correspondência cutista edição especial 14ª plencut

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www.cutindependentedeluta.wordpress.com EDIÇÃO ESPECIAL A 14ª Plenária nacional da CUT (Plencut) está chamada a armar a central para enfrentar o cenário que se abre no 2º semestre, marcado por eleições presidenciais, de governadores e parlamentares em outubro, tendo no centro a defesa dos direitos e reivindicações dos trabalhadores num cenário difícil nos planos internacional e nacional. Lula estará presente no ato de abertura do dia 28 e Dilma, como candidata à reeleição, irá à Plencut em 31 de julho. O chamado à base cutista para apoiar a candidata do PT, contra os candidatos que representam diretamente os interesses dos capitalistas, deve ser feito sobre a base de uma plataforma que a CUT apresentará a ela. Plebiscito Constituinte no centro A batalha pelo Plebiscito popular por uma Constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político é central e terá, na tarde do dia 31, um ato político com lideranças das entidades e movimentos engajados na campanha. Uma emenda, adotada em várias plenárias estaduais, estabelece que: “A CUT deve indicar o apoio à reeleição de Dilma para convocar a Constituinte que abra saída às questões travadas pela maioria reacionária do Congresso. Como a CUT afirmou desde seu 11º CONCUT, "com esse Congresso não dá!" (...) É colocando no centro a defesa das reivindicações dos trabalhadores e o Plebiscito Constituinte que a CUT irá dialogar com o sentimento de que é preciso “mudar”, apontando o conteúdo das mudanças numa Plataforma própria da central dirigida a Dilma.Combater as demissões Outra emenda aborda a questão das demissões, que aumentaram, como no setor automotivo: “A exigência de 'nenhuma demissão' deve ser integrada a nossa pauta, pois em setores que mais lucraram no último período já se anuncia facão. As montadoras promovem lay-offs, férias coletivas e pressionam por mais benesses (redução de impostos, desoneração da folha) do governo federal. Ao contrário de "parceria" com elas para reduzir jornadas e salários, com recursos do FAT e FGTS para pagar salários reduzidos, a CUT deve encabeçar a luta contra as demissões e pela garantia no emprego”. As benesses às empresas incluem a inaceitável desoneração na folha da contribuição patronal para o INSS, que mina a Previdência pública e solidária, enquanto as reduções de IPI e créditos subsidiados do BNDES não incluem contrapartidas obrigatórias em matéria de emprego, direitos e respeito à ação sindical. Preservar o lugar da CUT e a democracia sindical Temas relativos à “vida interna” da central serão também debatidos. Há uma proposta de mudança quanto aos mandatos, que passariam a ser de 4 anos, para “não coincidir com eleições” e/ou porque confederações já adotam esse “ano a mais”. Além dos argumentos serem inconsistentes, os atuais 3 anos, que são a regra nos sindicatos de base, favorecem maior renovação nos quadros sindicais e controle da base. O papel dos “macrossetores”, criados em 2012, deve ser de coordenação dos ramos afins, e não, como já ocorreu com o da indústria, o de agir como “instância” concorrente das instâncias eleitas da CUT. Enfim, a ação internacional em defesa dos direitos dos trabalhadores e povos contra a política de guerra e superexploração do imperialismo deve ter lugar no Plano de Lutas (Palestina, Haiti etc), bem como as campanhas salariais do segundo semestre e a cobrança do atendimento da pauta da classe trabalhadora (40 horas, fim do fator previdenciário, fim dos leilões do petróleo etc) que segue pendente. Julio Turra - executiva nacional da CUT O que está em jogo na 14ª Plenária Nacional da CUT? Receba este boletim por email, escreva para: [email protected]

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Correspondência em defesa da CUT Independente e de Luta - edição especial 14ª plencut

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Page 1: Correspondência cutista edição especial 14ª plencut

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EDIÇÃO ESPECIAL

A 14ª Plenária nacional da CUT (Plencut) está chamada a armar a central para enfrentar o cenário que se abre no 2º semestre, marcado por eleições presidenciais, de governadores e parlamentares em outubro, tendo no centro a defesa dos direitos e reivindicações dos trabalhadores num cenário difícil nos planos internacional e nacional.

Lula estará presente no ato de abertura do dia 28 e Dilma, como candidata à reeleição, irá à Plencut em 31 de julho. O chamado à base cutista para apoiar a candidata do PT, contra os candidatos que representam diretamente os interesses dos capitalistas, deve ser feito sobre a base de uma plataforma que a CUT apresentará a ela.

Plebiscito Constituinte no centroA batalha pelo Plebiscito popular por uma Constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político é central e terá, na tarde do dia 31, um ato político com lideranças das entidades e movimentos engajados na campanha.

Uma emenda, adotada em várias plenárias estaduais, estabelece que: “A CUT deve indicar o apoio à reeleição de Dilma para convocar a Constituinte que abra saída às questões travadas pela maioria reacionária do Congresso. Como a CUT afirmou desde seu 11º CONCUT, "com esse Congresso não dá!" (...) É colocando no centro a defesa das reivindicações dos trabalhadores e o Plebiscito Constituinte que a CUT irá dialogar com o sentimento de que é preciso “mudar”, apontando o conteúdo das mudanças numa Plataforma própria da central dirigida a Dilma.”

Combater as demissõesOutra emenda aborda a questão das demissões, que aumentaram, como no setor automotivo: “A exigência de 'nenhuma demissão' deve ser integrada a nossa pauta, pois em setores que mais lucraram no último período já se

anuncia facão. As montadoras promovem lay-offs, férias coletivas e pressionam por mais benesses (redução de impostos, desoneração da folha) do governo federal. Ao contrário de "parceria" com elas para reduzir jornadas e salários, com recursos do FAT e FGTS para pagar salários reduzidos, a CUT deve encabeçar a luta contra as demissões e pela garantia no emprego”.

As benesses às empresas incluem a inaceitável desoneração na folha da contribuição patronal para o INSS, que mina a Previdência pública e solidária, enquanto as reduções de IPI e créditos subsidiados do BNDES não incluem contrapartidas obrigatórias em matéria de emprego, direitos e respeito à ação sindical.

Preservar o lugar da CUT e a democracia sindicalTemas relativos à “vida interna” da central serão também debatidos. Há uma proposta de mudança quanto aos mandatos, que passariam a ser de 4 anos, para “não coincidir com eleições” e/ou porque confederações já adotam esse “ano a mais”. Além dos argumentos serem inconsistentes, os atuais 3 anos, que são a regra nos sindicatos de base, favorecem maior renovação nos quadros sindicais e controle da base.

O papel dos “macrossetores”, criados em 2012, deve ser de coordenação dos ramos afins, e não, como já ocorreu com o da indústria, o de agir como “instância” concorrente das instâncias eleitas da CUT.

Enfim, a ação internacional em defesa dos direitos dos trabalhadores e povos contra a política de guerra e superexploração do imperialismo deve ter lugar no Plano de Lutas (Palestina, Haiti etc), bem como as campanhas salariais do segundo semestre e a cobrança do atendimento da pauta da classe trabalhadora (40 horas, fim do fator previdenciário, fim dos leilões do petróleo etc) que segue pendente. Julio Turra - executiva nacional da CUT

O que está em jogo na 14ª Plenária Nacional da CUT?

Receba este boletim por email, escreva para:

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