cotidiano e vivÊncia religiosa.ppt

37
COTIDIANO E COTIDIANO E VIVÊNCIA VIVÊNCIA RELIGIOSA: ENTRE A RELIGIOSA: ENTRE A CAPELA E O CALUNDU CAPELA E O CALUNDU LUIZ MOTT LUIZ MOTT

Upload: luiza-rios

Post on 11-Jan-2016

28 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

COTIDIANO E COTIDIANO E VIVÊNCIA VIVÊNCIA

RELIGIOSA: RELIGIOSA: ENTRE A CAPELA ENTRE A CAPELA

E O CALUNDUE O CALUNDULUIZ MOTTLUIZ MOTT

Page 2: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

RELIGIÃO PÚBLICA E RELIGIÃO PÚBLICA E PRIVADAPRIVADA

Herdeiro da tradição judaica, o cristianismo Herdeiro da tradição judaica, o cristianismo sempre ensinou a seus fiéis um caminho sempre ensinou a seus fiéis um caminho

de duas mãos para se conseguir a de duas mãos para se conseguir a perfeição espiritual e o tão almejado perfeição espiritual e o tão almejado

galardão no Reino dos Céus: de um lado, galardão no Reino dos Céus: de um lado, o exercício individual e privado de atos de o exercício individual e privado de atos de piedade e comunicação mística direta da piedade e comunicação mística direta da

criatura com Deus Nosso Senhor; do criatura com Deus Nosso Senhor; do outro, a prática pública e comunitária dos outro, a prática pública e comunitária dos

sacramentos e cerimônias sacras. sacramentos e cerimônias sacras.

Page 3: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

RELIGIÃO PÚBLICA E RELIGIÃO PÚBLICA E PRIVADAPRIVADA

Bipolaridade Espiritual parte do projeto Bipolaridade Espiritual parte do projeto fundador do cristianismo: Embora Jesus fundador do cristianismo: Embora Jesus

visitasse frequentemente o templo e visitasse frequentemente o templo e seguisse rituais religiosos, opôs-se a um seguisse rituais religiosos, opôs-se a um

modismo da religião de seu tempo ao modismo da religião de seu tempo ao condenar o ritualismo oco dos fariseus condenar o ritualismo oco dos fariseus

que oravam em pé nas sinagogas. que oravam em pé nas sinagogas. Acabou por sacralizar a oração Acabou por sacralizar a oração

individual, ou seja, o colóquio místico individual, ou seja, o colóquio místico direto da alma com o criador. direto da alma com o criador.

Page 4: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

RELIGIÃO PÚBLICA E RELIGIÃO PÚBLICA E PRIVADAPRIVADA

A primitiva Igreja cristã reuniu essas duas A primitiva Igreja cristã reuniu essas duas posturas na prática religiosa: a posturas na prática religiosa: a contemplatio, ou a oração pessoal – contemplatio, ou a oração pessoal – privada; e a liturgia, que no latim privada; e a liturgia, que no latim eclesiástico medieval equivalia a “culto eclesiástico medieval equivalia a “culto público e oficial instituído por uma igreja”. público e oficial instituído por uma igreja”.

Os rituais religiosos públicos sempre Os rituais religiosos públicos sempre tiveram força catalisadora e eficiente tiveram força catalisadora e eficiente mecanismo de controle social. O culto mecanismo de controle social. O culto público compensava a dispersão e o público compensava a dispersão e o isolamento social desse período. isolamento social desse período.

Page 5: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

RELIGIÃO PÚBLICA E RELIGIÃO PÚBLICA E PRIVADAPRIVADA

Por trás do estímulo à vida eclesial Por trás do estímulo à vida eclesial comunitária, não há como negar, estava comunitária, não há como negar, estava

forte interesse da hierarquia eclesiástica em forte interesse da hierarquia eclesiástica em controlar seu rebanho.controlar seu rebanho.

Os eclesiásticos mantinham o poder cobrando Os eclesiásticos mantinham o poder cobrando fartas doações a seus fiéis, que honravam as fartas doações a seus fiéis, que honravam as

suas “obrigações” em busca da salvação. suas “obrigações” em busca da salvação. A Igreja divulgava na Colônia que o católico A Igreja divulgava na Colônia que o católico

que honrasse o nome deveria comungar, que honrasse o nome deveria comungar, bem como participar das missas aos bem como participar das missas aos

domingos e dias santos. domingos e dias santos.

Page 6: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

RELIGIÃO PÚBLICA E RELIGIÃO PÚBLICA E PRIVADAPRIVADA

As cerimônias públicas – como a Semana Santa – eram As cerimônias públicas – como a Semana Santa – eram importantes catalisadores de seus fiéis. Práticas que até importantes catalisadores de seus fiéis. Práticas que até

hoje predominam no Brasil vieram de Portugal. hoje predominam no Brasil vieram de Portugal. Em Portugal do século XVI, os fiéis passavam horas nas Em Portugal do século XVI, os fiéis passavam horas nas

igrejas rezando, catando e reunindo-se com os demais. igrejas rezando, catando e reunindo-se com os demais. No Brasil, como os centros urbanos eram raros e com No Brasil, como os centros urbanos eram raros e com débil tradição associativa, as ruas inóspitas pela muita débil tradição associativa, as ruas inóspitas pela muita poeira no verão e lama na estação chuvosa, as praças poeira no verão e lama na estação chuvosa, as praças

ameaçadoras pela presença inesperada de animais ameaçadoras pela presença inesperada de animais selvagens, índios e negros indômitos, muitas selvagens, índios e negros indômitos, muitas

celebrações religiosas que no velho mundo tinham celebrações religiosas que no velho mundo tinham lugar ao ar livre, na América Portuguesa ou foram lugar ao ar livre, na América Portuguesa ou foram

abandonadas ou tiveram de se transferir para dentro abandonadas ou tiveram de se transferir para dentro dos templos, ou, ainda, ficar restrita à celebração dos templos, ou, ainda, ficar restrita à celebração

doméstica. doméstica.

Page 7: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

RELIGIÃO PÚBLICA E RELIGIÃO PÚBLICA E PRIVADAPRIVADA

Mesmo dentro das igrejas e capelas, Mesmo dentro das igrejas e capelas, diferentemente do que ocorria em diferentemente do que ocorria em

Portugal, onde as disparidades Portugal, onde as disparidades socioeconômicas eram menos profundas socioeconômicas eram menos profundas

que nos trópicos, na Colônia, a elite que nos trópicos, na Colônia, a elite branca, acastelada e minoritárias branca, acastelada e minoritárias

demograficamente, protegia-se da arraia demograficamente, protegia-se da arraia miúda e da gentalha de cor, isolando-se miúda e da gentalha de cor, isolando-se por detrás de balaustradas e colunatas por detrás de balaustradas e colunatas

próximas ao altar-mor. Os mais esnobes e próximas ao altar-mor. Os mais esnobes e elitistas construíam os seus próprios locais elitistas construíam os seus próprios locais de culto, o que não agravada os clérigos. de culto, o que não agravada os clérigos.

Page 8: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

RELIGIÃO PÚBLICA E RELIGIÃO PÚBLICA E PRIVADAPRIVADA

No relato do arcebispo baiano José Botelho, No relato do arcebispo baiano José Botelho, os aristocratas da América Portuguesa os aristocratas da América Portuguesa

desprezavam os templos e espaços desprezavam os templos e espaços religiosos públicos sobretudo pelas religiosos públicos sobretudo pelas

tentações que podiam representar à pureza tentações que podiam representar à pureza e honestidade das mulheres das famílias de e honestidade das mulheres das famílias de

respeito. “É impossível que os pais e respeito. “É impossível que os pais e parentes consistam que suas filhas saiam parentes consistam que suas filhas saiam de casa à missa, nem para alguma função, de casa à missa, nem para alguma função, não só as donzelas brancas, mas ainda às não só as donzelas brancas, mas ainda às

pardas e crioulas que se confessam de pardas e crioulas que se confessam de portar a dentro”. portar a dentro”.

Page 9: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

RELIGIÃO PÚBLICA E RELIGIÃO PÚBLICA E PRIVADAPRIVADA

Em parte a reclamação justificava-se, pois nas Em parte a reclamação justificava-se, pois nas celebrações religiosas públicas o que mais celebrações religiosas públicas o que mais

chamou a atenção dos viajantes e cronistas que chamou a atenção dos viajantes e cronistas que visitavam nossas igrejas coloniais foi a falta de visitavam nossas igrejas coloniais foi a falta de compostura por parte dos participantes, mau compostura por parte dos participantes, mau

exemplo advindo dos próprios curas e exemplo advindo dos próprios curas e celebrantes, ora displicentes no trajar, ora celebrantes, ora displicentes no trajar, ora

irreverentes nos olhares e risadas, clérigos e irreverentes nos olhares e risadas, clérigos e leigos ávidos de aproveitar aqueles preciosos leigos ávidos de aproveitar aqueles preciosos

momentos de convívio intersexual a fim de momentos de convívio intersexual a fim de fulminarem olhares indiscretos, trocarem fulminarem olhares indiscretos, trocarem

bilhetes furtivos e, os mais ousados, tocarem bilhetes furtivos e, os mais ousados, tocarem maliciosamente o corpo nem sempre maliciosamente o corpo nem sempre

circunspectas donzelas ou matronas. circunspectas donzelas ou matronas.

Page 10: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

RELIGIÃO PÚBLICA E RELIGIÃO PÚBLICA E PRIVADAPRIVADA

Os volumosos Cadernos e Processos dos Os volumosos Cadernos e Processos dos Solicitantes, conservados na Torre do Tombo, Solicitantes, conservados na Torre do Tombo,

onde estão arrolados detalhes sobre os namoricos onde estão arrolados detalhes sobre os namoricos e “assédio sexual” dos sacerdotes no próprio e “assédio sexual” dos sacerdotes no próprio confessionário, comprovam que muitos lobos confessionário, comprovam que muitos lobos estavam disfarçados de cordeiros, fazendo do estavam disfarçados de cordeiros, fazendo do

tribunal da penitência alcova para pecaminosas tribunal da penitência alcova para pecaminosas imoralidades.imoralidades.

A Igreja solicitava um comportamento nos cultos. A Igreja solicitava um comportamento nos cultos. Eles pediam que homens e mulheres sentassem Eles pediam que homens e mulheres sentassem

em fileiras separadas. No entanto, na prática isso em fileiras separadas. No entanto, na prática isso não ocorria.não ocorria.

Page 11: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

RELIGIÃO PÚBLICA E RELIGIÃO PÚBLICA E PRIVADAPRIVADA

O Colono ao transferir-se da Metrópole para a O Colono ao transferir-se da Metrópole para a América lusitana, perdia muito da América lusitana, perdia muito da

regularidade e freqüência da tradicional vida regularidade e freqüência da tradicional vida religiosa comunitária: no Reino o número de religiosa comunitária: no Reino o número de templos, pastores e festividades sacras era templos, pastores e festividades sacras era

muito maior do que na Colônia. Aqui, muitos muito maior do que na Colônia. Aqui, muitos e muitos moradores passavam anos sem ver e muitos moradores passavam anos sem ver um sacerdote, sem participar de rituais nos um sacerdote, sem participar de rituais nos templos ou frequentar os sacramentos. Tal templos ou frequentar os sacramentos. Tal

carência estrutural levou de um lado à maior carência estrutural levou de um lado à maior indiferença e apatia de nossos antepassados indiferença e apatia de nossos antepassados ante as práticas religiosas comunitárias, do ante as práticas religiosas comunitárias, do

outro, o incremento da vida religiosa privada, outro, o incremento da vida religiosa privada, que, na falta do controle dos párocos, abria que, na falta do controle dos párocos, abria maior espaço para desvios e heterodoxias. maior espaço para desvios e heterodoxias.

Page 12: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

COTIDIANO E VIVÊNCIA COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSARELIGIOSA

““Vigiai e orai, para não cairdes em tentação”: foi Vigiai e orai, para não cairdes em tentação”: foi o ensinamento deixado pelo Cristo a seus o ensinamento deixado pelo Cristo a seus

discípulos. E segundo recomendava a teologia discípulos. E segundo recomendava a teologia mística num manual português corrente no mística num manual português corrente no

Brasil Colonial, “a oração é o pão quotidiano Brasil Colonial, “a oração é o pão quotidiano dos justos, sem o qual não podem dar passa na dos justos, sem o qual não podem dar passa na virtude. Por isso antes que a alma se ponha a virtude. Por isso antes que a alma se ponha a

caminho das vias espirituais, justo é que tenha caminho das vias espirituais, justo é que tenha prevenido o seu sustento, com que nela se há prevenido o seu sustento, com que nela se há

de alimentar com Deus, com a criatura recorre de alimentar com Deus, com a criatura recorre a ele para remédio de suas necessidades”. a ele para remédio de suas necessidades”.

Page 13: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

COTIDIANO E VIVÊNCIA COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSARELIGIOSA

Os sinos das igrejas marcavam as horas dos dias. Os sinos das igrejas marcavam as horas dos dias. A casa de moradia é o locus privilegiado para o A casa de moradia é o locus privilegiado para o

exercício da religiosidade privada dos exercício da religiosidade privada dos católicos. Nas casas mais abastadas, o católicos. Nas casas mais abastadas, o lançamento da pedra fundamental da lançamento da pedra fundamental da

construção contava sempre com a presença de construção contava sempre com a presença de um sacerdote encarregado de aspergir água um sacerdote encarregado de aspergir água benta no alicerce, garantindo-se assim o bom benta no alicerce, garantindo-se assim o bom futuro religioso do novo domicílio. Em muitas futuro religioso do novo domicílio. Em muitas casas urbanas do Brasil antigo, podia-se ver casas urbanas do Brasil antigo, podia-se ver uma cruzinha de madeira pregada à porta da uma cruzinha de madeira pregada à porta da entrada. Nas zonas rurais, um mastro com a entrada. Nas zonas rurais, um mastro com a bandeira de um santo. Dentro da casa uma bandeira de um santo. Dentro da casa uma

série de imagens, quadros, amuletos série de imagens, quadros, amuletos sinalizavam a presença do sagrado no espaço sinalizavam a presença do sagrado no espaço

privado do lar. privado do lar.

Page 14: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

COTIDIANO E VIVÊNCIA COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSARELIGIOSA

Na casa o cristão se via rodeado de Na casa o cristão se via rodeado de lembranças do Reino do Céu. Antes de lembranças do Reino do Céu. Antes de levantar-se da cama o cristão deveria levantar-se da cama o cristão deveria

fazer imediatamente o sinal da cruz. Os fazer imediatamente o sinal da cruz. Os mais devotos, ajoelhados no chão, mais devotos, ajoelhados no chão,

recitavam várias orações: Ave-Maria, Pai recitavam várias orações: Ave-Maria, Pai Nosso, Credo e Salve Rainha. O Santo Nosso, Credo e Salve Rainha. O Santo

Ofício submetia a todo que era acusado Ofício submetia a todo que era acusado de heresia que recitasse os dez de heresia que recitasse os dez

mandamentos e fizesse essas orações. mandamentos e fizesse essas orações.

Page 15: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

ORATÓRIOSORATÓRIOS

Page 16: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

COTIDIANO E VIVÊNCIA COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSARELIGIOSA

Nas paredes de muitas casas coloniais, eram Nas paredes de muitas casas coloniais, eram encontrados quadros dos santos de maior encontrados quadros dos santos de maior

devoção dos donos da morada. As famílias um devoção dos donos da morada. As famílias um pouco mais abastadas possuíam um quarto pouco mais abastadas possuíam um quarto

especial, o quarto dos santos. Todas as alegrias especial, o quarto dos santos. Todas as alegrias e tristezas eram relatadas aos santos. A e tristezas eram relatadas aos santos. A

tradição do oratório era tamanha, que no tradição do oratório era tamanha, que no Nordeste brasileiro desenvolveram pequeninos Nordeste brasileiro desenvolveram pequeninos

oratórios de um a dois palmos de altura, que oratórios de um a dois palmos de altura, que reproduzia, em miniaturas de pedra-sabão, reproduzia, em miniaturas de pedra-sabão,

terracota, ou madeira, a mesma estrutura dos terracota, ou madeira, a mesma estrutura dos altares das igrejas barrocas.altares das igrejas barrocas.

Page 17: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

COTIDIANO E VIVÊNCIA COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSARELIGIOSA

Apesar de os oratórios e santos da casa serem Apesar de os oratórios e santos da casa serem bentos e abençoados pelo vigários, nem bentos e abençoados pelo vigários, nem

sempre a relação dos moradores com tais sempre a relação dos moradores com tais simulacros seguia as normas permitidas pela simulacros seguia as normas permitidas pela ortodoxia católica. No Maranhão a escrava ortodoxia católica. No Maranhão a escrava Luísa tinha o costume de antes de dormir Luísa tinha o costume de antes de dormir

separar Jesus da imagem da Virgem Maria, separar Jesus da imagem da Virgem Maria, dizendo, galhofeira, que “assim procedia para dizendo, galhofeira, que “assim procedia para que Jesus não beijasse a Nossa Senhora e não que Jesus não beijasse a Nossa Senhora e não

tivessem filhos. Também no Maranhão um tivessem filhos. Também no Maranhão um viajante foi acusado de celebrar uma missa viajante foi acusado de celebrar uma missa

em capela de engelho, vestindo os trajes em capela de engelho, vestindo os trajes sacerdotais e celebrando a missa com sacerdotais e celebrando a missa com

cachaça aos invés de vinho. cachaça aos invés de vinho.

Page 18: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

COTIDIANO E VIVÊNCIA COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSARELIGIOSA

Nas propriedades rurais a Capelinha Nas propriedades rurais a Capelinha prestava assistência religiosa a senhores, prestava assistência religiosa a senhores, escravos e agregados. A Capela também escravos e agregados. A Capela também

era ponto de reunião social e com era ponto de reunião social e com freqüência servia de cemitério para os freqüência servia de cemitério para os

membros da família. membros da família. O custo de uma capela era alto e existia O custo de uma capela era alto e existia

uma dificuldade para autorização de uma dificuldade para autorização de celebração de missas dentro delas. celebração de missas dentro delas. Existia uma preocupação com o que Existia uma preocupação com o que

estava sendo pregado na capela. estava sendo pregado na capela.

Page 19: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

PIEGUISMO BARROCOPIEGUISMO BARROCO

A vida religiosa na Colônia era marcada pelo A vida religiosa na Colônia era marcada pelo desejo dos clérigos em estimular os fiéis a desejo dos clérigos em estimular os fiéis a

oração mental e o contato com o oração mental e o contato com o Onipotente. No entanto, os desejos da Onipotente. No entanto, os desejos da

carne dos portugueses para com as índias carne dos portugueses para com as índias nuas atrapalhava os planos desses nuas atrapalhava os planos desses

sacerdotes. O catolicismo popular é uma sacerdotes. O catolicismo popular é uma marca do sincretismo das diferentes marca do sincretismo das diferentes

culturas em trânsito. Essa religiosidade culturas em trânsito. Essa religiosidade popular externava-se pela forte emoções popular externava-se pela forte emoções

dos fiéis que eram quase sempre adeptos a dos fiéis que eram quase sempre adeptos a vários rituais de autoflagelação.vários rituais de autoflagelação.

Page 20: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

PIEGUISMO BARROCOPIEGUISMO BARROCO

A devoção aos santos e às santas relíquias A devoção aos santos e às santas relíquias era generalizada. No Rio de Janeiro era generalizada. No Rio de Janeiro

setecentista, um bispo possuía a maior setecentista, um bispo possuía a maior coleção de relíquias “autênticas” jamais coleção de relíquias “autênticas” jamais

reunidas no Brasil, incluindo lasquinhas da reunidas no Brasil, incluindo lasquinhas da coluna da flagelação e da cruz de Cristo, coluna da flagelação e da cruz de Cristo,

um fio de cabelo de Nossa Senhora, um fio de cabelo de Nossa Senhora, pedacinhos de ossos de todos os apóstolos pedacinhos de ossos de todos os apóstolos

e de uma infinidade de mártires. e de uma infinidade de mártires. No imaginário barroco o mundo dividi-se No imaginário barroco o mundo dividi-se entre o bem e o mal, como um campo de entre o bem e o mal, como um campo de

batalha. batalha.

PIEGUISMO BARROCO PIEGUISMO BARROCO

Page 21: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

PIEGUISMO BARROCOPIEGUISMO BARROCO

O panorama da vida religiosa na colônia é O panorama da vida religiosa na colônia é heterogêneo. Existiam os que eram heterogêneo. Existiam os que eram

considerados os católicos praticantes considerados os católicos praticantes autênticos, que aceitavam os dogmas e autênticos, que aceitavam os dogmas e ensinamentos impostos pela hierarquia ensinamentos impostos pela hierarquia

eclesiástica; católicos praticantes superficiais, eclesiástica; católicos praticantes superficiais, que cumpriam apenas os deveres obrigatórios; que cumpriam apenas os deveres obrigatórios;

os católicos displicentes, que evitavam os os católicos displicentes, que evitavam os sacramentos e demais cerimônias sacras, sacramentos e demais cerimônias sacras,

incluindo em seu cotidiano o “sincretismo”; e incluindo em seu cotidiano o “sincretismo”; e os pseudo-católicos, boa parte dos novos os pseudo-católicos, boa parte dos novos

cristãos, libertinos e ateus. cristãos, libertinos e ateus.

Page 22: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

PIEGUISMO BARROCOPIEGUISMO BARROCO

O viver religiosa da medievo europeu voltava O viver religiosa da medievo europeu voltava com força na Colônia. Os fiéis eram com força na Colônia. Os fiéis eram

controlados pelo medo. Muitos acreditavam controlados pelo medo. Muitos acreditavam que Deus castigava por meio de pragas, que Deus castigava por meio de pragas,

pestes e tempestades. O medo do pestes e tempestades. O medo do purgatório e do inferno se fazia presente na purgatório e do inferno se fazia presente na vida cotidiana da maioria. Muitos tentavam vida cotidiana da maioria. Muitos tentavam

comprar o reino dos céus através de comprar o reino dos céus através de grandes doações. O medo do Juízo Final grandes doações. O medo do Juízo Final

também rodeava o imaginário nesse também rodeava o imaginário nesse período. período.

Page 23: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

DONZELAS DONZELAS RECOLHIDASRECOLHIDAS

Tardiamente fundados os conventos e Tardiamente fundados os conventos e mosteiros femininos no Brasil, muito mais mosteiros femininos no Brasil, muito mais raros e dispersos do que os encontrados raros e dispersos do que os encontrados no México e Peru, inúmeras donzelas, no México e Peru, inúmeras donzelas, católicas fervorosas, não encontrando católicas fervorosas, não encontrando

instituições religiosas onde pudessem se instituições religiosas onde pudessem se consagrar de corpo e alma ao Divino consagrar de corpo e alma ao Divino

Esposo, fizeram de suas próprias casas Esposo, fizeram de suas próprias casas uma espécie de claustro ou recolhimento uma espécie de claustro ou recolhimento

– Desagravos do Brasil e glórias de – Desagravos do Brasil e glórias de Pernambuco (Domingos Loreto Couto). Pernambuco (Domingos Loreto Couto).

Page 24: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

DONZELAS DONZELAS RECOLHIDASRECOLHIDAS

As adeptas foram muito mais numerosas do As adeptas foram muito mais numerosas do que a historiografia deu conta. Por falta de que a historiografia deu conta. Por falta de

conventos, essas donzelas viviam uma conventos, essas donzelas viviam uma perpétua clausura em suas residências. perpétua clausura em suas residências.

Muitas banhavam diariamente o seu corpo Muitas banhavam diariamente o seu corpo com açoites e só saíam do cárcere para a com açoites e só saíam do cárcere para a sepultura. As recolhidas nordestinas tinha sepultura. As recolhidas nordestinas tinha peculiaridades próprias na religiosidade peculiaridades próprias na religiosidade

privada. Muitas eram mulheres órfãs. Ter privada. Muitas eram mulheres órfãs. Ter beatas em casa era uma certa garantia de beatas em casa era uma certa garantia de

prestígio, sobretudo, no que se diz respeito prestígio, sobretudo, no que se diz respeito a vantagens materias. a vantagens materias.

Page 25: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

DONZELAS DONZELAS RECOLHIDASRECOLHIDAS

Nos processos inquisitórias existem relatos de Nos processos inquisitórias existem relatos de falsas beatas que forjavam dons e visões. falsas beatas que forjavam dons e visões.

A história de Rosa Egipcíaca é uma das mais A história de Rosa Egipcíaca é uma das mais emblemáticas. Essa africana e ex-prostituta emblemáticas. Essa africana e ex-prostituta foi considerada uma santa por seus devotos. foi considerada uma santa por seus devotos.

A alma dessa africana era fortemente A alma dessa africana era fortemente marcada pelo imaginário religioso europeu. marcada pelo imaginário religioso europeu. Ela mantinha uma sincrética relação com Ela mantinha uma sincrética relação com esse mundo católico. Dizia para os demais esse mundo católico. Dizia para os demais

que o menino Jesus vinha sempre pentear os que o menino Jesus vinha sempre pentear os seus cabelos e que ela dava sempre de seus cabelos e que ela dava sempre de

mamar para ele com os seus seios negros. mamar para ele com os seus seios negros.

Page 26: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

INTIMIDADES COM O INTIMIDADES COM O SANTO DE CASASANTO DE CASA

““Santo é que se adula...”, diz um ditado Santo é que se adula...”, diz um ditado antigo repetido na Bahia de antanho, a antigo repetido na Bahia de antanho, a

intimidade dos devotos percorria o amor intimidade dos devotos percorria o amor e o ódio, que incluía louvores, adulação, e o ódio, que incluía louvores, adulação,

intimidação e até agressão física intimidação e até agressão física explícita. Um dos traços da devoção explícita. Um dos traços da devoção

colonial é a preferência pela figura da colonial é a preferência pela figura da Virgem Maria. A intimidade com o santo Virgem Maria. A intimidade com o santo

era a mesma que se tinha com um era a mesma que se tinha com um grande amigo ou parente próximo. grande amigo ou parente próximo.

Page 27: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

INTIMIDADES COM O INTIMIDADES COM O SANTO DE CASASANTO DE CASA

Santo Antônio foi um dos santos mais Santo Antônio foi um dos santos mais venerados pelos fiéis na Colônia. Ele era venerados pelos fiéis na Colônia. Ele era chamado nas causas de escravos fujões, chamado nas causas de escravos fujões, cavalos extraviados e furtos. Também cavalos extraviados e furtos. Também

intercedia em assuntos amorosos. Muitos intercedia em assuntos amorosos. Muitos fiéis torturavam a imagem do santo para fiéis torturavam a imagem do santo para

garantir que o seu negro fosse capturado. garantir que o seu negro fosse capturado. Quando o escravo aparecia, o santo era Quando o escravo aparecia, o santo era

celebrado. Muitas jovens colocava o santo celebrado. Muitas jovens colocava o santo também de cabeça para baixo e só tiravam também de cabeça para baixo e só tiravam

quando arrumavam pretendentes ou quando arrumavam pretendentes ou maridos.maridos.

Page 28: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

INTIMIDADES COM O INTIMIDADES COM O SANTO DE CASASANTO DE CASA

A Colônia apresentava novas práticas religiosas. A Colônia apresentava novas práticas religiosas. A de judiar imagens ou símbolos sacros era A de judiar imagens ou símbolos sacros era impiedade atribuída aos judeus e cristãos impiedade atribuída aos judeus e cristãos

novos. Eles colocavam crucifixos em urinol novos. Eles colocavam crucifixos em urinol cheio de fezes ou agulha em imagens de santos. cheio de fezes ou agulha em imagens de santos.

O Santo Ofício invadia as casas da Colônia para O Santo Ofício invadia as casas da Colônia para ver se não estavam cometendo heresia. ver se não estavam cometendo heresia.

Existiam clérigos que viviam da venda de Existiam clérigos que viviam da venda de santos, falsas relíquias e indulgências. Os santos, falsas relíquias e indulgências. Os

principais compradores eram escravos, que principais compradores eram escravos, que recebiam esses objetos em troca de serviços. recebiam esses objetos em troca de serviços.

Page 29: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

SIMPATIAS SIMPATIAS DOMÉSTICASDOMÉSTICAS

Apesar de a hierarquia católica ter se oposto Apesar de a hierarquia católica ter se oposto rigorosamente, desde os tempos rigorosamente, desde os tempos

apostólicos, a todas as religiões não cristãs, apostólicos, a todas as religiões não cristãs, rebaixando-as à condição de idolatria, rebaixando-as à condição de idolatria, superstição e feitiçaria, na prática a superstição e feitiçaria, na prática a

realidade era outra. Quando a reza ou a realidade era outra. Quando a reza ou a medicina primitiva não curava o doente, medicina primitiva não curava o doente, esses homens recorriam aos feiticeiros. esses homens recorriam aos feiticeiros.

Diversos são os padres acusados na Diversos são os padres acusados na inquisição por mandarem seus fiéis a inquisição por mandarem seus fiéis a

calunduzeiros. calunduzeiros.

Page 30: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

SIMPATIAS SIMPATIAS DOMÉSTICASDOMÉSTICAS

O desejo dos clérigos era que O desejo dos clérigos era que calunduzeiros, feiticeiros, benzedeiros ou calunduzeiros, feiticeiros, benzedeiros ou curandeiros fossem mandados pra África curandeiros fossem mandados pra África

e todos os cristãos que recorressem a e todos os cristãos que recorressem a essas práticas fossem excomungados. essas práticas fossem excomungados.

Mandingas e adivinhações eram práticas Mandingas e adivinhações eram práticas comuns na Colônia. comuns na Colônia.

Apesar da Inquisição tentar reprimir essas Apesar da Inquisição tentar reprimir essas práticas, os calunduzeiros estavam práticas, os calunduzeiros estavam sempre atendendo o chamado dos sempre atendendo o chamado dos

pedintes, sobretudo, os da arraia miúda. pedintes, sobretudo, os da arraia miúda.

Page 31: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

SIMPATIAS SIMPATIAS DOMÉSTICASDOMÉSTICAS

Surpreendentemente muitos cristãos não Surpreendentemente muitos cristãos não tinham medo de punições. Os aspectos tinham medo de punições. Os aspectos

no viver da Colônia são peculiares. no viver da Colônia são peculiares. Existia uma tênue fronteira entre a Existia uma tênue fronteira entre a

piedade e a condenação pela hierarquia. piedade e a condenação pela hierarquia. Por outro lado também existia a Por outro lado também existia a

indiferença do clero luso-brasileiro. indiferença do clero luso-brasileiro. Até os sacerdotes reinóis resvalavam Até os sacerdotes reinóis resvalavam neste terreno dúbio que separava as neste terreno dúbio que separava as

devoções aprovadas das consideradas devoções aprovadas das consideradas delituosas. delituosas.

Page 32: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

SIMPATIAS SIMPATIAS DOMÉSTICASDOMÉSTICAS

O baixo clero demonstrava uma completa O baixo clero demonstrava uma completa indiferença por essas práticas “desviantes”. indiferença por essas práticas “desviantes”.

No entanto, o Santo Ofício apresentava a No entanto, o Santo Ofício apresentava a preocupação de perder a homogeneidade do preocupação de perder a homogeneidade do

Catolicismo. Catolicismo.

Apesar de inúmeras denúncias, poucos foram Apesar de inúmeras denúncias, poucos foram os julgados e condenados. os julgados e condenados.

Nem as freiras estavam isentas dos Nem as freiras estavam isentas dos sincretismos no viver em Colônia, pois a sincretismos no viver em Colônia, pois a

presença de escravas favorecia a entrada de presença de escravas favorecia a entrada de crendices nas intituições religiosas. crendices nas intituições religiosas.

Page 33: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

SIMPATIAS SIMPATIAS DOMÉSTICASDOMÉSTICAS

Alguns adeptos dos rituais africanos Alguns adeptos dos rituais africanos optavam por instalar seus locais de optavam por instalar seus locais de

culto distantes de povoação, não culto distantes de povoação, não apenas para estarem mais próximos aos apenas para estarem mais próximos aos

cursos d’água e de florestas densas, cursos d’água e de florestas densas, habitat propício para o contato com os habitat propício para o contato com os

deuses da África, mas também para deuses da África, mas também para gozar da privacidade e escapar dos gozar da privacidade e escapar dos olhares e ouvidos repressores dos olhares e ouvidos repressores dos

donos do poder. donos do poder.

Page 34: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

A CONFISSÃO DOS A CONFISSÃO DOS PECADOSPECADOS

O confessionário – o tribunal da penitência – foi O confessionário – o tribunal da penitência – foi previsto pelos arquitetos do catolicismo para ser previsto pelos arquitetos do catolicismo para ser a um só tempo o mais privado e o mais público a um só tempo o mais privado e o mais público dos espaços sacros, pois destinava-se a manter dos espaços sacros, pois destinava-se a manter

absolutamente secreto o diálogo do pecador com absolutamente secreto o diálogo do pecador com o sacerdote, embora devesse situar-se em local o sacerdote, embora devesse situar-se em local

estratégico para ser visível por todos os estratégico para ser visível por todos os circunstantes, evitando desse modo as tentações circunstantes, evitando desse modo as tentações

de intimidade entre confessor e penitente. No de intimidade entre confessor e penitente. No interior o confessionário era um local privado, interior o confessionário era um local privado,

mas o seu exterior devia sempre estar ao alcance mas o seu exterior devia sempre estar ao alcance do olhar público.do olhar público.

Page 35: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

A CONFISSÃO DOS A CONFISSÃO DOS PECADOSPECADOS

O ato de confessar era feito pelos fiéis para que O ato de confessar era feito pelos fiéis para que os mesmos alcançassem a misericórdia de os mesmos alcançassem a misericórdia de

Deus pelos seus pecados cometidos na terra. Deus pelos seus pecados cometidos na terra. O medo do purgatório e do demônio fazia do O medo do purgatório e do demônio fazia do

ato de confessar uma verdadeira exposição da ato de confessar uma verdadeira exposição da vida cotidiana dos fiéis. Dessa forma, a Igreja vida cotidiana dos fiéis. Dessa forma, a Igreja

conseguia controlá-los por completo. conseguia controlá-los por completo. Apesar de tantas recomendações do Santo Apesar de tantas recomendações do Santo Ofício, o tribunal da confissão representava Ofício, o tribunal da confissão representava

um dos espaços onde mais os sacerdotes um dos espaços onde mais os sacerdotes desobedeciam às “Constituições”, pois desobedeciam às “Constituições”, pois

vestiam-se e sentavam-se inadequadamente. vestiam-se e sentavam-se inadequadamente.

Page 36: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

A CONFISSÃO DOS A CONFISSÃO DOS PECADOSPECADOS

Existiam padres que só confessavam Existiam padres que só confessavam os fiéis em troca de presentes, os fiéis em troca de presentes, outros que tornavam público a outros que tornavam público a

confissão que foi colocada em sigilo. confissão que foi colocada em sigilo. Vários eram os descumprimentos Vários eram os descumprimentos

aos leis da Igreja Oficial. aos leis da Igreja Oficial.

Page 37: COTIDIANO E VIVÊNCIA RELIGIOSA.ppt

CONCLUSÃOCONCLUSÃO

Como se viu com base em alguns exemplos Como se viu com base em alguns exemplos e situações ao longo do texto, e situações ao longo do texto,

cristalizaram-se na América Portuguesa cristalizaram-se na América Portuguesa múltiplas manifestações de religiosidade múltiplas manifestações de religiosidade

privada – alguns modelos abençoados privada – alguns modelos abençoados pela hierarquia metropolitana, outros em pela hierarquia metropolitana, outros em

parte desviantes ou completamente parte desviantes ou completamente opostos, quando não hostis a ortodoxia. A opostos, quando não hostis a ortodoxia. A

abundância diversificada das práticas abundância diversificada das práticas religiosas justifica-se pela multiplicidade religiosas justifica-se pela multiplicidade de diferentes grupos que aqui habitavam. de diferentes grupos que aqui habitavam.