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    COMIT DE PRONUNCIAMENTOS CONTBEIS

    PRONUNCIAMENTO TCNICO CPC 21

    Demonstrao Intermediria

    Correlao s Normas Internacionais de Contabilidade IAS 34

    ndice ItemOBJETIVOALCANCE 1 3DEFINIES 4CONTEDO DA DEMONSTRAO CONTBIL INTERMEDIRIA 5 25Componentes mnimos de demonstrao contbil intermediria 8 8AForma e contedo da demonstrao contbil intermediria 9 14Notas explicativas selecionadas 15 18Divulgao em conformidade com Pronunciamentos Tcnicos do CPC 19Perodos para os quais demonstraes contbeis intermedirias devem serapresentadas 20

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    Materialidade 23 25DIVULGAO NAS DEMONSTRAES CONTBEIS ANUAIS 26 27RECONHECIMENTO E MENSURAO 28 42Mesmas polticas contbeis que as anuais 28 36Receita recebida sazonalmente, ciclicamente ou ocasionalmente 37 38Custo incorrido no homogeneamente durante o exerccio social 39Aplicando os princpios de reconhecimento e mensurao 40

    Uso de estimativa 41 42REAPRESENTAO DE DEMONSTRAES ANTERIORES DEPERODO INTERMEDIRIO 43

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    APNDICE A - Ilustrao de perodos requeridos a serem apresentadosAPNDICE B - Exemplos de aplicao dos princpios de reconhecimento emensurao

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    APNDICE C - Exemplos do uso de estimativaAPNDICE D - Demonstrao contbil intermediria e perda porrecuperabilidade (impairment ) ( IFRIC 10 )

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    Objetivo

    O objetivo deste Pronunciamento estabelecer o contedo mnimo de umademonstrao contbil intermediria e os princpios para reconhecimento emensurao para demonstraes completas ou condensadas de perodointermedirio. Demonstraes intermedirias tempestivas e confiveis aumentam ahabilidade dos investidores, dos credores e de outros usurios a entender acapacidade de a entidade gerar lucros e fluxos de caixa e sua condio financeira ede liquidez.

    Alcance

    1. Este Pronunciamento no especifica quais entidades devem divulgar ou publicarsuas demonstraes contbeis intermedirias, ou com qual frequncia e intervalo.Entretanto, governos, reguladores, bolsas de valores e rgos contbeisfrequentemente requerem que as entidades, cujos passivos ou ttulos patrimoniaissejam negociados publicamente, divulguem ou publiquem demonstraescontbeis intermedirias. Este Pronunciamento aplicvel se uma entidade requerida a divulgar ou a publicar demonstraes contbeis intermedirias deacordo com os Pronunciamentos do CPC. As companhias abertas so incentivadasa divulgar demonstraes contbeis intermedirias de acordo com os princpios dereconhecimento, mensurao e de divulgao contidos neste Pronunciamento.Especificamente, as companhias abertas so encorajadas a:

    (a) disponibilizar demonstraes contbeis intermedirias pelo menossemestralmente; e

    (b) prov-las em at 60 dias aps o fim do perodo intermedirio.

    2. Cada demonstrao contbil, anual ou intermediria, avaliada individualmentecom relao conformidade aos Pronunciamentos do CPC. O fato de que umaentidade pode no proporcionar demonstraes contbeis intermedirias duranteum exerccio social em particular ou que pode disponibilizar demonstraescontbeis intermedirias que no estejam de acordo com este Pronunciamento noimplica que as demonstraes contbeis anuais no estejam de acordo com osPronunciamentos do CPC.

    3. Se uma demonstrao contbil intermediria de uma entidade descrita comoestando em conformidade com os Pronunciamentos do CPC, ela deve atender atodos os requisitos do item 19 deste Pronunciamento. O item 19 requer certasdivulgaes sobre esse assunto.

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    Definies

    4. Os termos a seguir so usados neste Pronunciamento com os significados

    especificados: Perodo intermedirio um perodo inferior quele do exerccio social completo.

    Demonstrao contbil intermediria significa uma demonstrao contbilcontendo um conjunto completo de demonstraes contbeis (assim como descritono Pronunciamento Tcnico CPC 26 Apresentao das DemonstraesContbeis) ou um conjunto de demonstraes contbeis condensadas (assim comodescrito neste Pronunciamento) de perodo intermedirio.

    Contedo da demonstrao contbil intermediria

    5. O Pronunciamento Tcnico CPC 26 Apresentao das Demonstraes Contbeisdefine um conjunto completo de demonstraes contbeis como incluindo osseguintes componentes:

    (a) balano patrimonial ao final do perodo;

    (b) demonstrao do resultado do perodo;

    (c) demonstrao do resultado abrangente do perodo;

    (d) demonstrao das mutaes do patrimnio lquido do perodo;(e) demonstrao dos fluxos de caixa do perodo;

    (f) demonstrao do valor adicionado do perodo, conforme PronunciamentoTcnico CPC 09, se exigido legalmente ou por algum rgo regulador oumesmo se apresentada voluntariamente;

    (g) notas explicativas, compreendendo um resumo das polticas contbeissignificativas e outras informaes explanatrias; e

    (h) o balano patrimonial do incio do perodo mais antigo comparativamenteapresentado quando a entidade aplica uma poltica contbil retroativamenteou procede republicao ou reapresentao de itens das demonstraescontbeis, ou ainda quando procede reclassificao de itens de suasdemonstraes contbeis. A demonstrao do resultado abrangente pode serapresentada em demonstrativo prprio ou includa dentro das mutaes dopatrimnio lquido.

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    6. Pelo interesse de tempestividade e consideraes de custos, bem como para evitarrepeties de informaes previamente divulgadas, a entidade pode ser requerida adivulgar menos informaes nos perodos intermedirios do que em suas

    demonstraes contbeis anuais. Este Pronunciamento define o contedo mnimoda demonstrao contbil intermediria como sendo demonstraes contbeiscondensadas e notas explicativas selecionadas. A demonstrao contbilintermediria tem como objetivo prover atualizao com base nas ltimasdemonstraes contbeis anuais completas. Portanto, elas focam em novasatividades, eventos e circunstncias e no duplicam informaes previamentereportadas.

    7. Este Pronunciamento no probe ou desencoraja as entidades de divulgarem oupublicarem o conjunto completo de demonstraes contbeis (como descrito noPronunciamento Tcnico CPC 26 Apresentao das Demonstraes Contbeis)

    nos seus relatrios intermedirios, em vez das demonstraes contbeiscondensadas e das notas explicativas selecionadas. Este Pronunciamento tambmno probe ou desencoraja as entidades de inclurem nas demonstraes contbeiscondensadas mais do que os itens mnimos ou notas explicativas selecionadas deacordo com este Pronunciamento. As orientaes de reconhecimento e mensuraodeste Pronunciamento tambm se aplicam a essas eventuais demonstraescompletas dos perodos intermedirios, e tais demonstraes devem incluir todasas divulgaes requeridas por este Pronunciamento (particularmente as notasexplicativas de divulgao selecionadas do item 16), assim como tambm aquelasrequeridas por outros Pronunciamentos.

    Componentes mnimos de demonstrao contbil intermediria

    8. A demonstrao contbil intermediria deve incluir, pelo menos, os seguintescomponentes:

    (a) balano patrimonial condensado;

    (b) demonstrao condensada do resultado do exerccio;

    (c) demonstrao condensada do resultado abrangente;

    (d) demonstrao condensada das mutaes do patrimnio lquido;

    (e) demonstrao condensada dos fluxos de caixa;

    (f) notas explicativas selecionadas.

    8A. A demonstrao do resultado abrangente pode ser apresentada como parte dademonstrao das mutaes do patrimnio lquido. Veja-se o PronunciamentoTcnico CPC 26 Apresentao das Demonstraes Contbeis.

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    Forma e contedo da demonstrao contbil intermediria

    9. Caso a entidade divulgue ou publique o conjunto completo de demonstraescontbeis no seu relatrio intermedirio, a forma e o contedo dessasdemonstraes devem estar em conformidade com os requisitos doPronunciamento Tcnico CPC 26 Apresentao das Demonstraes Contbeispara o conjunto completo de demonstraes contbeis.

    10. Se a entidade divulga ou publica o conjunto de demonstraes contbeiscondensadas nos seus relatrios intermedirios, tais demonstraes condensadasdevem incluir, no mnimo, cada um dos cabealhos e subtotais que estiveraminclusos nas demonstraes contbeis anuais mais recentes e as notas explicativasselecionadas como requeridas por este Pronunciamento. Linhas de itens adicionais

    devem ser includas caso suas omisses faam com que a demonstrao contbilintermediria fique enganosa.

    11. Na demonstrao que apresenta os componentes do resultado de perodointermedirio, a entidade deve apresentar o lucro por ao bsico e diludo paraesse perodo quando a entidade est ao alcance do Pronunciamento Tcnico CPC41 Resultado por Ao.

    11A. Se a entidade apresenta os componentes do resultado em demonstrao deresultado parte como descrito no item 81 do Pronunciamento Tcnico CPC 26 Apresentao das Demonstraes Contbeis, ela apresenta o lucro ou o prejuzo

    por ao bsico e diludo nessa demonstrao.12. O Pronunciamento Tcnico CPC 26 - Apresentao das Demonstraes Contbeis

    proporciona orientao para a estrutura das demonstraes contbeis. O Guia deImplementao do Pronunciamento Tcnico CPC 26 - Apresentao dasDemonstraes Contbeis ilustra modos pelos quais o balano patrimonial, ademonstrao do resultado abrangente e a demonstrao das mutaes dopatrimnio lquido devem ser apresentadas.

    13. (Eliminado)

    14. A demonstrao contbil intermediria preparada em bases consolidadas se asdemonstraes contbeis anuais mais recentes da entidade forem consolidadas. Asdemonstraes contbeis separadas ou individuais da controladora no soconsistentes ou comparveis com as demonstraes contbeis consolidadas anuaismais recentes. Se as demonstraes contbeis da entidade inclurem asdemonstraes contbeis separadas ou individuais da controladora em adio sdemonstraes contbeis consolidadas, este Pronunciamento no requer nemprobe a incluso das demonstraes contbeis separadas ou individuais da

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    controladora no seu relatrio intermedirio.

    Notas explicativas selecionadas

    15. O usurio de demonstrao contbil intermediria de uma entidade deve tambmter acesso ltima demonstrao contbil anual. desnecessrio, portanto, que asnotas explicativas de demonstrao contbil intermediria proporcionematualizaes relativamente insignificantes s informaes que j foram divulgadasnas notas explicativas das demonstraes contbeis anuais mais recentes. Em umadata intermediria, a explicao de eventos e transaes que so significativas aoentendimento das alteraes da posio financeira e do desempenho da entidadedesde o fim do ltimo perodo de relato anual so mais teis.

    16. A entidade deve incluir as seguintes informaes, no mnimo, nas notas

    explicativas das demonstraes contbeis intermedirias, se materiais e noevidenciadas em nenhum outro lugar das demonstraes contbeis. Elas devem,geralmente, ser divulgadas em base anualizada. Entretanto, a entidade podetambm evidenciar algum outro evento ou operao que sejam materiais para oentendimento do perodo intermedirio corrente:

    (a) uma declarao de que as polticas contbeis e os mtodos de clculo so osmesmos nas demonstraes contbeis intermedirias, quando comparadoscom a demonstrao contbil anual mais recente; ou, se tais polticas emtodos foram alterados, uma descrio da natureza e dos efeitos dessamudana;

    (b) comentrios explicativos sobre operaes intermedirias sazonais ou cclicas;

    (c) a natureza e os montantes dos itens no usuais por causa de sua natureza,tamanho ou incidncia que afetaram os ativos, os passivos, o patrimniolquido, o resultado lquido ou os fluxos de caixa;

    (d) a natureza e os valores das alteraes nas estimativas de montantesdivulgados em perodo intermedirio anterior do ano corrente ou alteraesdas estimativas dos montantes divulgados em perodos anuais anteriores, setais alteraes tm efeito material no corrente perodo intermedirio;

    (e) emisses, recompras e reembolsos de ttulos de dvida e de ttulospatrimoniais;

    (f) dividendos pagos (agregados ou por ao) separadamente por aesordinrias e por outros tipos e classes de aes;

    (g) as seguintes informaes por segmento (divulgao de informao porsegmento requerida nas demonstraes contbeis intermedirias de uma

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    entidade somente quando o Pronunciamento Tcnico CPC 22 Informaespor Segmento requer que a entidade evidencie informaes por segmento emsuas demonstraes contbeis anuais):

    (i) receitas de clientes externos, se inclusas na medida do resultado dosegmento apresentada aos gestores da entidade;

    (ii) receitas intersegmentos, se inclusas na medida do resultado dosegmento apresentada aos gestores da entidade;

    (iii) medida de resultado por segmento;

    (iv) ativos totais pelos quais tenha havido mudana significativa dosmontantes evidenciados na ltima demonstrao contbil anual;

    (v) descrio das diferenas com relao ltima demonstrao contbilanual da base de segmentao ou da base de mensurao dosresultados por segmento;

    (vi) conciliao do total dos resultados dos segmentos reportveis aoresultado antes dos tributos da entidade e das operaesdescontinuadas. Entretanto, se a entidade alocar aos segmentosreportveis itens tais como despesa de imposto de renda, a entidadedeve conciliar o total das medidas dos resultados dos segmentos como resultado total da entidade aps esses itens. Conciliaessignificativas devem ser separadamente identificadas e descritas emtais conciliaes;

    (h) eventos subsequentes relevantes ao fim do perodo intermedirio que notenham sido refletidos nas demonstraes contbeis do perodo intermedirio;

    (i) efeito de mudanas na composio da entidade durante o perodointermedirio, incluindo combinao de negcios, obteno ou perda decontrole de subsidirias e investimentos de longo prazo, reestruturaes eoperaes descontinuadas. No caso de combinao de negcios, a entidadedeve evidenciar as informaes requeridas pelo Pronunciamento TcnicoCPC 15 Combinao de Negcios; e

    (j) mudanas nos passivos contingentes ou ativos contingentes desde o fim doltimo perodo anual de relato.

    17. Exemplos desses tipos de divulgaes que so requeridas pelo item 16 somostrados a seguir. Pronunciamentos e Interpretaes individuais proporcionamorientaes com relao s divulgaes de muitos desses itens:

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    (a) baixa de estoques ao seu valor realizvel lquido e reverso de tais baixas;

    (b) reconhecimento de perda de valor recupervel (impairment ) do imobilizado,

    ativos intangveis, ou outros ativos, e reverso de tal perda;(c) reverso de qualquer proviso para custos de reestruturao;

    (d) aquisio e baixa de itens do imobilizado;

    (e) compromissos de compra de itens do imobilizado;

    (f) soluo de litgios;

    (g) correo de erros de perodos anteriores;

    (h) (eliminado);

    (i) qualquer inadimplncia de emprstimo ou quebra de contratos de emprstimoque no tenham sido renegociados antes do fim do perodo de relato ou nofim do perodo de relato; e

    (j) transaes com partes relacionadas.

    18. Outros Pronunciamentos especificam divulgaes que devem ser feitas nasdemonstraes contbeis. Nesse contexto, demonstraes contbeis significam oconjunto completo de demonstraes normalmente inclusas no relatrio anual ealgumas vezes includas em outros relatrios. Com exceo do requerido no item16(i), as divulgaes requeridas por esses outros Pronunciamentos no sorequeridas se as demonstraes contbeis intermedirias da entidade contmsomente demonstraes contbeis condensadas e notas explicativas selecionadasem vez do conjunto completo de demonstraes contbeis.

    Divulgao em conformidade com Pronunciamentos Tcnicos do CPC

    19. Se as demonstraes contbeis intermedirias da entidade esto de acordo com estePronunciamento, tal fato deve ser evidenciado. A demonstrao contbilintermediria no deve ser descrita como estando de acordo com osPronunciamentos do CPC, a menos que cumpra com todos os requerimentos dosPronunciamentos, Orientaes e Interpretaes do CPC.

    Perodos para os quais demonstraes contbeis intermedirias devem serapresentadas

    20. Demonstraes contbeis intermedirias devem incluir as demonstraes contbeis(condensadas ou completas) para os seguintes perodos:

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    (a) balano patrimonial ao fim do perodo intermedirio corrente e o balanopatrimonial comparativo do final do exerccio social imediatamente

    precedente;(b) demonstrao do resultado e demonstrao do resultado abrangente do

    perodo corrente e acumulado no exerccio social corrente, comparadas comas dos perodos intermedirios do exerccio social precedente (corrente eacumulado no ano). Conforme permitido no Pronunciamento Tcnico CPC 26 Apresentao das Demonstraes Contbeis, a demonstrao do resultadoabrangente poder ser apresentada em demonstrativo prprio ou includadentro das mutaes do patrimnio lquido;

    (c) demonstrao das mutaes do patrimnio lquido acumuladas no ano, com

    demonstrao comparativa tambm acumulada do exerccio socialprecedente;

    (d) demonstrao dos fluxos de caixa acumulados no ano, com demonstraocomparativa tambm acumulada do exerccio social precedente.

    21. Para a entidade cujos negcios sejam altamente sazonais, podem ser teisinformaes financeiras para os ltimos doze meses terminados no final do perodointermedirio e para os doze meses anteriores comparveis. Portanto, entidadescujos negcios so altamente sazonais so encorajadas a considerar a divulgaode tais informaes em adio s informaes referidas no item precedente.

    22. O Apndice A ilustra os perodos requeridos a serem apresentados por entidadeque divulga semestralmente e para a entidade que divulga trimestralmente.

    Materialidade

    23. Na deciso de como se reconhecer, mensurar, classificar ou evidenciar um item nademonstrao contbil intermediria, a materialidade deve ser estipulada comrelao s informaes do perodo intermedirio. Ao serem feitas tais avaliaes dematerialidade, deve ser reconhecido que as mensuraes intermedirias podem sercalcadas em estimativas de maneira mais extensa do que as mensuraes que sofeitas nas demonstraes contbeis anuais.

    24. O Pronunciamento Tcnico CPC 26 Apresentao das Demonstraes Contbeise o Pronunciamento Tcnico CPC 23 Polticas Contbeis, Mudana deEstimativa e Retificao de Erro definem como material um item se a sua omissoou incorreo puder influenciar decises econmicas dos usurios dasdemonstraes contbeis. O Pronunciamento Tcnico CPC 26 requer divulgaesseparadas de itens materiais, incluindo (por exemplo) operaes descontinuadas; eo Pronunciamento Tcnico CPC 23 requer divulgao de alteraes de estimativas

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    contbeis, erros e alteraes de polticas contbeis. Os dois Pronunciamentos nocontm orientaes quantitativas com relao materialidade.

    25. Enquanto o julgamento sempre requerido na avaliao de materialidade, asdecises de reconhecimento e divulgao deste Pronunciamento se baseiam nasinformaes do prprio perodo intermedirio por razes de inteligibilidade e dosnmeros intermedirios. Ento, por exemplo, itens no usuais, mudanas depolticas contbeis ou estimativas e erros so reconhecidos e evidenciados combase na materialidade com relao s informaes do perodo intermedirio paraevitar inferncias enganosas que podem resultar da no divulgao. O objetivoprincipal assegurar que a demonstrao contbil intermediria inclua todas asinformaes que so relevantes ao entendimento da posio financeira e dedesempenho da entidade durante o perodo intermedirio.

    Divulgao nas demonstraes contbeis anuais

    26. Se a estimativa de um montante relatado em perodo intermedirio for alteradasignificativamente durante o perodo intermedirio final do exerccio social, masum reporte financeiro no tiver sido divulgado ou publicado para aquele perodointermedirio, a natureza e o montante da alterao da estimativa devem serevidenciados em nota explicativa das demonstraes contbeis anuais daqueleexerccio social.

    27. O Pronunciamento Tcnico CPC 23 requer divulgao da natureza e (caso

    aplicvel) do montante da alterao de estimativa que tanto tenha um efeitomaterial no perodo corrente ou seja esperado que tenha um efeito material emperodos subsequentes. O item 16(d) deste Pronunciamento requer divulgaessimilares para um perodo intermedirio. Exemplos incluem alteraes deestimativas do perodo intermedirio final referentes a baixas de estoques,reestruturaes ou perdas porimpairment que foram divulgadas em perodosintermedirios anteriores do exerccio social. As divulgaes requeridas pelos itensprecedentes so consistentes com os requerimentos do Pronunciamento TcnicoCPC 23 e tm a inteno de estreitar o alcance com relao somente s alteraesde estimativas. A entidade no requerida a incluir informaes adicionais deperodo intermedirio nas suas demonstraes contbeis anuais.

    Reconhecimento e mensurao

    Mesmas polticas contbeis que as anuais

    28. A entidade deve aplicar as mesmas polticas contbeis nas suas demonstraescontbeis intermedirias que so aplicadas nas demonstraes contbeis anuais,

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    com exceo de alteraes de polticas contbeis feitas depois da data da maisrecente demonstrao contbil anual, as quais iro ser refletidas nas prximasdemonstraes contbeis anuais. Entretanto, a frequncia de reporte da entidade

    (anual, semestral ou trimestral) no deve afetar a mensurao de seus resultadosanuais. Para atingir esse objetivo, as mensuraes dos perodos intermediriosdevem ser feitas em bases anuais.

    29. O requerimento de que as entidades apliquem, nas suas demonstraes contbeisintermedirias, as mesmas polticas contbeis que so aplicadas nas demonstraescontbeis anuais pode parecer sugerir que as mensuraes do perodo intermedirioso feitas como se cada perodo intermedirio se comportasse como se fosse umperodo de reporte independente. Entretanto, por dispor que a frequncia dosrelatrios das entidades no deve afetar as mensuraes dos resultados anuais, oitem 28 reconhece que um perodo intermedirio parte de um perodo financeiro

    mais amplo. As mensuraes anuais podem envolver alteraes em estimativas demontantes divulgados em perodos intermedirios anteriores do perodo financeirocorrente. Mas os princpios de reconhecimento de ativos, passivos, receitas edespesas para esses perodos intermedirios so os mesmos que os dasdemonstraes contbeis anuais.

    30. Para ilustrar:

    (a) os princpios para reconhecimento e mensurao de perdas com baixas dosestoques, reestruturaes ouimpairments de perodo intermedirio so osmesmos que seriam adotados se a entidade fosse preparar somente asdemonstraes contbeis anuais. Entretanto, se tais itens forem reconhecidose mensurados em perodo intermedirio e a estimativa mudar em perodointermedirio subsequente daquele mesmo exerccio social, as estimativasoriginais so alteradas em perodos intermedirios subsequentes tanto porcontabilizao de montante adicional de perda quanto por reverso demontante previamente reconhecido;

    (b) custos que no se ajustam definio de ativo ao final de um perodointermedirio no so diferidos no balano patrimonial tanto para esperarinformaes futuras quanto para esperar se vo se adequar definio deativo ou para suavizar resultados durante os perodos intermedirios doexerccio social; e

    (c) despesa com imposto de renda e contribuio social reconhecida em cadaperodo intermedirio com base na melhor estimativa da alquota mdiaefetiva ponderada anual esperada para o exerccio social completo. Montantescontabilizados de despesa de imposto de renda e contribuio social de umperodo intermedirio devem ser ajustados em perodos subsequentes daqueleexerccio social se as estimativas da alquota anual de imposto mudarem.

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    31. Pelo item 82 do Pronunciamento Conceitual Bsico Estrutura Conceitual para aElaborao e Apresentao das Demonstraes Contbeis, reconhecimento o processo que consiste em incorporar ao balano patrimonial ou demonstrao

    do resultado um item que se enquadre na definio de um elemento e que satisfaaos critrios de reconhecimento . As definies de ativos, passivos, receitas edespesas so fundamentais para o reconhecimento ao fim de ambos os perodos dereporte anuais e intermedirios.

    32. Para ativos, os mesmos testes de benefcios econmicos futuros so aplicveistanto nas datas intermedirias quanto nos perodos financeiros anuais. Custos que,por sua natureza, no se qualificariam como ativos ao final do exerccio socialtambm no se qualificam em datas intermedirias. Similarmente, um passivo aofim de um perodo intermedirio de reporte deve representar uma obrigaoexistente quela data, assim como deve representar ao fim do exerccio social.

    33. Caracterstica essencial de receitas e despesas que as entradas e as sadas deativos e passivos correspondentes j ocorreram. Se tais entradas e sadas jocorreram, as correspondentes receitas e despesas so reconhecidas, caso contrriono so reconhecidas. Os itens 94 e 95 do Pronunciamento Conceitual Bsico -Estrutura Conceitual para a Elaborao e Apresentao das DemonstraesContbeis mencionam que despesas so reconhecidas na demonstrao doresultado quando surge um decrscimo, que possa ser determinado em basesconfiveis, nos futuros benefcios econmicos provenientes da diminuio de umativo ou do aumento de um passivo... [A] Estrutura Conceitual no autoriza oreconhecimento de itens no balano patrimonial que no satisfaam definio deativos ou passivos.

    34. Na mensurao de ativos, passivos, receitas, despesas e fluxos de caixa divulgadosnas demonstraes contbeis, a entidade que reporta somente em termos anuais capaz de levar em considerao informaes que se tornam disponveis durante oexerccio social. Suas mensuraes so, efetivamente, em bases anuais.

    35. A entidade que divulga semestralmente usa informaes disponveis at o meio doano ou logo depois na mensurao das suas demonstraes contbeis dos seismeses e informaes disponveis ao final do ano ou logo depois para o perodo dedoze meses. As mensuraes de doze meses vo refletir possveis alteraes nasestimativas de montantes divulgados antes dos primeiros seis meses. Os montantesreportados nas demonstraes contbeis intermedirias dos primeiros seis mesesno so ajustados retrospectivamente. Os itens 16(d) e 26 requerem, entretanto,que a natureza e os montantes de qualquer alterao significativa em estimativasejam evidenciados.

    36. A entidade que divulga mais frequentemente do que semestralmente mensurareceitas e despesas em bases anuais para cada perodo intermedirio usandoinformaes disponveis quando cada conjunto de demonstraes estiver sendo

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    elaborado. Montantes de receitas e despesas divulgados em perodosintermedirios correntes vo refletir qualquer alterao de estimativas de valoresdivulgados em perodos intermedirios anteriores do exerccio social. Os

    montantes divulgados em perodo intermedirio anterior no so ajustadosretrospectivamente. Os itens 16(d) e 26 requerem, entretanto, que a natureza e omontante de qualquer alterao significativa nas estimativas sejam evidenciados.

    Receita recebida sazonalmente, ciclicamente ou ocasionalmente

    37. Receitas que so recebidas sazonalmente, ciclicamente ou ocasionalmente dentrodo exerccio social no devem ser antecipadas ou diferidas nas datas intermediriasse a antecipao ou o diferimento no for apropriado no fim do exerccio social daentidade.

    38. Exemplos dessa situao incluem receita de dividendos,royalties e subvenesgovernamentais. Adicionalmente, algumas entidades consistentemente ganhammais receitas em certos perodos intermedirios do exerccio social do que emoutros perodos intermedirios, como, por exemplo, receitas sazonais de varejo.Tais receitas devem ser reconhecidas quando elas ocorrem.

    Custo incorrido no homogeneamente durante o exerccio social

    39. Custos que so incorridos de maneira no homognea durante o exerccio social daentidade devem ser antecipados ou postergados se, e somente se, tambm forapropriado antecipar ou postergar tais tipos de custos ao fim do exerccio social.

    Aplicando os princpios de reconhecimento e mensurao

    40. O Apndice B proporciona exemplos de como aplicar os princpios gerais dereconhecimento e mensurao estipulados nos itens de 28 a 39.

    Uso de estimativa

    41. Os procedimentos de mensurao a serem seguidos em uma demonstrao contbilintermediria devem ser concebidos para assegurar que resultaro em informaesconfiveis e que todas as informaes contbeis materiais que so relevantes aoentendimento da posio financeira e de desempenho da entidade estejamadequadamente evidenciados. Enquanto mensuraes em ambos os exercciossociais e intermedirios so geralmente baseadas em estimativas razoveis, aelaborao das demonstraes contbeis intermedirias geralmente requer maiorpeso no uso de mtodos de estimativas do que nas demonstraes contbeis anuais.

    42. O Apndice C proporciona exemplos do uso de estimativas nos perodosintermedirios.

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    Reapresentao de demonstraes de perodo intermedirio anterior

    43. A alterao de poltica contbil, que no seja por especificao de novoPronunciamento, deve ser refletida:

    (a) por reapresentao das demonstraes contbeis de perodos intermediriosanteriores do exerccio social corrente e das demonstraes contbeiscomparveis de perodos intermedirios de qualquer exerccio social anteriorque sero reapresentadas nas demonstraes contbeis anuais de acordo como Pronunciamento Tcnico CPC 23 Polticas Contbeis, Mudana deEstimativa e Retificao de Erro; ou

    (b) quando impraticvel determinar os efeitos cumulativos no incio do exerccio

    social da aplicao da nova poltica contbil a todos os perodos anteriores,ajuste das demonstraes contbeis de perodos intermedirios anteriores doexerccio social corrente e demonstraes intermedirias comparveis dosexerccios sociais anteriores, utilizando a nova poltica contbilprospectivamente a partir da primeira data aplicvel.

    44. O objetivo do princpio precedente assegurar que uma nica poltica contbil sejaaplicada a uma classe particular de transaes ao longo do exerccio social inteiro.Pelo Pronunciamento Tcnico CPC 23, uma mudana de poltica contbil refletida pela aplicao retrospectiva, para o mximo de perodos anteriorespossveis, com a reapresentao das demonstraes contbeis desses perodos

    anteriores. Entretanto, se os montantes cumulativos dos ajustes referentes aos anosfinanceiros anteriores for impraticvel de serem determinados peloPronunciamento Tcnico CPC 23, a nova poltica contbil aplicadaprospectivamente a partir da primeira data em que isso for praticvel. O efeito doprincpio no item 43 requerer que, dentro do exerccio social, qualquer alteraode poltica contbil seja aplicada retrospectivamente ou, se isso no for praticvel,prospectivamente, no mais tarde do que do incio do exerccio.

    45. Permitir que alteraes contbeis sejam refletidas em uma data intermediriadentro do exerccio social seria permitir que duas polticas contbeis distintasfossem aplicadas a uma classe particular de transaes num nico exerccio. O

    resultado seria dificuldades de alocaes intermedirias, obscurecendo resultadosda operao, e complicando a anlise e a inteligibilidade das informaes doperodo intermedirio.

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    Apndice AIlustrao de perodos requeridos a serem apresentados

    (Este Apndice, que acompanha, mas no parte deste Pronunciamento, proporcionaexemplos para ilustrar a aplicao do princpio do item 20).

    Entidade que divulga ou publica demonstraes contbeis intermediriassemestralmente

    A1. O exerccio social da entidade acaba em 31 de dezembro (ano calendrio). Aentidade vai apresentar as seguintes demonstraes contbeis (condensadas oucompletas) no seu relatrio intermedirio semestral de 30 de junho de 20X1:

    Balano Patrimonial:Em 30 de junho de 20X1 31 de dezembro de 20X0

    Demonstrao do Resultado e do Resultado Abrangente:6 meses finalizando em 30 de junho de 20X1 30 de junho de 20X0

    Demonstrao dos Fluxos de Caixa:6 meses finalizando em 30 de junho de 20X1 30 de junho de 20X0

    Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido:6 meses finalizando em 30 de junho de 20X1 30 de junho de 20X0

    Entidade que divulga ou publica demonstraes contbeis intermediriastrimestralmente

    A2. O exerccio social da entidade acaba em 31 de dezembro (ano calendrio). Aentidade vai apresentar as seguintes demonstraes contbeis (condensadas oucompletas) nos seus trs relatrios intermedirios trimestrais, de 31 de maro de20X1 (1 trim 20X1), de 30 de junho de 20X1 (2 trim 20X1) e de 30 de setembrode 20X1 (3 trim 20X1):

    Balano Patrimonial no final do perodo intermedirio e balano comparativo do ano financeiro imediatamenteanterior:

    31-mar-20X1 e 31-dez-20X030-jun-20X1 e 31-dez-20X030-set-20X1 e 31-dez-20X0

    Demonstraes do Resultado e do Resultado Abrangente do perodo intermedirio corrente e acumulado do ano,comparadas com os mesmos perodos do ano anterior:

    1 Trim 20X1:(trs meses) 01-jan-20X1 a 31-mar-20X1 e 01-jan-20X0 a 31-mar-20X0

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    2 Trim 20X1:(seis meses) 01-jan-20X1 a 30-jun-20X1 e 01-jan-20X0 a 30-jun-20X0(trs meses) 01-abr-20X1 a 30-jun-20X1 e 01-abr-20X0 a 30-jun-20X0

    3 Trim 20X1:(nove meses) 01-jan-20X1 a 30-set-20X1 e 01-jan-20X0 a 30-set-20X0(trs meses) 01-jul-20X1 a 30-set-20X1 e 01-jul-20X0 a 30-set-20X0

    Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido acumulada no ano at a data do perodo intermedirio,comparada com o mesmo perodo do ano anterior:

    1 Trim 20X1:(trs meses) 01-jan-20X1 a 31-mar-20X1 e 01-jan-20X0 a 31-mar-20X02 Trim 20X1:(seis meses) 01-jan-20X1 a 30-jun-20X1 e 01-jan-20X0 a 30-jun-20X03 Trim 20X1:(nove meses) 01-jan-20X1 a 30-set-20X1 e 01-jan-20X0 a 30-set-20X0

    Demonstrao dos Fluxos de Caixa acumulada no ano at a data do perodo intermedirio, comparada com omesmo perodo do ano anterior:

    1 Trim 20X1:(trs meses) 01-jan-20X1 a 31-mar-20X1 e 01-jan-20X0 a 31-mar-20X02 Trim 20X1:(seis meses) 01-jan-20X1 a 30-jun-20X1 e 01-jan-20X0 a 30-jun-20X03 Trim 20X1:(nove meses) 01-jan-20X1 a 30-set-20X1 e 01-jan-20X0 a 30-set-20X0

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    Apndice BExemplos de aplicao dos princpios de reconhecimento e mensurao

    (Este Apndice, que acompanha, mas no parte deste Pronunciamento, proporcionaexemplo de aplicao dos princpios gerais de reconhecimento e mensuraoestabelecidos nos itens 28 a 39).

    Imposto sobre a folha de pagamento do empregador e contribuio previdenciria

    B1. Se os impostos da folha de pagamento ou contribuies a fundos de previdnciapatrocinados pelo Estado so estipulados em bases anuais, a correspondentedespesa do empregador reconhecida no perodo intermedirio, usando-se aestimativa de taxa mdia efetiva anual de impostos sobre a folha de pagamento outaxa de contribuio, mesmo que grande parte dos pagamentos seja feita logo no

    incio do exerccio social. Um exemplo possvel seria uma contribuio deseguridade obrigatria at certo nvel mximo de renda anual por empregado. Paraempregados com renda mais alta, a renda mxima obrigatria seria alcanada antesdo fim do exerccio social, e o empregador no faria nenhum outro pagamento ato final do ano.

    Principais manutenes e renovaes peridicas

    B2. O custo de manuteno principal peridica ou renovao ou outra despesa sazonalesperados a ocorrer mais ao final do ano no so antecipados para propsito derelatrios intermedirios, a menos que um evento tenha causado entidade a

    obrigao legal ou construtiva. A mera inteno ou necessidade de incorrer emdespesas relacionadas a eventos futuros no so suficientes para o surgimento daobrigao.

    Proviso

    B3. A proviso reconhecida quando a entidade realmente no possui alternativa, ano ser a transferncia de benefcios econmicos como resultado de evento quecriou uma obrigao legal ou construtiva. O montante da obrigao ajustado paracima ou para baixo, com os correspondentes ganho ou perda reconhecidos nademonstrao do resultado, se as melhores estimativas da entidade sobre o

    montante da obrigao se alterarem.B4. Este Pronunciamento requer que a entidade aplique o mesmo critrio de

    reconhecimento e mensurao de proviso, tanto nas datas intermedirias quantoao final do ano financeiro. A existncia ou no existncia de obrigao de setransferirem benefcios no funo da amplitude do perodo de reporte. umaquesto fatual.

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    Bnus de final de ano

    B5. A natureza dos bnus de final de ano varia bastante. Alguns so ganhos

    simplesmente pela continuidade do emprego durante um perodo de tempo. Algunsbnus so ganhos baseados em medidas mensais, trimestrais ou anuais deresultados operacionais. Eles podem ser puramente discricionrios, contratuais oubaseados em anos de precedentes histricos.

    B6. Um bnus antecipado para finalidades de reporte intermedirio se, e somente se;(a) o bnus uma obrigao legal ou prtica passada que faz com que o bnus sejauma obrigao no formalizada (construtiva) para a qual a entidade realmente notem outra alternativa a no ser fazer os pagamentos; e (b) uma estimativa confiveldas obrigaes pode ser feita. O Pronunciamento Tcnico CPC 33 Benefcios aEmpregados proporciona orientao para isso.

    Pagamento de arrendamento contingente

    B7. Pagamentos de arrendamentos contingentes podem ser um exemplo de obrigaeslegais ou no formalizadas (construtivas) que so reconhecidas como passivo. Se oarrendador demanda os pagamentos contingentes baseados no atingimento dedeterminado nvel de vendas anuais por parte do arrendatrio, obrigaes podemsurgir nos perodos intermedirios do exerccio social antes de o nvel anual devendas ser atingido, se tal nvel de vendas requerido esperado ser atingido e aentidade, portanto, no tem outra alternativa realista a no ser fazer os futurospagamentos dos arrendamentos.

    Ativo intangvel

    B8. A entidade aplica os critrios de definio e reconhecimento para ativosintangveis da mesma maneira no perodo intermedirio e ao final do ano. Custosincorridos antes dos critrios de reconhecimento dos ativos intangveis seremsatisfeitos so reconhecidos como despesa. Custos incorridos depois do pontoespecfico no tempo em que tais critrios so satisfeitos so reconhecidos comoparte do custo do ativo intangvel. O diferimento de custo de ativos emdemonstrao contbil intermediria na esperana de que o critrio dereconhecimento seja satisfeito mais tarde no exerccio social no justificvel.

    Aposentadoria e pensoB9. Custos de aposentadorias e penses em perodo intermedirio so calculados em

    bases anuais, usando a taxa atuarial determinada ao fim do exerccio socialanterior, ajustando-a para flutuaes significativas de mercado desde aquelemomento e por significantes diminuies, liquidaes ou outros eventossingulares.

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    Frias, feriados e outras abstenes de curto prazo compensveis

    B10. Abstenes compensveis acumuladas so aquelas que passam de perodo aperodo e que podem ser usadas em perodos futuros se os direitos correntes noforem usados em completo. O Pronunciamento Tcnico CPC 33 Benefcios aEmpregados requer que a entidade mensure o custo esperado de obrigao pelaacumulao das abstenes compensveis ao montante que a entidade espera pag-las como resultado de direito no usado que tenha sido acumulado at o fim doperodo de reporte. Aquele princpio tambm aplicado ao final dos perodosintermedirios. Igualmente, a entidade no reconhece despesa ou passivo paraabstenes no cumulativas compensveis ao fim do perodo de reporteintermedirio, assim como tambm no as reconhece ao final do perodo anual dereporte.

    Outros custos planejados que podem ser incorridos, porm irregulares

    B11. O oramento da entidade pode incluir certos custos esperados por serem incorridosirregularmente durante o exerccio social, tais como contribuies de caridade ecustos de treinamento de empregado. Tais custos geralmente so discricionriosmesmo que sejam planejados e tendem a recorrer ano a ano. Reconhecer aobrigao ao final de perodo intermedirio de reporte para tais custos que aindano tenham sido incorridos geralmente no consistente com a definio depassivo.

    Mensurando despesa de imposto de renda intermediria

    B12. A despesa de imposto de renda intermediria contabilizada por competncia

    usando a taxa que deve ser aplicvel ao lucro total anual esperado, ou seja, aalquota mdia efetiva anual estimada aplicada ao lucro antes dos impostos noperodo intermedirio. O mesmo se aplica contribuio social sobre o lucrolquido.

    B13. Isso consistente com o conceito bsico estipulado no item 28 no qual os mesmosprincpios contbeis de reconhecimento e mensurao sejam aplicados tanto nasdemonstraes contbeis intermedirias quanto nas demonstraes contbeisanuais. A despesa de imposto de renda intermediria calculada pela aplicao aolucro antes dos impostos intermedirios da taxa que dever ser aplicvel ao lucroanual total esperado, ou seja, a alquota efetiva mdia anual de imposto de renda.

    Essa alquota efetiva mdia anual de imposto de renda deve refletir um misto deestruturas de alquotas progressivas esperadas a serem aplicveis ao lucro anualinteiro, incluindo alteraes promulgadas ou substancialmente promulgadas nastaxas de imposto de renda programadas a terem efeito mais tarde no exercciosocial. O Pronunciamento Tcnico CPC 32 Tributos sobre o Lucro proporcionaorientao sobre alteraes substanciais promulgadas nas alquotas de imposto derenda. A alquota efetiva mdia anual de imposto de renda estimada deve ser re-estimada em bases anuais, consistentemente com o item 28 deste Pronunciamento.

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    O item 16(d) requer evidenciao de alteraes significativas de estimativas.

    B14. Na medida do possvel, alquotas mdias anuais efetivas so estimadas

    distintamente para cada jurisdio fiscal e aplicadas individualmente ao lucrointermedirio antes dos impostos de cada jurisdio. Semelhantemente, sediferentes alquotas de imposto so aplicveis para diferentes categorias de lucro(tais como de ganhos de capital ou lucro ganho em setores em particular), namedida do possvel, taxas individuais so aplicadas para cada categoria individualde lucro intermedirio antes dos impostos. Enquanto o grau de preciso desejvel, isso pode no ser alcanvel em todos os casos, e a mdia ponderada das jurisdies ou das categorias de lucros usada se for uma aproximao razoveldos efeitos quando usadas alquotas mais especficas.

    B15. Para explicar o princpio anterior, a entidade, reportando trimestralmente, espera

    ganhar $ 10.000 de lucro antes dos impostos em cada trimestre e opera em uma jurisdio tributria com alquota de 20% sobre os primeiros $ 20.000 de lucrosanuais e 30% sobre todos os outros lucros adicionais. Os lucros atuais soequivalentes aos esperados. A tabela a seguir mostra o montante de despesa deimposto de renda que reportado em cada trimestre:

    1 trimestre 2 trimestre 3 trimestre 4 trimestre AnualDespesa com imposto de

    renda $2.500 $2.500 $2.500 $2.500 $10.000

    $ 10.000 de impostos esperado a ser pago para o ano inteiro sobre $ 40.000 de

    lucro antes dos impostos. Portanto, a alquota mdia efetiva estimada de 25%.A tabela a seguir auxilia no detalhamento dos clculos.

    1 trimestre 2 trimestre 3 trimestre 4 trimestreLucro antes dos impostos de cada trimestre $10.000 $10.000 $10.000 $10.000

    Lucro acumulado antes dos impostos $10.000 $20.000 $30.000 $40.000Lucro antes dos impostos (alquota de 20%) $10.000 $10.000Lucro antes dos impostos (alquota de 30%) $10.000 $10.000

    Alquotas efetivas 20% 20% 30% 30%Impostos devidos em cada trimestre $2.000 $2.000 $3.000 $3.000

    Imposto total devido no ano $10.000Lucro antes dos impostos total no ano $40.000

    Alquota mdia efetiva estimada 25%Lucro antes dos impostos de cada trimestre $10.000 $10.000 $10.000 $10.000

    Despesas trimestrais de imposto de renda $2.500 $2.500 $2.500 $2.500

    B16. Como outra ilustrao, a entidade que reporta trimestralmente aufere $15.000 delucros antes dos impostos no primeiro trimestre, mas espera incorrer em prejuzo

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    de $5.000 em cada um dos trs trimestres restantes (portanto lucro zero para o ano)e opera em uma jurisdio na qual a alquota mdia efetiva estimada de 20%. Atabela a seguir mostra o montante de despesa de imposto de renda reportado em

    cada trimestre:1 trimestre 2 trimestre 3 trimestre 4 trimestre Anual

    Despesa com imposto derenda

    $3.000 (-)$1.000 (-)$1.000 (-)$1.000 $0

    A alquota mdia efetiva estimada de 20% para todos os casos, independente de haverlucro ou prejuzo antes dos impostos.

    Diferena entre ano financeiro de reporte e ano fiscal

    B17. Se o exerccio social e o ano fiscal forem diferentes, a despesa com imposto derenda dos perodos intermedirios mensurada usando alquotas mdias efetivasseparadas para cada lucro antes dos impostos na proporo dos lucros antes dosimpostos ganhos em cada um anos fiscais.

    B18. Para ilustrar, o exerccio social da entidade encerra em 30 de junho e ela reportatrimestralmente. O ano fiscal encerra em 31 de dezembro. No ano fiscal 1, aalquota mdia efetiva estimada de 30% e, no ano fiscal 2, de 40%. Em cadatrimestre de cada ano, a empresa ganha lucros antes dos impostos de $10.000.

    Ano calendrio 1 jul a30 set 20X11 out a

    31 dez 20X11 jan a

    31 mar 20X21 abr a

    30 jun 20X2

    Ano financeiro1 trimestreexercciosocial 1

    2 trimestreexercciosocial 1

    3 trimestreexercciosocial 1

    4 trimestreexercciosocial 1

    Ano fiscal 3 trimestreano fiscal 14 trimestreano fiscal 1

    1 trimestreano fiscal 2

    2 trimestreano fiscal 2

    Lucro antes dos impostos de cadatrimestre $ 10.000 $ 10.000 $ 10.000 $ 10.000

    Alquotas mdias efetivas estimadas 30% 30% 40% 40%Despesas trimestrais de imposto de

    renda$ 3.000 $ 3.000 $ 4.000 $ 4.000

    Imposto total devido no ano $ 14.000Lucro antes dos impostos total no ano $ 40.000

    A comparao do imposto total devido no exerccio social ($ 14.000) com o lucrototal do exerccio social ($ 40.000), chegando-se a uma alquota mdia de 35%, indevida. Cada exerccio social deve ter sua prpria alquota mdia efetivaestimada individualmente.

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    Crdito fiscal

    B19. Algumas vezes, so dados crditos fiscais aos pagadores de impostos com relaoaos impostos devidos baseados no montante de despesas, exportaes, despesascom pesquisa e desenvolvimento ou outras bases. Antecipaes de benefciosfiscais desses tipos para o ano todo geralmente so refletidas nos cmputos daestimativa da alquota mdia efetiva de impostos, porque tais crditos sogarantidos e calculados em bases anuais na maioria das regulamentaes fiscais.Por outro lado, benefcios fiscais relacionados a eventos singulares soreconhecidos nos clculos da despesa de imposto de renda dos perodosintermedirios em que ocorrem, da mesma maneira que alquotas de imposto derenda especiais aplicveis a categorias particulares de lucro no so misturadas emuma nica e efetiva alquota anual. Adicionalmente, em algumas jurisdies

    fiscais, os benefcios fiscais, incluindo aqueles relacionados a investimentos decapital e nveis de exportaes, quando reportados nas declaraes fiscais, somais semelhantes a subvenes governamentais e so reconhecidos no perodointermedirio em que ocorrem.

    Prejuzo fiscal e crdito fiscal compensveis ou aproveitveis

    B20. Os benefcios de prejuzos fiscais compensveis so refletidos no perodointermedirio em que os correspondentes prejuzos ocorrerem. O PronunciamentoTcnico CPC 32 Tributos sobre o Lucro estipula que o benefcio relacionado aprejuzo fiscal que pode ser compensado para recuperar impostos correntes de umperodo anterior deve ser reconhecido como um ativo . A reduo de despesa deimpostos correspondente ou o aumento de crdito fiscal (receita de imposto derenda) tambm so reconhecidos.

    B21. O Pronunciamento Tcnico CPC 32 menciona que um ativo fiscal diferido deveser reconhecido para o aproveitamento de prejuzos fiscais no usados e crditosfiscais no utilizados medida que provvel que existiro lucros tributveisfuturos contra os quais os prejuzos fiscais e os crditos fiscais podero serutilizados e fornece critrios para estipular a probabilidade dos lucros tributveiscontra os quais os prejuzos fiscais no utilizados e os crditos possam serutilizados. Esses critrios so aplicveis ao final de cada perodo intermedirio e,caso no satisfeitos, os efeitos dos prejuzos fiscais aproveitveis so refletidos nocmputo da estimativa da alquota mdia fiscal efetiva de imposto de renda.

    B22. Para ilustrar, uma entidade que reporta trimestralmente tem prejuzos fiscaisaproveitveis de $ 10.000 para fins tributrios ao incio do exerccio social correntepara o qual um ativo fiscal diferido no foi reconhecido. A entidade ganha $10.000 no primeiro trimestre do ano corrente e espera ganhar $10.000 nos outrostrs trimestres remanescentes. Excluindo o aproveitamento fiscal, esperada umaalquota mdia fiscal de 40%. As despesas de imposto de renda so:

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    1 trimestre 2 trimestre 3 trimestre 4 trimestre

    Lucro antes dos impostos de cada trimestre $ 10.000 $ 10.000 $ 10.000 $ 10.000

    (a) Lucro anual total esperado $ 40.000(-) Crdito fiscal aproveitvel ($ 10.000)

    (=) Base de clculo fiscal $ 30.000(x) Alquota efetiva 40%

    (=) Estimativa do imposto devido no ano todo $ 12.000

    (a) Lucro anual total esperado $ 40.000(b) Estimativa do imposto devido no ano todo$ 12.000

    (b/a)Alquota mdia efetiva estimada 30%

    1 trimestre 2 trimestre 3 trimestre 4 trimestreLucro antes dos impostos de cada trimestre $ 10.000 $ 10.000 $ 10.000 $ 10.000

    Despesas trimestrais de imposto de renda $ 3.000 $ 3.000 $ 3.000 $ 3.000

    Alterao contratual ou antecipao de preo de compra

    B23. Redues por volume ou descontos e outras alteraes contratuais de preos dematrias-primas, mo-de-obra ou outros bens e servios so antecipados nosperodos intermedirios, tanto pelo pagador quanto pelo recebedor, caso sejaprovvel que eles vo ser ganhos ou vo se tornar efetivos. Portanto, redues edescontos contratuais so antecipados, mas redues e descontos discricionriosno so antecipados porque o ativo ou o passivo resultante no satisfaz scondies da Estrutura Conceitual de que o ativo precisa ser um recurso controladopela entidade como resultado de evento passado e que o passivo precisa ser umaobrigao presente cuja liquidao esperada por resultar em sada de recursos.

    Depreciao e amortizao

    B24. Depreciao e amortizao de perodo intermedirio so baseadas somente nosativos possudos durante o perodo intermedirio. No levam em consideraoaquisies ou disposies de ativos planejadas para mais tarde no exerccio social.

    Estoque

    B25. Estoques so mensurados para fins de relatrios intermedirios pelos mesmosprincpios que para as demonstraes de final de ano. O Pronunciamento TcnicoCPC 16 - Estoques estabelece padres para reconhecimento e mensurao deestoques. Estoques carregam problemas particulares ao fim de qualquer perodo dereporte pelo fato de se necessitar determinar quantidade de estoques, custos e

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    valores realizveis lquidos. Mesmo assim, os mesmos princpios so aplicadospara os estoques intermedirios. Para economizar custo e tempo, entidadesfrequentemente usam estimativas para mensurar estoques em datas intermedirias

    em maior extenso do que ao final do ano de reporte. Seguem alguns exemplos decomo aplicar o teste de valor lquido realizvel em data intermediria e como tratarvariaes de produo nas datas intermedirias.

    Valor realizvel lquido do estoque

    B26. O valor realizvel lquido dos estoques determinado por referncia aos preos devenda e aos custos relacionados para completar e entregar nas datas intermedirias.A entidade vai reverter uma baixa ao valor lquido realizvel em perodosubsequente somente se fosse apropriado faz-lo ao final do exerccio social.

    Variao de custo de produo de perodo intermedirioB27. Variaes de preo, eficincia, gastos e volume de uma fbrica so reconhecidos

    no resultado em data intermediria da mesma forma em que tais variaes soreconhecidas na demonstrao do resultado ao final do ano. O diferimento dasvariaes que so esperadas por serem absorvidas at o final do ano no apropriado porque podem resultar no registro de estoques em uma dataintermediria de valor maior ou menor do que sua parte nos custos reais deproduo.

    Ganho e perda de converso de moeda estrangeira

    B28. Ganhos e perdas de converso de moedas estrangeiras so mensurados para asdemonstraes contbeis intermedirias da mesma forma que para asdemonstraes do final do ano financeiro.

    B29. O Pronunciamento Tcnico CPC 02 Efeitos das Mudanas nas Taxas de Cmbioe Converso das Demonstraes Contbeis especifica como traduzir asdemonstraes contbeis de operaes no exterior para a moeda de apresentao,incluindo orientaes para uso de taxas de cmbio mdias ou de fechamento emorientaes para reconhecimento dos ajustes nos resultados na demonstrao doresultado ou em outro resultado abrangente. Consistente com essePronunciamento, as taxas efetivas mdias ou de fechamento so utilizadas nosperodos intermedirios. Entidades no antecipam mudanas de taxas de cmbio norestante do exerccio social corrente para traduzir operaes no exterior em dataintermediria.

    B30. Caso o Pronunciamento Tcnico CPC 02 requeira que os ajustes de conversosejam reconhecidos como receita ou despesa no perodo em que ocorrem, esseprincpio aplicado durante cada perodo intermedirio. Entidades no diferemajustes de converso nas datas intermedirias se se espera que os ajustes sejam

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    revertidos antes do final do exerccio social.

    Demonstraes contbeis intermedirias em economia hiperinflacionria

    B31. Demonstraes contbeis intermedirias em economias de alta inflao sopreparadas pelos mesmos princpios que as de final de exerccio social.

    B32. Os procedimentos sobre demonstraes contbeis em economia com alta inflaorequerem que as demonstraes contbeis da entidade em moeda de economiahiperinflacionria sejam demonstradas em termos de mensurao de unidadecorrente ao fim do perodo de reporte, e ganhos e perdas da posio monetrialquida so includos no lucro lquido. Tambm, informaes financeirascomparveis reportadas para perodos anteriores so refeitas para a unidadecorrente de mensurao.

    B33. Entidades seguem esses mesmos princpios nas datas intermedirias, dessa maneiraapresentando todas as informaes intermedirias na unidade de mensurao dofinal do perodo de reporte, com os ganhos e perdas da posio monetria lquidaresultantes includos no lucro lquido do perodo intermedirio. Entidades noanualizam o reconhecimento de ganhos e perdas nem usam uma taxa anualestimada de inflao na preparao de demonstrao contbil intermediria emeconomia hiperinflacionria.

    Reduo ao valor recupervel de ativos (impairment )

    B34. O Pronunciamento Tcnico CPC 01 - Reduo ao Valor Recupervel de Ativosrequer que perdas porimpairment sejam reconhecidas se o valor recupervel tenhacado abaixo do valor contbil.

    B35. Esse Pronunciamento requer que a entidade aplique os mesmos critrios dereconhecimento e reverso nos testes deimpairment nas datas intermedirias e aofim do exerccio social. Isso no significa, entretanto, que a entidade devanecessariamente fazer clculos deimpairment detalhados ao final de cada perodointermedirio. Ao invs, a entidade vai fazer revises para indicadores deimpairment significativos desde o fim do exerccio social mais recente paradeterminar se tais clculos so necessrios.

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    Apndice CExemplos do uso de estimativa

    (Este Apndice, que acompanha, mas no parte deste Pronunciamento, proporcionaexemplos para ilustrar a aplicao do princpio do item 41)

    C1. Estoque: contagens completas e procedimentos de valorao podem no serrequeridos para estoques nas datas intermedirias, mesmo que sejam feitos ao finaldo exerccio social. Pode ser suficiente fazer estimativas nas datas intermedirias,baseando-se nas margens de vendas.

    C2. Classificao de ativos e passivos em circulante e no circulante: entidades podemfazer investigaes mais rigorosas para classificao de ativos e passivos como

    circulante ou no circulante nas datas de reporte anuais do que nas datas de reporteintermedirias.

    C3. Proviso: determinao do montante apropriado de proviso (tal como provisopara garantias, custos ambientais e custo de restaurao de stios) pode sercomplexa e frequentemente custosa e demorada. As entidades algumas vezescontratam especialistas para assistncia nos clculos anuais. Para fazer estimativassemelhantes nas datas intermedirias, frequentemente necessria a atualizaodas provises anuais e, no, a contratao de especialistas externos para fazeremnovos clculos.

    C4. Penso: o Pronunciamento Tcnico CPC 33

    Benefcios a Empregados requer quea entidade determine o valor presente das obrigaes de benefcios definidos e ovalor de mercado dos ativos dos planos ao final de cada perodo de reporte eencoraja que a entidade envolva profissionais atuariais qualificados na mensuraode tais obrigaes. Para fins de reporte intermedirio, mensuraes confiveis sogeralmente obtidas pela extrapolao da ltima avaliao atuarial.

    C5. Imposto de renda: entidades podem calcular a despesa com imposto de renda eimposto de renda diferido passivo em datas anuais pela aplicao das alquotasfiscais para cada jurisdio para mensurar o lucro de cada jurisdio. O item B14do Apndice B reconhece que, enquanto tal nvel de preciso tambm desejvelnas datas intermedirias, ele pode no ser atingvel em todos os casos, e que amdia ponderada das alquotas das jurisdies ou das categorias de lucro sejautilizada como aproximao razovel do efeito de se usarem taxas maisespecficas.

    C6. Contingncia: a mensurao das contingncias pode envolver a opinio deespecialistas jurdicos ou outros consultores. Relatrios formais de especialistasindependentes so algumas vezes obtidos com referncia s contingncias. Tais

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    opinies sobre litgios, demandas, avaliaes e outras contingncias e incertezaspodem, ou no, ser tambm necessrias nas datas intermedirias.

    C7. Reavaliao e contabilidade a valor justo: o Pronunciamento Tcnico CPC 27

    Ativo Imobilizado permite s entidades escolherem como sua poltica contbil omodelo de reavaliao, quando permitida legalmente, pelo qual itens doimobilizado so reavaliados ao valor justo. Similarmente, o PronunciamentoTcnico 28 - Propriedade para Investimento requer que a entidade determine ovalor justo das propriedades para investimento. Para tais mensuraes, a entidadepode se pautar em avaliaes de profissionais qualificados nas datas anuais dereporte e, no, nas datas de reporte intermedirias.

    C8. Conciliao entre companhias: alguns saldos entre companhias, os quais soconciliados em nveis detalhados na preparao das demonstraes consolidadas

    ao final do exerccio social, podem ser conciliados com menores nveis dedetalhamento na preparao das demonstraes contbeis consolidadas nas datasintermedirias.

    C9. Setor especializado: por motivos de complexidade, custo e tempo, mensuraes deperodos intermedirios de setores especializados podem ser menos precisas do queas do final do exerccio social. Um exemplo pode ser o clculo de provises deseguro para companhias de seguro.

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    Apndice DDemonstrao contbil intermediria e perda por recuperabilidade (impairment)

    (Este Apndice, que faz parte do Pronunciamento Tcnico CPC 21, corresponde Interpretao IFRIC 10 Interim Financial Reporting and Impairment emitida pelo IASB International Accounting Standards Board )

    Antecedentes

    D1. A entidade requerida a proceder ao teste de recuperabilidade do ativo(impairment ) para o gio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill ) ao finalde cada perodo de reporte; para investimentos em instrumentos patrimoniais; epara ativos financeiros avaliados ao custo ao final de cada perodo de reporte e, se

    requerido, reconhecer perdas porimpairment nessas datas de acordo com oPronunciamento Tcnico CPC 01 Reduo ao Valor Recupervel de Ativos e oPronunciamento Tcnico CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento eMensurao. Entretanto, ao fim do perodo de reporte subsequente, pode ter havidoalteraes em condies de tal forma que as perdas porimpairment poderiam tersido reduzidas ou evitadas, caso o teste deimpairment tivesse sido feito somentenessa data. Este Apndice proporciona orientao sobre se tais perdas comimpairment devem, ou no, ser revertidas.

    D2. Este Apndice trata das interaes entre os requerimentos do PronunciamentoTcnico CPC 21 Demonstrao Intermediria e o reconhecimento de perdas porimpairment do goodwill no Pronunciamento Tcnico CPC 01

    Reduo ao ValorRecupervel de Ativos e certos instrumentos financeiros no PronunciamentoTcnico CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensurao, etrata dos efeitos dessas interaes em demonstraes contbeis intermediriassubsequentes.

    Assunto

    D3. O item 28 do Pronunciamento Tcnico CPC 21 Demonstrao Intermediriarequer que a entidade aplique as mesmas polticas contbeis nas demonstraescontbeis intermedirias e nas demonstraes contbeis anuais. Tambm diz que

    a frequncia de reporte da entidade (anual, semestral ou trimestral) no deveafetar a mensurao de seus resultados anuais. Para atingir esse objetivo, asmensuraes dos perodos intermedirios devem ser feitas em bases anuais.

    D4. O item 119 do Pronunciamento Tcnico CPC 01 diz que A desvalorizaoreconhecida para esse gio (goodwill ) no deve ser revertida em perodosubsequente.

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    D5. O item 69 do Pronunciamento Tcnico CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensurao diz que as perdas porimpairment reconhecidas deinvestimentos em instrumentos patrimoniais classificados como disponveis para

    venda no podem ser revertidas por meio da demonstrao de resultado.D6. O item 66 do Pronunciamento Tcnico CPC 38 requer que perdas porimpairment

    de ativos financeiros avaliados pelo custo (tais como perdas porimpairment deinstrumentos patrimoniais no cotados que no so avaliados pelo valor justoporque seu valor justo no pode ser mensurado confiavelmente) no devem serrevertidas.

    D7. Este Apndice discute o seguinte assunto:A entidade deve reverter perdas porimpairment de gio por expectativa derentabilidade futura (goodwill ), de investimentos em instrumentos patrimoniais e

    em ativos financeiros avaliados pelo custo, reconhecidas em perodo intermediriose a perda no seria reconhecida, ou seria reconhecida por valor menor, caso oteste deimpairment fosse feito somente no fim do perodo de reporte subsequente?

    Consenso

    D8. A entidade no deve reverter perda deimpairment reconhecida em perodointermedirio anterior com relao aogoodwill , a instrumentos patrimoniais e aativos financeiros avaliados pelo custo.

    D9. A entidade no pode estender este consenso por analogia a outras reas depotencial conflito entre este Pronunciamento Tcnico CPC 21 DemonstraoIntermediria e outros Pronunciamentos.