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Segurança garante expansão da indústria do Petróleo

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Caderno Especial do Jorna O Debate para feira Protection Offshore em Macaé

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Page 1: Protection Offshore

Segurança garante

expansão da indústria do

Petróleo

Page 2: Protection Offshore

2 • • • O D E BATE offshore

e x p e d i e n t e

Macaé: Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade

Considerada como um dos principais even-tos da indústria do petróleo no Brasil e

no mundo, a Protection Offsho-re chega a sua 5ª edição, reunin-do empresas que participam do

processo de extração e produ-ção de petróleo em águas brasi-leiras, e internacionais, buscan-do sempre aprimorar um dos setores mais importantes para garantir a realização de servi-ços, com qualidade, pensando

ções Jornalista Roberto Marinho, a feira garante a apresentação de equipamentos, serviços e novos procedimentos que garantem maior comprometimento com a qualidade no trabalho desenvol-vido por homens e mulheres res-

ponsáveis por movimentar uma das mais importantes atividades econômicas do país.

Durante três dias, Macaé se transformará na Capital da Segurança Offshore, mais um marco para a cidade.

no bem-estar do trabalhador, sem agredir o meio ambiente: a segurança.

Montada, pela primeira vez, no local considerado como a casa dos encontros da indústria do petróleo, o Centro de Conven-

Protection offshore começa nesta terça-feira (26) reunindo empresas nacionais e estrangeiras

26 de Junho - Terça Feira

13:00 – CERIMONIA DE ABERTURAREpREsENTANTEs DE: ibp, petrobras, reed exhibi-tions alcantara machado, onip, iadc, spe, Prefeitu-ra de Macaé e delegacia da capitania dos portos de Macaé.

14:30 às 16:30 – painelO papel dos órgãos de governo na regulamenta-ção, fiscalização e normatização da área de SMS do segmento de E&P OFFSHORE.

Moderador: Guilherme Teixeira de Castro – Diretor SPE Sessão Macaé – SPE

palestrantes:Caroline Pinheiro Marques de Morais - ANP

Cristiano Villardo Nunes Guimarães –IBAMA/CGPEG

Capitão-de-Mar-e- Guerra Sergio Santos Carneiro - DPC

Afonso Infurna Júnior - ANVISA

Carlos Alberto Saliba - MTE

16:30 às 17:00 – coffee - break

17:00 às 18:00 – palestra Especial:Segurança de processo no segmento de E&P OFFSHORE.

Moderador:Caroline Pinheiro Marques de Morais - ANPpalestrante:Cristina Lucia Duarte Pinho - Gerente

Executiva de Serviços do E&P -PETROBRAS

27 de Junho - Quarta Feira

13:30 às 15:00 – painelResposta a emergências em derramamento de óleo.

Moderador:B e r n a r d o M a s s i a h - B R A M O f f s h o r epalestrantes:Giuliano Carloni - CHEVRON BRASIL PETRÓLEO

Tema: Case do Campo de FradeFlavio P. de Andrade – OCEANPACT Tema: Técnicas de Resposta a Derramamento de ÓleoMárcio José de Macedo Dertoni – PETROBRAS Tema: Comando Unificado de Resposta

15:00 às 15:45 – palestra EspecialGestão da comunicação durante e pós-incidente.Moderador:Moíses Haddad - NORSKAN OFFSHOREpalestrante:Márcio Schiavo - COMUNICARTE

15:45 às 16:00– coffee-break

16:00 às 17:30 – painelTecnologias para Prevenção e Resposta a Incidentes

com Derramamento de Óleo.Moderador:Maurício Alves - HALLIBURTON

palestrantes:Bruno Duarte Azevedo – PETROBRAS

Tema: Ações de Resposta a EmergênciaRui Orsini – Sales Manager - PASCHOALIN/APTOMARTema: Sistema Securus e TCMS

17:30 horas – palestra AbertaCaptura de As-built 3D de Plantas Industriais e Pos-

terior Modelagem: Efeito na Redução de Riscos e Custos.palestrante:Miguel Menegusto – LEICA GEOSYSTEMS

28 de Junho - Quinta Feira

13:30 às 14:30 - palestra EspecialOrdenamento Costeiro do Arquipélago de Santana.

Moderador:Rogério Mendonça - Presidente - IADCpalestrante:Lincoln Antunes Weinhardt Dalcomuni – PETROBRAS

14:30 às 15:45 - painelSociedade e Mercado de Trabalho.Moderador:Carmo Wagner - Gerente Geral - SCHLUMBERGERpalestrantes:Mardonildo Filho - ABESPETROTema: Formação de Mão de Obra e Mercado de Tra-

balho no Segmento das Companhias de Serviços OffshoreCapitão de Fragatas Robson da Silva Galhar-

do - Delegacia da Capitania dos Portos de MacaéTema: Formação de Aquaviários

15:45 às 16:00 – coffee-break16:00 às 17:30 - painelSegurança de Poços.

Moderador:Representante da SPEpalestrantes:Gabriel Sotomayor - PETROBRASRepresentante da BRASDRILL

17:30 horas - sEssÃO DE ENCERRAMENTO

Propriedade: EJORAN - Editora de Jornais, Revistas e Agências de Notícias • Sede e Parque Gráfico Próprios. Rua: Benedito Peixoto, 90 Centro Macaé/RJ Tel. (22) 2106-6060 - CNPJ: 29699.626/0001-10 • Registrado na forma da lei • Diretor Presidente: Oscar Pires • Editor: Márcio Siqueira ([email protected]) • Publicidade - Vendas de Publicidade: Franciele Terra ([email protected]) Juana Lima ([email protected]), Ulisses Machado ([email protected]), • Edição Gráfica: Weberth Freitas([email protected]) • Fotos: Wanderley Gil ([email protected])

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3 O D E BATE offshore • • •

Page 4: Protection Offshore

4 • • • O D E BATE offshore

Atividades na Bacia de Campos em expansão

Ao assumir no início do ano a condução da principal base lo-gística da Petrobras

no país, o gerente da Unidade de Operações de Exploração e Produção na Bacia de Cam-pos, Joelson Falcão Mendes, apresentou um planejamento positivo em relação às ativi-dades que serão desenvolvi-das na região onde é extraído o maior quantitativo de óleo bruto e gás natural no país.

Com a missão de aproxi-mar a relação da Petrobras junto a sociedade dos mu-

a exploração de petróleo vai registrar um grande crescimen-to nos próximos anos

nicípios que participam das movimentações offshore, pro-movendo cursos e encontros que contribuem para difun-dir o conhecimento sobre os serviços realizados a milhas de distância da costa Flumi-nense, Joelson garantiu que a Petrobras vai dar sequência aos investimentos estimados em US$ 224,7 bilhões, com o propósito de colocar em prá-tica 688 projetos relativos a todos os setores de atuação da estatal petrolífera, em es-pecial, o setor de exploração e produção.

camadas do pós-sal, a Bacia de Campos deverá atrair uma grande e importante fatia dos recursos estimados até 2020.

"Os investimentos continu-am. A exploração de petróleo

vai registrar um grande cres-cimento nos próximos anos. A Bacia de Campos possui projetos viáveis e que serão colocados em prática através dos recursos planejados pela presidência da Petrobras", afir-mou Joelson Falcão.

Chegando a Macaé em um momento de mudanças no quadro gerencial da Petrobras, que tem como figura princi-pal Maria das Graças Foster, presidente da estatal, Joelson garante que o foco principal da companhia é garantir a re-vitalização dos poços situados

em campos já existentes, que ainda não foram explorados.

"Hoje temos tecnologia que nos permite explorar poços em campos já identificados onde podemos identificar petróleo de boa qualidade. Isso permi-tirá também que ampliemos a nossa capacidade de produção, uma meta da Petrobras", afir-mou o gerente da UO-BC.

De acordo com Joelson, serão colocados em prática novos projetos desenvolvi-dos pela equipe da Bacia de Campos, importantes para a evolução da exploração.

Por concentrar a principal área de poços e reservatórios já identificados situados nas

Gerente da Unidade de Operações da Petrobras em Macaé, Joelson Falcão, apresentou planejamento de atividades

sEgURANçA E AMBIENTEA preocupação com o desenvolvimento de medidas que garantam a segurança nas operações offshore também são o foco da Petrobras, na Bacia de Campos, de acordo com Joelson Falcão."A preocupação com a segurança, saúde e o meio ambiente é mantida desde o início da elaboração de todos os nossos projetos, e isso não é diferente na questão da operação", afirmou o gerente.Sem apontar comentários sobre incidentes registrados nas operações de outras empresas petrolíferas que atuam na Bacia de Campos, como a Chevron, Joelson afirmou que a Petrobras pode contribuir, de forma técnica, com a elaboração do Plano Nacional de Contingência para o Derramamento de Óleo, proposta discutida pelo governo federal e o Congresso Nacional nos últimos meses."Atuamos em uma indústria de riscos, que exige medidas que ampliem a segurança. A Petrobras acompanha essas discussões, mas contribui de forma técnica. Acredito que esse interesse deve ser de órgãos federais responsáveis pela fiscalização", disse.

MElhORIAs EM UNIDADEsAlém dos investimentos em projetos, a gerência da Bacia de Campos realizará, pelos próximos cinco anos, a manutenção e reforço das unidades de exploração e produção em atividade.De acordo com Joelson Falcão, existe a preocupação também em ampliar as ofertas de negócios para empresas que atuam na região, através do incentivo ao conteúdo local."Desde o início do processo de exploração de um bloco de petróleo já se é levado em consideração o conteúdo local. A nossa proposta é de ampliar essa perspectiva, garantindo assim novas chances de negócios com empre-sas que atuam em nossa região", afirmou.Porém, o gerente da UO-BC afirmou que as empresas precisam investir em qualificação e aprimoramento."Indústrias locais precisam se qualificar, e investir também na qualificação da mão de obra. A demanda futura de operações exigirá mais profissionais e este é o momento para a preparação", afirmou.

pARA DOBRAR pRODUçÃOEntre as principais metas da Petro-bras para os próximos anos está a de garantir uma proposta audaciosa: dobrar a produção e exploração de barris de petróleo até 2020.Através da expansão das atividades voltadas aos reservatórios situados nas camadas do pós-sal, assim como a expansão das ações relativas ao pré-sal, a Petrobras deverá ultrapas-sar a marca dos 2,1 milhões de barris de petróleo, produzidos em 2010, para 4,9 milhões de barris em 2020.A meta deverá ser alcançada também com o procedimento de varredura para a identificação de novos reservatórios de áreas em exploração, proposta que poderá ser expandida também através do fator de recuperação, que aumenta o potencial de produção e exploração de petróleo em poços e reservatórios em atividade na Bacia de Campos.

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5 O D E BATE offshore • • •

Delegacia da Capitania: segurança e fiscalização

Ao comemorar neste ano 29 anos de implantação em Macaé, a Delegacia da Capitania dos Portos

se prepara para elevar a sua capa-cidade de atuação na fiscalização de embarcações, bem como na proteção da costa da região.

A Delegacia, criada pela Por-taria Ministerial nº 614 de 14 de abril de 1983, está em processo de expansão, segundo o delega-do, capitão de fragata, Robson da

Silva Galhardo.“Hoje a delegacia é responsável

por 76 municípios entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Dessa forma, pela grande evolu-ção do setor petrolífero na Bacia de Campos, a delegacia será ele-vada à condição de Capitania. Isso significa que em todo o estado, se-rão duas Capitanias, uma no Rio e outra que será construída aqui. Sendo assim, o Rio de Janeiro fica-ria dividido entre o extremo sul do

Órgão pertencente à Marinha deverá ser alçado ao posto de Capitania para expandir abrangência

estado até Cabo Frio com respon-sabilidade da Capitania da capital. Já o novo órgão aqui em Macaé será de Cabo Frio até a divisa com Espírito Santo, além dos municí-pios de Minas Gerais”, afirmou.

A delegacia que conta atualmen-te com um contingente de 50 milita-res e 10 servidores civis, já tem um terreno em frente à atual sede para a construção do novo complexo.

No evento estiveram presentes diversas autoridades públicas e da iniciativa privada. O capitão de fra-gata Edmar Brito dos Santos, que esteve à frente do órgão antes de sua efetivação como delegacia, viu

de perto a evolução da região. “Eu fiquei à frente da agência antes de ser delegacia por 10 anos. Depois de inaugurada, fiquei cinco anos até a ativação, porém, não cheguei a ser delegado. A criação deste órgão aqui em Macaé só veio confirmar o momento de expansão da cidade e região já com a exploração de pe-tróleo na Bacia de Campos”, disse.

De acordo com Galhardo, o ór-gão tem importância não só pelo setor offshore, mas também na área da pesca. “Nossa função não é só cuidar da costa em assuntos relacio-nados ao setor petroleiro. Também temos compromisso com a área

da pesca, uma prática importante para o município. Assim fiscaliza-mos, damos cursos de qualificação, tudo isso para ajudar e preservar os pescadores de Macaé”, finalizou.

Outro ponto de destaque na história da Delegacia foi a renova-ção da Certificação ABNT NBR ISO 9001: 2008 para o período de 9 de fevereiro de 2012 a 9 de fevereiro de 2015 para as atividades relaciona-das ao Ensino Profissional Marítimo (EPM). De acordo com Galhardo, essa é a única Capitania que rece-beu esse certificado, confirmando, assim, que esta é uma das mais importantes de todo o país.

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6 • • • O D E BATE offshore

Gestão em Segurança, Meio Ambiente e Saúde

Diante do crescimento e do desenvolvimen-to da exploração e produção de petró-

leo nas bacias sedimentares brasileiras, surgiu a necessi-dade das empresas do setor de investir em procedimentos que, além de evitar situações que comprometessem a produ-tividade, garantissem também a preservação da integridade físi-ca e mental dos trabalhadores, principalmente dos que atuam em plataformas e navios.

Através desses preceitos, surgiu o conceito de Seguran-ça do Trabalho que, depois de vários estudos e adaptações,

as questões ligadas à segurança no trabalho começaram a ser difundidas no Brasil

foi integrado ao sistema de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS). Diretamente ligado às atividades relaciona-das ao segmento offshore, as noções básicas de identificação dos riscos e desvios que podem ocasionar acidentes dentro do local de trabalho, assim como a necessidade da proteção indivi-dual e coletiva, são conhecidas, de forma leiga, até mesmo por pessoas que não atuam em uma das principais atividades econômicas brasileiras.

As questões ligadas à segu-rança no trabalho começaram a ser difundidas no Brasil através da Petrobras, a estatal brasileira

ciou uma série de investimentos em procedimentos que tinham como principal finalidade reduzir o índice de acidentes registrados nas unidades de exploração e produção de óleo e gás.

A proposta era criar a “cul-

tura de segurança”, através do desenvolvimento de políticas e diretrizes de proteção que configurariam, no futuro, a atu-al gestão de SMS. Inicialmente, foram elaboradas ferramentas que auxiliariam na eliminação, ou controle, dos principais ris-cos e desvios na execução dos trabalhos dentro das ativida-des de produção e exploração, tendo como exemplo o inves-timento em Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) mais modernos e adequados às ne-cessidades dos trabalhadores.

Desde o início, a estatal pre-cisou enfrentar uma situação delicada, porém extremamente

eficaz para a consolidação da cultura de segurança: a cons-cientização dos milhares de trabalhadores que atuavam nas instalações da Petrobras em terra e nas unidades de explo-ração e produção, em especial.

Para alcançar resultados sa-tisfatórios, a empresa começou a desenvolver uma política de educação através do contato direto com os trabalhadores, abordando os principais as-suntos propostos dentro das análises e auditorias de SMS, procedimento que é utilizado até hoje, mesmo cerca de 10 anos depois do início da elabo-ração da gestão de segurança.

que é referência mundial em SMS. Após receber a certificação ISO 14000, em 1999, a empresa ini-

Ao longo dos anos, as atividades realizadas na Bacia de Campos tornaram-se mais seguras através de investimentos

Manutenção de unidades de exploração contribui para garantir a segurança nas atividades offshore

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7 O D E BATE offshore • • •

Mercado aberto para profissionais de segurançaMercado aberto para profissionais de segurança

Acidentes de traba-lho acontecem, mas podem ser evitados. Porém, ao mesmo

tempo em que a fiscalização aumenta, está difícil encontrar profissional responsável por essa prevenção - o que cria um bom nicho de mercado para quem se preocupa com os riscos do ambiente de uma empresa. As vagas são para engenheiros, médicos, técni-cos, enfermeiros e auxiliares, mas é preciso conseguir capa-citação em cursos. O salário

varia de R$ 2 mil a R$ 5 mil.Quem é da área de seguran-

ça do trabalho garante que está havendo maior contratação. De acordo com a Lei 6.514, de 1977, as empresas são obrigadas a manter um certo número de profissionais especializados em segurança do trabalho, que va-ria pela quantidade de funcio-nários e pelo risco enfrentado por eles.

Uma plataforma extratora de petróleo com mais de 100 empregados precisa ter dois técnicos, um engenheiro e um

Técnicos, médicos, enfermeiros e engenheiros garantem espaço no setor offshore

médico especializados, por exemplo, enquanto uma re-partição pública que tenha de 501 a mil servidores é obrigada a contratar somente um técni-co. A infração é punida com pesada multa ou até mesmo embargo das atividades, caso

haja risco muito grande aos trabalhadores.

Para alguns especialista, o aumento no número de aciden-tes está ocorrendo pelo cres-cimento das empresas e pela terceirização, quando ocorre a troca de funcionários treinados por outros que não estão habi-tuados às normas.

O retorno do investimento é outro motivo que pode levar as empresas a contratar mais profissionais de segurança do trabalho. Uma pesquisa da montadora de automóveis Ford

o aumento no número de acidentes está ocorrendo pelo crescimento das empresas

concluiu que, para cada US$ 1 gasto em ergonomia (que dimi-nui os acidentes de trabalho), o retorno era de US$ 5,29. Segun-do estudos, 50% dos acidentes ocorrem porque a segurança é ignorada ou não fiscalizada pela empresa. Devido a isso a procura de profissionais quali-ficados cresce no mercado de trabalho para engenheiro de segurança com especialização em gestão de sistemas de se-gurança, técnico de segurança, médico do trabalho e profissio-nal de ergonomia.

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8 • • • O D E BATE offshore

Macaé recebe 5ª edição da Feira Protection Offshore

Macaé já conta com mais um evento de grande por-te que promete

reunir a classe empresarial e movimentar a economia local. Trata-se da 5ª edição da Feira Protection Offshore, que aconte-ce entre os dias 26 e 28 de junho,

das 14h às 18h, no Macaé Centro. Promovida pela Reed Exhibi-

tions Alcântara Machado, em parceria com o IBP - Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Bio-combustíveis, e com o apoio da Prefeitura de Macaé, o evento visa debater e apresentar as me-lhores práticas de SMS, Preven-ção e Reparos no segmento de E&P Offshore e propiciará aos

Promovido pela Reed Exhibitions Alcântara Machado, evento acontecerá durante três dias no Macaé Centro.

expositores a apresentação dos mais recentes desenvolvimen-tos do setor, paralelamente a conferências simultâneas com o formato ConfEx (Conferência + Exposição).

Segundo informou a asses-soria de imprensa do evento, o principal objetivo é aumentar as oportunidades de negócios geradas desde sua criação, ace-

lerando o desenvolvimento dos setores de Segurança, Saúde, Meio Ambiente, Confiabilida-de e Reparos do segmento de E&P. Para tal, em uma rodada de negócios organizada pela Onip, serão criadas oportunidades de parcerias entre os principais players do setor com os fornece-dores de equipamentos e servi-ços para o segmento.

Os interessados na Feira po-dem obter informações para participação de empresas, seja com área de exposição ou como patrocinadora. Este tipo de exposição visa atingir milhares de pequenos, médios e grandes empresários, impac-tando os principais players e mercados-alvo do setor de Petróleo e Gás Natural.

pAlEsTRANTEsGuilherme Teixeira de Castro - Diretor SPE Sessão Macaé; Cristiano Villardo Nunes Guimarães - Coordenador Geral IBAMA/CGPEG; Raphael Moura - ANP; Cristina Lucia Duarte Pinho - Gerente Executiva de Serviços do E&P PETROBRAS; Moíses Haddad - NORSKAN OFFSHORE; Flavio P. de Andrade - OCEANPACT; Maurício Alves - HALLIBURTON; Márcio Schiavo - COMUNICARTE; Rogério Mendonça - Presidente IADC; Bruno Duarte Azevedo - PETROBRAS; Carmo Wagner - Gerente Geral SCHLUMBERGER; Rui Orsini Sales Manager - PASCHOALIN/APTOMAR; Mardonildo Filho - ABESPETRO; Gabriel Sotomayor - PETROBRAS.

pOR qUE pARTICIpAR.......................................Serão 3 dias de apresentações e informações relevantes;Contato com profissionais qualificados e com posição chave na tomada de decisão;Oportunidade de conhecer as mais recentes tecnologias e práticas do setor;Ambiente que favorece a interação entre os profissionais;Oportunidade de posicionar-se diante de uma audiência formadora de opinião;Suporte da equipe da Protection Offshore para maximizar seu networking.

EvENTOs TéCNICOs: são espe-rados mais de 400 profis-sionais do setor nas confe-rências técnicas, trazendo o estado da arte das tecnolo-gias e melhores práticas em segurança, meio ambiente, prevenção de acidentes e resposta a riscos;

EvENTO DIfERENCIADO: a Protec-tion Offshore chega em 2012 a sua 5ª Edição, consolidada como o principal evento do setor para debater e apresen-tar as melhores práticas em SMS, Prevenção e Reparos no segmento de E&P Offshore;

Renatta [email protected]

Renatta [email protected]

Page 9: Protection Offshore

9 O D E BATE offshore • • •

Macaé recebe 5ª edição da Feira Protection Offshore

RODADA DE NEgóCIOs: organiza-das pela Onip, estas rodadas têm a finalidade de reunir os principais players do setor com os fornecedores de tec-nologias, soluções e consul-toria para o segmento, tendo por objetivo gerar negócios e oportunidades de parceria.

pARCERIAs EsTRATégICAs: em 2012, o evento conta com a parceria de organização do IBP, além do patrocínio Master da Petrobras. Ambas as organiza-ções estão diretamente envol-vidas no desenvolvimento da grade temática da conferência do evento;

CONfERêNCIA E ExpOsIçÃO: com formato ConfEx (Conferên-cia e Exposição), o encontro conta com áreas de negócios onde expositores poderão apresentar seus mais recen-tes desenvolvimentos para o setor paralelamente a con-ferências simultâneas. Esta dinâmica permite rica troca de informações entre os parti-cipantes, extenso networking e negócios;

sEssÃO plENáRIA: a Pro-tection contará com uma sessão plenária, na qual líderes do governo e das principais entidades reguladoras e financia-doras do setor apresen-tarão as perspectivas e planejamento oficial para o segmento;

Encontros, palestras e exposição de serviços e equipamentos marcam a quinta edição da importante feira

Page 10: Protection Offshore

10 • • • O D E BATE offshore

Preservação é um dos temas da Protection

Desde que foi perfura-do o primeiro poço de petróleo no município, em 1977, começou uma

nova era em Macaé, cidade que até então era conhecida como Prince-sinha do Atlântico e tinha como principal fonte econômica a pesca. Atualmente o município, que era rico por suas belezas naturais é destaque no setor empregabilidade e tudo por meio da Petrobras, uma das empresas mais cobiçadas pelos profissionais e que impulsionou a

chegada de empresas do setor offshore na cidade.

Em meio a tanta coisa boa, a te-mática “meio ambiente” passou a ser pauta de alguns órgãos, a come-çar pelas próprias empresas, assim como para instituições de ensino e com isso município vai ganhando novas ofertas de cursos na área.

Em virtude da importância na-cional e mundial da temática, duran-te esta semana a Capital do Petró-leo vai sediar a Protection Offshore. O encontro vai reunir profissionais do segmento, debatendo e apresen-tando as inovações para este setor

do setor petroleiro nos últimos anos, em especial com a desco-berta e o início das atividades de exploração, produção e pré-sal, os olhos do segmento no Brasil se voltam para as questões de operação e segurança do setor.

Considera-se ainda que os re-centes acidentes, embora de pe-quenas proporções, revelaram que

ainda há muito a melhorar na pre-venção e no preparo para resposta à emergência, fazendo com que as lideranças do setor ocupem cada vez mais o seu tempo em estudar, conhecer e investir em processos, tecnologias e equipamentos de segurança e análise de riscos.

No município, cursos já são oferecidos para quem deseja atuar na área. Desde técnico, à graduação, entre eles o curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, apontada recentemente pela Fe-deração das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro como uma das

profissões do futuro. De acordo com publicação da

Petrobras na página www.petro-bras.com.br de 2000 a 2011 foram investidos R$ 43,5 bilhões em Se-gurança, Meio Ambiente e Saúde. Ainda segundo o órgão, parte des-se valor foi usada na instalação de Centros de Defesa Ambiental (CDAs) em pontos estratégicos de operação completando assim os planos de contingência locais já existentes nos terminais, refi-narias e demais unidades, para assegurar máxima proteção e agilidade em caso de emergência.

- considerado repleto de desafios e oportunidades de negócios.

O evento que chega a sua 5ª edição vai levar aos participantes uma série de informações, pois considera-se que com a expansão

O encontro vai reunir profissionais do segmento, propor debates e apresentar as inovações para o setor

Juliane Reis [email protected]

Page 11: Protection Offshore

11 O D E BATE offshore • • •

Page 12: Protection Offshore

12 • • • O D E BATE offshore

Protection Offshore chega à cidade focando a segurança

Dia 26 começa a 5ª edição da Protection Offshore. A feira, que é o principal encontro sobre Preven-

ção, SMS, Gestão de Riscos, Res-postas a Emergência e Integridade de Ativos do Setor Offshore, pro-mete trazer novidades a nível de proteção para o trabalhador do se-tor naval. No evento também serão debatidos questões a respeito da taxa de Frequência de Acidentados com Afastamento (TFCA), que já se aproxima dos referenciais inter-nacionais de excelência na indústria de petróleo e gás.

A segu-

rança no ambiente de trabalho na área offshore, é uma das prin-cipais preocupações por parte das empresas do setor, que têm como rotina priorizar hábitos e normas relativas a segurança que gerem uma conduta responsável por parte de seus funcionários.

Uma dessas normas é a NR 5, estabelecida pelo Ministério do Trabalho e já divulgada no am-biente organizacional. Essa Nor-ma Regulamentadora, por sua vez, está condicionada ao grau de risco, do número de funcionários por es-tabelecimento e código de ativi-dade econômica da organização.

Feira começa no dia 26 e promete trazer avanços na proteção do trabalhador na indústria do petróleo e gás

Seu objetivo é prevenir aciden-tes e doenças decorrentes do tra-balho, preservando a vida e a saúde dos profissionais. O fruto da NR 5 culmina na realização da conheci-da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), um evento obrigatório, segundo a

legislação brasileira.Saindo um pouco do campo

jurídico, que merece todo respeito e atenção, sabemos que no dia a dia muitos acidentes de trabalho podem ser evitados quando as pessoas quebram paradigmas e se conscientizam que a vida delas não depende apenas da organização, mas sim do comportamento que elas adotam nas rotinas laborais. Muitos trabalhadores não obdecem às normas, mas a grande maioria sabe que o uso dos EPI's (Equipa-mento de Proteção Individual) é fundamental assim como obedecer às normas aplicadas a cada setor.

Para o técnico em segurança do trabalho, Bruno dos Santos,

muitas vezes os próprios homens de área contribuem para a causa do acidente de trabalho. “O técnico de segurança do trabalho, por exemplo, tem como uma de suas funções, efe-tuar treinamentos a fim de passar os conceitos de segurança para os outros profissionais que estão em-barcados. Muitos deles, por sua vez, terminam dificultando o trabalho do técnico, não utilizando o devido equi-pamento e gerando riscos para to-dos que estão a bordo em um navio, plataforma ou até em terra. Alguns desobedecem as regras e outros realmente esquecem de usar todo equipamento, mas o técnico está sempre lembrando e frisando a im-portância do uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI), porém, por

conta da imprudência, nem sempre é possível evitar os aci-

dentes “, finaliza.

a segurança no trabalho na área offshore é uma das principais preocupa-ções do setor

Bertha [email protected]

Page 13: Protection Offshore

13 O D E BATE offshore • • •

Macaé possui maior polo industrial do Rio

Com cerca de 3 mi-lhões de metros quadrados, infra-estrutura completa

e localização privilegiada, o Polo Bellavista é o maior con-domínio industrial do estado do Rio de Janeiro.

A fase 1 do empreendimento,

cerca de 860 mil m2, foi totalmen-te vendida e atraiu o interesse de empresas como: Smith Service, Baker Hughes, National Oilwell Varco, Superior Energy, Swire Oilfield, Nov Tuboscope, Mi Swa-co, Supermix Concreto, Osborne Construtora, Intertank, Eurobras (Petrobras) entre outras.

as empresas instaladas, como a criação das novas vias de acesso: Estrada de Santa Te-resa, que liga o Polo Bellavista bem próximo à BR 101; Estrada Norte-Sul, que liga Imboassi-ca à Churrascaria Galope e Estrada da Fluke, conectando o Polo Bellavista ao PT. Com

O Polo Bellavista fica lo-calizado na Zona Industrial 1 (ZI-1), ao lado do Parque de Tu-bos (PT) da Petrobras, onde se encontram as principais em-presas do setor offshore. Por isso, a Prefeitura de Macaé vem concentrando esforços de infraestrutura que beneficiam

No ritmo do Pré-Sal, Macaé lança o maior condomínio industrial do estado do Rio de Janeiro.essas novas obras, a região do Parque de Tubos se reafirma como principal vetor de cres-cimento industrial da cidade. A fase 2 do empreendimento, com cerca de 2 milhões de m2, está disponível para venda. Mais informações no site www.polobellavista.com.br.

Page 14: Protection Offshore

14 • • • O D E BATE offshore

Setor naval aquece e demanda aumenta

A grande dificuldade para entrar no mer-cado offshore é a exigência do curso

básico de segurança do tra-balho, também chamado de salvatagem. A Petrobras exige que as empresas ofereçam o curso para os novos profissio-nais contratados. Entretanto, muitas empresas preferem contratar profissionais que já possuam a capacitação. Que o setor offshore impulsiona a economia de Macaé e que o município sofre com a falta de qualificação de mão de obra todo mundo já sabe. No entanto, pessoas que querem ingressar neste ramo, princi-palmente trabalhando nas plataformas, precisam ter o curso de salvatagem e huelt. Geralmente, é um curso que pode ser feito em 40h ou 50h, mas custa cerca de R$ 1,7 a R$ 2 mil. Hoje, diversas empresas na cidade oferecem qualifica-ção para ingressar no setor.

Somente na Bacia de Cam-pos sete mil funcionários da estatal estão trabalhando nas plataformas, fora aqueles que são de empresas contratadas. O curso de salvatagem habilita o aluno a trabalhar embarcado

em navios e plataformas, ofe-recendo conhecimentos sobre medidas de segurança. A ca-pacitação é requisito obriga-tório para exercer a profissão.

Nas aulas de huet, é repas-sado o conhecimento para que os passageiros e tripu-lação saibam como reagir à queda de helicóptero no mar e estejam aptos a cuidar de si e de outros sobreviventes até que aconteça o resgate.

Qualificação para trabalhar no setor offshore é cara e só tem validade de cinco anos

Como é o curso?O curso é dividido em aulas práticas e teóricas. No curso, geralmente, há ensinamentos de emer-gência em unidade marítima, sobrevivência no mar, perigos para os sobreviventes, embarcações de resgate e salva-vidas, exercício de resgate de passageiros com cinto de resgate de aeronave, descida, afastamento e aproximação da plata-forma com baleeira e outros.

Cristian Kupfer [email protected]

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15 O D E BATE offshore • • •

O Debate

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Segurança do trabalho no setor offshore

Visando a saúde e bem-estar de seus funcioná-rios, as grandes empre-sas do setor offshore

vêm investindo cada vez mais em profissionais habilitados na prevenção de possíveis aciden-tes. Essa é a porta aberta para o mercado ao profissional em Segurança do Trabalho.

Toda empresa que possui mais de 100 funcionários necessita ao menos de um técnico em segurança do trabalho. Com o crescimento do departamento petroleiro nos últimos anos, em espe-cial do setor offshore, as gran-des empreiteiras do ramo se focam ainda mais para as questões de operação e se-

gurança. No mercado existe muita procura por esse tra-balhador, mas para obter um bom desempenho, é preciso estar qualificado.

O Técnico em Segurança do Trabalho tem como ob-jetivo evitar riscos no local de trabalho, avaliando o que pode dar errado durante a execução do serviço. Para isso é de sua responsabilidade in-centivar a implementação dos programas para prevenção de acidentes. Ele ajuda no desen-volvimento dos programas, mas principalmente, na sua prática na área de trabalho.

Para tais profissionais, a jornada de trabalho é um de-safio a ser enfrentado diaria-mente, até mesmo por resis-tências de funcionários que

por falta de conhecimento não entendem a importân-cia do serviço prestado pelo responsável por sua seguran-ça. “Muitas vezes as pessoas veem a gente como chatos e repetitivos, alguns não conse-guem entender que o nosso trabalho é para o bem-estar deles”, destaca o técnico em segurança offshore Rodrigo Guimarães de Almeida.

Porém, Rodrigo explica que apesar de algumas resistên-cias, o resultado do trabalho é satisfatório. “Quando alguém te agradece por você ter evi-tado acidente é uma sensação única. É muito bom saber que podemos ajudar a salvar vidas através dos nossos conheci-mentos”, ressalta o técnico.

Para se tornar um profissio-

Mercado está aberto para profissionais qualificados

nal de Segurança do Trabalho Offshore, o interessado preci-sa ter registro no Ministério do Trabalho e é obrigatório fazer um curso técnico.

O curso profissionalizante tem como objetivo proporcio-nar os conhecimentos sobre os principais equipamentos, as melhores práticas envolvendo os cuidados e procedimentos operacionais, visando preservar a saúde e segurança dos tra-balhadores, a conservação da instalação, dos equipamentos e suas condições operacionais.

As empresas que investem nesses profissionais garantem maior segurança aos seus fun-cionários, melhor qualidade de vida, a empresa se torna mais competitiva e ganha maior lu-cratividade.

Letícia [email protected]

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Faculdade Salesiana

Incentivo ao conteúdo local beneficiará empresas

Consolidado ao lon-go dos 30 anos de exploração das re-servas situadas na

Bacia de Campos, o parque industrial de Macaé poderá ser ampliado por meio do es-tímulo da Petrobras em reco-nhecer a importância dos pro-dutos e serviços oferecidos por empresas genuinamente brasileiras.

A nova expectativa nasce atra-vés do posicionamento adotado

pela nova presidente da estatal, Graça Foster, ao declarar o in-centivo da utilização do conteú-do local e nacional em todas as operações relativas ao processo de exploração e produção de pe-tróleo nas bacias de todo o país.

Através da proposta, a Petro-bras passa a ampliar a fiscaliza-ção do consumo dos produtos fabricados por empresas nacio-nais, que devem ser adquiridos por companhias prestadoras de serviço da estatal brasileira,

procedimento determinado por contrato de operação.

Para o presidente do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico (Fumdec), Francisco Navega, a questão estimula a produção dentro do país.

"Com esse posicionamento da Petrobras, empresas que desen-volvem tecnologia de ponta, si-tuadas na Noruega ou em Hous-ton, deverão vir para o Brasil e também para Macaé", afirmou Francisco Navega.

Posicionamento adotado pela nova presidência da Petrobras gera expectativas para Macaé

Estímulo para o mercadoPara garantir o estímulo ao conteúdo local, a Petrobras, em acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), aumentará a fiscalização referente às notas apresentadas pelas empresas prestadoras de serviço, identificando assim o consumo de produtos produzidos no país."Com esse posicionamento, plataformas fabricadas no país terão de 55% a 70% dos seus componentes fabricados no Brasil. Isso garante o crescimento da produção, geração de empregos e de recursos", apontou Navega.

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Vazamento de óleo e os impactos ambientais gerados

Uma das questões mais importantes na hora de extrair o petróleo, seja na

terra ou nos oceanos, são os impactos ambientais em casos de vazamento de óleo. Diver-sos desastres aconteceram em todo o planeta nos últimos anos, e em alguns pontos as consequências ficam visíveis até hoje.

Um dos casos mais graves foi o do Golfo do México, em abril de 2010, onde uma plataforma da empresa britânica British Petroleum explodiu. Na época cerca de 800 mil litros de óleo vazaram diariamente, afetando a vida marinha local.

Durante a extração, os méto-dos mais comuns de transporte do petróleo ocorre através de reservatórios oceânicos e por oleodutos sobre a terra. Estudos mostram que um derramamento

a mancha de óleo se propaga pelo mar de maneira rápida, matan-do milhares de peixes

em terra pode ocorrer de muitas formas, mas as maiores causas geralmente são ocasionadas pela ruptura de um oleoduto ou explosão de poços.

É por isso que é fundamental todo o cuidado na hora de ex-plorar, pois as maiores causas de ruptura, por exemplo, são geradas devido a equipamentos danificados, desastres naturais (como terremotos), entre outras.

Em relação aos oceanos, um dos pontos mais discutidos em encontros voltados ao desen-volvimento sustentável, o der-ramamento de óleo é um dos fatores principais responsáveis pela poluição dos mares.

As agressões que isso causa para todo um ecossistema são enormes. A mancha de óleo se propaga pelo mar de maneira rápida, matando milhares de peixes, aves marinhas, crustá-ceos, corais, entre outros.

Considerada uma das maio-res empresas de petróleo do

dente ambiental, tem que atuar nos planos de contingências. É fundamental ter pronto um pla-no para evitar que esse óleo se espalhe. A Petrobras tem planos de resposta a emergências in-dividuais, regionais e corporati-vos. Eles funcionam da seguinte maneira: em um derramamento

de óleo em Macaé, por exem-plo, a unidade local tem que estar pronta para um eventual acidente. Caso ela não consiga resolver o problema, ela pede socorro a regional. Se isso não for o suficiente é acionado a corporativa”, ressalta.

Marcus explica que esses planos são elaborados após al-gumas etapas. O primeiro passo é analisar os riscos do empre-endimento, como explosão de uma plataforma, vazamento de gás, entre outros. É feito um le-vantamento de todos os riscos.

Em seguida é feito um levanta-mento do cenário (mar, terra, en-tre outros) para evitar que o óleo vaze. Em cima do cenário é feito um novo levantamento, só que de estratégias de resposta. Essas estratégias irão dimensionar os recursos para cada cenário e para todos no geral. “É importante ter tudo estruturado em um plano. Em caso de acidentes a empresa tem que avisar as autoridades,

como Capitania dos Portos, Agên-cia Nacional de Petróleo, Instituto Estadual do Ambiente (no caso do estado do Rio de Janeiro), en-tre outros. Junto é feito um traba-lho para minimizar os impactos gerados pelo acidente, como a limpeza da praia e os cuidados com os animais afetados”, explica.

A Agência Nacional de Pe-tróleo (ANP) tem planos de au-mentar as penalidades para as empresas que causarem danos ao meio ambiente dentro das atividades de exploração e pro-dução de petróleo em alto-mar. O órgão pretende aumentar em 3.000% o valor das multas que hoje são em média R$ 5 milhões, de acordo com a gravidade do acidente. Com esse reajuste esse valor poderia chegar a R$ 150 milhões, em casos de aci-dentes ambientais com mortes.

Essa proposta foi encaminha-da recentemente ao Ministério de Minas e Energia para alterar a Lei das Penalidades.

mundo, a Petrobras, possui um sério plano de contingência para casos de acidentes. Segundo o gerente setorial de Contingên-cia da empresa, Marcus Vinicius Lisboa Brandão, o ideal é que se trabalhe na prevenção.

“Mesmo se após as preven-ções acontecer de vazar o óleo, de não conseguir evitar um aci-

Empresas exploradoras de petróleo precisam se prevenir a fim de evitar acidentes

Um vazamento de óleo pode, além de poluir a água, destruir todo um ecossistema

Marianna [email protected]

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Prefeitura de Quissamã

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Plano de Emergência do Aeroporto garante segurança

é sempre importante manter as equipes atualizadasA

o receber atual-mente as obras de ampliação da base, o Ae ro p o r to d e

de Emergência (CCVE) da base. O EXEAC conta também

com a apresentação de par-te teórica, através da abor-dagem de procedimentos exigidos pelos principais ór-gãos de navegação aérea do Brasil e do mundo. Eles estão

incluídos também no Plano de Emergência do Aeropor-to, que, devido a constante atualização e mudanças na infraestrutura do terminal, precisa ser realizado diante da necessidade de adequação.

Já a parte prática, através do exercício, tem como obje-tivo cronometrar o tempo de resgate registrado, desde a identificação da situação de acidente, até a chegada da equipe de resgate externa.

Em um cenário improvisado na parte interna do sítio aeroportu-ário, o simulado é iniciado com a chegada da equipe do Corpo de Bombeiros até a suposta área de vazamento do produto químico. Assim que o espaço é isolado, a turma do CCVE entra em ação para realizar os procedimentos iniciais de primeiros socorros.

Depois de tirarem as vítimas do local, os socorristas e ma-quistas, realizam a identificação da gravidade dos ferimentos.

Exercício realizado anualmente garante resposta imediata em casos de emergência registrados na região da base

Durante o resgate, as vítimas são socor-ridas e alojadas em áreas demarcadas por faixas coloridas estendidas no pátio do Aeroporto. Na Zona Verde, são colocadas pessoas

que apresentavam fe-

rimentos leves. Na Zona Ama-rela, as macas com feridos que apresentam alguma fratura exposta. Já a Zona Vermelha foi reservada para a alocação das vítimas em estados mais graves, que necessitavam de atendimento médico urgente.

Após a realização dos pri-meiros atendimentos, os feri-

dos foram encaminhados para as unidades de emergência.

A previsão, de acordo com o su-perintendente do Aeroporto de Ma-caé, Hélio Batista dos Santos Filho, é que o exercício seja realizado nes-te ano, no próximo mês de agosto.

“É sempre importante man-ter as equipes atualizadas para que possamos contar com

uma resposta rápida em caso de incidentes e até acidentes. Neste mês registramos uma situação junto a uma aerona-ve, de baixa gravidade, onde a atuação, tanto da comunidade, assim como das equipes pú-blicas de resgate, facilitaram e muito ao atendimento”, afir-mou Hélio Batista.

Macaé se destaca também no aprimoramento de técni-cas relativas a segurança das operações, assim como na resposta imediata diante do registro de casos de acidentes.

Para garantir a qualidade na atuação em situação de risco, a base macaense realiza anu-almente o Exercício de Emer-gência Aeronáutica Completo (EXEAC), como forma de regis-trar o encerramento do Curso de Formação do Corpo Voluntário

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SIT

Caso Chevron: mudança nos conceitos de segurança

Caso mais recente de prejuízos ocasiona-dos por incidentes no processo de ex-

ploração de petróleo na Bacia de Campos, o vazamento de cerca de 2,4 mil barris de óleo bruto no Campo do Frade, na área de atuação da empresa norte-americana Chevron, re-gistrado em novembro do ano passado, mobilizou discussões relativas à segurança nas ope-rações em águas brasileiras.

Acompanhado por especia-listas do setor offshore, o caso

atraiu também os olhares da classe política nacional, que re-presenta os municípios impac-tados por uma das principais atividades econômicas do país, em especial as cidades situadas no Norte Fluminense, na área considerada como o emirado do petróleo brasileiro.

Identificado através de uma mancha avistada por embarca-ções que atuavam na região do Campo, o vazamento motivou a discussão para a elaboração de um Plano Nacional de Contin-gência a Vazamentos, assunto

apontado a partir da identifica-ção de filhas nos procedimentos que visavam mitigar os efeitos da concentração do óleo que, mes-mo com a expectativa, acabou não alcançando o litoral da costa fluminense.

Questão que envolveu órgãos como a Agência Nacional do Pe-tróleo (ANP), órgão responsável pela fiscalização das operações do petróleo no Brasil, o Ibama, que acompanha a preservação dos recursos naturais brasileiros e a Polícia Federal, que abriu um in-quérito civil para apurar as falhas

Incidente na Bacia de Campos mobilizou até questões políticas

no procedimento de contensão do vazamento, o caso motivou tam-bém as discussões em relação à elevação dos valores aplicados por multas ambientais diante de erros e acidentes que causem severos impactos ao meio ambiente em operações offshore. O Ministério Público Federal (MPF) chegou a solicitar a aplicação de multa de R$ 20 bilhões para a Chevron, de-vido aos danos ambientais causa-dos pelo incidente.

As discussões sobre os efei-tos do caso alcançaram também as Câmaras Municipal e Fede-

ral, onde o assunto foi debatido exaustivamente em defesa da proteção dos recursos ambientais envolvidos no processo de explo-ração do ouro negro brasileiro.

Passados sete meses após o incidente, Macaé volta a sediar um evento que possui potencial para ampliar as discussões rela-tivas à proteção ambiental e so-cial nas operações petrolíferas, assunto que ultrapassa o campo empresarial e que faz parte da rotina das milhares de pessoas que vivem na região do emirado do petróleo brasileiro.

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Histórico de acidentes ajuda a desenvolver mais a segurança

No histórico nacional do ramo offshore muitos acidentes neste ambiente de

trabalho acabam como uma cicatriz na área do petróleo. Dos males causados e das vi-das dizimadas por explosões e danos em plataformas e navios, fica um ensinamento da experiência no quesito se-gurança de trabalho. Entre os que entraram para a história da produção petrolífera no Brasil, a explosão registrada na plataforma P-36, em março de 2001, ceifando vidas, marcou uma nova era nas discussões relativas a segurança no am-biente offshore. Quase dez anos depois, o vazamento no Golfo do México, chamou a atenção sobre as questões ambientais.

Um dos principais desastres

um dos principais desas-tres acontecidos foi um incêndio na plataforma Enchova-1

acontecidos na Bacia de Santos, por exemplo, foi um incêndio na plataforma Enchova-1 - com sal-do de 37 mortes entre 220 tra-balhadores há 80 quilômetros do litoral de Macaé. Este aciden-te aconteceu no dia 16 de agosto de 1984 e foi um dos maiores desastres offshore da região. No relato do acidente, uma em-barcação de fibra de vidro com capacidade para 50 pessoas na qual funcionários tentavam fugir do incêndio simplesmente des-pencou no mar. A queda teve um motivo imediato: a superlotação, já que havia 57 trabalhadores dentro da baleeira.

De lá para cá, outros aciden-tes aconteceram mas ao mes-mo tempo as políticas de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS) foram reforçadas pelas empresas que gerenciam este sistema. A preocupação sobre

destes trabalhadores sobre o assunto. Na estimativa da FUP, um trabalhador morre por mês neste ramo de atividade.

A preocupação da FUP, as-sim como das empresas e au-

toridades da área, procede - e muito. Neste ano, na Bacia de Campos, já foram sete aciden-tes que resultaram em morte na área offshore. Aí incluindo a queda de um helicóptero que fazia serviços para Petrobras no final de fevereiro, deixan-do quatro mortos. Nas últimas décadas, o ápice de acidentes foi entre 1998 e 2001, quando morreram 36 trabalhadores em mais de 90 acidentes em plataformas apenas na Bacia de Campos. À época, o Mi-nistério do Trabalho até abriu um inquérito para investigar as ocorrências. A realidade, de fato, é que acidentes con-correm lado a lado com os serviços de segurança das empresas do ramo do petróleo.

Em 1955, apenas dois anos depois da Petrobras ter sido criada pelo presidente Getúlio

Vargas, três pessoas se feriram num incêndio na Refinaria Pre-sidente Bernardes, em Cubatão. Seguindo o histórico, em 1961, na mesma refinaria, um tanque pegou fogo. Já quanto ao gran-de impacto ao meio ambiente, em março de 1975 um petro-leiro derramou 6 mil toneladas de óleo na Baía de Guanabara - causando um imenso dano am-biental. E, na relação entre mo-radores da proximidade com empresa do ramo de energia, uma favela também em Cuba-tão explodiu matando 93 pes-soas. Neste caso, residências estavam sobre um mangue e, por baixo dele, passavam du-tos da Petrobras. Além disso, a Baía de Guanabara foi mais uma vez vítima de um aciden-te com uma mancha negra de óleo que tomou 40 quilômetros quadrados da área.

as estratégias de SMS é tanta que para julho a Federação Úni-ca dos Petroleiros (FUP) já con-vocou uma mobilização nacional para cobrar atitudes quanto à política SMS. A ideia é exigir um foco maior na prevenção de aci-dentes. Ainda deve ocorrer um seminário nacional dos petro-leiros para discutir propostas

Casos registrados na Bacia de Campos e em águas internacionais marcam a história da indústria do petróleo

Plataforma P-36 afundou depois de explosão que matou onze fun-cionários e é hoje um dos acidentes mais emblemáticos da área

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Golfo do México: milhões em prejuízos e grandes impactos

No dia 20 de abril de 2010 ocorreu uma forte explosão no Golfo do México,

proveniente da plataforma Deepwater Horizon, da British Petroleum. Onze funcionários da plataforma ficaram desa-parecidos. Posteriormente, iniciou-se um dos maiores derramamentos de óleo no mar da história, e o pior aci-dente ambiental causado por óleo nos EUA.

As manchas de óleo come-çaram a ocupar uma área cor-respondente ao território de um país como Porto Rico, passaram a se movimentar a 65 quilôme-tros da costa de Louisiana, es-tado costeiro dos EUA. Após a explosão da plataforma de Deepwater Horizon, o sistema automático de controle da vál-

vula instalada no fundo do mar falhou e permitiu o vazamento.

A plataforma afundou no mar do Golfo do México dois dias depois da explosão, desde então, o vazamento de petróleo permaneceu de maneira conti-nuada em virtude da abertura do poço situado no fundo do mar.

O poço passou a jogar cerca de 1 milhão de litros de petró-leo ao dia no Golfo do México, gerando uma grande mancha de óleo no mar e em trechos de regiões costeiras. O equipa-mento responsável por fechar a válvula de controle da abertura do poço ficou submerso a 1,5 mil metros de profundidade, sem permitir qualquer tipo de controle remoto.

A empresa British Petroleum, sob intimação do governo dos EUA e declarações do presiden-

te Barack Obama, assumiu as responsabilidades pelo aciden-te e previamente pela limpeza das águas e regiões costeiras do Golfo do México.

Para reverter o quadro de de-sastre ambiental, a empresa Bri-tish Petroleum enviou um robô até o equipamento de controle da válvula, instalou uma barrei-ra na superfície e utilizou aviões para dispersar o óleo. Além do grandioso desastre ambiental, o acidente gera perdas nas ativi-dades pesqueiras e no turismo.

A imagem do pelicano-mar-rom, ave símbolo do Estado de Louisiana, coberto de óleo foi uma das mais representativas da catástrofe ambiental. Mi-lhares de animais, aves, peixes, crustáceos, corais e outras espé-cies da fauna marinha morreram nos meses seguintes à tragédia.

Acidente é considerado como um dos maiores da indústria do petróleo mundial

Explosão e vazamento de óleo ainda gera impactos ao meio ambiente

Impactos irão durar anosPassado um ano, amostras de água colhidas pelo governo e por cientistas indicam que a maior parte da mancha negra na superfície foi removida por equipes de limpeza. A limpeza da costa litorânea, dizem especialistas, aconteceu de um modo muito mais rápido do que o previsto, contrariando prognósticos mais pessimistas.Apesar disso, estima-se que entre 11% e 30% do produto ainda esteja presente no ecossistema, parte dele no fundo do mar e nos pântanos.Também se desconhece o impacto total da contaminação da vida marinha, especialmente de micro-organismos que estão na base da cadeia alimentar de outras espécies. A contaminação se deve não somente pelos produtos químicos que vazaram da plataforma mas também pelo dispersante Corexit 950Pescadores da região são céticos quanto aos relatórios oficiais. Eles temem que as consequências do vazamento sobre larvas de camarões e de crustáceos só irão aparecer nas próximas estações de pesca. Na época do acidente, a pesca comercial e recreativa foi proibida. O motivo era proteger a população do consumo de mo-luscos contaminados com componentes cancerígenos do petróleo. A pesca em alto mar começou a ser liberada em agosto do ano passado, um mês depois da contenção do vazamento. Louisiana é o maior Estado produtor de camarões nos Estados Unidos.

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