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CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE PÚBLICA – STN PROFESSOR IGOR OLIVEIRA Prof. Igor Oliveira www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 01 Conteúdo A. Teoria................................................................................................................................................... 3 1. O que é contabilidade pública e o que ela estuda?.................................................................. 3 2. Lei nº 10.180/2001 e Decreto nº 6.976/2009......................................................................... 10 3. Qual o campo de aplicação e objetivo da Contabilidade Pública? .................................... 16 4. Sistema Contábil .................................................................................................................................. 25 5. Sistema de custos ............................................................................................................................... 28 6. As transações no setor público ...................................................................................................... 33 7. Regime utilizado na contabilidade pública................................................................................. 38 B. Questões comentadas ................................................................................................................. 42 C. Resumo da aula ............................................................................................................................. 99 D. Normas correlatas ...................................................................................................................... 102 E. Questões sem os comentários ................................................................................................... 103 F. Gabarito .............................................................................................................................................. 120

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AULA 01

Conteúdo

A. Teoria ................................................................................................................................................... 3

1. O que é contabilidade pública e o que ela estuda? .................................................................. 3

2. Lei nº 10.180/2001 e Decreto nº 6.976/2009 ......................................................................... 10

3. Qual o campo de aplicação e objetivo da Contabilidade Pública? .................................... 16

4. Sistema Contábil .................................................................................................................................. 25

5. Sistema de custos ............................................................................................................................... 28

6. As transações no setor público ...................................................................................................... 33

7. Regime utilizado na contabilidade pública ................................................................................. 38

B. Questões comentadas ................................................................................................................. 42

C. Resumo da aula ............................................................................................................................. 99

D. Normas correlatas ...................................................................................................................... 102

E. Questões sem os comentários ................................................................................................... 103

F. Gabarito .............................................................................................................................................. 120

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A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.

O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada. OSHO.

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A. Teoria

1. O que é contabilidade pública e o que ela estuda?

Para nivelarmos nossos conhecimentos, vamos dar uma olhada em conceitos basilares da disciplina, todos eles dispostos na NBC T 16, que também cai na nossa prova.

Começaremos com a seguinte pergunta: qual o conceito e objeto da contabilidade pública? Vejamos o que encontrei nas principais fontes da doutrina:

“[...] a contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação e controle relativas aos atos e fatos administrativos, e a Contabilidade Pública é uma especialização voltada para o estudo e a análise dos fatos administrativos que ocorrem na administração pública” (Lino Martins, 2011, p. 43).

“A Contabilidade Pública constitui uma das subdivisões da Contabilidade Aplicada a diferentes tipos de atividades, de entidades. Seu campo de atuação é, assim, o das pessoas jurídicas de Direito Público interno – União, Estados, Distrito Federal e Municípios e suas autarquias –, bem como o de algumas de suas entidades vinculadas – fundações públicas e empresas públicas, estas pelo menos quando utilizam recursos à conta do Orçamento Público” (Piscitelli e Timbó, 2011, p. 7).

“É o ramo da contabilidade que estuda, orienta, controla e demonstra a organização e execução da fazenda pública; o patrimônio público e suas variações” (citado por Kohama, 2011, p. 25).

“A Contabilidade Pública é o ramo da ciência contábil que aplica na administração pública as técnicas de registro dos atos e fatos administrativos, apurando resultados e elaborando relatórios periódicos, levando em conta as normas de direito financeiro (lei 4.320/64), os princípios gerais de finanças públicas e os princípios de contabilidade” (Glauber Mota, 2009, p.222).

Bom, não é para decorar, certo? Apenas assimile o espírito dos conceitos. A essência. Decidi deixar por último, fazer um charme, com a definição que mais vem sendo cobrada pelas bancas. Por um acaso é a oficial, disposta na NBC T 16.1. Observe:

“A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de

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Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público”.

Só pra gente treinar, vou usar uma questãozinha do CESPE: (CESPE/Contador/CEHAP 2008) Contabilidade pública é o ramo da ciência contábil que aplica os princípios fundamentais de contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. Muito fácil, né? Quase uma cópia da NBC T 16.1. Outra questãozinha: (CESPE/Analista de Controle Interno/SAD PE 2009) Contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil que, no processo gerador de informações, põe em prática os princípios fundamentais de contabilidade direcionados ao controle do orçamento público. Errada. O correto aqui seria controle do patrimônio público, não do orçamento público. Continuando... Perceba que a NBC T 16 assinala a contabilidade pública como sendo ramo da ciência contábil. As definições extraídas da doutrina também apontam neste sentido. A própria modificação no nome já revela esta intenção. Atualmente, as normas não falam mais em contabilidade pública, mas sim em contabilidade aplicada ao setor público (CASP). Se hoje em dia isso é óbvio, na prática nem sempre foi assim. Com efeito, a contabilidade pública brasileira é muito influenciada pela execução do orçamento. Isto porque a grande maioria dos órgãos e entidades públicas não possui finalidade lucrativa e dependem quase exclusivamente de dotações orçamentárias para sobreviverem. De fato, a maior parte das variações patrimoniais tem origem no processamento da receita e da despesa orçamentária. Uma das consequências dessa influência orçamentária na contabilidade pública é materializada nos demonstrativos e relatórios

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contábeis, que não apresentam, de maneira fidedigna, todas as alterações verificadas no patrimônio. Estes demonstrativos [quase sempre] dão muito valor à execução do orçamento. É importante ressaltar que o compromisso da ciência contábil é com a evidenciação de todos os elementos patrimoniais e a universalidade dos registros. A contabilidade é una e tem como foco a visão integral do patrimônio (Lino Martins, 2011, página 47). Neste passo, a portaria 184/2008 do Ministério da Fazenda previu a necessidade de promover a convergência das práticas contábeis vigentes no setor público com as normas internacionais de contabilidade, visando a harmonizar as exigências da ciência contábil com a técnica já instituída. A portaria atribuiu esta tarefa à Secretaria do Tesouro Nacional, órgão central do sistema de contabilidade federal (lei 10.180/2001). Legalmente, a competência de editar normas para consolidação das contas públicas cabe ao Conselho de Gestão Fiscal (artigo 67 da LRF). No entanto, este não foi criado ainda. No ritmo das mudanças, foram editados vários normativos pela STN em conjunto com o Conselho Federal de Contabilidade. Destaco a série de Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (NBCASP) e o “pequeno” Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP). A portaria STN nº 437/2012 aprovou as Partes II – Procedimentos Contábeis Patrimoniais, III – Procedimentos Contábeis Específicos, IV – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, V – Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público, VI – Perguntas e Respostas e VII – Exercício Prático, da 5ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP). As partes II, IV e V são objeto do presente curso. Dentre as principais mudanças, considero estas as mais importantes:

• Alteração do Plano de Contas.

• Extinção dos sistemas financeiro, patrimonial, orçamentário e compensação. O sistema contábil agora é único e divido em subsistemas de informações: patrimonial (fatos financeiros e não financeiros), orçamentário, custos e compensação.

• Reconhecimento dos fatos geradores da receita e da despesa, de forma independente da execução orçamentária. Isso aqui foi uma revolução! Pelo menos conceitual. É reconhecer as coisas quando elas realmente ocorrem, não apenas quando atreladas à execução do orçamento.

• Registro das provisões (hoje praticamente não existe. O exemplo mais típico é a contabilização do 13º salário dos servidores públicos,

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atualmente feito quase sob o regime de caixa, sem o registro prévio da obrigação).

• Cálculo das reavaliações dos bens, bem como a revelação das depreciações, amortização e exaustões nos demonstrativos contábeis (a lei 4.320/64 faculta a realização das reavaliações – artigo 106, § 3º. Na prática, quase ninguém faz. A mesma lei prevê as depreciações apenas para as entidades autárquicas – artigo 108, § 2º. Não há previsão legal para o registro das amortizações e exaustões).

• Criação de um Sistema de Custos dos programas e das unidades da administração pública, tendo em vista uma alocação mais eficiente dos recursos públicos (no âmbito federal o sistema de custos foi instituído pela portaria STN 157/2011).

Além disso, é importante ressaltar que houve um incremento no número de demonstrativos contábeis exigidos. Segundo a NBC T 16.6, as demonstrações contábeis das entidades definidas no campo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público são:

• Balanço Patrimonial; • Balanço Orçamentário; • Balanço Financeiro; • Demonstração das Variações Patrimoniais; • Demonstração dos Fluxos de Caixa; e • Demonstração do Resultado Econômico*.

As quatro primeiras são velhas conhecidas, pois já estavam previstas na lei 4.320/64. A partir do dispositivo abaixo, a Lei de Responsabilidade Fiscal, desde sua edição, incorpora o conceito de mais um demonstrativo, qual seja: a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). Artigo 4º, § 2º → O Anexo (de Metas Fiscais) conterá, ainda: [...] III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos. No entanto, a DMPL só foi operacionalizada recentemente, com a publicação do MCASP, parte V.

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Em resumo:

Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público

MCASP, parte V

Lei 4.320/64

Balanço Patrimonial Balanço Orçamentário Balanço Financeiro Demonstração das Variações Patrimoniais

NBC T 16.6 Demonstração dos Fluxos de Caixa Demonstração do Resultado Econômico*

LRF Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

*Na 5° edição do MCASP, a Demonstração do Resultado Econômico (DRE) foi excluída, por ser demonstração gerencial não obrigatória, segundo entendimento do tesouro. Ou seja, a NBC T 16.6 prevê a DRE, mas o MCASP, na sua 5° edição, não contemplou esse demonstrativo. É bom ficar esperto com a referência citada na prova.

Os debates sobre a natureza da contabilidade pública não são novos. Desde a edição do primeiro código de contabilidade da União em 1922 há discussões acerca do tema. Curiosamente, o Ministro da Fazenda à época se simpatizou mais com a ótica orçamentária, dentre as apresentadas na pré-edição do decreto, entre elas a patrimonial.

A ótica patrimonial seria a mais correta, pois representa a essência da ciência contábil: registrar os fatos quando eles ocorrem. A própria lei 4.320/64 trata da contabilidade em título específico e retrata a necessidade de se registrar os atos e fatos, independentemente da execução orçamentária. Note que NBC T 16.1 faz referência ao “controle patrimonial de entidades do setor público”. Em outro trecho a norma define o objeto da contabilidade aplicada ao setor público como sendo o patrimônio público.

Na verdade, a contabilidade pública não se limita a evidenciar as alterações verificadas no patrimônio, estritamente falando. Os lançamentos passam pela execução orçamentária da receita e da despesa e se estendem a situações que potencialmente possam afetar o patrimônio, como a assinatura de contratos, por exemplo. No entanto, pra concurso vale o que está na norma: objeto da CASP → patrimônio público. Assim, este patrimônio público deve ser entendido em sentido amplo, albergando fatos financeiros, orçamentários, contábeis e patrimoniais.

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Acho que o pessoal ficou tão feliz quando foi fazer a norma, tão empolgado com essa mudança de paradigma, que colocaram apenas Patrimônio Público para deixar claro que a partir de agora e finalmente não somos mais uma contabilidade pública orçamentária! rs

Objeto da CASP → Patrimônio Público

Vamos treinar um pouquinho?

(CESPE/Auditor/FUB 2009) De acordo com as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, o objeto da contabilidade governamental é o orçamento público.

Tá errada. Não é o orçamento público, mas o patrimônio público.

(CESPE/ AGA/SAD PE 2009) O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o patrimônio público.

Só correr para o abraço...rs

Mas o que é patrimônio público? A NBC T 16, e o MCASP, dizem que Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços

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públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.

Segundo a NBC T 16.2, o patrimônio público é estruturado, pelo enfoque contábil, em:

� Ativos → são recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços.

� Passivos → são obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a entidade saídas de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços.

� Patrimônio Líquido → é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos seus passivos. No Patrimônio Líquido, deve ser evidenciado o resultado do período segregado dos resultados acumulados de períodos anteriores.

É a famosa equação básica da contabilidade:

Ativo = Passivo + PL.

Quando o valor do passivo for maior que o valor do ativo, o resultado é denominado passivo a descoberto.

Os ativos e passivos são classificados em circulante e em não circulante, com base em seus atributos de conversibilidade e exigibilidade. Esta divisão teve a intenção de preparar terreno para a estruturação do novo Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP).

Circulante Não Circulante

Ativos

a) estiverem disponíveis para realização imediata; e b) tiverem a expectativa de realização até doze meses após a data das demonstrações contábeis.

Os demais.

Passivos

Quando corresponderem a valores exigíveis até doze meses após a data das demonstrações contábeis.

Os demais.

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Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência e realidade econômica e não apenas sua forma legal.

Uma da ESAF pra deixar você felizão:

(ESAF/CVM 2010 – adaptada) Julgue o item a seguir segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público:

O patrimônio líquido das entidades públicas corresponde ao valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.

Show. Tá correta, segundo o que vimos acima.

Continuando...

O arcabouço teórico da contabilidade pública é bem vasto. Há vários manuais da STN, leis, decretos, portarias e a própria CF/88.

Podemos dizer que a norma mãe da Contabilidade Pública é a lei 4.320, que trata de direito financeiro no país há quase de 50 anos, desde 1964. Apesar de ser uma lei ordinária, a lei 4.320/64 foi recepcionada pelo atual ordenamento jurídico com o status de lei complementar. De fato, a CF/88 determina que caberá a uma lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual (artigo 165, § 9º, I). Esta lei complementar provavelmente substituirá a lei 4.320/64 e está sendo aguardada com muita ansiedade por todos.

2. Lei nº 10.180/2001 e Decreto nº 6.976/2009

A lei 10.180/2001 organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal, e dá outras providências. Já o decreto 6.976/2009 trata apenas do Sistema de Contabilidade Federal.

Tendo em vista o contexto do edital e o cargo para o qual estamos estudando, acredito que a questão que venha a cair sobre a lei 10.180/2001 se restrinja ao conteúdo disposto entre os artigos 9º e 18º, que tratam do Sistema Administração Financeira Federal e Sistema de Contabilidade Federal. Isto porque estes dois sistemas estão atrelados diretamente às competências da STN.

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Começaremos primeiro a falar sobre o Sistema de Administração Federal, que, por conveniência, passaremos a chamar, a partir de agora, de SAF.

Logo no seu artigo 9º, a lei 10.180/2001 define o que vem a ser a finalidade do SAF, ou seja, a que visa o sistema:

Equilíbrio financeiro do Governo Federal, dentro dos limites da receita e despesa públicas.

O Sistema de Administração Financeira Federal compreende as atividades de programação financeira da União, de administração de direitos e haveres, garantias e obrigações de responsabilidade do Tesouro Nacional e de orientação técnico-normativa referente à execução orçamentária e financeira.

Integram o SAF:

Órgão central Órgãos setoriais

Secretaria do Tesouro Nacional

Unidades de programação financeira dos Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência e da Casa Civil da Presidência da República.

Os órgãos setoriais ficam sujeitos à orientação normativa e à supervisão técnica do órgão central do Sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados.

Assim, a unidade de programação financeira do Ministério da Defesa, por exemplo, a despeito de ser subordinada ao próprio Ministério, está sujeita à orientação normativa e à supervisão técnica (apenas) da STN, que é o órgão central do sistema, no que diz respeito aos assuntos atrelados ao SAF. Entendeu?

Mais a frente, a lei faz o delineamento das competências das unidades responsáveis pelo sistema:

I - zelar pelo equilíbrio financeiro do Tesouro Nacional;

II - administrar os haveres financeiros e mobiliários do Tesouro Nacional;

III - elaborar a programação financeira do Tesouro Nacional, gerenciar a Conta Única do Tesouro Nacional e subsidiar a formulação da política de financiamento da despesa pública;

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IV - gerir a dívida pública mobiliária federal e a dívida externa de responsabilidade do Tesouro Nacional;

V - controlar a dívida decorrente de operações de crédito de responsabilidade, direta e indireta, do Tesouro Nacional;

VI - administrar as operações de crédito sob a responsabilidade do Tesouro Nacional;

VII - manter controle dos compromissos que onerem, direta ou indiretamente, a União junto a entidades ou organismos internacionais;

VIII - editar normas sobre a programação financeira e a execução orçamentária e financeira, bem como promover o acompanhamento, a sistematização e a padronização da execução da despesa pública; e

IX - promover a integração com os demais Poderes e esferas de governo em assuntos de administração e programação financeira.

Por último, no seu artigo 13, a lei se dedica a estabelecer a relação de subordinação técnica à STN dos representantes do Tesouro Nacional nos conselhos fiscais, ou órgãos equivalentes das entidades da administração indireta, controladas direta ou indiretamente pela União.

Esses representantes deverão ser, preferencialmente, servidores integrantes da carreira Finanças e Controle que não estejam em exercício nas áreas de controle interno no ministério ou órgão equivalente ao qual a entidade esteja vinculada.

Passaremos a falar agora sobre o Sistema de Contabilidade Federal (SCF), assunto que se encontra no decreto 6.976/2009 e na lei 10.180/2001, artigos 14 a 18. Muito do que está na lei foi duplicado no decreto, o que acaba ajudando no nosso estudo.

O Sistema de Contabilidade Federal visa a evidenciar a situação orçamentária, financeira e patrimonial da União. Além do registro dos atos e fatos relacionados com essas situações, o SCF tem por finalidade evidenciar:

I - as operações realizadas pelos órgãos ou entidades governamentais e os seus efeitos sobre a estrutura do patrimônio da União;

II - os recursos dos orçamentos vigentes, as alterações decorrentes de créditos adicionais, as receitas prevista e arrecadada, a despesa empenhada, liquidada e paga à conta desses recursos e as respectivas disponibilidades;

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III - perante a Fazenda Pública, a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados;

IV - a situação patrimonial do ente público e suas variações;

V - os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal;

VI - a aplicação dos recursos da União, por unidade da Federação beneficiada;

VII - a renúncia de receitas de órgãos e entidades federais.

Tipo de frase pronta que o examinador adora: As operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira não compreendidas na execução orçamentária serão, também, objeto de registro, individualização e controle contábil.

O registro e tratamento das operações relacionadas com a situação orçamentária, financeira e patrimonial da União visam à elaboração das demonstrações contábeis (artigo 16).

Integram o SCF:

Órgão central Órgãos setoriais

Secretaria do Tesouro Nacional

Unidades de gestão interna dos Ministérios e da Advocacia-Geral da União, do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público da União, responsáveis pelo acompanhamento contábil no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI de determinadas unidades gestoras executoras ou órgãos. Órgão de controle interno da Casa Civil (para todos os órgãos integrantes da Presidência da República, da Vice-Presidência da República, além de outros determinados em legislação específica).

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O decreto 6.976/2009, divide as setoriais de contabilidade da seguinte forma:

Setorial Contábil de Unidade Gestora: é a unidade responsável pelo acompanhamento da execução contábil de um determinado número de Unidades Gestoras Executoras e pelo registro da respectiva conformidade contábil.

Setorial Contábil de Órgão: é a Unidade Gestora responsável pelo acompanhamento da execução contábil de determinado órgão, compreendendo as Unidades Gestoras a este pertencentes, e pelo registro da respectiva conformidade contábil.

Setorial Contábil de Órgão Superior: é a unidade de gestão interna dos Ministérios e órgãos equivalentes responsáveis pelo acompanhamento contábil dos órgãos e entidades supervisionados e pelo registro da respectiva conformidade contábil.

Sistema de Contabilidade Federal Órgão Central Órgãos Setoriais

Secretaria do Tesouro Nacional De Unidade Gestora De Órgão. De Órgão Superior.

Assim como ocorre no Sistema de Administração Financeira Federal, os órgãos setoriais do Sistema de Contabilidade Federal são subordinados tecnicamente à Secretaria do Tesouro Nacional, órgão central do sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados.

Em seguida, no seu artigo 18, a lei estabelece as competências das unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de Contabilidade Federal:

I - manter e aprimorar o Plano de Contas Único da União;

II - estabelecer normas e procedimentos para o adequado registro contábil dos atos e dos fatos da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Federal;

III - com base em apurações de atos e fatos inquinados de ilegais ou irregulares, efetuar os registros pertinentes e adotar as providências necessárias à responsabilização do agente, comunicando o fato à autoridade a quem o responsável esteja subordinado e ao órgão ou unidade do Sistema de Controle Interno;

IV - instituir, manter e aprimorar sistemas de informação que permitam realizar a contabilização dos atos e fatos de gestão orçamentária, financeira e

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patrimonial da União e gerar informações gerenciais necessárias à tomada de decisão e à supervisão ministerial;

V - realizar tomadas de contas dos ordenadores de despesa e demais responsáveis por bens e valores públicos e de todo aquele que der causa a perda, extravio ou outra irregularidade que resulte dano ao erário;

VI - elaborar os Balanços Gerais da União;

VII - consolidar os balanços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com vistas à elaboração do Balanço do Setor Público Nacional; e

VIII - promover a integração com os demais Poderes e esferas de governo em assuntos de contabilidade.

Não vamos ficar decorando competências e outras listas gigantes que tem por aí, tá bom? O decreto 6.976/2009 expande essa lista e estabelece competências específicas para a STN e para os órgãos setoriais. Sugiro que você leia, mas sem se preocupar em decorar, como eu disse.

O decreto 6.976/2009 estabelece ainda que o Sistema de Contabilidade Federal tem como objetivo promover:

I - a padronização e a consolidação das contas nacionais;

II - a busca da convergência aos padrões internacionais de contabilidade, respeitados os aspectos formais e conceituais estabelecidos na legislação vigente; e

III - o acompanhamento contínuo das normas contábeis aplicadas ao setor público, de modo a garantir que os princípios fundamentais de contabilidade sejam respeitados no âmbito do setor público.

Vejamos algumas questões sobre o assunto:

(ESAF/STN 2008) Identifique o órgão central do Sistema de Contabilidade Federal, nos termos da legislação aplicável.

a) Secretaria Federal de Controle Interno.

b) Comissão de Coordenação de Controle Interno.

c) Secretaria do Tesouro Nacional.

d) Conselho Federal de Contabilidade.

e) Conselho Gestor do Plano de Contas Único da União.

Essa é muito fácil. Órgão central? Nem pense: STN.

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Mais uma:

(ESAF/STN 2008) Nos termos da Lei n. 10.180, de 6 de fevereiro de 2001, as unidades de gestão interna da Advocacia-Geral da União integram o Sistema de Contabilidade Federal na qualidade de: a) unidades intervenientes de representação judicial. b) unidades de apoio de representação extrajudicial. c) unidades gestoras de representação judicial de órgão central. d) órgão central. e) órgão setorial. Tranquilo também. O órgão central é a STN, os demais só podem ser setoriais. Letra E. Com efeito, vimos que são órgãos setoriais do SCF:

• Unidades de gestão interna dos Ministérios e da Advocacia-Geral da União, do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público da União, responsáveis pelo acompanhamento contábil no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI de determinadas unidades gestoras executoras ou órgãos; e

• Órgão de controle interno da Casa Civil (para todos os órgãos integrantes da Presidência da República, da Vice-Presidência da República, além de outros determinados em legislação específica).

3. Qual o campo de aplicação e objetivo da Contabilidade Pública?

É um assunto um pouco delicado. Vamos começar do começo. A Lei Orçamentária Anual compreende três orçamentos (CF/88, artigo 165, § 5º):

• O orçamento fiscal (OF) referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

• O orçamento de investimento (OI) das empresas em que a União,

direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; e

• O orçamento da seguridade social (OSS), abrangendo todas as

entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta,

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bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Antes da publicação das NBCASP, a definição do campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público ficava por conta da doutrina. Era comum associá-lo às pessoas jurídicas que compunham o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Assim, faziam parte do campo de aplicação da CASP a Administração Direta (União, Estados e Municípios) e a Administração Indireta (Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista). Estas duas últimas (EP e SEM) apenas se recebessem recursos oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Estas empresas públicas e sociedades de economia mista são definidas pela LRF como Empresas Estatais Dependentes: Empresa Estatal Dependente → empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. Neste passo, a LRF no seu artigo 50, III, estatui que, além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes: [...] III - as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente. Assim, o campo de aplicação da Contabilidade Pública compreendia: Administração Direta → União, Estados e Municípios. Administração Indireta → Autarquias, Fundações Públicas e EED. As Empresas “Independentes”, pertencentes ao Orçamento de Investimentos, não compunham o campo de aplicação da contabilidade pública. Expandindo um pouco mais nossa análise, o órgão responsável pelas empresas estatais é o DEST (Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Ele tem a incumbência de elaborar o Programa de Dispêndios Globais – PDG – e a proposta do Orçamento de Investimentos – OI.

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Orçamento de Investimentos Segundo a LDO 2012, artigo 51, o Orçamento de Investimento previsto no art. 165, § 5º, inciso II, da Constituição, abrangerá as empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, ressalvado o disposto no § 5º deste artigo, e dele constarão todos os investimentos realizados, independentemente da fonte de financiamento utilizada. § 5º - As empresas cuja programação conste integralmente no Orçamento Fiscal ou no da Seguridade Social, de acordo com o disposto no artigo 6o desta Lei, não integrarão o Orçamento de Investimento. “Os investimentos são os valores agregados ao ativo imobilizado e formação do ativo diferido, proveniente de imobilizações, de acordo com as determinações da Lei 6.404/76, discriminados pro subprojetos/ subatividades (subtítulos), definidos a partir das disposições e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO”.

Programa de Dispêndios Globais O PDG é um conjunto sistematizado de informações econômico-financeiras, com o objetivo de avaliar o volume de recursos e dispêndios, a cargo das estatais, compatibilizando-o com as metas de política econômica governamental (necessidade de financiamento do setor público). O PDG é aprovado por decreto do Presidente da República. Em resumo, ele apresenta todas as origens e aplicações de recursos dessas empresas, bem como os seus fluxos de caixa. É como se fosse o orçamento das estatais.

Alguns exemplos úteis

Empresa com PDG

• GASPETRO (Petrobras Gás S.A.). • TRANSPETRO (Petrobras Transporte S.A.). • INFRAERO (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura

Aeroportuária). • TELEBRÁS (Telecomunicações Brasileiras S.A.). • Banco do Brasil S.A. • Caixa Econômica Federal.

Empresas Estatais Dependentes

• IMBEL (Indústria de Material Bélico do Brasil). • NUCLEP (Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A.). • EMPRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária).

Empresas pertencentes ao Orçamento de Investimentos

• BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

• Banco do Brasil S.A. • Caixa Econômica Federal. • FURNAS - Centrais Elétricas S.A. • CDRJ (Companhia Docas do Rio de Janeiro). • CMB (Casa da Moeda do Brasil).

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Caso tenha interesse em saber um pouco mais, sugiro que acesse o site do DEST:

http://www.planejamento.gov.br/secretaria.asp?cat=310&sub=292&sec=4

Vimos até agora que:

• Antigamente, era comum afirmar que o campo de aplicação da contabilidade pública alcançava apenas os órgãos e entidades pertencentes ao OF e OSS, inclusive as Empresas Estatais Dependentes. Isso mudou com a edição da NBC T 16, conforme veremos logo abaixo.

• As Empresas Estatais integrantes do Orçamento de Investimentos

ficavam fora desse campo de aplicação.

• O DEST é responsável por todas as empresas estatais. Ele coordena a elaboração do Orçamento de Investimentos nas Estatais e do PDG. Este último traz as origens e aplicações de recursos dessas empresas e seus fluxos de caixa. O PDG é como se fosse o “orçamento anual” das empresas sujeitas ao orçamento de investimentos.

• Mostrei alguns exemplos e dei um link bacana para você aumentar seu

conhecimento. Bom, vamos continuar... Por sorte nossa, com a edição da NBC T 16.1, ficou mais fácil delimitarmos o campo de aplicação da CASP, fato que gerou certa estabilidade nos antigos debates sobre o tema. De acordo com esta norma, o campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange todas as entidades do setor público (ESP). Só para relaxar:

(CESPE/ AGA/SAD PE 2009) O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público abrange apenas os órgãos, os fundos e as pessoas jurídicas de direito público.

Perceba a palavra “apenas”. Na verdade, o campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público abrange todas as Entidades do Setor Público. A questão está errada.

(CESPE/Analista de Controle Interno/SAD PE 2009) O campo da contabilidade aplicada ao setor público abrange todas as entidades do setor público.

Mamão com açúcar. Correto, né pessoal?

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Continuando...

A NBC T 16 detalha que as entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:

(a) Integralmente → as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

(b) Parcialmente → as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

Didaticamente, e por dedução, podemos afirmar que as Entidades Governamentais são aquelas antes abrangidas pelo Campo de Aplicação da CASP, ou seja:

EG = administração direta + autarquias + fundações públicas + Empresas Estatais Dependentes.

Os serviços sociais são as entidades pertencentes ao Sistema “S”: SENAI, SESC, SENAC, entre outras. E como exemplo de conselho profissional temos o CREA, dos engenheiros.

Provavelmente, a inclusão desses serviços sociais e dos conselhos profissionais no escopo integral de abrangência das normas se deve, basicamente, aos devidos fatores:

• Serviços sociais → são mantidos por recursos oriundos de contribuições sociais de natureza tributária, bem como dotações consignadas no orçamento.

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• Conselhos profissionais → possuem natureza autárquica. Cabe ressaltar que a LDO excluiu do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social “os conselhos de fiscalização de profissão regulamentada, constituídos sob a forma de autarquia” (artigo 6º, § 1º, II). Assim, hoje em dia, há entidades que não pertencem ao OF e OSS, mas obedecem integralmente às normas próprias da CASP.

Sobre as Empresas Estatais Independentes, ou seja, aquelas que recebem recursos do Orçamento de Investimentos, as mesmas devem obedecer às normas da CASP parcialmente, pelo menos para se garantir os procedimentos mínimos à adequada prestação de contas. Esqueminha?

� EED → integralmente.

� EEI → parcialmente. Bora treinar um pouquinho? (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência – Contábeis/ABIN 2010) As empresas públicas com personalidade jurídica de direito privado podem, sob determinadas circunstâncias, estar sujeitas ao campo de aplicação da contabilidade pública. Sim. O que define se uma entidade está, ou não, abrangida pelo campo de aplicação da contabilidade pública não é sua natureza jurídica, mas sim a natureza pública dos recursos que manipula.

(CESPE/Analista de Controle Interno – Finanças Públicas/SEC GE 2010) Os serviços sociais e os conselhos profissionais devem observar parcialmente as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

Não. Conselhos profissionais → integralmente. (CESPE/AJAA – Contabilidade/TRE ES 2011) De acordo com as NBCASP, os serviços sociais devem observar integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade do setor público. Perfeito. Observe:

� Integralmente → EG (administração direta, autarquias, fundações públicas e EED), serviços sociais e conselhos profissionais.

� Parcialmente → as demais ESP.

Falta agora definir o que vem a ser uma Entidade do Setor Público.

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Por Entidades do Setor Público entendemos os órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Conceito bem amplo, não acha? Logo, se alguma entidade recebe recurso público, ela deve prestar contas da aplicação desse recurso. Para que isso seja possível, é necessário que esta entidade utilize as normas e técnicas da CASP, de maneira a garantir a necessária padronização. Esta regra é aplicável também a pessoas físicas, como, por exemplo, um pesquisador que utiliza recursos públicos do CNPq no financiamento de suas pesquisas. A própria lei 4.320/64 estatui que:

Artigo 83 → A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados.

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Vou rolar a bola pra você bicar: (CESPE/ AGA/SAD PE 2009) Não se equiparam como entidade do setor público, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Acabamos de ver que está errado. As ESP se equiparam às pessoas físicas que recebem recursos públicos. Assim, por dedução, toda entidade que recebe recurso público está no campo de aplicação da CASP, ao menos parcialmente. Agora olhe que questão legal da FCC: (FCC/ACE – Inspeção Governamental/TCM CE 2010) Incluem-se no campo de aplicação da Contabilidade Pública:

(A) os templos religiosos.

(B) as fundações, ONGs e OCIPs que usam recursos públicos.

(C) as secretarias e órgãos das indústrias sucroalcooleiras.

(D) as empresas de serviços hospitalares.

(E) as associações de poupança e empréstimo. A única que temos certeza é a letra B. É a velha máxima: utilizou recurso público, tá no campo de aplicação da CASP. Ressalto apenas que, por determinação da LDO, artigo 51, § 6º, não se aplicam (com algumas exceções) às empresas integrantes do orçamento de investimento as normas gerais da Lei nº 4.320, de 1964, no que concerne ao regime contábil, execução do orçamento e demonstrações contábeis. Particularmente, eu gostei muito desse novo campo de aplicação. Deu uma moralizada na coisa, contemplou mais pessoas, que antes estavam fora. Acho que o Brasil só tem a ganhar. Além disso, ficou bem mais fácil pra gente memorizar...rs Vejamos agora o objetivo da CASP... A NBC T 16.1 define como objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social.

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Objetivo CASP = suporte = tomada de decisão + prestação de contas +

instrumentalização do controle social.

Para afinar o cabelo: (CESPE/EGRVS – Contador/SESA ES 2011) Entre os objetivos da contabilidade pública está o fornecimento aos usuários de informações sobre os aspectos de natureza física do patrimônio da entidade. Perfeito, né? Mais uma. (CESPE/Contador/DPU 2010) Um dos objetivos da contabilidade aplicada ao setor público é o de fornecer o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. É só pular de bomba na piscina! Certo! Continuando... Por Instrumentalização do Controle Social entendemos o compromisso fundado na ética profissional, que pressupõe o exercício cotidiano de fornecer informações que sejam compreensíveis e úteis aos cidadãos no desempenho de sua soberana atividade de controle do uso de recursos e patrimônio público pelos agentes públicos. Muito temos que avançar no sentido de tornar as informações contábeis compreensíveis e úteis ao cidadão brasileiro médio. Isto porque a ciência contábil é complexa e exige preparo adequado para sua compreensão. Por este motivo alguns autores acusam a contabilidade pública como sendo monopólio de seus operadores. Na França, por exemplo, o estudo da contabilidade pública está ausente dos programas de ensino superior e inclusive ela foi banida das escolas de formação profissional, concluindo que se trata de conhecimento empírico, que é feita por praticantes para ser usada por praticantes futuros (Lino Martins, 2011, página 47). No entanto, só o fato de o compromisso de fornecer informações claras e úteis ter sido disposto na NBC T 16 já é um bom começo. Por fim, a NBC T 16 salienta que a função social da Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública para evidenciar informações necessárias à tomada de decisões, à prestação de contas e à instrumentalização do controle social.

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4. Sistema Contábil Imagine um órgão qualquer. O órgão azul. Bem, neste órgão azul ocorrem várias coisas. Vamos ver alguns exemplos:

a) Previsão da receita. b) Fixação da despesa. c) Arrecadação de taxas. d) Pagamento de serviços de limpeza. e) Aquisição de material de consumo para estoque. f) Construção de um imóvel. g) Recebimento de um carro em doação. h) Baixa de uma escrivaninha em virtude do tempo de uso. i) Assinatura de contratos. j) Recebimento/devolução de cauções.

Note que a contabilidade de azul está atarefada. Abaixo um servidor de azul:

Cada fato descrito acima exige registro próprio. Como? Através de contas. Tem uma conta para receita, outra para despesa, outra para registrar a baixa da escrivaninha, outra para os contratos, mais outra para a construção do imóvel e por aí vai. Ou seja, tem uma porção de contas. Estas contas estão elencadas no Plano de Contas. O Plano de Contas então nada mais é que um lugar onde há todas as contas utilizadas pela administração pública no registro de seus atos e fatos e também os critérios de utilização dessas contas. Logo, é através dessas contas que a contabilidade pública evidencia “perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados” (lei 4.320/64, art. 83). Para se padronizar os registros foi decidido que estas contas seriam agrupadas segundo sua natureza em subsistemas.

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Não é uma coisa difícil essa classificação. Mas também não posso mentir, exige tempo e prática. Até a edição das NBCASP, havia quatro sistemas de contas: orçamentário, financeiro, patrimonial e compensação. Hoje o sistema contábil é único e dividido em quatro subsistemas de informações: orçamentário, patrimonial, custos e compensação. A NBC T 16.2, que trata do assunto, até dezembro de 2009, apresentava os seguintes subsistemas de informações: orçamentário, financeiro, patrimonial, custos e compensação. A norma trazia as seguintes definições: Subsistema Financeiro → registra, processa e evidencia os fatos relacionados aos ingressos e aos desembolsos financeiros, bem como as disponibilidades no início e final do período. Subsistema Patrimonial → registra, processa e evidencia os fatos não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público. Entretanto, a NBC T 16.2 foi atualizada pela resolução CFC 1.268 no apagar das luzes de 2009, fato que atribulou sua aplicação prática prevista para o início de 2010. A atualização extinguiu o subsistema financeiro, que teve as competências absorvidas pelo subsistema patrimonial. O novo PCASP padronizou os lançamentos nos subsistemas abordados pela NBC T 16.2 (atualizada pela resolução CFC 1.268/2009): orçamentário, patrimonial, custos e compensação. De acordo com a NBC T 16.2, a Contabilidade Aplicada ao Setor Público é organizada na forma de sistema de informações, cujos subsistemas, embora possam oferecer produtos diferentes em razão da respectiva especificidade, convergem para o produto final, que é a informação sobre o patrimônio público. Assim, o sistema contábil está estruturado nos seguintes subsistemas de informações:

• Orçamentário → registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária. Exemplos: previsão da receita e fixação da despesa.

• Patrimonial → registra, processa e evidencia os fatos financeiros e

não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público.

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#Perceba como o subsistema patrimonial absorveu as competências do financeiro#

• Custos → registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública.

• Compensação → registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos

efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle. Exemplo: assinatura de contratos.

Vamos treinar? (CESPE/Técnico em Contabilidade/UNIPAMPA 2009 – adaptada) Segundo a NBC T 16, o sistema contábil está estruturado nos subsistemas de informação orçamentário, patrimonial, de custos e de compensação. Show de bola! Continuando... Os subsistemas contábeis devem ser integrados entre si e a outros subsistemas de informações de modo a subsidiar a administração pública sobre:

� Desempenho da unidade contábil no cumprimento da sua missão; � Avaliação dos resultados obtidos na execução dos programas de trabalho

com relação à economicidade, à eficiência, à eficácia e à efetividade; � Avaliação das metas estabelecidas pelo planejamento; e � Avaliação dos riscos e das contingências.

Uma questão tranquila: (CESPE/Técnico em Contabilidade/UNIPAMPA 2009 – adaptada) Os subsistemas contábeis devem ser independentes entre si e de outros subsistemas de informações. Errado. Eles devem ser integrados entre si e a outros subsistemas.

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5. Sistema de custos Numa empresa privada, a principal medida de desempenho, que orienta a ação dos seus gestores, é o lucro. Já para o gestor público, essa medida é o custo dos bens e serviços gerados para a população. A informação dos custos gerados melhora a transparência, pois fornece, de forma mais precisa, o destino dos recursos alocados. Na geração da informação de custo, é obrigatória a adoção dos princípios de contabilidade, em especial o da competência, devendo ser realizados os ajustes necessários quando algum registro for efetuado de forma diferente. Segundo o MCASP, a característica mais relevante da informação de custos é comparabilidade. A NBC T 16.11, que trata do Sistema de Informação de Custos do Setor Público (SICSP), define comparabilidade da seguinte maneira: Comparabilidade – entende-se a qualidade que a informação deve ter de registrar as operações e acontecimentos de forma consistente e uniforme, a fim de conseguir comparabilidade entre as distintas instituições com características similares. É fundamental que o custo seja mensurado pelo mesmo critério no tempo e, quando for mudada, esta informação deve constar em nota explicativa. A ideia por trás desse conceito é que o Sistema de Custos seja uma ferramenta de medida da eficiência das diversas instituições públicas, por meio de uma comparação entre elas. Dessa forma, os serviços públicos prestados devem ser identificados, medidos e relatados em sistema projetado para gerenciamento de custos dos serviços públicos. O orçamento público representa a forma típica da alocação dos recursos públicos que não demandam a contrapartida da população. O sistema deverá gerar relatórios que mensurem, no mínimo, os custos por programa e unidade administrativa, aperfeiçoando o processo de tomada de decisão. A criação do Sistema de Custos teve a intenção de atender às seguintes normas:

Lei 4.320/64, artigo 99 → Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeiro comum.

Decreto-Lei nº 200/1967, artigo 79 → A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar os resultados da gestão.

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Lei Complementar 101/2000 (LRF), artigo 50, § 3º → A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.

LRF, 4º, I, e → a lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no §2º do art. 165 da Constituição e disporá também sobre normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos.

Lei 10.180/2001, artigo 15, V → o Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e evidenciar os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal.

Lógico que, para a implantação do sistema, os benefícios oriundos das informações devem superar os custos de sua obtenção. A NBC T 16.11 determina que o SICSP seja obrigatório em todas as entidades do setor público. O Sistema de Custos, em âmbito federal, foi instituído pela portaria STN 157/2011, colocando a Secretaria do Tesouro Nacional como órgão central do sistema. A operacionalização do Sistema de Custos do Governo Federal é realizada mediante ajustes das informações referentes à execução do orçamento de modo a aproximá-las ao regime da competência. Vejamos um exemplo: Despesa empenhada – 10.000,00. Despesa liquidada – 7.500,00. Despesa paga – 4.000,00. Restos a pagar – 6.000,00. Restos a pagar processados – 3.500,00. Restos a pagar não processados – 2.500,00. Despesas de exercícios anteriores – 1.750,00. Despesa com a aquisição de imóveis – 1.000,00. Depreciação – 400,00. Segue abaixo o modelo que o MCASP fornece para ajustar a informação orçamentária ao regime de competência, a ser utilizada pelo sistema de custos:

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Informação inicial: Despesa Orçamentária Executada (despesa liquidada + inscrição de Restos a Pagar Não Processados) Ajustes: (+) Inclusões = Restos a Pagar liquidados no exercício (-) Exclusões = Despesa Executada por inscrição de Restos a Pagar Não Processados (exceto aqueles para os quais o fato gerador já tenha ocorrido) + Despesas de Exercícios Anteriores + Despesas não efetivas (Formação de estoques / concessão de adiantamentos / Investimentos / Inversões Financeiras / Amortização) (=) Despesa Orçamentária Ajustada (+) Ajustes Patrimoniais (Consumo de Estoque / Despesa Incorrida de Adiantamentos / Depreciação / Amortização / Exaustão) (=) Despesa orçamentária ajustada ao regime de competência (após ajustes patrimoniais)

Aplicando ao nosso exemplo:

Informação inicial: Despesa Orçamentária Executada (despesa liquidada + inscrição de Restos a Pagar Não Processados) = 7.500 + 2.500 = 10.000. Ajustes: (+) Inclusões = Restos a Pagar liquidados no exercício = 3.500. (-) Exclusões = Despesa Executada por inscrição de Restos a Pagar Não Processados (exceto aqueles para os quais o fato gerador já tenha ocorrido) + Despesas de Exercícios Anteriores + Despesas não efetivas (Formação de estoques / concessão de adiantamentos / Investimentos / Inversões Financeiras / Amortização) = 2.500 + 1.750 + 1.000 = 5.250. (=) Despesa Orçamentária Ajustada = 10.000 + 3.500 – 5.250 = 8.250. (+) Ajustes Patrimoniais (Consumo de Estoque / Despesa Incorrida de Adiantamentos / Depreciação / Amortização / Exaustão) = 400. (=) Despesa orçamentária ajustada ao regime de competência (após ajustes patrimoniais) = 7.850.

Dá pra tirar tranquilamente uma questão daqui: é fácil para o examinador e pode pegar muita gente desprevenida.

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O MCASP afirma que a implantação do PCASP irá facilitar essa classificação, pois ele, por si só, já separa a informação orçamentária da patrimonial. A análise, a avaliação e a verificação da consistência das informações de custos são de responsabilidade da entidade do setor público, em qualquer nível da sua estrutura organizacional, a qual se refere às informações, abrangendo todas as instâncias e níveis de responsabilidade. O sistema de informação de custos deve ser apoiado em três elementos essenciais: • Sistema de acumulação: forma com que os valores de custos são acumulados respeitado o fluxo físico operacional do processo produtivo. • Sistema de custeio: modelo de mensuração das informações de custos. • Método de custeio: método de apropriação de custos e está associado ao processo de identificação e associação do custo ao objeto de custeio. A definição correta destes elementos é condição primordial para a geração de informação de custos comparável e de qualidade. Segundo a NBC T 16.11, o SICSP de bens e serviços e outros objetos de custos públicos tem por objetivo: (a) mensurar, registrar e evidenciar os custos dos produtos, serviços, programas, projetos, atividades, ações, órgãos e outros objetos de custos da entidade; (b) apoiar a avaliação de resultados e desempenhos, permitindo a comparação entre os custos da entidade com os custos de outras entidades públicas, estimulando a melhoria do desempenho dessas entidades; (c) apoiar a tomada de decisão em processos, tais como comprar ou alugar, produzir internamente ou terceirizar determinado bem ou serviço; (d) apoiar as funções de planejamento e orçamento, fornecendo informações que permitam projeções mais aderentes à realidade com base em custos incorridos e projetados; e (e) apoiar programas de redução de custos e de melhoria da qualidade do gasto.

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Terminologia ligada ao sistema: Objeto de custo: é a unidade para a qual se deseja mensurar os custos. Gasto: aquisição de bem ou serviço que implica em sacrifício financeiro, imediato ou não, para a entidade. Desembolso: corresponde ao pagamento. Custo: é o consumo de recursos. Investimento: é o gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros. Vejamos uma questãozinha da ESAF sobre o assunto: (ESAF/MDIC 2012 – adaptada) A respeito do sistema de custos instituído pelo governo federal, julgue os itens: 1) Os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário o integram com seus próprios órgãos centrais. Errado. O órgão central do sistema, em âmbito federal, é a Secretaria do Tesouro Nacional. A portaria STN 157/2011, no seu artigo 3°, §2°, assevera que: “As unidades de gestão interna do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público da União poderão integrar o Sistema de Custos do Governo Federal como órgãos setoriais”. 2) Sua instituição atende exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal. Perfeito. Vimos que o sistema nasceu subsidiado por comandos de diversas normas, entre elas a LRF.

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6. As transações no setor público

De acordo com a NBC T 16.4, as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas: Econômico-financeira → corresponde às transações originadas de fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da execução de orçamento, podendo provocar alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais; e

Administrativa → corresponde às transações que não afetam o patrimônio público, originadas de atos administrativos, com o objetivo de dar cumprimento às metas programadas e manter em funcionamento as atividades da entidade do setor público. Vejamos uma questão: (CESPE/Analista em Gestão Administrativa/SAD PE 2009) De acordo com suas características e os seus reflexos no patrimônio público, as transações no setor público podem ser classificadas em orçamentárias e extraorçamentárias. Errado. As transações são classificadas em administrativas e econômico-financeiras. As variações patrimoniais são transações que resultam em alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado. Podem ser: Variações quantitativas → decorrentes de transações no setor público que aumentam (aumentativas) ou diminuem (diminutivas) o patrimônio liquido. Exemplo: arrecadação de receita de serviços (aumentativas) e pagamento de salários (diminutivas). O manual afirma que: Variação quantitativa aumentativa → receita sob o enfoque patrimonial. Em linguagem informal pessoal, essa receita é aquela que causa variação positiva no Patrimônio Líquido. Variação quantitativa diminutiva → despesa sob o enfoque patrimonial. Da mesma forma, essa despesa causa uma variação negativa no Patrimônio Líquido. Não confunda receita e despesa orçamentária com receita e despesa sob o enfoque patrimonial. Essas últimas sempre afetam o patrimônio líquido, enquanto as primeiras não. Isto porque há receita e despesas orçamentárias, ditas não efetivas, que não passam de simples fatos permutativos.

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Para ficar mais claro, as receitas orçamentárias podem ser: Efetivas → influencia positivamente o resultado patrimonial, aumentando o PL. São as receitas oriundas da prestação de serviços e da maioria dos tributos, por exemplo. Não efetivas → não causam aumento na situação líquida patrimonial da entidade. É a venda (alienação) de um carro, por exemplo, onde ocorre a troca de bem por dinheiro. A mesma classificação serve para as despesas orçamentárias: Efetivas → causam impacto negativo no patrimônio líquido. Despesas com salários, por exemplo. Não efetivas → não afetam o PL, por se tratarem de simples permutas. Compra de um carro, por exemplo. Onde o governo troca seu dinheiro por um bem. Para o escopo dessa aula, isso é o que interessa. Você verá mais sobre receitas e despesas orçamentárias na parte de Finanças Públicas (MTO 2013). O referido manual diz, além disso, que: Para fins deste Manual, a receita sob o enfoque patrimonial será denominada de variação patrimonial aumentativa e a despesa sob o enfoque patrimonial será denominada de variação patrimonial diminutiva. As variações quantitativas podem ser classificadas também em:

• Variação aumentativa/diminutiva pública ou privada, segundo a natureza pessoa jurídica que a executa.

• Variação patrimonial aumentativa/diminutiva resultante ou independente

da execução orçamentária. Por fim, as variações quantitativas aumentativas podem ser classificadas em: - Governamentais – Abrangem tributos e contribuições. - Empresariais – Tratam de venda de bens e serviços. - Financeiras – Versam sobre receitas de juros, dividendos, descontos obtidos etc.

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- Transferências – Incluem doações, subvenções, subsídios, auxílios, transferências intergovernamentais e intragovernamentais recebidas, entre outras. - Outras Variações Aumentativas – Outras variações patrimoniais aumentativas não classificadas nos grupos anteriores De forma análoga, as variações quantitativas diminutivas são classificadas em: - Pessoal – Trata da remuneração de pessoal do governo e seus encargos. - Benefícios Sociais – Caracterizados em geral por espécies de transferências com o objetivo de proteger a população ou segmentos dela contra certos riscos sociais. - Uso de Bens e Serviços – Consistem de serviços, insumos e matérias-primas empregados na produção de bens e serviços acrescidos de mercadorias compradas para revenda menos a variação líquida de inventários de produtos em elaboração, bens acabados e mercadoria para revenda. - Operações Financeiras – Tratam de despesas com juros, descontos concedidos, etc. - Transferências – Incluem doações, subvenções, subsídios, auxílios, transferências intergovernamentais e intragovernamentais concedidas, entre outros. - Outras Variações Diminutivas – Outras variações patrimoniais diminutivas não classificadas nos grupos anteriores. Variações qualitativas → alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. Exemplo: compra de um carro. Permuta de dinheiro por um bem.

Assim, as despesas orçamentárias não efetivas e as receitas orçamentárias não efetivas, por não afetarem o resultado patrimonial, são variações patrimoniais qualitativas do patrimônio.

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De outro lado, as despesas e receitas orçamentárias efetivas, por afetarem de forma negativa e positiva, respectivamente, o resultado patrimonial, são variações patrimoniais quantitativas diminutivas e aumentativas, nessa ordem, ambas decorrentes da execução do orçamento. Entende-se por resultado patrimonial a diferença entre as variações patrimoniais quantitativas, aumentativas e diminutivas, para um dado período. As variações patrimoniais que afetem o patrimônio líquido devem manter correlação com as respectivas contas patrimoniais. Mais uma questãozinha: (CESPE/Analista em Gestão Administrativa/SAD PE 2009) As variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado. Perfeito. Cópia da norma. Existem variações que, simultaneamente, alteram a composição qualitativa e a expressão quantitativa dos elementos patrimoniais e são conhecidas como variações mistas ou compostas. Transações que envolvem valores de terceiros são aquelas em que a entidade do setor público responde como fiel depositária e que não afetam o seu patrimônio líquido. As transações que envolvem valores de terceiros devem ser demonstradas de forma segregada. Correspondem aos ingressos e dispêndios extraorçamentários. Os ingressos extraorçamentários são valores que entram nos cofres públicos de forma temporária. Aumentam a disponibilidade do ente, ao mesmo tempo em que geram uma obrigação de devolução futura. O ente responde apenas como fiel depositário desse montante. Como exemplo temos a caução recebida de uma empresa como garantia para participação em um processo licitatório. A devolução desses valores são os dispêndios extraorçamentários. O fluxo da operação pode ser vista no esquema abaixo: Recebimento de caução no valor de R$ 100,00.

Ativo Passivo

100 100

Patrimônio Líquido 0 (A – P)

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Ingresso extraorçamentário Ativo aumentou em R$ 100,00, pois ingressou recurso em caixa. Passivo aumentou em R$ 100,00, pois foi gerada uma obrigação de devolução futura.

Devolução da caução acima.

Ativo Passivo

0 0

Patrimônio Líquido 0 (A – P)

Dispêndio extraorçamentário Ativo diminuiu em R$ 100,00, devido à saída do recurso do caixa. Passivo diminuiu em R$ 100,00, pois a obrigação de devolução foi cumprida.

Perceba que o PL não se “emocionou”. A movimentação ocorreu apenas em contas do ativo e do passivo. Ou seja, os ingressos e dispêndios extraorçamentários não afetam a apuração dos resultados da entidade, mas afetam contas do ativo e do passivo. Por fim, considera-se realizada a variação patrimonial aumentativa: I - nas transações com contribuintes e terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela ocorrência de um fato gerador de natureza tributária, investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à entidade, ou fruição de serviços por esta prestados; II - quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; III - pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros; e IV - no recebimento efetivo de doações e subvenções. Da mesma forma, considera-se incorrida a variação patrimonial diminutiva: I - quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiro;

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II - pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; e III - pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

7. Regime utilizado na contabilidade pública

Primeiramente, vamos conceituar os regimes de contabilização que serão envolvidos nesta parte da aula. Grosso modo, podemos defini-los da seguinte forma:

• Regime da competência → os atos e fatos devem ser registrados no momento em que ocorrem, independentemente da saída ou ingresso de recursos. Regime contábil ou patrimonial são outras nomenclaturas utilizadas como sinônimas de regime da competência.

• Regime de caixa → os atos e fatos são contabilizados apenas na saída ou ingresso de recursos.

A literatura mais antiga atribuía à CASP um regime misto, de caixa para as receitas e de competência para as despesas, devido a uma interpretação errada do artigo 35 da lei 4.320/64, que dispõe:

Artigo 35 - Pertencem ao exercício financeiro:

I – as receitas nele arrecadadas; e

II – as despesas nele legalmente empenhadas.

No entanto, o artigo supra se refere apenas ao regime orçamentário e não ao regime de reconhecimento da receita e da despesa como um todo. Conforme foi falado, a lei 4.320/64 trata da contabilidade em título próprio, onde evidencia a necessidade de se registrar as variações patrimoniais, independentemente da execução do orçamento. Destaco os seguintes dispositivos:

Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial.

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Art. 100 As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistência ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.

A lei de responsabilidade fiscal reforça este entendimento na medida em que estatui:

Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes: [...] II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa. [...]

Assim, tanto a receita quanto a despesa devem observar o princípio da competência integralmente, com o registro dos respectivos fatos geradores no momento em que ocorrem. A este conceito chamamos de receita e despesa sob o enfoque patrimonial.

Isto já era cumprido para a receita, no registro da dívida ativa. Era comum os autores se referirem à contabilização da dívida ativa como exceção ao regime de caixa das receitas.

Neste sentido, a resolução CFC 1.111/07 é bastante esclarecedora:

O Princípio da Competência é aquele que reconhece as transações e os eventos na ocorrência dos respectivos fatos geradores, independentemente do seu pagamento ou recebimento, aplicando-se integralmente ao Setor Público. Os atos e os fatos que afetam o patrimônio público devem ser contabilizados por competência, e os seus efeitos devem ser evidenciados nas Demonstrações Contábeis do exercício financeiro com o qual se relacionam, complementarmente ao registro orçamentário das receitas e das despesas públicas. Neste passo, a NBC T 16.5 estabelece que as transações no setor público devam ser reconhecidas e registradas integralmente no momento em que ocorrerem. Os registros contábeis devem ser realizados e os seus efeitos evidenciados nas demonstrações contábeis do período com os quais se relacionam, reconhecidos, portanto, pelos respectivos fatos geradores, independentemente do momento da execução orçamentária.

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Para treinar: (CESPE/Analista Administrativo/ANAC 2009) A contabilidade aplicada ao setor público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, aplica-se, em sua integralidade, o princípio da competência, tanto para o reconhecimento da receita quanto para a despesa. Perfeito. Só por curiosidade, essa prova da ANAC foi um exemplo de certame que a banca CESPE não seguiu o edital. Passou longe, inclusive. Continuando... Podemos afirmar que, sob a ótica orçamentária, o regime continua misto, de caixa para as receitas e de competência para as despesas. Isto evidencia o caráter conservador da contabilidade pública. A receita é contabilizada quando de seu efetivo ingresso nos órgãos arrecadadores, ao passo que a despesa é considerada realizada em estágio anterior ao pagamento. Cabe lembrar que a receita, para ser orçamentária, não necessita estar necessariamente prevista no orçamento (artigo 57, lei 4.320/64). Tal regra não se aplica à despesa. Toda despesa orçamentária deve possuir autorização legal, consubstanciada na lei orçamentária ou de créditos adicionais. Apesar de a lei fazer menção ao empenho, para a STN, a liquidação é o momento adequado para se reconhecer a despesa como realizada. Isto porque o empenho não gera nenhum tipo obrigação para a entidade, constituindo-se em momento mais jurídico que contábil. Dessa forma, podemos elaborar o seguinte esquema sobre os regimes de contabilização aplicáveis à contabilidade pública:

Situação Momento do registro Regime associado Fatos geradores da receita e despesa (receita e despesa sob o enfoque patrimonial)

Na ocorrência Competência

Receita orçamentária Arrecadação Caixa

Despesa orçamentária Liquidação (STN) ou Empenho (lei 4.320/64)

Competência

(CESPE/AAMA/IBRAM 2008) Conforme o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao setor público, as transações no setor público devem ser reconhecidas e registradas integralmente no momento em que ocorrerem, utilizando, portanto, o regime contábil misto. Errado. A questão faz referência ao regime da competência.

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Pessoal, resolvi parar por aqui. Acho que se eu me aprofundar mais vou acabar embananando a cabeça de vocês. Vimos boa parte do conteúdo que interessa a respeito dos temas propostos para a aula. Puxei assuntos importantes ligados à NBC T 16, à lei 4.320/64, que vem sendo sistematicamente cobrados pelas bancas. Sobre as partes do MCASP que tratam de contabilização, como a relação entre passivo exigível e as etapas da execução orçamentária, decidi jogar para aula que trata sobre plano de contas, por estarem mais afetas ao tema. Pelo mesmo motivo, trouxe o assunto sistema de custos para a presente aula. Como eu disse na aula demonstrativa, o objetivo desse curso é tentar fazer um apanhado daquilo que mais vem sendo cobrado, o que mais chama a atenção do examinador, de modo a te economizar tempo, tendo em vista o amontoado de matérias que você precisa estudar. Reafirmo que acho uma loucura, nessa altura do campeonato, querer entender todos os manuais propostos pela banca no edital. Assim, tentei digerir pra você o conteúdo proposto, de forma mais romanceada, mais agradável de ler, sem ficar repetindo muito os conceitos secos das normas. Agora vamos partir para as questões comentadas. Dentre todas as bancas examinadoras, considero a ESAF a mais ousada. Há várias questões que chegam bem próximas da anulação, onde a banca tem que forçar muito a barra para manter o gabarito. Porém, não se assuste. A resposta costuma saltar aos olhos do aluno bem orientado. Vamos pedir inicialmente ajuda ao CESPE, só para fixarmos o conteúdo. Em seguida, veremos algumas questões da ESAF e de outras bancas com mais jeitão de ESAF.

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B. Questões comentadas

(CESPE/TCE ES 2012) Com relação as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor publico, julgue os itens que se seguem.

1. Os registros, processamentos e evidenciações dos custos de bens e serviços produzidos e ofertados a sociedade pela entidade publica são finalidades do subsistema de informações patrimoniais.

Não! Ora bolas, custos é subsistema de custos! Manda outra, essa foi fácil! Próxima... Gabarito: Errado. (CESPE/TRE RJ 2012) Acerca de patrimônio público e variações patrimoniais, julgue os itens a seguir.

2. O bem intangível, como integrante do patrimônio público, é objeto da contabilidade pública.

Claro! É objeto da contabilidade pública o patrimônio público, tangível ou intangível. Por Patrimônio Público entendemos o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações (NBC T 16.1). Gabarito: Certo. (CESPE/ANCINE 2012) De acordo com as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue os próximos itens.

3. As variações patrimoniais classificam-se em quantitativas, caso resultem em aumento ou diminuição do patrimônio líquido, ou em qualitativas, caso alterem a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido.

As variações patrimoniais são transações que resultam em alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado. Podem ser: Variações quantitativas → decorrentes de transações no setor público que aumentam (aumentativas) ou diminuem (diminutivas) o patrimônio liquido. Exemplo: arrecadação de impostos (aumentativas) e pagamento de salários

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(diminutivas). Variações qualitativas → alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. Exemplo: compra de um carro. Permuta de dinheiro por um bem.

Gabarito: Certo.

4. O orçamento público, no qual se estimam as receitas e se fixam as despesas, é o objeto da contabilidade pública.

O objeto da CASP é o patrimônio público (ponto final). Gabarito: Errado.

5. O subsistema de informações patrimoniais evidencia os atos de gestão que possam afetar o patrimônio público no futuro.

A questão trata do subsistema de compensação. Vejamos todos:

• Orçamentário → registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária. Exemplos: previsão da receita e fixação da despesa.

• Patrimonial → registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não

financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público.

• Custos → registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços,

produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública.

• Compensação → registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle. Exemplo: assinatura de contratos.

Gabarito: Errado. (CESPE/AFCE/TCU 2011) Julgue os itens consecutivos, referentes à análise das

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demonstrações contábeis do setor público.

6. A contabilidade pública deve permitir o acompanhamento da execução orçamentária, a determinação dos custos industriais, o levantamento das demonstrações contábeis, a análise e interpretação dos resultados econômicos e financeiros, além de evidenciar o montante dos créditos orçamentários vigentes.

A lei 4.320/64, apesar da “idade”, ainda é a norma mais cobrada em provas de contabilidade pública. A questão acima é a combinação de dois dispositivos: Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Art. 90 A contabilidade deverá evidenciar, em seus registros, o montante dos créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis. Gabarito: Certo.

7. O regime contábil da contabilidade pública no Brasil adota a competência para as receitas e o regime de caixa para despesas.

Não é bem assim. Sob o enfoque orçamentário o regime é misto, de caixa para as receitas e de competência para as despesas, tendo em vista o disposto no artigo 35 da lei 4.320/64, que aduz:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: I - as receitas nele arrecadadas; e II - as despesas nele legalmente empenhadas.

Repito: este dispositivo trata apenas do aspecto orçamentário da coisa. Isto porque a contabilidade pública é ramo da ciência contábil e deve obedecer aos seus princípios integralmente, inclusive ao da competência. Assim, os fatos geradores da receita e da despesa devem ser reconhecidos no momento em que ocorrem, independentemente da execução do orçamento. Gabarito: Errado. (CESPE/EGRVS – Contador/SESA ES 2011) Acerca do conceito, objetivo e campo de atuação da contabilidade aplicada ao setor público, segundo as normas brasileiras de contabilidade, julgue os itens a seguir.

8. Entre os objetivos da contabilidade pública, está o fornecimento aos usuários

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de informações sobre os aspectos de natureza física do patrimônio da entidade.

De acordo com a NBC T 16.1, o objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social.

Objetivo CASP = suporte = tomada de decisão + prestação de contas +

instrumentalização do controle social.

Não confunda objetivo com objeto da contabilidade aplicada ao setor público. Este último se refere ao patrimônio público. Gabarito: Certo.

9. Os serviços sociais não estão entre as entidades abrangidas pelo campo de aplicação da contabilidade pública.

O campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange TODAS as entidades do setor público. O que se discute aqui não é a personalidade jurídica da entidade, mas se ela utiliza recursos públicos. Neste sentido, a norma traz a seguinte definição: Entidade do Setor Público → órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:

• Integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

• Parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir

procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

Gabarito: Errado.

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10. No processo gerador de informações, a contabilidade pública deve aplicar os princípios fundamentais de contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial das entidades do setor público.

A contabilidade pública não é uma contabilidade orçamentária ou financeira. Neste sentido, não deve se limitar apenas ao registro da receita e despesa orçamentária. O objeto é mais amplo e tem como foco todo o patrimônio público. Perceba que as novas normas fazem menção não mais ao termo “Contabilidade Pública”, mas sim “Contabilidade Aplicada ao Setor Público”. O novo nome aponta para a intenção do tesouro nacional, qual seja a de passar considerar a contabilidade pública como ramo da ciência contábil. Assim, a NBC T 16.1 definiu a Contabilidade Aplicada ao Setor Público como sendo o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. Gabarito: Certo. (CESPE/AJAA – Contabilidade/TRE ES 2011) De acordo com o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao setor público (NBCASP) e na Lei nº 4.320/1964, julgue os itens subsequentes.

11. De acordo com a lei em apreço, serão objeto de registro, individuação e controle contábil todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, ainda que não compreendidas na execução orçamentária.

Lei 4.320/64, artigo 93 → Todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, não compreendidas na execução orçamentária, serão também objeto de registro, individuação e controle contábil. Gabarito: Certo.

12. De acordo com as NBCASP, os serviços sociais devem observar integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade do setor público.

As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:

• Integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

• Parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir

procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

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A despeito de serem pessoas jurídicas de direito privado que não integram a administração pública, os serviços sociais são mantidos por recursos oriundos de contribuições sociais de natureza tributária, bem como dotações consignadas no orçamento. Por isso, prestam contam ao TCU e estão no campo de aplicação da CASP. Gabarito: Certo.

13. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência – Contábeis/ABIN 2010) As empresas públicas com personalidade jurídica de direito privado podem, sob determinadas circunstâncias, estar sujeitas ao campo de aplicação da contabilidade pública.

O que define se uma entidade está, ou não, abrangida pelo campo de aplicação da contabilidade pública não é sua natureza jurídica, mas sim a natureza pública dos recursos que manipula. Até a edição da NBC T 16.1, era evidente a falta de consenso sobre a demarcação deste campo de aplicação. A referida norma estabelece que o campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange TODAS as entidades do setor público. Entidade do Setor Público → órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:

• Integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

• Parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir

procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

Assim, é possível que entidades privadas estejam sujeitas ao campo de aplicação da contabilidade pública, desde que utilizem recursos públicos. Cabe ressaltar que, no caso específico das empresas estatais integrantes do orçamento de investimentos, a LDO determina que não se aplicam as normas gerais da Lei nº 4.320, de 1964, no que concerne ao regime contábil, execução do

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orçamento e demonstrações contábeis (artigo 51, § 6º). Gabarito: Certo. (CESPE/Contador/MS 2010) Com relação ao registro das variações patrimoniais nas entidades públicas, julgue os itens a seguir.

14. De acordo com o critério do impacto provocado na situação líquida, as variações patrimoniais dividem-se em variações aumentativas e variações diminutivas.

Um critério de classificação é dividir as variações em aumentativas e diminutivas. As primeiras causam impacto positivo no patrimônio, as outras, negativo. A NBC T 16.4 detalhou o assunto da seguinte maneira: Variações patrimoniais quantitativas aumentativas → aumentam o patrimônio líquido (receita sob o enfoque patrimonial). Receitas com serviços. Variações patrimoniais quantitativas diminutivas → diminuem o patrimônio líquido (despesa sob o enfoque patrimonial). Despesas com salários. As variações patrimoniais qualitativas alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido, determinando modificações apenas na composição específica dos elementos patrimoniais. Despesas e receitas não efetivas.

Existem variações que, simultaneamente, alteram a composição qualitativa e a expressão quantitativa dos elementos patrimoniais e são conhecidas como variações mistas ou compostas. Transações que envolvem valores de terceiros são aquelas em que a entidade do setor público responde como fiel depositária e que não afetam o seu patrimônio líquido. Gabarito: Certo.

15. As variações patrimoniais quantitativas alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido.

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De acordo com a NBC T 16.4, as variações patrimoniais podem ser qualitativas ou quantitativas. As primeiras alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. As segundas podem ser aumentativas ou diminutivas, caso aumentem ou diminuam a Situação Líquida Patrimonial, respectivamente. Exemplo de variação qualitativa → compra de um carro. Aqui ocorre apenas a troca de dinheiro por bem. Exemplo de variação quantitativa aumentativa → receita com serviços. Exemplo de variação quantitativa diminutiva → despesa com serviços.

Gabarito: Errado.

16. (CESPE/Analista de Controle Interno – Finanças Públicas/SEC GE 2010) De acordo com o disposto na NBC T 16.1 do Conselho Federal de Contabilidade, assinale a opção correta acerca do conceito, do objetivo e da especialidade da contabilidade pública.

A Os serviços sociais e os conselhos profissionais devem observar parcialmente as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social. B A divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor público não resultará em novas unidades contábeis. C São considerados patrimônio público os direitos e bens, tangíveis e intangíveis, que representem ou não um fluxo de benefícios presente ou futuro inerente à prestação de serviços públicos. D As pessoas físicas que recebem subvenções ou incentivos fiscais de órgão público não se equiparam, para efeito contábil, às entidades do setor público, uma vez que não estão no campo de aplicação da contabilidade pública. E No setor público, são considerados recursos controlados os ativos em que a entidade, mesmo sem ter o direito de propriedade, detém o controle, os riscos e

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os benefícios deles decorrentes.

Comentários: Letra A → os serviços sociais e os conselhos profissionais obedecem integralmente às normas aplicáveis à contabilidade pública.

Letra B → segundo a NBC T 16.1, a soma, agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor público resultará em novas unidades contábeis. Esse procedimento será utilizado nos seguintes casos:

• Registro dos atos e dos fatos que envolvem o patrimônio público ou suas parcelas, em atendimento à necessidade de controle e prestação de contas, de evidenciação e instrumentalização do controle social;

• Unificação de parcelas do patrimônio público vinculadas a unidades contábeis

descentralizadas, para fins de controle e evidenciação dos seus resultados; e

• Consolidação de entidades do setor público para fins de atendimento de exigências legais ou necessidades gerenciais.

Letra C → patrimônio público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.

Letra D → Entidade do Setor Público: órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Letra E → mais outra da NBC T 16.1: Recursos controlados → ativos em que a entidade mesmo sem ter o direito de propriedade detém o controle, os riscos e os benefícios deles decorrentes.

Gabarito: Letra E.

17. (CESPE/Contador/DPU 2010) De acordo com o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, assinale a opção correta acerca do conceito, objeto, objetivo e campo de aplicação da contabilidade pública.

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A Independentemente do escopo, todas as entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade do setor público. B A contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil que adota no processo gerador de informações, as normas fiscais direcionadas ao controle da receita e da despesa das entidades do setor público. C As pessoas físicas não se equiparam, para efeito contábil, a entidades do setor público, ainda que recebam subvenção, benefício, ou incentivo (fiscal ou creditício) de órgão público. D O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o planejamento feito pela administração pública para atender, durante determinado período, aos planos e programas de trabalho por ela desenvolvidos. E Um dos objetivos da contabilidade aplicada ao setor público é o de fornecer o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. Comentários: Letra A → o campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange TODAS as entidades do setor público. As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:

• Integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

• Parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir

procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

Letra B → a Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. Letra C → Entidade do Setor Público: órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Letra D → o objeto da contabilidade pública é o patrimônio público.

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Letra E → o objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. Instrumentalização do Controle Social → compromisso fundado na ética profissional, que pressupõe o exercício cotidiano de fornecer informações que sejam COMPREENSÍVEIS E ÚTEIS aos cidadãos no desempenho de sua soberana atividade de controle do uso de recursos e patrimônio público pelos agentes públicos. Gabarito: Letra E.

18. (CESPE/Contador/DPU 2010) Considerando a Lei n.º 4.320/1964, assinale a opção correta com relação à contabilidade.

A Somente os serviços públicos industriais organizados como empresa pública ou autárquica manterão contabilidade especial para determinação dos custos. B Somente serão objeto de registro e controle contábil as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira compreendidas na execução orçamentária. C As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução, não constituirão elementos da conta patrimonial. D Para fins orçamentários e determinação dos devedores, ter-se-á o registro contábil das receitas patrimoniais, fiscalizando-se a sua efetivação. E As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie serão levadas às contas de resultado. Comentários: Todas as alternativas tomaram por base artigos da lei 4.320/64. Letra A → Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeiro comum. Letra B → Art. 93. Todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, não compreendidas na execução orçamentária, serão também objeto de registro, individuação e controle contábil.

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Letra C → Art. 100. As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistência ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial. Letra D → Art. 97. Para fins orçamentários e determinação dos devedores, ter-se-á o registro contábil das receitas patrimoniais, fiscalizando-se sua efetivação. Letra E → Art. 106, § 2º. As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie serão levadas à conta patrimonial. Gabarito: Letra D. (CESPE/Consultor do Executivo/SEFAZ ES 2010) De acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade que estabelece a conceituação, o objeto e o campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público, julgue os itens a seguir.

19. A contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil que emprega, no processo gerador de informações, as técnicas próprias da execução orçamentária e financeira direcionadas para a adequada prestação de contas.

Perceba que o enunciado faz referência às Normas Brasileiras de Contabilidade. De acordo com a NBC T 16.1, a Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público.

Gabarito: Errado.

20. O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público abrange todas as entidades do setor público, que devem observar integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade pública.

O campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público realmente abrange TODAS as entidades do setor público. Entretanto, de acordo com a NBC T 16.1, as entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade

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Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo: Integralmente → as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

Parcialmente → as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social. Entidade do Setor Público → órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Não confunda entidades do setor público com entidades governamentais. Estas são compostas pela administração direta, autarquias, fundações públicas e empresas estatais dependentes. Gabarito: Errado. (CESPE/Analista em Gestão Administrativa/SAD PE 2009) Acerca da Norma Brasileira de Contabilidade que trata das transações do setor público, julgue os itens.

21. De acordo com suas características e os seus reflexos no patrimônio público, as transações no setor público podem ser classificadas em orçamentárias e extraorçamentárias.

De acordo com a NBC T 16.4 as variações são classificadas em qualitativas e quantitativas. Estas últimas se dividem em aumentativas e diminutivas. A classificação apresentada na questão é quanto à dependência da execução orçamentária. Além disso, a questão fala em transações e não em variações. As transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas:

• Econômico-financeira → corresponde às transações originadas de fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da execução de orçamento, podendo provocar alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais; e

• Administrativa → corresponde às transações que não afetam o patrimônio público, originadas de atos administrativos, com o objetivo de dar cumprimento às metas programadas e manter em funcionamento as atividades da entidade do setor público.

Gabarito: Errado.

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22. As variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado.

Eu gosto pra caramba desse tipo de questão, pois acaba que não tenho trabalho algum! hehe...é cópia da NBC T 16.4. As variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado. São classificadas em quantitativas e qualitativas.

Gabarito: Certo.

23. As variações patrimoniais que afetam o patrimônio líquido devem manter correlação com as respectivas contas de resultado.

Segundo a NBC T 16.4, as variações patrimoniais que afetem o patrimônio líquido devem manter correlação com as respectivas contas patrimoniais. Gabarito: Errado.

24. As variações qualitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais diminuindo ou aumentando o patrimônio líquido.

Variações quantitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido. Variações qualitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido como a compra de um carro, por exemplo. Gabarito: Errado.

25. As transações que envolvem valores de terceiros devem ser demonstradas de forma consolidada.

Transações que envolvem valores de terceiros são aquelas em que a entidade do setor público responde como fiel depositária e que não afetam o seu patrimônio líquido. As transações que envolvem valores de terceiros devem ser demonstradas

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de forma segregada. Outra da NBC T 16.4. Gabarito: Errado.

26. (CESPE/Auditor/FUB 2009) De acordo com as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, o objeto da contabilidade governamental é o orçamento público.

Segundo a NBC T 16.1, o objeto da CASP é o patrimônio público. Gabarito: Errado. (CESPE/ AGA/SAD PE 2009) No que se refere à conceituação, ao objeto e ao campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público, segundo as normas brasileiras de contabilidade, julgue os itens.

27. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o patrimônio público. Objeto CASP → Patrimônio Público. Gabarito: Certo.

28. O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público abrange apenas os órgãos, os fundos e as pessoas jurídicas de direito público.

O Campo de Aplicação da CASP abrange TODAS as entidades do setor público. Entidade do Setor Público → órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Ou seja, manipulou recurso público está contemplado no Campo de Aplicação da CASP. Gabarito: Errado.

29. Não se equiparam como entidade do setor público, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público.

Entidade do Setor Público → órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou

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creditício, de órgão público. Gabarito: Errado.

30. Os conselhos profissionais devem observar parcialmente as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público.

O Campo de Aplicação da CASP abrange TODAS as entidades do setor público. As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo: Integralmente → as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

Parcialmente → as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social. Gabarito: Errado.

31. É classificada como unificada a unidade contábil que representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais unidades contábeis originárias.

No esteio do princípio da entidade, a NBC T 16.1 trouxe algumas definições interessantes. Por UNIDADE CONTÁBIL entendemos a soma, agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor público resultará em novas unidades contábeis. Esse procedimento será utilizado nos seguintes casos:

• Registro dos atos e dos fatos que envolvem o patrimônio público ou suas parcelas, em atendimento à necessidade de controle e prestação de contas, de evidenciação e instrumentalização do controle social;

• Unificação de parcelas do patrimônio público vinculadas a unidades contábeis

descentralizadas, para fins de controle e evidenciação dos seus resultados;

• Consolidação de entidades do setor público para fins de atendimento de exigências legais ou necessidades gerenciais.

A Unidade Contábil é classificada em: Originária → representa o patrimônio das entidades do setor público na condição de pessoas jurídicas; Descentralizada → representa parcela do patrimônio de Unidade Contábil

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Originária; Unificada → representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais Unidades Contábeis Descentralizadas; Consolidada →→→ representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais Unidades Contábeis Originárias. Abaixo um esquema para facilitar o entendimento:

As descentralizadas 1 e 3, por exemplo, podem se juntar e formar uma Unidade Unificada. Gabarito: Errado. (CESPE/Analista de Controle Interno/SAD PE 2009) Acerca do conceito, do objetivo e da especialidade da contabilidade segundo as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue os itens.

32. Contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil que, no processo gerador de informações, põe em prática os princípios fundamentais de contabilidade direcionados ao controle do orçamento público.

A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. Gabarito: Errado.

33. O campo da contabilidade aplicada ao setor público abrange todas as entidades do setor público.

O campo de aplicação da CASP abrange TODAS as Entidades do Setor Público.

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Entidade do Setor Público → órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Gabarito: Certo.

34. Os serviços sociais públicos devem observar, parcialmente, as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público para adotarem procedimentos de prestação de contas e de instrumentalização do controle social.

O Campo de Aplicação da CASP abrange TODAS as entidades do setor público. As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo: Integralmente → as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

Parcialmente → as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social. Gabarito: Errado.

35. É classificada como unificada a unidade contábil que representa o patrimônio das entidades do setor público na condição de pessoas jurídicas.

A resposta é Unidade Originária. A Unidade Contábil é classificada em:

Originária – representa o patrimônio das entidades do setor público na condição de pessoas jurídicas; Descentralizada – representa parcela do patrimônio de Unidade Contábil Originária; Unificada – representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais Unidades Contábeis Descentralizadas; Consolidada – representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais Unidades Contábeis Originárias. Gabarito: Errado.

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36. A soma, agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do

setor público não resulta em novas unidades contábeis. De acordo com a NBC T 16.1, a soma, agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor público resultará em novas unidades contábeis. Conforme vimos, este conceito decorre do princípio contábil da entidade. Gabarito: Errado. (CESPE/Analista Judiciário/TRE BA 2009) De acordo com o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade, julgue o item a seguir, relativo ao objeto da contabilidade aplicada ao setor público.

37. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o orçamento público, evidenciando, em seus registros, o montante dos créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis.

Objeto da CASP → Patrimônio Público. Gabarito: Errado.

38. (CESPE/Analista Administrativo/ANAC 2009) A contabilidade aplicada ao setor público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, aplica-se, em sua integralidade, o princípio da competência, tanto para o reconhecimento da receita quanto para a despesa.

Conforme vimos, a contabilidade pública deve registrar os fatos geradores da receita e da despesa no momento em que ocorrem, independente da execução do orçamento. Assim, é com segurança que podemos afirmar que a contabilidade aplicada ao setor público é ramo da ciência contábil e aplica seus princípios integralmente, especialmente o da competência e da oportunidade. Gabarito: Certo. (CESPE/Contador/UNIPAMPA 2009) Julgue os itens a seguir, consoante o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público.

39. O objeto da contabilidade pública é o patrimônio público, entendido como o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não.

Objeto da CASP → Patrimônio Público. Patrimônio Público → conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um

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fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações. Gabarito: Certo.

40. O campo de atuação da contabilidade pública abrange todas as entidades do setor público, que devem observar integralmente suas normas e técnicas próprias.

CASP → todas ESP. No entanto, as ESP devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:

• Integralmente → as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

• Parcialmente → as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

Gabarito: Errado. (CESPE/Técnico em Contabilidade/UNIPAMPA 2009) De acordo com a estrutura do sistema contábil contemplado nas normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue os próximos itens.

41. O sistema contábil está estruturado nos subsistemas de informação orçamentário, financeiro, patrimonial, de custos e de compensação.

De acordo com a NBC T 16.2 o sistema contábil está estruturado nos seguintes subsistemas de informações: orçamentário, patrimonial, custos e compensação. O

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subsistema financeiro teve suas competências absorvidas pelo subsistema patrimonial. Vejamos a definição de cada.

• Orçamentário → registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária.

• Patrimonial → registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público.

• Custos → registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública.

• Compensação → registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle.

Gabarito: Errado.

42. Os subsistemas contábeis devem ser independentes entre si e de outros subsistemas de informações.

Os subsistemas contábeis devem ser integrados entre si e a outros subsistemas de informações de modo a subsidiar a administração pública sobre:

• Desempenho da unidade contábil no cumprimento da sua missão; • Avaliação dos resultados obtidos na execução dos programas de trabalho

com relação à economicidade, à eficiência, à eficácia e à efetividade; • Avaliação das metas estabelecidas pelo planejamento; e • Avaliação dos riscos e das contingências.

Gabarito: Errado.

43. (ESAF/CGU 2012) Examine os itens a seguir a respeito dos conceitos e campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público, assinale Verdadeiro(V) ou Falso(F) e escolha a opção que indica a sequência correta.

I. O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público abrange todas as entidades do setor público; II. A função social da contabilidade aplicada ao setor público deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública para evidenciar informações necessárias para a tomada de decisão; III. Ocorre o surgimento de novas unidades contábeis quando se procede à soma, agregação ou divisão do patrimônio de uma ou mais entidades; IV. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público são os recursos públicos.

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a) V, V, F, F b) F, F, V, F c) V, V, V, F d) V, F, V,V e) V, V, V,V Comentários: A questão foi toda retirada da NBC T 16.1. O item I é verdadeiro. O campo de aplicação da contabilidade pública abrange todas as entidades do setor público. Por Entidades do Setor Público entendemos os órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. O item II é verdadeiro. Segundo a NBC T 16.1, a função social da Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública para evidenciar informações necessárias à tomada de decisões, à prestação de contas e à instrumentalização do controle social. O item III é verdadeiro. A soma, agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor público resultará em novas unidades contábeis. Esse procedimento será utilizado nos seguintes casos: (a) registro dos atos e dos fatos que envolvem o patrimônio público ou suas parcelas, em atendimento à necessidade de controle e prestação de contas, de evidenciação e instrumentalização do controle social; (b) unificação de parcelas do patrimônio público vinculadas a unidades contábeis descentralizadas, para fins de controle e evidenciação dos seus resultados; e (c) consolidação de entidades do setor público para fins de atendimento de exigências legais ou necessidades gerenciais. O item IV é claramente falso. A norma é claro ao estatuir o patrimônio público (apenas) como objeto da CASP. Letra C.

44. (ESAF/MDIC 2012) Tendo por base as definições das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público – NBCASP, assinale a opção verdadeira a respeito do campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

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a) As entidades privadas que recebam transferências de recursos públicos devem observar integralmente suas normas e técnicas no registro das transações relacionadas a estes recursos. b) Os serviços sociais autônomos e entidades governamentais devem aplicar integralmente as normas e técnicas desse ramo da contabilidade. c) É opcional o uso de suas normas e técnicas pelos conselhos de profissionais desde que as técnicas por eles adotadas proporcionem a evidenciação do patrimônio. d) Abrange integralmente qualquer ente, governamental ou não, que gerencie ou aplique recursos públicos. e) A observação de suas normas e técnicas está condicionada à adesão e uso dos sistemas contábeis governamentais. Comentários: O Campo de Aplicação da CASP abrange todas as entidades do setor público. Por Entidades do Setor Público entendemos os órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Analisando a definição acima, resta claro que se alguém recebeu recurso público, está no campo de aplicação da CASP, mesmo sendo uma pessoa jurídica de direito privado. A NBC T 16 detalha que as entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo: (a) Integralmente → as entidades governamentais, os serviços sociais e os

conselhos profissionais; e (b)

(b) Parcialmente → as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

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Agora vejamos nossas alternativas: Letra A, incorreta. As entidades privadas que recebam transferências de recursos públicos devem observar as normas da CASP, mas não integralmente. Letra B, correta. Os serviços sociais autônomos e entidades governamentais devem aplicar integralmente as normas e técnicas da CASP, conforme esquema acima. Letra C, incorreta. Os conselhos de profissionais devem obedecer integralmente às normas e técnicas da CASP. Letra D, incorreta. Abrange todos os entes (governamentais ou não), mas não integralmente. Letra E, incorreta. A observação das normas e técnicas da CASP é obrigatória, integralmente ou não, a todos aqueles que estão no seu campo de aplicação. Letra B.

45. (ESAF/MDIC 2012) Assinale a opção correta a respeito das regras para a classificação dos elementos patrimoniais das entidades públicas.

a) No ativo financeiro deve ser observado, além da conversibilidade, a origem dos recursos. b) Na classificação dos bens de uso nas atividades finalísticas da entidade, a duração do ativo é o principal atributo a ser observado. c) O atributo exigibilidade do passivo não deve ser observado se o credor for uma entidade pública da mesma esfera de governo.

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d) A segregação tanto do ativo quanto do passivo deve obedecer aos atributos financeiro e não financeiro. e) A classificação deve observar a segregação em circulante e não circulante com base nos atributos de conversibilidade e exigibilidade. Comentários: Dentre as alternativas, a única que corresponde ao disposto no MCASP e nas NBCASP é a letra E. Segundo a NBC T 16.2, o patrimônio público é estruturado, pelo enfoque contábil, em:

� Ativos → são recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços.

� Passivos → são obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos

passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a entidade saídas de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços.

� Patrimônio Líquido → é o valor residual dos ativos da entidade depois de

deduzidos todos seus passivos. No Patrimônio Líquido, deve ser evidenciado o resultado do período segregado dos resultados acumulados de períodos anteriores.

Quando o valor do passivo for maior que o valor do ativo, o resultado é denominado passivo a descoberto. Os ativos e passivos são classificados em circulante e em não circulante, com base em seus atributos de conversibilidade e exigibilidade. Circulante Não Circulante

Ativos

a) estiverem disponíveis para realização imediata; e b) tiverem a expectativa de realização até doze meses após a data das demonstrações contábeis.

Os demais.

Passivos

Quando corresponderem a valores exigíveis até doze meses após a data das demonstrações contábeis.

Os demais.

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Letra E.

46. (ESAF/MDIC 2012) A respeito das variações patrimoniais dos entes submetidos às regras da contabilidade aplicada ao setor público, é correto afirmar, exceto:

a) classificar as variações patrimoniais em qualitativas e quantitativas implica em reconhecer que os fatos administrativos repercutem no patrimônio do ente, embora muitos destes não alterem a situação patrimonial líquida. b) as receitas e despesas patrimoniais são variações do patrimônio que não se confundem com as receitas e despesas orçamentárias. c) as variações patrimoniais compostas são aquelas que alteram a composição qualitativa e também modificam quantitativamente o patrimônio. d) variações patrimoniais quantitativas são aquelas que têm repercussão orçamentária enquanto as variações qualitativas são de caráter extraorçamentário. e) as variações patrimoniais quantitativas diminutivas resultantes da execução orçamentária são despesas efetivas do ponto de vista patrimonial. Comentários: As variações patrimoniais são divididas em qualitativas e quantitativas. Ambas tem repercussão no PL da entidade. Ocorre que as primeiras tem origem em fatos permutativos, enquanto as outras afetam positivamente ou negativamente o patrimônio.

As variações patrimoniais quantitativas aumentativas correspondem ao conceito de receitas sob o enfoque patrimonial. As variações patrimoniais quantitativas diminutivas correspondem às despesas sob o enfoque patrimonial. Não podemos afirmar que todas as receitas orçamentárias são receitas sob o enfoque patrimonial, mas apenas aquelas que afetam positivamente o resultado patrimonial. Logo, há receitas orçamentárias efetivas, que, sob o ponto de vista

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patrimonial, são variações patrimoniais quantitativas aumentativas. Assim como há receitas não efetivas, que não afetam o resultado patrimonial, por se tratarem de fatos permutativos do patrimônio e, por isso, são variações patrimoniais qualitativas. Em resumo: Receita orçamentária efetiva → afeta positivamente o resultado patrimonial → receita sob o enfoque patrimonial → variação patrimonial quantitativa aumentativa, dependente da execução orçamentária. Exemplo: Receitas tributárias, em sua maioria. Receita orçamentária não efetiva → repercute no patrimônio do ente, mas não afeta seu resultado, por se tratar de fato permutativo → não é receita sob o enfoque patrimonial → variação patrimonial qualitativa, dependente da execução orçamentária. Exemplo: venda (alienação) de um carro, onde há a troca de um bem por dinheiro. Raciocínio semelhante pode ser desenvolvido para a despesa: Despesa orçamentária efetiva → afeta negativamente o resultado patrimonial → despesa sob o enfoque patrimonial → variação patrimonial quantitativa diminutiva. Exemplo: despesas com salários. Despesa orçamentária não efetiva → repercute no patrimônio do ente, mas não afeta seu resultado, por se tratar de fato permutativo → não é despesa sob o enfoque patrimonial → variação patrimonial qualitativa. Exemplo: compra de um carro, onde há a troca de dinheiro por um bem. Existem variações que, simultaneamente, alteram a composição qualitativa e a expressão quantitativa dos elementos patrimoniais e são conhecidas como variações mistas ou compostas. Face ao exposto, a alternativa que destoa das demais é a letra D. De fato, ela trouxe um conceito totalmente equivocado das variações patrimoniais. Letra D.

47. (ESAF/MDIC 2012) A respeito do sistema de custos instituído pelo governo federal, é correto afirmar, exceto:

a) os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário o integram com seus próprios órgãos centrais. b) sua instituição atende exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal. c) é um subsistema organizacional da administração federal e está vinculado ao sistema de contabilidade federal.

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d) um dos seus principais objetivos é o acompanhamento e avaliação da gestão orçamentária, financeira e patrimonial. e) elaborar estudos e propor melhorias com vistas ao aperfeiçoamento da informação de custos é uma atribuição dos órgãos setoriais. Comentários: Letra A, incorreta. O órgão central do sistema, em âmbito federal, é a Secretaria do Tesouro Nacional. A portaria STN 157/2011, no seu artigo 3°, §2°, assevera que: “As unidades de gestão interna do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público da União poderão integrar o Sistema de Custos do Governo Federal como órgãos setoriais”. Letra B, correta. A criação do Sistema de Custos teve a intenção de atender às seguintes normas: Lei 4.320/64, artigo 99 → Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeiro comum. Decreto-Lei nº 200/1967, artigo 79 → A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar os resultados da gestão. Lei Complementar 101/2000 (LRF), artigo 50, § 3º → A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial. LRF, 4º, I, e → a lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no §2º do art. 165 da Constituição e disporá também sobre normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos. Lei 10.180/2001, artigo 15, V → o Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e evidenciar os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal. Letras C e D, corretas. Fica aqui uma grande dica da dona ESAF: a banca adora tirar questões do site do tesouro. Isso é muito comum. A despeito de não estar claro, em nenhum normativo, especialmente na portaria STN 157/2011, que o Sistema de Custos é um subsistema organizacional da administração federal e está vinculado ao sistema de contabilidade federal, veja abaixo o extrato que copiei do site do tesouro, que trata do Sistema de Informações de Custos:

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A ferramenta verifica espaços para a melhoria de serviços destinados à população, bem como proporciona instrumentos de análise para a eficácia, a eficiência, a economicidade e a avaliação dos resultados do uso recursos públicos. Sua existência atende ao art. 50, § 3º da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que obriga a Administração Pública a manter sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial. E, conforme a Lei nº 10.180, de 06 de fevereiro de 2001, que organiza e disciplina o Sistema de Contabilidade Federal do Poder Executivo, compete à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) tratar de assuntos relacionados à área de custos na Administração Pública Federal. Nesse sentido, a STN publicou em 09 de março de 2011 a sua Portaria nº 157, que dispõe sobre a criação do Sistema de Custos do Governo Federal, estruturado na forma de um subsistema organizacional da administração pública federal brasileira e vinculado ao Sistema de Contabilidade Federal, uma vez que se encontra sob gestão da Coordenação-Geral de Contabilidade e Custos da União. Duro de aturar, não acha? Fica então o grande bizú: se você for fazer uma prova da ESAF, leia na internet sobre o assunto, principalmente no site oficial correspondente. Assim, se na sua prova cai sobre SIAFI, por exemplo, leia sobre o mesmo no site do tesouro nacional. Abaixo o link da página que extraí o texto acima: http://goo.gl/S9Jpn Letra E, correta. Essa alternativa foi retirada da portaria STN 716/2011, que dispõe sobre as competências dos Órgãos Central e Setoriais do Sistema de Custos do Governo Federal. Dentre as competências dos órgãos setoriais está: Elaborar estudos e propor melhorias com vistas ao aperfeiçoamento da informação de custo. Caso tenha interesse em ler todas as competências, acesse: http://goo.gl/Sql48 Letra A.

48. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Assinale a opção que indica um conjunto de entidades que estão dentro do campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público.

a) Empresas públicas financeiras, autarquias e entidades da administração direta do Poder Executivo.

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b) Empresas públicas dependentes, órgãos da administração direta e autarquias. c) Órgãos do Poder Judiciário, empresas estatais de qualquer natureza e fundações públicas. d) Organizações não governamentais mantidas com recursos públicos, empresas públicas não financeiras e autarquias. e) Unidades gestoras da administração direta, consórcios públicos e empresas estatais não dependentes. Comentários:

Antes da publicação das NBCASP, a definição do campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público ficava por conta da doutrina. Era comum associá-lo às pessoas jurídicas que compunham o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Assim, faziam parte do campo de aplicação da CASP a Administração Direta (União, Estados e Municípios) e Administração Indireta (Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista). Estas duas últimas (EP e SEM) apenas se recebessem recursos oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Estas empresas públicas e sociedades de economia mista são definidas pela LRF como Empresas Estatais Dependentes: Empresa Estatal Dependente → empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. As Empresas “Independentes”, pertencentes apenas ao Orçamento de Investimentos, não compunham o campo de aplicação da contabilidade pública. Depois da publicação da NBC T 16 ficou bem mais tranquilo responder este tipo de questão. De acordo com esta norma, o campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange todas as entidades do setor público. Por Entidades do Setor Público entendemos os órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Da definição acima, concluímos que se alguma pessoa jurídica ou física manipular recurso de origem pública está no campo de aplicação da CASP.

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Entretanto, as entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo: (a) Integralmente → as entidades governamentais, os serviços sociais e os

conselhos profissionais; e

(b) Parcialmente → as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

Assim, entidades da administração direta, autarquias, empresas públicas dependentes, fundações públicas, órgãos de todos os poderes, consórcios públicos, ONGs mantidas com recursos públicos e unidades gestoras da administração direta manipulam recursos de origem pública e estão no campo de aplicação da CASP. De cara, a resposta é a letra B. Abaixo assinalo as pessoas jurídicas que estão fora do campo de aplicação da CASP ou por não manejarem recursos públicos ou não termos certeza, tendo em vista os dados fornecidos pela questão:

a) Empresas públicas financeiras, autarquias e entidades da administração direta do Poder Executivo. b) Empresas públicas dependentes, órgãos da administração direta e autarquias. c) Órgãos do Poder Judiciário, empresas estatais de qualquer natureza e fundações públicas. d) Organizações não-governamentais mantidas com recursos públicos, empresas públicas não-financeiras e autarquias. e) Unidades gestoras da administração direta, consórcios públicos e empresas

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estatais não dependentes.

Sobre as empresas estatais não dependentes a postura da banca está equivocada. Acompanhe comigo: estas empresas são contempladas no orçamento de investimentos, segundo LDO, art. 51. Assim, de acordo com a NBC T 16, por utilizarem recursos públicos, estarão contempladas também no campo de aplicação da CASP, pelo menos parcialmente. Mas a banca considerou que não. As EEI não fazem parte do campo de aplicação da CASP. Eu discordo frontalmente, mas serve como alerta: se cair igual já sabe o que fazer. Vamos explorar um pouco mais o conteúdo. Tendo por base o esquema montado logo acima e, por dedução, podemos afirmar que as Entidades Governamentais são = administração direta + autarquias + fundações públicas + Empresas Estatais Dependentes. Os serviços sociais são aquelas entidades pertencentes ao Sistema “S”: SENAI, SESC, SENAC, entre outras. E como exemplo de conselho profissional temos o CREA, dos engenheiros. Provavelmente, a inclusão desses serviços sociais e dos conselhos profissionais no escopo integral de abrangência das normas se deve, basicamente, aos devidos fatores:

• Serviços sociais → são mantidos por recursos oriundos de contribuições sociais de natureza tributária, bem como dotações consignadas no orçamento.

• Conselhos profissionais → possuem natureza autárquica. Cabe ressaltar que a LDO excluiu do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social “os conselhos de fiscalização de profissão regulamentada, constituídos sob a forma de autarquia” (artigo 6º, § 1º, II). Assim, interessante notar que há entidades que não pertencem ao OF e OSS, mas obedecem integralmente às normas próprias da CASP.

Letra B.

49. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) A respeito das regras gerais estabelecidas pela Lei n° 4.320/64 para a estruturação e realização da contabilidade dos entes públicos, é correto afirmar, exceto:

a) é obrigatório o registro dos bens móveis e imóveis, mesmo que de forma sintética. b) os entes públicos que exercem atividade industrial, independentemente da sua forma de organização, deverão manter registros contábeis que permita a apuração dos custos. c) a contabilização da receita e da despesa deverá seguir as especificações da lei

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orçamentária. d) é permitido o uso do método das partidas simples para a contabilidade patrimonial desde que esta seja realizada de forma sintética. e) no registro dos restos a pagar, é obrigatória a identificação do credor. Comentários:

Típica questão de prova. Ela foi toda extraída da lei 4.320/64, veja só: A letra A está correta. Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração. Art. 95 A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis. A letra B está correta. Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeiro comum.

A letra C está correta. Art. 91. O registro contábil da receita e da despesa far-se-á de acordo com as especificações constantes da Lei de Orçamento e dos créditos adicionais. A letra D está incorreta. Art. 86. A escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se-á pelo método das partidas dobradas. A letra E está correta. Art. 92, parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguindo-se as despesas processadas das não processadas. Letra D.

50. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) São finalidades do controle interno sob o enfoque contábil, exceto:

a) proporcionar mecanismos de correção tempestiva de desvios e condutas. b) contribuir com a eficiência operacional da entidade. c) salvaguardar os ativos e assegurar veracidade aos componentes patrimoniais. d) auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas. e) estimular adesão às normas e diretrizes fixadas pela entidade.

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Comentários:

Essa não é bem contabilidade pública, mas como está na NBC T 16, resolvi manter.

Segundo a NBC T 16.8, controle interno sob o enfoque contábil compreende o conjunto de recursos, métodos, procedimentos e processos adotados pela entidade do setor público, com a finalidade de:

• Salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos componentes patrimoniais (letra C);

• Dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato correspondente; • Propiciar a obtenção de informação oportuna e adequada; • Estimular adesão às normas e às diretrizes fixadas (letra E); • Contribuir para a promoção da eficiência operacional da entidade (letra B); • Auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas, erros,

fraudes, malversação, abusos, desvios e outras inadequações (letra D). Letra A.

51. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, o patrimônio líquido das entidades públicas é definido por:

a) diferença entre o ativo e o passivo. b) capital mais as eventuais participações em empresas e outras entidades públicas. c) capital, resultados dos exercícios e resultado das participações. d) valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. e) capital adicionado dos resultados dos exercícios. Comentários:

Nunca vi uma questão na qual a banca forçou tanto a barra. Conforme a NBC T 16.2, Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos seus passivos. A letra D está correta, tudo bem. Mas e a letra A? Alguém consegue ver o erro? Pois é...concurso tem dessas coisas. A ESAF é mestre nessas questões. Ela considerou a definição exata da norma.

Letra D.

52. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Assinale a

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opção que indica uma exceção à regra de classificação do passivo circulante, segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público.

a) Depósitos de terceiros e retenções em nome destes, quando a entidade pública for fiel depositária. b) Valores decorrentes das retenções na folha de pagamento de funcionários. c) Restos a pagar não processados, quando a destinação for a transferência de recursos. d) Restos a pagar processados, se o credor for instituição situada fora do país. e) Dívida mobiliária, se o prazo de resgate do título for de até vinte e três meses. Comentários:

Outra idiossincrasia da banca. Exceção à regra de classificação do passivo circulante? O que tem na norma é o seguinte: NBC T 16.2 → Os passivos devem ser classificados como circulante quando satisfizerem a um dos seguintes critérios:

• Corresponderem a valores exigíveis até o término do exercício seguinte;

• Corresponderem a valores de terceiros ou retenções em nome deles, quando a entidade do setor público for a fiel depositária, independentemente do prazo de exigibilidade.

A exceção que a ESAF se refere diz respeito à segunda situação.

Letra A.

53. (APO/MPOG 2010) Assinale a opção verdadeira a respeito do objeto, regime e campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público.

a) O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público alcança a administração direta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como as autarquias a eles pertencentes. b) O regime de competência é obedecido tanto para a despesa quanto para a receita, embora a apuração de resultado se dê pelo regime de caixa. c) Suprimento de fundos, bem como avais, não são objeto da contabilidade aplicada ao setor público em razão dessas operações não afetarem a situação patrimonial líquida do ente. d) O reconhecimento das variações do patrimônio público ocorre somente nas

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autarquias em razão de a administração direta não visar lucro. e) Embora a apuração de resultado possa ocorrer tanto na administração direta quanto na indireta, os ingressos extraorçamentários são reconhecidos somente nesta última. Comentários: A letra A está correta. Segundo a NBC T 16, o campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange todas as entidades do setor público. Assim, pertencem a este campo de aplicação a administração direta de todos os entes, bem como suas autarquias, fundações públicas e empresas estatais dependentes. Por Campo de Aplicação entendemos o espaço de atuação do Profissional de Contabilidade que demanda estudo, interpretação, identificação, mensuração, avaliação, registro, controle e evidenciação de fenômenos contábeis, decorrentes de variações patrimoniais em:

• Entidades do setor público; • Ou de entidades que recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou

apliquem recursos públicos, na execução de suas atividades, no tocante aos aspectos contábeis da prestação de contas.

As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:

• Integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

• Parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

A letra B está incorreta. A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é ramo da Ciência Contábil e obedece a todos os seus princípios na sua integralidade. Era muito comum dizer que a Contabilidade Pública possuía um regime misto, de caixa para as receitas, e de competência para as despesas, em virtude do artigo 35 da lei 4.320/64, que dispõe:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:

I – as receitas nele arrecadadas; e

II – as despesas nele legalmente empenhadas. Entretanto, o artigo 35 diz respeito ao regime orçamentário apenas. Os fatos geradores das receitas e despesas devem ser reconhecidos no momento em que

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ocorrem em obediência ao princípio da competência. A este enfoque do regime da contabilidade pública chamamos de patrimonial. Assim, podemos elaborar o seguinte esquema:

Enfoque Patrimonial

Enfoque Orçamentário

Receita Competência Caixa Despesa Competência Competência

A alternativa é confusa e não aborda os conceitos de maneira detalhada e correta. A letra C está incorreta. Tanto avais quanto os suprimento de fundos são objetos da CASP. A letra D está incorreta. O reconhecimento das variações do patrimônio público ocorre também na administração direta. A letra E está incorreta. Os ingressos extraorçamentários são reconhecidos também na administração direta. Letra A.

54. (Analista Técnico/SUSEP 2010) A respeito da distribuição dos recursos

financeiros às unidades da administração pública, a Lei n. 4.320/64 determina que:

a) as transferências do caixa do Tesouro para as unidades devem obedecer a cronograma financeiro aprovado pelo Presidente da República, mediante decreto. b) as cotas devem obedecer a uma programação mensal aprovada pelo Ministério da Fazenda. c) cotas semestrais devem ser aprovadas para as despesas de custeio e quadrimestrais para as despesas de capital. d) um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar deverá ser aprovado. e) a distribuição de cotas financeiras deve obedecer a periodicidade estabelecida na lei orçamentária anual. Comentários: Questão decoreba. Infelizmente tem disso em concurso. De acordo com o artigo 47 da lei 4.320/64, imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar. Na prática, isso sequer existe mais, mas está na lei.

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Letra D.

55. (Analista Administrativo/ANA 2009) Tendo em vista as disposições da

legislação brasileira e as normas de contabilidade expedidas pela Secretaria do Tesouro Nacional, assinale a opção verdadeira a respeito do campo de aplicação dessa disciplina no setor público.

a) As entidades cuja maior parte do capital votante pertence ao Estado estão obrigadas a aplicar as regras de contabilidade pública. b) Estão obrigados a aplicar as regras de contabilidade pública os órgãos e entidades que integram o orçamento fiscal e da seguridade social, incluídas aí as empresas estatais dependentes. c) As regras de contabilidade a que estão submetidos os órgãos da administração indireta autárquica não alcançam aquelas operações típicas do setor privado. d) Embora não sejam entidades públicas na sua essência, as entidades filantrópicas são alcançadas por regras de contabilidade pública quando desempenham papel típico do Estado. e) As regras de contabilidade aplicadas ao setor público não se preocupam com a mensuração e evidenciação do patrimônio em razão de o Estado não visar lucro e possuir uma contabilidade orçamentária. Comentários: A letra A está incorreta. A alternativa traz a definição de empresa controlada.

Empresa controlada → a sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação.

A empresa controlada só vai pertencer ao campo de aplicação se manipular recurso público. A letra B está correta. Todas as entidades que recebem recursos públicos estão no campo de aplicação da CASP, inclusive aquelas albergadas pelo OF e OSS. Segundo a LDO, art. 6° → Os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social compreenderão o conjunto das receitas públicas bem como das despesas dos Poderes e do Ministério Público da União – MPU, seus fundos, órgãos, autarquias, inclusive especiais, e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, bem como das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e que dela recebam recursos do Tesouro Nacional, devendo a correspondente execução orçamentária e financeira, da receita e da despesa, ser registrada na modalidade total no SIAFI.

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Perceba que o conceito em negrito acima praticamente coincide com o de EED:

Empresa estatal dependente → empresa controlada que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária.

A letra C está incorreta. Alternativa mal formulada. Todas as operações que possam ser contabilizadas o são de alguma forma. Seja seguindo a contabilidade pública ou a contabilidade empresarial. Além disso, as autarquias, mesmo efetuando operações típicas do setor privado, como a venda de produtos, obedecem às regras da CASP integralmente. A letra D está incorreta. Somente se receberem recursos públicos. A letra E está incorreta. É fato que a contabilidade pública brasileira é muito influenciada pela execução do orçamento, tendo em vista o vulto que o mesmo assume na administração dos órgãos públicos. Apesar disso e ainda que o Estado não vise ao lucro, ele deve mensurar e evidenciar o patrimônio público integralmente. Prova disso é a elaboração das NBCASP e do novo Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, com enfoque mais patrimonial. A própria lei 4.320/64 estatui que:

Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial. Art. 100 As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistência ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.

Letra B.

56. (AFC/CGU 2008) A contabilidade aplicada às entidades públicas diferencia-se dos demais ramos da contabilidade, entre outros, pelo seguinte aspecto:

a) a contabilidade pública não evidencia os resultados do ente público em razão da finalidade do Estado. b) os dispêndios orçamentários são registrados como despesa na contabilidade,

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mesmo que se refiram a gastos que não afetam a situação patrimonial líquida. c) as entidades públicas não se preocupam em evidenciar o seu patrimônio e realizam, somente, os registros decorrentes da execução orçamentária. d) nas entidades públicas, as contas de resultados só registram os fatos decorrentes da execução orçamentária. e) o registro da despesa pública se faz por ocasião do desembolso de recursos. Comentários: A letra A está incorreta. Lei 4.320/64, artigo 85 → Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. LRF, artigo 50 → Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes: [...] III – as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente. [...] A letra B está correta. Dispêndios orçamentários são despesas orçamentárias. Quanto ao impacto na situação líquida patrimonial as despesas são classificadas em efetivas e não efetivas. As primeiras impactam a Situação Líquida Patrimonial, as outras não impactam a SLP. Ambas são registradas como despesa pela contabilidade pública. Na contabilidade geral, somente as despesas efetivas são consideradas despesas. As letras C e D estão incorretas. Na prática, quase todos os registros orbitam em torno da execução do orçamento. No entanto, isto está mudando. A contabilidade pública brasileira está alinhando suas práticas com as normas internacionais e, dessa forma, aproximando-se de uma contabilidade conceitualmente mais patrimonial. A lei 4.320/64 já previa, desde sua edição, o registro dos fatos que afetam o patrimônio, independente da execução do orçamento:

Art. 100. As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistência

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ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial. A letra E está incorreta. O registro da despesa orçamentária ocorre na liquidação. No entanto, os fatos geradores da despesa devem ser registrados no momento em que ocorrem, em obediência ao princípio contábil da competência. A alternativa não trouxe nem uma coisa, nem outra. Letra B.

57. (APO/MPOG 2008) Assinale a única opção correta. A Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964,

a) foi recepcionada pela ordem constitucional vigente com status de lei ordinária. b) define fundo especial como o produto de receitas específicas que se vinculem, independentemente de lei, à realização de determinados objetivos ou serviços. c) permite que haja deduções nas receitas e despesas que, obrigatoriamente, devam constar da lei orçamentária. d) condiciona o pagamento de uma despesa à sua liquidação e realização, bem como à existência de prévio empenho. e) considera os investimentos, realizados com frequência pelo Estado, como despesas correntes. Comentários: A letra A está incorreta. Apesar de ser uma lei ordinária, a lei 4.320/64 foi recepcionada pela ordem constitucional vigente com o status de lei complementar. A letra B está incorreta. Artigo 71 → constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que por lei se vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação. A letra C está incorreta. Artigo 6 → todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções (princípio do Orçamento Bruto). A letra D está correta. Artigo 60 → é vedada a realização de despesa sem prévio empenho. Artigo 62 → o pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. A letra E está incorreta. Os investimentos são despesas de capital. Letra D.

58. (Analista Contábil Financeiro/ SEFAZ CE 2006) O campo de atuação da

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contabilidade pública define-se tanto nos atos e fatos objeto de seu registro quanto nas entidades alcançadas pelas suas regras. Assinale a opção em que a entidade não está obrigada, por força de lei, a seguir as regras de contabilidade pública.

a) Autarquias municipais. b) Empresas públicas dependentes. c) Empresas de economia mista não dependentes. d) Fundações instituídas e mantidas pelo poder público. e) Autarquias federais que arrecadem recursos próprios. Comentários: A questão está desatualizada, mas resolvi manter só pra você perceber como o entendimento a respeito do campo de aplicação da contabilidade pública evoluiu. Antigamente, este conceito era mais restrito e basicamente coincidia com as entidades contempladas no Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Assim, ficavam fora do campo de aplicação da CASP as Empresas Estatais Independentes. Portanto, a resposta da nossa questão é a letra C. Entretanto, esse assunto mudou um pouco com o advento da NBC T 16. De acordo com essa norma, o Campo de Aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange todas as entidades do setor público.

Entidade do Setor Público → órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público.

Logo, segundo a NBC T 16, todo aquele que recebe recursos públicos, de qualquer natureza, mesmo que do orçamento de investimentos, são abrangidos pelo campo de aplicação da CASP, ainda que parcialmente, a fim de garantir os procedimentos mínimos à adequada prestação de contas. Letra C.

59. (ACE/TCU 2006 – Adaptada) Na Contabilidade Pública, as contas do Plano

de Contas são separadas em subsistemas de informações, visando facilitar a elaboração dos balanços e demonstrativos. Acerca de tais subsistemas, assinale a opção incorreta.

a) O subsistema orçamentário registra, processa e evidencia os atos e os fatos

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relacionados ao planejamento e à execução orçamentária. b) O subsistema patrimonial registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público. c) O subsistema de custos registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública. d) O subsistema de compensação registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle. e) Os subsistemas não necessitam estar integrados entre si. Comentários: De acordo com a NBC T 16.2, o sistema contábil está estruturado nos seguintes subsistemas de informações:

� Orçamentário – registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária;

� Patrimonial – registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público;

� Custos – registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública; e

� Compensação – registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle.

Os subsistemas contábeis devem ser integrados entre si e a outros subsistemas de informações de modo a subsidiar a administração pública sobre:

� Desempenho da unidade contábil no cumprimento da sua missão; � Avaliação dos resultados obtidos na execução dos programas de trabalho

com relação à economicidade, à eficiência, à eficácia e à efetividade; � Avaliação das metas estabelecidas pelo planejamento; e � Avaliação dos riscos e das contingências.

Letra E.

60. (APO/MPOG 2008 – Adaptada) Em relação aos Subsistemas de Informações

previstos na NBC T 16.2, não se pode afirmar que:

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a) o Subsistema Financeiro registra os ingressos e dispêndios de recursos, sejam de natureza orçamentária ou extraorçamentária. b) o Subsistema Patrimonial registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público. c) o Subsistema de Custos registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública. d) o Subsistema Orçamentário registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária. e) o Subsistema de Compensação registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle. Comentários: De acordo com a NBC T 16.2, o sistema contábil está estruturado nos seguintes subsistemas de informações: orçamentário, patrimonial, custos e compensação.

Não existe mais o sistema financeiro. As definições de B a E estão perfeitas.

Letra A.

61. (AFC/CGU 2006) A respeito do campo de aplicação da contabilidade pública é correto afirmar que:

a) as autarquias públicas, em razão da sua autonomia administrativa e financeira, podem deixar de aplicar as regras da contabilidade pública. b) as empresas estatais que tiverem recursos consignados no Orçamento Fiscal para o seu aumento de capital devem seguir as regras aplicadas à contabilidade pública. c) uma empresa pública cujos recursos para pagamento de pessoal e outros custeios são oriundos do Orçamento Geral da União está obrigada a seguir as regras de contabilidade pública. d) desde que autorizado pelo Órgão Central de Contabilidade do Sistema de Contabilidade Federal, qualquer ente pertencente à administração indireta poderá deixar de aplicar as regras de contabilidade pública. e) todos os bens e direitos públicos indistintamente são objeto de registro pela contabilidade pública. Comentários:

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A questão também está desatualizada, mas optei por não adaptá-la. Outro grande macete é o seguinte: pessoas jurídicas de direito público geralmente recebem recursos do orçamento. A letra A está incorreta. As autarquias são PJ de direito público e recebem recursos do orçamento, logo devem obedecer às regras da Contabilidade Pública. A letra B foi considerada incorreta. Se a empresa receber recursos do Orçamento Fiscal, independente da aplicação, ela deve observar as regras próprias da CASP, ainda que parcialmente, a fim de garantir a adequada prestação de contas. A questão foi considerada incorreta, pois era comum a afirmação de que, dentre as empresas estatais, apenas as dependentes eram contempladas no campo de aplicação da CASP.

Empresa estatal dependente é a empresa controlada que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária.

A letra C está correta. Esta alternativa não merece críticas, pois trata de uma EED. A letra D está incorreta. Não funciona assim. Como regra geral, recebeu recursos do Orçamento, o órgão ou entidade deve prestar contas e obedecer às regras da CASP. Tal conduta fere de morte os princípios da transparência e da legalidade. A letra E foi considerada incorreta. Hoje este item ficaria comprometido. Ele trata dos bens de uso comum, que, à época, não eram avaliados. A NBC T 16.10 deu tratamento diferente ao tema: Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional. Veremos melhor sobre este último assunto em aula própria. Letra C.

62. (ACE/TCU 2006) De acordo com o que dispõe o art. 35 da Lei n. 4.320/64, conclui-se que o regime contábil adotado pela Contabilidade Pública em nosso País é:

a) misto, sendo de caixa para as receitas e de competência para as despesas. b) de competência, para receitas e despesas. c) misto, sendo de competência para as receitas e de caixa para as receitas.

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d) de caixa, para receitas e despesas. e) misto, sendo de caixa para as receitas e despesas correntes, e de competência para as receitas e despesas de capital. Comentários: Outra que optei por não adaptar, pois achei uma ótima oportunidade pra te contar como evoluiu esse negócio de regime contábil. Anteriormente, o conceito era seco: regime misto, de caixa para receita e de competência para despesa, tendo em vista o disposto no art. 35 da lei 4.320/64. Por isso a resposta é a letra A. Entretanto, este dispositivo trata apenas do regime orçamentário. A lei 4.320/64 trata da contabilidade em outros dispositivos:

Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial. Art. 100 As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistência ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.

Dessa forma, chegou-se a conclusão de que os procedimentos utilizados na contabilidade pública brasileira estavam inadequados, uma vez que giravam em torno da execução do orçamento apenas, tendo em vista o vulto que este representa para a manutenção dos órgãos públicos. Só que a contabilidade não é somente orçamentária. O compromisso da ciência contábil é com o registro dos fatos no momento em que ocorrem, de forma tempestiva e fidedigna. A Contabilidade Aplicada ao Setor Público, como qualquer outro ramo da contabilidade, aplica os princípios contábeis em sua integralidade. Por isso, tanto a despesa quanto a receita obedecem ao princípio da competência. Mas como funciona essa “obediência ao princípio da competência”. É muito simples pessoal. Ocorreu um fato gerador, ligado tanto à receita quanto à despesa, o mesmo deve ser registrado. A este conceito damos o nome de receita e despesa sob o enfoque patrimonial. No caso da receita, quando de sua arrecadação, é necessário o reconhecimento da

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receita orçamentária e a baixa do registro feito anteriormente. Na despesa funciona da mesma forma. Quando de sua liquidação, é necessário o reconhecimento da despesa orçamentária e a baixa do registro feito anteriormente. Sem maiores detalhes, há situações em que o fato gerador pode ocorrer após o reconhecimento da receita e da despesa orçamentária. Convém apenas que você memorize os exemplos:

Despesa Fato gerador antes da liquidação Provisão para o 13º salário Fato gerador concomitante à liquidação

Caso mais comum. Pagamento de serviços.

Fato gerador depois da liquidação Assinatura de revistas, concessão de suprimento de fundos.

Receita Fato gerador antes da arrecadação IPTU, inscrição da dívida ativa. Fato gerador concomitante à arrecadação

Caso mais comum. Recebimento de serviços.

Fato gerador depois da arrecadação Recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de serviços.

Fica assim então: A receita sob o enfoque patrimonial é reconhecida no momento da ocorrência do fato gerador. A receita orçamentária é reconhecida na arrecadação. A despesa sob o enfoque patrimonial é reconhecida no momento da ocorrência do fato gerador. A despesa orçamentária é reconhecida na liquidação, de acordo com a STN. Hoje em dia, é correto afirmar que o regime misto persiste apenas para o enfoque orçamentário da receita e da despesa. Letra A.

Enfoque Patrimonial

Enfoque Orçamentário

Despesa Fato gerador Liquidação (STN) Empenho (4.320)

Receita Fato gerador Arrecadação

63. (ESAF/AFC/STN 2005) O campo de aplicação da Contabilidade Pública vem-se expandindo nos últimos anos, sobretudo por determinação da legislação

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federal. Assinale a opção que indica os entes incluídos no seu campo de aplicação, em razão da Lei Complementar nº 101/2000 – LRF.

a) Autarquias federais. b) Empresas estatais dependentes. c) Fundações públicas pertencentes aos municípios. d) Empresas controladas pelas instituições financeiras públicas. e) Empresas públicas financeiras. Comentários: Só mantive esta questão tendo em vista seu enunciado, que já em 2005 dizia: “O campo de aplicação da Contabilidade Pública vem-se expandindo nos últimos anos, sobretudo por determinação da legislação federal”. Interessante, não? A LRF incluiu no rol das entidades contempladas no campo de aplicação da Contabilidade Pública as Empresas Estatais Dependentes (EED). Segue abaixo a definição:

Empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária.

Letra B.

64. (FCC/MPE AP 2012) Em relação à Contabilidade Aplicada ao Setor Público, em conformidade com as Normas Brasileiras de Contabilidade - NBC T 16, é correto afirmar que:

a) é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. b) o objetivo é registrar os atos e fatos de natureza orçamentária, financeira, patrimonial e de compensação, demonstrando ao final do exercício o resultado apurado. c) o objeto é registrar e controlar as alterações ocorridas no Patrimônio das Entidades Públicas ou Privadas, desde que recebam e apliquem recursos públicos. d) o objetivo é registrar, controlar e avaliar a regularidade dos atos praticados pelas entidades que recebem, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos, inclusive no tocante aos aspectos contábeis da prestação de

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contas. e) é o ramo da ciência contábil que sob o aspecto orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação, aplica os princípios de competência para as despesas e caixa para as receitas, visando demonstrar, ao final do exercício, o superávit ou déficit apurado. Comentários: A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. Dessa forma, a letra A está correta, ao passo que a letra E está incorreta. O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. Assim, concluímos que as letras B e D estão incorretas. Por fim, o objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o patrimônio público, o que torna incorreta a letra C. Letra A.

65. (FCC/MPE AP 2012) A Contabilidade Aplicada ao Setor Público fornece aos usuários informações, dentre outras, sobre os resultados alcançados em determinado período, tendo como objeto:

a) o patrimônio das empresas públicas e de economia mista. b) registrar e controlar os atos e fatos relacionados com a gestão orçamentária, financeira e patrimonial da administração direta e indireta. c) o patrimônio público. d) registrar e controlar os atos e fatos relacionados com a gestão orçamentária, financeira e patrimonial somente da administração direta. e) acompanhar e avaliar o planejamento e execução dos orçamentos públicos sob os aspectos orçamentários, financeiros e patrimonial. Comentários: Moleza, né? Objeto → patrimônio público.

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Letra C.

66. (FCC/TJ PE 2012) Em relação às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público - NBC T 16 do Conselho Federal de Contabilidade, considere:

I. As pessoas físicas que recebam subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público são equiparadas a entidade do setor público para efeito contábil. II. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o orçamento público e o seu objetivo é fornecer informações sobre os resultados alcançados pela gestão orçamentária. III. Os serviços sociais e os conselhos profissionais devem observar integralmente as normas e as técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público. IV. As transações no setor público de natureza administrativa são aquelas originadas de fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência ou não, da execução do orçamento. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV. Comentários: O item I está correto. Por Entidade do Setor Público entendemos órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. O item II está incorreto. Objeto da CASP é o patrimônio público. O item III está correto. O campo de aplicação da CASP contempla todas as entidades do setor público. No entanto, nem todas essas entidades observam integralmente as normas e técnicas contábeis desse ramo da ciência contábil. A regra é a seguinte:

� Integralmente → EG (administração direta, autarquias, fundações públicas e EED), serviços sociais e conselhos profissionais.

� Parcialmente → as demais ESP.

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O item IV está incorreto. De acordo com a NBC T 16.4, as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas: Econômico-financeira → corresponde às transações originadas de fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da execução de orçamento, podendo provocar alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais; e

Administrativa → corresponde às transações que não afetam o patrimônio público, originadas de atos administrativos, com o objetivo de dar cumprimento às metas programadas e manter em funcionamento as atividades da entidade do setor público. Letra B.

67. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AL 2010) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, conforme suas características e os seus reflexos no patrimônio público, as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas:

(A) Ativa e Passiva. (B) Orçamentária e Patrimonial. (C) Quantitativa e Qualitativa. (D) Orçamentária e Financeira. (E) Econômico-Financeira e Administrativa. Comentários: De acordo com a NBC T 16.4, as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas:

• Econômico-financeira → corresponde às transações originadas de fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da execução de orçamento, podendo provocar alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais; e

• Administrativa → corresponde às transações que não afetam o patrimônio público, originadas de atos administrativos, com o objetivo de dar cumprimento às metas programadas e manter em funcionamento as atividades da entidade do setor público.

As variações patrimoniais são transações que resultam em alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado. Podem ser:

• Variações quantitativas → decorrentes de transações no setor público que aumentam (aumentativas) ou diminuem (diminutivas) o patrimônio liquido.

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Exemplo: arrecadação de impostos (aumentativas) e pagamento de salários (diminutivas).

• Variações qualitativas → alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. Exemplo: compra de um carro. Permuta de dinheiro por um bem.

As variações patrimoniais que afetem o patrimônio líquido devem manter correlação com as respectivas contas patrimoniais. Existem variações que, simultaneamente, alteram a composição qualitativa e a expressão quantitativa dos elementos patrimoniais e são conhecidas como variações mistas ou compostas. Letra E.

68. (FCC/Auditor/TCE RO 2010) Em relação ao que estabelece a NBCT 16.4

sobre transações no setor público, considere: I. Os atos e fatos que promovem alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais no patrimônio das entidades do setor público são definidos como transações no setor público. II. As transações no setor público, conforme suas características e seus reflexos no patrimônio público, podem ser classificadas nas seguintes naturezas: orçamentárias e extra-orçamentárias. III. As variações quantitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido. IV. As variações qualitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais, podendo ou não afetar o patrimônio líquido. V. As transações que envolvem valores de terceiros são aquelas em que a entidade do setor público responde como fiel depositária e que não afetam o seu patrimônio líquido. Está correto o que se afirma APENAS em

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(A) I, II e III. (B) I, III e V. (C) II e IV. (D) III e V. (E) IV e V. Comentários: A questão praticamente copia a NBC T 16.4. Os itens II e IV estão incorretos. Item II → as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas:

• Econômico-financeira → corresponde às transações originadas de fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da execução de orçamento, podendo provocar alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais; e

• Administrativa → corresponde às transações que não afetam o patrimônio público, originadas de atos administrativos, com o objetivo de dar cumprimento às metas programadas e manter em funcionamento as atividades da entidade do setor público.

Item IV → entende-se como variações qualitativas aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. Transcrevo abaixo os demais dispositivos: As variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado (item I). As variações patrimoniais que afetem o patrimônio líquido devem manter correlação com as respectivas contas patrimoniais. Entende-se por correlação a vinculação entre as contas de resultado e as patrimoniais, de forma a permitir a identificação dos efeitos nas contas patrimoniais produzidos pela movimentação das contas de resultado. As variações patrimoniais classificam-se em quantitativas e qualitativas. Entende-se como variações quantitativas aquelas decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido (item III).

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Entende-se como variações qualitativas aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. Transações que envolvem valores de terceiros são aquelas em que a entidade do setor público responde como fiel depositária e que não afetam o seu patrimônio líquido (item V). As transações que envolvem valores de terceiros devem ser demonstradas de forma segregada. Letra B.

69. (Minha Autoria) A respeito do Sistema de Custos do Governo Federal, criado

pela portaria STN nº 157/2011, analise as alternativas a seguir e assinale a incorreta:

(A) O Sistema de Custos do Governo Federal visa a evidenciar os custos dos programas e das unidades da administração pública federal. (B) Integram o sistema a Secretaria de Custos do Ministério do Planejamento, como órgão central, e os órgãos setoriais. (C) Na geração de informação de custo, é obrigatória a adoção dos princípios de contabilidade em especial o da competência, devendo ser realizados os ajustes necessários quando algum registro for efetuado de forma diferente. (D) Os órgãos setoriais são as unidades de gestão interna dos Ministérios e da Advocacia-Geral da União, responsáveis pelo acompanhamento de custos no Sistema de Informações de Custos – SIC. (E) A criação do sistema de custos do governo federal tem por objetivo proporcionar conteúdo informacional para subsidiar as decisões governamentais de alocação mais eficiente de recursos e gerar as condições para a melhoria da qualidade do gasto público. Comentários: No âmbito federal, o sistema de custos foi criado pela portaria STN nº 157/2011. Em novembro de 2011 foi publicada a NBC T 16.11, que dispõe sobre Sistema de Informação de Custos do Setor Público (SICSP). Segundo a NBCASP, O SICSP é obrigatório em todas as entidades do setor público. Vejamos nossas alternativas: Letra A → correta. Cópia do artigo 2º da Portaria STN nº 157/2011.

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Letra B → incorreta. Segundo o artigo 3º da referida portaria, integram o sistema de custos do governo federal: I - a Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, como órgão central; e II - os órgãos setoriais. Letra C → correta. Esta alternativa foi extraída da NBC T 16.11, item 14. Letra D → correta. Vejamos o que diz a portaria: Artigo 3º, §1º. Os órgãos setoriais são as unidades de gestão interna dos Ministérios e da Advocacia-Geral da União, responsáveis pelo acompanhamento de custos no Sistema de Informações de Custos – SIC. §2º. As unidades de gestão interna do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público da União poderão integrar o Sistema de Custos do Governo Federal como órgãos setoriais. Letra E → correta. Também extraída da portaria, disposições iniciais. Como pôde perceber, a questão girou em torno de uma portaria que possui exatamente 1 (uma) página. Vale muito a pena ser lida! Letra B.

70. (FUNCAB/IDAF ES 2010) Assinale a opção INCORRETA com base na Lei nº 10.180/2001.

a) O Sistema de Contabilidade Federal visa evidenciar a situação orçamentária, financeira e patrimonial da União. b) O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União. c) Compete às unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de Contabilidade Federal manter e aprimorar o Plano de Contas Único da União. d) Subordinam-se tecnicamente à Secretaria do Tesouro Nacional todos os representantes nos conselhos fiscais, ou órgãos equivalentes das entidades da administração indireta, controladas ou não pela União. e) O Sistema de Administração Financeira Federal visa ao equilíbrio financeiro do Governo Federal, dentro dos limites da receita e despesa públicas. Comentários:

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As letras A e B estão corretas. Os artigos 14 e 15 da lei 10.180/2001 trazem as finalidades do Sistema de Contabilidade Federal: Art. 14. O Sistema de Contabilidade Federal visa a evidenciar a situação orçamentária, financeira e patrimonial da União. Art. 15. O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e evidenciar: I - as operações realizadas pelos órgãos ou entidades governamentais e os seus efeitos sobre a estrutura do patrimônio da União; II - os recursos dos orçamentos vigentes, as alterações decorrentes de créditos adicionais, as receitas prevista e arrecadada, a despesa empenhada, liquidada e paga à conta desses recursos e as respectivas disponibilidades; III - perante a Fazenda Pública, a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados; IV - a situação patrimonial do ente público e suas variações; V - os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal; VI - a aplicação dos recursos da União, por unidade da Federação beneficiada; VII - a renúncia de receitas de órgãos e entidades federais. Parágrafo único. As operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira não compreendidas na execução orçamentária serão, também, objeto de registro, individualização e controle contábil. A letra C está correta. O artigo 18 da referida lei dispõe sobre as competências das unidades responsáveis pelo SCF. Art. 18. Compete às unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de Contabilidade Federal: I - manter e aprimorar o Plano de Contas Único da União; II - estabelecer normas e procedimentos para o adequado registro contábil dos atos e dos fatos da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Federal; III - com base em apurações de atos e fatos inquinados de ilegais ou irregulares, efetuar os registros pertinentes e adotar as providências necessárias à responsabilização do agente, comunicando o fato à autoridade a quem o

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responsável esteja subordinado e ao órgão ou unidade do Sistema de Controle Interno; IV - instituir, manter e aprimorar sistemas de informação que permitam realizar a contabilização dos atos e fatos de gestão orçamentária, financeira e patrimonial da União e gerar informações gerenciais necessárias à tomada de decisão e à supervisão ministerial; V - realizar tomadas de contas dos ordenadores de despesa e demais responsáveis por bens e valores públicos e de todo aquele que der causa a perda, extravio ou outra irregularidade que resulte dano ao erário; VI - elaborar os Balanços Gerais da União; VII - consolidar os balanços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com vistas à elaboração do Balanço do Setor Público Nacional; VIII - promover a integração com os demais Poderes e esferas de governo em assuntos de contabilidade. A letra D está incorreta. Ela trata do Sistema de Administração Financeira Federal. O erro reside no fato de que, neste contexto, as entidades da administração indireta devem ser sempre controladas pela União, de forma direta ou indireta. Vejamos: Art. 13. Subordinam-se tecnicamente à Secretaria do Tesouro Nacional os representantes do Tesouro Nacional nos conselhos fiscais, ou órgãos equivalentes das entidades da administração indireta, controladas direta ou indiretamente pela União. Parágrafo único. Os representantes do Tesouro Nacional nos conselhos fiscais deverão ser, preferencialmente, servidores integrantes da carreira Finanças e Controle que não estejam em exercício nas áreas de controle interno no ministério ou órgão equivalente ao qual a entidade esteja vinculada. A letra E está correta. A lei 10.180/2001, no seu artigo 9º, traz a finalidade do Sistema de Administração Financeira Federal, qual seja: Art. 9º O Sistema de Administração Financeira Federal visa ao equilíbrio financeiro do Governo Federal, dentro dos limites da receita e despesa públicas. Letra D.

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C. Resumo da aula

Contabilidade Pública CASP → é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. Objeto da CASP → patrimônio público. Campo de aplicação da CASP → todas as entidades do setor público:

• Integralmente → Entidades Governamentais + Sistema S + Conselhos Profissionais.

• Parcialmente → demais (prestação de contas e instrumentalização do

controle social). Utilizou recurso público está no campo de aplicação da Contabilidade Pública. EED e autarquias → integralmente. EEI → parcialmente. Objetivo CASP → suporte = tomada de decisão + prestação de contas + instrumentalização do controle social. STN → órgão central do Sistema de Contabilidade Federal e do Sistema de Administração Federal. Ambos esses sistemas possuem órgãos setoriais, subordinados tecnicamente à STN, sem prejuízo da respectiva subordinação hierárquica. Regime da contabilidade pública: Falou em fato gerador → regime da competência. Falou em entrada e saída de recursos → regime de caixa. Receita orçamentária → arrecadação → regime de caixa. Despesa orçamentária → liquidação (STN) ou empenho (lei 4.320/64) → regime da competência. Os fatos geradores da receita e da despesa devem ser contabilizados no momento em que ocorrem, independentemente de execução orçamentária.

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Sistema Contábil É único e dividido em:

� Orçamentário → registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária.

� Patrimonial → registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público.

� Custos → registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública.

� Compensação → registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle.

Sistema de custos Custos → principal medida de desempenho para o gestor público. Melhora a transparência e a eficiência das entidades públicas. Comparabilidade → característica mais relevante da informação de custos. Permite comparar as entidades entre si. Na geração da informação de custo, é obrigatória a adoção dos princípios de contabilidade, em especial o da competência. O orçamento público representa a forma típica da alocação dos recursos públicos que não demandam a contrapartida da população. O sistema deverá gerar relatórios que mensurem, no mínimo, os custos por programa e unidade administrativa. A criação do Sistema de Custos teve a intenção de atender vários normativos, tais como: lei 4.320/64, DL 200/67, LRF e lei 10.180/2001. O SICSP seja obrigatório em todas as entidades do setor público. O Sistema de Custos, em âmbito federal, foi instituído pela portaria STN 157/2011, colocando a Secretaria do Tesouro Nacional como órgão central do sistema. A operacionalização do Sistema de Custos do Governo Federal é realizada mediante ajustes das informações referentes à execução do orçamento de modo a aproximá-las ao regime da competência.

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O sistema de informação de custos deve ser apoiado em três elementos essenciais: sistema de acumulação, sistema de custeio e método de custeio. Variações Patrimoniais Segundo a NBC T 16.4, as transações no setor público podem ser classificadas nas naturezas econômico-financeira (alterações qualitativas e quantitativas) e administrativa.

As variações patrimoniais podem ser:

As variações patrimoniais quantitativas aumentativas correspondem às receitas sob o enfoque patrimonial. As variações patrimoniais quantitativas diminutivas correspondem às despesas sob o enfoque patrimonial. Existem variações que, simultaneamente, alteram a composição qualitativa e a expressão quantitativa dos elementos patrimoniais e são conhecidas como variações mistas ou compostas.

Valores de terceiros → são aqueles em que a entidade do setor público responde

como fiel depositária e que não afetam o seu patrimônio líquido.

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D. Normas correlatas

• NBC T 16.1, 16.2, 16.4, 16.5 e 16.11. • Lei 4320/64 → artigos 35, 83 a 100 e 106. • MCASP, parte II → 02.03.00, 02.04.00 e 02.11.00. • LRF, artigo 50. • Portaria MF 184/2008. • Portaria STN 157/2011.

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E. Questões sem os comentários

(CESPE/TCE ES 2012) Com relação as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor publico, julgue os itens que se seguem.

1. Os registros, processamentos e evidenciações dos custos de bens e serviços produzidos e ofertados a sociedade pela entidade publica são finalidades do subsistema de informações patrimoniais.

(CESPE/TRE RJ 2012) Acerca de patrimônio público e variações patrimoniais, julgue os itens a seguir.

2. O bem intangível, como integrante do patrimônio público, é objeto da contabilidade pública.

(CESPE/ANCINE 2012) De acordo com as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue os próximos itens.

3. As variações patrimoniais classificam-se em quantitativas, caso resultem em aumento ou diminuição do patrimônio líquido, ou em qualitativas, caso alterem a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido.

4. O orçamento público, no qual se estimam as receitas e se fixam as despesas,

é o objeto da contabilidade pública.

5. O subsistema de informações patrimoniais evidencia os atos de gestão que possam afetar o patrimônio público no futuro.

(CESPE/AFCE/TCU 2011) Julgue os itens consecutivos, referentes à análise das demonstrações contábeis do setor público.

6. A contabilidade pública deve permitir o acompanhamento da execução orçamentária, a determinação dos custos industriais, o levantamento das demonstrações contábeis, a análise e interpretação dos resultados econômicos e financeiros, além de evidenciar o montante dos créditos orçamentários vigentes.

7. O regime contábil da contabilidade pública no Brasil adota a competência

para as receitas e o regime de caixa para despesas. (CESPE/EGRVS – Contador/SESA ES 2011) Acerca do conceito, objetivo e campo de atuação da contabilidade aplicada ao setor público, segundo as normas brasileiras de contabilidade, julgue os itens a seguir.

8. Entre os objetivos da contabilidade pública, está o fornecimento aos usuários de informações sobre os aspectos de natureza física do patrimônio da

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entidade.

9. Os serviços sociais não estão entre as entidades abrangidas pelo campo de aplicação da contabilidade pública.

10. No processo gerador de informações, a contabilidade pública deve aplicar os

princípios fundamentais de contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial das entidades do setor público.

(CESPE/AJAA – Contabilidade/TRE ES 2011) De acordo com o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao setor público (NBCASP) e na Lei nº 4.320/1964, julgue os itens subsequentes.

11. De acordo com a lei em apreço, serão objeto de registro, individuação e controle contábil todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, ainda que não compreendidas na execução orçamentária.

12. De acordo com as NBCASP, os serviços sociais devem observar

integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade do setor público.

13. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência – Contábeis/ABIN 2010) As empresas

públicas com personalidade jurídica de direito privado podem, sob determinadas circunstâncias, estar sujeitas ao campo de aplicação da contabilidade pública.

(CESPE/Contador/MS 2010) Com relação ao registro das variações patrimoniais nas entidades públicas, julgue os itens a seguir.

14. De acordo com o critério do impacto provocado na situação líquida, as variações patrimoniais dividem-se em variações aumentativas e variações diminutivas.

15. As variações patrimoniais quantitativas alteram a composição dos

elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido.

16. (CESPE/Analista de Controle Interno – Finanças Públicas/SEC GE 2010) De acordo com o disposto na NBC T 16.1 do Conselho Federal de Contabilidade, assinale a opção correta acerca do conceito, do objetivo e da especialidade da contabilidade pública.

A Os serviços sociais e os conselhos profissionais devem observar parcialmente as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social. B A divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor público não resultará

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em novas unidades contábeis. C São considerados patrimônio público os direitos e bens, tangíveis e intangíveis, que representem ou não um fluxo de benefícios presente ou futuro inerente à prestação de serviços públicos. D As pessoas físicas que recebem subvenções ou incentivos fiscais de órgão público não se equiparam, para efeito contábil, às entidades do setor público, uma vez que não estão no campo de aplicação da contabilidade pública. E No setor público, são considerados recursos controlados os ativos em que a entidade, mesmo sem ter o direito de propriedade, detém o controle, os riscos e os benefícios deles decorrentes.

17. (CESPE/Contador/DPU 2010) De acordo com o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, assinale a opção correta acerca do conceito, objeto, objetivo e campo de aplicação da contabilidade pública.

A Independentemente do escopo, todas as entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade do setor público. B A contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil que adota no processo gerador de informações, as normas fiscais direcionadas ao controle da receita e da despesa das entidades do setor público. C As pessoas físicas não se equiparam, para efeito contábil, a entidades do setor público, ainda que recebam subvenção, benefício, ou incentivo (fiscal ou creditício) de órgão público. D O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o planejamento feito pela administração pública para atender, durante determinado período, aos planos e programas de trabalho por ela desenvolvidos. E Um dos objetivos da contabilidade aplicada ao setor público é o de fornecer o necessário suporte para a instrumentalização do controle social.

18. (CESPE/Contador/DPU 2010) Considerando a Lei n.º 4.320/1964, assinale a opção correta com relação à contabilidade.

A Somente os serviços públicos industriais organizados como empresa pública ou autárquica manterão contabilidade especial para determinação dos custos. B Somente serão objeto de registro e controle contábil as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira compreendidas na execução orçamentária.

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C As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução, não constituirão elementos da conta patrimonial. D Para fins orçamentários e determinação dos devedores, ter-se-á o registro contábil das receitas patrimoniais, fiscalizando-se a sua efetivação. E As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie serão levadas às contas de resultado. (CESPE/Consultor do Executivo/SEFAZ ES 2010) De acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade que estabelece a conceituação, o objeto e o campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público, julgue os itens a seguir.

19. A contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil que emprega, no processo gerador de informações, as técnicas próprias da execução orçamentária e financeira direcionadas para a adequada prestação de contas.

20. O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público abrange

todas as entidades do setor público, que devem observar integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade pública.

(CESPE/Analista em Gestão Administrativa/SAD PE 2009) Acerca da Norma Brasileira de Contabilidade que trata das transações do setor público, julgue os itens.

21. De acordo com suas características e os seus reflexos no patrimônio público, as transações no setor público podem ser classificadas em orçamentárias e extraorçamentárias.

22. As variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos

elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado.

23. As variações patrimoniais que afetam o patrimônio líquido devem manter

correlação com as respectivas contas de resultado.

24. As variações qualitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais diminuindo ou aumentando o patrimônio líquido.

25. As transações que envolvem valores de terceiros devem ser demonstradas

de forma consolidada.

26. (CESPE/Auditor/FUB 2009) De acordo com as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, o objeto da contabilidade governamental é o orçamento público.

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(CESPE/ AGA/SAD PE 2009) No que se refere à conceituação, ao objeto e ao campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público, segundo as normas brasileiras de contabilidade, julgue os itens.

27. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o patrimônio público.

28. O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público abrange apenas os órgãos, os fundos e as pessoas jurídicas de direito público.

29. Não se equiparam como entidade do setor público, para efeito contábil, as

pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público.

30. Os conselhos profissionais devem observar parcialmente as normas e

técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público.

31. É classificada como unificada a unidade contábil que representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais unidades contábeis originárias.

(CESPE/Analista de Controle Interno/SAD PE 2009) Acerca do conceito, do objetivo e da especialidade da contabilidade segundo as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue os itens.

32. Contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil que, no processo gerador de informações, põe em prática os princípios fundamentais de contabilidade direcionados ao controle do orçamento público.

33. O campo da contabilidade aplicada ao setor público abrange todas as

entidades do setor público.

34. Os serviços sociais públicos devem observar, parcialmente, as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público para adotarem procedimentos de prestação de contas e de instrumentalização do controle social.

35. É classificada como unificada a unidade contábil que representa o

patrimônio das entidades do setor público na condição de pessoas jurídicas.

36. A soma, agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor público não resulta em novas unidades contábeis.

(CESPE/Analista Judiciário/TRE BA 2009) De acordo com o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade, julgue o item a seguir, relativo ao objeto da contabilidade aplicada ao setor público.

37. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o orçamento público, evidenciando, em seus registros, o montante dos créditos orçamentários

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vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis.

38. (CESPE/Analista Administrativo/ANAC 2009) A contabilidade aplicada ao

setor público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, aplica-se, em sua integralidade, o princípio da competência, tanto para o reconhecimento da receita quanto para a despesa.

(CESPE/Contador/UNIPAMPA 2009) Julgue os itens a seguir, consoante o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público.

39. O objeto da contabilidade pública é o patrimônio público, entendido como o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não.

40. O campo de atuação da contabilidade pública abrange todas as entidades do

setor público, que devem observar integralmente suas normas e técnicas próprias.

(CESPE/Técnico em Contabilidade/UNIPAMPA 2009) De acordo com a estrutura do sistema contábil contemplado nas normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue os próximos itens.

41. O sistema contábil está estruturado nos subsistemas de informação orçamentário, financeiro, patrimonial, de custos e de compensação.

42. Os subsistemas contábeis devem ser independentes entre si e de outros

subsistemas de informações.

43. (ESAF/CGU 2012) Examine os itens a seguir a respeito dos conceitos e campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público, assinale Verdadeiro(V) ou Falso(F) e escolha a opção que indica a sequência correta.

I. O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público abrange todas as entidades do setor público; II. A função social da contabilidade aplicada ao setor público deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública para evidenciar informações necessárias para a tomada de decisão; III. Ocorre o surgimento de novas unidades contábeis quando se procede à soma, agregação ou divisão do patrimônio de uma ou mais entidades; IV. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público são os recursos públicos. a) V, V, F, F b) F, F, V, F c) V, V, V, F

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d) V, F, V,V e) V, V, V,V

44. (ESAF/MDIC 2012) Tendo por base as definições das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público – NBCASP, assinale a opção verdadeira a respeito do campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

a) As entidades privadas que recebam transferências de recursos públicos devem observar integralmente suas normas e técnicas no registro das transações relacionadas a estes recursos. b) Os serviços sociais autônomos e entidades governamentais devem aplicar integralmente as normas e técnicas desse ramo da contabilidade. c) É opcional o uso de suas normas e técnicas pelos conselhos de profissionais desde que as técnicas por eles adotadas proporcionem a evidenciação do patrimônio. d) Abrange integralmente qualquer ente, governamental ou não, que gerencie ou aplique recursos públicos. e) A observação de suas normas e técnicas está condicionada à adesão e uso dos sistemas contábeis governamentais.

45. (ESAF/MDIC 2012) Assinale a opção correta a respeito das regras para a classificação dos elementos patrimoniais das entidades públicas.

a) No ativo financeiro deve ser observado, além da conversibilidade, a origem dos recursos. b) Na classificação dos bens de uso nas atividades finalísticas da entidade, a duração do ativo é o principal atributo a ser observado. c) O atributo exigibilidade do passivo não deve ser observado se o credor for uma entidade pública da mesma esfera de governo. d) A segregação tanto do ativo quanto do passivo deve obedecer aos atributos financeiro e não financeiro. e) A classificação deve observar a segregação em circulante e não circulante com base nos atributos de conversibilidade e exigibilidade.

46. (ESAF/MDIC 2012) A respeito das variações patrimoniais dos entes submetidos às regras da contabilidade aplicada ao setor público, é correto afirmar, exceto:

a) classificar as variações patrimoniais em qualitativas e quantitativas implica em

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reconhecer que os fatos administrativos repercutem no patrimônio do ente, embora muitos destes não alterem a situação patrimonial líquida. b) as receitas e despesas patrimoniais são variações do patrimônio que não se confundem com as receitas e despesas orçamentárias. c) as variações patrimoniais compostas são aquelas que alteram a composição qualitativa e também modificam quantitativamente o patrimônio. d) variações patrimoniais quantitativas são aquelas que têm repercussão orçamentária enquanto as variações qualitativas são de caráter extraorçamentário. e) as variações patrimoniais quantitativas diminutivas resultantes da execução orçamentária são despesas efetivas do ponto de vista patrimonial.

47. (ESAF/MDIC 2012) A respeito do sistema de custos instituído pelo governo federal, é correto afirmar, exceto:

a) os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário o integram com seus próprios órgãos centrais. b) sua instituição atende exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal. c) é um subsistema organizacional da administração federal e está vinculado ao sistema de contabilidade federal. d) um dos seus principais objetivos é o acompanhamento e avaliação da gestão orçamentária, financeira e patrimonial. e) elaborar estudos e propor melhorias com vistas ao aperfeiçoamento da informação de custos é uma atribuição dos órgãos setoriais.

48. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Assinale a opção que indica um conjunto de entidades que estão dentro do campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público.

a) Empresas públicas financeiras, autarquias e entidades da administração direta do Poder Executivo. b) Empresas públicas dependentes, órgãos da administração direta e autarquias. c) Órgãos do Poder Judiciário, empresas estatais de qualquer natureza e fundações públicas. d) Organizações não governamentais mantidas com recursos públicos, empresas públicas não financeiras e autarquias. e) Unidades gestoras da administração direta, consórcios públicos e empresas

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estatais não dependentes.

49. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) A respeito das regras gerais estabelecidas pela Lei n° 4.320/64 para a estruturação e realização da contabilidade dos entes públicos, é correto afirmar, exceto:

a) é obrigatório o registro dos bens móveis e imóveis, mesmo que de forma sintética. b) os entes públicos que exercem atividade industrial, independentemente da sua forma de organização, deverão manter registros contábeis que permita a apuração dos custos. c) a contabilização da receita e da despesa deverá seguir as especificações da lei orçamentária. d) é permitido o uso do método das partidas simples para a contabilidade patrimonial desde que esta seja realizada de forma sintética. e) no registro dos restos a pagar, é obrigatória a identificação do credor.

50. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) São finalidades do controle interno sob o enfoque contábil, exceto:

a) proporcionar mecanismos de correção tempestiva de desvios e condutas. b) contribuir com a eficiência operacional da entidade. c) salvaguardar os ativos e assegurar veracidade aos componentes patrimoniais. d) auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas. e) estimular adesão às normas e diretrizes fixadas pela entidade.

51. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, o patrimônio líquido das entidades públicas é definido por:

a) diferença entre o ativo e o passivo. b) capital mais as eventuais participações em empresas e outras entidades públicas. c) capital, resultados dos exercícios e resultado das participações. d) valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.

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e) capital adicionado dos resultados dos exercícios.

52. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Assinale a opção que indica uma exceção à regra de classificação do passivo circulante, segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público.

a) Depósitos de terceiros e retenções em nome destes, quando a entidade pública for fiel depositária. b) Valores decorrentes das retenções na folha de pagamento de funcionários. c) Restos a pagar não processados, quando a destinação for a transferência de recursos. d) Restos a pagar processados, se o credor for instituição situada fora do país. e) Dívida mobiliária, se o prazo de resgate do título for de até vinte e três meses.

53. (APO/MPOG 2010) Assinale a opção verdadeira a respeito do objeto, regime e campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público.

a) O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público alcança a administração direta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como as autarquias a eles pertencentes. b) O regime de competência é obedecido tanto para a despesa quanto para a receita, embora a apuração de resultado se dê pelo regime de caixa. c) Suprimento de fundos, bem como avais, não são objeto da contabilidade aplicada ao setor público em razão dessas operações não afetarem a situação patrimonial líquida do ente. d) O reconhecimento das variações do patrimônio público ocorre somente nas autarquias em razão de a administração direta não visar lucro. e) Embora a apuração de resultado possa ocorrer tanto na administração direta quanto na indireta, os ingressos extraorçamentários são reconhecidos somente nesta última.

54. (Analista Técnico/SUSEP 2010) A respeito da distribuição dos recursos

financeiros às unidades da administração pública, a Lei n. 4.320/64 determina que:

a) as transferências do caixa do Tesouro para as unidades devem obedecer a cronograma financeiro aprovado pelo Presidente da República, mediante decreto. b) as cotas devem obedecer a uma programação mensal aprovada pelo Ministério da Fazenda.

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c) cotas semestrais devem ser aprovadas para as despesas de custeio e quadrimestrais para as despesas de capital. d) um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar deverá ser aprovado. e) a distribuição de cotas financeiras deve obedecer a periodicidade estabelecida na lei orçamentária anual.

55. (Analista Administrativo/ANA 2009) Tendo em vista as disposições da

legislação brasileira e as normas de contabilidade expedidas pela Secretaria do Tesouro Nacional, assinale a opção verdadeira a respeito do campo de aplicação dessa disciplina no setor público.

a) As entidades cuja maior parte do capital votante pertence ao Estado estão obrigadas a aplicar as regras de contabilidade pública. b) Estão obrigados a aplicar as regras de contabilidade pública os órgãos e entidades que integram o orçamento fiscal e da seguridade social, incluídas aí as empresas estatais dependentes. c) As regras de contabilidade a que estão submetidos os órgãos da administração indireta autárquica não alcançam aquelas operações típicas do setor privado. d) Embora não sejam entidades públicas na sua essência, as entidades filantrópicas são alcançadas por regras de contabilidade pública quando desempenham papel típico do Estado. e) As regras de contabilidade aplicadas ao setor público não se preocupam com a mensuração e evidenciação do patrimônio em razão de o Estado não visar lucro e possuir uma contabilidade orçamentária.

56. (AFC/CGU 2008) A contabilidade aplicada às entidades públicas diferencia-se dos demais ramos da contabilidade, entre outros, pelo seguinte aspecto:

a) a contabilidade pública não evidencia os resultados do ente público em razão da finalidade do Estado. b) os dispêndios orçamentários são registrados como despesa na contabilidade, mesmo que se refiram a gastos que não afetam a situação patrimonial líquida. c) as entidades públicas não se preocupam em evidenciar o seu patrimônio e realizam, somente, os registros decorrentes da execução orçamentária. d) nas entidades públicas, as contas de resultados só registram os fatos decorrentes da execução orçamentária.

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e) o registro da despesa pública se faz por ocasião do desembolso de recursos.

57. (APO/MPOG 2008) Assinale a única opção correta. A Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964,

a) foi recepcionada pela ordem constitucional vigente com status de lei ordinária. b) define fundo especial como o produto de receitas específicas que se vinculem, independentemente de lei, à realização de determinados objetivos ou serviços. c) permite que haja deduções nas receitas e despesas que, obrigatoriamente, devam constar da lei orçamentária. d) condiciona o pagamento de uma despesa à sua liquidação e realização, bem como à existência de prévio empenho. e) considera os investimentos, realizados com frequência pelo Estado, como despesas correntes.

58. (Analista Contábil Financeiro/ SEFAZ CE 2006) O campo de atuação da contabilidade pública define-se tanto nos atos e fatos objeto de seu registro quanto nas entidades alcançadas pelas suas regras. Assinale a opção em que a entidade não está obrigada, por força de lei, a seguir as regras de contabilidade pública.

a) Autarquias municipais. b) Empresas públicas dependentes. c) Empresas de economia mista não dependentes. d) Fundações instituídas e mantidas pelo poder público. e) Autarquias federais que arrecadem recursos próprios.

59. (ACE/TCU 2006 – Adaptada) Na Contabilidade Pública, as contas do Plano

de Contas são separadas em subsistemas de informações, visando facilitar a elaboração dos balanços e demonstrativos. Acerca de tais subsistemas, assinale a opção incorreta.

a) O subsistema orçamentário registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária. b) O subsistema patrimonial registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público. c) O subsistema de custos registra, processa e evidencia os custos dos bens e

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serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública. d) O subsistema de compensação registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle. e) Os subsistemas não necessitam estar integrados entre si.

60. (APO/MPOG 2008 – Adaptada) Em relação aos Subsistemas de Informações

previstos na NBC T 16.2, não se pode afirmar que: a) o Subsistema Financeiro registra os ingressos e dispêndios de recursos, sejam de natureza orçamentária ou extraorçamentária. b) o Subsistema Patrimonial registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público. c) o Subsistema de Custos registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública. d) o Subsistema Orçamentário registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária. e) o Subsistema de Compensação registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle.

61. (AFC/CGU 2006) A respeito do campo de aplicação da contabilidade pública é correto afirmar que:

a) as autarquias públicas, em razão da sua autonomia administrativa e financeira, podem deixar de aplicar as regras da contabilidade pública. b) as empresas estatais que tiverem recursos consignados no Orçamento Fiscal para o seu aumento de capital devem seguir as regras aplicadas à contabilidade pública. c) uma empresa pública cujos recursos para pagamento de pessoal e outros custeios são oriundos do Orçamento Geral da União está obrigada a seguir as regras de contabilidade pública. d) desde que autorizado pelo Órgão Central de Contabilidade do Sistema de Contabilidade Federal, qualquer ente pertencente à administração indireta poderá deixar de aplicar as regras de contabilidade pública. e) todos os bens e direitos públicos indistintamente são objeto de registro pela contabilidade pública.

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62. (ACE/TCU 2006) De acordo com o que dispõe o art. 35 da Lei n. 4.320/64,

conclui-se que o regime contábil adotado pela Contabilidade Pública em nosso País é:

a) misto, sendo de caixa para as receitas e de competência para as despesas. b) de competência, para receitas e despesas. c) misto, sendo de competência para as receitas e de caixa para as receitas. d) de caixa, para receitas e despesas. e) misto, sendo de caixa para as receitas e despesas correntes, e de competência para as receitas e despesas de capital.

63. (ESAF/AFC/STN 2005) O campo de aplicação da Contabilidade Pública vem-se expandindo nos últimos anos, sobretudo por determinação da legislação federal. Assinale a opção que indica os entes incluídos no seu campo de aplicação, em razão da Lei Complementar nº 101/2000 – LRF.

a) Autarquias federais. b) Empresas estatais dependentes. c) Fundações públicas pertencentes aos municípios. d) Empresas controladas pelas instituições financeiras públicas. e) Empresas públicas financeiras.

64. (FCC/MPE AP 2012) Em relação à Contabilidade Aplicada ao Setor Público, em conformidade com as Normas Brasileiras de Contabilidade - NBC T 16, é correto afirmar que:

a) é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. b) o objetivo é registrar os atos e fatos de natureza orçamentária, financeira, patrimonial e de compensação, demonstrando ao final do exercício o resultado apurado. c) o objeto é registrar e controlar as alterações ocorridas no Patrimônio das Entidades Públicas ou Privadas, desde que recebam e apliquem recursos públicos. d) o objetivo é registrar, controlar e avaliar a regularidade dos atos praticados pelas entidades que recebem, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem

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recursos públicos, inclusive no tocante aos aspectos contábeis da prestação de contas. e) é o ramo da ciência contábil que sob o aspecto orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação, aplica os princípios de competência para as despesas e caixa para as receitas, visando demonstrar, ao final do exercício, o superávit ou déficit apurado.

65. (FCC/MPE AP 2012) A Contabilidade Aplicada ao Setor Público fornece aos usuários informações, dentre outras, sobre os resultados alcançados em determinado período, tendo como objeto:

a) o patrimônio das empresas públicas e de economia mista. b) registrar e controlar os atos e fatos relacionados com a gestão orçamentária, financeira e patrimonial da administração direta e indireta. c) o patrimônio público. d) registrar e controlar os atos e fatos relacionados com a gestão orçamentária, financeira e patrimonial somente da administração direta. e) acompanhar e avaliar o planejamento e execução dos orçamentos públicos sob os aspectos orçamentários, financeiros e patrimonial.

66. (FCC/TJ PE 2012) Em relação às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público - NBC T 16 do Conselho Federal de Contabilidade, considere:

I. As pessoas físicas que recebam subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público são equiparadas a entidade do setor público para efeito contábil. II. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o orçamento público e o seu objetivo é fornecer informações sobre os resultados alcançados pela gestão orçamentária. III. Os serviços sociais e os conselhos profissionais devem observar integralmente as normas e as técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público. IV. As transações no setor público de natureza administrativa são aquelas originadas de fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência ou não, da execução do orçamento. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I e III. c) II e III.

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d) II e IV. e) III e IV.

67. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AL 2010) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, conforme suas características e os seus reflexos no patrimônio público, as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas:

(A) Ativa e Passiva. (B) Orçamentária e Patrimonial. (C) Quantitativa e Qualitativa. (D) Orçamentária e Financeira. (E) Econômico-Financeira e Administrativa.

68. (FCC/Auditor/TCE RO 2010) Em relação ao que estabelece a NBCT 16.4

sobre transações no setor público, considere: I. Os atos e fatos que promovem alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais no patrimônio das entidades do setor público são definidos como transações no setor público. II. As transações no setor público, conforme suas características e seus reflexos no patrimônio público, podem ser classificadas nas seguintes naturezas: orçamentárias e extraorçamentárias. III. As variações quantitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido. IV. As variações qualitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais, podendo ou não afetar o patrimônio líquido. V. As transações que envolvem valores de terceiros são aquelas em que a entidade do setor público responde como fiel depositária e que não afetam o seu patrimônio líquido. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I, II e III. (B) I, III e V. (C) II e IV. (D) III e V. (E) IV e V.

69. (Minha Autoria) A respeito do Sistema de Custos do Governo Federal, criado

pela portaria STN nº 157/2011, analise as alternativas a seguir e assinale a incorreta:

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(A) O Sistema de Custos do Governo Federal visa a evidenciar os custos dos programas e das unidades da administração pública federal. (B) Integram o sistema a Secretaria de Custos do Ministério do Planejamento, como órgão central, e os órgãos setoriais. (C) Na geração de informação de custo, é obrigatória a adoção dos princípios de contabilidade em especial o da competência, devendo ser realizados os ajustes necessários quando algum registro for efetuado de forma diferente. (D) Os órgãos setoriais são as unidades de gestão interna dos Ministérios e da Advocacia-Geral da União, responsáveis pelo acompanhamento de custos no Sistema de Informações de Custos – SIC. (E) A criação do sistema de custos do governo federal tem por objetivo proporcionar conteúdo informacional para subsidiar as decisões governamentais de alocação mais eficiente de recursos e gerar as condições para a melhoria da qualidade do gasto público.

70. (FUNCAB/IDAF ES 2010) Assinale a opção INCORRETA com base na Lei nº 10.180/2001.

a) O Sistema de Contabilidade Federal visa evidenciar a situação orçamentária, financeira e patrimonial da União. b) O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União. c) Compete às unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de Contabilidade Federal manter e aprimorar o Plano de Contas Único da União. d) Subordinam-se tecnicamente à Secretaria do Tesouro Nacional todos os representantes nos conselhos fiscais, ou órgãos equivalentes das entidades da administração indireta, controladas ou não pela União. e) O Sistema de Administração Financeira Federal visa ao equilíbrio financeiro do Governo Federal, dentro dos limites da receita e despesa públicas.

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F. Gabarito

1 E 15 E 29 E 43 C 57 D 2 C 16 E 30 E 44 B 58 C 3 C 17 E 31 E 45 E 59 E 4 E 18 D 32 E 46 D 60 A 5 E 19 E 33 C 47 A 61 C 6 C 20 E 34 E 48 B 62 A 7 E 21 E 35 E 49 D 63 B 8 C 22 C 36 E 50 A 64 A 9 E 23 E 37 E 51 D 65 C 10 C 24 E 38 C 52 A 66 B 11 C 25 E 39 C 53 A 67 E 12 C 26 E 40 E 54 D 68 B 13 C 27 C 41 E 55 B 69 B 14 C 28 E 42 E 56 B 70 D

Muita luz! Abs! Igor.