coupus midiátioc

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Homens que não sabem amar - o que passa na mente de sedutores incapazes de manter um relacionamento Eles são sedutores, inteligentes e interessantes. Não medem esforços na hora da conquista. E continuam destilando seus encantos por um tempo até que, sem mais, desaparecem. Em seu vácuo, deixam apenas a dúvida: o que aconteceu, afinal, se parecia tudo tão bem? Marie Claire conversou com especialistas e com mulheres para tentar desvendar esse perfil de homem. Será uma espécie imune ao amor? Toda mulher passou ou conhece alguém que tenha passado pelas mãos daquele tipo que faz de tudo para conquistar e depois simplesmente some — ou a troca por outra — sem dar explicação. É quase um clássico na lista de experiências amorosas que acabaram mal. Mas será que dá para pôr todos esses homens sob o mesmo rótulo e classificá-los simplesmente como grandessíssimos cafajestes? Talvez parte deles seja mesmo, outros provavelmente não estavam a fim (é possível que um homem não goste da gente sem que ele seja necessariamente um cachorro, afinal). Alguns, porém, por mais que queiram, podem apenas não conseguir amar. Ou, como diagnostica o especialista em relacionamentos amorosos norte-americano Steve Carter, podem ter fobia de compromisso. Mas como é que a gente identifica, então, se o cara com quem estamos lidando tem boas intenções ou está pronto para fugir a qualquer momento? Existem diferentes padrões de comportamento entre os fujões: há os que desaparecem no dia seguinte, os que mudam de atitude em pouco tempo durante a relação (geralmente curta), os que transformam as qualidades da mulher em defeitos de um dia para o outro e os que traem compulsivamente. Qualquer que seja a história, fica evidente a falta de comprometimento com a relação.

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Page 1: Coupus midiátioc

Homens que não sabem amar - o que passa na mente de sedutores incapazes de manter um relacionamento

Eles são sedutores, inteligentes e interessantes. Não medem esforços na hora da conquista. E continuam destilando seus encantos por um tempo até que, sem mais, desaparecem. Em seu vácuo, deixam apenas a dúvida: o que aconteceu, afinal, se parecia tudo tão bem? Marie Claire conversou com especialistas e com mulheres para tentar desvendar esse perfil de homem. Será uma espécie imune ao amor?

Toda mulher passou ou conhece alguém que tenha passado pelas mãos daquele tipo que faz de tudo para conquistar e depois simplesmente some — ou a troca por outra — sem dar explicação. É quase um clássico na lista de experiências amorosas que acabaram mal. Mas será que dá para pôr todos esses homens sob o mesmo rótulo e classificá-los simplesmente como grandessíssimos cafajestes? Talvez parte deles seja mesmo, outros provavelmente não estavam a fim (é possível que um homem não goste da gente sem que ele seja necessariamente um cachorro, afinal). Alguns, porém, por mais que queiram, podem apenas não conseguir amar. Ou, como diagnostica o especialista em relacionamentos amorosos norte-americano Steve Carter, podem ter fobia de compromisso.

Mas como é que a gente identifica, então, se o cara com quem estamos lidando tem boas intenções ou está pronto para fugir a qualquer momento? Existem diferentes padrões de comportamento entre os fujões: há os que desaparecem no dia seguinte, os que mudam de atitude em pouco tempo durante a relação (geralmente curta), os que transformam as qualidades da mulher em defeitos de um dia para o outro e os que traem compulsivamente. Qualquer que seja a história, fica evidente a falta de comprometimento com a relação.

“Um homem com fobia de compromisso é confuso e confunde as mulheres. Ele vive dividido entre a necessidade de amar e um medo incontrolável de se comprometer. Sua confusão cria um padrão de comportamento tão claro quanto impressões digitais”, diz Carter em seu livro, Homens que não conseguem amar (Sextante, 240 págs.). Nele, Carter define esse perfil de homem com o que chama de “síndrome de perseguição/pânico”. “Isso quer dizer que ele empreende uma perseguição incansável até sentir que o amor e a reação da mulher o deixaram encurralado no relacionamento — eternamente. No momento em que isso acontece, sente o relacionamento como uma prisão que lhe provoca ansiedade; quando não, pânico total. Antes que a mulher saiba o que está acontecendo, o homem já começou a fugir do relacionamento, dela e do amor.”

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Pode não ser fácil, mas esses homens que não sabem amar são capazes de aprender a se ligar a uma mulher, já que eles têm a noção de sentimentos. Entretanto, há casos extremos de homens que simplesmente são incapazes de amar. Podem até saber o significado da palavra amor, mas não conhecem a sensação que ele provoca — e isso não só no relacionamento amoroso. Eles não se ligam de verdade a família, amigos, filhos, ninguém.

Nascem com um distúrbio, um erro no funcionamento mental que os torna incapazes de compreender sentimentos como empatia, culpa, remorso e amor. E a ausência desses sentimentos é o que caracteriza uma espécie bem mais nociva e perigosa de homens que não sabem amar: os psicopatas leves ou sociopatas. Parece uma termologia exagerada, já que estamos acostumados a associar psicopatia a casos de assassinato em série, crimes passionais. Mas os primeiros capítulos do livro Mentes perigosas tratam justamente de um tipo de psicopata menos conhecido e, possivelmente, mais comum do que os que chegam aos jornais. São tipos que dificilmente teriam coragem de matar alguém, mas que, assim como os outros, agem friamente em benefício de seus interesses sem se preocupar na consequência de seus atos a outras pessoas. “No campo dos relacionamentos amorosos, um psicopata usa qualquer pessoa como um instrumento ou troféu que ele se orgulha em exibir”, diz Ana Beatriz. “São casos menos comuns do que os com outros tipos de deficiência afetiva, como a fobia ou a dependência afetiva da paixão, mas são também os mais nocivos.”