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Corrosão Materiais para a Indústria Química Prof. Dr. Cassius Olivio Figueiredo Terra Ruchert, Associado

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Corrosão

Materiais para a Indústria Química

Prof. Dr. Cassius Olivio Figueiredo Terra Ruchert, Associado

Sumário da Aula

• Introdução• Formas de Corrosão• Formas de Proteção• Desgaste

EEL – USP Prof. Dr. Cassius Ruchert 2/105

CORROSÃODEFINIÇÕES

Corrosão deterioração de um material por ação química ou eletroquímicado meio ambiente aliada ou não a esforços mecânicos, tornando-o imprópriopara o uso.

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• É a deterioração e a perda de material devido a ação química ou eletroquímica do meio ambiente, aliado ou não a esforços mecânicos.

• A deterioração leva: Ao desgaste À variações químicas na composição À modificação estruturais

• Em geral a corrosão é um processo espontâneo

Corrosão Metálica

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• O Engenheiro deve:

Saber como evitar condições de corrosão severa Proteger adequadamente os materiais contra a corrosão

Corrosão Metálica• Nos processos de corrosão, os

metais reagem com o meioproduzindo compostos semelhantesaos encontrados na natureza. Nestecaso a corrosão funciona como oinverso dos processos metalúrgicos

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• Se caracteriza basicamente por:

Presença de água no estadolíquido (corrosão no meioaquoso)

Formação de uma pilha oucélula de corrosão, com acirculação de elétrons nasuperfície metálica.

Corrosão Eletroquímica

Anodo CatodoEletrólito

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2H+

2H+

Fe

2e

H2

Fe2+

2H+ 2H+ 2H+ 2H+ 2H+

Anodo

CatodoEEL – USP Prof. Dr. Cassius Ruchert 7/105

Pilhas Eletroquímicas

• Basicamente uma pilha eletroquímica apresenta os seguintescomponentes:

a) Anodo: Eletrodo em que há oxidação (corrosão/redução) e ondea corrente elétrica, na forma de íons metálicos positivos, entrano eletrólito;

b) Eletrólito: Condutor (usualmente um líquido) contendo íons quetransportam a corrente elétrica do anodo para o catodo;

c) Catodo: Eletrodo onde a corrente elétrica sai do eletrólito (oueletrodo) no qual as cargas negativas (elétrons) provocamreações de redução (oxidação);

d) Circuito metálico: Ligação metálica entre o anodo e o catodo poronde escoam os elétrons, no sentido anodo-catodo.

Caso Retire um destes componentes elimina-se a pilha

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Pilhas de Eletrodos Metálicos Diferentes

CORROSÃO GALVÂNICA:- Dois metais diferentes em contato, imersos num mesmo eletrólito.

Corrosão Galvânica em tubo deaço carbono com válvula de latão(Cu+Zn)

CORROI

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• Para os materiais metálicos oprocesso de corrosão envolvenormalmente uma transferênciade elétrons• Os átomos metálicos perdem oucedem elétrons(oxidação/Redução)

Corrosão Eletroquímica

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• Os elétrons gerados de cada átomo de metal que é oxidadodevem ser transferidos para outro componente químico (redução)

• As reações são de redução dos íons do meio corrosivo, asprincipais reações são:

Em meios aerados: caso normal de água do mar e naturaisH2O + 1/2 O2 + 2e 2 OH-

Em meios desaerados: caso comum em águas docesindustriais2 H2O + 2e H2 + 2 OH-

Corrosão Eletroquímica

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• Alguns metais podem sofrer corrosão em soluções ácidas,que têm elevadas concentrações de íons hidrogênio (H+).Nesse caso há uma reação de redução do hidrogênio

Corrosão Eletroquímica

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• Neste caso há reação direta com o meio corrosivo, sendo oscasos mais comuns a reação com o oxigênio (OXIDAÇÃO SECA)

• Reação genérica da oxidação seca:

METAL + OXIGÊNIO ÓXIDO DO METAL• Geralmente , o óxido do metal forma uma camada passiva queconstitui uma barreira para que a oxidação continue (barreirapara a entrada de O2).• Essa camada passiva é fina e aderente e alguns óxidos dedeterminados metais podem formar proteções eficientes contra acorrosão

Corrosão Química

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QUANTO MAIS NEGATIVO O POTENCIAL, MAIS FÁCIL A CORROSÃO

Fe mais negativo que o latão: o Fe corrói e o Latão

não!

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Série Eletroquímica

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Camada Passiva de ÓxidoCamadas Passivas

com proteção eficiente

Camadas Passivas com proteção

ineficiente

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Filme de óxido (Cr)• O filme de óxido formado é

invisível, contínuo e suaespessura é inferior a doiscentésimos de µ.

• Tanto a espessura do filmecomo seu teor de Craumentam à medida que semelhora o polimentosuperficial, portanto devese formar sobre umasuperfície metálica limpa

• Se o filme for rompido,instantaneamente serestaura o processo decorrosão se o aço estiverem meio oxidante

Aço Inoxidável

Fe CrFe Cr Fe Cr Fe Cr

O2

O2

O2O2

• Os metais que formam camada passiva com proteção eficiente tornam-se altamente resistentes à corrosão e à oxidação. Isso ocorre porque a formação dessa camada funciona como uma barreira protetora contra os agentes agressivos especialmente na corrosão eletroquímica, pois separa o metal do eletrólito

Passividade

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•Pode-se observar o efeito do filme de óxido em metais passiváveis em relação a outros metais – a partir do ponto 3 observa -se que mesmo aumentando o poder oxidante da solução não há aumento da taxa de corrosão, isso ocorre devido ao filme de óxido formado

Passividade

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Tipos de Pilhas mais Comuns

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Pilhas de Eletrodos Metálicos Diferentes

PILHA ATIVA-PASSIVA:• Passivação por formação de óxido ou outro

composto insolúvel nas suas superfícies. Ex:Al, Pb, Aço Inox, Ti e Cr;

• Área passivada: catodo.

• Íons Cl-, Br- e I- → Destroem apassivação ou impedem sua formação;

Destruição da passividade –pontos desprotegidos→ Pontos de metal ativo(anodos) vizinho de áreas de metal passivado (catodos): gera ddp da ordemde 0,5 V = PILHA ATIVA-PASSIVA.

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Pilhas de Eletrodos Metálicos Diferentes

PILHA de AÇÃO LOCAL:

Na peça de Zn:

• Impurezas (Fe, C e Cu)são microcatodos;

• Zn é o Anodo- Corroi

Placa de Zn impura em solução de H2SO4 = Pilha de Ação Local

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Pilhas de Concentração

PILHA de CONCENTRAÇÃO IÔNICAEletrodos de mesmo material em contato com diferentes concentrações deum mesmo eletrólito.

Pilha de Concentração Iônica

- ANODO → eletrodo imerso na solução mais diluída.- CATODO → eletrodo imerso na solução mais concentrada.

Cu2+(aq) + 2e- ↔ Cu(s)

CORROI

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Pilhas de Concentração

PILHA de AERAÇÃO DIFERENCIALEletrodos de mesmo material, mesmo eletrólito, diferentes teores degases dissolvidos.Somente pela equação de Nernst: o anodo é o menos aerado.

Pilha de Aeração Diferencial

CORROI

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Pilhas de Temperaturas Diferentes

PILHA TERMOGALVÂNICA

• Eletrodos de mesmo material, eletrólito em diferentes temperaturas.

• Aumento da Temperatura → acelera o processo corrosivo.

ANODO → Temperatura maior- corroi!CATODO → Temperatura menor.

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CORROSÃO ELETROLÍTICA

CORRENTE ELÉTRICA EXTERNA

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Sumário da Aula

• Introdução• Formas de Corrosão• Formas de Proteção

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• Uniforme → a corrosão ocorre em toda a extensão da supefície

• Por placas → forma-se placas com escavações

• Alveolar → produz sulcos de escavações semelhantes à alveolos (tem fundoarredondado e são rasos)

• Puntiforme → ocorre a formação de pontos profundos (pites)

• Intergranular (Intercristalina) → ocorre entre grãos

• Intragranular (Transgranular/Transcristalina) → a corrosão ocorre nos grãos

• Filiforme → a corrosão ocorre na forma de finos filamentos

• Por esfoliação → a corrosão ocorre em diferentes camadas tipo “laminadas”

Formas de Corrosão

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• Corrosão Seletiva → Consiste na dissolução preferencial de um elementoconstituinte de uma liga (grafítica, dezinficação; desaluminação, descobaltização)

Grafítica → Corrosão seletiva ocorrida no Fofo cinzento, corroendo ometal base e sobrando a grafita;

Dezincificação → Corrosão seletiva em ligas de Cobre-Zinco (Latões),com regiões avermelhadas em contraste com o amarelo do latão (Corrosãopreferencial do Zn);

• Empolamento pelo hidrogênio (Fragilização por hidrogênio) → Formação deregiões com bolhas de hidrogênio molecular H2 preferencialmente no contorno dogrão fragilizando o material.

• Em torno do cordão de solda → Ocorre em aços inox não estabilizados ou comteores de carbono maiores que 0,03%, com corrosão intergranular (ver fig. abaixo).

(Continuação)

Corrosão em torno de cordão de solda em (a) tanque e (b) tubulação de aço inoxidável AISI 304.

(a) (b)

• É o tipo mais comum de corrosão ese caracteriza por se apresentarsobre toda a superfície da peça• É comum em metais que nãoformam camadas passivas protetoras• A formação de ferrugem no açopode ser considerada como corrosãouniforme• No processo de ferrugem há aoxidação do ferro, formandohidróxido de ferro [ Fe(OH)2] queposteriormente se oxida formandohidrato de óxido férrico

Corrosão Uniforme

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• Ocorre quando os produtosde corrosão formam-se emplacas que se desprendemprogressivamente. É comumem metais que formampelícula inicialmente protetoramas que, ao se tornaremespessas, fraturam e perdemaderência, expondo o metal anovo ataque

Corrosão por Placas

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• Quando o desgaste provocado pela corrosão se dá sob formalocalizada, com o aspecto de crateras.• É freqüente em metais formadores de películas semi protetorasou quando se tem corrosão sob depósito, como no caso dacorrosão por aeração diferencial

Corrosão Alveolar

Corrosão “alveolar” em tubo de aço carbono

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• Esse tipo de corrosão não se apresenta com um aspectohomogêneo sobre toda a superfície, mas concentrado em craterasde pequeno diâmetro e grande profundidade• É freqüente em metais formadores de camadas passivasprotetoras que sob a ação de certos agentes agressivos sãodestruídas em pontos localizados, os quais tornam-se ativospossibilitando uma corrosão muito intensa

Corrosão por Pites

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• Na corrosão por pite a oxidação ocorre no próprio pite• A força da gravidade faz com que os pites se direcionem parabaixo (extremidade do pite) onde se encontra cada vez maisconcentrada e agressiva fazendo com que o processo de corrosãose intensifique na extremidade e o pite aumente

Corrosão Puntiforme ou por Pites

Corrosão por “pites” em tubo de aço inoxidável AISI304

Seção parcial de um tubo

caracterizando a corrosão por

“pite”

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Replicas

Corrosão Caldeira Inox 316

Pite

Trinca iniciando no pite

CST

• Se processa sob a forma de finos filamentos, mas não profundos,que se propagam em diferentes direções.• Ocorre geralmente em superfícies metálicas revestidas comtintas ou metais.• É observada mais freqüentemente em revestimentos maispermeáveis à penetração de oxigênio e água, ou aindaapresentando falhas e riscos.

Corrosão Filiforme

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• Se processa de forma paralela à superfície metálica.• Ocorre em chapas ou componentes extrudados cujos grãos foramachatados ou alongados, criando condições para que inclusões ousegregações sejam transformadas, devido ao trabalho mecânico,em plaquetas alongadas. Caso estas sejam atingidas pela corrosão(por frestas por exemplo) ocorre a separação das camadas edesintegração do material

Corrosão por Esfoliação

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• Ocorre em fendas , pontos de contato entre materiais iguais oudiferentes e sob depósitos de sujeira ou de produtos de corrosãoonde a solução se torna estagnada e há presença insuficiente deoxigênio para formação da camada passiva.• A fenda deve ser ampla o suficiente para que a solução penetre,porém estreita o suficiente para que haja estagnação do fluido

Corrosão em Frestas

Solda descontínuaRosca

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• Um exemplo de corrosão em frestas é o que ocorre em açosinoxidáveis em eletrólito contendo íons H+ e Cl-• Após o oxigênio ter se exaurido na região que está localizada nointerior da fresta, a oxidação do metal ocorre• Os elétrons dessa reação eletroquímica são conduzidos pelometal para regiões externas à fresta onde são consumidos emreações de redução• A solução que se encontrano interior da fenda desenvolveconcentrações de íons H+ e Cl-que destroem a camada passivade aços inoxidáveis

Corrosão em Frestas

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• Ocorre preferencialmente aolongo dos contornos de grãos paraalgumas ligas e em ambientesespecíficosa• O resultado é que uma amostrase desintegra ao longo dos seuscontornos longo dos seus contornosde grãos• A composição química e otratamento térmico são fatoresbastante importantes para esse tipode corrosão• Sensitização de aços inoxidáveis

Corrosão Intergranular

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• Quando o fenômeno se manifestasob a forma de trincas que sepropagam pelo interior dos grãosdo material, como no caso dacorrosão sob tensão de açosinoxidáveis austeníticos.

Corrosão Intergranular

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• A corrosão galvânica ocorrequando dois metais ou ligas decomposições diferentes sãoacoplados eletricamente e expostosa um eletrólito• O metal menos nobre, ou maisreativo irá experimentar a corrosãoe o metal mais inerte vai serprotegido contra a corrosão• A série galvânica ao lado indica asreatividades relativas de umavariedade de metais e ligas

Corrosão Galvânica

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• Quando dois metais sãoacoplados em umeletrólito aquela queestiver mais abaixo nasérie galvânica sofrerácorrosão• Em certos eletrólitos oaço inoxidável pode ter apelícula passiva quebradalevando-o do estadopassivo para um estadoativo

Corrosão Galvânica

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• Consite na dissolução preferencial de um elemento constituintede uma liga.• O caso mais comum é o do latão (dezincificação), podendoocorrer também em outras ligas com remoção de alumínio(desaluminização), cobalto (descobaltização), ferro (grafitização),cromo, etc...• Na corrosão seletiva do latão, o zinco é corroídopreferencialmente, deixando o material frágil e poroso.

Corrosão Seletiva

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A corrosão seletiva do latão é facilmentedetectada pelo aparecimento de regiõesde cor avermelhada, típica do cobre, quecontrasta com a cor amarelada doslatões.

Na corrosão seletiva do ferro fundidocinzento ocorre perda de Fe, restandouma massa porosa, de aspecto escuro(típico do grafite), vazios e ferrugem,facilmente retirável mecanicamente.

Corrosão Seletiva

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• O hidrogênio atômico H+ penetrano material metálico e, em funçãode seu pequeno volume, difunde-se rapidamente em regiões comdescontinuidades, como inclusõese vazios, transformando-se em H2,exercendo pressão e originando aformação de bolhas (fragilização)..

Fragilização por Hidrogênio

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• Fadiga é a tendência de ummetal fraturar quando sujeito asolicitações mecânicas alternadasou cíclicas.• Quando um componente ésujeito a esforços cíclicos nummeio que o pode atacar químicaou eletroquimicamente,verificam-se condições para queocorra corrosão sob fadiga

Corrosão por Fadiga

Curva de fadiga e corrosão sob fadiga para um material ferroso

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• Pode aparecer em quase todosos tipos de metais. Está ligada àexistência conjunta de eletrólitos etensões mecânicas e podemavançar para o interior do metal• Pequenas trincas se formam eentão se propagam em umadireção perpendicular à tensão,com o resultado de que por fimuma falha pode ocorrer• O comportamento da falha écaracterístico do apresentado poruma material frágil

Corrosão sob Tensão

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• A maioria das ligas é suscetível àcorrosão sob ambientes específicos• Por exemplo, o latão é vulnerávelquando exposto à amônia(fotomicrografia) enquanto quemaioria dos aços inoxidáveis sofremcorrosão sob tensão em soluçõesque contém íons cloreto• Entre os aços inoxidáveis osausteníticos são os que apresentammaior sensibilidade à corrosão sobtensão, surgindo principalmente naszonas onde há deformação plástica

Corrosão sob Tensão

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• Ocorre devido à ação combinada de um ataque químico e daabrasão mecânica ou desgaste como uma conseqüência domovimento de um fluido• Ela é especialmente prejudicial aos metais passiváveis pois a açãoabrasiva pode causar uma erosão da película de óxido deixando asuperfície do metal exposta

Corrosão - Erosão

• Se a película não for capaz de se recomporrapidamente a corrosão pode ser severa• A natureza do fluido exerce forte influênciasobre a corrosão assim como a velocidade dofluido e a presença de bolhas e sólidos empartículas

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Erosão em tubos de caldeira

Corrosão - ErosãoErosão + Pite Corrosão

• Caso particular de corrosão -erosão• Formação de bolhas de vaporem função da queda de pressão(local) e posterior implosãosobre a superfície metálica (jána zona de pressão);• É freqüente em sistemas ondeo líquido se move a altasvelocidades e onde ocorramvariações bruscas de pressão:bombas, turbinas, hélices denavios, etc...

Corrosão - Cavitação

1- formação da bolha de vapor;

2- implosão e destruição do filme passivo;

3- formação de novo filme;

4- repetição do processo.

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Corrosão - Cavitação

Pites ou alvéolosocasionados porcavitação, ondeocorreu reduçãobrusca do diâmetroda tubulação

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Corrosão - Cavitação

Exemplo de turbina Francis com cavitação ( EFEI,1999)

Exemplo de cavitação e corrosão de um rotor de aço inox 316

• Ocorre nas áreas decontato entre os materiaisquando sob carga eexecutando movimento deescorregamento ouvibração;

• Provoca o desgastemetálico e a formação departículas de óxidos,levando ao aparecimentode folgas entre assuperfícies de contato.

Corrosão sob Atrito

a) as superfícies estão inicialmente revestidas por uma camada de óxido;

b) o movimento relativo remove a camada em alguns pontos;

c) o óxido é novamente formado e o processo se repete.

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• Atmosfera (poeira, poluição, umidade, gases:CO, CO2, SO2, H2S,NO2,...)• Água (bactérias dispersas: corrosão microbiológica; chuva ácida,etc.)• Solo (acidez, porosidade)• Produtos Químicos• Um determinado meio pode ser extremamente agressivo, sob oponto de vista da corrosão, para determinado material e inofensivopara outro• Todos esses meios podem ter características ácidas, básicas ouneutra e podem ser aeradas.

Principais Meios Corrosivos

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• Muitas vezes os produtos da corrosão são requisitos importantesna escolha dos material para determinada aplicação

• Alguns exemplos onde os produtos da corrosão são importantes:

Os produtos de corrosão dos materiais usados paraembalagens na indústria alimentícia deve não ser tóxico comotambém não pode alterar o sabor dos alimentos.

Pode ocorrer, devido a corrosão, a liberação de gases tóxicose inflamáveis (riscos de explosão)

Materiais para implantes de ossos humanos, implantedentário, marcapassos, etc.

Produtos da Corrosão

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Sumário da Aula

• Introdução• Formas de Corrosão• Formas de Proteção

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• Pinturas ou vernizes

• Recobrimento do metal com outro metal mais resistente àcorrosão

• Galvanização: Recobrimento com um metal mais eletropositivo(menos resistente à corrosão)

• Proteção eletrolítica ou proteção catódica

Principais Meios de Proteção Contra a Corrosão

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• Separa o metal do meio

• Exemplo: Primer em Aço

Pinturas ou Vernizes

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Proteção Não-Galvânica

Folhas de flandres: São folhas finas de aço revestidas comestanho que são usadas na fabricação de latas para a indústriaalimentícia. O estanho atua como ânodo somente até haverrompimento da camada protetora em algum ponto. Após,atua como cátodo, fazendo então que o aço atue como anodo,corroendo-se

EEL – USP Prof. Dr. Cassius Ruchert 66/105

• Recobrimento do metal com outro metal mais resistente àcorrosção

• Separa o metal do meio

• Exemplo: Cromagem, Niquelagem, Alclads, folhas de flandres,revestimento de arames com Cobre, etc

• Dependendo do revestimento e do material revestido, pode haverformação de uma pilha de corrosão quando houver rompimento dorevestimento em algum ponto, acelerando assim o processo decorrosão

Proteção Galvânica

EMM – EESC – USP Prof. Dr. Cassius Ruchert 45/83

• Exemplo: Recobrimento do aço com zinco

O Zinco é mais eletropositivo que o Ferro, entãoenquanto houver Zinco o aço ou ferro esta protegido. Veja ospotenciais de oxidação do Fe e Zn:

ε° oxi do Zinco= + 0,763 Voltsε° oxi do Ferro= + 0,440 Volts

Proteção Galvânica

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• A proteção anódica utiliza-se de um revestimento catódico, orevestimento é mais nobre que o metal base protege-o contra acorrosão. Um grande problema desse tipo de proteção é quequalquer porosidade ou ruptura desta camada provocará oaparecimento de uma célula galvânica onde o metal base é oanodo e sofrerá uma corrosão localizada. Portanto, norevestimento catódico deve-se ter o cuidado para não deixar falhasno mesmo

Proteção Anódica

• Os revestimentos catódicosaplicados sobre o aço são oestanho, chumbo, níquel,cromo, cobre e os metais raroscomo prata ouro e platina

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• Este método de proteção contra a corrosão é empregadoprincipalmente em estruturas metálicas de grandes dimensões(navios, tubulações) sujeitas a ação corrosiva da água do mar outerrenos úmidos• Tem como princípio a formação de uma pilha galvânica entre omaterial a proteger e um eletrodo de sacrifício, que faz o papel deânodo e deve ser mais eletropositivo ( maior potencial de oxidaçãono meio) que o primeiro, ou seja, deve apresentar maior corrosão

Proteção Catódica

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• Utiliza-se o processo de formação de pares metálicos (UM É DESACRIFÍCIO), que consiste em unir-se intimamente o metal a serprotegido com o metal protetor, o qual deve ser mais eletropositivo(MAIOR POTÊNCIAL DE OXIDAÇÃO NO MEIO) que o primeiro, ouseja, deve apresentar um maior tendência de sofrer corrosão

• É muito comum usar ânodos de sacrifícios em tubulações deferro ou aço em subsolo e em navios e tanques

• Ânodos de sacrifício mais comuns para ferro e aços: Zn AL Mg

Proteção Eletrolítica (Catódica)

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• O objetivo é provocar a formação de uma camada protetora queinibe a corrosão e não se solte nos diferentes ambientes em que ometal é aplicado

Tratamento Químico ou Eletroquímico

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• Anodização: oxidação anódica para produção de uma camadapura de óxido artificial protetor. Produz uma camada transparente,mantendo o aspecto inicial do metal. Muito utilizado para aproteção do alumínio

• Fosfatização: processo de proteção de metais que consiste emrecobrir as peças metálicas com fosfatos neutros (PO4-3) emonofosfátos [H(PO4) -2], de zinco, manganês ou ferro

• Cromatização: o revestimento é obtido a partir de solução decromato e ácido crômico. Pode ser feito sobre metal ou sobreóxidos. Usado para revestir vários metais nãoferrosos(Al,Zn,Cd,Mg,..)

Tratamento Químico ou Eletroquímico

EEL – USP Prof. Dr. Cassius Ruchert 73/105

• São relativamente inertes à temperatura ambiente

• Alguns só são atacados à altas temperaturas por metais líquidos

• O processo de corrosão por dissolução é mais comum nascerâmicas do que a corrosão eletroquímica

Materiais Cerâmicos

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• Quando expostos à certos líquidos os polímeros podem seratacados ou dissolvidos

• A exposição dos polímeros à radiação e ao calor pode promover aquebra de ligações e com isso a deterioração de suas propriedadesfísicas

Materiais Poliméricos

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Materiais PoliméricosWeak Acid

Strong Acid

Weak Base

Strong Base

Organic Solvent

Ozone

Fluorocarbons Resistant Resistant Resistant Resistant Resistant Resistant

PMMA Resistant Attacked Resistant Attacked Attacked Resistant

Nylon Resistant Attacked Resistant Resistant Resistant Attacked

Low Density PE Resistant Attacked Resistant Resistant Resistant Attacked

High Density PE Resistant Attacked Resistant Resistant Resistant Attacked

Polypropylene Resistant Attacked Resistant Resistant Resistant Attacked

Polystyrene Resistant Attacked Resistant Resistant Attacked Attacked

Polyvinyl Chloride Resistant Resistant Resistant Resistant Attacked Resistant

Epoxy Resistant Attacked Resistant Resistant Resistant Attacked

Phenolics Attacked Attacked Attacked Attacked Attacked Attacked

Polyesters Attacked Attacked Attacked Attacked Attacked Attacked

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Materiais Poliméricos (Elastômeros)

Dilute Acid

Oxidants Bases Oils Water Ozone

Polyisoprene

Good Poor Fair Poor Good Fair

Neoprene Good Poor Good Good Fair Excellent

Nitrile Good Poor Fair Excellent Excellent Fair

Stryrene –Butadiene

Good Poor Fair Poor Good Fair

Silicone Rubber

Good Fair Excellent

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• Inibiores: Substâncias que quando adicionadas ao ambiente emconcentrações baixas, diminuem a sua agressividade. Funcionamento: Reagem com o componenetequimicamente ativo da solução (como o oxigênio dissolvido).Usado em sistemas fechados (radiadores, caldeiras à vapor)

• Barreiras Físicas: Películas e revestimentos (metálicos e nãometálicos)

• Proteção Catódica: Fornecer elétrons (fonte externa) para forçara reação inversa

• Anodo de Sacrifício: Colocar um metal mais reativo próximo

Prevenção

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• Aplicação de revestimentos que podem ser:

Revesimentos com produtos da própria reação (tratamentoquímico ou eletroquímico)

Revestimentos metálicos

Revestimentos orgânicos (tintas e resinas)

Revestimentos inorgânicos (esmalte e cimentos)

Métodos para Prevenção

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• Para a proteção contra corrosão dos metais pode-se aplicarrevestimentos metálicos que formam camadas protetoras deóxidos e hidróxidos que reagem com o meio corrosivo impedindo acontinuidade do ataque à superfície da peça

• Podemos apresentar um comportamento anódico ou catódicoem relação ao metal base:

Anódico: por exemplo: o Al, Zn e Cd são anódicos emrelação ao aço pois seus potenciais são maiores que o metalbase. Se houver qualquer porosidade, descontinuidade ou falhano revestimento, este protegerá anódicamente o metal base,como uma espécie de ânodo de sacrifício

Revestimentos

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• Para a proteção contra corrosão dos metais pode-se aplicarrevestimentos metálicos que formam camadas protetoras deóxidos e hidróxidos que reagem com o meio corrosivo impedindo acontinuidade do ataque à superfície da peça

• Podemos apresentar um comportamento anódico ou catódicoem relação ao metal base:

Catódico: aplicação de metais mais nobres que o metalbase. Protegem o metal pela formação de uma camadacontínua e não porosa, isolando-o do meio corrosivo, sendoesta camada imune ao ataque do meio

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• Técnica para se conseguir mudar propriedades superficiais deuma peça sem alterar o substrato

• Melhora nas propriedades de resistência à corrosão e à abrasão

• Requisistos: O material deve ser condutor elétrico e suportar astemperaturas de revestimento sem perder suas propriedadesMaterial com bom acabamento superficial (retífica) Ausência de impurezas e resíduos superficiais Não podem apresentar rebarbar

• Principais processos para revestimento: Aspersão a plasma PVD

Revestimentos

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• Aspersão de um material aquecido em uma superfície paraformação de revestimento

• Material na forma de pó é injetado em uma chama de plasma emultra alta temperatura onde é rapidamente aquecido e acelerado

• Material aquecido impacta no substrato e é rapidamenteresfriado

Aspersão Térmica a Plasma

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• Plasma: gases excitados a níveis energéticos muito altos

• Plasma iniciado por uma descarga elétrica

• Gás de plasma: argônio, hidrogênio, nitrogênio

• Temperatura: de 7000 a 20000 K

• Velocidade da chama: MACH 2

Aspersão Térmica a Plasma

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• Vantagens:

Utilização de materiais com alto ponto de fusão comometais refratários (tungstênio) e cerâmicas Revestimento mais estável Versatilidade

• Desvantagens:

Complexidade do processo

Alto custo

Aspersão Térmica a Plasma

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• O desgaste é definido como a perda progressiva de material deuma superfície sólida devido ao contato e movimento relativo a umoutro sólido, líquido ou gás

• O processo de desgaste não é exclusivamente mecânico, uma vezque processos corrosivos podem atuar sinergisticamente.

• Raramente provoca falhas catastróficas, pois é um processorazoavelmente previsível e detectável

Desgaste

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• Principais mecanismos de desgaste:

Desgaste

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• É causado pela transferência de material de uma superfície aoutra durante seu movimento relativo, devido a um processo desoldagem no estado sólido• O escorregamento de uma superfície em relação a outra provocaruptura da junção, resultando em um pico mais alto em umasuperfície e mais baixo na outra

Desgaste Adesivo

• Eventualmente, com umaprogressão do deslizamento,pode ocorrer a quebra daponta de um pico, formandouma partícula que atua comoum abrasivo na superfície

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• Se a resistência adesiva da junção é menor do que a resistênciacoersiva dos materiais, então a junção romperá no ponto originalde contato e não haverá perda de material em nenhuma dassuperfícies (a) . Se a resistência adesiva for maior, a ruptura dajunção se dará dentro da asperidade mais fraca (b) (c). Junções dealta resistência, devido à adesão entre materiais iguais ou similares,podem ser separadasem partes iguais emambos os lados dainterface formada (d).

Desgaste Adesivo

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• Embora esta transferência represente uma forma de desgaste,processos típicos envolvem formação de partículas separadas oudetritos de desgaste

• No caso do desgaste adesivo, a formação de detritosprovavelmente envolve o enfraquecimento do topo de umaasperidade devido à tensão e com pressão em ciclos repetidos

• Eventualmente o impacto contra uma asperidade oposta ésuficiente para quebrar a partícula enfraquecida da superfície paraformar uma partícula de desgaste

Desgaste Adesivo

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• Peças corrediças naindústria, em máquinaferramenta, matrizes detrefilação em trefilação defios; cames e pistões,engrenagens, mancaissecos ou lubrificados eferramentas de corte sãoexemplos de componentesque podem sofrerprejuízo devido à adesão

Desgaste Adesivo

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• Formas para minimização:

Utilização de materiais de alta dureza

Uso de lubrificantes adequados

Polimento das superfícies

Projetos que minimizem as cargas normais à superfície

Desgaste Adesivo

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• Ocorre quando material é removidoda superfície pelo contato compartículas abrasivas• A fonte de partículas abrasivas podeser externa, tal como poeira, ou podeser interna, devido a partículas dopróprio mecanismo de desgasteabrasivo ou adesivo como sílica ealumina• O resultado é o corte ou sulcamentocom uma perda de material de umadas superfícies que desenvolve umaaparência estriada, ranhurada

Desgaste Abrasivo

(a) Partícula solta entre duas superfícies (b) partícula presa entre duas superfícies (c) aspereza (d) erosão

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• Calhas de transporte, sistemashidráulicos com pó, extrusoras,trituradoras de rochas,matrizesem metalurgia do pó eescorregamentos nos quais asuperfície do contracorpo exibeprotuberâncias ou partículasduras encrustradas, sãocomponentes que podem sofrerdesgaste devido à abrasão

Desgaste Abrasivo

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• O desgaste abrasivo pode ser classificado como a dois ou trêscorpos, A dois corpos a remoção do material é provocada peloriscamento ocorrido pela penetração do pico dos relevos dasuperfície com maior resistência mecânica ou maior dureza, nasuperfície com menor dureza. Eventualmente estes picos que sãomais frágeis podem ser rompidos, podendo promover o aumentoda intensidade deste processo

• No desgaste a três corpos, existem partículas duras se movendoentre as duas superfícies, onde dependendo dos ângulosinstantâneos entre as extremidades destas partículas e assuperfícies de contato, pode ocorrer um menor ou maior grau depenetração

Desgaste Abrasivo

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Desgaste Abrasivo

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• Testes padronizados:

Desgaste Abrasivo

3 Corpos –Roda de borracha

2 Corpos –Pino contra lixa

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• Fatores que influenciam no desgaste abrasivo:

Tamanho das partículas do abrasivo: normalmente quantomaiores , maior o desgaste Dureza das partículas com relação à dureza das superfícies:importante na medida em que determina se as partículas dedesgaste se incrustarão nas superfícies Forma das partículas: partículas angulares produzem maiordesgaste A interação entre a partícula abrasiva e a superfície pode sedar por microssulcamentos, microcortes, microtrincas oumicrofadiga

Desgaste Abrasivo

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• O microtrincamento pode ocorrer quando altas tensõesconcentradas são impostas pelas partículas abrasivas,particularmente na superfície de materiais frágeis• O microssulcamento e o microcorte são as interações dominantesem muitos materiais duteis

Desgaste Abrasivo

• O material que éempurrado continuamentepara os lados pelapassagem das partículas,pode “quebrar”por fadigade baixo ciclo

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• Como reduzir o desgaste abrasivo:

Abrasão a dois corpos: Melhorar o estado superficial Reduzir as cargas aplicadas localmente Aplicação de camadas superfíciais em elastómeros Rodagem cuidada Aumentar a dureza das superfícies (alternativa aumentara tenacidade

Abrasão a dois corpos: Evitar a entrada de particulas Existência de zonas próprias para capturar particulas Filtragem apropriada em sistemas lubrificados

Desgaste Abrasivo

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• Pode ser caracterizado pela formação de trincas superficiais e/ousub-superficiais, e posterior remoção de material devido aocomportamento cíclico de superfícies sólidas• Contato por escorregamento e/ou rolamento entre sólidos ouimpacto respectivo de sólidos e/ou líquidos em uma superfície sãoos principais responsáveis pela fadiga do material

Desgaste por Fadiga

• Quando ocorre rolamento entresuperfícies, a máxima tensão cisalhanteocorre abaixo da superfície, dando origema trincas que se propagam paralelamenteà superfície e, posteriormente, afloram,destacando material

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• Pode ocorrer severo prejuízo emsistemas de rodas de trem e trilho,rolos para laminação a quente e afrio, bombas envolvendo partículasque impactam e outros artifíciosmecânicos. Este mecanismo éparticularmente importante emmancais de rolamento e éusualmente chamado "fadiga decontato por rolamento".• A fadiga de superfície podetambém ser causada pelo contatolubrificado hidrodinamicamentecomo em cames e seguidores

Desgaste por Fadiga

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• É caracterizado pela fricção de duas superfícies metálicas quesofrem um processo corrosivo pelo meio que as cercam• O desgaste é estabelecido pela remoção contínua de material dasuperfície e formação de novas camadas que reagem com o meio

Desgaste Triboquímico

• Componentes montados porinterferência, feixes de molas,fios de cabos, juntas rebitadas,qualquer situação que envolvamovimentos de pequenamagnitude entre duas superfíciessólidas

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• Existe uma especial forma de desgaste triboquímico. É oFRETTING, que é causado quando duas superfícies estão emcontato sob movimento relativo tangencial oscilatório de pequenaamplitude

• A amplitude do movimento relativo é realmente muito pequena,da ordem de 80μm. Amplitudes maiores resultam em prejuízosimilar ao do desgaste por escorregamento

Desgaste Triboquímico

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Bibliografia Recomendada

VICENTE GENTIL, CORROSÃO;

ASKLAND, D.R. - The Science and Engineering of Materials - Solution manual, Chapman & Hall, 1996. 400p.

CALLISTER JR, W.D. - Ciência e engenharia e materiais: uma introdução. 5 ed.; LTC, Rio de Janeiro, 2000. 259p.

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