corrosão em unidades offshore
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Descrição de unidades petrolíferas offshore. Mecanismos de Corrosão, principais agentes corrosivos, tratamentos. Metodologia de seleção de materiais em unidades petrolíferas offshore. Desafios de novos projetosTRANSCRIPT
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TRABALHO
CORROSO
TEMA: Corroso em Unidades Offshore - Petrobrs ENGENHEIRANDO: Charles Fonseca da Silva
PROFESSORA: Dra. Eng. Maria Jos Jernimo de
Santana Ponte
Curitiba
Junho de 2015
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SUMRIO
INTRODUO 3
DESCRIO DAS UNIDADES OFFSHORE 4
Tipos de plataforma de petrleo 4
Equipamentos de sistemas submarinos da Petrobras 12
Processamento Primrio de Petrleo 15
METODOLOGIA DE SELEO DE MATERIAIS PARA USO NA REA
OFFSHORE 17
Diretrizes do E&P 18
Normas Aplicveis 18
MECANISMOS DE CORROSO 19
Principais agentes corrosivos 19
Pontos Tratados 20
Materiais usuais para emprego em plataformas 23
CONCLUSO 25
Desafios de novos projetos 25
Dificuldades e problemas 26
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 26
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INTRODUO
O ao tem sido o material mais empregado na maioria dos segmentos de bens de
produo bsicos da sociedade. E, nessas ltimas dcadas, tem havido progressos
considerveis tanto na fabricao de novas ligas ferrosas e ligas no-ferrosas quanto no
desenvolvimento de novos materiais compsitos. Por outro lado, dada amplitude do
uso do ao-carbono comum, de se esperar que o campo de exposio deteriorao
tambm ocorra de maneira ampla.
O processo corrosivo mais amplo traz desdobramentos tpicos, inscritos na
agenda de setores especficos da produo. Sem que se perceba, ao longo da formao,
o processo corrosivo acaba fazendo parte, direta ou indiretamente, do cotidiano
profissional diversificado, comeando com o projeto propriamente dito, as montagens, a
operao de produo, a inspeo e terminando no efluente industrial.
Nesta agenda de situaes tcnicas se incluem os equipamentos de produo, as
utilidades e as tubulaes e consequentemente, em torno deles gravitam as fraturas,
rompimentos, contaminaes, exploses, etc., todos eles passveis de conseqncias
trgicas, e at fatais. No caso de refinarias de petrleo, plataformas de produo e
petroqumicas, o estudo dos processos de corroso tem lugar maior, ao se ter em conta
que cerca de 50% das falhas de materiais esto creditadas corroso. No por acaso, o
processo de conhecimento tanto dos princpios da corroso e da proteo anticorrosiva,
bem como das regras de adequao prtica tem sido um desafio no campo da engenharia
de equipamentos e no monitoramento.
O fato que os prejuzos causados pelos danos de corroso do ponto de vista
econmico atingem custos extremamente altos, tanto diretos como indiretos, resultando
em considerveis desperdcios de investimento; isto sem falar dos acidentes ambientais
e perdas de vidas humanas provocadas por contaminaes, poluio e as possveis
falhas na segurana dos equipamentos. s vezes, o valor de um novo material que
substituir o antigo de vinte a cinquenta vezes superior, fato que acaba determinando a
opo pelo uso de aditivo qumico (inibidores de corroso) no retardamento ou inibio
do processo corrosivo como alternativa de custos. Tal sada resulta muitas vezes
desastrosa, tendo em vista que esses produtos, pela toxidez, acabam acarretando com
seu despejo ou vazamento uma agresso muito maior ao meio ambiente e contaminao
do prprio produto final jusante. Pelas cifras astronmicas de desperdcio, grandes
indstrias do primeiro mundo vm investindo em pesquisas no sentido de repensar
projetos e processos em busca de solues combinatrias, ao mesmo tempo mais
eficazes e menos onerosas. Mesmo com o avano tecnolgico no desenvolvimento de
novos materiais, produtos qumicos, processos ou adequaes de processos, os
processos tradicionais persistem, desencadeando direta ou indiretamente outros
problemas de corroso a exigir novos estudos, como o caso de ligas especiais de alta
resistncia mecnica ou de materiais compsitos.
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DESCRIO DAS UNIDADES OFFSHORE
Tipos de plataforma de petrleo
Uma plataforma de petrleo uma grande estrutura usada no mar para abrigar os
trabalhadores e as mquinas necessrias para a perfurao de poos e/ou produo de
leo. Dependendo das circunstncias, a plataforma pode ser fixada ao cho do oceano
ou pode consistir de uma ilha artificial flutuante.
Existem duas funes principais para as plataformas de petrleo: perfurao e
produo. As do primeiro grupo servem para encontrar o leo em poos ainda no
explorados. J as plataformas de produo so as que efetivamente extraem o petrleo
localizado no fundo do mar, levando-o superfcie.
Figura 1: tipos de plataformas
Fonte: Isiengenharia, acessado em 10/06/2015
Tabela 1 - Tipos de plataformas
Tipo Uso Permanncia
guas Rasas
Auto-elevatria perfurao / produo Provisria
Fixa ou Jaqueta perfurao / produo Definitiva
guas Profundas
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Tipo Uso Permanncia
Semi-submersveis perfurao / produo provisria / definitiva
Navio Sonda perfurao / produo Provisria
FSO
Floating Storage Offloading Produo Definitiva
FPU
Floating Production Unit Produo Definitiva
FPSO
Floating Production Storage
Offloading Produo Definitiva
TLP
Tension Leg Platform perfurao / produo Definitiva
Sar Buoy perfurao / produo Definitiva
Uma plataforma de petrleo uma grande estrutura usada no mar para abrigar os
trabalhadores e as mquinas necessrias para a perfurao de poos e/ou produo de
leo. Dependendo das circunstncias, a plataforma pode ser fixada ao cho do oceano
ou pode consistir de uma ilha artificial flutuante.
Existem duas funes principais para as plataformas de petrleo: perfurao e
produo. As do primeiro grupo servem para encontrar o leo em poos ainda no
explorados. J as plataformas de produo so as que efetivamente extraem o petrleo
localizado no fundo do mar, levando-o superfcie.
Figura 2: plataforma auto-elevatria
Fonte: Isiengenharia, acessado em 10/06/2015
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Auto-elevatria
(guas rasas / perfurao e produo / provisria)
So constitudas basicamente de uma balsa equipada com estrutura de apoio, ou
pernas, que, acionadas mecnica ou hidraulicamente, movimentam-se para baixo at
atingirem o fundo do mar. Em seguida, inicia-se a elevao da plataforma acima do
nvel da gua, a uma altura segura e fora da ao das ondas. Essas plataformas so
mveis, sendo transportadas por rebocadores ou por propulso prpria. Destinam-se
perfurao de poos exploratrios na plataforma continental, em lminas d`gua que
variam de 5 a 130 metros.
Figura 3: plataforma fixa ou jaqueta
Fonte: Isiengenharia, acessado em 10/06/2015
Fixa ou Jaqueta
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(guas rasas / perfurao e produo / definitiva)
Tm sido as preferidas nos campos localizados em lminas dgua de at 200 metros. Geralmente as plataformas fixas so constitudas de estruturas modulares de
ao, instaladas no local de operao sob estruturas chamadas jaquetas, presas com
estacas cravadas no fundo do mar. As plataformas fixas so projetadas para receber
todos os equipamentos de perfurao, estocagem de materiais, alojamento de pessoal,
bem como todas as instalaes necessrias para a produo dos poos. No tm
capacidade de estocagem de petrleo ou gs, que so enviados para a terra atravs de
oleodutos e gasodutos.
Figura 4: plataforma Semisubmersvel
Fonte: Isiengenharia, acessado em 10/06/2015
Semisubmersvel
(guas profundas / perfurao e produo / provisria e definitiva).
So compostas de uma estrutura de um ou mais conveses, apoiadas em
flutuadores submersos. Uma unidade flutuante sofre movimentaes devido ao das
ondas, correntes e ventos, com possibilidade de danificar os equipamentos a serem
descidos no poo. Por isso, torna-se necessrio que ela fique posicionada na superfcie
do mar, dentro de um crculo com raio de tolerncia ditado pelos equipamentos de
subsuperfcie.
Dois tipos de sistema so responsveis pelo posicionamento da unidade
flutuante: o sistema de ancoragem e o sistema de posicionamento dinmico.O sistema
de ancoragem constitudo de 8 a 12 ncoras e cabos e/ou correntes, atuando como
molas que produzem esforos capazes de restaurar a posio do flutuante quando
modificada pela ao das ondas, ventos e correntes. No sistema de posicionamento
dinmico, no existe ligao fsica da plataforma com o fundo do mar, exceto a dos
equipamentos de perfurao. Sensores acsticos determinam a deriva, e propulsores no
casco acionados por computador restauram a posio da plataforma.
As plataformas semi-submersveis podem ou no ter propulso prpria. De
qualquer forma, apresentam grande mobilidade, sendo as preferidas para a perfurao
de poos exploratrios.
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Figura 5: navio sonda
Fonte: Isiengenharia, acessado em 10/06/2015
Navio Sonda
(guas profundas / perfurao e produo / provisria)
um navio projetado para a perfurao de poos submarinos. Sua torre de
perfurao localiza-se no centro do navio, onde uma abertura no casco permite a
passagem da coluna de perfurao. O sistema de posicionamento do navio-sonda,
composto por sensores acsticos, propulsores e computadores, anula os efeitos do
vento, ondas e correntes que tendem a deslocar o navio de sua posio.
Figura 6: FSO, FPU or FPSO
Fonte: Isiengenharia, acessado em 10/06/2015
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F S O Floating Storage Offloading F P U Floating Production Unity F P S O Floating Production Storage Offloading
(guas profundas / produo / definitiva)
So navios, em geral de grande porte, com capacidade para produzir, processar
e/ou armazenar petrleo e gs natural, estando ancorados em um local definido. Em
seus conveses, so instaladas plantas de processo para separar e tratar os fluidos
produzidos pelos poos. Depois de separado da gua e do gs, o petrleo produzido
pode ser armazenado nos tanques do prprio navio e/ou transferido para terra atravs de
navios aliviadores ou oleodutos. O gs comprimido enviado para terra atravs de
gasodutos e/ou re-injetado no reservatrio.
Figura 7: TLP
Fonte: Isiengenharia, acessado em 10/06/2015
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TLP Tension Leg Platform
(guas profundas / perfurao e produo / definitiva)
Plataforma de pernas atirantadas so unidades flutuantes utilizadas para a produo de petrleo. Sua estrutura bastante semelhante a da plataforma
semissubmersvel. Porm, sua ancoragem ao fundo mar diferente: as TLPs so
ancoradas por estruturas tubulares, com os tendes fixos ao fundo do mar por estacas e
mantidos esticados pelo excesso de flutuao da plataforma, o que reduz severamente os
movimentos da mesma. Desta forma, as operaes de perfurao, completao e
produo das TLPs so semelhantes s executadas em plataformas fixas.
Figura 8: Spar Buoy
Fonte: Isiengenharia, acessado em 10/06/2015
Spar Buoy
(guas profundas / perfurao e produo / definitiva)
O sistema Spar consiste de um cilindro vertical de ao de grande dimetro,
ancorado, operando com um calado de profundidade constante de cerca de 200 metros,
o que gera apenas pequenos movimentos verticais e, consequentemente, possibilita a
adoo de risers rgidos verticais de produo. Neste tipo de plataforma h utilizao de
supressores de vrtices em torno do cilindro com o objetivo de inibir vibraes
induzidas pelo fenmeno de Vortex Shedding.
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Equipamentos de sistemas submarinos da Petrobras
O papel da engenharia submarina tem sido decisivo para a produo em guas
profundas e ultraprofundas. Solues tecnolgicas sofisticadas, com equipamentos
bastante especficos, permite levar o petrleo e o gs natural do fundo do mar at as
unidades de produo. Alguns dos termos que designam esses equipamentos so
curiosos e outros, difceis de entender para quem no familiarizado com o tema.
rvore de Natal Molhada
Figura 9: rvore de Natal Molhada
Fonte: Petrobras, acessado em 10/06/2015
O nome rvore de natal surgiu na dcada de 1930, quando habitantes de provncias petrolferas terrestres, nos EUA, associaram o equipamento que estava coberto de neve a um pinheiro de Natal. Com a completao dos primeiros poos submarinos na dcada de 60, o termo ganhou o adjetivo molhada quando passou a ser instalada no fundo do mar.
Trata-se de um conjunto de vlvulas operadas remotamente, que controlam o
fluxo dos fluidos produzidos ou injetados no poo. Suporta elevadas presses e
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diferentes faixas de temperatura ambiente. instalada na cabea do poo submarino,
com o auxlio de mergulhadores (profundidades de at 300 metros) ou de veculos de
operao remota (ROV), para guas profundas e ultraprofundas.
Manifold
O manifold um conjunto de vlvulas e acessrios que serve para direcionar a
produo de vrios poos para um duto coletor, o qual conduz a produo total para
uma unidade de produo. Esse tipo de equipamento ajuda a reduzir o nmero de linhas
(dutos) conectadas plataforma, alm de diminuir o comprimento total das linhas de
poos usadas num sistema de produo. Pode tambm ser usado para permitir que um
grupo de poos compartilhe sistemas de injeo de gua e gas lift(elevao de leo e gs
at a superfcie por meio de gs pressurizado).
Figura 10: Mainfold
Fonte: Petrobras, acessado em 10/06/2015
Linhas flexveis
As linhas flexveis so os dutos empregados em todo sistema submarino de
coleta e escoamento, que conduzem os fluidos produzidos pelo poo para as unidades de
produo. Elas podem ser utilizadas para a interligao de uma unidade a outra, para a
injeo ou o descarte de fluidos em reservatrios ou para a exportao da produo para
terra. Seu formato tubular, com camadas de materiais metlicos e no metlicos, cada
qual com uma funo especfica. Em suas extremidades, possuem acessrios
denominados conectores, ligando as rvores de natal molhadas a manifolds ou risers.
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Figura 11: Linhas flexveis
Fonte: Petrobras, acessado em 10/06/2015
Risers
Rgidos ou flexveis, os risers so os
trechos suspensos das tubulaes que
interligam as linhas de produo
submarinas (vindas de uma rvore de
natal molhada ou de um manifold) s
plataformas. Podem tambm ser
utilizados para conduzir fluidos da
superfcie at o leito marinho, como
os risers de injeo e de exportao.
Figura 12: Risers
Fonte: Petrobras, acessado em 10/06/2015
Equipamentos de interligao dos tipos PLET e PLEM
Os PLETs (Pipeline End Termination) so equipamentos que possibilitam a
interligao submarina entre dutos rgidos e dutos flexveis ou entre um duto e um
equipamento submarino.Os PLEMs (Pipeline End Manifold) so instalados na
extremidade de um trecho de duto, permitindo sua interligao com outros trechos de
dutos.
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Figura 13: Equipamento para interligao
Fonte: Petrobras, acessado em 10/06/2015
Umbilicais
Os umbilicais eletro-hidrulicos so conjuntos
de mangueiras e cabos eltricos, utilizados para
operar remotamente equipamentos e vlvulas
submarinas, injetar produtos qumicos e
monitorar parmetros operacionais (temperatura
e presso) de poos.
Figura 14: Umbilicais
Fonte: Petrobras, acessado em 10/06/2015
Processamento Primrio de Petrleo
As correntes de fluidos de diferentes poos que chegam atravs dos manifolds de
produo at a superfcie, em terra ou nas plataformas, no se encontram ainda
adequadas utilizao ou exportao. Como o interesse econmico somente na
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produo de hidrocarbonetos (leo e gs), h necessidade de dotar os campos
(martimos ou terrestres) de facilidades de produo, que so instalaes destinadas a
efetuar o processamento primrio dos fluidos, ou seja, a separao gs/leo/gua.
Figura 15: Esquema simplificado do Processamento Primrio de Fluidos (Petrleo)
Fonte: Petrobras, acessado em 10/06/2015
Assim, o processamento primrio da produo tem como finalidades:
- promover a separao leo/gs/gua;
- tratar ou condicionar os hidrocarbonetos para que possam ser transferidos para as
refinarias ou Unidades de Processamento de Gs Natural (UPGNs);
- tratar a gua para que seja destinada condio ambiental e tecnicamente mais
aceitvel (descarte ou reaproveitamento).
De acordo com os estudos de reservatrio e de viabilidade tcnico-econmica,
um sistema de produo poder ter uma planta de processamento bem simples ou mais
complexa. As plantas simplificadas efetuam apenas a separao gs/leo/gua, enquanto
as mais completas incluem tratamento e estabilizao do leo, condicionamento e
compresso do gs, tratamento da gua oleosa, alm do tratamento de gua para injeo
no reservatrio e descarte.
A presso na qual os separadores operam pode variar bastante, dependendo do
grau de separao gs-leo desejado e da presso do leo no sistema de produo. A
separao em estgios, que tipicamente envolve separadores de alta, intermediria e
baixa presso em srie, visa maximizar a produo de leo e permitir que vrios poos
com diferentes presses de escoamento possam ser alimentados numa mesma facilidade
de produo.
Aps uma separao primria das correntes de fluidos produzidos, ocorre o
tratamento individual das fases gs, leo e gua a fim de se atingir as especificaes
necessrias comercializao do leo e gs e as especificaes ambientais para o
descarte da gua. Por exemplo:
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O gs natural no pode conter quantidades excessivas de CO2 e H2S. e deve ser liberado a uma presso especificada. O gs no deve conter vapor de gua que pode
condensar e formar hidratos e causar perdas de carga adicionais ou causar corroso nas
tubulaes. Conforme a especificao para Gs Natural constante da Portaria 104/2002
da Agncia Nacional de Petrleo (ANP), o mximo aceitvel de 3 a 5 libras por
milho de p cbico (lb/Mscf) sendo a especificao interna da Petrobras mais rgida
(mximo 2 lb/Mscf).
O leo no pode conter excessivas quantidades de gua e sedimentos (BS&W) e sais dissolvidos na gua. Valores tpicos mximos so 1% de BS&W e 570 ou 285
mg/L (ou ppm - partes por milho) de sal no leo, o primeiro limite para consumo
interno e o segundo para exportao.
A gua produzida deve possuir um valor limitado de leo disperso (teor de leo e graxas - TOG) para poder ser descartada. As regulamentaes internacionais para
plataformas limitam em 10 a 40 mg de leo por litro de gua. No Brasil este valor de
20 mg/L. Tambm a temperatura deve ser controlada para o descarte.
No sistema de gs, compressores podem ser necessrios para elevar a presso do
gs ao nvel desejado para a tubulao. Vrios estgios de compresso podem ser
necessrios para comprimir as correntes de baixa e intermediria presso. Os
compressores so normalmente acionados por turbinas a gs. Compressores devem ser
dimensionados com certo grau de flexibilidade para atender as variaes nas presses e
vazes volumtricas dos gases que ocorrem durante a vida de um campo. Alguns
campos requerem que o gs produzido passe por um processo de remoo de H2S,
quando o teor deste contaminante elevado. A maioria das facilidades de produo
requer que o gs passe por um sistema de remoo do vapor de gua presente no gs a
fim de reduzir a possibilidade de formao de hidratos (slidos de hidrocarbonetos leves
e gua que podem obstruir o sistema de gs).
No sistema de leo, o principal problema a remoo de gua emulsionada, que
tambm contm os sais dissolvidos e alguns sedimentos inorgnicos. Os vasos
tratadores de leo utilizam uma combinao de mtodos que se baseiam na adio de
compostos qumicos (chamados desemulsificantes), calor, introduo de um campo
eltrico e tempo de residncia para romper a pelcula de compostos emulsificantes que
circundam as gotculas de gua permitindo que elas se coalesam, formando gotas
maiores que decantam e permitem a separao em duas fases lquidas, uma oleosa e
uma aquosa. Se o leo produzido tiver um elevado teor de sal pode ser necessrio
adicionar gua fresca ao leo para permitir a diluio dos sais dissolvidos na gua
remanescente que sai com o leo tratado.
A corrente de gua produzida que escoa dos separadores trifsicos e do vaso
tratador de leo necessitam passar por um tratamento que visa remover gotculas de
leo que escaparam dos processos anteriores. Tanques separadores (skimmers),
hidrociclones e flotadores a gs podem ser utilizados para alcanar o limite mximo
admissvel de leo na gua a ser descartada ou injetada nos poos.
METODOLOGIA DE SELEO DE MATERIAIS PARA USO NA REA
OFFSHORE
A seleo de materiais regida basicamente por diretrizes corporativas,
condies especficas de cada projeto e Normas aplicveis.
Diretrizes do E&P
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O E&P corporativo da Petrobrs, responsvel pela Engenharia de Projetos,
Gerncia de Portiflios, alm do gerenciamento de diversas reas tcnicas como
Engenharia Naval, Processos e Facilidades de Produo, quem elabora e revisa as
diretrizes e gerencia o que se conhece como BOOK de DIRETRIZES, que esto
subdividas em trs grandes reas: martimas, terrestres e de pequeno porte.
Figura 16: Organograma da Engenharia Bsica E&P da Petrobrs
Fonte: CENPES/EB-E&P/FP
Normas Aplicveis
Atualmente o conjunto de normas para seleo de materiais para rea OFFSHORE
restringe-se a:
NORSOK M-001: Materials selection A Norsok uma entidade normativa Norueguesa que publica normas para rea
OFFSHORE.
Reflete a experincia dos operadores no Mar do Norte. Foco tanto para o Top-side como Subsea.
ISO 21457: Petroleum, petrochemical and natural gas industries - Selection and corrosion control foi oil and gas productionsystems
A ISO a entidade normativa mundial. A norma ISSO basicamente criada em cima da NORSOK M-001.
EMUA Publication n 194: Guidelines for materials selection and corrosion control for subsea oil and gas production equipment
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uma entidade que rene os operadores de plantas de processo, operadores de plantas de gerao de energia, operadoras de plataformas de processo, operadores de
terminais e outras plantas ao redor do mundo.
O documento trata dos princpios e prticas relacionadas a seleo de materiais e controle da corroso para equipamentos subsea.
NORSOK M-001
A norma M-001 visa:
Dar diretrizes e requisitos para: Avaliao de corroso e seleo de materiais,
Selecionar materiais adequados para determinados servios,
Proteo contra a corroso,
Limites de projeto para materiais especficos,
Requisitos de qualificao para novos materiais e novas aplicaes para os
materiais.
Por ser uma norma de uma entidade europia cita normas americanas, europeias (DIN principalmente) e ISO; alm de outras normas NORSOK.
A norma M-001 est estruturada em captulos:
General principles for materials selection and corrosion protection Fornece diretrizes e consideraes gerais para seleo de materiais
A NORSOK pede que sejam avaliados vrios itens na seleo de materiais.
Destes itens importante ressaltar a avaliao das condies anormais de
operao como:
Problemas na injeo de inibidor, Problemas nas unidades de remoo de CO2/H2S e/ou desidratao.
Corroso externa:
A NORSOK considera que as superfcies externas esto permanentemente molhadas e com lquido saturado com sais de cloretos.
Em casos de possibilidade de corroso sob tenso de aos inoxidveis sugere pintar para reduzir o risco.
Inibidor de corroso:
A NORSOK no recomenda trabalhar com inibidor de corroso para poos, arvores de natal submarinas e tubulaes sub sea, quando estes foram
construdos em ao carbono ou baixa liga.
O uso de inibidor de corroso no permite relaxar nos requisitos de material resistente ao H2S conforme ISO 15156.
Corroso sob isolamento:
A NORSOK recomenda pintar as linhas quando isoladas, mesmo as de ao resistente a corroso (CRA). A nica exceo so as tubulaes de Titnio.
Corroso galvnica:
A NORSOK apresenta algumas sugestes para minimizar a corroso galvnica em tubulaes, tais como o uso de um Spool de separao (de material
no condutor ou revestido com material no condutor) entre os dois trechos de
tubulao.
Proteo com uso do depsito de solda (weld overlay):
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O depsito em Inconel 625 pode ter um teor mximo de ferro de 10% na superfcie acabada.
Quando utilizar depsito de solda (weld overlay) para servio com gua do mar e situao com frestas, preocupar-se com a corroso por fresta do
material depositado.
Materials selection for specific applications/systems Trata da seleo de materiais para determinados servios (ex: Sistema de
captao de gua do mar)
Avisa que os requisitos so baseados na experincia dos operadores no Mar do
Norte.
Tem um item especfico para material de complementao de poos (5.3 Well
completion) e outro para facilidades de processo (5.5 Process facilities).
Apresenta tabelas de seleo de materiais para poos (Tabela 2) e outra para Facilidades de produo (Tabela 3).
A Norsok apresenta uma tabela (Tabela 3) com os materiais sugeridos para
cada sistema.
- O ao inox 316 citado para vrias aplicaes.
- Aos austeno-ferrticos (Duplex e Superduplex) e o superaustenticos
so citados.
Na introduo do captulo 5.5 Process facilities sugere uma padronizao dos
materiais de tubulao onde no aparece o AISI 304 (coerente com os requisitos das
diretrizes do E&P). A ausncia de molibdnio do AISI 304 torna-o mais susceptvel a
corroso em meio marinho.
Sistema para servio com gua do mar (item 5.5.3).
Aos inoxidveis: Superaustenitico e Super Duplex. No descreve as limitaes para o uso dos aos inoxidveis em gua do
mar sujeito a clorao. Estas iro aparecer no item 6 (Design limitations for
candidate materials).
Design limitations for candidate materials Fornece as limitaes de alguns materiais
Aos carbono e baixa liga: razo entre o limite de escoamento e o de
resistncia menor ou igual a 0,9.
Para materiais a serem soldados a tenso mnima de escoamento no deve ser
superior a 560MPa (embora possa ser aceito valores maiores).
Materiais para propsito de resistir a presso.
- Clad ou weld overlay com espessura mnima de 3mm.
- Tabela 6 com maiores detalhes.
- Tabela 7 para servio com H2S.
Qualification of materials and manufacturers Requisitos para qualificao de materiais e fornecedores
MECANISMOS DE CORROSO
Principais agentes corrosivos
Os principais agentes corrosivos combatidos na rea do E&P da Petrobrs so:
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- CO2, gs carbnico, com teor varivel nos leos;
- H2S, gs sulfdrico, com fonte natural ou biognica, dependendo de sua
origem, do petrleo ou de processos biolgicos relacionados injeo de gua para
recuperao, respectivamente;
- O2, oxignio, no presente na gua produzida, mas ocorre como contaminao.
- Cl-, cloretos, que ocorrem em maior ou menor grau na gua produzida.
- cidos orgnicos, como o actico, que pode ocorrer na gua de formao.
Pontos Tratados
Corroso pelo CO2: O CO2 o principal agente corrosivo encontrado nos campos do Pr-Sal.
- Uso dos aos inoxidveis grande.
- A corroso pelo CO2 devida a dissoluo do CO2 na gua formando o
cido carbnico (H2CO3).
Figura 17: Ilustrao da corroso mediante a presena de CO2
Fonte: http://www.nucleoinox.org.br, acessado em 10/06/15
- A corroso pode ser minimizada pela formao de uma camada protetora
de carbonato de ferro (FeCO3).
- A corroso pelo CO2 pode ser minimizada pela utilizao de aos
inoxidveis.
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Figura 18: Ilustrao da corroso mediante a presena de CO2 e formao de FeCO3 Fonte: http://www.nucleoinox.org.br, acessado em 10/06/15
Figura 19: Taxa de corroso para diversos percentuais de Cromo
Fonte: http://www.nucleoinox.org.br, acessado em 10/06/15
Corroso pelo H2S: avaliado usualmente quanto ao risco de corroso sob tenso. Teores na rea do E&P usualmente muito baixos(usualmente na ordem
< 5 ppm).
- A maior preocupao quanto a questo da corroso sob tenso. A
avaliao do risco segundo norma NACE MR 0175/ISO 15156: Petroleum and
natural gs industries Materials for use in H2S containing envirenments in oil and gas production.
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Figura 20: Regies de ocasio de Corroso Sob Tenso CST para aos baixa liga em funo da pH e presso parcial do H2S.
Fonte: http://www.nucleoinox.org.br, acessado em 10/06/15
Corroso pela gua do mar: toda plataforma tem seu sistema de captao de gua do mar.
Uso do ao inoxidvel limitado pela corroso por frestas. A corroso pela gua do mar basicamente devida a presena do O2.
Reao catdica: 2 + 22 + 4 4
O teor de oxignio influencia muito a taxa de corroso. O efeito dos cloretos destruir a proteo da camada de xido formada.
Materiais usuais nos projetos: Materiais Compsitos Reforados com Fibras e ao carbono com revestimento interno.
H um consenso geral de que o principal risco de corroso na utilizao de ao inoxidvel e outras ligas passivas corroso por fresta.
Figura 20: Temperaturas crticas
para alguns aos inoxidveis segundo a
NORSOK.
Fonte: www.nucleoinox.org.br,
acessado em 10/06/15
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Tais temperaturas crticas normalmente no podem serem consideradas como
dados de engenharia, mas podem ser instrumentos valiosos quando combinada com a
experincia e confiana de servio.
Clorao faz a diferena.
Figura 21: Potenciais de reduo e oxidao de diversos aos
Fonte: www.nucleoinox.org.br, acessado em 10/06/15
Materiais usuais para emprego em plataformas
Ao inox: Classes:
Ferrticos (ex: 405) Austenticos (ex: 316) Martensticos (ex: 410) Austeno-ferrticos (duplex e superduplex) Super austenticos
Mais empregados: Austenticos (316) Austeno-ferrticos (duplex e superduplex) Super-austenticos (904)
Limitaes: Corroso por Frestas ou Pits:
Menor resistncia corroso por Frestas.
Menor resistncia mecnica (quando comparado com o ao carbono) Caso dos austenticos
Duplex e superduplex tem alta resistncia mecnica
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Figura 22: Resistncia a corroso de diversos aos
Fonte: www.nucleoinox.org.br, acessado em 10/06/15
CONCLUSO
A corroso um problema cujas solues de engenharia so recentes, tratando-
se portanto, de uma rea promissora para pesquisas e desenvolvimento.
Na Petrobrs, mediante a gesto do E&P, a corroso combatida com respaldo
em diretrizes corporativas e normas tcnicas.
Desafios de novos projetos
EQUIPAMENTOS: o uso do ao inoxidvel se da caso a caso, considerando a
composio do meio, temperatura e presso.
Materiais empregados em projetos: Ao DUPLEX (31803), Ao SuperDuplex (32750/60), Ao inox 316, Ao carbono com clad em AISI 316.
TUBULAES: o uso est limitado as especificaes contidas na diretriz do E&P.
Nova perspectiva de uso para os aos especiais: Ao carbono com weld overlay em
Inconel 625.
Informaes gerais: Desenvolvimento recente (uso nos projetos do pr-sal), Foco: substituio aos aos inox Duplex e Superduplex importados. Curvas obtidas com dobramento por aquecimento por induo.
Requisitos rgidos de qualidade para garantir ausncia de fase frgil e trincamento.
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Dificuldades e problemas
Aos com alto teor de enxofre: impacto do sulfeto de mangans na corroso localizada.
Cuidado na soldagem de ao carbono prximo a tubulaes e equipamentos em ao
inoxidvel.
Preparao de superfcie com ferramentas inadequadas pode contaminar o metal,
levando a corroso.
Controle na soldagem dos aos Duplex e Superduplex: faixa de controle estreita.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
- http://www.isiengenharia.com.br/espaco-do-engenheiro/curiosidades/o-mundo-das-
plataformas-de-petroleo-2, acessado em 10 de junho de 2015;
- http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/conheca-curiosidades-sobre-equipamentos-
de-nossos-sistemas-submarinos.htm, acessado em 10 de junho de 2015;
- Apostila Petrobrs O processamento primrio de petrleo. Universidade Petrobrs Escola de Cincias e Tecnologia E&P.