cota-enchente de blumenau -...

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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU – FURB CENTRO DE OPERAÇÕES DO SISTEMA DE ALERTA - CEOPS RELATÓRIO TÉCNICO FINAL – PARCERIA TÉCNICO-CIENTÍFICA Centro de Operação do Sistema de Alerta da Bacia do Itajaí – CEOPS Rua Antônio da Veiga, 140, Campus I - Bloco T, Bairro: Victor Konder - CEP 89012-900 - Blumenau SC - Fone: (47) 3321-0553 C.N.P.J.: 82.662.958/0001-02 - Inscrição Estadual: 250.974.665 – www.furb.br Página 1 de 35 UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU – FURB PREFEITURA MUNICIPAL DE BLUMENAU – PMB DEFESA CIVIL DE BLUMENAU CEOPS COTA-ENCHENTE DE BLUMENAU Convênio: FURB/PMB Coordenador: Prof. Dr. ADEMAR CORDERO BLUMENAU, 10 NOVEMBRO DE 2012.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BLUMENAU – PMB

DEFESA CIVIL DE BLUMENAU

CEOPS

COTA-ENCHENTE DE BLUMENAU

Convênio: FURB/PMB

Coordenador: Prof. Dr. ADEMAR CORDERO

BLUMENAU, 10 NOVEMBRO DE 2012.

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PREFEITO DE BLUMENAU: João Paulo Kleinubing

REITOR DA FURB: Prof. Dr. João Natel Pollônio Machado

SECRETÁRIO DA DEFESA CIVIL: Capitão José Egídio de Borba

EQUIPE EXECUTORA

Professores

Ademar Cordero, Dr. - COORDENADOR

Dalvino Salvador, Esp. - Consultor

Estagiários Bolsistas

Adilson Luiz Nicoletti

Cristiane Schmitt

Cristiane Umetsu Pereira

Eduardo Lunardelli Mueller

Felipe Zeni

Gabriel Ugarte Calvet da Silveira

Guilherme Saraiva Rebelo

Guilherme Savio Luckmann

Jardeu Alves de Andrade

Luis Gustavo Pamplona

Marcelo de Souza

Peter Marion Maul

Rafael Alexandre Beduschi Radtke

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4

2. PICOS DAS ENCHENTES EM BLUMENAU ..................................................................... 5

3. ESTATÍSTICAS DOS NÍVEIS DAS ENCHENTES DE BLUMENAU .................................. 7

4. PRECIPITAÇÕES MÁXIMAS DIÁRIAS REGISTRADAS EM BLUMENAU ....................... 8

5. CHUVAS INTENSAS PARA BLUMENAU ......................................................................... 9

6. OBJETIVO ....................................................................................................................... 10

6.1 Objetivo geral ................................................................................................................. 10

6.2 Objetivos específicos ..................................................................................................... 10

7. LINHA D’ÁGUA DAS ENCHENTES ................................................................................ 11

7.1 Linha d’água das enchentes de 1983 e 1984 ............................................................... 11

7.2 Linha d’água das enchentes de 1983, 1992 e 2011 ..................................................... 12

7.3 Comparações entre as enchentes 1983, 1992 e 2011 .................................................. 15

8. DEFINIÇÃO E DIVULGAÇÃO DAS COTAS-ENCHENTES ............................................. 18

9. METODOLOGIA ADOTADA ............................................................................................ 22 10. LINHA D’ÁGUA DOS RIBEIRÕES 11. RELAÇÃO DAS COTAS-ENCHENTES ......................................................................... 23

Bairro Água Verde ...................................................................... Erro! Indicador não definido. Bairro Badenfurt .......................................................................... Erro! Indicador não definido. Bairro Boa Vista .......................................................................... Erro! Indicador não definido. Bairro Bom Retiro ....................................................................... Erro! Indicador não definido. Bairro Centro .............................................................................. Erro! Indicador não definido. Bairro do Salto ............................................................................ Erro! Indicador não definido. Bairro Fidélis ............................................................................... Erro! Indicador não definido. Bairro Fortaleza .......................................................................... Erro! Indicador não definido. Bairro Garcia ............................................................................... Erro! Indicador não definido. Bairro Itoupava Central ............................................................... Erro! Indicador não definido. Bairro Itoupava Norte .................................................................. Erro! Indicador não definido. Bairro Itoupava Seca .................................................................. Erro! Indicador não definido. Bairro Itoupavazinha ................................................................... Erro! Indicador não definido. Bairro Jardim Blumenau ............................................................. Erro! Indicador não definido. Bairro Ponta Aguda .................................................................... Erro! Indicador não definido. Bairro Ribeirão Fresco ................................................................ Erro! Indicador não definido. Bairro Salto do Norte .................................................................. Erro! Indicador não definido. Bairro Testo Salto ....................................................................... Erro! Indicador não definido. Bairro da Velha ........................................................................... Erro! Indicador não definido. Bairro Victor Konder.................................................................... Erro! Indicador não definido. Bairro Vila Nova .......................................................................... Erro! Indicador não definido. Bairro Vorstadt ............................................................................ Erro! Indicador não definido.

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1. INTRODUÇÃO

As enchentes ou também denominadas inundações lentas registradas em

Blumenau são tão frequentes que fazem parte da história da cidade, porque desde o inicio

de sua fundação, em 1852, há registros de das mesmas. Assim que já existe uma

consciência coletiva, pelo menos em grande parte da população de Blumenau, que as

enchentes sempre acabam voltando. As inundações ocorrem pelo transbordamento das

águas pela calha principal do rio Itajaí-Açu e pelo transbordamento das águas dos ribeirões

(Testo, Salto, Itoupava, Fortaleza, Tigre, Velha e Garcia) que desembocam no rio Itajaí-

Açu.

Ao longo do tempo muitos estudos/projetos surgiram no sentido de minimizar as

enchentes de Blumenau e de outras cidades no Vale do Itajaí. As medidas para o controle

da inundação podem ser do tipo estrutural e não-estrutural. As medidas estruturais são

aquelas que modificam o sistema fluvial evitando os prejuízos decorrentes das enchentes,

enquanto que as medidas não-estruturais são aquelas em que os prejuízos são reduzidos

pela melhor convivência da população com as enchentes.

Dentre as medidas não-estruturais, podemos citar os seguintes projetos/estudos

surgidos após a grande enchente de 1983: A implantação do CEOPS (Centro de Operação

do Sistema de Alerta da Bacia do Itajaí) pelo antigo DNAEE (Departamento Nacional de

água e Energia Elétrica) em 1984, o mapeamento das zonas de inundações originando a

“Carta-Enchente de Blumenau”, o sistema “Cota-Enchente de Blumenau” e o “Sistema-

Cruzamento”. A implementação da Cota-Enchente e a Carta-Enchente pela Prefeitura

Municipal de Blumenau propiciaram a população de Blumenau obtivesse maior

conhecimento sobre a problemática das enchentes e a forma de se prevenirem no

momento de sua ocorrência.

Nas últimas três décadas (1983-2012) muitas modificações no que diz respeito ao

uso do solo foram realizadas no município de Blumenau, a cidade cresceu, passou de

100.000 para mais de 300.000 habitantes, com este crescimento surgiram novas ruas,

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novos loteamentos, aterramentos, terraplanagem, normal na dinâmica do crescimento de

uma cidade. Uma modificação realizada diretamente no rio Itajaí-Açu foi o alargamento na

sua calha, realizado pelo extinto DNOS (1987-1990), em dois trechos a jusante de

Blumenau (Blumenau-Gaspar e Gaspar-Ilhota). Naquela época o DNOS pretendia

continuar o alargamento para diminuir as enchentes em Blumenau, mas o Governo Collor

(1990-1992) não deu prosseguimento inclusive extinguiu o órgão, ficando assim uma obra

inacabada. Outra obra importante realizada na bacia, que ficou pronta após a enchente de

1992, foi a Barragem Norte.

Estes são os fatores que justificaram um novo levantamento para a atualização

das Cotas-Enchentes no Município de Blumenau.

2. NOVA SÉRIE HISTÓRICA DAS ENCHENTES EM BLUMENAU

No inicio de nossos trabalhos do levantamento das cotas-enchentes fomos checar o

RN da régua da ANA (Agência Nacional da Água) localizada junto a ponte Adolfo Konder,

no centro de Blumenau, utilizado para isto um equipamento de precisão conhecido como

GPS. Para nossa surpresa encontramos uma diferença de 40 centímetros do RN régua da

ANA e não 20 cm para mais em relação à cota do IBGE (relacionado ao marco existente na

Igreja Matiz de Blumenau), a qual até então vinha sendo utilizado como referência para as

enchentes de Blumenau.

A partir desta constatação modificamos toda a série histórica das enchentes de

Blumenau, pelo fato que o Georeferenciamento já vem sendo adotado como oficial pelo

IBGE.

Na Tabela 1 é apresentada a “nova” série histórica das enchentes registradas no rio

Itajaí-Açu em Blumenau no período de 1852 até 2012 (composta de 77 eventos).

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Tabela 1 – Série histórica das enchentes registradas em Blumenau (Referência GPS).

Referência obtida pelo GPS. Isto significa somar 40 cm na leitura medida na régua

Local da medição: Estação Fluviométrica localizada junto a Ponde Adolfo Konder N Ano Data Cota (m) N Ano Data Cota (m) 1 1852 29/out 16,50 41 1961 12/set 10,55 2 1855 20/nov 13,50 42 1961 30/set 9,83 3 1862 08/nov 9,20 43 1961 01/nov 12,69 4 1864 17/set 10,20 44 1962 21/set 9,49 5 1868 27/nov 13,50 45 1963 29/set 9,87 6 1870 11/out 10,20 46 1965 21/ago 9,42 7 1880 23/set 17,30 47 1966 13/fev 10,27 8 1888 23/set 13,00 48 1969 06/abr 10,34 9 1891 18/jun 14,00 49 1971 09/jun 10,55 10 1898 01/mai 13,00 50 1972 29/ago 11,55 11 1900 02/out 13,00 51 1973 25/jun 11,50 12 1911 29/out 10,06 52 1973 28/jun 9,55 13 1911 02/out 17,10 53 1973 29/ago 12,55 14 1923 20/jun 9,20 54 1974 24/jul 9,20 15 1925 14/mai 10,50 55 1975 04/out 12,83 16 1926 14/jan 9,70 56 1976 06/jun 9,20 17 1927 09/out 12,50 57 1977 18/ago 9,45 18 1928 18/jul 11,96 58 1978 26/dez 11,70 19 1928 15/ago 11,02 59 1979 09/out 10,65 20 1931 02/mai 11,25 60 1980 22/dez 13,47 21 1931 14/set 11,45 61 1982 16/nov 8,40 22 1931 18/set 11,73 62 1983 04/mar 10,80 23 1932 25/mai 9,95 63 1983 20/mai 12,72 24 1933 04/out 12,05 64 1983 09/jul 15,54 25 1935 24/set 11,85 65 1983 24/set 11,95 26 1936 06/ago 10,60 66 1984 07/ago 15,66 27 1939 27/nov 11,65 67 1990 21/jul 9,02 28 1940 26/ago 8,75 68 1992 29/mai 13,00 29 1943 03/ago 10,70 69 1992 01/jun 10,82 30 1946 02/fev 9,65 70 1995 10/jan 8,51 31 1948 17/mai 12,05 71 1997 01/fev 9,64 32 1950 17/out 9,65 72 2001 01/out 11,22 33 1951 19/out 9,20 73 2008 24/nov 11,92 34 1953 01/nov 9,85 74 2009 29/set 8,66 35 1954 08/mai 9,76 75 2010 26/mai 8,84 36 1954 22/out 12,73 76 2011 31/ago 8,90 37 1955 20/mai 10,81 77 2011 09/set 13,00 38 1957 18/ago 13,27 39 1958 16/mar 9,51 40 1960 19/ago 8,49

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3. ESTATÍSTICAS DOS NÍVEIS DAS ENCHENTES DE BLUMENA U

A vazão máxima de um rio é entendida como sendo o valor associado a um risco de

ser igualado ou ultrapassado. A vazão máxima é utilizada em projetos de obras hidráulicas

tais como: canais, bueiros, condutos, diques de proteção contra inundações, extravasores

de barragens, seções de escoamento de pontes, entre outros. A estimativa destes valores

tem importância decisiva nos custos e na segurança dos projetos de engenharia.

No dimensionamento, as vazões devem reproduzir condições criticas possíveis de

ocorrer com um determinado risco. Estas condições são identificadas dentro das mais

desfavoráveis. Deve-se definir o risco de um projeto de acordo com seus objetivos e,

dentro destas condições de risco, explorar as situações mais desfavoráveis. Por exemplo,

no dimensionamento da microdrenagem urbana o período de retorno adotado é de 2 a 10

anos, pois aceita-se que as ruas poderão ser inundadas com uma referida frequência. Para

a macrodrenagem o período de retorno adotado é de 50 a 500 anos. Já no

dimensionamento de vertedores de grandes barragens deve ser considerado um risco

mínimo, devido ao impacto de um possível rompimento da barragem que poderia ser

catastrófico. Nesse caso, o período de retorno considerado tem sido na maioria dos

projetos de 10.000 anos.

A vazão máxima pode ser estimada por vários métodos, os quais podem ser

classificados em quatro grupos: fórmulas empíricas, métodos estatísticos, método racional

e métodos hidrometeorológicos. Os métodos existentes fornecem valores mais ou menos

aceitáveis, dependendo sempre do senso de julgamento e da experiência do projetista a

aplicação correta dos resultados obtidos.

Na Tabela 2 estão apresentados os resultados de um estudo estatístico das vazões

máximas do rio Itajaí-Açu na cidade de Blumenau utilizando o método de Gumbel

(CORDERO, 2012).

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Tabela 2 - Níveis com os períodos de retornos para Blumenau. Período de Retorno Referência - GPS Estação da ANA

T(anos) H(m) 2 8,1 5 10,3 10 11,6 25 13,1 50 14,2

100 15,2 200 16,1 300 16,6 500 17,3 1000 18,1

4. PRECIPITAÇÕES MÁXIMAS DIÁRIAS REGISTRADAS EM BLU MENAU

A Figura 1 apresenta a serie das precipitações máximas diárias anual para Blumenau

correspondente ao período de 1944 até 2011.

Figura 1 - Precipitações máximas diária do posto pluviométrico de Blumenau.

PRECIPITAÇÕES MÁXIMAS DIÁRIAS EM BLUMENAU

0

25

50

75

100

125

150

175

200

225

250

1944

1946

1948

1950

1952

1954

1956

1958

1960

1962

1964

1966

1968

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

2012

Anos

Pre

cipi

taçã

o di

ária

(m

m)

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Na Tabela 3 é apresentado o resultado de um estudo estatístico das precipitações

máximas diárias para Blumenau (CORDERO, 2012).

Tabela 3 – Precipitação de um dia para diversos Períodos de Retornos Período de Retorno Log -Normal Gumbel

T (anos) P(mm) P(mm) 5 109,3 112,5 10 132,9 131,8 25 164,1 156,0 50 187,7 174,0

100 211,3 191,9 200 234,9 209,7 320 250,9 221,8 500 266,0 233,2 1000 289,6 251,0

5. CHUVAS INTENSAS PARA BLUMENAU

Para projetos de obras hidráulicas, tais como: sistemas de drenagem, galerias

pluviais, dimensionamento de bueiros, vertedores de barragens, entre outros, é necessário

conhecer as três grandezas que caracterizam as precipitações máximas: intensidade,

duração e frequência (i-d-f ou I-D-F) . Na Tabela 4 é apresentado o resultado do estudo da

intensidade, duração e frequência (i-d-f) (CORDERO, 2012).

Tabela 4 - Chuvas intensas para Blumenau (1944-2011) - Método de Gumbel Duração

Chuvas intensas (mm/h) T= 5 anos T= 10 anos T= 20 anos T=50 anos T=100 anos

5 min 162,7 190,5 217,1 251,6 277,4 10 min 129,2 151,2 172,4 199,8 220,3 15 min 111,7 130,7 149,0 172,7 190,4 20 min 96,9 113,4 129,3 149,8 165,2 25 min 87,1 102,0 116,2 134,7 148,5 30 min 79,8 93,4 106,4 123,3 136,0

1 h 53,9 63,1 71,9 83,3 91,9 6 h 15,4 18,0 20,5 23,8 26,3 8 h 12,5 14,6 16,7 19,3 21,3 10 h 10,5 12,3 14,0 16,3 17,9 12 h 9,1 10,6 12,1 14,1 15,5

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A seguir é apresentado o resultado do mesmo estudo da intensidade, duração e

frequência (i-d-f) realizado por Cordero (2012) em forma de equação.

( ) 65,0

1765,0

1,8

.655

+=

t

Ti (para t ≤120 min)

( ) 78,0

1765,0

3,22

.9,1246

+=

t

Ti (para 120 min <t< 720 min)

Onde: i = intensidade, mm/h.

T = o tempo de retorno, em anos. t = duração da chuva, em minutos.

6. OBJETIVO

6.1 Objetivo geral

O objetivo geral deste relatório é apresentar as cotas-enchentes que foram

levantadas para o município de Blumenau até a cota-enchente de 17,00 m. As cotas-

enchentes levantadas estão referenciadas ao nível do rio Itajaí-Açu medido na régua da

estação fluviomética localizada junto a Ponte Adolfo Konder (Referência GPS).

6.2 Objetivos específicos

- Levantar a linha d’água na enchente de 2011;

- Levantar a linha d’água na enchente de 1992;

- Comparar as linhas d’água das enchentes de 1983, 1984, 1992 com a de 2011;

- Analisar os possíveis motivos das diferenças das linhas d’águas destas quatro

enchentes;

- Levantar as linhas d’águas dos cinco ribeirões principais de Blumenau (Garcia,

Velha, Fortaleza, Itoupava e Testo);

- Analisar as linhas d’águas dos ribeirões.

- Analisar as diferenças da enchente de 2011 com as ocorridas em 1983 e 1992, e

quais diferenças que poderão ocorrer nas futuras enchentes.

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7. LINHA D’ÁGUA DAS ENCHENTES

7.1 Linha d’água das enchentes de 1983 e 1984

Na Tabela 5 são apresentadas as cotas enchentes das enchentes de julho de

1983 e de agosto de 1984. Estes valores foram levantados pelo antigo DNOS.

Tabela 5 – Pontos das cotas enchentes e respectivos valores (DNOS).

LOCAL DO PONTO LEVANTADO

Distâncias 1993 1994

L(km) Cota (m)IBGE Cota (m) IBGE

Usina Salto 0,00 18,98 19,13

Ponte Salto do Norte 1,00 18,05 18,20

SAMAE 2 1,80 17,71 17,81

Max Mohr 3,70 16,53 16,53

Teka 4,20 16,48 16,48

Rodoviária 5,60 16,23 16,26

Transportadora Mayer 6,40 16,00 16,05

Bar ao lado da casa 1870 7,20 15,66 15,86

DETRAN 9,40 15,42 15,47

Ponte Adolfo Konder 9,87 15,34 15,46

Prefeitura Antiga 10,50 15,30 15,43

Fábrica de Telas de Pintura 12,00 15,25 15,36

Jusante da Ponte 13,80 14,94 14,96

Linha Círculo - Gaspar 25,80 11,42 11,20

Na Figura 2 é apresentada a linha d’água das enchentes de julho de 1983 e de

agosto de 1984 extraída da Tabela 5.

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Figura 2 – Linha d’água das enchentes de 1883 e 1984.

Podemos observar que as duas linhas d’água estão quase sobrepostas, por isto,

para efeito de comparação com a enchente de 2011 e a de 1992, usaremos somente a

enchente de 1983 porque ela foi a mais marcante para os cidadãos blumenauenses, devido

o tempo que as regiões ficaram inundadas, que foi bem maior do que a enchente de 1984,

apesar desta ser em média 5,0 cm maior do que a de 1983, na região norte da cidade.

7.2 Linha d’água das enchentes de 1983, 1992 e 201 1

Após algumas visitas a campo constatamos diferenças relevantes nos dados

levantados pelo extinto DNOS, não nas diferenças entre as duas enchentes 1983 e 1984,

mas sim nos valores das cotas máximas atingidas pelas respectivas enchentes,

apresentadas na Tabela 5. Assim que, a partir desta constatação, resolvemos levantar

novamente as cotas máximas atingidas pela enchente de 1983 e a sua respectiva linha

d’água, além de determinar a linha d’água da enchente de 2011 e a de 1992. As referidas

cotas foram levantadas em base nas marcas d’água através do GPS. A rigor o

levantamento detalhado realizado, através do GPS, foi para a enchente de 2011, as cotas

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das outras duas enchentes, de 1983 e 1992, foram levantadas as diferenças que houve,

para mais ou para menos, no com referencia à enchente de 2011. O trecho levantado foi

desde a Usina Salto até o município de Gaspar.

Para levantar os dados das enchentes de 1992 e 1983 foi realizada uma

verdadeira investigação com os moradores e na busca de marcas das respectivas

enchentes. Em nossas investigações não tivemos muita dificuldade em encontrar as

marcas da enchente de 1983, mas tivemos grande dificuldade em encontrar marcas da

enchente de 1992. Em diversos locais encontramos marcada a cota da enchente de 1983,

ou quando não tinha muitos moradores lembravam bem onde aquela enchente tinha

atingido em sua edificação. Já com a enchente de 1992 poucas pessoas lembravam,

tivemos então que fazer uma verdadeira peregrinação em diversos locais da cidade para

ver se alguém se lembrava daquela enchente. Encontramos somente uma marca

registrada na Uniasselvi, em outros locais alguns moradores lembraram porque tinham

recém se instalados no local quando veio à enchente de 1992. Voltamos diversas vezes

para ver se eles tinham a certeza e confrontamos com outros moradores no mesmo local.

Brincávamos no final da nossa pesquisa com os moradores, quando chegávamos ao local

nos apresentando como os “Investigadores das Enchentes” (Ademar e Dalvino). Foi no

caso de um proprietário de uma Barbearia, localizada próximo à foz do rio Itoupava, que

iniciou suas atividades logo após aquela enchente de 1992, onde o proprietário lembra que

a água chegou à porta do seu estabelecimento, já a enchente de 2011 atingiu uns 40 cm

dentro da barbearia. Outros moradores no entorno também confirmaram estas cotas. Mais

adiante mostraremos fotos dos registros em locais onde encontramos informações.

Como já comentado anteriormente, no inicio dos nossos trabalhos de

levantamento das cotas-enchentes, foi checado o Nível de Referência (RN) da régua da

ANA, que fica localizada junto a Ponte Adolfo Konder no centro de Blumenau. Esta

checagem foi realizada através do equipamento denominado GPS e constatamos uma

diferença de 40 centímetros para mais. Adotando esta referência encontrada através do

GPS a enchente oficial ocorrida em 2011 (pela Referencia do GPS) foi de 13,00 metros.

Assim que na referência da régua da ANA a cota máxima da enchente de 2011 foi

de 12,60 metros e na referência IBGE foi de 12,80m e na referência GPS foi de 13,00 m.

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Portanto para a enchente de 2011 tivemos então três referências: uma denominada GPS

(Referência GPS), outra IBGE (Referência IBGE) e a terceira da régua adotada pela ANA

(Referência ANA).

Para evitar estas confusões, foi realizado um pedido para a ANA alterar o zero da

régua. O pedido foi aceito e a régua foi aprofundada 40 cm. Agora (a partir de 06/2012) a

régua da ANA está referenciada a cota GPS.

Os valores levantados referentes das três enchentes (1983, 1992 e 2011) estão

apresentados na Tabela 6 e traçado da linha d’água das respectivas enchentes estão

apresentadas na Figura 3.

Tabela 6 – Distância e cotas das enchentes de 1983 e 2011.

DADOS LEVANTADOS EM 2012 Dist ância

ENCHENTE DIFERENÇA

1983 1992 2011 1983-2011 2011-1992 1993-1992

LOCAIS L(km) GPS (m) GPS (m) GPS (m) (m) (m) (m)

Usina Salto 0,0 19,55 17,00 17,60 1,95 0,60 2,55

Ponte Salto do Norte 0,8 18,87 16,32 16,92 1,95 0,60 2,55

SAMAE 2 1,2 18,75 16,20 16,80 1,95 0,60 2,55

Foz - Ribeirão Salto do Norte 2,0 18,20 15,65 16,25 1,95 0,60 2,55

Foz - Ribeirao Itoupava 2,4 17,90 15,55 15,95 1,95 0,40 2,35

Empresa Glória 3,0 17,60 15,25 15,65 1,95 0,40 2,35

Ponte Sta Catarina - Régua 3,7 17,10 14,75 15,15 1,95 0,40 2,35 Campus 2 - Furb 4,2 16,80 14,45 14,80 2,00 0,35 2,35

Teka 4,4 16,80 14,45 14,75 2,05 0,30 2,35

Foz - Ribeirão do Tigre 5,1 16,70 14,35 14,60 2,10 0,25 2,35

Foz - Ribeirão Fortaleza 6,7 16,35 14,00 14,20 2,15 0,20 2,35

Rua das Missões, 7,4 16,35 14,00 14,15 2,20 0,15 2,35 Rua das Missões, 8,5 15,95 13,60 13,70 2,25 0,10 2,35

Foz - Ribeirão da Velha 9,4 15,70 13,35 13,40 2,30 0,05 2,35

Ponte Adolfo Konder - Régua 10,0 15,54 13,00 13,00 2,54 0,00 2,54 Foz - Riberirão Garcia 10,7 15,54 13,00 13,00 2,54 0,00 2,54

Sulfabril - Régua 11,7 15,00 12,50 12,20 2,80 -0,30 2,50

Muzeu Fritz Muller - FAEMA 13,0 14,44 12,30 11,90 2,54 -0,40 2,14

Ponte Anel Viário (Montante) 13,8 14,14 12,00 11,60 2,54 -0,40 2,14

Ponte Anel Viário (Jusante) 14,7 13,89 11,80 11,35 2,54 -0,45 2,09

Dique do Worstadt 15,6 13,64 11,55 11,10 2,54 -0,45 2,09

Frente ao SESI (no Rio Itajai) 16,4 13,44 11,35 10,90 2,54 -0,45 2,09

Gaspar - Régua 25,8 11,62 9,67 9,17 2,45 -0,50 1,95

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Figura 3 – Linha d’água das enchentes de 1883, 1992 e 2011.

7.3 Comparações entre as enchentes 1983, 1992 e 201 1

Comparando a enchente de 1983 com a 1992 podemos verificar na Tabela 6 e na

Figura 3, que a diferença entre elas se mantém em torno de 2,35 metros na região norte da

cidade, a montante da régua do centro de Blumenau. Comparando a enchente de 1992

com a enchente de 2011 a diferença entre elas ficou em torno de 40 cm maior do que a de

1992 a montante do centro de Blumenau e 40 cm menor a jusante do centro de Blumenau.

Para estas diferenças poderemos dizer que uma diferença de 40 cm para mais e para

menos pode ter ocorrido pelo fato que cada enchente tem uma linha d’água diferente da

outra e dificilmente se repete do mesmo formato. Esta diferença tende a aumentar a media

que se afasta do ponto de medição, tanto para montante como para jusante como foi

verificado na comparação da enchente de 2011 com a de 1992.

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7.5 Diferenças encontradas entre as enchentes 1983, 1992 e 2011.

Muitos moradores localizados na região a montante do centro de Blumenau (na região

dos ribeirões Fortaleza, Tigre, Itoupava, Salto do Norte e Texto) reclamaram que a

enchente de 2011 tinha pegado eles de surpresa, porque naquela região ela foi maior do

que prevista e a divulgada no centro da cidade. Fomos então fazer um trabalho

investigativo e constatamos que a enchente de 2011 ficou em média somente 40 cm acima

da de 1992. Com relação à enchente de 1983 (1983-2011) a diferença ficou em torno de

1,95 metros. Estas diferenças levantadas estão apresentadas nas fotos a seguir

apresentadas.

Foto 1 e 2 – Diferença entre a enchente de 2011 com a de 1992.

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Foto 3 – Diferença entre a enchente de 2011 com a d e 1992.

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Fotos 4 e 5 - Diferença entra a enchente de 1983 e 2011.

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Fotos 6 e 7 - Diferença entra a enchente de 1983 e 2011.

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Foto 8 - Registros de diversas enchente na Uniasse lvi.

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Foto 9 - Registros das enchentes a jusante de Blum enau..

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8. DEFINIÇÃO E DIVULGAÇÃO DAS COTAS-ENCHENTES

A cota-enchente de um ponto é a cota que aquele ponto da cidade inicia a ser

inundado. As cotas-enchentes levantadas foram relacionadas ao nível da água do rio Itajaí-

Açu medido na régua da ANA que fica localizada junto a Ponte Adolfo Konder (centro de

Blumenau).

Em agosto de 2012 a Prefeitura de Blumenau instalou uma segunda régua

(telemétrica) num Pilar da Ponte de Ferro, localizada em frente à Prefeitura de Blumenau.

Esta régua foi instalada na mesma referência da régua da ANA, portanto as duas réguas

poderão ser utilizadas, tanto para leitura quanto para as previsões dos níveis do rio Itajaí-

Açu. Pois a diferença entre as duas leituras numa enchente poderá ser de alguns

centímetros que pode ser consideradas irrelevantes.

Uma terceira régua foi instalada também pela Prefeitura de Blumenau na Ponte

Santa Catarina, esta régua deve ser utilizada para a previsão e divulgação dos níveis do rio

Itajaí-Açu para a população que habita a partir do ribeirão Fortaleza. A instalação desta

régua se fez necessário porque naquela região (montante do ribeirão da Velha) o

alargamento realizado no rio Itajaí-Açu (Blumenau-Gaspar) não tem influência e a

população recorda muito da enchente de 1983 e faz comparação com aquela enchente

para saber se sua edificação será atingida ou não por uma inundação.

9. METODOLOGIA ADOTADA

Para gerar o novo “sistema cota-enchente” de Blumenau, foi realizado um

trabalho de campo onde foi feito um levantamento detalhado em todas as ruas de

Blumenau. O trabalho de campo consistiu em levantar em cada esquina, ao longo da

quadra e ponto baixo, a cota-enchente daquele ponto, baseado nas marcas da enchente

ocorrida em setembro de 2011. Estes levantamentos foram realizados por alunos do curso

de Engenharia Civil da FURB e equipamentos topográficos do departamento de

Engenharia Civil da FURB. Após este levantamento os valores foram digitados em

planilhas e em um mapa da cidade de Blumenau.

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Foto 9 – Duas equipes e uso do colete da Defesa Civ il nos trabalhos de campo.

Foto 10- Equipamentos utilizados nos levantamentos das cotas-enchentes .

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Foto 11- Equipamentos e régua instalada na ponte Santa Catarina .

10. LINHA D’ÁGUA DOS RIBEIRÕES

Foram levantadas as linhas d’águas dos ribeirões para com finalidade de analisar a

influência do rio Itajaí-Açu sobre as inundações nos ribeirões. As mesmas são

apresentadas a seguir em forma gráfica.

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Figura 5 – Linha d’água do ribeirão do Testo em 2011.

Figura 6 – Linha d’água do ribeirão Itoupava em 2011.

Figura 7 – Linha d’água do ribeirão Fortaleza em 2011.

Perfil da lâmina de cheia do Ribeirão do Texto

24,025,026,027,028,029,030,031,032,0

0 2.000 4.000 6.000 8.000

Comprimento (m)

Alti

tude

GP

S (m

)

Perfil la lâmina da cheia no Ribeirão Itoupava

14,0

14,5

15,0

15,5

16,0

16,5

17,0

0 2.000 4.000 6.000 8.000

comprimento (m)

Alti

tude

GP

S (

m)

Perfil da lâmina da cheia no Ribeirão Fortaleza

13,0

13,5

14,0

14,5

15,0

0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000

comprimento (m)

Alti

tude

GP

S (

m)

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Figura 8 – Linha d’água do ribeirão da Velha em 2011.

Figura 9 – Linha d’água do ribeirão Garcia em 2011.

Análises dos da linha d’água dos ribeirões : Podemos verificar praticamente uma linha

reta nas linhas d’águas dos ribeirões com exceção do ribeirão do Testo, isto significa que

quem comanda as enchentes dos ribeirões é o rio Itajaí-Açu e que os aterramentos neste

tipo de inundações não trazem influências significativas. Já no ribeirão do Testo, próximo a

foz a enchente é comandada pelo rio Itajaí-Açu, mas mais a montante, a partir de uma

ponte pênsil que existe no local, ocorrem enxurradas e não enchentes.

Para a bacia do ribeirão do Testo foram levantadas cotas-enchentes e cotas-enxurradas.

As cotas-enxurradas foram levantadas em base a uma régua existente no local, que foi

Perfil da lâmina da cheia no Ribeirão Velha

12,0

12,5

13,0

13,5

14,0

0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000

comprimento (m)

Alti

tude

GP

S (

m)

Perfil da lâmina da cheia no Ribeirão Garcia

11,0

11,5

12,0

12,5

13,0

13,5

14,0

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comprimento (m)

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Centro de Operação do Sistema de Alerta da Bacia do Itajaí – CEOPS Rua Antônio da Veiga, 140, Campus I - Bloco T, Bairro: Victor Konder - CEP 89012-900 - Blumenau SC - Fone: (47) 3321-0553

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instalada pelo CEOPS/FURB, junto a ponte que fica próxima a Karsten. Entretanto

verificou-se que nesta bacia há necessidade da instalação de mais uma régua próxima a

Ponte Pênsil para o controle das enchentes, uma vez que as réguas instaladas no centro

de Blumenau ficam distantes e de difícil precisão para as estimativas das enchentes

naquela região.

11. FUTURAS ENCHENTES

Com relação a futuras enchentes podemos dizer que é normal ter uma diferença

entre uma enchente e outra, mesmo registrando no Centro de Blumenau um valor similar,

como foi o que ocorreu nas enchentes de 1992 e 2011, as quais no centro de Blumenau

foram registradas o mesmo valor de 13,0 metros para as duas enchentes. Um valor de 40

cm para mais ou pra menos é um valor que pode se repetir também para as futuras

enchentes. Esta diferença tende aumentar à medida que se afasta do ponto medido, tanto

para montante como para jusante.

12. DIVULGAÇÃO DAS COTAS-ENHENTES

A divulgação das cotas-enchentes se deu por diversas formas:

- Através do plano individual de enchentes – Os bolsistas percorreram toda região

atingida pela enchente de 2011, entregando um plano individual de enchente, onde

informava a nova cota-enchente do local.

- Através dos Meios de Comunicação. O Jornal de Santa Catarina, rádios e TVs do

município de Blumenau fizeram diversas matérias sobre as novas cotas-enchentes

inclusive o Prof. Ademar Cordero deu diversas entrevistas nestes meios.

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- Site da Defesa Civil de Blumenau. No site da Defesa Civil de Blumenau estão as Cotas-

Enchentes onde qualquer os cidadãos podem acessar e saber a Cota-Enchente que

qualquer ponto levantado na cidade.

- No Evento Primavera na Rua XV realizado dia 22/09 /2012. Evento promovido pelo

SEBRAE apoiado pela CDL, Prefeitura Municipal, FECOMERCIO/SC e SINDILOJAS.

Neste evento foi montada uma tenda no centro de Blumenau juntamente com a Defesa

Civil, lá foram divulgadas as cotas-enchentes através de banners conforme mostra as fotos

a seguir.

Foto 12 – Tenda montada junto com a Defesa Civil - Primavera na Rua XV

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Foto 13 – Tenda montada junto com a Defesa Civil – Vista Interna.

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Foto 14 – Divulgando as Cotas-Enchentes no dia 22/09/12 - Primavera na Rua XV

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Foto 15 – Cotas-Enchentes nas bacias dos Ribeirões Fortaleza, Velha, Garcia e Centro.

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Foto 16 – Cotas-Enchentes na Bacia do Ribeirão Itoupava - Primavera na Rua XV

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Foto 17 – Cotas-Enchentes e Cotas-Enxurradas Ribeirão do Testo.

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13. ANÁLISES COLCLUSIVAS

- Em base no traçado da linha d’água do Rio Itajaí-Açu e dos Ribeirões podemos dizer que

as enchentes no município de Blumenau são comandadas pelo Rio Itajaí-Açu, com

exceção do Ribeirão do Testo, onde próximo ao rio Itajaí-Açu ocorre enchentes e na parte

acima da Ponte Pênsil ocorre somente enxurradas.

- Também pela análise das linhas d’agua do rio Itajaí-Açu e dos Ribeirões, podemos dizer

que os aterramentos e escavações não exercem influência direta nas enchentes.

Entretanto os aterramentos, as escavações e as impermeabilizações do solo exercem

influências diretas nas enxurradas dos ribeirões. Importante dizer também que não se

devem estrangular as seções dos ribeirões, pois isto poderá contribuir com o aumento das

enxurradas.

- Se um terreno ou uma rua for aterrada, a cota-enchente daquele terreno ou daquela rua

será alterada na mesma proporção que foi realizado o aterramento. Mesma análise se faz

se ocorrer uma escavação.

- O rio Itajaí-Açu forma uma linha d’água própria para cada enchente e a medida que se

afasta do ponto de controle (Centro de Blumenau) as diferenças entre uma enchente e

outra tende a aumentar. Estas diferenças afetarão diretamente nas cotas-enchentes

levantas neste trabalho que se basearam na enchente de 2011. É importante que fique

claro para a população que estas diferenças podem ocorrer e que elas têm que dar uma

margem de segurança de 50 cm (meio metro) em suas cotas-enchentes, principalmente

nos locais mais afastados do Centro de Blumenau onde é realizado o controle dos níveis.

- A diferença entre a linha d’água da enchente de 2011 com a de 1992 ficou em torno de 40

cm mais alta, na região das Itoupavas e 40 cm mais baixa a jusante do centro de

Blumenau.

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- A enchente chega antes na região Norte de Blumenau do que no Centro de Blumenau e

isto ocorre por dois fatores, primeiro porque a enchente vem de Indaial, passando primeiro

pelas Itoupavas e após chegando na régua de controle no centro de Blumenau, isto nunca

tinha se levado em consideração no passado, outro fator é a calha do rio e a declividade

também são diferentes. Para resolver este problema foi instalada mais uma régua na Ponte

Santa Catarina e os dados medidos nesta régua devem ser utilizadas para previsão e

divulgação dos níveis para aquela região, principalmente quando o nível ultrapassar dos

7,0 metros que iniciam os primeiros alagamentos.

- Nas futuras enchentes um valor de 40 cm para mais ou para menos é esperado, pois a

linha d‘água do Rio Itajaí-Açu depende da forma como a enchente chega em Blumenau e

esta depende do volume de chuva precipitado e da sua distribuição em toda a bacia do

Itajaí a montante de Blumenau até as nascentes.

14. RELAÇÃO DAS COTAS-ENCHENTES

As cotas-enchentes foram digitadas em forma de Tabelas e sobre um Mapa. Na

forma de Mapa vamos entregar em um CD para a Prefeitura e na forma de Tabelas são

apresentadas a seguir por bairros.