estimativas não se concretizem, existe o risco de ajustamento ao valor do activo por impostos diferidos.

3.5.Avaliação de activos imobiliários

O serviço de avaliações é prestado por peritos independentes, registados na CMVM e com qualificações, reconhecida competência e experiência profissional, adequadas ao desempenho das respectivas funções.

Os procedimentos de avaliação pressupõem a recolha de informação rigorosa, quer de documentação actualizada, quer numa inspecção do imóvel e zona envolvente, quer na análise do mercado, transacções, relação oferta/procura e perspectivas de desenvolvimento. O tratamento da informação permite a adopção de valores base para o cálculo, por aplicação dos métodos e sua comparação.

O valor de realização dos activos está dependente da evolução futura do mercado imobiliário.

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Anexos 186

4. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

As instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros da União Europeia estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais.

O regime de reservas mínimas do BCE é aplicável às instituições de crédito na área do euro e visa principalmente a estabilização das taxas de juro do mercado monetário e a criação (ou alargamento) de uma escassez estrutural de liquidez.

O valor das reservas mínimas a cumprir por cada instituição é determinado a partir da aplicação dos coeficientes de reservas à base de incidência, a qual resulta do somatório de um subconjunto de rubricas do passivo do seu balanço. Presentemente, o coeficiente é de 1% para as responsabilidades de prazo igual ou inferior a dois anos.

Os períodos de manutenção de reservas mínimas são definidos de acordo com o calendário elaborado pelo BCE. Para prosseguir o objectivo de estabilização das taxas de juro, o regime de reservas mínimas do BCE permite que as instituições utilizem uma cláusula de média. Assim, o cumprimento das reservas mínimas é verificado a partir da comparação entre a média de valores dos saldos diários de depósitos à ordem detidos pela instituição no Banco de Portugal ao longo de um período de manutenção de reservas e o valor de reservas a cumprir referido anteriormente.

As reservas mínimas efectivamente constituídas são remuneradas, durante o período de manutenção, à média da taxa marginal de colocação (ponderada de acordo com o número de dias de calendário) das operações principais de refinanciamento do Eurosistema. De acordo com a Decisão do Conselho do Banco Central Europeu BCE/2014/23, de 5 de Junho de 2014, os depósitos que excedam o valor médio de reservas mínimas a cumprir serão remunerados a uma taxa de zero por cento ou à taxa de juro da facilidade permanente de depósito, consoante a que for mais baixa. Como tal, sobre as reservas excedentárias poderá incidir uma taxa de juro negativa.

Agora que as taxas de depósito são negativas, os depósitos junto do Banco de Portugal são remunerados a 0%, até ao montante das reservas mínimas de caixa, e à taxa Deposit Facility, no montante que excede as mesmas.

A taxa Deposit Facility situou-se em -0,40% em 31 de Dezembro de 2017, mantendo-se assim inalterada face a 31 de Dezembro de 2016.

A variação do valor de depósitos à ordem junto do Banco de Portugal entre 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016 é justificada pela natural gestão das reservas mínimas de caixa ao longo do período de manutenção de reservas e por parqueamentos temporários de liquidez associados a movimentos de recomposição da carteira de activos financeiros.

31-dez-17 31-dez-16

CaixaNotas 22.737.082 21.422.330Moedas 2.205.218 1.462.019

24.942.300 22.884.349

Depósitos à ordem no Banco de Portugal 291.031.815 237.715.058

315.974.115 260.599.408

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Anexos 187

5. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Os cheques a cobrar em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, foram compensados na sua grande maioria nos primeiros dias de Janeiro de 2018 e 2017, respectivamente.

6. ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a decomposição dos Activos e Passivos financeiros detidos para negociação, era a seguinte:

31-dez-17 31-dez-16Disponibilidades em instituições de crédito no país

Cheques a cobrar 2.503.917 4.893.193Depósitos à ordem 258.448 410.684

2.762.365 5.303.877

Disponibilidades em instituições de crédito no estrangeiroDepósitos à ordem 10.343.764 9.235.716

10.343.764 9.235.716

13.106.129 14.539.593

Valor Nocional Activo Passivo Líquido

Operações cambiais a prazo

Forwards cambiaisCompras 64.477 1.702 (524) 1.178Vendas 63.740 - - -

128.217 1.702 (524) 1.178

Swaps

Swaps de taxa de juro 21.043.750 279.293 (141.258) 138.035

Totais 21.171.967 280.995 (141.781) 139.214

31-dez-17

Derivado de negociação

Valor Nocional Activo Passivo Líquido

Operações cambiais a prazo

Forwards cambiaisCompras 292.743 6.408 (2.886) 3.521Vendas 291.395 - - -

584.138 6.408 (2.886) 3.521

Swaps

Swaps de taxa de juro 22.602.125 404.502 (231.117) 173.385

Totais 23.186.263 410.910 (234.003) 176.906

31-dez-16

Derivado de negociação

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Anexos 188

A distribuição, por prazos residuais, do valor nocional dos instrumentos financeiros derivados contratados pela Caixa Central em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 detalha-se do seguinte modo:

O detalhe dos títulos incluídos nesta rubrica em 31 de Dezembro de 2017 é apresentado no Anexo I.

7. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

<= 3 meses > 3 meses e <= 6

> 6 meses e <= 1 ano

> 1 ano e <= 5 anos > 5 anos Total

Operações cambiais a prazo

Forwards cambiaisCompras 64.477 - - - - 64.477Vendas 63.740 - - - - 63.740

128.217 - - - - 128.217

Swaps

Swaps de taxa de juro - - - - 21.043.750 21.043.750

Totais 128.217 0 0 0 21.043.750 21.171.967

31-dez-17

Derivado de negociação

<= 3 meses > 3 meses e <= 6

> 6 meses e <= 1 ano

> 1 ano e <= 5 anos > 5 anos Total

Operações cambiais a prazo

Forwards cambiaisCompras 292.743 - - - - 292.743Vendas 291.395 - - - - 291.395

584.138 - - - - 584.138

Swaps

Swaps de taxa de juro - - - - 22.602.125 22.602.125

Totais 584.138 0 0 0 22.602.125 23.186.263

31-dez-16

Derivado de negociação

31-dez-17 31-dez-16

TítulosEmitidos por residentes

Instrumentos de dívida 2.738.875.451 661.521.220Instrumentos de capital 360.113.660 373.293.766

Emitidos por não residentesInstrumentos de dívida 2.674.331.512 612.412.189Instrumentos de capital 13.581.386 12.540.768

5.786.902.009 1.659.767.944

Imparidade (Nota 22) (134.884.351) (128.610.704)

5.652.017.658 1.531.157.240

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Anexos 189

As mais-valias e menos-valias potenciais da carteira de activos financeiros disponíveis para venda mensurada ao justo valor são registadas no activo por contrapartida de reservas de reavaliação no capital próprio. Os ajustamentos de justo valor desta carteira tiveram o seguimento movimento em 2017:

Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe evidência objectiva de imparidade em situações de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos, considerando-se como tal uma depreciação de valor por tempo superior a 12 meses ou de valor superior a 30%, respectivamente. As perdas de valor dos títulos que se enquadrem nesta situação são registadas como perdas por imparidade directamente em resultados (e não em reservas de reavaliação nos capitais próprios). O movimento ocorrido em 2017 ao nível das imparidades dos títulos classificados como activos financeiros disponíveis para venda foi o seguinte:

A carteira de activos financeiros disponíveis para venda apresenta os seguintes prazos contratuais residuais a 31 de Dezembro de 2017 e 2016:

31-dez-16 31-dez-17Saldo inicial reserva de justo valor

Aumentos de justo valor

Reduções de justo valor

Transf para resultados por

alienação

Saldo final reserva de justo

valor

Activos financeiros disponíveis para vendaEmitidos por residentes

Instrumentos de dívida (21.095.598) 25.648.943 (1.513.370) 10.789.561 13.829.536Instrumentos de capital 818.128 2.630.977 3.449.105

Emitidos por não residentesInstrumentos de dívida (17.833.552) 8.887.400 (4.084.798) 12.429.599 (601.351)Instrumentos de capital 102.781 1.450.006 (556.902) 995.886

Totais (38.008.241) 38.617.326 (6.155.070) 23.219.160 17.673.175

Descritivo

Movimentos na reserva de justo valor

31-dez-16 31-dez-17

Saldo inicial Dotações Reposições Transferências Ajust Dif cambiais

Saldo final

Activos financeiros disponíveis para vendaEmitidos por residentes

Instrumentos de capital (128.610.704) (11.361.994) 2.510.716 2.577.631 (1) (134.884.351)

Totais (128.610.704) (11.361.994) 2.510.716 2.577.631 (1) (134.884.351)

Descritivo

Movimentos na imparidade

À vista Até 3 meses

De 3 meses a 1

anoDe 1 a 3

anosDe 3 a 5

anosMais de 5

anos Indeterminado Total

Activos financeiros disponíveis para venda - 784.874 701.457 489.056 2.059.267 1.378.553 238.811 5.652.018

2017 em milhares de eurosPrazos residuais contratuais

2016 em milhares de euros

Prazos residuais contratuais

À vistaAté 3 meses

De 3 meses a 1 ano

De 1 a 3 anos

De 3 a 5 anos

Mais de 5 anos

Indeterminado Total

Activos financeiros disponiveis para venda - 10.524 276.460 325.653 69.929 591.367 257.224 1.531.157

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 190

De referir que o valor da divida publica portuguesa subscrita pela Caixa Central à data de 31 de Dezembro de 2017 era de cerca de 2.673.053.990 Euros (em 31 de Dezembro de 2016 este montante ascendia a 592.090.401 Euros), dos quais 1.712.710.040 Euros respeitam a Obrigações de Tesouro e 960.343.950 Euros respeitam a Bilhetes de Tesouro.

Tendo em consideração a política contabilística adoptada para o reconhecimento de perdas por imparidade em fundos de investimento classificados na carteira de activos financeiros disponíveis para venda, destacam-se as seguintes variações ao nível da imparidade em 2017:

A imparidade registada para o CA Imobiliário - Fundo Especial de Investimento Imobiliário Aberto ascende a 124.694.223 Euros em 31 de Dezembro de 2017, tendo sido reconhecido no exercício de 2017 um acréscimo de 9.327.494 Euros (no final de 2016 a perda por imparidade acumulada para este fundo de ascendia a 115.366.729 Euros).

A imparidade registada para o CA Arrendamento Habitacional - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado para Arrendamento Habitacional ascende a 9.348.717 Euros em 31 de Dezembro de 2017 (no final de 2016 a perda por imparidade acumulada para este fundo ascendia a 12.292.274 Euros).

O detalhe dos títulos incluídos nesta carteira em 31 de Dezembro de 2017 é apresentado no Anexo I.

8. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

A 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

A componente mais significativa desta rubrica respeita aos depósitos TLTRO efectuados pela Caixa Central junto das Caixas de Crédito Agrícola, os quais ascendem a 1.158.470.615 Euros a 31 de Dezembro de 2017.

31-dez-17 31-dez-16

Aplicações em Instituições de Crédito no PaísEm outras instituições de crédito

Depósitos 1.158.470.615 1.041.539.793Empréstimos 17.296.095 15.791.463Outras aplicações 191.854 198.442

Aplicações em Instituições de Crédito no EstrangeiroEm outras instituições de crédito

Outras aplicações 770.000 01.176.728.564 1.057.529.698

Juros a receber 101.967 106.187

1.176.830.531 1.057.635.885

31-dez-2017 31-dez-2016

Até três meses 1.161.360.047 1.041.659.411

Entre três meses e um ano 6.272.304 6.010.023

Entre um ano e três anos 475.584 822.857

Entre três e cinco anos 168.985 179.762

Mais de cinco anos 8.451.644 8.857.645

1.176.728.564 1.057.529.698

Juros a receber 101.967 106.187

1.176.830.531 1.057.635.885

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 191

9. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2017 2016 01.01.2016Crédito internoMédio e longo prazo:

Empréstimos à habitação 264.254.455 262.954.693 271.124.370Empréstimos com e sem garantia real 716.290.481 678.999.479 633.009.705Empréstimos empresas do grupo 49.591.717 47.710.183 44.438.508Contratos de locação financeira - - Clientes 130.377.959 112.784.369 103.701.326 Empresas do grupo 18.210 51.391 36.367Empréstimos subordinados (CA Seguros) 4.000.000 4.000.000 4.000.000Papel comercial a desconto 184.859.657 165.536.712 221.322.200

Curto prazo:Outros créditos

Cartões de crédito 9.993.896 10.548.767 11.019.192Outros créditos 8.277.728 7.112.352 6.966.785

Créditos em conta correnteClientes 19.482.910 32.339.711 30.199.059Empresas do grupo 7.448.903 7.319.670 7.464.036

Descobertos em depósitos à ordemEmpresas do grupo - - 336.388Outros residentes 348.800 340.166 -

1.394.944.716 1.329.697.493 1.333.617.936Crédito ao exteriorMédio e longo prazo

Empréstimos 8.992.435 7.047.546 47.273Curto prazo

Outros créditos Créditos em conta corrente - - 1.225.531

Outros créditos a clientes 176.997 90.107 6.796.3719.169.432 7.137.653 8.069.175

Juros a receber 3.705.643 4.349.158 4.703.435

Comissões associadas ao custo amortizado:Despesas com encargo diferido 315.396 202.298 120.774Receitas com rendimento diferido (2.632.996) (2.636.609) (2.593.259)

(2.317.600) (2.434.311) (2.472.485)

Total crédito não vencido 1.405.502.191 1.338.749.993 1.343.918.061

Crédito e juros vencidosCrédito vencido 67.290.023 69.607.762 96.796.690Juros vencidos 789.532 586.632 997.327Total crédito e juros vencidos 68.079.555 70.194.394 97.794.017

1.473.581.745 1.408.944.387 1.441.712.078

Imparidade e Provisões Acumuladas(133.685.923) (147.671.969) (178.027.551)

1.339.895.821 1.261.272.418 1.263.684.527

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 192

Nos quadros abaixo apresenta-se o valor do crédito a clientes bruto por sectores de actividade, com referência a 31 de Dezembro de 2017 e 2016:

Não vencido Vencido Total

EmpresasComércio por grosso e a retalho; reparação de veículos 71.370.545 18.561.570 89.932.116Indústrias transformadoras 131.327.870 4.551.435 135.879.305Construção 47.332.096 6.227.614 53.559.710Agricultura, produção animal, caça, floresta e pescas 61.644.072 6.465.311 68.109.383Actividades imobiliárias 197.608.824 5.506.626 203.115.450Actividades financeiras e de seguros 91.931.488 10.505.415 102.436.903Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória45.696.109 - 45.696.109Actividades de saúde humana e apoio social 23.388.063 512.237 23.900.300Alojamento, restauração e similares 93.084.377 315.310 93.399.687Transportes e armazenagem 31.519.580 981.745 32.501.325Actividades de consultoria, científicas, técnicas 107.526.636 687.429 108.214.065Outras actividades de serviços 6.872.421 15.711 6.888.132Actividades administrativas e dos serviços de apoio 27.790.514 151.520 27.942.034Actividades artísticas, de espectáculos, desportivas 1.729.865 1.701.511 3.431.376Educação 5.620.502 50.860 5.671.362Electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar 18.986.823 193.483 19.180.306Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento28.642.750 346.387 28.989.137Indústrias extractivas 450.313 1.647.484 2.097.796Actividades de informação e de comunicação 63.408.032 3.247.998 66.656.029Actividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico - - -Actividades dos organismos internacionais e outras instituições extra-territoriais- - -Outros 174.331 47.412 221.743

1.056.105.211 61.717.060 1.117.822.270

ParticularesHabitação 281.186.565 1.679.284 282.865.850Outros fins 66.822.370 3.893.680 70.716.049

348.008.935 5.572.964 353.581.899

Juros a receber 3.705.643 - 3.705.643Comissões associadas ao custo amortizado (2.317.600) - (2.317.600)

1.388.043 - 1.388.043

Juros vencidos a regularizarEmpresas - 764.637 764.637Particulares - 24.895 24.895

- 789.532 789.532

Total geral 1.405.502.189 68.079.556 1.473.581.745

31-dez-17Descritivo

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 193

A rubrica de crédito a clientes, de acordo com o tipo de garantia, é a seguinte:

Não vencido Vencido Total

EmpresasComércio por grosso e a retalho; reparação de veículos 77.778.752 12.375.362 90.154.114Indústrias transformadoras 124.621.436 5.344.504 129.965.940Construção 48.010.502 7.404.586 55.415.088Agricultura, produção animal, caça, floresta e pescas 50.185.207 4.815.997 55.001.204Actividades imobiliárias 138.102.721 9.288.420 147.391.141Actividades financeiras e de seguros 152.939.604 15.057.439 167.997.043Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória 47.016.426 - 47.016.426Actividades de saúde humana e apoio social 24.726.978 797.011 25.523.989Alojamento, restauração e similares 78.594.410 263.463 78.857.873Transportes e armazenagem 34.930.787 678.158 35.608.945Actividades de consultoria, científicas, técnicas 60.417.284 338.276 60.755.560Outras actividades de serviços 7.281.264 9.978 7.291.242Actividades administrativas e dos serviços de apoio 29.286.572 96.318 29.382.890Actividades artísticas, de espectáculos, desportivas 1.968.549 1.531.143 3.499.692Educação 7.010.496 28.749 7.039.245Electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar 22.056.105 - 22.056.105Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento 27.844.635 287.880 28.132.515Indústrias extractivas 554.163 1.649.891 2.204.054Actividades de informação e de comunicação 61.735.923 3.088.210 64.824.132Actividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico - - -Actividades dos organismos internacionais e outras instituições extra-territoriais1.304.079 - 1.304.079Outros 3.586.252 34.372 3.620.624

999.952.145 63.089.755 1.063.041.900

ParticularesHabitação 268.944.363 1.787.563 270.731.926Outros fins 67.938.639 4.730.443 72.669.082

336.883.002 6.518.006 343.401.008

Juros a receber 4.349.158 - 4.349.158Comissões associadas ao custo amortizado (2.434.311) - (2.434.311)

1.914.847 - 1.914.847

Juros vencidos a regularizarEmpresas - 528.033 528.033Particulares - 58.599 58.599

- 586.632 586.632

Total geral 1.338.749.993 70.194.394 1.408.944.387

Descritivo31-dez-16

em milhares de euros 31-dez-17 31-dez-16

Crédito vincendo:Crédito com garantias reais 839.583 804.545Crédito sem garantias 489.997 454.420Crédito com garantias pessoais 74.534 79.785

1.404.114 1.338.750

Crédito vencido:Crédito com garantias reais 37.886 39.463Crédito sem garantias 12.813 19.228Crédito com garantias pessoais 16.591 10.917

67.290 69.608

1.471.404 1.408.358

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 194

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os prazos residuais dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

O crédito a clientes, em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, encontrava-se dividido entre taxa fixa e taxa variável, nos seguintes montantes:

A Caixa Central não realizou até ao momento qualquer operação de securitização da sua carteira de crédito.

10. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Durante o ano de 2017 foram alienados activos financeiros contabilizados na carteira de Investimentos detidos até à maturidade, pelo que os restantes títulos foram reclassificados para a categoria de justo valor.

em milhares de euros 31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 192.593 198.827Entre três meses e um ano 114.621 105.764Entre um ano e três anos 148.844 130.014Entre três e cinco anos 181.033 210.474Mais de cinco anos 835.101 761.951

1.472.193 1.407.030

Juros a receber 3.706 4.349Comissões associadas ao custo amortizado (2.318) (2.434)

1.388 1.915

1.473.582 1.408.944

em milhares de euros 31-dez-17 31-dez-16

Taxa fixa 522.946 394.579Taxa variável 948.459 1.012.450Não sujeito a risco de taxa de juro 2.178 1.915Indeterminado - -

1.473.582 1.408.944

31-dez-17 31-dez-16

Títulos detidos até à maturidadeTítulos cotados

Títulos emitidos por residentesInstrumentos de dívida

De dívida pública portuguesa - 1.418.806.117De outros emissores públicos - -De outros emissores residentes - 82.360.820

Títulos emitidos por não residentesInstrumentos de dívida

De emissores públicos estrangeiros - 1.852.343.341De outros emissores estrangeiros - 81.779.491

- 3.435.289.769

Juros a receber - 62.653.265

- 3.497.943.034

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 195

11. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

O movimento dos activos não correntes detidos para venda durante os exercícios de 2017 e 2016 é apresentado da seguinte forma:

Nos termos da Instrução nº 4/2016 do Banco de Portugal, a Caixa Central tem efectuado pedidos de prorrogação do prazo de detenção e manutenção no seu património de imóveis adquiridos em recuperação de crédito.

31-dez-17 31-dez-16

ImóveisImóveis recebidos em recuperação de crédito 34.583.436 39.789.179Outros imóveis detidos para venda 5.429.264 5.429.264

Equipamentos recebidos em recuperação de crédito 25.484 37.82040.038.183 45.256.263

Imparidade (Nota 20)Imparidade imóveis (4.159.094) (6.339.078)Imparidade equipamentos (25.105) (30.070)

(4.184.199) (6.369.148)

35.853.984 38.887.115

Descritivo Valor bruto Imparidade Valor líquido Aquisições Alienações Dotações Reposições Utilizações Valor bruto Imparidade Valor

líquidoImóveis recebidos em recup. de crédito 39.789.179 (6.339.078) 33.450.101 7.089.657 (12.295.401) (2.048.564) 3.135 4.225.413 34.583.436 (4.159.094) 30.424.341Outros imóveis detidos para venda 5.429.264 - 5.429.264 - - - - - 5.429.264 - 5.429.264Equipamentos recebidos em recup. de crédito 37.820 (30.070) 7.750 28.865 (41.201) (10.505) 15.470 - 25.484 (25.105) 379

Totais 45.256.263 (6.369.148) 38.887.115 7.118.522 (12.336.602) (2.059.069) 18.605 4.225.413 40.038.183 (4.184.199) 35.853.984

31-dez-1731-dez-16 Entradas/saídas Imparidades

Descritivo Valor bruto Imparidade Valor líquido Aquisições Alienações Dotações Reposições Valor bruto Imparidade Valor

líquidoImóveis recebidos em recup. de crédito 41.686.269 (5.184.662) 36.501.607 3.718.794 (5.615.884) (2.431.665) 1.277.249 39.789.179 (6.339.078) 33.450.101Outros imóveis detidos para venda 5.429.264 - 5.429.264 - - - - 5.429.264 - 5.429.264Equipamentos recebidos em recup. de crédito 49.780 (45.041) 4.739 109.741 (121.701) (26.171) 41.142 37.820 (30.070) 7.750

Totais 47.165.313 (5.229.703) 41.935.610 3.828.535 (5.737.585) (2.457.836) 1.318.391 45.256.263 (6.369.148) 38.887.115

Imparidades31-dez-15 Entradas/saídas 31-dez-16

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 196

12. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nesta rubrica durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

Durante os exercícios de 2017 e 2016, as mais-valias e as menos-valias apuradas na alienação de activos tangíveis encontram-se registadas na rubrica “Resultados de alienação de outros activos – Outros activos tangíveis” (Nota 34).

13. ACTIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nesta rubrica durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

AbatesValor Valorbruto bruto

Imóveis: De serviço próprio: 4.341.297 (1.653.620) (94.811) (68.638) 51.324 (55.775) 12.178 4.285.522 (1.710.081) (43.487) 2.531.955 Obras em imóveis arrendados 2.405.578 (1.553.505) - (207.209) 2.405.578 (1.760.714) - 644.864 Outros imóveis - - - - - - -

6.746.875 (3.207.125) (94.811) - (275.847) 51.324 - - (55.775) 12.178 6.691.100 (3.470.794) (43.487) 3.176.819

Equipamento: Mobiliário e material 2.186.713 (2.075.668) - 8.242 (31.818) (23.373) 23.373 2.171.582 (2.084.113) - 87.469 Máquinas e ferramentas 976.412 (904.479) - 5.754 (18.078) (17.993) 17.537 964.174 (905.019) - 59.155 Equipamento informático 7.128.139 (7.032.079) - 54.793 (64.663) (50.512) 50.127 7.132.419 (7.046.614) - 85.804 Instalações interiores 2.778.237 (2.550.100) - (117.113) 2.778.237 (2.667.213) - 111.024 Material de transporte 615.551 (328.983) - 102.277 (97.457) (123.830) 72.008 593.999 (354.433) - 239.566 Equipamento de segurança 412.503 (381.056) - 3.940 (11.961) (901) 884 415.543 (392.133) - 23.410 Outro equipamento 68.732 (54.131) - 254 (3.836) 68.986 (57.967) - 11.019

14.166.287 (13.326.496) - 175.261 (344.927) - - - (216.609) 163.930 14.124.939 (13.507.493) - 617.446

Património artistico 121.979 - - 121.979 - - 121.979Outros activos tangíveis: - - - -Activos tangíveis em curso - - - 654.506 654.506 - - 654.506

Totais 21.035.141 (16.533.621) (94.811) 829.767 (620.774) 51.324 - - (272.384) 176.108 21.592.524 (16.978.287) (43.487) 4.570.750

Amort. acumuladas

Imparidade acumulada Valor líquidoImparidade

acumulada

31-dez-16 2017 31-dez-17

Imparidade do exercício

Regularizações

Amort. Amort. Valor brutoDescrição Valor bruto Amort. acumuladas Aquisições Amort. do

exercício

31-dez-16

Valor Valorbruto bruto

Imóveis: De serviço próprio: 4.341.297 (1.584.795) - (68.825) (94.811) - - - - 4.341.297 (1.653.620) (94.811) 2.592.866 Obras em imóveis arrendados 2.105.693 (1.350.669) 299.885 (202.836) - - - - - 2.405.578 (1.553.505) - 852.073 Outros imóveis - - - - - - - - - - - - -

6.446.990 (2.935.464) 299.885 (271.661) (94.811) - - - - 6.746.875 (3.207.125) (94.811) 3.444.939

Equipamento: Mobiliário e material 2.153.402 (2.031.337) 33.539 (44.559) - - - (228) 228 2.186.713 (2.075.668) - 111.045 Máquinas e ferramentas 1.030.222 (1.006.719) 62.794 (14.365) - - - (116.604) 116.605 976.412 (904.479) - 71.933 Equipamento informático 7.073.454 (6.919.789) 54.928 (112.533) - - - (243) 243 7.128.139 (7.032.079) - 96.060 Instalações interiores 2.778.237 (2.422.179) (127.921) - - - 2.778.237 (2.550.100) - 228.137 Material de transporte 704.009 (442.788) 229.269 (101.239) - - - (317.727) 215.044 615.551 (328.983) - 286.568 Equipamento de segurança 396.389 (367.379) 25.382 (13.871) - - - (9.268) 194 412.503 (381.056) - 31.447 Outro equipamento 68.015 (50.008) 717 (4.123) - - - - - 68.732 (54.131) - 14.601

14.203.728 (13.240.199) 406.629 (418.611) - - - (444.070) 332.314 14.166.287 (13.326.496) - 839.791

Património artistico 121.979 - - - - - - - - 121.979 - - 121.979Outros activos tangíveis: - - - - - - - - - - - - -(…) - - - - - - - - - - - - -Activos tangíveis em curso 22.130 - - - - (22.130) - - - - - - -

Totais 20.794.827 (16.175.663) 706.514 (690.272) (94.811) (22.130) - (444.070) 332.314 21.035.141 (16.533.621) (94.811) 4.406.709

Descrição Valor bruto Amort. acumuladas

Imparidade do exercício

Amort. do exercícioAquisições

31-dez-15

Imparidade acumulada Valor líquido

2016

Amort. Amort.

Regularizações AbatesValor bruto Amort.

acumuladas

Sistema de tratamento automático de dados (software) 6.471.813 (6.164.409) - (176.636) 6.471.813 (6.341.045) 130.768Outros activos intangíveis 592.995 (592.995) - - 592.995 (592.995) 0Activos intangíveis em curso - - - - - - -

Totais 7.064.808 (6.757.404) - (176.636) 7.064.808 (6.934.040) 130.768

31-dez-16

Valor bruto Amortzações acumuladas

Valor líquido

31-dez-172017

Descrição Valor bruto Amortzações acumuladas Aquisições Amortizações

do exercício

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 197

14. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

A 31 de Dezembro de 2017 esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, as imparidades registadas nesta rubrica respeitam apenas à participação detida na CCAM do Algarve, no valor de 6.484 Euros, correspondente ao valor total da participação.

O processo de registo de imparidade sobre as participações financeiras baseou-se na seguinte metodologia:

- Registo do valor atendendo ao Estudo de Avaliação da Empresa, se existente; e

- Caso não esteja disponível um Estudo de Avaliação da Empresa com referência ao período a reportar, a Caixa Central procede à comparação entre os capitais próprios da empresa participada, afectos à percentagem detida, e o valor da participação registada em Balanço.

Em 31 de Dezembro de 2017, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Sistema de tratamento automático de dados (software) 6.471.813 (5.983.227) - (181.182) 6.471.813 (6.164.409) 307.404Outros activos intangíveis 592.995 (592.995) - - 592.995 (592.995) 0Activos intangíveis em curso - - - - - - -

Totais 7.064.808 (6.576.222) - (181.182) 7.064.808 (6.757.404) 307.404

31-dez-162016

Valor bruto Amortzações acumuladas

Valor líquido

31-dez-15

Descrição Valor bruto Amortzações acumuladas Aquisições Amortizações

do exercício

31-dez-16

Empresa Sector de actividade Sede Participação efectiva %

Valor de balanço

Valor de balanço

Crédito Agrícola SGPS, S.A. Sociedade Gestora de Participações Sociais Lisboa 100% 62.500.000 62.500.000Crédito Agrícola Serviços, ACE * Agrupamento Complementar de Empresas Lisboa 11,05% - -CCAM do Algarve Instituição de crédito Algarve 0,14% 6.484 6.484

62.506.484 62.506.484

Imparidade (Nota 21) (6.484) (6.484)

62.500.000 62.500.000

* O ACE não tem capital social

31-dez-17

Empresa Activo líquido Situação líquida

Resultado líquido

Crédito Agrícola SGPS, S.A. 213.116.980 66.756.156 4.805.945Crédito Agrícola Serviços, ACE * 64.492.460 - -CCAM do Algarve 522.636.581 23.729.748 2.129.439

800.246.021 90.485.904 6.935.384

* O ACE não tem capital social

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 198

15. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

No quadro abaixo apresentam-se os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento registados no Balanço em 31 de Dezembro de 2017, bem como em 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016, tendo estes últimos sido ajustados para efeitos comparativos, conforme detalhado na nota 2.2.

Para efeitos do cálculo do imposto corrente, foram utilizadas as taxas em vigor previstas na legislação fiscal, mais concretamente (i) a taxa geral de IRC (21%), (ii) a taxa máxima de derrama municipal (1,5%) e (iii) as taxas de derrama estadual, que variam em função do lucro tributável apurado (entre 3% e 7%).

Para efeitos do cálculo dos impostos diferidos, foi mantida a taxa de 24,5% utilizada no final do ano anterior, pois é expectativa da gestão que a recuperação das diferenças temporárias ocorra num cenário de lucro tributável que gerará a poupança da taxa geral de IRC (21%), bem como das derramas, municipal (1,5%) e estadual (estimando-se que, neste caso, a taxa efectiva da poupança rondará os 2%). Importa notar que os prejuízos fiscais apurados em exercícios anteriores foram consumidos na totalidade em 2017, motivo pelo qual o imposto diferido activo registado no final de 2016 foi integralmente anulado.

Detalha-se de seguida, por natureza de diferença temporária, o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2017 e 2016, incluindo o impacto a 1 de Janeiro de 2016 resultante da adopção das IAS/IFRS por força no Aviso n.º 5/2015 do Banco de Portugal:

31-dez-16 31-dez-17

Descritivo Saldo inicial Variação em resultados

Variação em reservas Saldo final

Imparidade para crédito a clientes 22.783.167 2.195.912 - 24.979.080 Imparidade para outros devedores 519.397 (74.985) - 444.412 Imparidade para garantias e comp. irrevogáveis 1.391.665 (373.996) - 1.017.669 Imparidade para AFDV 7.757.640 - - 7.757.640 Imparidade para participações financeiras 1.588 - - 1.588 Imparidade para AFT 22.335 (12.574) - 9.761 Provisão para outros riscos e encargos 323.918 38.455 - 362.373 Prémio de antiguidade 685.039 5.191 - 690.230 Reserva de justo valor para AFDV 9.286.053 (1) (9.286.052) -Reavaliação imóveis - DL nº 66/2016 - 229.749 - 229.749 Prejuízos fiscais 10.605.208 (10.605.208) - (0)

Total Activos por Impostos Diferidos 53.376.010 (8.597.456) (9.286.052) 35.492.502

Reserva de justo valor para AFDV - - (3.721.304) (3.721.304) Reservas de reavaliação legais (30.133) - 1.397 (28.736)

Total Passivos por Impostos Diferidos (30.133) - (3.719.907) (3.750.040)

Totais 53.345.877 (8.597.456) (13.005.959) 31.742.462

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 199

Conforme se pode verificar nos quadros acima, o montante mais significativo de imposto diferido activo respeita à imparidade do crédito, situação que resulta da não dedução fiscal de uma parte considerável das imparidades registadas contabilisticamente. O regime fiscal aplicável às imparidades do crédito em 2017 foi estabelecido pelo Decreto-Regulamentar n.º 11/2017, de 28 de Dezembro, o qual prevê a não dedutibilidade fiscal das imparidades que, a 31 de Dezembro de 2017, se encontravam acima dos limites mínimos do já revogado Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal.

No quadro abaixo detalham-se os montantes (gastos e/ou ganhos) associados a impostos sobre o rendimento registados em resultados a 31 de Dezembro de 2017 e 2016, bem como a respectiva carga fiscal em cada um dos períodos, a qual é medida pela relação entre o gasto líquido com impostos sobre o rendimento e o resultado antes de impostos. Uma vez mais, importa realçar que o montante dos impostos diferidos relativo a diferenças temporárias foi ajustado para efeitos comparativos, conforme detalhado na nota 2.2.

Adicionalmente, foi registado directamente em capitais próprios o montante de 760.401 Euros relativo a imposto corrente associado à reversão de perdas por imparidade em títulos, na medida em que tal reversão foi igualmente contabilizada em capitais próprios.

Tal como mostra o quadro acima, a Caixa Central apresenta uma taxa efectiva de imposto de 29,97% em 2017, a qual se encontra fortemente influenciada pela derrama estadual apurada no exercício.

31-dez-15 01-jan-16 31-dez-16

Saldo final Adopção IAS/IFRS * Saldo inicial Variação em

resultadosVariação em

reservas Saldo final

Imparidade para crédito a clientes 35.652.781 (2.501.120) 33.151.661 (10.368.494) - 22.783.167 Imparidade para outros devedores 568.289 - 568.289 (48.892) - 519.397 Imparidade para garantias e comp. irrevogáveis - 1.219.357 1.219.357 172.308 - 1.391.665 Imparidade para AFDV 8.521.389 - 8.521.389 (763.749) - 7.757.640 Imparidade para participações financeiras 1.718 - 1.718 (130) - 1.588 Imparidade para AFT - - - 22.335 - 22.335 Provisão para outros riscos e encargos 1.140.404 - 1.140.404 (816.486) - 323.918 Prémio de antiguidade 720.317 - 720.317 (35.278) - 685.039 Reserva de justo valor para AFDV 4.557.827 - 4.557.827 - 4.728.226 9.286.053 Reavaliação imóveis - DL nº 66/2016 - - - - - -Prejuízos fiscais - - - 10.605.208 - 10.605.208

Total Activos por Impostos Diferidos 51.162.726 (1.281.763) 49.880.962 (1.233.178) 4.728.226 53.376.010

Reserva de justo valor para AFDV - - - - - -Reservas de reavaliação legais (34.104) - (34.104) - 3.971 (30.133)

Total Passivos por Impostos Diferidos (34.104) - (34.104) - 3.971 (30.133)

Totais 51.128.622 (1.281.763) 49.846.858 (1.233.178) 4.732.197 53.345.877

* O impacto da adoção das IAS/IFRS foi reconhecido em "Outras reservas"

Descritivo

31-dez-17 31-dez-16

Impostos correntesImpostos sobre os lucros do exercício 15.177.877 312.922 Correcções de impostos de exercícios anteriores (136.757) (76.686)

15.041.120 236.236

Impostos diferidosRegisto e reversão de diferenças temporárias (2.007.752) 11.838.386 Prejuízos fiscais reportáveis 10.605.208 (10.605.208)

8.597.456 1.233.178

Total de impostos reconhecidos em resultados 23.638.577 1.469.414

Resultado antes de impostos 78.866.946 (11.364.247)

Carga fiscal 29,97% -12,93%

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 200

No final de 2017, a rubrica “Correcções de imposto de exercícios anteriores” apresenta um saldo de 136.757 Euros, o qual se decompõe entre (i) excesso de imposto corrente estimado no final de 2016, o qual se revelou inferior ao imposto efectivamente pago com a entrega da declaração modelo 22 em Maio de 2017 (-224.280 Euros) e (ii) encargo de imposto relativo à tributação autónoma devida no âmbito da reavaliação de imóveis nos termos do Decreto-Lei nº 66/2016 (87.523 Euros).

Apresenta-se no quadro abaixo a reconciliação da taxa efectiva de imposto a 31 de Dezembro de 2017, bem como a 31 de Dezembro de 2016, para efeitos comparativos:

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da Caixa Central podem ser revistas pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), regra geral, durante um período de 4 anos, excepto quando seja efectuada qualquer dedução ou crédito de imposto (ex. dedução de prejuízos fiscais), sendo nesse caso o prazo de caducidade o do exercício desse direito. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa Central relativas aos exercícios de 2014 a 2017 poderão ainda ser revistas pela AT, estando assim sujeitas a eventuais correcções à matéria colectável.

Taxa de imposto Montante Taxa de

imposto Montante

Resultado antes de impostos 78.866.946 (11.364.247)

IRC - taxa geral (21%) 21% 16.562.059 0,00% -Derrama municipal (1,5%) 1,5% 1.183.004 0,00% -Derrama estadual (3% - 7%) 5,87% 4.625.686 0,00% -

28,37% 22.370.749 0,00% -

Gastos relativas a exercícios anteriores 0,17% 134.330 0,00% -Imparidades não dedutíveis 2,78% 2.190.394 0,00% -Provisões não dedutíveis 0,13% 103.739 0,00% -Contribuição sobre o sector bancário 0,69% 542.241 0,00% -Vendas de imóveis 0,10% 76.490 0,00% -Outros encargos não dedutíveis 0,20% 153.936 0,00% -Eliminação da dupla tributação económica 0,00% - 0,00% -Benefícios fiscais (0,10%) (76.157) 0,00% -Outros valores dedutíveis 0,00% - 0,00% -Dedução de prejuízos fiscais (14,87%) (11.726.639) 0,00% -Derramas municipal e estadual 1,47% 1.155.538 0,00% -Tributações autónomas 0,32% 253.256 (2,75%) 312.922

Impacto do imposto corrente em resultados 19,24% 15.177.877 (2,75%) 312.922

Impacto do imposto diferido em resultados * 10,90% 8.597.456 (10,85%) 1.233.178

Custo com imposto do exercício 30,15% 23.775.333 (13,60%) 1.546.100

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores (0,17%) (136.757) 0,67% (76.686)

Total de custo com imposto 29,97% 23.638.577 (12,93%) 1.469.414

* Ver o detalhe deste montante no quadro relativo ao movimento dos impostos diferidos no exercícios de 2017

31-dez-17 31-dez-16

Descritivo

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 201

16. OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2017, a rubrica “Outros activos - Suprimentos” diz respeito a suprimentos concedidos à Crédito Agrícola, SGPS, S.A. no total de 145.163.842 Euros. Esta rubrica aumentou 12.000.000 Euros face ao ano anterior, uma vez que foi atribuído no ano mais um suprimento à Crédito Agrícola, SGPS, S.A., conforme se detalha abaixo:

2017 2016

Outros activosOutras disponibilidades 113.402 127.762Ouro e outros metais preciosos 54.627 64.460Aplicações - contas-caução 1.949.551 2.027.145Sector Público Administrativo

IVA a recuperar 3.580.335 2.067.828IMT - reembolsos pedidos - 73.528

Despesas de crédito em contencioso 1.454.398 1.645.374Suprimentos Crédito Agrícola SGPS, S.A. 145.163.842 133.163.842Bonificações a receber 210.993 170.396Devedores diversos - Caixas Associadas 684.102 210.985Devedores diversos - Empresas do Grupo 1.734.179 711.551Outros activos por recuperação de crédito 2.640.905 9.027.604Outros devedores diversos Outros 6.117.751 8.790.046

163.704.085 158.080.521

Rendimentos a receberPor compromissos irrevogáveis assumidos 11.254 29.354Por serviços bancários prestados 1.707.958 1.521.751Outros rendimentos a receber 111.347 110.514

1.830.559 1.661.619

Despesas com encargo diferidoSeguros 243.354 245.637Rendas e alugueres 161.351 190.788Contribuições para o Fundo de Resolução - -Outras 152.300 201.851

557.005 638.276

Valores a regularizarPosição cambial - 697.133Operações sobre valores mobiliários a regularizar 75.315.540 6.560.879ATM a regularizar 1.324.135 1.193.835Compensação de valores 26 6.100Facturação SIBS 35.085 33.063Acordos protocolares 1.803.240 1.288.686Sistemas informáticos 1.370.242 1.228.477Outras operações a regularizar 6.691.312 3.018.025

86.539.580 14.026.198

252.631.229 174.406.614

Imparidade – Outros activosImóveis-P/recuperação crédito (951.442) (1.277.156)Devedores e outras aplicações (2.650.834) (2.872.210)

(3.602.276) (4.149.366)

249.028.953 170.257.248

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 202

O valor registado na rubrica de “Outros activos por recuperação de crédito” em 31 de Dezembro de 2017, tal como sucedia a 31 de Dezembro de 2016, respeita a imóveis que, apesar de haver intenção de venda, por apresentarem “ónus” impeditivos de venda, não podem estar classificados como “Activos não correntes detidos para venda” por aplicação do parágrafo 7 da IFRS 5.

Em 31 de Dezembro de 2017, a rubrica “Outros Devedores diversos” variou 2.672.295 Euros face ao final do ano anterior. Uma parte substancial desta variação (1.850.000 Euros) deveu-se à redução da dívida do fundo de investimento imobiliário CA Património Crescente perante a Caixa Central em resultado do respectivo reembolso por parte do fundo.

Em 31 de Dezembro de 2017, encontra-se registado um saldo relevante na rubrica “Operações sobre valores mobiliários a regularizar” (75.315.540 Euros), o qual aumentou em 68.754.661 Euros face ao final do ano anterior. O aumento deste saldo deveu-se essencialmente a operações fora de Bolsa (compras e vendas) realizadas por conta e em nome de clientes, encontrando-se compensados pelos saldos credores constante no passivo em “Outros passivos” na rubrica “Operações sobre valores mobiliários a regularizar” (ver nota 22). O acréscimo prende-se com o aumento corrente da actividade no final de 2017 de operações e posições, não encerradas antes do final do exercício, aumentando as situações pendentes de regularização. Os saldos desta rubrica são regularizados num curto de espaço de dias, pelo que a 3 de Janeiro de 2018 se encontram maioritariamente regularizados.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o saldo da rubrica “Outras operações a regularizar” inclui movimentos às contas dos correspondentes de depósitos à ordem, nomeadamente em moeda estrangeira realizadas por clientes da Caixa Central, que ficam a aguardar a data-valor do movimento para serem realizados. Estes montantes foram regularizados na sua maioria no início de Janeiro de 2018 e 2017, respectivamente.

Entidade Montante Data de início Prazos de reembolso TaxaCrédito Agrícola SGPS, S.A. 24.000.000 11-12-2015Crédito Agrícola SGPS, S.A. 5.000.000 28-04-2016Crédito Agrícola SGPS, S.A. 102.163.842 31-10-2016Crédito Agrícola SGPS, S.A. 2.000.000 26-12-2016Crédito Agrícola SGPS, S.A. 12.000.000 26-06-2017Total 145.163.842

1 ano, com renovações automáticas de igual

período

Taxa fixa 0,5%

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 203

17. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica tem a seguinte composição:

No quadro abaixo detalhamos os empréstimos concedidos pelo Banco de Portugal que se encontram incluídos nesta rubrica:

O empréstimo concedido pelo Banco de Portugal com data reembolso de Janeiro de 2018 já foi liquidado pela Caixa Central.

18. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Na rubrica de empréstimos de instituições de crédito no estrangeiro, encontra-se registado um montante de 50 milhões de Euros, cuja operação está englobada numa linha de crédito do Banco Europeu de Investimento (BEI), destinada ao financiamento de investimentos de médio e longo prazo para pequenas e médias empresas a operar em Portugal.

31-dez-17 31-dez-16Recursos do Banco de Portugal

Empréstimos 1.693.366.252 1.323.139.865Juros a pagar 14.441 20.245

1.693.380.693 1.323.160.110

Entidade Montante Data de início Data de reembolso Taxa

Banco de Portugal 385.200.000 29-06-2016 24-06-2020 0%Banco de Portugal 1.283.160.000 29-03-2017 24-03-2021 0%Banco de Portugal * 25.006.252 21-12-2017 11-01-2018 1,89%Total 1.693.366.252

* Empréstimo concedido em USD 30.000.000

31-dez-2017 31-dez-2016

Recursos de instituições de crédito no paísDepósitos

Caixas Associadas 5.718.715.345 5.456.604.966 Outros 165.358.602 194.057.785

5.884.073.947 5.650.662.751Recursos de instituições de crédito no estrangeiro

Outras instituições de créditoDepósitos 3.306.107 1.160.242Empréstimos 50.000.000 50.000.000

53.306.107 51.160.242

Juros a pagar Caixas Associadas 10.649.190 16.179.609 Outros 78.138 416.726

5.948.107.382 5.718.419.329

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 204

Adicionalmente, realça-se que o aumento desta rubrica é o resultado de operações de reporte em que a Caixa Central entrou durante o ano de 2017.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura:

19. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos apresentavam a seguinte estrutura:

31-dez-2017 31-dez-2016

Até três meses 1.948.079.380 1.936.954.578Entre três meses e um ano 3.845.528.236 3.602.962.995Entre um ano e três anos 32.129.938 25.641.096Entre três e cinco anos 111.642.500 136.264.325Mais de cinco anos - 0

5.937.380.054 5.701.822.994

Juros a pagar 10.727.328 16.596.335

5.948.107.382 5.718.419.329

31-dez-2017 31-dez-2016Depósitos

À ordem 259.173.459 203.081.043A prazo 462.801.196 388.208.554De poupança 7.378.546 5.912.528

Outros recursos de clientes 500 0Cheques e ordens a pagar 725.142 2.669.064Outros 46.066 46.066

730.124.909 599.917.255

Juros a pagar 843.134 707.765

730.968.043 600.625.020

31-dez-2017 31-dez-2016

Até três meses 418.418.962 495.816.256Entre três meses e um ano 306.377.776 99.381.762Entre um ano e três anos 1.054.862 823.655Entre três e cinco anos 108.148 163.085Mais de cinco anos 4.165.161 3.732.497Duração Indeterminada -

730.124.909 599.917.255

Juros a pagar 843.134 707.765730.968.043 600.625.020

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 205

20. PROVISÕES E IMPARIDADE

O movimento ocorrido nas provisões e imparidades da Caixa Central durante os exercícios 2017 e 2016 foi o que se demonstra nos quadros abaixo. Note-se que os movimentos de 2016 relativos à imparidade do crédito a clientes, bem como à provisão para garantias e compromissos irrevogáveis, foram ajustados para efeitos de comparabilidade, conforme explicado na nota 2.2.

Conforme resulta do quadro acima, verificou-se em 2017 uma diminuição das imparidades para crédito a clientes de aproximadamente 14.000 milhares de Euros, a qual resultou essencialmente de abates e da evolução do risco associado à carteira de crédito, cuja avaliação foi realizada por aplicação dos critérios do modelo de imparidade do GCA, tal como descritos na nota 2.3 d) do presente documento.

De igual modo, foi feita no decurso do ano de 2017 uma avaliação das imparidades para garantias prestadas e compromissos irrevogáveis registados em rubricas extrapatrimoniais, tendo da aplicação do modelo de imparidade a tais exposições resultado uma diminuição da imparidade a rondar os 2.895 milhares de Euros.

Adicionalmente, verificou-se em 2017 um reforço líquido da imparidade para fundos de investimento imobiliário classificados como “Activos Financeiros Disponíveis para Venda” num valor a aproximado de 6.274 milhares de Euros.

Ao nível das provisões, realça-se que a “Provisões para outros riscos e encargos”, no montante total de 2.161.216 Euros, corresponde essencialmente a (i) a uma estimativa para prémios de desempenho a pagar em 2018 (1.468.786 Euros) e (ii) a uma provisão para processos judiciais (682.143 Euros).

31-dez-16 31-dez-17

Descritivo Saldo final Reforços Reposições e anulações

Utilizações e abates Transf. Ajust. por dif.

cambiais Saldo final

Imparidades

Imparidade para Activos Financeiros Disponíveis para Venda (Nota 7): - Intrumentos de dívida - - - - - - - - Intrumentos de capital 128.610.705 11.361.994 (2.510.716) - (2.577.631) (1) 134.884.351 - Outros títulos - - - - - - -Imparidade para Crédito a Clientes (Nota 9) 147.671.969 78.122.134 (80.706.091) (11.402.088) - - 133.685.923Imparidade devedores e outras aplicações (Nota 16) 2.872.210 566.042 (262.504) (524.913) - - 2.650.834Imparidades para Investimentos em Filiais, Associadas e Emp. Conjuntos (Nota 14)

6.484 - - - - - 6.484

Outras imparidades:- Activos não Correntes Detidos para Venda (Nota 11) 6.369.148 2.059.068 (18.605) (4.225.412) - - 4.184.199- Outros Activos Tangíveis (Nota 12) 94.811 - (51.324) - - - 43.487- Outros activos (Nota 16) 1.277.156 346.302 (58.900) (613.116) - - 951.442

286.902.482 92.455.540 (83.608.141) (16.765.529) (2.577.631) (1) 276.406.720

Provisões

- Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis 5.680.263 4.977.980 (6.504.492) - - - 4.153.751- Outros riscos e encargos 1.795.490 1.734.306 (1.368.580) - - - 2.161.216

7.475.753 6.712.286 (7.873.072) - - - 6.314.967

Totais 294.378.235 99.167.826 (91.481.213) (16.765.529) (2.577.631) (1) 282.721.687

2017

31-dez-15 01-jan-16 31-dez-16

Descritivo Saldo final Adopção IAS/IFRS * Saldo inicial Reforços Reposições e

anulações Utilizações Transf. Ajust. por dif. cambiais Saldo final

Imparidades

Imparidade para Activos Financeiros Disponíveis para Venda (Nota 7): - Intrumentos de dívida - - - - - Intrumentos de capital 101.587.437 - 101.587.437 30.273.494 (2.899.964) - - (350.262) 128.610.705 - Outros títulos - - - -Imparidade para Crédito a Clientes (Nota 9) 187.465.742 (9.438.191) 178.027.551 14.829.938 - (45.477.446) - 291.926 147.671.969Imparidade devedores e outras aplicações (Nota 16) 2.839.938 - 2.839.938 248.013 (25.337) (190.405) 2.872.210Imparidades para Investimentos em Filiais, Associadas e Emp. Conjuntos (Nota 14)

6.484 - 6.484 - - - - - 6.484

Outras imparidades:- Activos não Correntes Detidos para Venda (Nota 11) 5.229.703 - 5.229.703 2.444.701 (1.318.391) - 13.135 - 6.369.148- Outros Activos Tangíveis (Nota 12) - - - 94.811 - - - - 94.811- Outros activos (Nota 16) 1.067.615 - 1.067.615 248.013 (25.337) (13.135) 1.277.156

298.196.919 (9.438.191) 288.758.728 48.138.970 (4.269.029) (45.667.851) - (58.336) 286.902.482

Provisões

- Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis - 4.601.347 4.601.347 1.103.366 - - - (24.449) 5.680.263- Outros riscos e encargos 4.776.788 - 4.776.788 1.375.870 (4.277.168) (80.000) - 1.795.490

4.776.788 4.601.347 9.378.135 2.479.236 (4.277.168) (80.000) - (24.449) 7.475.753

Totais 302.973.707 (4.836.844) 298.136.863 50.618.205 (8.546.197) (45.747.851) - (82.785) 294.378.235

2016

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 206

21. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

A duração residual dos empréstimos subordinados em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 está compreendida entre 3 e 5 anos.

Apresentam-se no quadro abaixo as características principais do empréstimo subordinado em 31 de Dezembro de 2017:

Nos exercícios de 2017 e 2016, não se verificou a constituição, reembolso ou liquidação de empréstimos subordinados emitidos pela Caixa Central, mantendo-se em balanço o valor total do empréstimo subordinado, subscrito na sua totalidade pelas Caixas de Crédito Agrícola associadas, no montante de 20 milhões de euros, com vencimento em 2020.

31-dez-17 31-dez-16

Empréstimos subordinados:Não titulados 20.000.000 20.000.000

20.000.000 20.000.000

Juros a Pagar 218.342 218.342

20.218.342 20.218.342

31-dez-16 31-dez-17

Descrição Moeda Data de vencimento

Data de vencimento

dos juros

Taxa de juro em vigor Saldo inicial Reembolso Emissão Saldo final

Empréstimo Subordinado Euro 28-03-2020 28-09-2017 4,137% 20.000.000 - - 20.000.000

20.000.000 - - 20.000.000

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 207

22. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

O valor mais significativo registado em “Outros passivos” respeita à rubrica de “Operações sobre valores mobiliários a regularizar”, cujo saldo ascende a 75.315.043 Euros em 31 de Dezembro de 2017. Este valor respeita na totalidade aos saldos credores de operações dentro e fora de Bolsa (compras e vendas) realizadas por conta e em nome de clientes, encontrando-se compensado na sua quase totalidade pelos saldos devedores incluídos em “Outros activos”, mais concretamente na rubrica “Operações sobre valores mobiliários a regularizar” (ver nota 16).

A rubrica de “Outras operações a regularizar – transf. electrónicas” apresenta igualmente um saldo significativo em 31 de Dezembro de 2017, respeitando esse saldo a transferências bancárias a expedir na respectiva data-valor, através do Banco de Portugal.

31-dez-2017 31-dez-2016

Credores e outros recursosOutros recursos 3.709.052 3.155.475Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 830.991 752.778Contribuições para a Segurança Social 487.580 464.776

Cobranças por conta de terceiros 33.634 31.317Contribuições para outros sistemas de saúde 98.360 91.345Credores diversos

Credores por fornecimento de bens (locação financeira) 2.124.221 2.324.885Credores por fornecimento de bens (empresas grupo) 1.259.145 738.643Credores por fornecimento de bens (outros) 2.154.938 896.588Credores diversos - parcelas a realizar em títulos subscritos 799.140 875.113Outros credores - Caixas Associadas 535.829 630.809Outros credores 1.380.345 2.517.719

13.413.235 12.479.448

Responsabilidades com pensões e outros benefíciosResponsabilidades totais 7.680.620 7.538.863Valor patrimonial do fundo de pensões (7.609.570) (7.311.314)

71.050 227.549

Encargos a pagarPor gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 3.339.094 3.106.514Prémio de antiguidade 2.817.268 2.796.078Outros - -

Outros 515.484 757.572 Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 59.922 44.548Rendas 70.416 71.576Outras 194.186 217.493 Valores a regularizarPosição cambial 1.291 -Operações cambiais a liquidar 651.949 -Operações sobre valores mobiliários a regularizar 75.315.043 3.389.429IRC - Pagamentos por conta - -Outras operações a regularizar - transf. electrónicas 37.519.059 25.757.509Outras operações a regularizar - acordos protocolares 22.989 657.484Outras operações a regularizar 5.893.718 7.717.603

126.400.419 44.515.806

139.884.704 57.222.803

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 208

Dos valores a regularizar consta também a rubrica “Outras operações a regularizar – acordos protocolares”, cujos saldos respeitam a valores cobrados a clientes da Caixa Central ao abrigo dos acordos protocolares celebrados entre esta e outras entidades, tendo sido regularizados nos primeiros dias de Janeiro de 2018 e 2017, respectivamente.

Por fim, o saldo da rubrica “Outras operações a regularizar” inclui movimentos às contas Nostro, nomeadamente em moeda estrangeira, que ficam a aguardar a data-valor do movimento. A maior parte daquele montante respeita a operações com data-valor do início de Janeiro de 2018 e 2017, respectivamente, regularizando-se as operações nesse momento.

23. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Apresentam-se no quadro abaixo as rubricas extrapatrimoniais associadas a garantias prestadas, compromissos irrevogáveis e outras responsabilidades por serviços prestados:

Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, a rubrica extrapatrimonial de “Activos dados em garantia - títulos” inclui o valor dos títulos incluídos na pool de colateral depositada junto do Banco de Portugal para garantia de operações de financiamento junto do Eurosistema. Esta rubrica inclui ainda títulos dados em garantia para cobertura de operações de reporte contratadas junto de outras instituições financeiras não residentes.

A rubrica extrapatrimonial de “Compromissos irrevogáveis por compra e venda de títulos” regista os compromissos de compra e venda de títulos, que aguardam liquidação financeira, tendo registado uma redução significativa face a 2016 em virtude da diminuição de operações em aberto no final do ano de 2017.

A totalidade do saldo da rubrica “Compromissos perante terceiros – Por subscrição de títulos” corresponde a tomada firme de papel comercial.

31-dez-17 31-dez-16

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 38.720.381 38.558.366Créditos documentários abertos 1.399.294 2.149.068Activos dados em garantia - títulos 2.544.221.086 2.089.959.518Outros passivos eventuais 17.494 17.494

Compromissos perante terceirosPor linhas de crédito Compromissos irrevogáveis 106.278.445 68.709.917Compromissos revogáveis 87.244.808 74.851.023Compromissos irrevogáveis por compra e venda de títulos - 12.450.743

Por subscrição de títulos 45.012.411 48.113.169

Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores 913.539 589.642

Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 1.527.539.214 1.319.543.776Valores recebidos para cobrança 21.167.758 21.988.493Outras 7.944.461 13.986.959

4.380.458.891 3.690.918.168

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 209

Adicionalmente, realça-se a variação da rubrica “Compromissos irrevogáveis” no montante de 37.569 milhares de Euros, a qual se justifica pelo aumento do limite de crédito autorizado, mas não utilizado, em contas correntes caucionadas e em outros empréstimos a residentes. De realçar igualmente o aumento na rubrica “Compromissos revogáveis” no montante de 12.394 milhares de Euros, o qual resultou da introdução de limites indicativos (entenda-se “plafonds”) associados a operações de locação financeira.

Por fim, é igualmente relevante mencionar no âmbito dos passivos contingentes as potenciais responsabilidades com o Fundo de Resolução, do qual é parte integrante a Caixa Central, conforme descrito na nota 44 deste anexo. À data não há registo de passivos contingentes.

24. CAPITAL

O capital estatutário da Caixa Central, dividido e representado por títulos de capital nominativos, com o valor unitário de 5 Euros, ascende a 303.519.395 Euros em 31 de Dezembro de 2017, sendo detido em 100% pelas Caixas de Crédito Agrícolas que compõem o SICAM. Em 31 de Dezembro de 2017, os capitais próprios da Caixa Central totalizam 327.110.895 Euros (229.398.823 Euros em 2016).

No exercício de 2017, para dar cumprimento ao artigo 6.º dos Estatutos da Caixa Central, o seu capital estatutário registou um aumento de 321.015 Euros referente às seguintes Caixas de Crédito Agrícola: Vila Verde e Terras do Bouro (97.255 Euros), Área Metropolitana do Porto (83.205 Euros), Terras de Miranda do Douro (56.055 Euros), Oliveira do Hospital (47.675 Euros) e Beira Centro (36.825 Euros).

O Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo (RJCAM) actualmente em vigor encontra-se previsto no Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho, o qual obrigou à adequação dos Estatutos da Caixa Central de acordo com as disposições do mesmo. Dessa forma, ainda no decorrer do ano de 2009, os Estatutos da Caixa Central foram alterados e aprovados em Assembleia Geral, realizada no dia 12 de Dezembro de 2009, de forma a sujeitar a uma decisão da Assembleia Geral a exoneração dos associados, motivo pelo qual manteve a classificação como capital dos títulos nominativos subscritos pelas Caixas de Crédito Agrícolas que integram o SICAM. De acordo com as disposições da IAS 32, enquanto não se procedesse à alteração dos Estatutos da Caixa Central no sentido acima descrito, poderia estar em causa a necessidade de classificar uma parte do capital como passivo.

Assim, de acordo com o artigo 10º dos Estatutos da Caixa Central, as condições de exoneração são as seguintes:

As associadas podem exonerar-se decorridos três anos contados da data da sua admissão, mediante denúncia.

A exoneração torna-se eficaz no último dia do ano seguinte àquele durante o qual tiver a associada comunicado ao Conselho Geral e de Supervisão da Caixa Central a sua vontade de se exonerar.

Pode, ainda, a Caixa Central condicionar a eficácia da exoneração à prévia satisfação pela Caixa de Crédito Agrícola de todas as suas obrigações para com a Caixa Central, o que deve ser comunicado à associada no prazo de 90 dias, contados da recepção da denúncia, vencendo-se e tornando-se exigíveis na data da exoneração as obrigações com prazo ulterior de vencimento.

No caso do número anterior, vencem-se, igualmente, e na mesma data, todas as obrigações da Caixa Central para com a associada.

A associada exonerada terá direito ao reembolso dos seus títulos de capital pelo seu valor contabilístico à data da eficácia da exoneração, após a exclusão das reservas obrigatórias.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 210

Em cada ano, só podem ser reembolsados títulos de capital que não impliquem a redução do capital social da Caixa Central para valor inferior do registado no Banco de Portugal.

É da competência da Assembleia Geral da Caixa Central aprovar os termos, prazos e condições de reembolso.

A associada que se exonerar não poderá ser readmitida sem que passem três anos sobre a data em que a exoneração se tornou eficaz, salvo deliberação em contrário da Assembleia Geral da Caixa Central.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 211

Em 31 de Dezembro de 2017, a estrutura do capital societário da Caixa Central é a seguinte:

Nº de títulos de capital Montante Participação no

capital (em %)

CCAM de Pombal, CRL 5.582.966 27.914.830 9,20%CCAM Costa Azul, CRL 2.851.905 14.259.525 4,70%CCAM Batalha, CRL 2.300.054 11.500.270 3,79%CCAM de Alcobaça, Cartaxo, Nazaré, Rio Maior e Santarém, CRL 1.804.830 9.024.150 2,97%CCAM do Noroeste, CRL 1.780.116 8.900.580 2,93%CCAM Açores, CRL 1.661.832 8.309.160 2,74%CCAM C. da Rainha, Óbidos e Peniche, CRL 1.589.699 7.948.495 2,62%CCAM Alto Cávado e Basto, CRL 1.589.246 7.946.230 2,62%CCAM do Baixo Mondego, CRL 1.576.674 7.883.370 2,60%CCAM da Serra da Estrela, CRL 1.563.356 7.816.780 2,58%CCAM Alto Douro, CRL 1.420.538 7.102.690 2,34%CCAM Terras Sousa, Ave, Basto e Tâmega, 1.280.355 6.401.775 2,11%CCAM de São Teotónio, CRL 1.272.506 6.362.530 2,10%CCAM do Algarve, CRL 1.215.671 6.078.355 2,00%CCAM de Cantanhede e Mira, CRL 1.142.477 5.712.385 1,88%CCAM do Baixo Vouga, CRL 1.078.802 5.394.010 1,78%CCAM de Trás-os-Montes e Alto Douro, CRL 1.058.837 5.294.185 1,74%CCAM da Zona do Pinhal, CRL 986.783 4.933.915 1,63%CCAM P. Varzim, V. Conde e Esposende, CR 985.505 4.927.525 1,62%CCAM Beja e Mértola, CRL 949.894 4.749.470 1,56%CCAM do Douro e Côa, CRL 935.503 4.677.515 1,54%CCAM Alcácer-Sal e Montemor-Novo, CRL 894.550 4.472.750 1,47%CCAM do Sotavento Algarvio, CRL 878.637 4.393.185 1,45%CCAM Loures, Sintra e Litoral, CRL 835.628 4.178.140 1,38%CCAM Alenquer, CRL 814.818 4.074.090 1,34%CCAM do Guadiana Interior, CRL 749.861 3.749.305 1,24%CCAM Porto de Mós, CRL 744.040 3.720.200 1,23%CCAM Coimbra, CRL 738.391 3.691.955 1,22%CCAM Costa Verde, CRL 704.233 3.521.165 1,16%CCAM Coruche, CRL 688.095 3.440.475 1,13%CCAM Alentejo Central, CRL 684.978 3.424.890 1,13%CCAM Lourinhã, CRL 679.585 3.397.925 1,12%CCAM Vale do Dão e Alto Vouga, CRL 666.047 3.330.235 1,10%CCAM de Vale de Sousa e Baixo Tâmega, CR 662.235 3.311.175 1,09%CCAM do Vale do Távora e Douro, CRL 627.690 3.138.450 1,03%CCAM Ribatejo Norte e Tramagal, CRL 611.908 3.059.540 1,01%CCAM Cadaval, CRL 610.485 3.052.425 1,01%CCAM Vagos, CRL 604.072 3.020.360 1,00%CCAM Oliveira Azeméis e Estarreja, CRL 601.192 3.005.960 0,99%CCAM de Moravis, CRL 568.520 2.842.600 0,94%CCAM Albufeira, CRL 564.599 2.822.995 0,93%CCAM Beira Douro, CRL 546.840 2.734.200 0,90%CCAM Vila Franca de Xira, CRL 533.648 2.668.240 0,88%CCAM Sobral de Monte Agraço, CRL 505.202 2.526.010 0,83%CCAM Elvas e Campo Maior, CRL 497.618 2.488.090 0,82%CCAM Salvaterra de Magos, CRL 456.720 2.283.600 0,75%CCAM de Silves, CRL 453.635 2.268.175 0,75%CCAM Pernes, CRL 452.213 2.261.065 0,74%CCAM Ferreira do Alentejo, CRL 439.304 2.196.520 0,72%CCAM Médio Ave, CRL 435.241 2.176.205 0,72%CCAM de Terras de Viriato, CRL 431.415 2.157.075 0,71%CCAM Região do Fundão e Sabugal, CRL 422.870 2.114.350 0,70%CCAM da Terra Quente, CRL 418.728 2.093.640 0,69%CCAM S. Bart. Messin. e S. Marcos Serra, 407.946 2.039.730 0,67%CCAM Nordeste Alentejano, CRL 363.718 1.818.590 0,60%CCAM Arouca, CRL 351.595 1.757.975 0,58%CCAM da Bairrada e Aguieira, CRL 336.098 1.680.490 0,55%CCAM Arruda dos Vinhos, CRL 327.527 1.637.635 0,54%CCAM Mogadouro e Vimioso, CRL 319.418 1.597.090 0,53%CCAM Sousel, CRL 311.807 1.559.035 0,51%CCAM Estremoz, CRL 274.938 1.374.690 0,45%CCAM Paredes, CRL 264.868 1.324.340 0,44%CCAM Aljustrel e Almodovar, CRL 252.845 1.264.225 0,42%CCAM Borba, CRL 252.522 1.262.610 0,42%CCAM de Albergaria e Sever, CRL 249.130 1.245.650 0,41%CCAM Azambuja, CRL 227.357 1.136.785 0,37%CCAM Oliveira do Bairro, CRL 225.882 1.129.410 0,37%CCAM de Lafões, CRL 224.390 1.121.950 0,37%CCAM da Beira Baixa (Sul), CRL 218.802 1.094.010 0,36%CCAM Vila Verde e Terras do Bouro, CRL 204.443 1.022.215 0,34%CCAM Anadia, CRL 198.639 993.195 0,33%CCAM Vale de Cambra, CRL 194.962 974.810 0,32%CCAM Terras de Miranda do Douro, CRL 189.289 946.445 0,31%CCAM Área Metropolitana do Porto, CRL 169.949 849.745 0,28%CCAM do Ribatejo Sul, CRL 165.072 825.360 0,27%CCAM Beira Centro, CRL 161.639 808.195 0,27%CCAM do Norte Alentejano, CRL 148.242 741.210 0,24%CCAM Alcanhões, CRL 146.814 734.070 0,24%CCAM Oliveira do Hospital, CRL 139.927 699.635 0,23%CCAM Serras de Ansião, CRL 127.141 635.705 0,21%CCAM Entre Tejo e Sado, CRL 98.372 491.860 0,16%

Totais 60.703.879 303.519.395 100%

Entidade

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 212

25. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte decomposição:

De notar que os comparativos apresentados com referência a 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 encontram-se ajustados em resultado da adopção das IAS/IFRS em 2017, conforme descrito em detalhe na nota 2.2 do presente anexo.

No segundo semestre de 2017 a CCCAM alienou os títulos reclassificados em 2016 da carteira de “Activos financeiros detidos para venda” para “Investimentos detidos até à maturidade” diminuindo assim as valias potenciais (38.722.323 Euros).

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 30 de Junho, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa Central e as Caixas de Crédito Agrícola constituem um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Existindo prejuízos acumulados de anos anteriores, o valor do lucro do exercício, após reversão dos mínimos legais para as reservas obrigatórias, é na sua totalidade utilizado para cobertura dos prejuízos registados em resultados transitados, até que estejam totalmente cobertos.

A rubrica de “Outras reservas” detalha-se do seguinte modo: (i) reserva para formação e educação cooperativa (112.229 Euros); (ii) reserva para mutualismo (62.350 Euros); e (iii) reservas por diferenças no reembolso de capital (1.035.984 Euros).

31-dez-17 31-dez-16 01-jan-16Reservas de reavaliação:

Reservas resultantes da valorização ao justo valor:De activos financeiros disponíveis para venda:

Valias potenciais 17.673.174 (38.008.241) (17.328.394)Impostos diferidos (3.721.304) 9.286.052 4.557.827

13.951.870 (28.722.189) (12.770.567)

Reservas de reavaliação dos ativos fixos 460.988 460.988 460.998Impostos diferidos da reavaliação dos ativos fixos (28.736) (30.133) (34.104)Outras reservas de reavaliação – fundo de pensões (Nota 40) 408.715 161.082 654.290Outros (760.401) - -

80.566 591.937 1.081.184

Total reserva de reavaliação 14.032.436 (28.130.252) (11.689.383)

Outras reservas 1.210.563 4.765.644 4.765.644Resultados transitados (46.879.869) (37.601.288) (37.352.613)

(45.669.306) (32.835.644) (32.586.969)

Lucro do exercício 55.228.370 (12.833.661) -

23.591.500 (73.799.557) (44.276.352)

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 213

26. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Juros de disponibilidades em bancos centrais

Depósitos à ordem no Banco de Portugal - 14.218- 14.218

Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito

Disponibilidades em instituições de crédito no país - -Disponibilidades em instituições de crédito no estrangeiro 5.316 3.895

5.316 3.895

Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 2.152.641 2.196.552Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro 0 0

2.152.641 2.196.552

Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por valores mobiliáriosCrédito interno

Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos 4.923 39.867Empréstimos 16.884.513 17.488.627Créditos em conta corrente 840.316 1.136.638Descobertos em depósitos à ordem 49.116 57.448Operações de locação financeira

Mobiliária 1.804.500 1.955.492Imobiliária 543.040 586.377

Cartão de crédito 33.565 11.415Papel comercial 4.474.103 4.788.203

ParticularesHabitação 2.612.957 2.818.226Consumo 2.482.577 2.568.589Outras finalidades

Empréstimos 541.093 617.928Créditos em conta corrente 14.761 25.478Descobertos em depósitos à ordem 18.319 30.259Operações de locação financeira 307.237 286.801

Crédito externoEmpresas e administrações públicas

Empréstimos - 136Descobertos em depósitos à ordem - -

ParticularesHabitação 115.318 102.906Outros créditos - -Consumo

Cartão de crédito 13.271 9.798Outros créditos 1.808 1.349

Outras finalidades - -Empréstimos 19.316 810Descobertos em depósitos à ordem 240 253

30.760.970 32.526.599

Juros de crédito vencido 346.215 539.577

119.802 101.900

Juros de activos financeiros detidos para venda 33.172.785 68.175.572

Juros de investimentos detidos até à maturidade

Títulos de dívida emitidos por residentes 52.398.217 21.817.768Títulos de dívida emitidos por não residentes 48.235.507 25.557.328

100.633.724 47.375.097

Outros juros e rendimentos similares 1.559.086 1.107.962

168.750.539 152.041.371

Juros de outros activos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados

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Anexos 214

A variação da rubrica de Juros e rendimentos similares é essencialmente explicada pelo aumento dos juros de títulos.

27. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Os juros de passivos financeiros de negociação correspondem a swaps de taxa de juro.

A variação dos Juros e encargos similares é essencialmente explicada pela diminuição de juros de outras Instituições de Crédito compensada pela amortização do prémio das operações sobre sobre obrigações.

28. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Em 2016 a CA SGPS distribuiu dividendos no montante de 7.794.390 Euros. Em 2017 não existiu qualquer distribuição de dividendos, explicando assim a variação da rubrica.

31-dez-17 31-dez-16Juros de recursos de bancos centrais 38.870 357.573

Juros de recursos de outras instituições de créditoNo país 30.895.630 46.511.591No estrangeiro 15.947 38.300

30.911.577 46.549.891

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 1.424.054 1.548.334

Juros de passivos financeiros de negociação 91.600 73.673

Juros de passivos subordinados 838.892 841.190

96.761.581 82.396.036

Outros juros e encargos similares 576.395 352.723

130.642.969 132.119.420

Amortização do prémio das operações sobre obrigações no mercado de capitais

31-dez-17 31-dez-16Activos financeiros disponíveis para venda

Emitidos por residentes 280.376 316.442Emitidos por não residentes 26.494 5.751

306.870 322.193

Investimentos em filiais, associadas e emp. conjuntosNo país

Investimentos em filiais:Crédito Agrícola S.G.P.S. - 7.794.390

- 7.794.390

306.870 8.116.583

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Anexos 215

29. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Por garantias prestadasGarantias e avales 527.454 496.805Créditos documentários abertos 80.121 65.316

607.575 562.121

Por compromissos assumidos perante terceirosCompromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 431.835 577.420Outros compromissos irrevogáveis 8.840 1.230.753

440.676 1.808.172

Por serviços prestadosDepósito e guarda de valores 4.413.190 3.841.355Cobrança de valores 700.427 665.403

Comissão de gestão - 87.529Transferência de valores 4.516.830 3.873.205Gestão de cartões 17.726 17.545Anuidades 360.985 385.891Montagem de operações 3.046.988 109.106Operações de crédito

Outras operações de crédito 1.560.093 1.652.000Outros serviços prestados

Outras comissões interbancárias 2.221.418 2.534.080Comissões de intermediação 184.746 154.622Colocação e comercialização 6.494.334 5.984.883Outros 5.502.776 5.925.672

29.019.512 25.231.291

Por operações realizadas por conta de terceirosSobre títulos

Em operações de Bolsa 96.052 80.058Em operações fora de Bolsa 8.467 1.917

Outras operações realizadas por conta de terceiros - -104.519 81.975

Outras comissões recebidas 1.039.095 1.272.743

31.211.376 28.956.302

Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 216

30. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Os ganhos e perdas de justo valor acima reflectidos respeitam a swaps de taxa de juro e a forwards cambiais classificados como derivados de negociação.

32. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Por serviços bancários prestados por terceirosDepósito e guarda de valores 1.127.945 1.034.506Operações de crédito 1.101.357 1.128.534Cobrança de valores 63.287 46.079

2.292.590 2.209.119

Por operações realizadas por terceiros 197.958 155.572197.958 155.572

Outras comissões pagasCartões 1.873.018 1.701.820Comissões de intermediação 2.957.982 2.535.559Outras 1.112.932 1.109.730

5.943.933 5.347.109

8.434.480 7.711.800

Ganhos Perdas Líquido Ganhos Perdas LíquidoActivos financeiros detidos para negociação

Títulos - - - - - -

Derivados de negociação 514.998 (552.691) (37.693) 714.019 (756.906) (42.886)

Outros activos financ. ao justo valor através de resultados - - - - - --Totais 514.998 (552.691) (37.693) 714.019 (756.906) (42.886)

31-dez-17 31-dez-16Descritivo

31-dez-17 31-dez-16Títulos

Emitidos por residentesInstrumentos de dívida 76.475.320 1.748.139Instrumentos de capital (2.402.901) (3.033.300)

Emitidos por não residentesInstrumentos de dívida (1.339.337) 24.510.136Instrumentos de capital - 12.170.500

72.733.082 35.395.476

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Anexos 217

Os ganhos em instrumentos de divida emitidos por residentes respeitam quase na totalidade a mais-valias obtidas na alienação de Obrigações do Tesouro (OT) e Bilhetes do Tesouro (BT) emitidos pelo Estado Português (75.512.698 Euros), respeitando o resultado remanescente a mais-valias obtidas na venda de títulos de dívida emitidos por outras entidades residentes (962.622 Euros).

As perdas em instrumentos de dívida emitidos por não residentes respeitam a menos-valias na alienação de títulos, sendo que 6.191.207 Euros dizem respeito a vendas de títulos de dívida de emissores públicos estrangeiros e 4.851.870 a mais-valias obtidas com a venda de outros títulos de dívida.

33. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Os resultados registados nesta rubrica respeitam à reavaliação cambial dos activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira, de operações cambiais à vista.

Sendo operações cambiais à vista, as operações em causa vencem-se num prazo inferior ou igual a dois dias úteis.

34. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

As perdas registadas em 2016 em “Activos não correntes detidos para venda” resultam essencialmente da venda de imóveis adquiridos por recuperação de crédito.

31-dez-17 31-dez-16

Resultados de reavaliação cambialOperações cambiais à vista 1.105.081 1.385.774Operações cambiais a prazo - -

1.105.081 1.385.774

31-dez-2017 31-dez-16Resultados em activos não financeiros

Activos não correntes detidos para venda 171.503 (733.275)Outros activos tangíveis (25.310) (470.062)Outros activos 91.311 -

237.504 (1.203.338)

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Anexos 218

35. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Estas rubricas apresentam a seguinte composição:

Sobre os montantes incluídos nesta rubrica, importa notar que a “Anulação de juros vencidos” apenas é registada como “Outros resultados de exploração” quando os juros anulados respeitem ao ano anterior (ou seja, quando o período de 90 dias previsto na Instrução nº 6/2005 do Banco de Portugal apenas se conclua no ano seguinte). Nos casos em que o referido período de 90 dias se complete no mesmo exercício em que os juros são reconhecidos como rédito, a sua anulação é feita directamente na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

A rubrica “Outros encargos e gastos operacionais - CCAM” resulta unicamente da atribuição, pela

Caixa Central às suas associadas, em 2016, de parte do valor recebido na operação de venda das acções da Visa Europe à Visa Inc. (total de 9.206.420 euros registados na rubrica de “resultados de activos financeiros disponíveis para venda”), atendendo ao relevante contributo que as Caixas Agrícolas aportam ao negócio de cartões.

31-dez-17 31-dez-16Outros rendimentos de exploração

Rendas 539.312 575.990Reembolso de despesas 1.549.589 665.156Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 1.246.913 3.780.381Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 1.548.214 1.260.672

Rendimentos da prestação de serviços diversos 286.583 458.835Ganhos relativos a anos anteriores 195.564 330.370Outros 846.696 932.631

6.212.871 8.004.035

Outros encargos de exploração

Quotizações e donativos (107.735) (49.725)Contribuições para o Fundo de Resolução (590.380) (919.295)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (1.318) (771)Anulação de juros vencidos (738.488) (1.298.715)Outros encargos e gastos operacionais - CCAM - (4.313.872)Outros encargos e gastos operacionais (5.735.464) (7.766.089)

(7.173.386) (14.348.467)

(960.515) (6.344.432)

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 219

36. CUSTOS COM PESSOAL

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

O número médio de colaboradores da Caixa Central em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 apresenta a seguinte composição:

Conforme se verifica no quadro acima, houve um reforço do número de colaboradores em praticamente todas as hierarquias. O maior aumento foi ao nível dos quadros técnicos (+15), o qual foi parcialmente compensado por saídas de colaboradores administrativos (-9).

31-dez-17 31-dez-16Salários e vencimentos

Órgãos de Gestão e Fiscalização 1.920.994 1.819.195Empregados 19.194.911 18.300.880

21.115.905 20.120.075

Encargos sociais obrigatórios

Fundos de Pensões (Nota 39) 91.134 46.036Encargos relativos a remunerações

Segurança Social 4.040.223 3.859.202SAMS 890.590 861.782Outros 86.828 57.431

Seguros de acidentes de trabalho 161.788 153.3415.270.563 4.977.791

Outros custos com pessoal

Indemnizações contratuais 1.086 468.789Outros 272.516 271.788

273.602 740.578

26.660.070 25.838.443

Cargo 2017 2016Direcção 40 38Chefias e gerência 43 39Quadros técnicos 195 180Comerciais 31 27Administrativos 105 114Outros 8 8Totais 422 406

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Anexos 220

37. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Os honorários facturados durante o exercício pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

encontram-se discriminados da seguinte forma:

Descritivo

2017

Revisão legal de contas

830.700

Serviços distintos de auditoria exigidos pela legislação aplicável

205.000

31-dez-17 31-dez-16Com fornecimentos

Água energia e combustíveis 453.714 466.420Material de consumo corrente 68.898 69.891Material de higiene e limpeza 37.150 34.376Publicações 67.127 63.784Material para assistência e reparação 3.882 5.197Outros fornecimentos de terceiros 67.610 84.430

698.381 724.098

Com serviçosRendas e alugueres 2.766.562 2.986.648Conservação e reparação 412.424 569.830Comunicações 518.634 513.580Publicidade e edição de publicações 1.223.445 831.896Deslocações, estadas e representação 349.760 387.797Seguros 267.396 426.339Formação de pessoal 658.041 811.051Transportes 30.419 28.525Serviços especializados:

Informática 4.351.516 4.007.232Avenças e honorários 899.501 1.218.204Segurança, vigilância e limpeza 439.251 427.121Informações 822.970 827.789Mão de obra eventual 205.456 190.801Judiciais contencioso e notariado 219.353 870.173Bancos de dados 4.681 7.733Outros serviços especializados:

Serviços multibanco 739.285 1.802.536Avaliadores externos 153.956 76.915Outros serviços terceiros - emp. Grupo 1.071.517 1.044.757Outros serviços de terceiros 4.425.208 3.302.950

19.559.375 20.331.875

20.257.756 21.055.973

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 221

Serviços distintos de auditoria não exigidos pela legislação aplicável

492.850

Totais

1.528.550

Os honorários relativos à revisão legal das contas incluem os serviços no âmbito da emissão dos relatórios sobre a imparidade da carteira de crédito, serviços no âmbito da emissão do Parecer sobre o sistema de controlo interno e serviços de auditoria às Normas Legais e Regulamentares.

Os honorários relativos a serviços distintos de auditoria, que são exigidos pela legislação aplicável, incluem os serviços no âmbito de Procedimentos acordados - Contribuição para o Fundo Único de Resolução e serviços no âmbito da emissão do Dossier de Preços de Transferência.

38. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (ver Nota 14), a Caixa Central consolida com as Caixas de Crédito Agrícola associadas, bem como com outras empresas do GCA.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, as demonstrações financeiras da Caixa Central incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

Associadas Coligadas Caixas Associadas Total Associadas Coligadas Caixas

Associadas Total

Activos:

Activos Financeiros Disponiveis para Venda - 350.974.658 - 350.974.658 - 364.226.471 - 364.226.471Aplicações em Instituições de Crédito - - 1.169.903.150 1.169.903.150 - - 1.051.632.821 1.051.632.821Crédito a Clientes - 61.311.838 245.640 61.557.478 - 60.544.750 189.804 60.734.554Activos Tangíveis e Intangíveis - 6.051.769 - 6.051.769 - 6.049.935 - 6.049.935Investimentos em Filiais, Associadas e Emp. Conj. - 62.500.000 6.484 62.506.484 - 62.500.000 6.484 62.506.484Outros Activos - 147.231.698 684.102 147.915.800 - 134.151.121 210.985 134.362.106

- 628.069.963 1.170.839.376 1.798.909.339 - 627.472.278 1.052.040.095 1.679.512.372

Passivos:

Recursos de Outras Instituições de Crédito - - 5.729.364.535 5.729.364.535 - - 5.472.784.576 5.472.784.576Recursos de Clientes e Outros Empréstimos - 54.521.980 - 54.521.980 5.320.099 66.308.401 - 71.628.500Passivos Subordinados - - 20.218.342 20.218.342 - - 20.218.342 20.218.342Outros Passivos - 1.176.428 1.324.495 2.500.923 - 805.196 1.743.032 2.548.229

- 55.698.407 5.750.907.372 5.806.605.780 5.320.099 67.113.598 5.494.745.949 5.567.179.646

Ganhos:

Juros e Rendimentos Similares - 1.558.353 1.998.284 3.556.637 - 1.572.997 1.860.080 3.433.077Rendimentos de Instrumentos de Capital - - - - - 7.794.390 - 7.794.390Rendimentos de Serviços e Comissões - 3.877.422 6.133.460 10.010.882 - 3.597.249 6.367.298 9.964.546Outros Resultados de Exploração - 1.221.991 415.944 1.637.935 - 406.595 4.948.289 5.354.884

- 6.657.766 8.547.688 15.205.454 - 13.371.231 13.175.666 26.546.897

Perdas:

Juros e Encargos Similares - 180.087 30.811.957 30.992.043 1.958 242.905 46.072.058 46.316.921Encargos com Serviços e Comissões - 25.901 4.709.618 4.735.519 - 35.778 4.094.769 4.130.548Gastos Gerais Administrativos - 6.580.574 2.999 6.583.573 - 7.403.832 28.859 7.432.691

- 6.786.561 35.524.574 42.311.135 1.958 7.682.515 50.195.686 57.880.159

Extrapatrimoniais:

Garantias Prestadas e Outros Passivos Eventuais - 1.579.687 5.678.709 7.258.395 - 1.579.687 4.698.355 6.278.042Garantias Recebidas - - 10.227.269 10.227.269 - - 14.519.495 14.519.495Compromissos Perante Terceiros - 5.355.280 787.387 6.142.667 - 7.336.286 779.391 8.115.676

- 6.934.966 16.693.364 23.628.331 - 8.915.973 19.997.241 28.913.213

31-dez-17 31-dez-16

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 222

Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, o montante de créditos concedidos a membros dos Órgãos Sociais da Caixa Central detalha-se como segue:

39. PENSÕES DE REFORMA

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa Central relativas a empregados no activo e a reformados/pensionistas foram efectuados estudos actuariais pela Companhia de Seguros Crédito Agrícola Vida, S.A..

A contabilização dos benefícios aos empregados rege-se pelas disposições da IAS 19, considerando já as alterações introduzidas pela IAS 19 Revista (IAS 19R), cuja adopção obrigatória ocorreu no exercício de 2013. Em resultado das alterações introduzidas pela IAS19R, as remensurações, anteriormente designadas “desvios actuariais”, passaram a ser reconhecidas em “Outro rendimento integral”.

Em 31 de Dezembro de 2017, o valor acumulado registado em reservas de reavaliação “rendimento integral”, respeitantes a remensurações, era positivo e ascendia a 408.715 Euros (em 2016 era de 161.082 euros, também positivo).

Com as alterações da IAS 19R, passou a ser aplicada uma taxa única às responsabilidades e aos activos do plano, sendo que os resultados com o fundo de pensões passaram a corresponder apenas ao custo corrente e aos gastos líquidos de juros. O impacto em resultados encontra-se registado na rubrica de “Custos com pessoal”, sendo respeitante ao valor dos custos com serviço corrente e do juro líquido, juntamente com prémios de seguros pagos pela Caixa Central a favor dos colaboradores, no montante de 91.134 euros (em Dezembro 2016 era de 46.036 euros) (ver Nota 36).

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades a 31 de Dezembro de 2017 e 2016 foram os seguintes:

31-dez-17 31-dez-16

Pressupostos demográficos

Tábua de mortalidade

TV – 88/90

TV – 88/90

Tábua de invalidez

EVK 80

EVK 80

Idade de reforma

(*)

(*)

Método de avaliação

“Projected Unit Credit"

“Projected Unit Credit"

Pressupostos financeiros

Taxa de desconto:

Descritivo Crédito concedido

Remuneração auferida

Crédito concedido

Remuneração auferida

Conselho Geral e de Supervisão 369.770 306.000 396.530 305.500Conselho de Administração Executivo 227.650 1.792.480 240.217 1.739.000Conselho Consultivo 323.391 57.125 340.514 50.125

Total 920.811 2.155.605 977.261 2.094.625

31-dez-17 31-dez-16

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 223

- Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos

2,30%

2,30%

- Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos

2,10%

2,10%

- Pré-reformados, reformados e pensionistas

1,75%

1,75%

Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios

1,40%

1,40%

Taxa de crescimento das pensões

1,00%

1,00%

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:

- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007

1,40%

1,40%

- de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007

1,40%

1,40%

(*) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013

Detalham-se de seguida os participantes de planos de pensões financiados pelo fundo de pensões:

As responsabilidades com pensões de reforma, cuidados de saúde e prémio de antiguidade em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, assim como a respectiva cobertura, apresentavam o seguinte detalhe:

Nos exercícios de 2017 e 2016, as responsabilidades com serviços passados da Caixa Central de acordo com os estudos actuariais efectuados e os respectivos activos alocados à cobertura das mesmas apresentavam o seguinte detalhe:

31-dez-17 31-dez-16

Trabalhadores no activo e licenças sem vencimento 425 420Pré-reformados 31 31Ex-participantes 1 1Reformados e pensionistas 32 24

Totais 489 476

31-dez-17 31-dez-16

Trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 5.044.705 5.162.531Licenças sem vencimento 139.359 119.867Pré-reformados 1.304.061 1.266.909Reformados e pensionistas 1.192.495 989.556

Totais 7.680.620 7.538.863

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 224

O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo.

De acordo com a IAS 19R, o valor registado em resultados no exercício, inclui o custo do serviço passado e o juro líquido. O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes, custo dos serviços passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações, deduzido do rendimento esperado. Ainda que de pouca materialidade, em 2017. Foi entendimento que os valores registados no exercício referentes aos prémios de seguro pagos e ao rendimento do seguro deveriam ser considerados e integrados no rendimento integral e não em resultados do exercício.

Nos exercícios de 2017 e 2016, os custos com pensões têm a seguinte composição:

Nos exercícios de 2017 e 2016, as remensurações têm a seguinte composição:

De acordo com a Carta Circular do Banco de Portugal nº 106/08/DSBDR de 18 de Dezembro, a partir do exercício de 2008, o custo com o serviço corrente e o juro líquido, passaram a ser registados na rubrica "Custos com pessoal".

O valor das responsabilidades por serviços passado evoluiu da seguinte forma durante o exercício:

31-dez-17 31-dez-16

Estimativa das responsabilidades por serviços passados 7.680.620 7.538.862

Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 7.421.416 7.274.742Cobertura das responsabilidades:

Valor patrimonial do Fundo (Nota 22) 7.609.570 7.311.313

Valor financiado em excesso 188.154 36.571Nível de financiamento 102,5% 100,5%

31-dez-17 31-dez-16

Custo dos juros líquidos 8.262 13.338Custo do serviço corrente 82.872 32.698

91.134 46.036

31-dez-17 31-dez-16

Rendibilidade do fundo 506.962 (15.566)Responsabiidades nas pensões de reforma (259.326) 508.774

247.636 493.208

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 225

O valor do pagamento de benefícios esperado por prazo de maturidade para a globalidade do fundo é o seguinte:

As contribuições estimadas a efectuar em 2018 dependem do montante de responsabilidades que se vier a apurar no final desse exercício.

Para efeitos de contribuição esperada para 2018, o custo normal do plano é calculado tendo por base o método actuarial utilizado na avaliação actuarial (Unit Credit Projectado). Nessa base, o valor da contribuição esperada para a Caixa Central em 2018 é de 333.300 Euros.

Este valor não tem em consideração qualquer estimativa de eventuais desvios actuariais resultantes quer de diferenças entre os pressupostos assumidos e os valores realizados (por exemplo ao nível do rendimento do fundo) quer de alterações de pressupostos.

Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2015 6.684.689

Custo do serviço corrente:Da entidade (CCCAM) 32.698Da contribuição dos participantes (empregados) 207.789

Juro líquido 167.729Remensurações

Alteração de pressupostos financeiros (taxa de desconto) 554.415Alteração de pressupostos demográficos e ganhos e perdas de experiência (45.641)

Pensões pagas pelo fundo de pensões (31.145)Contribuições pagas aos SAMS (31.671)

Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016 7.538.862

Custo do serviço corrente:Da entidade (CCCAM) 82.872Da contribuição dos participantes (empregados) 226.838

Juro líquido 164.405Remensurações

Alteração de pressupostos financeiros (taxa de desconto) 0Alteração de pressupostos demográficos e ganhos e perdas de experiência (259.326)

Pensões pagas pelo fundo de pensões (33.795)Contribuições pagas aos SAMS (39.236)

Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2017 7.680.619

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 226

A duração média das responsabilidades com pensões, tendo em conta os grupos de população criados, foi a seguinte (em anos):

O movimento no Fundo de Pensões durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

2017 2016Duração média das responsabilidades:

Trabalhadores no activo e licenças sem vencimento com idades < 55 anos 27,1 28,1Trabalhadores no activo e licenças sem vencimento com idades >= 55 anos 17,1 17,4Pré-reformados, Reformados e Pensionistas 12,5 12,7

Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2015 6.282.824

Contribuições da Caixa Central 713.560Contribuições dos empregados 207.788Capitais de Seguro recebidos 0Rendimento líquido do Fundo 175.096Prémios de seguro pagos (111.025)

Participação de resultados no seguro 105.886Pensões de reforma e sobrevivência pagas (31.145)Contribuições pagas pelo fundo de pensões aos SAMS (31.671)

Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016 7.311.313

Contribuições da Caixa Central 0Contribuições dos empregados 226.838Capitais de Seguro recebidos 3.770Rendimento líquido do Fundo 181.111Prémios de seguro pagos (151.583)Participação de resultados no seguro 111.151Pensões de reforma e sobrevivência pagas (33.795)Contribuições pagas pelo fundo de pensões aos SAMS (39.236)

Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2017 7.609.568

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 227

a) Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os activos que integram o Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, valorizados ao justo valor, são compostos por:

b) De acordo com o relatório actuarial do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola Mútuo, no ano de 2017 e 2016, a rentabilidade da carteira de activos foi:

c) Riscos associados aos benefícios do plano:

O Plano garante pensões em caso de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e sobrevivência, de acordo com o definido no Acordo Colectivo de Trabalho das Instituições do Crédito Agrícola Mútuo. No que se refere ao pagamento de pensões trata-se de um plano complementar à Segurança Social. O plano prevê ainda o pagamento de contribuições para os serviços de assistência médico-social pós-emprego.

Neste sentido, os riscos associados aos benefícios do plano são os seguintes:

- Risco de dependência dos benefícios dos regimes públicos de Segurança Social;

- Risco de mortalidade no período de formação do benefício e risco de longevidade no período pós-emprego;

- Risco de invalidez dos participantes. Actualmente este risco encontra-se mitigado na medida em que o fundo de pensões subscreveu um seguro de risco para cobrir o acréscimo de responsabilidades com a morte e invalidez dos participantes no activo;

- Risco relativo a reformas antecipadas.

valor % valor %

Dívida pública 52.645.606 60% 41.962.426 50%Obrigações de empresas 24.022.559 28% 22.181.308 26%Outros activos de investimento 5.618.478 6% 3.343.029 4%Acções 3.805.044 4% 15.851.670 19%Activos relacionados com inv. Imobiliários 1.165.816 1% 1.128.050 1%Total de activos do Plano de Pensões do CAM 87.257.503 100% 84.466.483 100%

20162017

Classes de Activos 2017 2016

Obrigações de Dívida pública 1,07% 3,49%Obrigações de Empresas 4,85% 5,86%Acções 13,82% -7,65%Investimentos de retorno absoluto -3,22% -0,39%Activos relacionados com investimentos imobiliários 3,35% 1,50%

Rentabilidade

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 228

d) Adicionalmente, o Grupo Crédito Agrícola assumiu o compromisso de pagamento do prémio de antiguidade dos colaboradores. Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, as responsabilidades da Caixa Central são como seguem:

e) Apresentação de análises de sensibilidade sobre cada pressuposto actuarial significativo (caso individual da Caixa Central):

Valores em Euros

Valor das responsabilidades Variação

TAXA DE DESCONTO

Aumento em 50 pontos base 6.941.203 -739.416

Diminuição em 50 pontos base 8.529.581 848.962

TAXA DE CRESCIMENTO DAS PENSÕES

Aumento em 50 pontos base 8.144.603 463.984

Diminuição em 50 pontos base 7.253.346 -427.273

TÁBUA DE MORTALIDADE

Ajustamento de -1 ano 7.916.868 236.249

TAXA DE CRESCIMENTO DOS SALÁRIOS

Aumento em 50 pontos base 8.034.986 354.367

Diminuição em 50 pontos base 7.356.757 -323.862

O cenário de ajustamento da tábua de mortalidade consistiu na prática em considerar para a população abrangida uma idade inferior em 1 ano à idade efectiva dos participantes e beneficiários.

Para o cenário da taxa de crescimento dos salários foi efectuada a análise de sensibilidade ao pressuposto de crescimento das tabelas salariais do ACT bem como ao salário sujeito a descontos para a Segurança Social.

2017 2016Prémio de antiguidade:

Trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 2.776.330 2.753.117Licenças sem vencimento 40.939 42.963

Total de responsabilidades com prémio de antiguidade 2.817.269 2.796.080

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 229

41. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Risco de Mercado

O risco de mercado reflecte o potencial de perdas eventuais resultantes de uma alteração adversa do valor de mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação, nomeadamente, de taxas de juro, taxas de câmbio, preços de acções, preços de mercadorias, spreads de crédito ou outras variáveis equivalentes.

As regras de gestão do risco de mercado estabelecidas pela Caixa Central para cada carteira, incluem limites de risco de mercado e ainda limites quanto à exposição a risco de crédito e de liquidez, rentabilidade exigida, tipos de instrumentos autorizados e níveis de perdas máximas admissíveis.

De modo a mitigar os riscos associados a uma avaliação dos riscos incorridos, encontra-se implementada uma política de segregação de funções entre a execução das operações de mercado e o controlo do risco incorrido a cada momento decorrente das mesmas.

Eventuais operações de cobertura podem ser propostas tanto pelos gestores das carteiras como pelos responsáveis pelo controlo do risco, tendo em conta os limites de risco e os instrumentos autorizados.

Risco Cambial

O risco cambial surge associado às variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre que existem “posições abertas” nessas mesmas moedas.

O controlo e a avaliação do risco cambial são efectuados diariamente a nível individual, para cada um dos balcões e a nível consolidado. São calculados valores e cumprimento de limites em termos de posição total.

Na Caixa Central, a gestão do risco cambial é da responsabilidade da Direcção Financeira sob enquadramento de limites aprovados pelo Conselho de Administração Executivo.

A Caixa Central apresenta uma reduzida exposição a este tipo de risco. Efectivamente, o perfil definido para o risco cambial é bastante conservador e é consubstanciado na política de cobertura seguida.

Risco de Taxa de Juro

A Caixa Central incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, contrata operações com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das taxas de juro.

O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos factores, nomeadamente:

diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos activos, passivos e elementos extrapatrimoniais (risco de repricing); alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva); variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afectam as distintas massas patrimoniais e extrapatrimoniais (risco de base); e existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção).

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 230

A política de gestão do risco de taxa de juro é definida e monitorizada pelo Comité de Activos, Passivos e Capital (ALCCO).

A Caixa Central avalia mensalmente a sua exposição a este tipo de risco com recurso a uma metodologia baseada no agrupamento dos diversos activos e passivos sensíveis a variações das taxas de juro em intervalos temporais de acordo com as respectivas datas de revisão de taxa. Para cada intervalo são calculados os cash flows activos e passivos apurando-se o correspondente gap sensível ao risco de taxa de juro. Procede-se então à avaliação do impacto dos gaps mencionados sobre a evolução da margem financeira e sobre o valor económico da entidade em diversos cenários de evolução das taxas de juro.

A relação risco/rentabilidade encontra-se enquadrada por limites definidos e monitorizados mensalmente pelo ALCCO ao nível da exposição da margem financeira e do valor económico a variações adversas das taxas de juro.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a exposição ao risco de taxa de juro pode ser resumida como se segue (valores em milhares de Euros):

Taxa Fixa Taxa Variável Subtotal

Não sujeito

a risco de

taxa de juro Total

Activos

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais - 315.974 315.974 - 315.974

Disponibilidades em outras instituições de crédito - 13.106 13.106 - 13.106

Activos financeiros disponíveis para venda 4.512.208 839.572 5.351.780 300.238 5.652.018

Aplicações em Instituições de Crédito 1.161.544 15.185 1.176.729 102 1.176.831

Crédito a clientes (saldo bruto) 438.467 1.030.341 1.468.808 4.774 1.473.582

6.112.219 2.214.178 8.326.397 305.114 8.631.511

Passivos

Recursos de bancos centrais 1.693.366 - 1.693.366 14 1.693.380

Recursos de outras instituições de Crédito 5.592.775 344.605 5.937.380 10.727 5.948.107

Recursos de clientes e outros empréstimos 493.349 236.775 730.125 843 730.968

Outros passivos subordinados 20.000 - 20.000 218 20.218

7.799.490 581.380 8.380.869 11.802 8.392.672

Exposição líquida (1.687.270) 1.632.798 (54.472) 293.312 238.840

31-12-2017 em milhares de euros

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 231

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a distribuição dos instrumentos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da sua maturidade ou data de refixação é apresentado no quadro seguinte (valores em milhares de Euros):

2016

Taxa Fixa Taxa VariavelSujeito a risco

de taxa de juro

Não Sujeito a risco de taxa

de juroIndeterminado Total

ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais - 260.599 260.599 - - 260.599Disponibilidades em outras instituições de crédito - 14.540 14.540 - - 14.540Activos f inanceiros disponiveis para venda 597.359 640.381 1.237.739 293.418 - 1.531.157Aplicações em Instituições de Crédito 1.048.628 8.902 1.057.530 106 - 1.057.636Crédito a Clientes (saldo bruto) 394.579 1.012.450 1.407.030 1.915 - 1.408.945Investimentos detidos até à maturidade 3.424.759 10.531 3.435.290 62.653 - 3.497.943

5.465.325 1.947.403 7.412.728 358.092 - 7.770.820

PassivoRecursos de bancos centrais 1.323.140 - 1.323.140 20 - 1.323.160Recursos de outras instituições de Crédito 5.300.592 401.232 5.701.824 16.596 5.718.420Recursos de clientes e outros empréstimos 382.189 202.749 584.938 708 14.979 600.625Outros passivos subordinados 20.000 - 20.000 218 - 20.218

7.025.921 603.981 7.629.902 17.542 14.979 7.662.423

Exposição Liquida (1.560.596) 1.343.422 (217.174) 340.550 (14.979) 108.397

À vista Até 3 meses

De 3 meses a

1 ano

De 1 a 5

anos Mais de 5 anos

Não sujeito a

risco de taxa

de juro Indeterminado Total

Activos

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 315.974 - - - - - - 315.974

Disponibilidades em outras instituições de crédito 13.106 - - - - - - 13.106

Activos financeiros disponíveis para venda 633.900 643.956 1.045.716 1.894.250 633.965 800.231 - 5.652.018

Aplicações em Instituições de Crédito 1.161.432 93 6.252 455 8.497 102 - 1.176.831

Crédito a clientes (saldo bruto) 3.816 689.009 519.047 115.065 141.871 4.774 - 1.473.582

2.128.228 1.333.058 1.571.015 2.009.770 784.333 805.107 - 8.631.511

Passivos

Recursos de bancos centrais 25.034 - - 1.668.333 - 14 - 1.693.381

Recursos de outras instituições de Crédito 126.396 1.817.369 3.870.545 101.873 21.197 10.727 - 5.948.107

Recursos de clientes e outros empréstimos 116.907 172.915 333.004 79.730 27.569 843 - 730.968

Outros passivos subordinados - - - 20.000 - 218 - 20.218

268.337 1.990.284 4.203.549 1.869.936 48.766 11.802 - 8.392.674

Exposição líquida 1.859.891 (657.226) (2.632.534) 139.833 735.567 793.305 - 238.837

Datas de Refixação/Datas de Maturidade

31-12-2017 em milhares de euros

2016

Datas de Refixação/Datas de Maturidade

À vista Até 3 mesesDe 3 meses a

1 ano De 1 a 3 anosDe 3 a 5

anosMais de 5

anos

Não Sujeito a risco de taxa

de juroIndeterminado Total

ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 260.599 - - - - - - - 260.599Disponibilidades em outras instituições de crédito 14.540 - - - - - - - 14.540Activos f inanceiros disponiveis para venda 498.000 102.409 322.722 294.745 19.863 - 293.418 - 1.531.157Aplicações em instituições de crédito 988.319 58.486 9.825 580 72 247 106 - 1.057.636Crédito a clientes (saldo bruto) 389.666 348.092 518.734 38.438 58.709 56.266 (961) - 1.408.944Investimentos detidos até à maturidade 5.028 70.026 5.504 113.114 2.228.081 1.052.260 23.931 - 3.497.943

2.156.152 579.014 856.785 446.877 2.306.725 1.108.773 316.494 - 7.770.819

PassivosRecursos de bancos centrais 37.940 - - - 1.285.200 - 20 - 1.323.160Recursos de outras instituições de crédito 1.056.928 1.005.412 3.602.963 25.641 24.622 - 2.854 5.718.420Recursos de clientes e outros empréstimos 266.225 222.418 92.462 640 - 3.194 15.687 - 600.625Outros passivos subordinados - - - - 20.000 - 218 - 20.218

1.361.093 1.227.829 3.695.425 26.281 1.329.822 3.194 18.779 - 7.662.423

Diferencial 795.059 (648.816) (2.838.640) 420.596 976.903 1.105.579 297.715 - 108.396

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 232

Considerando os valores apurados, verifica-se uma exposição ao risco de taxa de juro, tanto da margem financeira como do valor económico do capital, relevante. Este risco mede o impacto de uma variação das taxas de juro, positiva ou negativa, sobre os referidos indicadores em função da exposição líquida nos diversos intervalos temporais.

Apresenta-se de seguida a análise de sensibilidade do valor económico, tanto de activos como de passivos, ao risco de taxa de juro a que a Caixa Central se encontra exposta em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, efectuada a partir da simulação, nos activos e passivos sensíveis, de variações de até 200 pontos base nas taxas de referência, (valores em milhares de Euros):

Risco de Liquidez

O risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa Central financiar o seu activo satisfazendo nas datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis.

A política de gestão da liquidez é definida e monitorizada, estando a sua gestão diária cometida à Direcção Financeira.

Para avaliar a exposição global a este tipo de risco, no curto, médio e longo prazos, são elaborados relatórios que permitem não só identificar os mismatch negativos, como avaliar a cobertura dinâmica dos mesmos. É também realizado

-200 bp -100 bp -50 bp +50 bp +100 bp +200 bp

Activos

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 555 253 122 (114) (223) (427)

Disponibilidades em outras instituições de crédito 8 4 2 (2) (4) (7)

Activos financeiros disponíveis para venda 318.827 154.351 75.963 (73.639) (145.047) (281.531)

Aplicações em Instituições de Crédito 1.223 605 301 (297) (592) (1.171)

Crédito a clientes (saldo bruto) 51.777 24.598 12.002 (11.449) (22.384) (42.846)

372.390 179.811 88.390 (85.502) (168.250) (325.982)

Passivos

Recursos de bancos centrais 106.193 51.984 25.721 (25.193) (49.872) (97.739)

Recursos de outras instituições de Crédito 57.357 28.360 14.102 (13.950) (27.750) (54.916)

Recursos de clientes e outros empréstimos 11.930 5.830 2.883 (2.820) (5.579) (10.925)

Outros passivos subordinados 975 479 238 (234) (464) (913)

176.455 86.653 42.944 (42.197) (83.665) (164.493)

Exposição líquida 195.935 93.158 45.446 (43.305) (84.585) (161.489)

31-12-2017

2016 - 200 bp - 100bp - 50 bp + 50 bp + 100 bp + 200 bp

ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais (473) (237) (118) 118 237 473 Disponibilidades em outras instituições de crédito 1 0 0 (0) (0) (1)Activos f inanceiros detidos para negociação - - - - - - Activos f inanceiros disponiveis para venda (19.466) (9.733) (4.867) 4.867 9.733 19.466 Aplicações em instituições de crédito (942) (471) (235) 235 471 942 Crédito a clientes (saldo bruto) (19.093) (9.547) (4.773) 4.773 9.547 19.093 Investimentos detidos até à maturidade (272.350) (136.175) (68.087) 68.087 136.175 272.350

(312.323) (156.163) (78.080) 78.080 156.163 312.323 PassivoRecursos de bancos centrais (93.072) (46.536) (23.268) 23.268 46.536 93.072 Recursos de outras instituições de crédito - - - - - - Recursos de clientes e outros empréstimos (48.083) (24.042) (12.021) 12.021 24.042 48.083 Outros passivos subordinados (2.318) (1.159) (579) 579 1.159 2.318 Outros passivos (1.228) (614) (307) 307 614 1.228

(144.701) (72.351) (36.175) 36.175 72.351 144.701

Impacto no valor económico (167.622) (83.812) (41.905) 41.905 83.812 167.622

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 233

um acompanhamento por parte do Grupo e da Caixa Central dos rácios de liquidez de um ponto de vista prudencial, calculados segundo as regras exigidas pelo Banco de Portugal.

Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma política conservadora que se traduz num rácio de transformação em cada uma das suas unidades claramente abaixo da média do rácio de transformação do sistema financeiro nacional.

Os recursos excedentários do Grupo Crédito Agrícola são canalizados para a Caixa Central, onde são centralmente aplicados em activos de boa qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente obrigações de dívida pública de países da Zona Euro e aplicações em obrigações de Instituições de Crédito de referência, nacionais ou internacionais.

O Grupo Crédito Agrícola dispõe de uma sólida implantação no mercado de retalho, distribuída de forma equilibrada ao longo do país, que se traduz numa rede de 669 balcões e numa base de funding dispersa, estável e com elevada permanência.

Numa óptica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são especialmente tidos em conta e acompanhados os seguintes aspectos:

Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que, tendendo a desenvolver-se, pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira diminuindo a sua estabilidade e permanência. São efectuadas regularmente simulações de impactos ao abrigo de hipóteses conservadoras sobre a estabilidade dos recursos de retalho e sem consideração do concurso de fontes de financiamento adicionais. Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo à posição estrutural de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de financiamento junto de Instituições de Crédito nacionais e internacionais, regularmente testadas; Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões de permanência dos recursos projectados. Manutenção de uma almofada de activos com liquidez imediata para fazer face a um qualquer aumento inesperado de saídas de caixa.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros apresentam a seguinte composição (valores em milhares de Euros):

À vista Até 3 meses

De 3 meses a

1 ano

De 1 a 3

anos De 3 a 5 anos Mais de 5 anos Indeterminado Total

Activos

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 315.974 - - - - - - 315.974

Disponibilidades em outras instituições de crédito 13.106 - - - - - - 13.106

Activos financeiros disponíveis para venda - 809.482 726.382 484.103 2.230.511 1.401.539 - 5.652.017

Aplicações em Instituições de Crédito 1.161.432 93 6.252 455 8.497 102 - 1.176.831

Crédito a clientes (saldo bruto) 6.989 215.481 232.758 273.706 220.839 523.808 - 1.473.582

1.497.501 1.025.056 965.392 758.265 2.459.847 1.925.449 - 8.631.510

Passivos

Recursos de bancos centrais - 25.006 - 385.200 1.283.160 - 14 1.693.380

Recursos de outras instituições de Crédito 126.396 1.705.727 3.870.545 76.227 137.289 21.197 10.727 5.948.107

Recursos de clientes e outros empréstimos 122.476 171.207 330.843 50.092 28.638 26.869 843 730.968

Outros passivos subordinados - - - 20.000 - - 218 20.218

248.872 1.901.940 4.201.388 531.519 1.449.087 48.066 11.802 8.392.673

Exposição líquida 1.248.629 (876.885) (3.235.996) 226.746 1.010.760 1.877.383 (11.802) 238.836

31-12-2017 em milhares de euros

Prazos residuais contratuais

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 234

Risco de Crédito

Em Dezembro de 2016, a Caixa Central, embora observando um decréscimo do volume de crédito concedido a clientes, em cerca de 2,3% face ao período homólogo, registou uma redução significativa do crédito vencido (-28%), obtendo, desta forma, um rácio de crédito vencido há mais de 90 dias de 4,9% (1,8 p.p. inferior ao verificado no ano anterior). As provisões de crédito permitem conservar os elevados níveis de cobertura do crédito vencido, posicionando-se nos 204%, o rácio de crédito em risco assume o valor de 10,3% e o rácio de crédito em risco líquido posiciona-se nos 0,2%.

As actividades desenvolvidas em matéria de gestão de riscos e de capital pretendem habilitar a Caixa Central e o Grupo Crédito Agrícola para uma gestão do risco de crédito alinhada com as melhores práticas de mercado, através de um conjunto significativo de iniciativas que compreendem uma forte articulação com a vertente tecnológica e exigem o desenvolvimento de competências internas específicas, bem como assegurar o necessário enquadramento com os exigentes desafios de carácter regulamentar vigentes.

Carteira de crédito por segmento

2016

Prazos residuais contratuais

À vistaAté 3 meses

De 3 meses a 1 ano

De 1 a 3 anos

De 3 a 5 anos

Mais de 5 anos Indeterminado Total

ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 260.599 - - - - - - 260.599Disponibilidades em outras instituições de crédito 14.540 - - - - - - 14.540Activos f inanceiros disponiveis para venda - 10.524 276.460 325.653 69.929 591.367 - 1.531.157Aplicações em instituições de crédito - 1.041.659 6.010 823 180 8.858 106 1.057.636Crédito a clientes (saldo bruto) 89.871 108.955 105.764 130.014 210.474 761.951 1.915 1.408.944Investimentos detidos até à maturidade - 69.835 5.532 113.114 2.216.827 1.029.985 - 3.497.943

365.010 1.230.973 393.766 569.604 2.497.410 2.392.161 2.021 7.770.819

PassivosRecursos de bancos centrais - 937.940 - - 385.200 - 20 1.323.160Recursos de outras instituições de crédito 1.056.928 880.027 3.602.963 25.641 136.264 - 16.596 5.718.419Recursos de clientes e outros empréstimos 266.217 229.599 99.382 824 163 3.732 708 600.625Outros passivos subordinados - - - - 20.000 - 218 20.218

1.323.145 2.047.566 3.702.345 26.465 541.627 3.732 17.542 7.662.422

Diferencial (958.135) (816.593) (3.308.579) 543.139 1.955.783 2.388.429 (15.521) 108.397

unidades: milhões de euros (excepto %)

Segmento Exposição total(1)

Crédito em cumprimento

(2)

Do qual curado

(3)

Do qual reestruturado

(4)(4) / (2)

Crédito em incumprimento

(5)(5) / (1)

Do qual reestruturado

(6)(6) / (5)

Empresas 1.208 1.070 1 99 9% 138 11% 83 60%Corporate 745 666 1 68 10% 79 11% 48 61%Construção e CRE 341 309 1 28 9% 32 9% 20 62%Outros 121 95 0 3 3% 26 22% 14 54%

Particulares 345 330 1 8 2% 15 4% 4 28%Crédito habitação 276 270 1 6 2% 7 2% 1 14%Crédito ao consumo e outros 69 61 0 2 3% 8 12% 3 40%Cartões de crédito

Outros 46 46 0 1 3% 0 0% 0 -Total 1.598 1.446 2 108 7% 153 10% 87 57%

2017

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 235

Notas:

Exposição: inclui crédito vincendo e vencido, extrapatrimonial (linhas de crédito irrevogáveis, garantias prestadas e créditos documentários) e totalidade dos juros vencidos. Créditos curados: inclui contratos regulares que já tiveram default no passado e que após a sua regularização mantiveram um período consecutivo de pelo menos 12 meses em estado regular. Créditos reestruturados por dificuldades financeiras do cliente ao abrigo da Instrução nº 32/2013 do Banco de Portugal. Crédito em incumprimento: inclui o total em dívida do crédito vencido há mais de 90 dias e obrigações de crédito dos devedores que apresentam indícios de dificuldades financeiras. CRE: Commercial Real Estate (Imóveis para fins comerciais).

A análise da carteira de crédito da Caixa Central, com referência a Dezembro de 2017, revela um peso significativo do segmento de empresas tratando-se, desse modo, do segmento que mais contribui para o crédito em incumprimento e para o crédito reestruturado. O crédito reestruturado atingiu os 195 milhões de euros neste período, representando cerca de 57% do crédito em incumprimento e apenas 7% do crédito em cumprimento.

Imparidades de crédito por segmento

Segmento

Exposição

total

(1)

Crédito em

cumprimento

(2)

Do qual

curado

(3)

Do qual

reestruturado

(4)

(4) / (2)

Crédito em

incumprimento

(5)

(5) / (1)

Do qual

reestruturado

(6)

(6) / (5)

Empresas 1.105 955 7 114 12% 150 14% 78 52%

Corporate 642 566 1 79 14% 77 12% 44 58%

Construção e CRE 287 243 0 30 12% 44 15% 22 50%

Outros 176 146 6 4 3% 29 17% 12 39%

Particulares 338 323 1 8 2% 15 4% 3 21%

Crédito habitação 273 266 1 5 2% 7 3% 1 13%

Crédito ao consumo e outros 65 57 0 2 4% 8 12% 2 29%

Outros 47 47 0 1 3% 0 0% 0 -

Total 1.490 1.325 9 123 9% 165 11% 81 49%

unidade: milhões de euros

(excepto %) 2016

unidade: milhões de euros(excepto %)

Segmento Exposição total(1)

Imparidade total(2)

(2) / (1)

Imparidades do Crédito em

cumprimento(3)

Imparidades do Crédito em

incumprimento(4)

(4) / (2)

Empresas 1.208 129 11% 41 88 68%Corporate 745 72 10% 24 48 67%Construção e CRE 341 35 10% 14 21 61%Outros 121 22 18% 3 19 87%

Particulares 345 9 3% 2 6 73%Crédito habitação 276 3 1% 1 2 57%Crédito ao consumo e outros 69 5 8% 1 4 83%Cartões de crédito 0

Outros 46 0 0% 0 0 0%Total 1.598 138 9% 43 95 69%

2017

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 236

Notas:

Exposição: inclui crédito vincendo e vencido, extrapatrimonial (linhas de crédito irrevogáveis, garantias prestadas e créditos documentários) e totalidade dos juros vencidos. Crédito em incumprimento: inclui o total em dívida do crédito vencido há mais de 90 dias e obrigações de crédito dos devedores que apresentam indícios de dificuldades financeiras. CRE: Commercial Real Estate (Imóveis para fins comerciais).

No segmento das empresas o peso das imparidades na exposição total assume maior relevo no sector da construção e CRE e nos outros créditos a empresas. No caso dos clientes particulares o maior peso é referente ao segmento do crédito ao consumo e outros fins. As imparidades associadas ao crédito em incumprimento representam cerca de 69% do total das imparidades da carteira, mais uma vez com o contributo superior do crédito ao consumo e dos outros créditos a empresas.

Crédito e imparidades – análise individual e análise colectiva por segmento

Segmento

Exposição

total

(1)

Imparidade

total

(2)

(2) / (1)

Imparidades do

Crédito em

cumprimento

(3)

Imparidades do

Crédito em

incumprimento

(4)

(4) / (2)

Empresas 1.105 145 13% 45 100 69%

Corporate 642 75 12% 26 49 65%

Construção e CRE 287 44 15% 15 29 65%

Outros 176 26 15% 3 23 87%

Particulares 338 9 3% 2 7 78%

Crédito habitação 273 3 1% 1 2 62%

Crédito ao consumo e outros 65 6 9% 1 5 87%

Outros 47 0 0% 0 0 0%

Total 1.490 153 10% 46 107 70%

unidade: milhões de euros

(excepto %) 2016

Segmento Exposição Imparidade Taxa Exposição Imparidade Taxa Exposição Imparidade Taxa

Empresas 240 110 46% 967 19 2% 1.208 129 11%Corporate 135 61 45% 610 11 2% 745 72 10%Construção e CRE 79 29 37% 263 6 2% 341 35 10%Outros 27 20 73% 94 2 2% 121 22 18%

Particulares 6 3 44% 339 6 2% 345 9 3%Crédito habitação 2 0 22% 275 3 1% 276 3 1%Crédito ao consumo e outros 4 2 52% 64 3 5% 69 5 8%Cartões de crédito

Outros 0 0 - 46 0 0% 46 0 0%Total 247 113 46% 1.352 25 2% 1.598 138 9%

2017

unidade: milhões de euros (excepto %)

Análise Individual Análise Colectiva Total

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 237

Notas:

Exposição: inclui crédito vincendo e vencido, extrapatrimonial (linhas de crédito irrevogáveis, garantias prestadas e créditos documentários) e totalidade dos juros vencidos. CRE: Commercial Real Estate (Imóveis para fins comerciais).

A vertente individual da análise de imparidade da carteira de crédito da Caixa Central, com referência a Dezembro de 2017, revela taxas superiores às obtidas na análise colectiva. Na análise individual o segmento de crédito ao consumo e outras finalidades apresenta as taxas de imparidade mais elevadas.

No total, os segmentos de crédito concedido ao sector da construção/ CRE, Corporate e outros créditos a empresas são os que registam taxas de imparidade mais elevadas (10%).

Crédito e imparidades – análise individual e análise colectiva por sector de actividade económica

unidade: milhões de euros

(excepto %)

Segmento Exposição Imparidade Taxa Exposição Imparidade Taxa Exposição Imparidade Taxa

Empresas 538 129 24% 567 16 3% 1.105 145 13%

Corporate 277 65 24% 365 9 3% 642 75 12%

Construção e CRE 169 39 23% 118 5 5% 287 44 15%

Outros 92 25 27% 84 1 1% 176 26 15%

Particulares 7 2 35% 331 6 2% 338 9 3%

Crédito habitação 3 0 8% 270 3 1% 273 3 1%

Crédito ao consumo e outros 4 2 58% 61 4 6% 65 6 9%

Outros 0 0 - 47 0 0% 47 0 0%

Total 545 131 24% 945 22 2% 1.490 153 10%

Análise Individual Análise Colectiva Total

2016

unidade: milhões de euros (excepto %)

Sector de actividade Exposição Imparidade Taxa Exposição Imparidade Taxa Exposição Imparidade Taxa

Construção 21 15 72% 47 2 5% 68 17 25%Comércio por grosso e a retalho 33 21 65% 71 3 4% 104 24 23%Actividades imobiliárias 54 12 23% 204 3 1% 258 15 6%Indústrias transformadoras e extractivas 44 19 42% 139 3 2% 183 22 12%Alojamento, restauração e similares 6 2 29% 92 1 1% 98 3 3%Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 24 8 35% 60 1 1% 84 9 11%Outros sectores 59 33 56% 354 6 2% 414 39 9%

Total 240 110 46% 967 19 2% 1.208 129 11%

2017

Análise Individual Análise Colectiva Total

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 238

Notas:

Exposição: inclui crédito vincendo e vencido, extrapatrimonial (linhas de crédito irrevogáveis, garantias prestadas e créditos documentários) e totalidade dos juros vencidos.

A análise por sector de actividade demonstra a relevância das indústrias transformadoras e extractivas no total de crédito concedido às empresas e, mais uma vez, a confirmação dos sectores da construção e actividades imobiliárias como os que apresentam as taxas de imparidade mais elevadas.

Exposição máxima ao risco de crédito

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue:

2017 2016

Patrimoniais:

Crédito a clientes 1.473.581.745 1.408.944.387

Disponibilidades em outras instituições de crédito 13.106.129 14.539.593

Aplicações em instituições de crédito 1.176.830.531 1.057.635.885

------------------- ------------------

2.663.518.405 2.481.119.865

------------------- -------------------

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas 38.720.381 38.558.366

Compromissos irrevogáveis 106.278.445 68.709.917

----------------- ------------------

144.998.826 107.268.283

------------------- --------------------

2.808.517.231 2.588.388.148

unidade: milhões de euros (excepto %)

Sector de actividade Exposição Imparidade Taxa Exposição Imparidade Taxa Exposição Imparidade Taxa

Construção 27 19 70% 46 3 7% 73 22 30%

Comércio por grosso e a retalho 49 24 48% 56 2 4% 105 26 25%

Actividades imobiliárias 139 18 13% 61 1 2% 200 20 10%

Indústrias transformadoras e extractivas 70 18 26% 82 4 4% 153 22 14%

Alojamento, restauração e similares 16 1 7% 66 1 1% 82 2 3%

Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 38 6 16% 24 0 2% 62 6 10%

Outros sectores 198 42 21% 233 4 2% 431 46 11%

Total 538 129 24% 567 15 3% 1.105 145 13%

Análise Individual Análise Colectiva Total

2016

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 239

Qualidade do crédito dos activos financeiros sem incumprimentos ou imparidade

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a qualidade de crédito dos activos financeiros da Caixa Central de acordo com o rating de referência interno, pode ser resumida como se segue (em milhares de euros):

A Caixa Central utiliza como rating de referência, o rating divulgado pela agência internacional Moody’s, ou caso este não exista, o maior dos ratings divulgados pelas agências Fitch e Standard & Poors.

Relativamente ao crédito a clientes, a Caixa Central dispõe de um modelo heurístico de rating associado a um processo de workflow, que visa uniformizar o processo de análise do risco de crédito das empresas e de modelos de scoring de aceitação associados ao processo de concessão de crédito a clientes particulares. Deste modo, o Grupo Crédito Agrícola tem vindo a desenvolver e a melhorar a sua capacidade de gestão do risco, com base na adopção de metodologias que permitem obter uma visão mais exacta do perfil de risco da sua carteira.

Reestruturações

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o valor de balanço de crédito a clientes cujos termos tenham sido renegociados ou considerados em incumprimento ou com imparidade é o seguinte (valores calculados nos termos da Instrução nº 22/2011 do Banco de Portugal):

Activo Aaa Aa1 Aa2 Entre A1 e A3 Entre Baa1 e B3 C Indeterminado Total

Aplicações em instituições de crédito - - - - - - 1.176.831 1.176.831Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - 281 281Activos financeiros disponíveis para venda - - - 5.365 5.472.151 - 174.502 5.652.018

- - - 5.365 5.472.151 - 1.351.614 6.829.130

2017

2016Activo Aaa Aa1 Aa2 Aa3 Entre A1 e A3 Baa1 a B3 C Indeterminado Total

Aplicações em instituições de crédito - - - - - - - 1.057.636 1.057.636Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - 411 411Activos financeiros disponíveis para venda - - 3.445 4.224 29.623 1.158.612 - 335.254 1.531.157Investimentos detidos até maturidade - - - - 117.995 3.280.487 - 99.461 3.497.943

- - 3.445 4.224 147.618 4.439.099 - 1.492.761 6.087.147

Do qual: Crédito reestruturado

Sector privado residentes 188.915.351 154.928.817 62.794.472 87.107.852 133.381.679 103.994.663Particulares residentes, do qual: 14.351.731 14.813.524 4.669.582 7.524.316 9.806.865 11.895.904

Habitação 6.731.987 6.104.862 691.593 3.313.995 3.370.767 150.286Consumo e outras finalidades 7.619.743 8.708.662 3.977.989 4.210.321 6.436.099 11.745.618

Sociedades não financeirasr residentes 174.563.620 140.115.293 58.124.890 79.583.536 123.574.814 92.098.759Administração pública 1.514.652 1.174.297 1.174.297 0 168.049 0Outros residentes 0 0 0 0 0 0Não residentes 0 115.259 0 84.038 136.195 8.104Total 190.430.003 156.218.373 63.968.769 87.191.890 133.685.923 104.002.767

2017

Crédito a clientes em risco (bruto)

Crédito em RiscoCrédito a clientes

reestruturado (bruto)Crédito a clientes com incumprimento (bruto) Crédito abatido ao activo

Provisões/ Imparidades acumuladas para crédito

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 240

Antiguidade do incumprimento das operações de crédito vencidas

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a antiguidade do incumprimento das operações de crédito vencidas pode ser resumida como segue (Nota 9):

2017 2016

Até 3 meses 441.988 321.665

De 3 a 6 meses 2.153.768 1.300.065

De 6 a 12 meses 4.034.696 8.222.619

De 1 a 3 anos 18.082.195 17.235.842

De 3 a 5 anos 17.394.143 15.431.357

Mais de 5 anos 25.183.233 27.096.214

Juros a receber 789.532 586.632

--------------- ----------------

68.079.555 70.194.394

========= =========

Justo valor de activos e passivos financeiros

A comparação entre o justo valor e o valor de balanço dos principais activos e passivos registados pelo custo amortizado em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 é apresentado no quadro seguinte (montantes em milhares de Euros):

Sector privado residentes 199.340.873 143.668.350 43.829.241 90.465.024 142.687.295 119.526.217Particulares residentes, do qual: 14.329.649 15.230.759 4.512.190 8.686.631 12.787.954 12.867.833

Habitação 6.396.126 6.118.505 533.397 3.669.520 3.349.924 2.262.897Consumo e outras finalidades 7.933.523 9.112.255 3.978.793 5.017.111 9.438.030 10.604.936

Sociedades não financeiras residentes 185.011.224 128.437.590 39.317.052 81.778.393 129.899.341 106.658.384Administração pública 1.738.161 1.738.161 1.336.339 - 1.702 -Outros residentes - - - - - -Não residentes 5.065 258.621 - 88.408 61.888 3.963

Total 201.084.098 145.665.131 45.165.580 90.553.433 142.750.885 119.530.180

2016

Crédito em Risco

Crédito a clientes

reestruturado (bruto)

Crédito a clientes em risco (bruto)

Crédito a clientes com incumprimento

(bruto)

Provisões / imparidades

acumuladas pra crédito

Crédito abatido ao activoDo qual: crédito

reestruturado

Saldos não

analisados

Valor de balanço Justo valor Diferença

Valor de

balanço

Activos

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 315.974 315.974 - - 315.974

Disponibilidades em outras instituições de crédito 13.106 13.106 - - 13.106

Aplicações em Instituições de Crédito 1.176.831 1.178.349 1.518 - 1.518

Crédito a clientes (saldo bruto) 1.473.582 1.489.857 16.275 - 16.275

2.979.493 2.997.286 17.793 - 346.873

Passivos

Recursos de bancos centrais 1.693.366 1.693.366 - - -

Recursos de outras instituições de crédito 5.948.107 5.956.748 8.641 - 8.641

Recursos de clientes e outros empréstimos 730.968 731.613 645 - 645

Outros passivos subordinados 20.218 22.179 1.961 - 1.961

8.392.659 8.403.906 11.247 - 11.247

2017

Saldos analisados Valor de

balanço

Total

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 241

As principais considerações sobre o justo valor dos activos e passivos financeiros são as seguintes:

Relativamente aos saldos à vista, considerou-se que o valor de balanço corresponde ao justo valor; O justo valor dos restantes instrumentos foi determinado pela Caixa Central com base em modelos de fluxos de caixa descontados, tendo em consideração as condições contratuais das operações e utilizando taxas de juro apropriadas face ao tipo de instrumento, incluindo:

a) Taxas de juro de mercado para “Aplicações em Instituições de Crédito” e “Outros Passivos Subordinados”; b) Taxa de juro praticadas nas operações concedidas pela Caixa Central para tipos de créditos comparáveis; c) Taxas de juro de referência para emissão de produtos para colocação no retalho. d) Taxas de juro praticadas nas operações intra-grupo realizadas ao abrigo do Regime Jurídico do Crédito Agrícola, designadamente tomada de recursos das Caixas Associadas para aplicação centralizada na Caixa Central.

Foram utilizadas curvas especificas para as rubricas de “Crédito a Clientes”, “Aplicações em outras instituições de crédito” e “Recursos de outras instituições de crédito” que tiveram por base a aplicação sobre a curva Euribor/SWAP a 31 de Dezembro de 2017 dos spreads médios das operações efectuadas nos últimos 3 meses até 31 de Dezembro de 2017. As taxas aplicadas foram as seguintes:

2016

Saldos Analisados Saldos não analisados

Valor de balanço Justo valor Diferença Valor de balanço

ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 260.599 260.599 - - 260.599Disponibilidades em outras instituições de crédito 14.540 14.540 - - 14.540Aplicações em Instituições de Crédito 1.057.636 1.059.187 1.551 - 1.057.636Crédito a Clientes (saldo liquido) 1.265.441 1.233.236 (32.205) 1.265.441Investimentos detidos até à maturidade 3.497.943 3.505.681 7.738 3.497.943

6.096.159 6.073.243 (22.916) - 6.096.159

PassivoRecursos de bancos centrais 1.323.160 1.323.734 574 - 1.323.160Recursos de OICs 5.718.419 5.737.129 18.710 - 5.718.419Recursos de clientes e outros empréstimos 600.625 602.419 1.794 - 600.625Outros passivos subordinados 20.218 22.781 2.563 - 20.218

7.662.422 7.686.063 23.641 - 7.662.422

Valor de balanço Total

1 day (overnight) (0,35%)1 month(s) (0,37%)2 month(s) (0,34%)3 month(s) (0,33%)4 month(s) (0,31%)5 month(s) (0,29%)6 month(s) (0,27%)9 month(s) (0,22%)12 month(s) (0,19%)2 year(s) (0,16%)3 year(s) 0,00%4 year(s) 0,16%5 year(s) 0,30%8 year(s) 0,67%10 year(s) 0,88%15 year(s) 1,25%20 year(s) 1,42%30 year(s) 1,50%

1,98% 2,51% 1,30% 0,01% 0,36%

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 242

Como previsto na norma IFRS 13 e para efeitos de apresentação, os instrumentos financeiros registados em balanço ao justo valor são classificados com a seguinte hierarquia:

Nível 1 – Cotações em mercado activo

Neste nível englobam-se os instrumentos financeiros valorizados com base em preços de mercados activos (bids executáveis) divulgados através de plataformas de negociação.

Nível 2 – Técnicas de valorização baseadas em dados de mercado

Neste nível são considerados os instrumentos financeiros valorizados com recurso a modelos internos que utilizam dados observáveis no mercado, nomeadamente curvas de taxas de juro ou taxas de câmbio.

Nível 3 – Técnicas de valorização utilizando inputs não baseados em dados observáveis em mercado

Englobam-se neste nível os instrumentos financeiros valorizados de acordo com metodologias de valorização internas considerando essencialmente inputs não observáveis em mercado e com impacto significativo na valorização do instrumento ou valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros através de modelos de valorização.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a forma de apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros reflectidos nas demonstrações financeiras, pode ser resumida como se segue:

TotalDados de

mercado (3) Modelos (4)

Activos financeiros detidos para negociação - - 280.995 - 280.995Activos financeiros disponíveis para venda 158.184.409 5.413.206.963 0 80.626.286 5.652.017.658

158.184.409 5.413.206.963 280.995 80.626.286 5.652.298.653

Passivos financeiros detidos para negociação - - 141.781 - 141.781

- - 141.781 - 141.781

2017Técnicas de Valorização

Cotações em mercado activo

Valorizados ao custo histórico

(1)

(1)Títulos não cotados para os quais não é possível determinar de forma fiável o justo valor. (2)Para além dos instrumentos financeiros cotados em Bolsas de Valores, esta categoria inclui os títulos valorizados com base em preços de mercados activos divulgados através de plataformas de negociação (Nível 1). (3)Valorização baseada em taxas de mercado, nomeadamente curvas de taxas de juro, curvas de swap e taxas de câmbio (Nível 2). (4) Correspondem a títulos valorizados através de Bids indicativos informados pelo emissor (Nível 3).

Activos financeiros detidos para negociação - - 410.910 - 410.910Activos financeiros disponíveis para venda 242.921.339 1.258.890.328 - 29.345.573 1.531.157.240

242.921.339 1.258.890.328 410.910 29.345.573 1.531.568.150

Passivos financeiros detidos para negociação - - 234.003 - 234.003

- - 234.003 - 234.003

2016

valorizados ao custo histórico

(1)

Técnicas de ValorizaçãoCotações em

mercado activo Dados de

mercado (3) Modelos (4) Total

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Anexos 243

No que concerne à divida soberana, em 2017, a carteira que se encontra registada na carteira de activos financeiros disponíveis para venda, desagrega-se por país, conforme quadro explicativo:

42. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS

A Caixa Central está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a Caixa Central efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos balcões da Caixa Central.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a Caixa Central recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a Caixa Central e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2017, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela Caixa Central nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2015 2016 2017 % por Origem

2017

Ramos Não Vida CA Seguros 129.000 172.318 214.721 57,1%

Ramo Vida CA Vida 125.831 134.366 153.158 40,8%

Fundos de Pensões CA Vida 3.859 5.269 8.061 2,1%

Total 258.690 311.953 375.940 100,0%

A Caixa Central não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela Caixa Central.

País Qtd Valor Qtd Valor

Portugal 2.466.522.000 2.673.053.990 558.231.000 592.090.401Espanha 324.700.000 333.829.857 0 0Itália 2.126.400.000 2.211.988.004 547.500.000 552.004.102

4.917.622.000 5.218.871.852 1.105.731.000 1.144.094.503

2017 2016

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Anexos 244

43. RÁCIOS PRUDENCIAIS

A partir de 1 de Janeiro de 2014, a solvabilidade da banca europeia passou a ser avaliada através do rácio Common Equity Tier 1 (CET1), ao abrigo do Acordo de Basileia III.

Em 31 de Dezembro de 2017, o rácio de fundos próprios principais de nível 1 (Common Equity Tier 1) situou-se nos 14,9%, tal como o rácio de fundos próprios de nível 1 (Tier 1). Em termos globais, o rácio de capital total situou-se nos 15,3%, cumprindo claramente os requisitos mínimos estabelecidos pelo regulador.

44. FUNDO DE RESOLUÇÃO

No âmbito dos mecanismos de resolução bancária implementados nos últimos anos a nível europeu, o Crédito Agrícola, a exemplo da generalidade das instituições financeiras a operar em Portugal, é uma das instituições participantes no Fundo de Resolução Português e no Fundo Único de Resolução Europeu.

a) Fundo Resolução Português

O Fundo de Resolução é uma pessoa colectiva de direito público com autonomia administrativa e financeira, criado pelo Decreto-Lei n.º 31-A/2012, de 10 de Fevereiro, que se rege pelo Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (“RGICSF”) e pelo seu regulamento e que tem como missão prestar apoio financeiro às medidas de resolução aplicadas pelo Banco de Portugal, na qualidade de autoridade nacional de resolução, e para desempenhar todas as demais funções conferidas pela lei no âmbito da execução de tais medidas.

A Caixa Central (individualmente e em representação das Caixas Agrícolas), a exemplo da generalidade das instituições financeiras a operar em Portugal, é uma das instituições participantes no Fundo de Resolução, efectuando contribuições que resultam da aplicação de uma taxa definida anualmente pelo Banco de Portugal tendo por base, essencialmente, o montante dos seus passivos. Em 2017 a contribuição periódica efectuada pelo Crédito Agrícola ascendeu a 876.906 Euros, tendo o valor da contribuição da Caixa Central sido de 287.586 Euros.

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Δ 17/16

Fundos Próprios totais (a) 235.630 217.505 236.233 277.905 284.763 246.479 328.366 33,2%

Common equity tier 1 248.154 264.793 234.681 319.667 36,2%

Tier 1 188.554 185.231 184.450 248.154 264.793 234.681 319.667 36,2%

Posição em risco de activos e equivalentes 5.649.139 6.765.416 6.299.439 7.758.666 7.084.744 10.117.277 10.333.602 2,1%

Requisitos de fundos próprios 2.441.866 2.779.863 2.446.350 2.327.864 2.481.009 2.260.065 2.144.608 -5,1%

Crédito (b) 2.294.461 2.628.438 2.282.963 2.079.373 2.200.099 1.986.228 1.913.069 -3,7%

Operacional 147.405 151.425 163.388 248.492 280.910 273.837 231.539 -15,4%

Rácios de solvabilidade (c)

Common equity tier 1 --- --- --- 10,7% 10,7% 10,4% 14,9% 4,521 p.p.

Tier 1 7,7% 6,7% 7,5% 10,7% 10,7% 10,4% 14,9% 4,521 p.p.

Total 9,6% 7,8% 9,7% 11,9% 11,5% 10,9% 15,3% 4,405 p.p.

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - CAIXA CENTRAL

(c) Até Dezembro 2013 os rácios são calculados de acordo com o Avisos nºs 5/2007 e 6/2010 do Banco de Portugal, após o que são aplicadas as regras da Directiva 2013/36/UE ( CRD IV - Capital

Requirements Directive) e Regulamento (U.E.) nº 575/2013 (CRR – Capital Requirements Regulation).

(a) Incluindo os resultados líquidos do final do exercício em fundos próprios.

Em milhares de euros

(b) Incluindo os requisitos de fundos próprios para risco de ajustamento da avaliação de crédito e posição cambial.

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Anexos 245

No âmbito da sua responsabilidade enquanto autoridade de supervisão e resolução do sector financeiro português, o Banco de Portugal, em 3 de Agosto de 2014, decidiu aplicar ao Banco Espírito Santo, S.A. (“BES”) uma medida de resolução, ao abrigo do n.º5 do artigo 145º-G do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (“RGICSF”), que consistiu na transferência da generalidade da sua actividade para um banco de transição, denominado Novo Banco, S.A. (“Novo Banco”), criado especialmente para o efeito.

Para realização do capital social do Novo Banco, o Fundo de Resolução disponibilizou 4.900 milhões de Euros, dos quais 377 milhões de Euros correspondiam a recursos financeiros próprios. Foi ainda concedido um empréstimo por um sindicato bancário ao Fundo de Resolução, no montante de 700 milhões de Euros, sendo a participação de cada instituição de crédito ponderada em função de diversos factores, incluindo a respectiva dimensão. O restante montante (3.823 milhões de Euros) teve origem num empréstimo reembolsável concedido pelo Estado Português.

Em Dezembro de 2015, as autoridades nacionais decidiram vender a maior parte dos activos e passivos associados à actividade do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. (“Banif”) ao Banco Santander Totta, S.A. (“Santander Totta”), por 150 milhões de Euros, também no quadro da aplicação de uma medida de resolução. Esta operação envolveu um apoio público estimado em 2.255 milhões de Euros, que visou cobrir contingências futuras, financiado em 489 milhões de Euros pelo Fundo de Resolução e 1.766 milhões de Euros directamente pelo Estado Português. No contexto desta medida de resolução, os activos do Banif identificados como problemáticos foram transferidos para um veículo de gestão de activos, criado para o efeito – Oitante, S.A., sendo o Fundo de Resolução o detentor único do seu capital social, através da emissão de obrigações representativas de dívida desse veículo, no valor de 746 milhões de Euros, com garantia do Fundo de Resolução e contragarantia do Estado Português.

As medidas de resolução aplicadas em 2014 ao BES (processo que deu origem à criação do Novo Banco) e em 2015 ao Banif criaram incertezas relacionadas com o risco de litigância envolvendo o Fundo de Resolução, que é significativo, bem como com o risco de uma eventual insuficiência de recursos para assegurar o cumprimento das responsabilidades, em particular o reembolso a curto prazo dos financiamentos contraídos.

Foi neste enquadramento que, no segundo semestre de 2016, o Governo Português chegou a acordo com a Comissão Europeia no sentido de serem alteradas as condições dos financiamentos concedidos pelo Estado Português e pelos bancos participantes no Fundo de Resolução, por forma a preservar a estabilidade financeira por via da promoção das condições que conferem previsibilidade e estabilidade ao esforço contributivo para o Fundo de Resolução. Para o efeito, foi formalizado um aditamento aos contratos de financiamento ao Fundo de Resolução, que introduziu um conjunto de alterações sobre os planos de reembolso, as taxas de remuneração e outros termos e condições associados a esses empréstimos por forma a que os mesmos se ajustassem à capacidade do Fundo de Resolução para cumprir integralmente as suas obrigações com base nas suas receitas regulares, isto é, sem necessidade de serem cobradas, aos bancos participantes no Fundo de Resolução, contribuições especiais ou qualquer outro tipo de contribuição extraordinária.

De acordo com o comunicado do Fundo de Resolução de 31 de Março de 2017, a revisão das condições dos financiamentos concedidos pelo Estado Português e pelos bancos participantes visou assegurar a sustentabilidade e o equilíbrio financeiro do Fundo de Resolução, com base num encargo estável, previsível e comportável para o sector bancário. Com base nesta revisão, o Fundo de Resolução assumiu que está assegurado o pagamento integral das responsabilidades do Fundo de Resolução, bem como a respectiva remuneração, sem necessidade de recurso a contribuições especiais ou qualquer outro tipo de contribuições extraordinárias por parte do sector bancário.

Também no dia 31 de Março de 2017, o Banco de Portugal comunicou ter seleccionado o Fundo Lone Star para a compra do Novo Banco, a qual foi concluída em 17 de Outubro de 2017, mediante a injecção, pelo novo accionista, de 750 milhões de euros, à qual se seguirá uma nova entrada de capital de 250 milhões de euros, a concretizar num período de até três anos. O Fundo Lone Star passou a deter 75% do capital social do Novo Banco e o Fundo de Resolução os remanescentes 25%. Adicionalmente, as condições aprovadas incluem um mecanismo de capitalização contingente, nos termos do qual o Fundo de Resolução, enquanto accionista, poderá ser chamado a realizar injecções de capital no caso de se materializarem certas condições cumulativas, relacionadas com: (i) o desempenho de um conjunto restrito de activos do Novo Banco e (ii) a evolução dos níveis de capitalização do banco, nomeadamente a prevista emissão em mercado de 400 milhões de Euros de instrumentos de capital Tier 2. As eventuais injecções de capital a realizar nos termos deste mecanismo contingente estão sujeitas a um limite máximo absoluto.

Não obstante a possibilidade prevista na legislação aplicável de cobrança de contribuições especiais, atendendo à renegociação das condições dos empréstimos concedidos ao Fundo de Resolução pelo Estado Português e por um sindicato bancário, no qual a Caixa Central se inclui, e aos comunicados públicos efectuados pelo Fundo de Resolução e pelo Gabinete do Ministro das Finanças que referem que essa possibilidade não será utilizada, as presentes

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Anexos 246

demonstrações financeiras reflectem a expectativa do Conselho de Administração de que não serão exigidas à Caixa Central contribuições especiais ou qualquer outro tipo de contribuições extraordinárias para financiar as medidas de resolução aplicadas ao BES e ao Banif, bem como o mecanismo de capitalização contingente referido no parágrafo precedente. Eventuais alterações relativamente a esta matéria podem ter implicações relevantes nas demonstrações financeiras da Caixa Central.

b) Fundo Único de Resolução Europeu

Para além do Fundo de Resolução Português, conforme mencionado acima, o Crédito Agrícola participa também no Fundo Único de Resolução Europeu.

O Fundo Único de Resolução Europeu, financiado pelo sector bancário europeu, destina-se a apoiar a resolução de bancos em risco ou situação de insolvência, depois de esgotadas outras opções como a recapitalização interna das instituições.

O Fundo Único de Resolução Europeu é parte integrante do Mecanismo Único de Resolução (MUR), que é o sistema europeu de resolução de bancos não viáveis. No MUR, a responsabilidade pela resolução de instituições de crédito é partilhada entre o Conselho Único de Resolução e as autoridades nacionais de resolução dos Estados-Membros da área do euro, entre as quais o Banco de Portugal, e de outros países da União Europeia que optem por aderir à União Bancária. O MUR visa assegurar a resolução ordenada dos bancos em situação de insolvência com custos mínimos para os contribuintes e para a economia real.

O MUR entrou em pleno funcionamento a 1 de Janeiro de 2016.

Em 2017 a contribuição periódica efectuada pelo Crédito Agrícola para o Fundo Único de Resolução Europeu ascendeu a 1.865.937 Euros, tendo o valor individual da Caixa Central ascendido a 302.794 Euros.

45. Eventos subsequentes

À data da elaboração e conclusão das presentes Demonstrações Financeiras da Caixa Central, os eventos subsequentes a 31 de Dezembro de 2017, data de referência das referidas Demonstrações Financeiras, não exigiam ajustamentos ou modificações dos valores dos activos e dos passivos, nos termos da IAS 10 - Acontecimentos após a data do balanço.

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Anexos 247

Anexo 1 – Inventário da Carteira de Títulos

ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Instrumentos de dívidaEmitida por residentesOT ABR 22 PTOTVJOE0005 13.815.000 14.736.391 200.841 -OT MAI 21 PTOTVGOE0008 37.557.000 40.150.603 222.114 -OT AGO 22 PTOTVKOE0002 7.820.000 8.310.045 62.261 -OT AGO 21 PTOTVHOE0007 58.636.000 62.628.297 234.469 -OT NOV 21 PTOTVIOE0006 45.344.000 47.832.378 34.962 -OT OUT 22 PTOTESOE0013 140.000.000 152.541.315 1.455.820 -OT JUL 26 PTOTETOE0012 100.000.000 110.323.781 145.135 -OT OUT 25 PTOTEKOE0011 270.500.000 300.239.808 1.667.910 -OT ABR 21 PTOTEYOE0007 520.850.000 599.821.348 10.650.709 -OT ABR 27 PTOTEUOE0019 168.000.000 206.140.833 (1.404.798) -OT JUN 20 PTOTECOE0029 110.000.000 125.759.851 (90.049) -OT OUT 23 PTOTEAOE0021 25.000.000 31.014.048 (95.314) -OT FEV 24 PTOTEQOE0015 10.000.000 13.211.343 (32.075) -BT 19/01/18 PTPBTBGE0030 170.000.000 170.034.000 2.393 -BT 16/03/18 PTPBTZGE0024 184.000.000 184.147.200 11.448 -BT 18/05/18 PTPBTPGE0034 390.000.000 390.507.000 25.767 -BT 16/11/18 PTPBT2GE0037 215.000.000 215.655.750 (13.258) -CAMFER 4.17 10/16/19 PTCFPAOM0002 4.000.000 4.310.588 37.035 -GOVMAD 06/09/22 PTRAMXOM0006 9.000.000 9.284.740 275.580 -METLIS 5.75 02/04/2019 PTMTLDOM0005 4.000.000 4.447.261 10.108 -REFER 4.25 12/13/21 PTCPEDOM0000 900.000 1.015.724 23.200 -BIALPT 0 07/10/19 PTBPCAOE0006 3.900.000 4.021.640 35.101 -NOSPL 0 03/28/22 PTNOSBOE0004 10.000.000 10.084.789 23.097 -Parque Eólico do Pisco PTPEOAOM0009 11.375.000 11.647.573 980.035 -PESTA 0 28/02/2020 PTGRPCOE0002 3.500.000 3.615.010 72.368 -PESTA 3.95 07/15/22 PTGRPEOE0000 2.000.000 2.043.582 11.869 -SAUDCR 0 06/29/21 PTSDRCOE0002 5.000.000 5.159.808 158.186 -SAUDCR 0 12/20/19 PTSDRDOM0001 5.000.000 5.079.583 74.859 -SEMPL 0 04/17/19 PTSEMFOE0003 5.000.000 5.111.163 18.977 -ESF 5.625 28/07/17 PTESFMOE0003 2.800.000 - - -

Emitida por não residentesBTPS 0.35 06/15/20 IT0005250946 222.400.000 223.904.194 (1.041.613) -BTPS 045 06/01/21 IT0005175598 428.000.000 430.368.228 (2.237.820) -BTPS 2.15 12/21 IT0005028003 77.000.000 82.036.117 (460.165) -BTPS 3.75 03/2021 IT0004634132 223.000.000 250.326.001 (621.830) -BTPS 5.5 11/22 IT0004848831 66.000.000 81.381.825 (1.004.172) -BTPS 9 11/01/23 IT0000366655 50.000.000 73.031.787 (1.574.743) -CCTS 0 02/15/24 IT0005218968 50.000.000 50.397.974 682.480 -CCTS 0 04/15/25 IT0005311508 25.000.000 25.236.867 93.168 -CCTS 0 07/15/23 IT0005185456 360.000.000 364.685.942 974.995 -CCTS 0 10/15/24 IT0005252520 188.000.000 192.622.884 2.910.507 -CCTS 0 12/15/2020 IT0005056541 12.000.000 12.242.986 12.754 -SPGB 0.05 01/31/21 ES00000128X2 255.700.000 256.253.923 (139.252) -SPGB 04/30/2020 ES00000122D7 69.000.000 77.575.934 (38.044) -BOTS 0 03/29/18 IT0005281941 330.000.000 330.458.700 155.282 -BOTS 0 09/14/18 IT0005281933 95.000.000 95.294.500 63.204 -ACSSM 2.875 04/01/2020 XS1207309086 4.700.000 5.058.709 181.138 -CCL 1.625 02/2021 XS1319820624 5.000.000 5.292.025 211.887 -CPRIM 2.75 09/2020 XS1300465926 5.000.000 5.365.384 196.042 -MONTE 0.50 01/20/18 IT0005240491 100.000.000 100.234.167 (6.240) -SUGALG 3 10/18/19 ES0305088017 2.400.000 2.420.717 6.056 -SUGALG 4.25 10/27/20 ES0305088009 10.000.000 10.142.649 65.800 -

Instrumentos de capitalEmitida por residentesCA ARRENDHAB PTSQUCIM0000 729.636 62.193.881 2.511.745 9.348.717IMGA Acções Europa PTYCFFLM0009 505.415 2.167.272 140.099 -IMGA Flexível PTYCFELM0000 339.329 2.006.961 446.998 -Fundo de Compensação do Trabalho -- 9.295 9.723 - -SIBS PTSIB0AM0008 25.680 766.291 350.262 405.573AGROGARANTE PTAGM0AM0007 205.010 205.010 -GARVAL PTGGM0AM0004 69.000 69.000 -LISGARANTE PTLGR0AM0003 100.000 100.000 -NORGARANTE PTNGM0AM000 86.860 86.860 -UNICRE PTUNEOAM0016 7.207 300.305 159.919FCR Fundo Revitalizar Norte -- 1.073.532 941.810 131.722FCR Fundo Revitalizar Centro -- 1.090.909 1.090.909 -FCR Fundo Revitalizar Sul -- 697.647 697.647 -CA IMOBILIARIO classe A PTSQUAHM0003 30.528.958 150.501.657 124.506.629CA IMOBILIARIO classe A1 PTSQUAHM0003 605.140 2.983.219 187.593ImoValorCA PTSELJIM0008 1.252.841 1.108.764 144.197

Emitida por não residentesDiscovery Portugal Real Estate Fund LU0820789831 9.591 9.068.072 (454.120) -Visa Inc US92826C7974 3.343 4.414.086 1.450.006 -SWIFT -- 23 99.228 -

Total - 5.652.017.658 17.673.174 134.884.350

CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA M ÚTUO, C.R.L.INVENTÁRIO DE TÍTULOS EM 31 DE DEZEM BRO DE 2017

(M ontantes expressos em Euros)

Natureza e espécie Quantidade Valor de balanço

Valias (+/-) ImparidadeISIN

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Anexos 248

6.2 CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

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Anexos 249

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Anexos 250

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Anexos 251

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Anexos 252

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Anexos 253

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Anexos 254

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Anexos 255

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Anexos 256

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Estruturas e práticas de Governo Societário 258

07 Estruturas e práticas de Governo Societário

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Estruturas e práticas de Governo Societário 259

vii. ESTRUTURAS E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO

O Relatório sobre a Estrutura e Práticas de Governo Societário da Caixa Central – Caixa Central de Crédito

Agrícola Mútuo, CRL (doravante, Caixa Central) é parte integrante do Relatório de Gestão nos termos do

Artigo 70.º, n.º 2, alíneas a) e b) do Código das Sociedades Comerciais (doravante CSC), aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 262/86 de 2 de Setembro, na redacção actualmente em vigor.

I. Estrutura do Capital

1. Capital Social

A Caixa Central tem, actualmente, um capital social de € 303.519.395,00 (trezentos e três milhões,

quinhentos e dezanove mil, trezentos e noventa e cinco euros), o qual é variável e ilimitado, mas nunca

poderá ser inferior ao montante de € 17.500.000,00 (dezassete milhões e quinhentos mil euros), conforme

estabelecido pelo Artigo 1.º, alínea c) da Portaria do Ministério das Finanças n.º 95/94, de 9 de Fevereiro,

alterada pela Portaria n.º 362/2015, de 15 de Outubro.

O capital social da Caixa Central está integralmente subscrito e realizado, encontrando-se dividido e

representado por títulos nominativos de capital, com o valor de € 5,00 (cinco euros) cada um, integralmente

detidos pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, suas Associadas, respeitados os limites traçados pelo n.º 2

do Artigo 53.º do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo (aprovado pelo Decreto-Lei n.º 24/91 de 11

de Janeiro e republicado, após sucessivas alterações, pelo Decreto-Lei n.º 142/2009, de 16 de Junho e

doravante RJCAM) que determinam que nenhuma Associada pode deter uma participação inferior a €

5.000,00 (cinco mil euros) ou superior a 10% (dez por cento) do capital social realizado da Caixa Central,

exceptuando-se o previsto no nº 1 do Artigo 81.º do RJCAM quanto às providências extraordinárias a aplicar

em casos de desequilíbrio financeiro.

De acordo com o disposto na alínea a) do nº 8 do Artigo 50.º do RJCAM e no Artigo 7.º dos Estatutos da

Caixa Central, podem ser suas Associadas todas as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo legalmente

constituídas e devidamente registadas junto do Banco de Portugal, sendo que, nos termos do Artigo 67º do

RJCAM, os respectivos Estatutos terão de prever:

a) a responsabilidade de cada um dos seus Associados limitada ao capital social por eles subscrito;

b) o capital social mínimo obrigatório;

c) a declaração expressa de adesão à Caixa Central;

d) o reconhecimento e aceitação da competência da Caixa Central em matéria de orientação,

fiscalização e poderes de intervenção;

e) o regime relativo à exoneração e à exclusão das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo Associadas;

f) a aceitação do regime de responsabilidade previsto nos Artigos 78º a 80º do RJCAM.

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Estruturas e práticas de Governo Societário 260

Também e de acordo com o disposto na alínea b) do aludido nº 8 do Artigo 50.º do RJCAM poderão ainda

ser Associadas da Caixa Central outras entidades ligadas ao Crédito Agrícola Mútuo, que, para o efeito,

obtenham autorização expressa do Banco de Portugal.

Prevêem os Estatutos da Caixa Central, no seu Artigo 4.º, que o capital social da Caixa Central pode ser

aumentado, uma ou mais vezes, por emissão de novos títulos de capital, aquando da admissão de novas

Associadas, quando qualquer Associada aumente a sua participação ou por deliberação da Assembleia

Geral, que decidirá, também, da forma de subscrição e realização dos novos títulos de capital ou por

incorporação, total ou parcial, do montante das reservas que possam ter essa afectação.

Mais se estipula que o capital social pode, ainda, ser aumentado, uma ou mais vezes, por deliberação da

Assembleia Geral, sob proposta fundamentada do Conselho Geral e de Supervisão, ouvido o Conselho

Consultivo, em montante máximo equivalente ao capital social que estiver na altura subscrito, destinando-

se o produto desse aumento a corrigir a situação de desequilíbrio financeiro da Caixa Central que

eventualmente se verifique, traduzido, designadamente na redução dos seus fundos próprios a um nível

inferior ao mínimo legal ou na inobservância dos rácios e limites prudenciais que lhe são aplicáveis. Nestes

casos, as Associadas são obrigadas a subscrever e realizar esse aumento no prazo e nas condições definidas

pelo Conselho Geral e de Supervisão, na proporção da sua situação líquida, apurada no último balanço

aprovado.

No que diz respeito à sua redução, o capital social da Caixa Central só pode sofrer alterações que decorram

da amortização dos títulos de capital das Associadas que sejam exoneradas, excluídas ou extintas ou que

tenham sido deliberadas pela Assembleia Geral com o propósito de cobrir prejuízos.

O capital social da Caixa Central é, pois, exclusivamente detido pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, suas

Associadas, as quais, no final do ano de 2017, eram no número de 81, inexistindo qualquer outro tipo de

Associado, designadamente aqueles outros a que se refere a alínea b) do número 8 do Artigo 50º do RJCAM.

2. Restrições à transmissão dos Títulos de Capital

Nos termos do nº 5 do Artigo 5.º dos Estatutos da Caixa Central, a cessão de títulos de capital da Caixa

Central só pode acontecer entre Associadas e carece de autorização do Conselho Geral e de Supervisão da

Caixa Central, sendo expressamente proibida a cessão a estranhos.

3. Número de Votos

Regra geral, cada Associada disporá apenas de um voto, conforme o disposto na alínea a) do nº 1 do Artigo

22º e no nº 2 do Artigo 23.º dos Estatutos da Caixa Central.

Todavia, está prevista nesses mesmos Artigos estatutários a existência do voto ponderado, conforme se

desenvolverá infra no Ponto II. 2. i. j).

As Associadas que estejam intervencionadas pela Caixa Central disporão apenas de um voto,

independentemente da matéria que seja submetida a votação.

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Estruturas e práticas de Governo Societário 261

4. Regime de Solidariedade

A Caixa Central e as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, suas Associadas, que, no seu conjunto, compõem o

Sistema Integrado de Crédito Agrícola Mútuo, doravante SICAM, embora com personalidade jurídica

própria, garantem efectiva e reciprocamente as suas obrigações, no quadro de uma solidariedade intra-

sistémica, solidariedade essa cujo estabelecimento e posterior reforço presidiu à opção do legislador no

sentido da criação, num primeiro momento, da Caixa Central, autorizada pelo Artigo 52.º do anterior

RJCAM, aprovado pelo Decreto-Lei nº 231/82, de 17 de Junho, e que viria a concretizar-se em 1984, e, num

segundo momento, do SICAM, através do actual RJCAM, aprovado pelo Decreto-Lei nº 24/91, de 11 de

Janeiro, cuja constituição foi tornada pública pelo Banco de Portugal através do Aviso nº 11/91, de 14 de

Dezembro.

A evolução do tratamento legislativo do Crédito Agrícola Mútuo tem apontado inequivocamente no sentido

de uma integração crescente das Instituições de Crédito que o compõem (excepção feita às Caixas de

Crédito Agrícola Mútuo que optam por não se associar à Caixa Central), patenteada, por exemplo e desde

a aprovação do Decreto-Lei nº 231/82, na constituição da Caixa Central como depositária dos excessos de

liquidez das suas Associadas e, também, pelo paulatino, mas constante, incremento dos poderes de

fiscalização, orientação e acompanhamento efectuados pelo organismo central, os quais eram inexistentes

no diploma de 1982 e que foram instituídos pelo de 1991 e consideravelmente acrescidos na revisão que

este último diploma veio a sofrer com o Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho.

A evolução da regulamentação do Crédito Agrícola Mútuo aponta assim para a existência de uma garantia

recíproca e tácita que vincula todos os membros do SICAM, incluindo a Caixa Central.

Para além do Artigo 78.º do RJCAM instituir expressamente que a Caixa Central garante as obrigações

assumidas pelas suas Associadas, o inverso, isto é, que cada Associada garante as obrigações assumidas

pela Caixa Central, resulta da conjugação do disposto nas demais normas do RJCAM, aplicáveis ao SICAM,

bem como da realidade inequívoca evidenciada supra de que são as suas Associadas quem detém o seu

capital e que, em caso de necessidade, são chamadas a reforçá-lo.

A Caixa Central tem, pois, o direito a exigir às suas Associadas as prestações a que alude o Artigo 80.º do

RJCAM – reforço de fundos próprios - caso se encontre em situação de “desequilíbrio financeiro, traduzido,

designadamente, na redução dos fundos próprios a um nível inferior ao mínimo legal ou na inobservância

dos rácios e limites prudenciais que lhe são aplicáveis”.

As Caixas de Crédito Agrícola Mútuo são garantes da observância dos rácios e limites prudenciais da Caixa

Central, dos níveis dos seus fundos próprios e das obrigações assumidas pela mesma para com os seus

depositantes.

Acresce que os compromissos da Caixa Central para com estes seus depositantes são também eles

contragarantidos pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo que integram o SICAM por via do Fundo de

Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, doravante FGCAM, que é regulado pelo Decreto-Lei nº 345/98, de 9

de Novembro.

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Estruturas e práticas de Governo Societário 262

Participam no FGCAM a Caixa Central e as suas Associadas (Artigo 3º do Decreto-Lei nº 345/98), sendo que

o FGCAM só é accionável em caso de indisponibilidade de depósitos no SICAM como um todo (Artigo 14º,

nº 4, do Decreto-Lei nº 345/98).

Deste modo, verificando-se a indisponibilidade de depósitos somente na Caixa Central, mas não no SICAM

como um todo, as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo seriam, em primeira linha, chamadas a realizar as

quantias necessárias a garantir os direitos dos depositantes da Caixa Central e só, quando esgotadas as

disponibilidades de todo o SICAM é que se poderia recorrer ao FGCAM.

Ou seja, o regime circular e recíproco de solidariedade e garantia da Caixa Central e das suas Associadas

fica também, devidamente espelhado, através do funcionamento dos mecanismos de accionamento do

FGCAM.

II. Estrutura de Governo

1. Identificação do Modelo de Governo

Na sua governação, a Caixa Central adopta o modelo comummente conhecido por “Modelo Germânico”,

previsto no Artigo 278.º, n.º 1, alínea c) do CSC, modelo este que se caracteriza pela existência de um

Conselho Geral e de Supervisão, de um Conselho de Administração Executivo e de um Revisor Oficial de

Contas.

Estatutariamente, encontra-se ainda prevista a existência de mais dois órgãos sociais: a Assembleia Geral

e o Conselho Consultivo.

O mandato dos órgãos Sociais é de três anos, com excepção do mandato do Revisor Oficial de Contas que,

estatutariamente, pode ser de um, de dois ou de três anos.

O Modelo de Governo acima indicado e actualmente em vigor na Caixa Central resultou das alterações

estatutárias aprovadas na Assembleia Geral de Maio de 2015.

2. Órgãos Sociais, Comissões, Comités e Fóruns

Durante o ano de 2017 exerceram funções os membros dos órgãos sociais eleitos no dia 12 de Dezembro

de 2015, para o triénio 2016-2018, e que tomaram posse, após a obtenção da autorização para o exercício

de funções do Banco de Portugal, em 29 de Dezembro de 2015.

A única alteração à composição dos órgãos sociais durante o ano de 2017 verificou-se no seio do Conselho

Geral e de Supervisão decorrente do falecimento do Senhor Conselheiro Francisco Amâncio de Oliveira

Macedo, em 16 de Setembro, e que levou à subida à efectividade de funções do primeiro Suplente

designado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo dos Açores, C.R.L., Senhor António Manuel Melo Gomes

de Sousa, que tomou posse e iniciou as suas funções naquele órgão em 20 de Novembro de 2017.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 263

No decurso do ano de 2017, decorrida que estava metade do mandato dos órgãos de Administração e de

Fiscalização, e conforme estabelecido no Ponto 7.1.b) da Política Interna de Selecção e Avaliação de

Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa Central, foi levada a cabo,

de acordo com o Modelo Único de Avaliação do Crédito Agrícola, a reavaliação de adequação de todos os

Membros do Conselho de Administração Executivo e de todos os Membros Efectivos e Suplentes do

Conselho Geral e de Supervisão, concluindo-se a mesma a 29 de Dezembro de 2017, com a declaração da

Comissão de Avaliação de que, quer individualmente, quer colectivamente, se mantém inalterado o juízo

de adequação formulado em Outubro de 2015, em sede de avaliação prévia.

Segue-se a discriminação detalhada da composição dos órgãos sociais da Caixa Central, bem como das

principais competências que lhes são cometidas legal e estatutariamente.

i. Assembleia Geral

a. Composição da Mesa da Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral, eleita em Assembleia Geral de entre as Associadas no pleno gozo dos seus

direitos, é composta por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário, sendo que compete ao

Presidente representar a Mesa, convocar reuniões da Assembleia Geral e dar posse aos membros dos

corpos sociais.

No ano de 2017, a que se reporta este documento, a Mesa da Assembleia Geral era, e é actualmente,

composta, da seguinte forma:

Presidente: Nuno Carlos Ferreira Carrilho – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de

Terras de Viriato, CRL;

Vice-Presidente: Josué Cândido Ferreira dos Santos – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL;

Secretário: Carlos Alberto Samora Bitoque Vargas Mogo – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo de São Bartolomeu de Messines e São Marcos da Serra, CRL.

b. Competências da Mesa da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos, lhe atribuam

competências, em especial para:

Eleger, suspender e destituir os membros do Conselho Geral e de Supervisão, da Mesa da

Assembleia Geral, do Conselho de Administração Executivo e nove membros do Conselho

Consultivo;

Designar, sob proposta da comissão para as matérias financeiras, o Revisor Oficial de Contas;

Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Central e de plano de actividades

do SICAM, para o exercício seguinte;

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 264

Apreciar os relatórios anuais, a apresentar pelo Conselho Geral e de Supervisão e pela Comissão

para as Matérias Financeiras, sobre a sua actividade;

Deliberar sobre o relatório de gestão e as contas consolidadas do exercício anterior, votar a

proposta de aplicação de resultados e proceder à apreciação geral da administração e fiscalização

da Caixa Central;

Excluir as Associadas;

Decidir da alteração dos Estatutos;

Decidir das remunerações dos titulares dos órgãos sociais, excepto do Conselho de Administração

Executivo;

Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o Revisor Oficial de Contas,

administradores, mandatários, membros do Conselho Geral e de Supervisão, do Conselho

Consultivo e da Mesa da Assembleia Geral.

c. Número de Reuniões Realizadas

A Assembleia Geral reúne ordinariamente duas vezes por ano, tendo realizado um total de duas reuniões

em 2017.

A primeira reunião ordinária da Assembleia Geral realiza-se até 31 de Maio de cada ano, para, entre outras

matérias:

Discutir e votar o relatório de gestão e as contas consolidadas do exercício anterior, os relatórios

anuais do Conselho Geral e de Supervisão e da Comissão para as Matérias Financeiras sobre a sua

actividade;

Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados; e

Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da Caixa Central.

A segunda reunião ordinária da Assembleia Geral da Caixa Central realiza-se até 31 de Dezembro de cada

ano, para, entre outras matérias:

Discutir e votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Central e de plano de

actividades do SICAM para o ano seguinte; e

Eleger os titulares dos cargos sociais, se for caso disso.

A Assembleia Geral pode ainda reunir extraordinariamente, quando seja convocada pelo Presidente da

Mesa, por sua iniciativa ou a requerimento do Conselho Geral e de Supervisão ou do Conselho de

Administração Executivo ou do Revisor Oficial de Contas ou de, pelo menos, dez por cento das Associadas

da Caixa Central.

d. Convocatória

A convocatória de realização da Assembleia Geral é enviada pela Caixa Central às suas Associadas através

de correio electrónico ou por correio postal, sendo ainda a mesma afixada nos locais onde a Caixa Central

tenha a sua sede e/ou outras formas de representação.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 265

e. Antecedência da Convocatória

As reuniões são convocadas pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral com, pelo menos, 30 dias de

antecedência.

f. Informação Preparatória

A informação preparatória da reunião da Assembleia Geral é efectuada pelo Conselho Geral e de Supervisão

com, pelo menos, quinze (15) dias de antecedência em relação à data da reunião onde deva ser apreciada,

podendo ser disponibilizada na sede da Caixa Central e/ou enviada por correio electrónico ou correio postal

às suas Associadas.

g. Local onde se disponibiliza o acervo histórico com as deliberações tomadas nas

reuniões das Assembleias Gerais, o capital social representado e os resultados das

votações, com referência aos 3 anos antecedentes

Esta informação encontra-se arquivada na sede da Caixa Central, podendo nessa mesma sede ser

disponibilizada.

h. Direito de Voto

Como referido no Ponto I. 3. deste Relatório, para se proceder à votação da generalidade das matérias,

cada Associada dispõe de um voto, exceptuando-se as matérias que se referem no ponto seguinte, em que

há lugar a voto ponderado.

i. Voto Ponderado

Nos termos do Artigo 22.º dos Estatutos da Caixa Central, cada Associada pode dispor do número de votos

correspondente ao somatório das seguintes parcelas:

a) Um voto;

b) Tantos votos quanto o número que resultar da divisão do valor dos títulos de capital, em euros,

por si realizados por metade do quociente da divisão do capital social, também em euros,

realizado em 31 de Dezembro do ano anterior pelas Associadas, pelo número de Associadas,

com arredondamento para a unidade mais próxima;

c) Tantos votos quanto o número que resultar da divisão do valor da situação líquida de cada

Associada em euros, reportada a 31 de Dezembro do ano anterior, pelo quociente da divisão

da situação líquida total das Associadas, em euros, reportada a 31 de Dezembro do ano

anterior, pelo número de Associadas com arredondamento para a unidade mais próxima.

Note-se que, de acordo com o n.º 3 do supra citado Artigo 22º dos Estatutos, “O número de votos que cabe

a cada associada não poderá ultrapassar 10% do número total de votos e é anualmente apurado pela

Assembleia Geral que aprovar o relatório de gestão e as contas do exercício anterior, devendo constar de

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 266

lista a enviar às associadas até 30 de Junho de cada ano, mantendo-se desde 1 de Julho desse ano até 30

de Junho do ano seguinte”.

Nos termos do Artigo 23.º dos Estatutos, as Associadas só podem utilizar a totalidade dos votos calculados

nos termos do disposto no Artigo 22.º na votação das seguintes matérias:

a) Eleição e destituição do Conselho Geral e de Supervisão e do Conselho de Administração

Executivo;

b) Aprovação das propostas de plano de actividades e de orçamento da Caixa Central e de plano

de actividades do SICAM;

c) Decisões quanto à aplicação dos resultados do exercício;

d) Alteração dos Estatutos.

As Associadas que estejam intervencionadas pela Caixa Central, nos termos do disposto nos Artigos 77.º e

77º-A do RJCAM, só disporão de um voto, independentemente das matérias que sejam sujeitas a votação.

j. Deliberações que, por imposição estatutária, só podem ser tomadas por maioria

qualificada

Para além das deliberações da Assembleia Geral que, nos termos do Código Cooperativo e do Código das

Sociedades Comerciais, exigem maioria qualificada, o Artigo 38.º dos Estatutos da Caixa Central e que se

refere à aplicação de resultados exige que a Assembleia Geral tenha de deliberar por maioria absoluta de

votos:

a) A não partilha, total ou parcial, dos resultados apurados anualmente;

b) Que o prazo de vencimento dos créditos das Associadas – respeitantes à sua quota-parte nos

resultados apurados e a serem distribuídos – seja superior a trinta (30) dias.

Para além destas matérias, inexistem quaisquer outras que estatutariamente exijam deliberação por

maioria qualificada.

ii. Conselho de Administração Executivo

a. Composição do Conselho de Administração Executivo

O Conselho de Administração Executivo, eleito em Assembleia Geral, é composto por um Presidente e dois

ou quatros Administradores, tendo o seu Presidente voto de qualidade nas deliberações do órgão.

No ano de 2017, o Conselho de Administração Executivo era – assim continuando a ser - composto por um

Presidente e quatro Vogais eleitos na Assembleia Geral de 12 de Dezembro de 2015.

A saber:

Presidente: Licínio Manuel Prata Pina

Vogal: Renato Manuel Ferreira Feitor

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 267

Vogal: José Fernando Maia Alexandre

Vogal: Ana Paula Raposo Ramos Freitas

Vogal: Sérgio Manuel Raposo Frade

b. Selecção dos Membros do Conselho de Administração

Na Assembleia Geral de Maio de 2015, foi aprovada a Política de Selecção e Avaliação de Adequação dos

Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização que se reproduz na íntegra em anexo e que se

encontra publicada no sítio da internet do Crédito Agrícola.

No seio dessa Política encontram-se definidas os critérios de selecção e recrutamento dos membros do

Conselho de Administração Executivo, os seus respectivos perfis, definindo, designadamente, os

respectivos conhecimentos, capacidades e competências técnicas, bem como os critérios de diversificação

(género, idade, conhecimentos e experiência).

No momento da sua selecção – Outubro de 2015 – quer no ano de 2017, verifica-se que todos os Membros

do Conselho de Administração, individualmente e em colectivo, cumpriam integralmente os aludidos

critérios, o que, aliás, foi atestado, pela Comissão de Avaliação, justamente em Dezembro de 2017, ao

concluir a avaliação de adequação regular que, nos termos da referida Política é efectuada a meio de cada

mandato.

c. Competências do Conselho de Administração Executivo

As competências do Conselho de Administração Executivo decorrem da lei e dos Estatutos competindo-lhe,

em especial:

Administrar e representar a Caixa Central em juízo e fora dele, activa e passivamente, podendo

contrair obrigações, propor e seguir pleitos, desistir ou transigir em processos, comprometer-se

em árbitros, assinar termos de responsabilidade e, em geral, resolver acerca de todos os assuntos

que não caibam na competência de outros órgãos;

Contratar os trabalhadores da Caixa Central, estabelecendo as respectivas condições contratuais,

exercer em relação aos mesmos o correspondente poder directivo e disciplinar;

Constituir mandatários para a prática de determinados actos ou categorias de actos, definindo a

extensão dos respectivos mandatos;

Adquirir, alienar ou onerar quaisquer bens ou direitos, sem prejuízo do disposto no ponto infra;

Decidir, com o parecer do Conselho Geral e de Supervisão, sobre a emissão de obrigações,

aquisição, alienação e oneração de imóveis, que façam parte do imobilizado permanente da Caixa

Central e das participações a que se refere o nº 2 do Artigo 3º dos Estatutos;

Elaborar, para apreciação do Conselho Geral de Supervisão e para votação pela Assembleia Geral,

uma proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Central e de plano de actividades

do SICAM para o exercício seguinte;

Efectuar a selecção e avaliação dos titulares de funções essenciais, nos termos da Política Interna

de Selecção e Avaliação de Titulares de Funções Essenciais aprovada em Assembleia Geral;

Exercer as competências a que aludem as Secções II e III do Capítulo VI dos Estatutos, em sede de

orientação e fiscalização das suas Associadas;

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 268

Propor ao Conselho Geral e de Supervisão a aplicação às suas Associadas das sanções a que se

refere a Secção III-A do Capítulo VI dos Estatutos, bem como a suspensão a que se refere o Artigo

11º;

Decidir sobre todo e qualquer tipo de intervenção na gestão das Associadas.

d. Repartição das Competências entre os membros do Conselho de Administração Executivo

(Pelouros)

Durante o ano de 2017, os pelouros do Conselho de Administração Executivo foram os seguintes:

Licínio

Pina

Presidente

Executivo

Renato

Feitor

Administrador

Executivo

Maia

Alexandre

Administrador

Executivo

Ana Paula

Ramos

Administradora

Executiva

Sérgio Raposo

Frade

Administrador

Executivo e

CFO

Representação

Institucional,

Coordenação, e

Supervisão do

Grupo

Financeiro

Risco de

Crédito,

Internacional e

Seguros

Comercial,

Marketing e

Sistemas de

Informação

Jurídico,

Compliance,

Contabilidade,

Risco Global

CFO, Operações

e Suporte

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 269

- Direcção de

Auditoria (DA)

- Direcção de

Acompanhamento

e Supervisão

(DAS)

- Direcção de

Empresas (DE)

- Direcção Central

de Recursos

Humanos (DCRH)

- Direcção de

Planeamento

Estratégico e

Controlo de

Gestão (DPEC)

- Gabinete

Comunicação e

Relações

Institucionais

(GCRI)

- Gabinete de

Intervenções (GI)

- Direcção de

Negócio

Internacional

(DNI)

- Direcção de

Risco de Crédito

(DRC)

- Direcção de

Recuperação de

Crédito (DREC)

- Gabinete de

Organização e

Processos (GOP)

- Representação

na Association

Européenne des

Banques

Coopératives

(AEBC)

- Representação

no Fundo de

Garantia do

Crédito Agrícola

Mútuo (FGCAM)

- Direcção de

Retalho (DR)

- Direcção de

Banca Directa

(DBD)

- Direcção de

Dinamização de

Negócio (DDN)

- Direcção de

Marketing

Estratégico

(DME)

- Direcção de

Produtos (DP)

- Direcção de

Assuntos

Jurídicos (DAJ)

- Direcção de

Compliance (DC)

- Direcção de

Contabilidade e

Fiscalidade (DCF)

- Direcção de

Risco Global

(DRG)

- Gabinete de

Provedoria do

Cliente (GPC)

- Direcção

Financeira (DF)

- Direcção de

Logística, Suporte

e Compras (DLSC)

- Direcção de

Operações (DO)

e. Número de reuniões realizadas

Em termos estatutários, o Conselho de Administração Executivo não pode reunir sem que esteja presente

a maioria dos seus membros e deve reunir, pelo menos, uma vez por semana.

No ano de 2017, o Conselho de Administração Executivo realizou um total de 52 reuniões.

f. Órgão que efectua a avaliação do desempenho do Conselho de Administração Executivo

O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos,

designadamente para efeitos da atribuição e determinação da componente variável da remuneração, é o

Conselho Geral e de Supervisão.

Todavia, compete ao Comité de Remunerações, sob proposta do Conselho Geral e de Supervisão, deliberar

sobre essa matéria.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 270

g. Critérios para a avaliação de desempenho dos membros do Conselho de Administração

Executivo

Os critérios predeterminados para a avaliação do desempenho individual de cada Administrador Executivo

e em que se baseia a atribuição de uma componente variável da remuneração são os seguintes:

1) Ponderação do contributo prestado e da capacidade de resposta evidenciada, em presença da

complexidade das atribuições individuais e da interacção estabelecida com as Caixas de Crédito Agrícola

Mútuo e empresas do Grupo Crédito Agrícola;

2) Desempenho da Instituição aferido face aos seguintes indicadores: volume de negócios, cumprimento

de rácios e limites prudenciais, evolução dos resultados;

3) Contribuição individual relevante para a prossecução e concretização dos indicadores supra

mencionados em 2).

A definição do valor total da componente variável da remuneração combinará a avaliação do desempenho

individual e a avaliação do desempenho do órgão de Administração como um todo com os resultados

globais da Instituição.

h. Cargos exercidos no Grupo Crédito Agrícola

Os membros do Conselho de Administração Executivo cumulam o seu cargo de Administradores Executivos

da Caixa Central com outros cargos no seio do Grupo Crédito Agrícola.

Todos os membros do Conselho de Administração Executivo deixaram, desde 13 de Outubro de 2017, de

exercer o cargo de Gerente da Sucursal Financeira Exterior da Caixa Central em Cabo Verde, por esta ter

sido, por deliberação da Caixa Central, extinta, já se encontrando encerrada a sua liquidação.

O Senhor Presidente do Conselho de Administração Executivo, Licínio Manuel Prata Pina exerceu,

cumulativamente, durante o ano de 2017, os seguintes cargos:

- Presidente do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Serra da Estrela, C.R.L.;

- Presidente do Conselho de Administração da Crédito Agrícola SGPS, S.A;

- Presidente do Conselho de Administração da Crédito Agrícola – Seguros e Pensões, SGPS, S.A;

- Gerente da Sucursal Financeira Exterior da Caixa Central em Cabo Verde, até 13.10.2017.

O Senhor Administrador Executivo Renato Manuel Ferreira Feitor exerceu, cumulativamente, durante o

ano de 2017, os seguintes cargos:

- Vogal do Conselho de Administração da Crédito Agrícola, SGPS, S.A;

- Vogal do Conselho de Administração da Crédito Agrícola – Seguros e Pensões, SGPS, S.A;

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 271

- Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Crédito Agrícola Consult – Assessoria Financeira e de Gestão,

S.A.;

- Gerente da Sucursal Financeira Exterior da Caixa Central em Cabo Verde, até 13.10.2017.

O Senhor Administrador Executivo José Fernando Maia Alexandre exerceu, cumulativamente, durante o

ano de 2017, os seguintes cargos:

- Presidente do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcobaça, Cartaxo,

Nazaré, Rio Maior e Santarém, C.R.L. que, até Outubro de 2017, se denominava Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo de Alcobaça, C.R.L.;

- Presidente do Conselho de Administração Executivo da Crédito Agrícola Informática – Sistemas de

Informação, S.A;

- Presidente do Conselho de Administração Executivo do Crédito Agrícola Serviços – Centro de Serviços

Partilhados, ACE;

- Vogal do Conselho de Administração da Crédito Agrícola, SGPS, S.A;

- Vogal do Conselho de Administração da Crédito Agrícola – Seguros e Pensões, SGPS, S.A.;

- Gerente da Sucursal Financeira Exterior da Caixa Central em Cabo Verde, até 13.10.2017.

A Senhora Administradora Executiva Ana Paula Raposo Ramos Freitas exerceu, cumulativamente, durante

o ano de 2017, os seguintes cargos:

- Vogal do Conselho de Administração da Crédito Agrícola SGPS, S.A;

- Gerente da CCCAM, Gestão de Investimentos, Unipessoal, Lda;

- Gerente da Sucursal Financeira Exterior da Caixa Central em Cabo Verde, até 13.10.2017.

O Senhor Administrador Executivo Sérgio Manuel Raposo Frade exerceu, cumulativamente, durante o ano

de 2017, os seguintes cargos:

- Vogal do Conselho de Administração da Crédito Agrícola, SGPS, S.A;

- Presidente do Conselho de Administração da Agrocapital, Sociedade de Capital de Risco, S.A;

- Presidente do Conselho de Administração da Crédito Agrícola Consult, Assessoria Financeira e de Gestão,

S.A;

- Gerente da Crédito Agrícola Imóveis Unipessoal, Lda.;

- Gerente da CCCAM, Gestão de Investimentos, Unipessoal, Lda;

- Gerente da Sucursal Financeira Exterior da Caixa Central em Cabo Verde, até 13.10.2017.

i. Cargos exercidos fora do Grupo Crédito Agrícola

O Senhor Presidente do Conselho de Administração Executivo, Licínio Manuel Prata Pina, cumula com os

cargos exercidos no seio do Crédito Agrícola, os seguintes demais cargos:

a) Conselheiro do Conselho Nacional para a Economia Social designado pelo Governo da República

Portuguesa desde 2014;

b) Presidente do Conselho Fiscal da União da Misericórdias Portuguesas, desde 2016;

c) Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Cooperativa Agrícola dos Agricultores do Conselho de

Seia, desde 2017;

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 272

d) Suplente, em representação da Associação Portuguesa de Bancos, no Conselho Económico e

Social desde 2017.

O Senhor Administrador Executivo Sérgio Manuel Raposo Frade cumula com os cargos exercidos no seio

do Crédito Agrícola, o cargo de Membro Não Executivo do Conselho de Administração, em representação

do Crédito Agrícola, SGPS, SA, da Corretage e Información Monetaria y de Divisas, SA, desde 2013.

Os demais membros do Conselho de Administração Executivo não exercem cargos fora do Grupo Crédito

Agrícola.

j. Conselhos, Comissões, Comités e Fóruns Executivos e Consultivos:

O Conselho de Administração Executivo dispõe, em sede de coadjuvação executiva e/ou consultiva, dos

seguintes Conselhos, Comissões, Comités e Fóruns que reúnem, periodicamente e de acordo com o prévia

e normativamente definido, sem prejuízo de poderem reunir extraordinariamente quando convocados pelo

Conselho de Administração Executivo:

Conselhos e Comités de natureza executiva:

- Conselho de Crédito e Conselho de Crédito Alargado (CC e CCA)

- Conselho de Recuperação de Crédito (CRC)

- Comité de Gestão de Programa (PMO)

- Comité de Activos, Passivos e Capital (ALCCO)

- Comité de Acompanhamento e Supervisão

- Comité de Negócio e Tecnologia de Informação (SI/TI)

Conselhos e Comités de natureza consultiva:

- Conselho de Estratégia de Grupo

- Comité de Gestão de Risco

- Comité de Recuperação de Crédito

- Comité de Custos e Eficiência

- Comité Comercial e de Marketing

- Comité de Recursos Humanos

- Comité de SI/TI

- Comité de Gestão de Continuidade de Negócio

Competências e Composições dos Conselhos e Comités de natureza executiva

Conselhos de Crédito

O Conselho de Crédito (doravante CC) e o Conselho de Crédito Alargado (doravante CCA) são órgãos

colegiais e participativos, com delegação de poderes, conferindo-lhes a responsabilidade pelas decisões de

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 273

crédito e de recuperação, tendo por missão assegurar a qualidade da carteira de crédito da Caixa Central,

incluindo as operações sindicadas, estruturadas pela Caixa Central e participadas por entidades do SICAM.

Poderão ter assento em qualquer um dos Conselhos de Crédito, para além dos membros do Conselho de

Administração Executivo, os responsáveis pela Direcção de Empresas, pela Direcção de Retalho, pela

Direcção de Recuperação de Crédito, pela Direcção de Produtos, pela Direcção de Assuntos Jurídicos e pela

Direcção de Risco de Crédito, que apresentam as propostas e conferem apoio técnico à tomada de decisão,

cabendo ainda à Direcção de Risco de Crédito o secretariado desses Conselhos.

O Conselho de Administração Executivo poderá, se assim o entender, convidar outros participantes que

terão estatuto de observador.

As decisões são tomadas, em sede de CC, por, pelo menos, três membros do Conselho de Administração

Executivo e, em sede de CCA, por todos os membros do Conselho de Administração Executivo, sendo que

as suas reuniões se realizam quando convocadas, salvaguardando-se, em regra, a realização de, pelo

menos, uma reunião por semana.

Conselho de Recuperação de Crédito

O Conselho de Recuperação de Crédito (doravante CRC) é um órgão colegial e participativo, que tem por

missão rentabilizar a carteira de crédito da Caixa Central, apoiando e tomando, para o efeito, medidas de

gestão de recuperação, a fim de minorar e/ou monitorizar os efeitos negativos decorrentes das situações

de incumprimento.

Decidem-se, pois, no CRC todas as medidas de recuperação de específicas e concretas operações de crédito

da carteira da Caixa Central que se encontrem em mora e/ou incumprimento.

Têm assento no CRC, para além dos membros do Conselho de Administração Executivo, o responsável pela

Direcção de Recuperação de Crédito, que apresenta as propostas, e o responsável pela Direcção de Risco

de Crédito, que o secretaria e que confere apoio técnico à tomada de decisão.

As decisões são tomadas, em sede de CRC, por, pelo menos, três membros do Conselho de Administração

Executivo, sendo que as reuniões se realizam quando convocadas, salvaguardando-se, em regra, a

realização de, pelo menos, uma reunião por semana.

Comité Executivo de Gestão de Programa (PMO)

O Comité Executivo de Gestão de Programa (comummente designado de PMO) é um órgão colegial de

coadjuvação executiva e que tem por principal objectivo o planeamento e acompanhamento de cada uma

das iniciativas com maior relevância no Plano de Actividades Anual, designadamente a avaliação do

cumprimento dos seus objectivos, da execução do seu plano, da qualidade das entregas e da execução do

seu orçamento.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 274

Anualmente e com a aprovação do Plano de Actividades em Assembleia Geral, são seleccionadas, pelo

Conselho de Administração Executivo, as iniciativas que, sendo agregadas em streams, ficam sob

acompanhamento do PMO, confirmando-se, desde logo, a identificação do respectivo líder.

Participam e integram cada ciclo de reuniões de PMO, o Conselho de Administração Executivo, um

Administrador Executivo do Crédito Agrícola Serviços, ACE (doravante CAS) e da Crédito Agrícola

Informática, S.A. (doravante CAI) e a Direcção de Planeamento Estratégico e Controlo de Gestão, a quem

cabe a função de coordenação de agenda, e cada um dos líderes das iniciativas.

As reuniões de PMO, organizadas em streams, realizam-se mensalmente, nas penúltimas quinta-feira e

sexta-feira de cada mês,

Comité de Activos, Passivos e Capital (ALCCO)

O Comité ALCCO é um órgão colegial de coadjuvação executiva que tem por missão a preparação e a

tomada de decisões em matéria de gestão de activos e passivos, bem como o seu posterior

acompanhamento.

Compete-lhe, pois, propor, avaliar e acompanhar a política de gestão dos riscos de balanço, assim como

propor e garantir a implementação da política de gestão dos activos e passivos que maximize o valor dos

capitais próprios de acordo com as directrizes emanadas do Conselho de Administração Executivo.

O Comité ALCCO reúne mensalmente e, em regra, na antepenúltima sexta-feira do mês, sendo que nele

participam, ordinária e regularmente, o Conselho de Administração Executivo, a Direcção Financeira, a

Direcção de Risco Global, a Direcção de Planeamento Estratégico e Controlo de Gestão, a Direcção de

Acompanhamento e Supervisão, a Crédito Agrícola Vida, companhia de seguros, S.A. e a Crédito Agrícola

Gest S.G.F.I.M., S.A., podendo estas reuniões ser acompanhadas por um representante do Conselho Geral

e de Supervisão.

Comité de Acompanhamento e Supervisão

O Comité é um órgão colegial de coadjuvação executiva que tem por missão a apreciação e a decisão sobre

assuntos relativos ao acompanhamento e supervisão das Caixas Associadas.

Compete-lhe, pois, apreciar e deliberar sobre pareceres para admissão de associados pelas Caixas

Associadas, nos termos previstos no nº5 do artigo 19º do R.J.C.A.M, assim como, sobre propostas de

autorização das situações previstas no articulado dos Contractos de Assistência Financeira celebrados entre

o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, as Caixas Agrícolas assistidas e a Caixa Central. A este

comité é incumbida também a função de apreciar relatórios periódicos de acompanhamento de Caixas

Agrícolas.

Este Comité reúne semanalmente e, sendo que nele participam, ordinária e regularmente, 3 membros do

Conselho de Administração Executivo e a Direcção de Acompanhamento e Supervisão.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 275

Comité Executivo de Negócio e Tecnologia de Informação (SI/TI)

Trata-se de um órgão colegial que coadjuva o Conselho de Administração Executivo na gestão e tomada de

decisões estruturais da função Sistemas de Informação e Tecnologia de Informação (SI/TI), não só da Caixa

Central, mas de todo o Grupo Crédito Agrícola.

Compete-lhe em particular, analisar, acompanhar e decidir sobre:

i) a evolução da organização responsável pela função SI/TI (CAS/CAI);

ii) a gestão da procura de SI/TI por parte das estruturas da Caixa Central, das Caixas de Crédito Agrícola

Mútuo e das Empresas do Grupo, incluindo a ordenação prioritária de projectos (ex. suspensão de projectos

planeados ou arranque de projectos não planeados) e a aquisição de capacidade sem enquadramento

orçamental;

iii) o projecto plurianual denominado “catálogo de serviços do Grupo” e os objectivos nele contidos;

iv) o desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras/disruptivas que possam aportar valor ao Grupo;

v) oportunidades de reforço da eficiência (ex. via outsourcing de actividades não-core).

O Comité Executivo de Negócio e Tecnologia de Informação (SI/TI) reúne mensalmente, em regra na

antepenúltima quinta-feira de cada mês, nele participando, regular e ordinariamente, o Conselho de

Administração Executivo, a Direcção de Planeamento Estratégico e Controlo de Gestão, um Administrador

Executivo do CAS e da CAI, a Área de Relação e Projectos do CAS e da CAI e o Gabinete de Planeamento e

Controlo do CAS e da CAI.

Dependendo da agenda de cada reunião, podem ser convocados pelo Conselho de Administração

Executivo, sob proposta da DPEC e/ou do Gabinete de Planeamento e Controlo do CAS, qualquer Direcção

e/ou Gabinete da Caixa Central ou de qualquer empresa do Grupo Crédito Agrícola.

Competências e Composições dos Conselhos e Comités de natureza consultiva

No que aos fóruns de natureza consultiva diz respeito, sintetizam-se a sua missão, composição e

periodicidade das suas reuniões da seguinte forma:

Nome Missão Tópicos regulares (não

exaustivo) Composição Periodicidade

Conselho de

Estratégia do

Grupo

Acompanhar a

elaboração e

execução do

Plano Estratégico,

Orçamentação e

Controlo de

Grupo garantindo

o alinhamento

das CCAM e das

Empresas

Participadas

(i) Análise e discussão dos

objectivos estratégicos

propostos pelo CAE e

monitorização da sua

implementação; (ii) Avaliação

da performance de negócio no

Grupo Crédito Agrícola e

avaliação interna da dispersão

ao nível das CCAM benchmark

sectorial, incluindo produto

bancário, margens,

- CAE;

- CEO de cada uma das

Empresas Participadas;

- 5 CCAM integrantes do

CGS da Caixa Central e de

empresas participadas + 1

CCAM por deliberação do

CAE.

Em 2017, CCAM de

Pombal, CCAM do Baixo

Mondego, CCAM de Terras

Mensal

(última

quinta-feira

do mês)

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 276

relativamente às

orientações

estratégicas

rentabilidade, eficiência,

qualidade do crédito e capital;

(iii) monitorização e controlo

do cumprimento da

orçamentação, sugerindo

melhorias ou acções

correctivas no aplicável.

do Sousa, Ave, Basto e

Tâmega, CCAM de S.

Teotónio, CCAM do Baixo

Vouga e CCAM da Costa

Azul;

- Direcção de

Planeamento Estratégico e

Controlo de Gestão (DPEC)

Comité de

Gestão do

Risco

Assegurar uma

visão partilhada

da gestão de

riscos do grupo –

políticas,

processos,

normas,

ferramentas e

indicadores,

fomentando a sua

adopção por

parte da

generalidade das

CCAM

(i) Alinhamento das principais

Políticas de Risco no Grupo,

avaliação da heterogeneidade

de processos e grau de

adesão das CCAM; (ii)

Evolução dos principais

macro-riscos com impacto na

performance do Grupo; (iii)

Discussão das principais

exposições de crédito, posição

de capital e cumprimento de

indicadores regulamentares;

(iv) Partilha dos aspectos mais

relevantes da actividade de

reporting prudencial.

- Administrador Executivo

do Pelouro da Gestão de

Risco Global (Drª Ana

Paula Ramos);

- 3 CCAM (nelas incluídas

uma das CCAM integrante

do CGS da Caixa Central);

- Direcção de Risco Global

(DRG);

- Direcção de

Acompanhamento e

Supervisão (DAS).

Trimestral

Comité de

Recuperação

de Crédito

Assegurar a

implementação

de uma função de

Recuperação de

Crédito no Grupo

Crédito Agrícola,

garantindo a

adesão das CCAM

e resposta às suas

necessidades

(i) Análise da evolução da

carteira de crédito em

recuperação e sua

rentabilização; (ii)

Acompanhamento do stock de

provisões e provisionamento

específico para créditos em

incumprimento; (iii) Análise

dos volumes recuperados por

tipo de crédito, segmento de

cliente e Caixa; (iv) Análise do

status do projecto de

redesenho dos processos de

análise de risco e recuperação

de crédito; (v) Alinhamento

dos volumes de crédito

vencido para abate ao activo;

(vi) Execução do plano de

desinvestimento imobiliário

do Grupo Crédito Agrícola.

- Administrador Executivo

do Pelouro da

Recuperação de Crédito

(Dr. Renato Feitor);

- 3 CCAM (nelas incluídas

uma das CCAM

integrantes do CGS da

Caixa Central);

- Direcção de

Recuperação de Crédito

(DREC). Trimestral

Comité de

Custos e

Eficiência

Promover o

aumento da

eficiência

operacional ao

(i) Avaliação do alinhamento

actual de processos comuns

de compras e articulação no

Grupo; (ii) Análise da evolução

- Administrador Executivo

do Pelouro de Custos (Dr.

Sérgio Frade); Trimestral

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 277

nível de

processos do

Grupo Crédito

Agrícola e custos,

através do

envolvimento dos

intervenientes na

génese de

iniciativas

dos custos e consumos do

Grupo; (iii) Acompanhamento

dos principais indicadores,

nomeadamente ao nível de

volumes e poupanças; (iv)

Proposta e identificação de

oportunidades para ganhos

de eficiência e sinergias; (v)

Acompanhamento das

iniciativas de redução de

custos em curso; (vi)

Acompanhamento de

negociações de contratos

relevantes; (vii)

Acompanhamento e

dinamização do portal de

compras do Grupo.

- 3 CCAM (nelas incluídas

uma das CCAM

integrantes do CGS da

Caixa Central);

- Direcção de Logística,

Suporte e Compras (DLSC).

Comité

Comercial e

de Marketing

Garantir a

implementação

homogénea das

ofertas de

produto Grupo e

maximizar a

adesão aos

processos

comerciais de

Grupo

(i) Análise da evolução da

performance comercial do

Grupo Crédito Agrícola vs.

concorrência; (ii) Análise da

dinâmica comercial ao nível

de produtos lançados e

eficácia das campanhas; (iii)

Análise do cumprimento pelas

CCAM de objectivos

comerciais estabelecidos e

adesão aos processos de

Grupo; (iv) Alinhamento de

práticas comerciais base no

Grupo e identificação de best

practices, incluindo ao nível

de sistema de incentivos; (v)

Acompanhamento do

orçamento e desvios

- Administrador Executivo

do Pelouro do Marketing

(Sr. Maia Alexandre);

- 3 CCAM (nelas incluídas

uma das CCAM

integrantes do CGS da

Caixa Central);

- Direcção de Marketing

Estratégico (DME);

- Direcção de Dinamização

do Negócio (DDN).

Trimestral

Comité de RH

Promover o

alinhamento das

políticas de

Recursos

Humanos ao nível

do Grupo Crédito

Agrícola,

alinhadas com

objectivos

estratégicos

(i) Análise da força de

trabalho do Grupo e

identificação de necessidades

de reforço de recursos e

competências; (ii) Avaliação

da política de remuneração e

sistema de incentivos por

objectivos – alinhamento

interno e benchmark

sectorial; (iii) Discussão do

modelo de avaliação de

desempenho; (iv) Avaliação

de políticas de recrutamento;

(v) Avaliação do programa de

- Presidente do Conselho de Administração Executivo e Administrador Executivo do Pelouro (Engº Licínio Pina); - 3 CCAM (nelas incluídas uma das CCAM do CGS da Caixa Central); - DERH.

Trimestral

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 278

formação profissional e

resultados obtidos; (vi)

Identificação de top

performers e monitorização

do desempenho; (vii)

Acompanhamento da

legislação do trabalho e

segurança social.

Comité de

SI/TI

Monitorizar a

evolução das SI

/TI, com enfoque

no cumprimento

de metas, nível de

serviço e

satisfação dos

utilizadores finais

(i) Reporte da actividade SI/TI;

(ii) Modelo organizacional do

CA Serviços.

- Conselho de

Administração Executivo

do CAS e CAI;

- 2 CCAM integrantes do

CGS da Caixa Central;

- 3 CCAM adicionais.

Trimestral

Comité de

Gestão da

Continuidade

de Negócio

Garantir a

aprovação e

difusão da política

e directrizes no

âmbito da Gestão

da Continuidade

de Negócio para

todo o Grupo

Crédito Agrícola,

desempenhando

um papel de

carácter

estratégico que

potencie a

integração com

outras temáticas

relevantes como

a gestão do risco,

de acordo com as

recomendações

emitidas pelas

entidades

supervisoras do

sector financeiro

nacional

(i) Promover e propor ao CAE

da Caixa Central a revisão e

actualização da política e das

directrizes estratégicas sobre

a Gestão da Continuidade de

Negócio do Grupo CA,

incluindo o seu Modelo de

Governação; (ii) Receber

informação de monitorização

do estado da Gestão da

Continuidade de Negócio no

Grupo CA; (iii) Assegurar o

alinhamento da Gestão da

Continuidade de Negócio com

a estratégia do Grupo; (iv)

Assegurar a articulação entre

todas as Caixas Associadas e

empresas do GCA, no que

respeita à Gestão da

Continuidade de Negócio.

- Administrador Executivo

com o pelouro dos

Seguradores;

- 2 CCAM;

- CA Seguros;

- CA Vida;

- CA Gest;

- CAS;

- GOP,

- Direcção de Risco Global

(DRG);

- Direcção de Auditoria

(DA). Semestral

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 279

iii. Conselho Geral e de Supervisão

a. Composição

O Conselho Geral e de Supervisão é composto por sete ou nove Associadas, eleitas pela Assembleia Geral,

devendo cada uma nomear três pessoas singulares, uma efectiva e duas suplentes, para exercer o cargo

em nome próprio.

Ao Presidente ou a quem o substituir é atribuído voto de qualidade nas deliberações do Conselho Geral e

de Supervisão.

A composição do Conselho Geral e de Supervisão em 2017 é a resultante da eleição efectuada na

Assembleia Geral Eleitoral de 12 de Dezembro de 2015, tendo sofrido, no decurso do ano, uma alteração

decorrente do falecimento do Conselheiro, Senhor Francisco Amâncio de Oliveira Macedo, conforme de

seguida se refere.

Presidente

Carlos Alberto Courelas – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Pombal, CRL;

Vogais

Francisco Amâncio de Oliveira Macedo – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo dos Açores, C.R.L.,

até 16.09.2017, substituído em 20.11.2017 por António Manuel Melo Gomes de Sousa, igualmente

nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo dos Açores, C.R.L.;

Orlando José Matos Felicíssimo – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Aljustrel e Almodôvar,

C.R.L.;

António João Mota Cachulo da Trindade – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Baixo

Mondego, C.R.L.;

Afonso de Sousa Marto – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha, C.R.L.;

Alcino Pinto dos Santos Sanfins – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Douro, Corgo e Tâmega,

C.R.L. que actualmente se designa Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Trás-os-Montes e Alto Douro, C.R.L.;

José Gonçalves Correia da Silva – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, C.R.L.;

Artur Teixeira de Faria – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras do Sousa, Ave, Basto e

Tâmega, C.R.L.;

Magda Cristina Baptista Antunes Santolini – nomeada pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Zona do

Pinhal, C.R.L.

b. Competências

Sem prejuízo do mais previsto na lei e nos Estatutos, compete ao Conselho Geral e de Supervisão:

i. Representar o SICAM;

ii. Dar consentimento prévio ao Conselho de Administração Executivo para aquisição, alienação e

oneração de imóveis, que façam parte do imobilizado permanente da Caixa Central e das

participações sociais a que se refere o nº 2 do Artigo 3º dos Estatutos da Caixa Central;

iii. Dar consentimento prévio ao Conselho de Administração Executivo à emissão de obrigações e

outros títulos de dívida negociáveis;

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 280

iv. Dar parecer sobre as políticas de concessão de crédito a seguir pelo Conselho de Administração

Executivo;

v. Dar parecer sobre a proposta de plano de actividades e orçamento da Caixa Central e de plano de

actividades do SICAM para o exercício seguinte;

vi. Dar parecer sobre as medidas de fiscalização e sobre a intervenção na gestão das Associadas,

propostas pelo Conselho de Administração Executivo;

vii. Dar parecer sobre as medidas necessárias à garantia de solvabilidade e liquidez do SICAM e das

Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, suas Associadas, propostas pelo Conselho de Administração

Executivo;

viii. Dar parecer sobre as medidas necessárias à satisfação dos direitos dos credores do SICAM, nos

termos da Secção VII do Capítulo VI dos Estatutos, propostas pelo Conselho de Administração

Executivo;

ix. Admitir as Associadas e suspendê-las do exercício dos seus direitos;

x. Dar parecer sobre o registo especial no Banco de Portugal dos membros dos órgãos sociais de

Caixas de Crédito Agrícola Mútuo pertencentes ao SICAM sob proposta do Conselho de

Administração Executivo;

xi. Dar parecer sobre a possibilidade das Associadas instalarem agências e excederem as relações e

limites prudenciais;

xii. Dar parecer sobre as orientações gerais para a gestão da liquidez da Caixa Central proveniente dos

excedentes nela depositados pelas Associadas;

xiii. Dar parecer sobre as orientações e regras gerais previstas na Secção II do Capítulo VI dos Estatutos

e acompanhar o seu cumprimento;

xiv. Fiscalizar a execução e aplicação das políticas, medidas, orientações e regras gerais a que aludem

os pontos iv, vii, viii, xii e xiii supra;

xv. Aplicar às Associadas as sanções previstas nos Estatutos em caso de incumprimento das regras, das

orientações ou das recomendações vinculativas, sob proposta do Conselho de Administração

Executivo.

c. Número de reuniões realizadas

O Conselho Geral e de Supervisão reúne, em plenário, pelo menos, uma vez por mês, tendo realizado, em

2017, um total de 26 reuniões plenárias.

d. Identificação das Comissões criadas no seu seio, competências e composição

O Conselho Geral e de Supervisão deve, nos termos dos Artigos 278.º, n.º 4, 444.º, n.º 2 do CSC e do Artigo

27.º, n.º 2 dos Estatutos, nomear uma Comissão para as Matérias Financeiras, com as competências e a

composição previstas na lei, que deve apresentar anualmente à Assembleia Geral um relatório relativo à

acção fiscalizadora exercida durante esse ano.

A Comissão para as Matérias Financeiras tem as seguintes competências, nos termos do Artigo 441.º, n.º

1, alíneas f) a o), ex-vi Artigo 444º, nº 2, ambos do CSC:

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 281

i. Verificar, quando o julgue conveniente e pela forma que entenda adequada, a regularidade dos

livros, registos contabilísticos e documentos que lhes servem de suporte, assim como a situação

de quaisquer bens ou valores possuídos pela instituição a qualquer título;

ii. Verificar se as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados pela instituição

conduzem a uma correcta avaliação do património e dos resultados;

iii. Dar parecer sobre o relatório de gestão e as contas do exercício;

iv. Fiscalizar a eficácia do sistema de gestão de riscos, do sistema de controlo interno e do sistema

de auditoria interna, se existentes;

v. Receber as comunicações de irregularidades apresentadas por accionistas, colaboradores da

sociedade ou outros;

vi. Fiscalizar o processo de preparação e de divulgação de informação financeira;

vii. Propor à Assembleia Geral a nomeação do Revisor Oficial de Contas;

viii. Fiscalizar a revisão de contas aos documentos de prestação de contas da instituição;

ix. Fiscalizar a independência do Revisor Oficial de Contas, designadamente no tocante à prestação

de serviços adicionais.

O Conselho Geral e de Supervisão está ainda estatutariamente – nos termos do Artigo 27º, nº 3 - obrigado

a proceder à nomeação de um Comité de Remunerações, com as competências e composição previstas na

lei, nomeadamente no Artigo 115.º-H do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras,

doravante RGICSF, competindo-lhe, entre outras funções, fixar a remuneração do Conselho de

Administração Executivo.

Infra no ponto V. 2. desenvolver-se-á a natureza, funcionamento e competências do Comité de

Remunerações da Caixa Central.

Para além destas Comissões, obrigatórias por lei, o Conselho Geral e de Supervisão pode nomear, de entre

os seus membros, uma ou mais comissões para o exercício de determinadas funções, designadamente para

fiscalização do Conselho de Administração Executivo.

Durante o ano de 2017, estiveram – como ainda estão - em exercício de funções no seio do Conselho Geral

e de Supervisão as seguintes Comissões, integradas pelos Senhores Conselheiros abaixo identificados:

Comissão para as Matérias Financeiras integrada por:

- Conselheiro José Gonçalves Correia da Silva

- Conselheiro Afonso de Sousa Marto

- Conselheiro Artur Teixeira de Faria

Comité de Remunerações integrado por:

- Conselheiro António João Mota Cachulo da Trindade

- Conselheiro Alcino Pinto dos Santos Sanfins

- Conselheiro Orlando José Matos Felicíssimo

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 282

e. Cargos sociais exercidos em acumulação no Grupo Crédito Agrícola

Todos os membros do Conselho Geral e de Supervisão acumulam o exercício de funções em outros cargos

sociais ou estatutários no seio do Grupo Crédito Agrícola com o seu cargo no Órgão de Fiscalização da Caixa

Central:

O Senhor Presidente do Conselho Geral e de Supervisão, Carlos Alberto Courelas, exerceu, em 2017,

cumulativamente, os cargos de Administrador da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Pombal, C.R.L. e de

Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Crédito Agrícola SGPS, SA.

O Senhor Conselheiro Francisco Amâncio de Oliveira Macedo exerceu, até 16.09.2017, cumulativamente,

o cargo de Presidente do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo dos Açores, C.R.L.

O Senhor Conselheiro António Manuel Melo Gomes de Sousa acumulou desde 20.11.2017 as funções de

Vogal do Conselho Geral e de Supervisão da Caixa Central com as de Presidente do Conselho de

Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo dos Açores, C.R.L.

O Senhor Conselheiro Orlando José Matos Felicíssimo exerceu, em 2017, cumulativamente, o cargo de

Administrador da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Aljustrel e Almodôvar, C.R.L.

O Senhor Conselheiro António João Mota Cachulo da Trindade exerceu, em 2017, cumulativamente, o

cargo de Presidente do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Baixo Mondego,

C.R.L.

O Senhor Conselheiro Afonso de Sousa Marto exerceu, em 2017, cumulativamente, o cargo de Presidente

do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha, C.R.L.

O Senhor Conselheiro Alcino Pinto dos Santos Sanfins exerceu, em 2017, cumulativamente o cargo de

Presidente do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Trás-os-Montes e Alto

Douro, C.R.L.

O Senhor Conselheiro José Gonçalves Correia da Silva exerceu, em 2017, cumulativamente, o cargo de

Presidente do Conselho de Administração Executivo da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, C.R.L.

O Senhor Conselheiro Artur Teixeira de Faria exerceu, em 2017, cumulativamente o cargo de Presidente

do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras do Sousa, Ave, Basto e Tâmega,

C.R.L.

A Senhora Conselheira Magda Cristina Batista Antunes Santolini, exerceu, em 2017, cumulativamente, o

cargo de Coordenadora Geral da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Zona do Pinhal, C.R.L.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 283

iv. Revisor Oficial de Contas

a. Identificação

O Revisor Oficial de Contas tem, especialmente, o dever de proceder a todos os exames e verificações

necessárias à revisão e certificação das contas, nos termos previstos na lei.

Nos termos do Artigo 33.º dos Estatutos da Caixa Central, o Revisor Oficial de Contas é designado pela

Assembleia Geral, sob proposta da Comissão para as Matérias Financeiras, por um período de um, dois ou

três anos.

Na Assembleia Geral de 28 de Maio de 2016, foi seleccionada e designada para exercer as funções de

Revisor Oficial de Contas, pelo prazo de três anos, para o mandato 2016/2018, a Sociedade de Revisores

Oficiais de Conta PWC - PriceWaterhouseCoopers & Associados - SROC, Lda, representada pelo Sr. Dr.

Aurélio Adriano Rangel Amado.

b. Indicação do número de anos consecutivos em que é Revisor da Caixa Central e/ou de

Empresas do Grupo

A Sociedade de Revisores Oficiais de Contas PWC – PriceWaterhouseCoopers & Associados foi designada

pela primeira vez Revisor Oficial de Contas da Caixa Central na Assembleia Geral de 30 de Maio de 2015.

Está pois em exercício de funções de Revisor Oficial de Contas na Caixa Central há dois anos consecutivos.

v. Conselho Consultivo

a. Composição

Estatutariamente, o Conselho Consultivo da Caixa Central é composto por um número de membros não

superior a quinze.

Nove dos seus membros são eleitos pela Assembleia Geral, de entre Associadas não representadas no

Conselho Geral e de Supervisão e na Mesa da Assembleia Geral.

O décimo membro do Conselho Consultivo é designado, por inerência, correspondendo ao último

Presidente do Conselho Geral e de Supervisão, desde que não exerça qualquer outro cargo social na Caixa

Central.

Os demais cinco membros poderão ser nomeados pelo Conselho Geral e de Supervisão, ouvidos que sejam

os nove eleitos e o décimo designado por inerência.

Ao Presidente ou a quem o substituir é atribuído voto de qualidade nas deliberações do Conselho

Consultivo.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 284

A actual composição do Conselho Consultivo e que era a existente durante do ano de 2017 é a seguinte:

Presidente

Hélio José de Lemos Rosa – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alenquer, C.R.L.;

Vogais

José Luís Tirapicos Nunes – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alentejo Central, C.R.L.;

José Lopes Gonçalves Barbosa – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alto Cávado e Basto,

C.R.L.;

Normando António Gil Xarepe – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e

Arronches, C.R.L.;

António Germano Fernandes de Sá e Abreu – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio

Ave, C.R.L.;

João Nascimento Canas Guerra – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Nordeste Alentejano,

C.R.L.;

António Francisco Coelho Pinheiro – nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Paredes, C.R.L.;

José Manuel Guerreiro Estiveira Gonçalves - nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Silves, C.R.L.;

Francisco Eduardo das Neves Rebelo - nomeado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale do Távora e

Douro, C.R.L.;

Adriano Augusto Diegues – Nomeado por inerência, nos termos do nº 2 do Artigo 35º dos Estatutos da

Caixa Central.

Com excepção do Senhor Conselheiro Adriano Augusto Diegues que exerce o cargo por inerência, o Senhor

Presidente e os demais Senhores Conselheiros do Conselho Consultivo foram eleitos na Assembleia Geral

de 12 de Dezembro de 2015, para o mandato de 2016-2018.

b. Competências

Sem prejuízo do mais previsto nos Estatutos, compete ao Conselho Consultivo:

Eleger e substituir o seu Presidente;

Dar parecer quanto ao exercício pela Caixa Central dos poderes previstos no nº 3 do Artigo 63º dos

Estatutos;

Dar parecer sobre as propostas de admissão, suspensão e exclusão de Associadas da Caixa Central;

Dar parecer sobre o plano de actividades e orçamento da Caixa Central e o plano de actividades do

SICAM;

Dar parecer sobre a aplicação de sanções nos termos da Secção III-A do Capítulo VI dos Estatutos;

Pronunciar-se sobre quaisquer outras matérias que o Conselho de Administração Executivo ou o

Conselho Geral e de Supervisão da Caixa Central entendam submeter-lhe.

c. Número de reuniões realizadas

O Conselho Consultivo reúne em plenário, pelo menos, uma vez por trimestre, ou sempre que convocado

pelo seu Presidente por sua iniciativa ou a solicitação de dois dos seus membros, do Conselho Geral e de

Supervisão ou do Conselho de Administração Executivo.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 285

No ano de 2017, o Conselho Consultivo realizou um total de 14 reuniões.

vi. Comissão de Avaliação

Em cumprimento das alterações instituídas ao RGICSF pelo Decreto-Lei n.º 157/2014, de 24 de Outubro,

mormente de acordo com o disposto no seu Artigo 30.º-A, a Assembleia Geral de 30 de Maio de 2015, por

proposta do Conselho de Administração Executivo, aprovou a Política Interna de Selecção e Avaliação da

Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa Central, a qual definiu:

a. Os responsáveis pela Avaliação da Adequação – Comissão de Avaliação;

b. A composição e o funcionamento da Comissão de Avaliação;

c. A Política de Avaliação;

d. Os procedimentos de Avaliação Inicial;

e. Os procedimentos de Reavaliação;

f. A prevenção específica de conflitos de interesses;

g. A acumulação de cargos;

h. A diversidade de géneros;

i. A formação profissional.

Na sequência da aprovação desta Política Interna, que estabelece que a Comissão de Avaliação é integrada

por três Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, Associadas da Caixa Central que nela não exerçam qualquer

cargo social, foram designadas pelo Conselho Geral e de Supervisão para integrar essa Comissão, para o

triénio 2016-2018, as:

a) Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Área Metropolitana do Porto, C.R.L.;

b) Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Anadia, C.R.L.;

c) Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Douro e Côa, C.R.L.

Cada uma dessas Associadas designou um seu representante para exercer o cargo em nome próprio, tendo

sido empossados, no dia 8 de Outubro de 2015 e para exercerem o seu mandato de três anos, os seguintes

membros da Comissão de Avaliação da Caixa Central:

a) Presidente: Licínia do Carmo de Oliveira Bugalho, designada pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo

da Área Metropolitana do Porto, C.R.L.;

b) Vogal: Álvaro Gonçalves Marques Pereira, designado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da

Anadia, C.R.L.;

d) Vogal: Rui Jorge Vicente Ah Lima, designado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Douro e Côa,

C.R.L.

A Comissão de Avaliação da Caixa Central efectuou a Avaliação de Adequação Inicial de todos os Candidatos

aos órgãos de administração e fiscalização da Caixa Central, para o triénio de 2016-2018, os quais foram

eleitos na Assembleia Geral de 12 de Dezembro de 2015 e, sem mácula e/ou reserva do Banco de Portugal,

a ser autorizados para o exercício de funções, tomando posse em 29 de Dezembro de 2015.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 286

A Comissão de Avaliação da Caixa Central não foi, desde então e até ao momento, chamada a efectuar

qualquer Avaliação por facto superveniente.

Durante o ano de 2017, a meio do mandato dos órgãos de Administração e de Fiscalização, foi efectuada a

Avaliação Regular de todos os Membros do Conselho de Administração Executivo e do Conselho Geral e de

Supervisão, concluindo, em 29 de Dezembro de 2017, com a emissão e assinatura dos Relatórios de

Avaliação Regular Individual e Colectiva, pela adequação de todos os membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização.

III. Aprovação de Normativos Vinculativos

No ano de 2017, foram submetidos a apreciação do Conselho Geral e de Supervisão para emissão de Parecer

Prévio e a aprovação do Conselho de Administração Executivo os seguintes Normativos Vinculativos:

a) Normativo de Prestação de Serviços Jurídicos, aprovado em 21 de Dezembro de 2017, e aplicável a todo

o SICAM;

b) Código de Ética e Conduta, aprovado em 14 de Dezembro de 2017, e aplicável a todo o Grupo Crédito

Agrícola;

c) Normativo Sancionatório, aprovado em 25 de Janeiro de 2018, e aplicável exclusivamente às Caixas

Agrícolas.

IV. Organização Interna

1. RJCAM

O RJCAM, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 24/91, de 11 de Janeiro, é o diploma basilar que rege a actividade

da Caixa Central.

A última revisão do diploma remonta a Junho de 2009, com a entrada em vigor do Decreto-Lei nº 142/2009

que o republicou.

Em tudo o que não estiver previsto no RJCAM, a Caixa Central rege-se, consoante a matéria, pelo RGICSF e

outras normas que disciplinam as Instituições de Crédito, pelo Código Cooperativo e demais legislação

aplicável às cooperativas em geral.

De acordo com o previsto no Artigo 20º do RJCAM – ex-vi Artigo 55º do RJCAM -, e sem prejuízo do disposto

nos Estatutos, a designação dos membros dos órgãos sociais da Caixa Central rege-se pelo disposto no CSC,

sendo certo que, nos termos do mesmo preceito, a estrutura, a composição e a competência da

administração e fiscalização da Caixa Central, rege-se pelo disposto no mesmo Código, para as sociedades

anónimas.

A composição, o funcionamento e a competência da Assembleia Geral são regidas pelo disposto sobre a

matéria no Código Cooperativo.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 287

2. Estatutos

A redacção actual dos Estatutos foi aprovada em Assembleia Geral de 30 de Maio de 2015, nos termos da

proposta subscrita pelo Conselho Geral e de Supervisão e pelo Conselho de Administração Executivo,

estando os mesmos adequados e em linha com as disposições previstas no RJCAM e RGICSF.

De acordo com o Artigo 20.º, n.º 1, alínea g) dos Estatutos da Caixa Central compete à Assembleia Geral

decidir a alteração dos Estatutos.

Na votação da alteração dos Estatutos, as Associadas da Caixa Central podem utilizar a totalidade dos votos

calculados nos termos da alínea d) do nº 1 do Artigo 23.º dos Estatutos.

No que concerne ao quórum constitutivo e deliberativo da Assembleia Geral, os Estatutos não divergem da

lei, pelo que se aplicam as regras previstas no Código Cooperativo.

Neste sentido, a Assembleia Geral reúne à hora marcada na convocatória, se estiverem presentes ou

representadas mais de metade das Associadas com direito de voto.

Se à hora marcada para a reunião, não se verificar o número de presenças previsto para primeira

convocatória, a assembleia reúne com qualquer número de cooperadores, uma hora depois.

Para que seja aprovada uma alteração estatutária, é necessária maioria qualificada de, pelo menos dois

terços dos votos expressos.

3. Comunicação de Irregularidades

Sem prejuízo do estabelecido na Política de Prevenção de Conflito de Interesses, sobre o dever geral de

comunicação de conflito de interesses, compete ao Conselho Geral e de Supervisão, nos termos da alínea

j) do Artigo 441.º do CSC, receber as comunicações de irregularidades apresentadas pelas Associadas,

colaboradores da Caixa Central ou outros.

À Direcção de Auditoria da Caixa Central - que faz parte do centro corporativo que presta apoio directo ao

Conselho de Administração Executivo - compete planear, executar, documentar e reportar ao Conselho de

Administração Executivo, as auditorias às actividades da Caixa Central, identificando, designadamente,

irregularidades detectadas, e apresentando recomendações sobre as análises efectuadas.

A Caixa Central dispõe ainda de uma Comissão Técnica de Auditoria Interna que tem por missão fomentar

a actividade de auditoria interna do SICAM de forma a consolidar a uniformização de procedimentos no

que respeita às técnicas de trabalho utilizadas, bem como colaborar com a Direcção de Auditoria em

matérias de interesse comum para o SICAM, subjacentes à função de auditoria interna, atento o disposto

no Aviso 5/2008 do Banco de Portugal.

A Direcção de Compliance, que igualmente integra o centro corporativo de apoio ao Conselho de

Administração Executivo, tem por missão assegurar que os processos e respectivos controlos associados

garantem o cumprimento das obrigações legais e regulamentares a que está sujeita a Instituição.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 288

Compete ainda à Direcção de Compliance investigar ocorrências de várias naturezas, provindas de pedidos

das CCAM, Associadas da Caixa Central, de outras áreas da Caixa Central, de Bancos e de Clientes, bem

como elaborar o reporte relativo à prevenção de fraude e branqueamento de capitais, que apresenta ao

Conselho de Administração Executivo.

As Direcções supra referidas, bem como o Conselho Geral e de Supervisão, recebem, indistintamente, as

participações de irregularidades, encaminhando-as, se necessário, para o averiguador competente.

É prática da generalidade das Direcções e Gabinetes que integram a estrutura da Caixa Central receber toda

e qualquer participação de irregularidade, encaminhando-a para o Conselho de Administração Executivo

que, por seu turno, a encaminha para a Direcção competente.

4. Organigrama Interno

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 289

5. Identificação de cada uma das Direcções e Gabinetes da Caixa Central

Em 2017, a Caixa Central tinha 20 Direcções e 4 Gabinetes os quais tinham e mantêm as seguintes missões:

Direcção de Auditoria (DA): Auditoria Interna à Caixa Central e suporte e articulação das

actividades de Auditoria ao nível do Grupo Crédito Agrícola;

Direcção de Planeamento Estratégico e Controlo de Gestão (DPEC): Desenvolvimento do Plano

Estratégico de Grupo, orientado em torno de objectivos estratégicos comuns definidos pelo

Conselho de Administração Executivo, e execução das actividades de Controlo de Gestão, numa

lógica de apoio à tomada de decisões por parte do Conselho de Administração Executivo;

Direcção Central de Recursos Humanos (DCRH): Definição e acompanhamento, em articulação

com o Comité de Recursos Humanos do Grupo, da implementação da estratégia de gestão de

Recursos Humanos do Grupo CA, incluindo as suas políticas e linhas de orientação gerais, definindo

e implementando a estratégia de Formação do Grupo, coordenando a realização e execução do seu

Plano de Formação anual e de outras iniciativas de âmbito formativo com carácter transversal;

Direcção de Compliance (DC): Gestão de Compliance do Grupo, garantindo o adequado

cumprimento da regulamentação aplicável; Prevenção de Fraude e Branqueamento de Capitais e

Coordenação do sistema de controlo interno da Caixa Central;

Direcção de Acompanhamento e Supervisão (DAS): Fiscalização, Orientação e Acompanhamento

da actuação das CCAM, em concordância com a orientação estratégica do Grupo;

Gabinete de Comunicação e Relações Institucionais (GCRI): Gestão e coordenação das actividades

de Comunicação (externa e interna) e Relações Institucionais no Grupo, promovendo a marca

Crédito Agrícola de modo consistente e em articulação com a estratégia global, garantindo um nível

de qualidade nas diversas vertentes da comunicação, de forma a tornar o Grupo CA uma referência

de boas práticas neste domínio;

Gabinete de Intervenções (GI): Recuperação rápida e eficaz de CCAM que manifestem

desequilíbrios financeiros ou irregularidades de forma a assegurar o seu alinhamento com as

orientações da Caixa Central e defender a sustentabilidade do SICAM;

Direcção de Risco Global (DRG): Gestão de Riscos integrada numa óptica de Grupo – monitorização,

avaliação e modelização dos vários tipos de risco, coordenando as restantes unidades relevantes;

Gabinete de Provedoria de Cliente (GPC): Gestão integrada das sugestões e reclamações

apresentadas ao SICAM;

Direcção de Contabilidade e Fiscalidade (DCF): Gestão do registo, controlo contabilístico,

consolidação de contas, apuramento de resultados por entidade, e geração de informação

contabilística e fiscal;

Direcção de Operações (DO): Principal unidade de processamento de operações (back-office)

Associadas à prestação de serviços, incluindo intermediação financeira, ao Grupo e a Clientes do

Grupo, assegurando a maximização da eficiência e eficácia;

Direcção de Assuntos Jurídicos (DAJ): Coordenação e supervisão funcional da actividade jurídica

do Grupo, assegurando Assessoria Jurídica, Contratação, Solicitadoria, Penhoras e Litigância;

Direcção de Logística, Suporte e Compras (DLSC): Assegurar os serviços gerais necessários ao

funcionamento e operação do Grupo, nomeadamente gestão de património e instalações, gestão

de contratos e custódia documental;

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 290

Gabinete de Organização e Processos (GOP): Definição, actualização e acompanhamento de

processos e normativos, e desenvolvimento e execução de projectos de consultoria interna em

temas de organização no Grupo;

Direcção Financeira (DF): Gestão de tesouraria, liquidez e carteira de activos no SICAM;

Direcção de Risco de Crédito (DRC): Garantia da análise do risco de crédito e acompanhamento da

carteira, promovendo a uniformização de práticas no Grupo e entre segmentos e produtos;

Direcção de Recuperação de Crédito (DREC): Gerir da carteira de crédito vencido, com vista à sua

resolução, rentabilização e recuperação;

Direcção de Marketing Estratégico (DME): Definição da estratégia de marketing para o Grupo ao

nível de definição da segmentação, proposta de valor, oferta, comunicação e canais de distribuição;

Direcção de Dinamização de Negócio (DDN): Assegurar a implementação da estratégia comercial

e acompanhamento do cumprimento dos objectivos, através de apoio especializado e próximo às

Caixas Associadas;

Direcção de Produtos (DP): Especializar a competência de desenvolvimento operacional de

produto e centralizar "fábricas" de produto;

Direcção de Negócio Internacional (DNI): Desenvolver, coordenar e apoiar a actividade

internacional do Grupo Crédito Agrícola; gestão da relação com a rede de bancos correspondentes,

relacionamento com organizações internacionais, gestão das representações exteriores e sucursais

no estrangeiro;

Direcção de Banca Directa (DBD): Assegurar a gestão estratégica e operacional de canais não

presenciais e digitais de forma integrada – site CA, homebanking (On-Line), mobile, linha directa,

B24 e canais digitais – e de serviços sobre a rede SIBS e Unicre – incluindo ATM e TPA;

Direcção de Retalho (DR): Definição e execução da estratégia comercial do negócio bancário

urbano de retalho, em alinhamento com objectivos estratégicos do Grupo;

Direcção de Empresas (DE): Definição e execução da estratégia comercial do negócio bancário

urbano de empresas, em alinhamento com objectivos estratégicos do Grupo.

6. Funções de Controlo e Funções Essenciais

Funções de Controlo

A Caixa Central, enquanto Instituição de Crédito, cumpre integralmente o Aviso do Banco de Portugal n.º

5/2008, relativo ao Sistema de Controlo Interno.

Neste conspecto, para efeitos de aplicação do supra citado Aviso são consideradas funções de controlo as

exercidas nas seguintes Direcções da Caixa Central:

- Direcção de Auditoria;

- Direcção de Compliance;

- Direcção de Gestão de Risco Global;

- Direcção de Acompanhamento e Supervisão.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 291

Funções Essenciais

Já para efeitos da Política Interna de Selecção e Avaliação da Adequação dos Titulares de Funções Essenciais

da Caixa Central e do Artigo 33.º-A do RGICSF são considerados como titulares de funções essenciais na

Caixa Central os responsáveis por funções de:

- Auditoria Interna;

- Compliance;

- Gestão de Risco Global;

- Gestão de Risco de Crédito;

- Direcção de Acompanhamento e Supervisão;

- Direcção Financeira.

Os Titulares destas Funções Essenciais são aqueles que, não exercendo cargos de administração ou de

fiscalização da Caixa Central, podem, a partir das funções que exercem, ter influência susceptível de ser

considerada significativa, na gestão da Caixa Central.

Na selecção dos Titulares das Funções Essenciais da Caixa Central, quer em sede de recrutamento ex novo,

quer em sede de designação por via de processo de selecção interno, é efectuada uma apurada avaliação

de adequação, conduzida pelo Conselho de Administração Executivo, coadjuvado pela DCRH, visando dessa

forma assegurar um funcionamento adequado do sistema de controlo interno, conforme definido no Aviso

do Banco de Portugal n.º 5/2008, garantindo, pois, que a actividade da Instituição é desenvolvida de forma

eficiente e rentável e que a informação financeira e de gestão é completa, pertinente, fiável e tempestiva

e assegura o cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis.

As Funções Essenciais da Caixa Central têm, em particular, as seguintes missões:

Direcção de Auditoria

Coordenação e execução das actividades de auditoria interna à Caixa Central;

Prestação de serviço de auditoria interna às Caixas Associadas e participadas;

Apoio às Caixas Associadas em temas relacionados com auditoria (integração, formação, reforço de

competências);

Apoio e coordenação de actividades de auditoria com auditores externos.

Direcção de Compliance

Acompanhamento e divulgação de legislação e regulamentação relevante e garantia do seu

cumprimento;

Emissão de orientações e recomendações ao SICAM em matéria de Compliance;

Coordenação e elaboração do reporting comportamental;

Gestão do risco de Compliance;

Coordenação e ownership do sistema de controlo interno da Caixa Central;

Coordenação da prevenção do branqueamento de capitais no Grupo CA, em cumprimento com o

definido na legislação e nas Instruções dos órgãos de supervisão.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 292

Direcção de Risco Global

Definição e difusão de políticas de risco para o Grupo;

Condução do Comité de Gestão do Risco do Grupo;

Criação e manutenção do Manual de Risco (ex. crédito);

Monitorização de macro-riscos;

Monitorização de cumprimento de políticas e ferramentas;

Reporte anual de Risco;

Coordenação e elaboração de reporting prudencial para as várias entidades relevantes para o Grupo;

Coordenação e elaboração dos principais reportes de Informação de Gestão;

Cálculo e reporte de imparidades das Caixas Associadas;

Modelos de scoring e rating;

Stress-tests e reporte trimestral para programa de apoio financeiro a Portugal.

Direcção de Risco de Crédito

Desenvolvimento e operacionalização de mecanismos de monitorização das actividades de

concessão e acompanhamento de crédito no SICAM;

Definição, monitorização e reporte ao Conselho de Administração Executivo de indicadores de gestão

de risco e acompanhamento;

Participação na definição da política de gestão de risco de crédito da Caixa Central e de orientações

para SICAM;

Apoio às Caixas Associadas em matéria de análise de risco e acompanhamento;

Análise de risco de operações de crédito e cálculo de imparidades incluindo de operações com CCAM;

Análise de Operações de Crédito Internacional (contrapartes);

Controlo da formalização de operações de Crédito;

Coordenação da agenda e preparação de actas de Conselho de Crédito;

Acompanhamento de Clientes em vigilância da Caixa Central e em contracto de agência.

Direcção de Acompanhamento e Supervisão

Fiscalização local das Caixas Associadas;

Controlo, Fiscalização, Orientação e Acompanhamento das Caixas Associadas;

Emissão de relatórios, propostas e pareceres relativamente à performance das Caixas Associadas e

do Sistema;

Elaboração de propostas de intervenção;

Apoio na gestão das Caixas Associadas intervencionadas;

Acompanhamento e reporte de Caixas Associadas intervencionadas.

Direcção Financeira

Gestão da liquidez do SICAM de acordo com as regras e orientações definidas;

Participação na definição da estratégia de gestão de activos e passivos do SICAM;

Gestão de tesouraria e da posição cambial institucional da Caixa Central e da Sucursal Financeira

Exterior de Cabo Verde (SFE CV);

Gestão de carteiras de activos financeiros de acordo com as regras e orientações definidas;

Intervenção nos Mercados Monetário, Cambial e de Capitais;

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 293

Desenvolvimento e gestão de produtos de passivo para as Caixas Associadas;

Apoio a venda de produtos de tesouraria pelo SICAM.

No decurso do ano de 2017, conforme ajustado com o Supervisor em sede de Avaliação Regular, foi levada

a cabo, a meio do mandato dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa Central, a avaliação de

adequação dos Titulares de Funções Essenciais da Caixa Central, de acordo com o Modelo Único de

Avaliação do Crédito Agrícola.

Tal avaliação regular foi efectuada, nos termos da Política Interna de Selecção e Avaliação de Adequação

dos Titulares de Funções Essenciais, aprovada na Assembleia Geral de Maio de 2015, pelo Conselho de

Administração, concluindo-se pela adequação, sem reservas, de todos os Titulares de Funções Essenciais

da Caixa Central.

V. Remuneração

1. Política de Remuneração

A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa Central para o ano de

2017 foi aprovada na Assembleia Geral Ordinária realizada em 17 de Dezembro de 2016, em cumprimento

do disposto no Artigo 115.º - C, n.º 4 do RGICSF, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro,

na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 157/2014, de 24 de Outubro.

Nos termos do n.º 1 do Artigo 115.º-C do RGICSF, a Caixa Central, enquanto Instituição de Crédito, está

obrigada a definir a sua Política de Remuneração e enquanto “empresa-mãe”, a do Grupo que encabeça.

Assim e por decorrência dessa imposição legal, a Política de Remuneração aprovada na Assembleia Geral

de 17 de Dezembro de 2016 consagra, no seu Ponto I, a Política de Remuneração da Caixa Central e, no seu

Ponto II, a Política de Remuneração do Grupo Crédito Agrícola.

Nos termos e para os efeitos do nº 4 do Artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, reproduz-se

na presente sede a referida Política, na sua versão definitiva e nos exactos termos em que foi aprovada

pelas Associadas da Caixa Central, na Assembleia Geral de 17 de Dezembro de 2016.

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA

CAIXA CENTRAL – CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO, CRL E DO GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA

Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras

(RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo

Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e dos Arts. 7º, nº 3, e 20º, nº 4, do Estatuto Remuneratório do

SICAM, vem o Comité de Remunerações da CAIXA CENTRAL – CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA

MÚTUO, CRL (doravante CAIXA CENTRAL), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de

Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA CENTRAL e do GRUPO

CRÉDITO AGRÍCOLA para o ano de 2017.

Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da

CAIXA CENTRAL e do GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA para o ano de 2017 seja aprovada nos seguintes termos:

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 294

I. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA

CAIXA CENTRAL

1. INTRODUÇÃO

Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização da CAIXA CENTRAL foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada

e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a

complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir

e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.

A Política de Remuneração reflecte ainda as funções de Organismo Central do Sistema Integrado do Crédito

Agrícola Mútuo que são exercidas pela CAIXA CENTRAL e a natureza e finalidades específicas do referido

Sistema, que o colocam numa posição única no Sector Bancário.

A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado qualquer

Instrumento Regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo que as Instruções

nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas de

Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em

consideração os seguintes instrumentos:

a. O RGICSF;

b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas nele contidas que não sejam

incompatíveis com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo

Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerar-se

revogadas em função de tais alterações;

c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014;

d. A Directiva nº 2013/36/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos de

Capital);

e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos de

Capital);

f. As Orientações da Autoridade Bancária Europeia nº EBA/GL/2015/22;

g. O Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

2. PRINCÍPIOS GERAIS

O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na

definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada a elementos como a

natureza jurídica de cooperativa da Instituição ou a circunstância da Política de Remuneração da CAIXA

CENTRAL ser consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que

preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a

natureza específica do Crédito Agrícola.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 295

Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA CENTRAL todas as disposições

do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem

compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza

jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre

por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF.

Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de

Remuneração que, nos termos do RGICSF e dos Arts. 7º, nº 4, e 20º, nº 5, do Estatuto Remuneratório do

Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, prossegue ainda os seguintes objectivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de

riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses

de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração,

fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade

organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização e os critérios para a

componente variável da remuneração, fundamentados no desempenho sustentável e adaptado ao

risco da Instituição, bem como no cumprimento das funções dos Membros do Órgão de

Administração para além do exigido.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pelo Comité de

Remunerações, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo ao mesmo revê-la

periodicamente, pelo menos uma vez por ano, tendo em vista a sua aprovação pela Assembleia Geral da

CAIXA CENTRAL nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF;

b) A descrição da componente variável da remuneração, incluindo os elementos que a compõem, consta

das secções seguintes da presente Política;

c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, o valor das remunerações pagas aos Membros dos

respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade

anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos

termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da componente

variável da remuneração;

d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de

Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o

desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma

remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito

Agrícola;

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 296

e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA CENTRAL, o desempenho dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelas Associadas em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal

avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente

relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre

Administração e Cooperadores e da informação prestada aos mesmos sobre o andamento dos negócios

sociais.

4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO: CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO

A remuneração dos Membros do Conselho Geral e de Supervisão - que é fixada, nos termos da lei e dos Arts.

20º, nº 6, e 9º, nº 4, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, pela

Assembleia Geral -, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste

exclusivamente numa componente fixa, paga por meio da atribuição de uma senha de presença pela

participação em cada reunião do referido Órgão ou das Comissões e Comités que estejam ou venham a ser

constituídos no seu seio, nos termos da lei ou dos estatutos da CAIXA CENTRAL.

Os Membros do Conselho Geral e de Supervisão terão ainda direito ao reembolso das despesas em que

justificadamente incorram no exercício das suas funções.

5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO: CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

EXECUTIVO

5.1 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros executivos do Órgão de Administração – que é fixada, nos termos da lei e do

Art. 9º, nº 4, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, pelo Comité de

Remunerações - consiste na atribuição de um valor fixo mensal, pago catorze vezes por ano e actualizável,

anualmente, nos mesmos termos e percentagens em que o forem os salários dos trabalhadores do CRÉDITO

AGRÍCOLA, de acordo com o respectivo contrato colectivo de trabalho.

Para efeitos do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, todos os Membros

do Conselho de Administração Executivo são considerados como Administradores Executivos a tempo inteiro

e com dedicação exclusiva.

Atenta a natureza específica da CAIXA CENTRAL e do CRÉDITO AGRÍCOLA inexiste qualquer tipo de plano de

atribuição de acções ou opções de aquisição de acções aos Membros do Conselho de Administração

Executivo.

Também atenta essa mesma especificidade, tem vindo a ser entendido não atribuir qualquer retribuição

variável aos Membros do Conselho de Administração Executivo, sem prejuízo de, anualmente, poder ser

atribuído pelo Conselho Geral e de Supervisão, de acordo com a avaliação do desempenho global do

Conselho de Administração Executivo, mas sem qualquer relação directa e automática com os resultados

do exercício, um montante único pago a título de prémio pelo desempenho.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 297

Atenta a definição de remuneração variável ainda constante do Aviso nº 10/2011, bem como o teor do nº

64 do preâmbulo da Directiva 2013/36/UE do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos

de Capital) e das Orientações da EBA nº EBA/GL/2015/22, e sem prejuízo de quanto referido acima, as

menções subsequentes a “remuneração variável” referir-se-ão ao referido prémio pelo desempenho.

Para utilização estrita no âmbito das suas funções são atribuídos aos Membros do Conselho de

Administração Executivo cartão de crédito, telemóvel e viatura de serviço, sem prejuízo de terem direito ao

reembolso de despesas incorridas no exercício das suas funções nos termos que sejam aplicáveis à

generalidade dos trabalhadores da Instituição.

Inversamente, não são atribuídos direitos em matéria de complementos de reforma e de sobrevivência em

função do exercício das funções de Administrador, nem são praticadas quaisquer outras situações que

possam ser associadas a remuneração, directa ou indirectamente.

Para além dos montantes acima mencionados, os Membros do Conselho de Administração Executivo não

recebem quaisquer outras compensações, nomeadamente no que se refere ao exercício de funções nos

corpos sociais de outras empresas do Grupo Crédito Agrícola.

Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011,

mais se declara que:

5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos,

designadamente para efeitos da atribuição e determinação da componente variável da remuneração, é o

Conselho Geral e de Supervisão;

b) Os critérios predeterminados para a avaliação de desempenho individual em que se baseie o direito a

uma componente variável da remuneração são os seguintes:

b.1) ponderação do contributo prestado e da capacidade de resposta evidenciada, em presença da

complexidade das atribuições individuais e da interacção estabelecida com as Caixas de Crédito

Agrícola Mútuo e empresas do Grupo Crédito Agrícola;

b.2) desempenho da Instituição aferido face aos seguintes indicadores: volume de negócios,

cumprimento de rácios e limites prudenciais, evolução dos resultados;

b.3) contribuição individual relevante para a prossecução e concretização dos indicadores supra

mencionados em b.2).

c) A avaliação do desempenho terá ainda em conta os vários tipos de riscos, actuais e futuros, bem como o

custo dos fundos próprios e de liquidez necessários à Instituição;

d) A definição do valor total da componente variável da remuneração combinará a avaliação do

desempenho individual e a avaliação do desempenho do Órgão de Administração como um todo com os

resultados globais da Instituição;

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 298

e) Como é usual no SICAM, não será diferido o pagamento de qualquer parte da componente variável da

remuneração dos Administradores Executivos, pelo que é inaplicável a alínea b) do nº 2 do art. 115º-E do

RGICSF.

5.1.2 Quanto à aquisição do direito à componente variável da remuneração, malus e clawback

a) Apenas se considerará que os Administradores Executivos são titulares de um direito adquirido à

componente variável e ao seu pagamento quando a mesma componente for sustentável à luz da situação

financeira da Instituição e fundamentada à luz do desempenho da mesma, do Conselho de Administração e

de cada Administrador Executivo, sendo que a componente variável não poderá determinar um impacto

superior a 3% dos resultados anuais líquidos da Instituição e não poderá ser atribuída qualquer componente

variável quando a Instituição apresente resultados negativos;

b) As regras constantes da presente secção serão aplicadas tendo em conta o facto de não ser diferido o

pagamento de qualquer parcela da componente variável da remuneração;

c) Sem prejuízo da legislação civil e laboral aplicável, a componente variável da remuneração será alterada

nos termos das alíneas seguintes, por aplicação dos mecanismos de redução (malus) ou reversão

(clawback), caso o desempenho da Instituição regrida ou seja negativo, tendo em consideração tanto a

remuneração actual como as reduções no pagamento de montantes cujo direito ao recebimento já se tenha

constituído nos termos das alíneas a) e b);

d) A decisão de aplicação dos mecanismos de redução (malus) ou reversão (clawback) apenas poderá incidir

sobre Administradores Executivos relativamente aos quais seja demonstrado, em sede da respectiva

avaliação, que participaram ou foram responsáveis por uma actuação que resultou em perdas significativas

para a Instituição, considerando-se sempre significativas as perdas que impliquem o incumprimento de

rácios ou limites prudenciais a que a Instituição esteja vinculada, ou que deixaram de cumprir os critérios

de adequação ínsitos na Política Interna de Selecção e de Avaliação dos Membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização da CAIXA CENTRAL, designadamente a idoneidade;

e) Os mecanismos de redução (malus) e reversão (clawback) serão aplicados nos termos do nº 10 do art.

115º-E do RGICSF, ou seja, o primeiro corresponderá ao regime através do qual a Instituição poderá, em

sede de avaliação do desempenho, reduzir total ou parcialmente o montante da remuneração variável que

haja sido objecto de diferimento (se aplicável) e cujo pagamento ainda não constitua um direito adquirido,

nos termos das alíneas a) e b), e o segundo corresponderá ao regime através do qual a Instituição, em sede

de avaliação do desempenho, reterá o montante da remuneração variável cujo pagamento já constitua um

direito adquirido;

f) A decisão de aplicar os referidos mecanismos cabe ao órgão competente para a avaliação dos

Administradores Executivos, conforme definido na alínea a) da secção 5.1.1 supra.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 299

5.1.3 Quanto ao rácio entre a componente fixa e a componente variável da remuneração

a) Em caso algum poderá a componente variável exceder a componente fixa da remuneração;

b) Sem prejuízo do disposto na alínea anterior, a componente variável corresponderá, no máximo a 30% do

limite máximo da componente fixa; o limite máximo da componente fixa corresponde a catorze vezes o

montante fixo mensal atribuído a cada Membro do Conselho de Administração Executivo.

5.1.4 Disposições gerais

a) Uma vez que a Instituição possui a natureza jurídica de cooperativa, é-lhe impossível atribuir

remuneração variável em acções ou em opções, pelo que são inaplicáveis os nºs 3, 4 e 5 do art. 115º-E do

RGICSF;

b) Para além da componente variável da remuneração dos Administradores não são atribuídos ou

atribuíveis quaisquer prémios anuais ou outros benefícios não pecuniários a que alude a alínea h) do nº 2

do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

c) Os Administradores não terão em caso algum direito a auferir uma remuneração sob a forma de

participação nos lucros, pelo que é inaplicável a alínea i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

d) No exercício de 2016 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a

Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções;

e) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes

confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos

relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito

a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo

desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não

vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação

antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;

f) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações pagas por

sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição;

g) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada,

nem são concedidos benefícios discricionários de pensão;

h) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração;

i) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou

responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de

alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração;

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 300

j) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato

que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo

prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho,

indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão;

k) Não é conferido em caso algum o direito a remuneração variável garantida.

5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS

O Conselho de Administração Executivo não integra quaisquer Membros não executivos.

6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no

âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

II. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DO

GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA

A presente política aplica-se às empresas que se encontrem numa situação de domínio ou de grupo com a

CAIXA CENTRAL.

As remunerações dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização das empresas do Grupo

Crédito Agrícola serão sujeitas, com as necessárias adaptações, aos mesmos princípios e regras acima

estabelecidos, na medida em que não sejam incompatíveis com a sua natureza específica ou com as normas

que lhes sejam aplicáveis em função da actividade que exerçam, com as seguintes especificidades:

a. Sem prejuízo do disposto nas alíneas b) e c), integrando os respectivos Órgãos de Administração

Membros Não Executivos, os mesmos terão direito a uma remuneração fixa determinada pelo

órgão social competente;

b. Em caso de acumulação de cargos sociais em várias empresas do Grupo Crédito Agrícola, aplicar-

se-á o princípio de que apenas um deles será remunerado, princípio que apenas poderá ser afastado

em casos excepcionais e com adequada fundamentação, sem prejuízo do direito ao reembolso das

despesas em que se justificadamente se incorra no exercício da função não remunerada, aplicando-

se em especial aos Membros do Conselho de Administração Executivo da CAIXA CENTRAL o princípio

da gratuitidade dos demais cargos que exerçam no Grupo, conforme referido supra no ponto 5.1;

c. O princípio referido na alínea anterior aplicar-se-á quer se acumulem vários cargos no seio de

Órgãos de Administração ou de Fiscalização, quer os referidos cargos sejam cumulados com funções

de natureza diversa, mormente desempenhadas nos termos de contrato de trabalho ou de

prestação de serviços;

d. Sendo as empresas do Grupo Crédito Agrícola legal ou regulamentarmente obrigadas a aprovar

políticas de remuneração, declarações sobre políticas de remuneração ou documentos equivalentes

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 301

ou análogos, os mesmos serão compatíveis com a presente Política de Remuneração, sem prejuízo

das especificidades ditadas pela natureza de cada uma delas e com o grau de informação e detalhe

exigido pela legislação ou regulamentação que seja aplicável em concreto.

Em acréscimo, a CAIXA CENTRAL, na sua qualidade de organismo central do Sistema Integrado do Crédito

Agrícola Mútuo, acompanhará ainda a definição e implementação de Políticas de Remuneração das Caixas

de Crédito Agrícola Mútuo suas Associadas, com o objectivo de auxiliar as mesmas nas referidas definição

e implementação, cabendo-lhe nomeadamente:

a. Divulgar as regras legais e regulamentares aplicáveis, nacionais ou comunitárias;

b. Prestar apoio na interpretação e integração das mesmas regras, bem como das regras constantes

do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo;

c. Pronunciar-se sobre pedidos de dispensa do cumprimento de normas do Estatuto Remuneratório

do Crédito Agrícola Mútuo, nos termos neste previstos;

d. Elaborar os pareceres que lhe forem solicitados em matéria de Políticas de Remuneração;

e. Sem prejuízo da legislação e regulamentação aplicáveis e da autonomia das Associadas, elaborar e

disponibilizar às mesmas modelos de Política de Remuneração que cumpram as mesmas legislação

e regulamentação;

f. Assegurar que, em geral, as remunerações praticadas são consentâneas com o disposto nos arts.

115º-C e seguintes do RGICSF e com os objectivos prosseguidos pelas mesmas normas legais, bem

como com o Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo;

g. Utilizar os seus poderes legais de orientação e fiscalização das Associadas para corrigir quaisquer

irregularidades que venha a detectar em matéria de Políticas de Remuneração;

h. Em especial, fiscalizar o cumprimento do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito

Agrícola Mútuo, nos termos nele estipulados, e aplicar, se necessário, as sanções nele previstas;

i. Emitir, nos termos dos respectivos Estatutos e do normativo legal e regulamentar aplicável e no

exercício das suas funções de orientação e fiscalização, regras, orientações e recomendações em

matéria de Políticas de Remuneração.

2. Comité de Remunerações

O Conselho Geral e de Supervisão está estatutariamente obrigado, nos termos do Artigo 27.º, n.º 3 dos

Estatutos da Caixa Central, na redacção actualmente em vigor e introduzida na Assembleia Geral de 30 de

Maio de 2015, a proceder à nomeação de um Comité de Remunerações, com as competências e

composição previstas na lei, nomeadamente no Artigo 115.º- C, n.º 6, no Artigo 115.º-H do RGICSF e no

Artigo 7.º, n.º 4 e 7 do Aviso do Banco de Portugal 10/2011.

A maioria dos membros do Comité de Remunerações será independente, nos termos e para os efeitos do

Artigo 7.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, e pelo menos um dos seus membros possuirá

qualificação profissional específica para o exercício das suas funções, nomeadamente conhecimentos ou

experiência profissional na área de gestão de risco ou para efeitos do exercício de funções de controlo,

especificamente no que diz respeito à preparação ou implementação de mecanismos de alinhamento de

estruturas de remuneração da Instituição com o respectivo perfil de risco.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 302

Para além das funções em matéria de fixação de remunerações, e das demais previstas na lei, em matéria

de políticas de remuneração, são competências do Comité de Remunerações:

a) Preparar propostas e recomendações sobre a determinação da remuneração dos Membros do Órgão

de Fiscalização, bem como dos colaboradores na acepção do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011

da Caixa Central com a remuneração total mais elevada da Instituição, incluindo as decisões com

implicações em termos de riscos e gestão de riscos da Caixa Central;

b) Prestar todo o apoio necessário e efectuar recomendações para efeitos da aprovação da política geral

de remuneração da Caixa Central;

c) Recorrer, em todas as matérias da sua competência, a serviços de consultoria interna bem como a

serviços de consultoria externa, de forma adequada e proporcional à dimensão e complexidade da

Caixa Central;

d) Rever as conclusões de quaisquer serviços de consultoria a que tenha recorrido nos termos da alínea

anterior;

e) Assegurar que, recorrendo-se a serviços de consultoria externos, não seja contratada pessoa singular

ou colectiva que preste ou tenha prestado serviços à Caixa Central, nos três anos anteriores,

relativamente a matérias da responsabilidade directa do Conselho de Administração Executivo ou

que tenha relações contratuais ou societárias com entidades que prestem serviços de consultoria à

Caixa Central, regra que igualmente deverá ser respeitada quanto às pessoas singulares ou colectivas

que se encontrem relacionadas com a consultora externa por contratos de trabalho ou de prestação

de serviços.

O Comité de Remunerações deve:

a) Exercer as suas funções com escrupuloso respeito das normas legais e regulamentares aplicáveis;

b) Enviar anualmente à Assembleia Geral uma informação na qual indique o modo como exerceu as

suas funções, informação que deverá incluir pelo menos um parecer fundamentado sobre a

adequação da política de remuneração e de eventuais alterações à mesma que considere

necessárias;

c) Estar presente nas Assembleias Gerais em que a política de remuneração conste da ordem do dia;

d) Prestar a informação que lhe for solicitada pela Assembleia Geral.

3. Fixação de Remunerações

O Comité de Remunerações reunirá pelo menos uma vez por ano com vista a deliberar sobre a fixação da

remuneração dos Membros do Conselho de Administração Executivo da Caixa Central, o que lhe compete,

nos termos do Artigo 28.º, n.º 2 dos Estatutos da Caixa Central.

Por sua vez, a Assembleia Geral deverá decidir a remuneração auferida pelos membros do Conselho Geral

e de Supervisão, nos termos do Artigo 20.º, alínea h) dos Estatutos.

4. Divulgação das Remunerações

Dando cumprimento ao estabelecido no Artigo 17.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011 e no Artigo

450.º do Regulamento (UE) n.º 575/2013, Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Junho - que

estabelecem que as Instituições de Crédito, têm o dever de divulgar, no seu relatório e contas, o montante

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 303

anual da remuneração auferida pelos membros dos órgãos de administração e fiscalização –, passa-se a

divulgar o montante anual da remuneração auferida, no ano de 2017, pelos membros dos órgãos de

administração e fiscalização da Caixa Central:

Conselho Geral de Supervisão:

Remunerações

Fixas

Carlos Alberto Courelas (Presidente) 51.000,00 €

Francisco Amâncio Oliveira Macedo 6.000,00 €

António João Mota Cachulo da Trindade 23.250,00 €

José Gonçalves Correia da Silva 39.750,00 €

Magda Cristina Batista Antunes Santolini 35.250,00 €

Orlando José Matos Felicíssimo 36.750,00 €

Alcino Pinto dos Santos Sanfins 32.250,00 €

Afonso de Sousa Marto 39.750,00 €

Artur Teixeira de Faria 39.000,00 €

António Manuel Melo Gomes de Sousa 3.000,00 €

Conselho de Administração Executivo:

Remunerações

Fixas Prémios TOTAL

Presidente 448.000,00 € 96.000,00 € 544.000,00 €

Vogais:

Renato Manuel Ferreira Feitor 280.000,00 € 40.000,00 € 320.000,00 €

José Fernando Maia Alexandre 280.000,00 € 40.000,00 € 320.000,00 €

Sérgio Manuel Raposo Frade 280.000,00 € 40.000,00 € 320.000,00 €

Ana Paula Raposo Ramos Freitas 248.480,48 € 40.000,00 € 288.480,48 €

Observações:

a) Nos termos da Política de Remuneração em vigor, a componente variável da remuneração está associada

à avaliação do desempenho;

b) Nos termos da Política de Remuneração em vigor, não foi diferida qualquer parcela da remuneração dos

Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização;

c) Durante o exercício de 2017, não foram efectuados quaisquer pagamentos em virtude da cessação

antecipada de funções.

5. Política de Remuneração dos Colaboradores

Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º e no Artigo 17.º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011, bem como no Regulamento (UE) n.º 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, é prestada

a seguinte informação, atinente à Política de Remuneração de Colaboradores:

Remuneração Fixa

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 304

Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º e alínea a) do Artigo 2.º do Aviso do Banco de Portugal

nº 10/2011 e alíneas b) a e) do n.º 2 do Artigo 115.º - C do Regime Geral das Instituições de Crédito e

Sociedades Financeiras auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições

dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal

fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico, com

carácter definitivo ou temporário.

Também se atribui isenção de horário de trabalho – uma ou duas horas - às funções cujo nível de

responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

Remuneração Variável

Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, não pré-determinada, a qual é definida com

base num processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função e nos resultados

obtidos e nos riscos incorridos pela Instituição, correspondendo apenas a um prémio de desempenho.

A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são

divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores

da Instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efectuada

pela hierarquia directa dos colaboradores.

Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração, de valor final indeterminado e

de atribuição não garantida, tem tido como limite máximo 14% da remuneração total anual (excluindo a

majoração prevista no nº 4 da cláusula 71ª do ACT do Crédito Agrícola), percentagem esta que corresponde

a cerca de dois salários brutos por empregado. Quando atribuída, o limite e as orientações de atribuição da

remuneração variável são revistos pelo Conselho de Administração.

A componente variável pode assim ser atribuída anualmente, considerando os resultados da avaliação de

competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos

aplicáveis à actividade, designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações

com clientes e investidores.

Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da Instituição e a criação de valor a longo prazo.

A remuneração variável, quando atribuída, é sempre paga em numerário, tendo por base os critérios

definidos anteriormente e de acordo com as melhores práticas em cada momento.

Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem

expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer

um dos objectivos que o diferimento visaria prosseguir.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS – CAIXA CENTRAL 2017

Estruturas e práticas de Governo Societário 305

6. Divulgação da Remuneração dos Colaboradores na acepção do Artigo 2.º, alínea a) do Aviso do

Banco de Portugal nº 10/2011

Atento o disposto no nº 3 do Artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 e no Artigo 450.º

do Regulamento (UE) n.º 575/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, em 2017 os Colaboradores

abrangidos pelo nº 2 do Artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações:

Estrutura Remunerações Prémios TOTAL Beneficiários

DRC - Direcção de Risco de Crédito 177.224,29 € 27.985,22 € 205.209,51 € 3

DRG - Direcção de Risco Global 230.363,01 € 22.000,00 € 252.363,01 € 4

DC - Direcção de Compliance 541.128,46 € 41.000,00 € 582.128,46 € 14

DA - Direcção de Auditoria 235.482,55 € 24.800,00 € 260.282,55 € 6

DAS- Direcção de

Acompanhamento e Supervisão 319.831,33 € 14.200,00€ 334.031,33€ 6

Observações:

a) Nos termos da Política de Remuneração aprovada, a componente variável pecuniária da remuneração

consiste exclusivamente na atribuição de prémio de desempenho;

b) Nos termos da Política de Remuneração aprovada, não foi diferida qualquer parcela da remuneração dos

Colaboradores;

c) O número e a identidade dos Colaboradores sofreram alterações durante o ano de 2017, em virtude de

decisões de mobilidade interna;

d) Durante o mesmo exercício não foram efectuados quaisquer pagamentos em virtude da cessação

antecipada de funções.

VI. Transacções com partes relacionadas

1. Indicação das operações de concessão de crédito realizadas em 2017, nos termos do Artigo 85.º,

n.º 9 do RGICSF

Para efeitos do nº 5 do Artigo 85.º do RGICSF, a Caixa Central, durante o ano de 2017, não concedeu

qualquer crédito a membros dos seus Órgãos Sociais.

VII. Sítio da Internet

O Crédito Agrícola dispõe de sítio na Internet em português e em inglês dedicado designadamente à

divulgação de informação institucional sobre o Grupo Crédito Agrícola.

Este sítio está disponível no endereço http://www.creditoagricola.pt/CAI.

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Estruturas e práticas de Governo Societário 306

Anexo – Política de Selecção e Avaliação de Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização

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Estruturas e práticas de Governo Societário 307

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