cortiça na feira de londres · benefícios recíprocos resume, assim, o espírito de trabalho que...

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25 empresas integram o Formação PME A edição do programa “Formação PME para 2006” conta com 25 empresas do sector que vão inte- grar a medida “PME Integral”. Esta medida pretende fazer um diagnóstico/plano de desenvolvi- mento/implementação de medi- das de consultoria e de for- mação/plano de médio e longo prazo nas empresas, de modo a aumentar a sua competitividade em mercados cada vez mais exi- gentes. Pag. 13 Visitas à fileira da cortiça Jornalistas, líderes e consumi- dores continuam a viajar pelo mundo da cortiça. Neste período visitaram o sector dois canais de televisão ligadas à BBC, três jor- nalistas de meios ambientalistas, um jornalista free lancer, dois con- sumidores ingleses de vinho e dois líderes de opinião americanos. A informação recolhida facilitou um conhecimento mais aprofundado sobre a cortiça, clarificando todos os aspectos ligados à produção e transformação. Pag. 8 Um olhar atento sobre as rolhas de cortiça “A Closer Look at Cork Closures” foi o mote do seminário técnico sobre cortiça que decorreu no Culinary Institute of America, nos Estados Unidos. O seminário des- tinou-se à indústria vinícola e con- tou com a participação de um con- junto alargado de investigadores, de entre eles o neo-zelandês Alan Limmer, que divulgou os últimos resultados dos estudos que têm desenvolvido na área de vedantes. Pag. 7 Pag. 5 1 Edição n.º 43 | Abril/Maio/Junho 2006 | Associação Portuguesa de cortiça Cortiça na feira de Londres 2729_Brochura Apcor 16.11.06 14:50 Page 1

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Page 1: Cortiça na feira de Londres · benefícios recíprocos resume, assim, o espírito de trabalho que definimos e que, desde então, temos concretizado com diver-sas entidades. No limite,

25 empresas integram o

Formação PME

A edição do programa “FormaçãoPME para 2006” conta com 25empresas do sector que vão inte-grar a medida “PME Integral”.Esta medida pretende fazer umdiagnóstico/plano de desenvolvi-mento/implementação de medi-das de consultoria e de for-mação/plano de médio e longoprazo nas empresas, de modo aaumentar a sua competitividadeem mercados cada vez mais exi-gentes.

Pag. 13

Visitas à fileira da cortiça

Jornalistas, líderes e consumi-dores continuam a viajar pelomundo da cortiça. Neste períodovisitaram o sector dois canais detelevisão ligadas à BBC, três jor-nalistas de meios ambientalistas,um jornalista free lancer, dois con-sumidores ingleses de vinho e doislíderes de opinião americanos. Ainformação recolhida facilitou umconhecimento mais aprofundadosobre a cortiça, clarificando todosos aspectos ligados à produção etransformação.

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Um olhar atentosobre as rolhas

de cortiça

“A Closer Look at Cork Closures”foi o mote do seminário técnicosobre cortiça que decorreu noCulinary Institute of America, nosEstados Unidos. O seminário des-tinou-se à indústria vinícola e con-tou com a participação de um con-junto alargado de investigadores,de entre eles o neo-zelandês AlanLimmer, que divulgou os últimosresultados dos estudos que têmdesenvolvido na área de vedantes.

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Edição n.º 43 | Abril/Maio/Junho 2006 | Associação Portuguesa de cortiça

Cortiça na feira de Londres

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“A Cortiça e ovinho”, daautoria de

Luís Gil, é o mais recentelivro publicado sobre estesdois clusters. A obra edi-tada pelo Centro para oDesenvolvimento e Ino-vação Tecnológica (CED-INTEC) e pelo InstitutoNacional de Engenharia,Tecnologia e Inovação(INETI) tem cerca de 200páginas e relata a tradiçãohistórica entre estes doisprodutos. O livro aborda esta temá-tica sob um ponto de vistamais técnico, mas, tam-bém, possui uma abor-dagem menos complexapara que possa ser lidopelo público em geral. A introdução fala dosaspectos históricos, per-mitindo avaliar o início ea evolução da relaçãoentre a bebida e o seuvedante de eleição. Se-gue-se uma apresentaçãodos aspectos técnicos,descrevendo-se o mate-rial cortiça, a sua pro-dução e transformaçãoem rolhas, assim como otrinómio rolha-garrafa-vinho, passando pelosproblemas dos gostos,aromas e outras ano-malias. São ainda abor-dados aspectos industriaise comerciais, o engar-rafamento e os sistemasde extracção das rolhas,referindo-se ainda umabreve caracterização dosprodutos concorrentes

existentes no mercadoaté à data. Não foram esquecidosaspectos relativos à nor-malização, a patentes eoutras curiosidades e/ouaspectos técnicos cominteresse. Este livro pers-pectiva, no final, o futuroda utilização conjunta dacortiça e do vinho, ouseja, a continuação e oaperfeiçoamento deste“casamento” que se temmantido ao longo dotempo. Segundo Alcides RodriguesPereira, Presidente doConselho Directivo do

INETI, “este apoio evi-dencia um reconheci-mento do trabalho desen-volvido pelo seu autor,investigador do INETI naárea da cortiça, com umaextensa actividade nestedomínio, reflectida, tam-bém, numa extensa obrajá publicada.” De entre elas destaca-se"A história da cortiça",uma edição da APCOR,publicada em 2000.A obra pode ser adqui-rida na Associação deImportadores e Expor-tadores de Cortiça pelovalor de 20 € .

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acontecimentos

Cortiça e Vinho de novo em livro

Feira Data Local web-site

Gastronomieet Vins

03 a 05 deNovembro França

http://www.congrexpobourges.com/salon-de-la-

gastronomie.php

Mondiaviti 28 a 30 deNovembro França

http://www.bordeaux-expo.com/vinitech/VINITECH_bor-

deaux/mondiaviti.htm

Vino Novello 05 deNovembro Itália http://www.vicenzafiera.it/it/m-nazion-

ali/vinonovello/index.php

SIV 21 a 23 deNovermbro Espanha http://www.salondelvino.com/

Bray Beviale 15 a 17 deNovrmbro a Alemanha http://www.brau-

beviale.de/main/d3zq3v71/page.html

Vinitech 28 a 30 deNovembro França http://www.bordeaux-

expo.com/vinitech2006/index.asp

Feira Data Local web-site

ExpoBuildTech

08 a 11 deNovembro Rússia http://expo-build.ru/

Japan Homeand Building

Show

15 a 17 deNovembro Japão http://www.jma.or.jp/jhbs/en/index.html

VECOGAL28 Outubro

a 05Novembro

Espanha http://www.vigoferia.com/index.php?id=5

ConstructCanada

29 deNovembroa 01 de

Dezembro

Canadá www.constructcanada.com

ARTIBAT 07 a 09 deDezembro França www.artibat.com

BUDMA23 a 26 deJaneiro de

2007 Polónia http://www.budma.pl/en

CEVISAMA SalãoInternacional de Cerâmica,Revestimento

para a Construção

06 a 10 deFevereirode 2007

Espanha http://cevisama.feriavalencia.com/

Feiras de materiaisde construção

Feiras de vinho

Na Edição nº42 do «Notícias APCOR» foi publico o artigo «Riscospara a saúde na indústria da cortiça» que relatava o facto de esteestudo ter sido publicado em livro pelo Instituto deDesenvolvimento e Investigação das Condições de Trabalho(IDICT). É omitido, no entanto, no artigo que este trabalho foidesenvolvido pelo Centro de Saúde Ambiental e Ocupacional doInstituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge – Delegação do Porto(INSA), pelo qual pedimos as nossas desculpas.

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O Sobreiro (Quer-cus suber) éuma espécie

de carvalho com folhapersistente que só existeno Mediterrâneo Oci-dental. Desta árvore tira--se a cortiça, que é umdos poucos exemplos deprodução florestal com-pletamente sustentável.Em termos económicos esociais, o sector corti-ceiro é responsável por3% do PIB português quedá emprego a mais de19000 pessoas, só emPortugal. Em termosambientais, as florestas emontados de sobro sãoum dos habitats maisimportantes para a con-servação da natureza emPortugal e no Mediter-râneo impedindo a de-sertificação física e hu-mana do interior, prote-gendo os aquíferos ezonas de infiltração, con-tribuindo significativa-mente para a fixação decarbono atmosférico, di-minuindo o efeito de estu-fa e funcionando comobarreira contra incêndios.Nestes habitats ocorremespécies de aves amea-çadas e raras, mas acimade tudo podemos obser-var dezenas de espéciescomuns, que são o indi-cador da saúde ambien-tal dos montados e flo-restas de Sobreiro. E nãopoderemos deixar deconsiderar também asmais de 700 espécies deplantas, 24 espécies derépteis e anfíbios, 37 espé-cies de mamíferos e 160espécies de aves, dasquais mais 100 nidificam.

A Sociedade Portuguesapara o Estudo das Aves(SPEA) e a Royal Societyfor the Protection ofBirds (RSPB), os par-ceiros português e inglês,respectivamente, da Bird-Life International, umaconfederação interna-cional de ONGs de ambi-ente focada na conser-vação das aves, consi-deram as florestas deSobreiro um dos habitatsmais importantes paraconservação da naturezae para o desenvolvimentosustentável em Portugal ena Bacia Mediterrânica.

Cork on Top for Biodi-versity" visa promover acortiça junto da opiniãopública inglesa

Conjuntamente com aAPCOR, estas organiza-ções estão a desenvolvero projecto “Cork on Topfor Biodiversity” que visainformar e promover aimportância natural eambiental do montadode sobro e do sector dacortiça junto da opiniãopública inglesa, uma vezque o Reino Unido é omaior mercado mundialde vinhos e um dos paísesonde os cidadãos estãomais sensibilizados paraas questões ambientais.A substituição das rolhasde cortiça por vedantesartificiais no mercadomundial do vinho é umaameaça à sustentabili-dade económica do sec-tor corticeiro em Por-tugal que, a médio prazo,pode pôr em perigo aconservação das florestasde Sobreiro. Os consumi-dores têm um papel adesempenhar na evolu-

ção dos mercados dovinho e dos vedantes.Para o sucesso do pro-jecto foram planeadasalgumas iniciativas entreas quais destacamosalgumas press trips comjornalistas ingleses eamericanos em florestasde Sobreiro em época dedescortiçamento; a par-ticipação na 18ª ediçãoda British BirdwatchingFair, a maior feira deactividades de observa-ção da natureza commais de 18000 visitantes.Os passos seguintes pas-sarão pelo envolvimentodos sócios da RSPB(mais de um milhão)manifestando o seu desa-grado, junto dos canaisde distribuição ingleses,pelo poder de negociaçãodestes agentes, pressio-nando-os a assumir a suapreferência pela rolha decortiça natural em opo-sição a qualquer outrovedante alternativo. Seráainda enviado um pacoteinformativo a todos osparceiros BirdLife comparticular incidência na-queles que actuem empaíses com relevânciaem termos de produçãovinícola.No final deste projecto oconsumidor inglês serámais crítico e mais activona preferência de vinhovedado com cortiça.

Domingos Leitão(CoordenadorPrograma Rural daSPEA)www.spea.pt

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Há mais na Rolha deCortiça … para além do

seu papel de vedante

artigo de opinião editorial

Projecto “Cork on Top for Biodiversity” Cooperação com as autarquias

A APCOR acaba de estabelecer um protocolode cooperação com a Câmara Municipal deCoruche. Pela natureza e objectivos defi-nidos, este protocolo reveste-se de um sig-nificado especial e de uma importância fun-damental.Por um lado, este protocolo resulta do cul-minar de um processo desencadeado poresta associação no sentido do estreitamentode relações com um conjunto alargado deentidades. No sentido de reforçar as com-petências e conhecimentos que sirvam osobjectivos da APCOR e do sector que repre-senta, foi delineada, nos últimos 4 anos,desta associação, a necessidade de estabele-cer uma rede de cooperação com outras enti-dades. A capacidade de nos associarmos aoutros em torno de uma causa comum e combenefícios recíprocos resume, assim, oespírito de trabalho que definimos e que,desde então, temos concretizado com diver-sas entidades. No limite, ambicionamos criarum movimento aglutinador em torno de uminteresse comum, que mais que sinónimo dediferenças deve espelhar coesão e materi-alizar-se numa dinâmica comum e concer-tada de interesses. Por outro lado, o protocolo estabelecidoentre a APCOR e a Câmara Municipal deCoruche representa, ainda, o reconheci-mento que as duas entidades depositam naFileira da Cortiça e no seu desenvolvimentono contexto local e nacional. Todos sabemosa importância deste Concelho na produção etransformação de cortiça sendo certo que aautarquia está, pois, fortemente orientadaem torno do universo do sobreiro e da cor-tiça, sendo evidente os reflexos no tecidosócio-económico.Congratulamo-nos com este protocolo poisos benefícios daí resultantes excederam, emmuito a esfera circunscrita da indústria dacortiça, distribuindo-se de forma equilibradapor toda a cadeia de valor que sustenta e dáforma a uma das actividades mais genuínasda cultura mediterrânica e em particular dePortugal - a fileira da cortiça.

A Direcção

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A APCOR está atentar a revi-são do signifi-

cado da palavra “corked”(gosto a rolha) na próxi-ma edição do DicionárioOxford inglês. Esta ini-ciativa tem por objectivofazer com que a cortiçanão seja citada como aúnica causa dos defeitosencontrados no vinho. Presentemente, o Dicio-nário de Oxford define“corked” como “ umvinho que está afectadopor cortiça de má quali-dade”. Um vinho quemostra sinais de mofo égeralmente associado aocomposto químico deno-minado TCA (2,4,6-Tri-cloroanisol), vulgarmen-te chamado de “gosto a

rolha” ou “cork taint” eminglês. O TCA é um compostoque é frequentementeencontrado na água,vinho, cerveja, bebidasespirituosas, comida eembalagens para comi-da, e cortiça. No entanto,o vinho vedado com ou-tros materiais, como alu-mínio ou plástico, tam-bém pode exibir sinais desabor a mofo. Com os recentes avançosna qualidade da indús-tria de cortiça, as rolhastem vindo a diminuirdrasticamente os valoresde TCA. Neste sentido, aAPCOR forneceu aos edi-tores do Dicionário deOxford informação eevidências deste facto,

estando em curso a avali-ação da possível cor-recção do dicionário. Registe-se que na línguainglesa a palavra "cork"significa cortiça, mas,também, rolha enquantovedante. Daí o usomuitas vezes indevido dapalavra "corked" quepode siginificar sabor arolha (enquanto vedante)e não a cortiça. O que sig-nifica que o vinho podeter um gosto a mofo enão necessariamente acortiça.Esta é mais uma dasacções da CampanhaInternacional da Cortiçaque se encontra nestemomento em curso e quevisa a promoção da cor-tiça nos mercados inter-nacionais.

A APCOR lançouno seu site dosEstados Unidos

em www.realcorkusa.como primeiro curso on-linesobre cortiça. Este ex-tenso curso abrange umconjunto alargado detemáticas relacionadascom a cortiça que in-cluem “A cortiça e o vi-nho”, “Factos sobre cor-tiça”, “Descortiçamento ea transformação de cor-tiça”, “Os vários tipos derolhas de cortiça”, “Acortiça e o planeta” eainda “Os defeitos e aro-mas do vinho”. O questionário, com 25perguntas, tem por basea informação disponívelno site e gira em torno dahistória da indústria de

cortiça, assim como dasúltimas grandes ino-vações do sector. Desdeinformação sobre as maisrecentes técnicas produ-tivas, até à Investigação& Desenvolvimento, osnovos processos e novosmétodos de controlo dequalidade, tudo serámotivo para mais umapergunta sobre o sectorem que Portugal é lídermundial.Os cibernautas que qui-serem avaliar os seusconhecimentos sobre cor-tiça e que conseguiremvalidar 75 por cento dassuas respostas, obtêm aaprovação e recebem umpack de informação so-bre a cortiça com diver-sos suportes.

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APCOR tenta a revisão do significado de “corked” noDicionário de Oxford

Curso on-linesobre cortiça

programas

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“A Call toR e c y c l e ”(Um ape-

lo para a reciclagem) é onome da iniciativa que aAPCOR promoveu naThe London Interna-cional Wine and SpiritsFair (LIWSF). Pelo sextoano consecutivo, aAPCOR recolheu as ro-lhas de cortiça em todosos stands da feira queforam, posteriormente,levadas para a reci-clagem. A iniciativa con-tou com a colocação decaixas em todos osstands com mensagens aapelar à reciclagem ecom a face de JoséMourinho, que se juntouà APCOR na defesa dacortiça neste país. Através da recolha e docontacto com os exposi-tores, a APCOR chamoua atenção para a sus-tentabilidade do mon-tado de sobro e da suainigualável biodiversi-dade que deve ser prote-gida. A acção de recolhade rolhas contou, esteano, com uma novidade eque foi o sorteio de umaviagem ao montado,entre os stands que ade-riram à recolha de rolhasde cortiça.

Publicidade no exteriorda feira

Este ano, a presença dacortiça estendeu-se, tam-bém, ao espaço exteriordo ExCel, com o objec-tivo de envolver todosaqueles que se dirijam àfeira. Assim, foram colo-cados anúncios com JoséMourinho, a face da cor-tiça em Inglaterra, aapelar ao uso da rolha decortiça, no túnel que ligaa feira à estação de com-boio e à paragem dostáxis. A acção de pro-

moção da cortiça chegou,também, aos hotéis en-volventes à feira e queincluiu a presença de fo-lhetos na recepção e adistribuição de kits emcerca de 800 quartos. AAPCOR, esteve presente,ainda, no Stand B20 -“Wines of Portugal”,através do protocolo decolaboração estabelecidocom a ViniPortugal e oICEP Portugal, para pro-mover a cortiça e dar vozà Campanha Interna-cional da Cortiça (CICII). Esta feira, conside-rada como uma das maisimportantes feiras devinho do mundo e quevai já na 26ª edição, mar-cou a rota do calendáriovinícola mundial e trouxeao pavilhão ExCel cercade 25 000 profissionais einúmeros visitantes detodo o mundo. As acçõesda CIC no Reino Unidotiveram o seu ponto altocom o lançamento dacampanha de outdoornas principais cidades doReino Unido: Londres,Birmingham, Manches-ter, Leeds, Salford eTrafford.

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Reciclagem e José Mourinho promovem a cortiça na feira

de Londres

capa

Um dos cinco anúncios que estiveram nas paragens de táxi

Publicidade aérea no túnel de acesso à LIWSF

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A APCOR estevepresente, de 14 a17 de Junho, no

Festival Internacional doPuro-Sangue Lusitanoque decorreu no Hipó-dromo Municipal Manu-el Possolo, em Cascais.O festival que reuniu cri-adores vindos de todo omundo foi organizadopela Associação Portu-guesa de Criadores deCavalo Puro-Sangue Lu-sitano (APSL), que esteano convidou a cortiça, ovinho e o azeite para sejuntarem ao evento nosentido de promover trêsprodutos tipicamenteportugueses. Esta participação permi-tiu à APCOR dar a co-nhecer as diferentes apli-cações da cortiça, bemcomo, em conjunto comoutros produtos por-tugueses, apresentar umpouco das raízes dePortugal e do que se pro-duz por cá. Pretende-sedespertar a atenção e

simpatia pela cortiça naspessoas presentes noFestival e, simultanea-mente, mostrar as dife-rentes aplicações destamatéria-prima. A APCOR disponibilizouum espaço de divulgaçãode informação sobre cor-tiça, facultando aos visi-tantes materiais promo-cionais, assim como ex-plicações sobre o proces-so de fabrico dos diver-sos produtos de cortiça.Estiveram, ainda, algunsprodutos para visualiza-ção que pretenderam dara conhecer ao visitante adiversidade desta ma-téria-prima, como porexemplo pouf’s e bancosfeitos em cortiça, aten-ciosamente cedidos pelaempresa Corkdesign eBleach Design. O espaço de promoçãocontou, ainda, com pro-vas de vinho e de azeite,promovidas pela Vini-Portugal e pela Casa doAzeite, respectivamente.

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Cortiça no Festival do Cavalo Lusitano

noticias

Promoção conjunta da cortiça, vinho e azeite

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“A C l o s e rLook atC o r k

Closures” foi o mote doseminário técnico sobrecortiça que decorreu nodia 23 de Junho, noCulinary Institute ofAmerica, em Napa Val-ley, Estados Unidos. Oseminário destinou-se,essencialmente, à indús-tria vinícola local e con-tou com a participaçãode um conjunto alargadode investigadores, locaise internacionais, quederam a conhecer os últi-mos resultados dos estu-dos que têm desenvol-vido na área de vedantes. A destacar Alan Limmer,um investigador neo-zelandês, que tem feitograndes avanços napesquisa da permeabili-dade de vedantes e efei-tos redutores no vinho;Paulo Lopes que lançourecentemente um artigocientífico sobre a perme-abilidade do oxigénio nosvedantes para vinho; eainda, duas apresen-tações de representantesdo laboratório ETS, umcentro de investigaçãonos EUA, que vão dar aconhecer um estudosobre os verdadeirosdefeitos do vinho rejeita-dos pelos provadores doCulinary Institute ofAmerica. Alan Limmer, investi-gador e produtor devinho, é reconhecido nosEstados Unidos pelo seuartigo exploratório sobreo impacto da capacidadeda cortiça na permeabili-dade do oxigénio, amicro-oxigenação, o quediminui os efeitos deredução no vinho e ori-gina o aparecimento desulfidos no pós-engar-rafamento. Por sua vez,Paulo Lopes, juntamentecom os investigadoresCédric Saucier e YvesGlories, publicaram noano passado um artigo

científico no Journal ofAgriculture and FoodChemistry e que descrevea sua investigação sobreos níveis de difusão dooxigénio nos vários ve-dantes para vinho. Asapresentações dos orado-res estão disponíveis nosite da APCOR emwww.realcork.org/artigo.php?art=170. O evento contou com ainscrição de 100 pessoase pretendeu esclarecer osparticipantes sobre osúltimos avanços na áreade investigação em ve-dantes para vinho.A organização desteseminário esteve a cargoda APCOR e do seu par-ceiro nos EUA, o CorkQuality Council.Esta é mais uma das ini-ciativas promovidas noâmbito da CampanhaInternacional da Cortiça,projecto que conta com aparceria do Icep Portu-gal, e que para além dosEstados Unidos, seestende, também, aoReino Unido e Austrália,e num segundo nível aFrança e Alemanha.

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Rolhas de cortiça em debate nos EUA

i&d

Seminário reuniu mais de 100 especialistas do vinho

Alan Limmer falou da redução dos vinhos Paulo Lopes apresentou estudo sobre a permeabilidade dos vedantes

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A Royal Societyfor the Protec-tion of Birds

(RSPB) e Sociedade Por-tuguesa para o Estudodas Aves, (SPEA), noâmbito do protocoloestabelecido entre estasentidades e a APCOR,trouxeram a Portugaltrês jornalistas especia-listas nas temáticasambientais e de conser-vação da natureza. SusanMcGrath, jornalista doAudubon magazine –uma revista de referêncianos EUA no que toca àsquestões ambientais, se-melhante à NationalGeographic, e que temuma circulação de ummilhão de exemplares,Sam Henderson do TheGuardian Daily newspa-per, e Simon Birch free-lance ambientalista, am-bos dos Reino Unido,estiveram em Portugalmais de três dias, paraconhecer o mundo dacortiça.Os jornalistas tiveram aoportunidade de contac-tar com todos os agentesda fileira da cortiça,desde o montado até aoproduto final, assimcomo esclarecer as suasdúvidas com técnicos eespecialistas do sector dacortiça. A visita teve início nomontado na região deCoruche guiada pelaAssociação de Produ-tores Florestais de Coru-

che, onde os jornalistaspuderam assistir aodescortiçamento de so-breiros, assim comoaprender um pouco maissobre esta técnica e sobrea importância da cortiçapara estas regiões, querao nível ambiental, querao nível sócio-econó-mico. Esta experiênciapelo mundo da cortiçacontinuou com umavisita a duas unidadesindustriais em Ponte deSôr e uma apresentaçãoem sala sobre os últimosgrandes avanços daindústria de cortiça, con-duzida por um técnico daApcor.Os jornalistas tiveram,ainda, a oportunidade dese sentarem à mesa com

Luís Gil, da Unidade deCortiça, do InstitutoNacional de Engenharia,Tecnologia e Inovação(INETI), e CarolinaVarela - investigadora daEstação Florestal Naci-onal. A visita terminoucom uma prova de vi-nhos portugueses na SalaOgival, um espaço emLisboa da propriedade daVinipotugal.A RSPB e a SPEA, aindano âmbito deste proto-colo de colaboração,estão a produzir umabrochura em inglês paraser distribuída pelo wineclub da RSPB e outroslocais relevantes (20.000exemplares) e que ver-sará sobre o montado desobro e a sua importân-

cia para Portugal como omaior produtor e trans-formador de cortiça, oecossistema e as espéciesanimais e vegetais quedele fazem parte e, ainda,as vantagens para o con-sumidor numa escolhaconsciente pela rolha decortiça, como vedante deeleição para o vinho. Este protocolo, comduração de um ano, visadesenvolver uma cam-panha de promoção, noReino Unido, dirigidoaos consumidores, líde-res de opinião e jornalis-tas ingleses. O objectivo desta cam-panha é educar, informare promover a importân-cia natural e ambientaldo montado de sobro e a

sustentabilidade da in-dústria de cortiça. Porisso, para além das visi-tas e da brochura infor-mativa, a RSPB e a SPEAvão produzir um Kit deinformação sobre o mon-tado e a cortiça para dis-tribuição pela BirdLife, eque conterá uma brochu-ra (2000 exemplares),CD-Rom com imagens eapresentação em Power--point, e desenvolveracções de promoção domontado de sobro e dacortiça, incluindo pro-dução de um painel--exposição, produção deaudiovisual de apoio e aparticipação no ReinoUnido na British Bird-watching Fair (Agosto de2006).

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Jornalistas ambientalistas visitam a fileira

media

Ainda no âmbito da campanha estiveram em Portugal o fotógrafo free lancer Jake Price, e vindos de Inglaterra a televisão BBC - NewsBusiness – que filmou uma entrevista ao presidente da APCOR e imagens da fileira para passar num programa de economia - e a BBC –Vida Selvagem -, com o jornalista Paul Morrison, que recolheu imagens de todo o sector para uma pré-produção de uma programa chamadoNatural World, de cerca de 50 minutos, a ser filmado durante 2006 e 2007 e que irá para o ar em 2008.Ainda do Reino Unido estiveram em Portugal dois consumidores de vinho que ganharam o concurso lançado pela revista Ocado no Natalde 2005. Dos Estados Unidos vieram a Portugal, Lisa Airey - Formadora da Society of Wine Educators e Michael Pryor – Formador do CulinaryInstitut of America, que pretenderam recolher conhecimentos para transmitir aos seus formandos em ambos os institutos.

Visitas de todas as áreas de interesse

Consumidores do Reino Unido contactam com a cortiça AFLOSOR conduz BBC World Nature na visita ao montado

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C ortiça e vinhomais uma vezunidos no Dia

do Vinho celebrado nodia 2 de Julho em Lisboa(Sala Ogival) e no Porto(Palácio da Bolsa). A promoção da cortiçaem momentos de quali-dade e de glamour dovinho é um dos objec-tivos que move a APCORa associar-se às iniciati-vas deste género, umavez que desta forma épossível promover emconjunto dois produtosde excelência, como são ovinho e a cortiça. AAPCOR assegurou a dis-tribuição dos cadernosde prova, onde os visi-tantes puderam apontaras suas notas sobre osvinhos degustados e,ainda, informação téc-nica do sector, através dadistribuição do Kit Téc-nico sobre Rolhas deCortiça. O Dia do Vinho é umainiciativa da ViniPortu-gal que desde 2004 dá aconhecer o vinho atravésdos seus enólogos e pro-dutores. Para tal, muitasadegas e quintas tiveramas suas portas abertas ederam a provar os seusvinhos aos visitantes. Narestauração foi promo-vida a venda de vinho dequalidade a copo.Em Lisboa, a Sala Ogivalda ViniPortugal, noTerreiro do Paço, esteveaberta das 10h às 20h, eforam realizadas provasde vinhos e outras acçõesà volta deste néctar.No Porto, o Dia do Vinhoarrancou com um “TourDegustação” , de 30 deJunho a 2 de Julho, quepromoveu menus especi-ais, acompanhados devinhos de qualidade a

copo em restaurantesseleccionados no GrandePorto. Já no Sábado foipossível participar naPink Wine Party quedecorreu a partir das 22he contou com vinhos rosée música seleccionadapelo Dj Lui-g.No Domingo, no Palácioda Bolsa, entre as 15h eas 20h, em ambientedivertido, informal e coma música que o Dj PedroBotelho seleccionou paraeste momento, os visi-tantes tiveram entradalivre para visitarem asvárias exposições subor-dinadas ao tema vinho eparticiparem na inicia-tiva “Vinho – Um se-gredo em cada garrafa”,que decorreu nas Gale-rias do Palácio, momentodurante o qual puderamprovar vinhos de mais de30 produtores e enólogosportugueses e que des-vendaram os segredosque se escondem emcada garrafa.

Animação e exposiçõesmarcaram a festa

O espaço recebeu, ainda,o Wine Games atravésdos jogos sensoriais“Descubra a Casta” e“Aromas do Vinho”. Osvisitantes puderam des-cobrir os aromas e saboresdas castas portuguesas; aexposição “Prova-me” deJoão Miguel Carvalho,onde foi possível apreciarum conjunto de traba-lhos deste artista plás-tico, sob o tema do vinho- coordenador e ilustra-dor do livro/ álbum“Douro – A Nova Gera-ção”, apresentado em2005 na Fundação deSerralves; e, ainda, de-gustar queijos e vinhos.

A afluência dos visitantesaos espaços foi assina-lável, tendo-se registadoa visita de turistas, bemcomo de especialistas daárea vinícola, que referi-ram a importância deeventos deste tipo para a

promoção dos produtosportugueses. A associação da APCOR aestas acções está integra-da num protocolo esta-belecido entre a APCORe a ViniPortugal e quevisa a promoção conjun-

ta dos clusters da cortiçae do vinho. Esta estraté-gia tem sido já opera-cionalizada noutros even-tos, nomeadamente emfeiras de vinho e visitasde jornalistas e líderes deopinião ao nosso país.

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Cortiça na festa do Dia do Vinhosector vinícola

Apreciadores de vinho tomam as suas notas no caderno de provas da APCOR

Cortiça juntou-se ao vinho em momento de celebração

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A indústria mun-dial da cortiçatem aderido

progressivamente aoSystecode - Sistema deAcreditação das Empre-sas mediante o CódigoInternacional das Prá-ticas Rolheiras (CIPR).Na última campanha de2005, foram 419 asempresas a nível mun-dial que conseguiramobter esta certificação -mais 32 empresas queem 2004 -, 278 do totalsão empresas portugue-sas, 99 espanholas, 22francesas, dez italianas,três alemãs e quatromarroquinas. A acres-centar ainda três empre-sas da Tunísia, que entraeste ano neste sistema decertificação (gráfico 1).Ao compararmos estenúmero com o ano tran-sacto verifica-se um au-mento de 8,3 por centodas empresas certifi-cadas em todo o mundo e6,1 por cento emPortugal. Das empresasacreditadas no nossopaís, cerca de 70 porcento são associadas daAPCOR.Na campanha de 2005,pode ainda assinalar-seuma taxa de certificaçãona ordem dos 95,2 porcento, uma vez que das440 empresas inscritas anível internacional, ape-nas 21 não conseguiramobter a certificação. Portugal tem liderado,desde o início, no nú-mero de empresas certi-ficadas, registando, anoapós ano, cerca de 68 porcento do total das empre-sas certificadas. Espanhaocupa o segundo lugar,com 23 por cento do totale França fica no terceirocom 5,3 por cento.O Systecode é um sis-tema de certificação vo-luntário que incentiva asempresas a adequaremos seus processos às mais

modernas técnicas pro-dutivas, ao melhor co-nhecimento dos materi-ais subsidiários utiliza-dos e ao respeito pelasregras de higiene e segu-rança de pessoas e doambiente. Com a adesãoà certificação, a empresaestá a contribuir para oaumento gradual dospadrões de qualidadeexigidos pelos mercados,contribuindo para a ela-boração de um produtofinal cada vez mais me-lhorado e com maiorvalor acrescentado. Para o aumento gradualdesta qualidade tem con-tribuído as sucessivasactualizações do código,que vai neste momentona sua quinta versão eque, face ao anterior, re-gista algumas alteraçõessignificativas das quaisse destacam: introduçãodo conceito de cortiça detrituração e de rolhas decortiça aglomerada “no-va geração”, de práticaspara o controlo derecepção de aparas (cor-tiça de trituração) e gra-nulado, de práticas paratrituração e granulação,da recomendação de nãousar estufas de madeira,de várias recomendaçõesde segurança para a col-matagem e revestimentoem base solvente. O novo código prevê,ainda, a obrigatoriedadeda cortiça estar sob umlocal coberto após a 2ª(última) cozedura, assimcomo de colocar o pódestinado à colmatagemidentificado e arma-zenado em local coberto,limpo e arejado, de asempresas que finalizamas rolhas não se esque-çam de colocar a suamarca e de a comunicar,posteriormente, à CELiège.No documento surgem,também, novas exigên-cias e recomendaçõesquanto aos locais para oarmazenamento de ro-lhas, ao estado e identifi-

cação dos produtos quí-micos e a recomendaçãode verificação periódicados equipamentos decontagem. Os parâmetrosde análise de águas uti-lizados no processo foramrevistos, sendo os pestici-das a pesquisar espe-

cíficos para as diferentesregiões/países onde aindústria está implantada.Registe-se ainda que, emtermos formais, a 5ªedição do CIPR estádisponível em CD-rom,tendo sido a sua estru-tura organizada por

actividades e não porprodutos. Foi, também,introduzida a noção deplanos de controlo comparâmetros acrescidos evárias listagens informa-tivas de documentos deinteresse (normas e le-gislação aplicável).

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419 empresas certificadas pelo Systecode

qualidade

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D a casca do so-breiro para pe-ças de design é

um dos caminhos que acortiça pode seguir. E sãovários os objectivos quese podem encontrar naloja SobreirArte, no Fó-rum Picoas, em Lisboa.Coincidência ou não, aproprietária também temsobreiro no nome, Catari-na Sobreiro Dão. “Quandopensei em abrir esta loja,em 2003, fui movida pelapaixão que já trazia deinfância e que me ligavaà cortiça, a minha mãe éde Beja e, por isso, sem-pre viveu ligada ao mon-tado”, confidenciou ajovem empresária. Li-cenciou-se em Gestão eresolveu lançar-se nomundo dos negócios.Identificou algumas em-presas e estilistas queutilizassem a cortiçacomo material para osseus produtos e asso-ciando informação, bomgosto e produtos requin-tados abriu o seu espaço.Roupa, malas (incluindode viagem), carteiras,canetas, relógios, mol-duras, puff, aventais, cin-tos, balde para o gelo eguarda-chuvas são algunsdos produtos expostospelas várias prateleirasda loja, e que lhe dão umtom dourado e quente.Tudo é feito em pele decortiça. O produto maiseconómico que podeencontrar é um porta-chaves por 2,50 € e omaior valor é um puff emformato de pêra por165€. “Mas o mais im-portante em todos osprodutos que tenho dis-poníveis é o design”, co-menta Catarina Dão. Econtinua: “Se há unsanos atrás era difícilencontrar peças comqualidade para poderatrair os clientes, hojeem dia já não. O designevolui muito e encon-

tramos produtos muitointeressantes”.Os clientes são muitodiversificados. Turistas,portugueses, homens emulheres. A procura vaisempre de encontro àssuas expectativas. “Parao homens é habitualvender-se mais os aven-tais e os galheteiros, asmulheres dedicam-semais à roupa e marro-quinaria”, conta a em-presária.

Informar o cliente sobreas potencialidades dacortiça

A informação é, também,a chave do sucesso destaloja. Para além das peçasexpostas é possível en-contrar monofolhas emportuguês e inglês queexplicam o processo deprodução da pele de cor-tiça, assim como amos-tras das várias texturas etonalidades em que épossível elaborar aspeças. “O atendimentopersonalizado é, semdúvida, uma mais valianesta loja. Explicamostudo o que o cliente quersaber. Desde a lavagemda peça até à forma comoé produzida”, explica aproprietária.A cortiça é produtolavável, com água esabão, tem durabili-dade, impermeabilidadee resistência. E como ter um sobreirona loja não era fácil,Catarina Dão encontrouum Bonsai. Uma árvorede pequeno porte, masque permite perceber,para quem nunca viu umsobreiro, a textura dacasca e o recorte da folha. O negócio, segunda afir-ma a empresária, “ estápara durar e crescer.” “Jáexportamos para a Eu-ropa e estamos com umconjunto de projectos emcarteira, nomeadamentea criação de web-site.”

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SobreirArte – Cortiça com Designarte

Loja no Fórum Picoas só vende produtos de cortiça

Aventais e malas são alguns dos objectos da SobreiArte

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Os arquitectos portugue-ses Siza Vieira e Souto deMoura têm usado a cor-tiça nas suas obras. Ogrande exemplo foi opavilhão de Portugal naExpo de Hannover. Numdepoimento à revistaImobiliária, Souto deMoura lembrou que aaplicação de painéis decortiça na fachada doedifício fez com que cercade 80 por cento destematerial estivesse ex-posto e à vista. Salientouque a nobreza da cor dacortiça já que embora sevá perdendo ao longo dostempos, permite ficarsempre com uma texturamuito bonita e tonali-dades de castanho-dourado. A seguir aopavilhão, o arquitectoSiza Vieira usou a cortiçanuma adega na região doDouro.

In, Imobiliária, 01 deMaio de 2006

“Anselmo prefere a cor-tiça” é o título de umartigo que saiu na revistaEpicur. Quando ques-tionado pela revistasobre a utilização dascápsulas de alumínio(screwcaps) por parte deprodutores portugueses,o enólogo respondeu:todos os vedantes queestão no mercado, desdea cortiça, sintético escrewcap têm a sua utili-dade no mundo da vinifi-cação. O facto de oscrewcap e vedante sin-tético estarem a ganharmercado à rolha de cor-tiça tem a ver com osproblemas do aroma a

“rolha” ou TCA (tri-cloroanissol) que a rolhade cortiça transmite.Quanto a este aspectodevo lembrar que asolução está à vista e oshomens da cortiça têmfeito investigação com oobjectivo de eliminareste defeito.Ultrapassado este pro-blema podemos semdúvida dizer que a cor-tiça é o melhor vedantedo mundo e natural. Eem vinhos que fazemestágio e evolução emgarrafa penso não haverdúvidas de que é real-mente o melhor. Oscrewcap parece-me útilem vinhos de consumorápido e podemos tambémdizer que há vinhos quenão merecem a nobreza dealguma cortiça.

In, Epicur, 01 de Maio de2006

Cortiça nas novas ten-dências. A revista NovaGente dá conta dacolecção da Primavera/Verão da empresa CorkDesign. Além dos sa-patos, sandálias, malas ebijutaria, a empresa apre-senta T-Shirts com apli-cações em tecido de cor-tiça natural. As criaçõespara homem e senhorasão únicas e têm diversascores e tamanhos.

In, Nova Gente, 05 deJunho de 2006

Nos Estados Unidos, oBussiness Wirw noticiouo início do Cork Educa-tion Programme. Este é onome de um módulo

sobre cortiça que foiintroduzido nos progra-mas de alguns cursos aleccionar em reconheci-dos institutos americanos. Na Califórnia, os alunosdo US Court of MasterSommeliers vão ficar aperceber um pouco maissobre o processo de fa-bricação de uma rolha decortiça, assim como co-nhecer os métodos exis-tentes no sector para aprevenção e erradicaçãodo 2-4-6 Tricloroanissol.Este módulo será dadopelo Director Educativodo Instituto, Tim Gaiser.Já em Washington, naSociety of Wine Educa-tors o módulo foi refor-mulado uma vez que nosanos anteriores se faziauma associação directaentre a cortiça e o TCA.Lisa Airey, a voz destemódulo, alterou a infor-mação passando a ex-plicar que os odoresprovenientes do TCApodem ter vários factoresna sua origem.

In, http://home.bussi-nesswire.com, 07 Junhode 2006

Na África do Sul, a jor-nalista Leonie Joubertquestiona o facto de colo-carmos em causa as pro-priedades naturais dacortiça, num mundo dosprodutos naturais.Aceitamos que para terprodutos naturais hásempre um risco quetemos de correr, pois osprodutos podem perecer.E dá um exemplo: nósdeixamos de comprarqueijo porque sabemos

que ao fim de algumtempo no frigorífico elevai ganhar bolor. Eporque não podemosaceitar isto no vinho? Àsvezes oxida, outras vezesfica com sabor a mofo.Os consumidores, reta-lhistas e produtorespodem fazer tudo paraconservar este alimentocorrectamente, mas oresto é com a natureza.Talvez um dia quandoaceitarmos este pequenosacrifício, sabendo queestamos a contribuirpara a preservação dasespécies, a cortiça sejachamada a dádiva deBacchus.

In, www.wine.co.za, 06Junho 2006

No Reino Unido, a cor-tiça enquanto materialusado na construção civilfoi a base de um artigopublicado na AT Hand-book. A notícia, paraalém de descrever as ca-racterísticas intrínsecasda cortiça, apresenta umresumo do processo deprodução, desde a flo-resta ao produto final.Num segundo capítulo, épossível ler as aplicaçõesda cortiça enquanto pavi-mento, revestimento eisolamento e ainda obteros contactos das empre-sas portuguesas que pro-duzem estes produtos.

In, AT Handbook, Abril2006

Ainda no Reino Unido, acrítica de vinhos JancisRobinson apela aos pro-dutores de vinho para

deixarem de usar osvedantes de plástico. Eargumenta: infelizmentenão se consegue ver otipo de vedante usado atéao momento em que seinicia a abrir a garrafa.As raparigas não con-seguem extrair o vedanteda garrafa e até o meumarido teve dificuldadeem fazê-lo. E apontaalgumas razões para estaopção. Os produtoresestão a procurar alterna-tivas à rolha de cortiçapara tentarem controlaro problema do TCA e umvedante de plástico é umpouco mais barato doque a rolha. Os vedantessintéticos não são biode-gradáveis e apesar deutilizarem a mesma linhade engarrafamento dasrolhas, muitas vezes nãosão correctamente intro-duzidas.

In, Financial Times, 10Junho 2006

“Mourinho fica patriota"é o título de um artigo naDecanter de mais um dosdesafios do conhecidotreinador do Chelsea FC -a defesa da rolha de cor-tiça no mercado do ReinoUnido. O jornal diz queJosé Mourinho estáhabituado a ganhar, e,por isso, este será umgrande desafio. Refere,ainda, que a APCOR éque está por detrás destacampanha de promoçãono mercado inglês. In,Decanter, 1 de Abril de2006

In, Financial Times, 10Junho 2006

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Cortiça nos mediamedia

U tilizações da cortiça em obras de arquitectura e na moda, a inclusão de um módulosobre cortiça em vários cursos de vinho nos EUA e a mudança de opinião de co-nhecida crítica de vinhos, Jancis Robinson, que chegou a fazer parte do funeral da

cortiça realizado pelos plásticos são algumas das noticias que foram publicadas recentemente.

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A edição do pro-grama Forma-ção PME para

2006 teve início a 05 deJunho, com uma sessãode apresentação quedecorreu na APCOR, econtou com 25 empresasdo sector que vão inte-grar a medida “PMEIntegral”. Esta medida insere-se navertente de consultado-ria e tem como metodo-logia geral a elaboraçãode um diagnóstico/planode desenvolvimento/ im-plementação de medidasde consultoria e de for-mação/plano de médio elongo prazo. A outramedida a executar, tam-bém ao nível da consulta-doria, e que vem dar con-tinuidade ao trabalhorealizado nas ediçõesanteriores, é a medida“PME Especialização”,que vai chegar a seisempresas, prevê a possi-bilidade de consultoriaintra-empresas que pre-tendam beneficiar destaem áreas específicas (porexemplo Qualidade ouHigiene e Segurança noTrabalho).Nas duas áreas, a consul-tadoria pode chegar aquatro mil horas e aonível da formação emsala, a outra vertente doprograma, pode chegar a700 horas. O Formação PME temcomo principal objectivopromover a informação esensibilização dos em-presários/gestores e tra-balhadores para a neces-sidade de adequação àsnovas tecnologias e mu-tações organizacionais.Através da promoção deum diagnóstico das PME,necessário ao desenvolvi-mento das acções de con-sultoria e formação, épossível avançar paraacções concretas nasempresas com vista auma maior eficácia dos

recursos humanos - inte-gradas num plano deintervenção dirigido aoreforço da vantagemcompetitiva das PME -,induzindo-as, ainda, àpercepção estratégica dovector formação como fac-tor essencial da competi-tividade das empresas.

Programa decorre continuamente desde1997

O programa teve inícioem 1997 e ao longodestes anos foram inter-vencionadas 50 empre-sas do sector da cortiça,sendo a medida “PMEIntegral” aquela que foiobjecto de maior apli-cação, nomeadamenteem 45 empresas. Asrestantes medidas ape-nas foram introduzidasno programa na edição

de 2004 e contaram comtrês empresas no “PMEEspecialização” e duasno “PME Qualificação”(uma medida que já nãoconsta nesta edição). O sucesso alcançado como Formação PME nasanteriores edições fezcom que a Apcor avan-çasse para uma nova fasedo programa com empre-sas que aderiram pelaprimeira vez (PME Inte-gral) e outras que vãomelhorar o trabalho atéentão desenvolvido (PMEEspecialização). Para osector da cortiça, carac-terizado por micro epequenas empresas, acontinuidade deste pro-grama é fundamentalpara que o sector, no seutodo, possa aumentar asua competitividade emmercados cada vez mais

exigentes. Para elevar ascompetências e desem-penhos de todo o sector épreciso, de facto, desen-volver programas àmedida das empresas,avaliando as suas neces-sidades e problemas e,posteriormente, desen-volvendo competênciasnos mais diversos domí-nios. As mudanças aonível da organização daestrutura e da produção;da organização dosmodos de trabalho, con-trolo de custos e do vo-lume de vendas; do mar-keting, imagem e publici-dade; da gestão e planea-mento estratégico; dagestão de stocks e organi-zação de armazéns; con-dições de trabalho epreparação para a certifi-cação da qualidade,foram algumas dasmutações registadas nas

empresas até então inter-vencionadas.

AEP e APCOR são as pro-motoras do programa

Este programa, orçadoem 324 mil euros no casodo sector da cortiça, éfinanciado a cem porcento pelo ProgramaOperacional do Empre-go, Formação e Desen-volvimento Social, doFundo Social Europeu. A AEP – AssociaçãoEmpresarial de Portugalé a entidade Gestora doPrograma FormaçãoPME entidade que, porsua vez, conta com umconjunto de promotoreslocais entre os quais aAPCOR, parceiros res-ponsáveis pela imple-mentação do Programa eque tem um contactodirecto com as empresas.

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Formação PME chega a 31 empresas em 2006

programas

Pequenas empresas aderem ao Formação PME

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Notícias APCOR -Qual a importânciada Fileira da Cortiçapara o Município deCoruche?Dionísio Mendes - OConcelho de Coruchepossui um sistema agro-florestal com caracterís-ticas singulares que pos-sibilitam condições deexcelência para a explo-ração suberícola. Possuicerca de 50.900 hectaresde montado de sobro e aprodução média anual decortiça é aproximada-mente 8.400 toneladas.O Município reconheceestas características co-mo um ponto forte doterritório, bem assim, aspotencialidades que omesmo apresenta para adinamização e fortaleci-mento do tecido econó-mico do Concelho deCoruche. Na área datransformação, existemactualmente três grandesindústrias que no con-junto produzem cerca dedois milhões de rolhas

por dia. Os postos de tra-balho que estas indús-trias criaram são um bemprecioso para a estruturaeconómica e social doConcelho. A fileira dacortiça proporciona aoConcelho de Corucheuma Identidade Terri-torial bastante forte eimportante.

Qual a política daautarquia relativa-mente à captação edesenvolvimento daindústria local?O desenvolvimento eco-nómico de uma região é,quase sempre, acompa-nhado de uma melhoriada sua integração espa-cial e da harmonizaçãodas condições económi-cas e de desenvolvimentodas suas populações.Essa é uma preocupaçãoconstante do Municípiode Coruche e é nesse sen-tido que procuramos de-senvolver uma política decaptação e de desenvolvi-mento da indústria local.

Promovemos o territórioevidenciado as suasdiversas potencialidades,associando-as com aspolíticas adoptadas e ori-entadas para o melhora-mento da condição devida da população doConcelho de Coruche.Nos últimos cinco anos, aAutarquia de Coruchecriou infra-estruturasindustriais essenciais àcaptação e desenvolvi-mento da indústria local.Foi desenvolvida umaZona Oficinal na Fregue-sia da Lamarosa, adqui-rimos terreno e estamosa construir uma modernaZona Industrial na Vilado Couço que disponibi-liza 40 lotes e efectuamosa expansão da ZonaIndustrial do Monte daBarca. Neste período decinco anos disponibi-lizamos mais 65 lotesindustriais para a fixaçãode empresas.Por outro lado, os preçospraticados na venda doslotes são também um

forte incentivo à cap-tação da indústria. Comum preço base na ordemdos 2,50 €/m2, os crité-rios utilizados na avali-ação dos projectos per-mitem reduzir este valor.Um dos parâmetros quecontribui para a reduçãodo preço de venda doslotes é a criação de em-prego. No limite, o preçode venda pode reduzir-seaté 1,00 €/m2.

Do mesmo modo, aregião e a autarquiapossuem uma estra-tégia orientada parao estádio da produ-ção de cortiça?Claramente. Não possuí-mos uma estratégia debase sectorial na ver-dadeira acepção do ter-mo, mas a estratégia debase territorial dese-nhada para a região con-templa diversas medidase acções concertadas quese constituem em ele-mentos facilitadores daprodução e transforma-

ção da cortiça.

Como vê os investi-mentos recentes re-gistados pela indús-tria da cortiça naregião?A abertura económicatraz vantagens à regiãoao possibilitar as trocasinter-regionais e atravésdos benefícios que aregião pode retirar daespecialização. As vanta-gens comparativas doConcelho de Coruchebaseiam-se, em parte,em factores de produçãoe de proximidade. Estacaracterística intrínsecaproporciona-nos algu-mas vantagens concor-renciais face a outrasregiões, não apenas noplano das trocas comer-ciais mas, também, noplano da atracção e daretenção dos factores deprodução que constituema sua base económica.Os investimentos recen-tes desvanecem a con-tradição que existia no

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proporciona a Coruche uma

entrevista

O Município de Coruche despertounos últimos anos um maior inte-resse por parte do sector da cortiça.Um exemplo são as três fábricasque abriram na região e que cri-aram novos postos de trabalho. A produção da cortiça, devido àlocalização do concelho (Ribatejo),é, também, um ponto forte. Paraincrementar esta fileira, a autar-quia vai criar o Observatório doSobreiro e da Cortiça, no sentido dedefender e incentivar a cultura dosobreiro. Criação de um centro educativo e ambiental da cortiça são dois objectivos do município

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Concelho de Coruche.Era um dos Concelhos doPaís com a maior área deprodução de cortiça eonde não existia umaúnica fábrica para a suatransformação. Nos últi-mos dez anos cons-truíram-se três fábricasde cortiça e estão a surgiroutras iniciativas que vãotransformar o Concelhode Coruche num grandecentro produtor de ro-lhas de cortiça. Nos últi-mos quatro anos foramcriados mais de 150novos postos de trabalhono sector.Neste sentido, apreci-amos com bastanteagrado os investimentosregistados pela indústriada cortiça. Numa primeira análiseporque, numa altura emque o País atravessa umcenário económico me-nos dinâmico o Concelhode Coruche, contraria-mente à tendência Naci-onal, diminuiu o númerode desempregados e, poroutro lado, verificamosque as políticas de desen-volvimento económico,nomeadamente as apli-cadas através do planoestratégico de base terri-torial estão a produzirresultados bastante posi-tivos.

Qual a sua opiniãorelativamente a estesinvestimentos e suasrepercussões numeventual movimentode deslocalização?Que efeitos poderáter para a regiãonorte do Concelho deSanta Maria da Feira,líder mundial na

transformação dacortiça? A abertura económicadas regiões leva a que asempresas, como agenteseconómicos racionais quesão procurem localizar-se junto da matéria-prima de forma a pode-rem obter economias delocalização e de aglome-ração. Nestes termos, énatural que se possamgerar alguns movimentosde deslocalização. Umoutro factor igualmenteimportante é o financia-mento a que as empresaspodem candidatar-se paraco-financiarem os seusprojectos de investimento. No Quadro de ReferênciaEstratégica Nacional2007-2013 (QREN), oMunicípio de Coruchevai integrar uma regiãoconsiderada como Objec-tivo Convergência, o quepermitirá às empresascandidatarem-se a fun-dos que não con-seguiriam obter se esti-vessem fora destas zonas.

Quais os projectosem curso lideradospela autarquia nosentido da afirmaçãoda fileira da cortiçana identidade local?O Município de Corucheestá a desenvolver umprojecto que denominoude “Observatório doSobreiro e da Cortiça”. Éum projecto que pre-tende, entre muitos ou-tros objectivos, defendere incentivar a cultura dosobreiro; apoiar projec-tos de investigação desti-nados a aprofundar oconhecimento dos pro-blemas bem como das

virtudes dos sobreiros eao desenvolvimento emelhoramento das uti-lizações industriais dacortiça; defender e prote-ger as manchas florestaissuberícolas; criação deum laboratório paraapoio aos estudos cientí-ficos sobre o sobreiro e acortiça; a promoção deeventos relacionadoscom a fileira da cortiça.Paralelamente ao obser-vatório do sobreiro e dacortiça, o Município deCoruche pretende, tam-bém, criar um centroeducativo ambiental eum parque temático,onde as actividades adesenvolver giram emtorno do sobreiro e dacortiça.

Como vê a actuaçãoda indústria da cor-tiça e o movimentodos mercados nosúltimos anos?A indústria da cortiça,como qualquer outra,está exposta à globaliza-ção económica e a tudo oque de bom e de menosbom advém dessa expo-sição.Se, por um lado, amatéria-prima utilizadapela indústria da cortiçapossui característicassingulares que lhe per-mite obter algumas van-tagens competitivas com-parativas, por outro lado,surgem novos produtosque se assumem comosubstitutos perfeitos da-queles que eram quaseuma exclusividade dessaindústria.O desafio que é colocadoao sector, nomeadamen-te na defesa da matéria-

prima utilizada, é enor-me e as indústrias alter-nativas, com grandesuporte financeiro, tudofarão para tentar dimi-nuir o Capital de Imageme Qualidade que é apaná-gio da indústria da cor-tiça. Considero que aindústria da cortiça estáatenta às ameaças quetem pela frente e temdesenvolvido esforçoscontundentes à defesa deum produto tão impor-tante para Portugal comoé a cortiça.

Na sua opinião, quefuturo se pode pre-conizar para a indús-tria da cortiça e, glo-balmente, para aFileira da Cortiça?Os desafios impostospela globalização dosmercados implicam umamodernização da indús-tria da cortiça com umaaposta forte na inovaçãoe qualidade. A promoçãodeve ser cirurgicamenteplaneada e desenvolvidanos mercados chave. Naparte respeitante à pro-dução da cortiça, devemser levadas a cabo práti-cas silvícolas de excelên-

cia onde entronca o

repovoamento da espécie.

Assumindo a Fileira

da Cortiça um espaço

importante a nível

nacional, que medidas

sugere implementar e

que contribuam para

a sustentabilidade do

sector?

As medidas de uma

forma geral passam pela

modernização da indús-

tria da cortiça, a ino-

vação através da aposta

em produtos alternativos

direccionados para ni-

chos de mercado per-

feitamente identificados,

com elevado potencial de

crescimento e rentabili-

dade elevadas e, cam-

panhas de marketing que

reforcem a posição actual

no mercado das rolhas. A

montante, apostar na

certificação do montado,

dando ênfase ao

repovoamento e a práti-

cas de exploração agro-

florestal sustentáveis e

direccionadas para uma

produção de matéria-

prima de excelência.

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entrevista

“Fileira da cortiça identidade territorial bastante forte”

Dionísio Mendes, presidente do Município de Coruche

PerfilDionísio Simão Mendes, natural e residente emCoruche, nascido a oito de Novembro de 1956, éLicenciado em História, foi professor do ensinosecundário e Vereador na Câmara Municipal deCoruche durante dois mandatos. Entre outrasfunções e cargos exercidos destacam-se aPresidência da Secção de Museus na Asso-ciação Nacional de Municípios, MembroRepresentante da Associação Nacional deMunicípios na Programa Operacional daCultura (POC) e a actividade empresarial.

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A Escola E.B. 2/3de Valadares,em parceria

com APCOR, realizou odescortiçamento de 15sobreiros seculares quese encontram nas insta-lações da escola, com aajuda de especialistashabilitados da empresaJ.A. Veiga de Macedo,S.A. Os alunos tiveram aoportunidade de visu-alizar o descortiçamentoe a poda dos sobreiros,árvore emblemática dafloresta portuguesa, comuma importância para aeconomia nacional e comuma prestação significa-tiva a nível ambiental eno combate à desertifi-cação de muitas regiõesdo país.Simultaneamente e coma ajuda da DGDR-Direcção-Geral dos Re-cursos Florestais, osalunos puderam obterum conjunto de infor-mação diversificada so-bre os povoamentos desobro bem como sobre agestão e manutenção dossobreiros.Esta acção esteve in-cluída na Semana daCortiça que decorreu de

29 de Maio a 2 de Junhoe que contou com umconjunto de actividadesem torno do sobreiro eda cortiça, com o intuitode sensibilizar os alunos ea comunidade local para aimportância desta ma-téria-prima para Portugal. No mesmo dia, mas já nofinal da tarde, teve inícioa exposição “Da cortiça àGarrafa e Não Só!”. Temaque foi o mote para umaconferência que decorreuno dia 31 de Maio e quecontou com a presençade responsáveis da in-dústria da cortiça. Esta Semana da Cortiçaterminou com uma pas-sagem de modelos comroupas de cortiça da auto-ria da estilista ClaudiaSousa (2 de Junho à noite)e acessórios da empresaCorticeira Viking. Osmodelos que embele-zaram a passerelle foramos próprios alunos daescola de Valadares, queconjugando a roupa decortiça e de outros mate-riais abrilhantaram anoite.

Sensibilização para acortiça

As actividades desen-volvidas na Escola deValadares estiveram in-cluídas num programade sensibilização lançadono âmbito da disciplinade Ciências da Natureza eque visou a promoção dacortiça e as suas vanta-gens junto dos alunos e dacomunidade envolvente.As actividades tiveraminício no Dia Mundial daFloresta com o lança-mento de uma Cam-panha de Recolha deRolhas de Cortiça e coma plantação de dezpequenos sobreiros nojardim da escola. A partirdo dia 21 de Março e atéJunho deste ano, aEscola de Valadaresdesafiou os alunos arecolher as rolhas usadasque foram depositadasem local próprio daEscola. Posteriormente,estas foram encami-nhadas para a indústriada cortiça, que se encar-regou de as integrar naprodução de novos pro-dutos que não rolhas.Com o apoio da Junta deFreguesia de Valadares, aEscola alargou a inicia-tiva à comunidade local,

desafiando a população aassociar-se à campanhade rolhas garantindo,assim, as condições paraa divulgação de umamensagem positiva emprol de um produto natu-ral. Deste modo, foramcolocados “Rolhões” nasEscolas do Agrupamen-to, na Junta de Freguesiae nos principais restau-rantes da região, para

posterior reciclagem dasrolhas de cortiça.Com esta iniciativa, aEscola de Valadares pre-tendeu dar um contri-buto para a valorizaçãode um produto natural eamigo do ambiente,através de uma acçãodidáctica e chamar aatenção para a importân-cia desta matéria-primapara Portugal.

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Semana da cortiça na Escola E.B. 2/3 de Valadares

noticias

Descortiçamento da Escola de Valadares cativa alunos

Alunos transformados em modelos num desfile de roupas em cortiça Exposição sobre cortiça organizada por professores e alunos

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A Sercor nasceuem 1964, tendoorigem na em-

presa em nome individualJean Gaston Dussaubat.Este é, também, o nomedo fundador, um empre-sário que veio de Françacom o objectivo de abriruma indústria de cortiça.“O meu pai achou queera aqui que estava ofuturo deste sector”,explica Vincent Dus-saubat, actual adminis-trador da empresa. ASercor iníciou com oitocolaboradores e dedi-cava-se apenas à lavação,colmatagem e trata-mento de rolhas queexportava para França. Em 1979, o pacto socialfoi alterado, surgindo aSercor, Lda com cerca de40 colaboradores. Mas omercado foi evoluindo eas exigências dos clientestambém. “A rastreabili-

dade dos produtos come-çou a ser cada vez maisum pedido constante dosnossos clientes, pelo quetivemos necessidade demodernizar e desenvol-ver a nossa empresa paraacompanhar todo o pro-cesso”, refere o empre-sário.

Controle do produtodesde a floresta

Assim, em 1991, nasce aSoprecor para a pre-paração da cortiça domato. Em 1995 todo oprocesso de fabrico derolhas é transferido paraa Soprecor, ficando naSercor as operações deacabamento e embala-gem do produto. É nesteano, também, que a“empresa sentiu a neces-sidade de prestar umaatenção especial nosprocessos de fabrico e

consolidação dos merca-dos, pelo que abriu ocapital da empresa a ter-ceiros, mediante a cessãode cotas e a respectivatransformação em socie-dade anónima, com adesignação Sercor S.A.”,conta Vincent.Actualmente a Sercorconta com 38 colabo-radores, produz rolhasnaturais, colmatadas ecapsuladas, tendo comoprincipal mercado aFrança (com um desta-que para o segmento dosconhaques), mas expor-tando também para Ale-manha, Chile e EUA.A capacidade de pro-dução anual é de cerca de70 milhões de rolhas.

Qualidade e formação

Desde 1997 que a Sercoraposta na certificaçãocomo o garante da quali-dade da empresa. Nesteano aderiu à norma ISO9002 (qualidade), em2001 foi a vez da certifi-

cação pelo Código Inter-nacional das PráticasRolheiras (CIPR) e o Sys-tecode. No ano seguintefizeram a transição dosistema da qualidadepara o referencial nor-mativo ISO 2000 e em2005 certificaram-se pe-la norma ISO 22000,com a integração no sis-tema de gestão da quali-dade. “Para além da cer-tificação, apostamos narastreabilidade do pro-duto através de um sis-tema de códigos de bar-ras que nos permite ver aorigem da cortiça”, refereVincent Dussaubat. Econtinua: “a formaçãodos nossos colabora-dores é também um fac-tor a destacar. Tentamosdar formação regular-mente e em várias áreas,com uma aposta nahigiene e segurança notrabalho e na área ali-mentar, que é uma pre-ocupação cada vez maiscrescente.”

Participação associativaactiva

“Tentamos associar-nosa todos os projectos daAPCOR que conside-ramos importantes parao sector e, também, paraa nossa empresa”, diz oempresário. Assim “cola-boramos activamente naCampanha Internacionalda Cortiça, porque con-sideramos que a pro-moção das rolhas é fun-damental para conse-guirmos combater asameaças dos outrosvedantes”. “Aderimos,também, ao projectoEcoempresas para po-dermos fazer uma avali-ação energética da nossaempresa e saber sepodemos poupar maisenergia”, enumera oadministrador. E con-clui: “o papel associativoe de representação dosector a nível interna-cional é muito impor-tante e a APCOR temdesempenhado muitobem a sua missão”.

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“Apostamos na qualidade e na formação dos nossos colaboradores”

associados

Sercor tem capacidade para produzir 70 milhões de rolhas/ano

Empresa conta com 38 colaboradores

Vincent Dussaubat, administrador da Sercor

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A cortiça tem efei-tos anticance-rígenos e dimi-

nui o risco de doençascardiovasculares e dege-nerativas. Segundo LuísGil – responsável pelaUnidade de Tecnologiada Cortiça do InstitutoNacional de Engenhariae Inovação (INETI) - arolha de cortiça “formacompostos anticancerí-genos e antioxidantesque podem diminuir orisco de doenças cardio-vasculares, assim comocertas doenças degenera-tivas”. A reacção de com-postos da cortiça com ovinho pode produzir umagente antitumural de ele-vada eficácia.As conclusões do estudorevelam que para alémdos efeitos favoráveis à

evolução do vinho, con-ferindo-lhes compostosorgânicos voláteis comoa vanilina (agente dosabor), que proporcio-nam odores e saboresespecíficos, a cortiça for-ma compostos anti-cancerígenos e antioxi-dantes que ajudam areduzir o risco de doen-ças degenerativas e car-diovasculares. Os inves-tigadores do INETI de-monstraram, através deum estudo prévio, que areacção de compostos dacortiça com o vinho podeproduzir acutissimina A,um agente antitumural,250 vezes mais eficazque um dos mais fre-quentes remédios anti-cancerígenos utilizadosactualmente.

Cortiça diminuiu o efeitode estufa

Do ponto de vista ambi-ental, o uso da rolha decortiça ajuda a diminuiro efeito estufa e os pro-blemas climáticos comoo aquecimento global.Segundo o investigador,Luís Gil, o uso de peque-nos gestos, como a escolhade um vinho vedado comcortiça, pode ter impactona preservação do meioambiente. Outro estudodemonstra que o uso darolha de cortiça ajuda adiminuir o efeito de es-tufa provocado pelodióxido de carbono(CO2), um dos gasesmais poluidores daatmosfera, resultante daqueima de combustíveisfósseis.

O dióxido de carbono éfixado por todas as plan-tas, que o retêm e liber-tam oxigénio. A cortiçarevela-se extremamenteeficaz nessa tarefa, reten-do mais do dobro do seupeso em CO2, como épraticamente imputres-cível, ao contrário dasoutras biomassas, essaretenção dura quaseeternamente.A extracção de cortiçados sobreiros revela-seentão um rito precioso,as árvores das quais seextrai cortiça formamrapidamente uma cama-da para se proteger, eproduzem, ao longo dasua vida, 4,25 vezes maiscortiça do que as res-tantes. A conclusão daequipa de investigadoresdo INETI remete para

que um aumento anualna produção de cortiça setraduza numa fixação deCO2 correspondente àpoluição produzida por185 000 automóveis porano.De notar que as rolhasproduzidas anualmente“absorvem” dióxido decarbono equivalente àpoluição produzida porcerca de 49 000 auto-móveis. Se tomarmos em consi-deração o consumo devinho aconselhado pelosmédicos (0.25l por dia),ou seja 122 garrafas porano, ao escolhermos gar-rafas vedadas com rolhasde cortiça, essas mesmasrolhas podem fixar apoluição equivalente aum automóvel percorrer7 km.

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Beba vinho com cortiça, pela sua saúde

noticias

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Programas da APCOR em curso

Programa CorkAcção ECOEMPRESAS POS-C Formação PMECampanha

Internacional daCortiça

Fileira dosMateriais deConstrução

Principaisactividadesem curso

Próximasactividades

•Desenvolvimento do trabalho de investigaçãopela equipa do Inbiotec.

•Início dos trabalhos noprojecto de investigaçãosobre a interacção entrea rolha de cortiça e ovinho na evolução dovinho em garrafa(Laboratoires Excell) e aidentificação de factoresde valorização do vinhoatravés do engarrafa-mento com rolha de cortiça (BIOCANT).

•Continuação dos traba-lhos de investigaçãopelas entidades Inbiotec(Espanha), Biocant(Portugal) e LaboratoiresExcell (França).

•Lançamento do manualOperacional do ProgramaCorkAcção.

•2º CICLOAnálise Preliminar dasEmpresas paraCaracterização ao Nível daECO-Eficiência eIdentificação de ÁreasPrioritárias deIntervenção.

•Recepção eavaliação das propostas.

•Início do programa para2006 e que contará com32 empresas, das quais24 são do sector da cor-tiça, 4 da comercializa-ção de bebidas alcoóli-cas, 1 da produção devinho, 1 da tanoaria, 1da carpintaria e 1 daindústria de ferragens.

•Visitas de jornalistas e líderesde opinião à fileira da cortiça.

•Visita de consumidoresIngleses vencedores do con-curso realizado com aOcado.com no Natal.

•Preparação e início das activi-dades na Alemanha.

•Seminário “A closer look atclosures” nos EUA.

•Início da actividade junto dosretalhistas ingleses.

•Participação na LIWSF’2006.

•Preparação dos cadernostécnicos para a cortiça.

•Preparação do directóriode empresas.

•Preparação de um catá-logo digital para o Japão.

•Preparação do Encontrode Sectores 2006.

•Elaboração de PlanoEspecífico de Acção paraas Áreas Identificadascomo Prioritárias, porespecialistas.

•Adjudicação e início daimplementação.

•Início da Formação paraos empresários e das visi-tas às empresas inscritasno projecto, tendo emvista a realização de umdiagnóstico prospectivoda empresa, com o obje-ctivo de apontar de formaclara novos caminhos dedesenvolvimento e identi-ficar pontos de inter-venção no sentido dedesenvolver e melhorar odesempenho da organiza-ção.

•Adjudicação e início daimplementação.

•Lançamento do concurso juntodos retalhistas alemães, com apublicação de um anúncio emrevistas da especialidade.

•Preparação das provas devinho na Alemanha emSetembro.

•Preparação seminário emFrança.

•Visitas de jornalistas e líderesde opinião à fileira da cortiça.

•Lançamento do concurso “MyFavorite Moment with RealCork”, no Estados Unidos.

•Envio de Kits Informativospara sommeliers e InstituiçõesVinícolas – Cork EducationProgramme.

•Preparação dos cadernostécnicos para a cortiça.

•Preparação da FeiraMosbuild 2007.

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