correio popular de campinas

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Delma Medeiros DA AGÊNCIA ANHANGUERA [email protected] O interesse pela obra da escrito- ra, dramaturga e poetisa Hilda Hilst (21/4/1930-4/2/2004), que vem crescendo nos últi- mos tempos, chegou ao ápice neste ano, quando se comple- tou os dez anos de sua morte. As homenagens pela data co- meçaram em abril do ano pas- sado, com a inauguração de um teatro com cerca de 100 lu- gares no pátio da Casa do Sol, refúgio criado por Hilda no Jar- dim Xangrilá, em Campinas e onde ela escreveu a maior par- te de sua obra. Mas, este ano, várias iniciativas estão em an- damento para lembrar a polê- mica escritora. A diretora Ga- briela Greeb concluiu as filma- gens do documentário Hilda Hilst pede Contato, com cenas gravadas quase que integral- mente na Casa do Sol. O docu- mentário é da produtora Ho- memadefilms. E, para facilitar o acesso à obra da escritora, o Instituto Hilda Hilst (IHH), tam- bém lançou o e-commerce te- mático Obscena Lucidez (www. obscenalucidez.com.br ), que ofe- rece toda a produção literária da artista on-line e camisetas, entre outros itens (leia mais nes- ta página) . Gabriela conta que conhe- ceu Hilda em função do filme. O convite para a produção par- tiu do escritor José Luiz Mora Fuentes, amigo de Hilda, com- panheiro de seu projeto criati- vo e herdeiro de seu patrimô- nio e acervo, que com sua mor- te, em 2009, passaram para seu filho Daniel Fuentes. “Em 2005, fiz um filme lindo sobre o Gian- ni Ratto, quando ele ainda esta- va vivo. O Mora Fuentes assis- tiu, gostou muito e me escre- veu propondo fazer um docu- mentário sobre a Hilda, um fil- me poético, não restrito às en- trevistas. Aí lembrei que o Gian- ni dizia que nunca havia recusa- do um trabalho. Não tinha lido nada da Hilda, lia a Clarice (Lis- pector) , mas decidi encarar. Co- mecei a ler tudo que achava de- la, vim conhecer a Casa do Sol. Caí nesse caldeirão do Obelix e não saí mais”, conta Gabriela, que assina o roteiro e a direção. Gabriela foi montando o ro- teiro enquanto desenvolvia ou- tros trabalhos paralelos, até que em 2012 o projeto foi sele- cionado pelo edital da Petro- bras. De acordo com o copro- dutor André Canto, o documen- tário é apresentado na primeira pessoa. “No filme, utilizamos várias gravações da Hilda. As- sim, ela própria conduz a histó- ria.” Gabriela explica que, nu- ma de suas visitas, viu uma cai- xa cheia de fitas e Mora Fuen- tes informou que eram as grava- ções de Hilda tentando fazer contato com os mortos, uma de suas manias. “Como vi que tinha a voz dela gravada, achei melhor que ela falasse por si. In- verti a posição inicial das fitas. Como ela tentava fazer contato com os mortos, coloquei ela morta pedindo contato com amigos vivos. Foi tudo gravado na Casa do Sol e em estradas. É como se, mesmo morta, Hilda promovesse um encontro dos amigos em sua casa”, informa Gabriela. A atriz Luciana Doms- chke interpreta a escritora no longa com uma caracterização que impressiona pela seme- lhança com Hilda Hilst. De acordo com Canto, a ex- pectativa é de que o produto chegue ao mercado no segun- do semestre de 2015, mas isso depende de um segundo patro- cinador. “Terminamos as grava- ções, agora estamos no proces- so de edição, montagem e fina- lização. O apoio da Petrobras foi para a produção. Agora esta- mos em busca de recursos para a finalização do filme”, informa o produtor. Gabriela destaca o cuidado que teve com a produ- ção. A filmagem teve a partici- pação do fotógrafo português Rui Poças, responsável pelas imagens do filme Tabu, e do técnico de som Nicolas Becker, que ganhou o Oscar por Gravi- dade, de Alfonso Cuáron. Outras produções Também está em fase de pro- dução um longa-metragem ba- seado na vida da escritora, com direção de Walter Carva- lho e produção da atriz Tainá Müller (que fará Hilda jovem) e Bianca Villlar. O projeto foi meio suspenso em função da participação da atriz na novela Em Família, da Globo, mas de- ve ser retomado no segundo se- mestre para ser lançado em 2015. Outros dois projetos de au- diovisual são uma série para TV com oito episódios inspirada nos textos teatrais de Hilda e um telefilme baseado num ro- teiro de José Luís Mora Fuen- tes, escrito enquanto ele mora- va na Casa do Sol, em cima de duas histórias do livro Tu Não Te Moves de Ti. A Globo Livros, que adquiriu os direitos sobre a obra da escri- tora em 2001, prepara o lança- mento de uma coletânea; de um livro com a correspondên- cia trocada entre Hilda e Mora Fuentes, que está sendo organi- zado por Daniel Fuentes, que herdou o acervo do pai por oca- sião de sua morte em 2009; e de uma biografia dela, que está sendo escrita por uma mulher, cujo nome ainda não foi divul- gado. Ilustração (à esquerda) e pôster à venda na loja virtual Obscena Lucidez, que está em funcionamento há um mês E nquanto a vida de Hilda Hilst tem rendido produções em audiovisual, o acesso aos livros e produtos da escritora ganhou um reforço de peso com a criação do e-commerce temático Obscena Lucidez (www.obscenalucidez.com.b r), que oferece on-line livros, camisetas e artigos de papelaria, entre outros produtos relacionados à vida e à obra da escritora. “O site está no ar há um mês. Em princípio, soltamos como um teste, mas deu tudo tão certo que, na prática, o e-commerce está em pleno funcionamento e vendendo bem”, afirma Daniel Fuentes, presidente do IHH. Segundo Fuentes, um dos pontos altos da prosa poética de A Obscena Senhora D, de Hilda Hilst, está na frase “...e o que foi a vida? uma aventura obscena, de tão lúcida”. “A partir dessa peça chave para compreender a vasta produção da poeta é que surgiu a ideia do site de e-commerce”, explica. “Em primeiro lugar, o site disponibiliza toda a obra da Hilda. Esta é uma proposta que será sempre mantida, inclusive com as obras mais raras e versões em outras línguas. Acredito que seja o único local em que se pode encontrar os 23 livros dela publicados pela editora Globo. Nas livrarias você encontra alguns, mas nunca toda a obra num mesmo local. Este é um diferencial do site”, afirma. Outro ponto positivo é a possibilidade de montar coleções a preços bem abaixo dos de mercado. “O site cria promoções para democratizar o acesso. A coleção completa, por exemplo, sai com R$ 150,00 de desconto”, diz Fuentes. Há ainda a opção de montar outras coleções como a completa de poesias, de prosa, de textos teatrais, das publicações eróticas. “Todas essas coleções também saem com bons descontos.” Fuentes destaca que o site foi criado em parceria com a empresa de logística Indivisível, especializada em e-commerce. “A empresa tem toda a expertise para entrega dos produtos. Você aprova a aquisição hoje e amanhã já está recebendo.” Além dos livros nacionais e importados, o site disponibiliza camisetas, agendas, cadernetas de bolso, pôsteres, capa de celulares e porta-copos com ilustrações de capas de primeiras edições ou montagens de desenhos feitos por ela, com frases da autora. Segundo Fuentes, a iniciativa tem por objetivo, além de divulgar a obra da escritora, ativar uma fonte de recursos para ajudar na manutenção da Casa do Sol, sede do IHH em Campinas, que foi a residência de Hilda de 1966 até sua morte, em 2004. Foi nesta casa que Hilda escreveu quase toda a sua vasta obra. Fuentes adianta que outros produtos serão desenvolvidos e que pretende inaugurar um programa de licenciamento, visando a ampliar a linha de produtos. “O IHH está aberto para receber propostas nesse sentido, bem como de projetos de outros ilustradores.” Fuentes ressalta que uma questão que foi colocada desde a primeira conversa sobre o site é que o IHH não faria brindes. “Não vamos oferecer chaveirinhos, por exemplo. Temos o cuidado de desenvolver produtos de boa qualidade. Sempre falei que a Hilda tinha um grande potencial mercadológico. Sua literatura é sólida e agrada pessoas de todas as idades, como se vê na faixa etária das pessoas que curtem a página do Facebook”, afirma. O site de comércio eletrônico coloca à disposição ainda ingressos para shows e peças que ocorrem no teatro do IHH; e a obra do escritor José Luiz Mora Fuentes. (DM/AAN) Loja on-line oferece de livros a capa de celular Cedoc/RAC Maurizio Mancioli/Divulgação / LITERATURA / Filmes e loja virtual perpetuam trabalho da escritora Até o momento, os produtos mais procurados na loja on-line Obscena Lucidez são as camisetas com ilustrações de capas de primeiras edições de livros de Hilda Hilst ou ilustrações suas combinadas a frases de impacto. “Estamos fazendo a segunda reposição de estoque de camisetas, estão vendendo muito bem”, afirma Daniel Fuentes, presidente do IHH. (DM/AAN) Hilda Hilst (à esq.) e a atriz Luciana Domschke, que interpreta a escritora no longa de Gabriela Greeb É POP HILDA HILST Documentário com direção de Gabriela Greeb já foi rodado SUCESSO Campinas QUARTA-FEIRA 11 / 06 / 2014 CORREIO POPULAR

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É POP. É HILDA HILST.

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Page 1: CORREIO POPULAR DE CAMPINAS

Delma MedeirosDA AGÊNCIA ANHANGUERA

[email protected]

O interesse pela obra da escrito-ra, dramaturga e poetisa HildaHilst (21/4/1930-4/2/2004),que vem crescendo nos últi-mos tempos, chegou ao ápiceneste ano, quando se comple-tou os dez anos de sua morte.As homenagens pela data co-meçaram em abril do ano pas-sado, com a inauguração deum teatro com cerca de 100 lu-gares no pátio da Casa do Sol,refúgio criado por Hilda no Jar-dim Xangrilá, em Campinas eonde ela escreveu a maior par-te de sua obra. Mas, este ano,

várias iniciativas estão em an-damento para lembrar a polê-mica escritora. A diretora Ga-briela Greeb concluiu as filma-gens do documentário HildaHilst pede Contato, com cenasgravadas quase que integral-mente na Casa do Sol. O docu-mentário é da produtora Ho-memadefilms. E, para facilitaro acesso à obra da escritora, oInstituto Hilda Hilst (IHH), tam-bém lançou o e-commerce te-mático Obscena Lucidez (www.obscenalucidez.com.br), que ofe-rece toda a produção literáriada artista on-line e camisetas,entre outros itens (leia mais nes-ta página).

Gabriela conta que conhe-ceu Hilda em função do filme.O convite para a produção par-tiu do escritor José Luiz MoraFuentes, amigo de Hilda, com-panheiro de seu projeto criati-vo e herdeiro de seu patrimô-nio e acervo, que com sua mor-te, em 2009, passaram para seufilho Daniel Fuentes. “Em 2005,fiz um filme lindo sobre o Gian-ni Ratto, quando ele ainda esta-va vivo. O Mora Fuentes assis-tiu, gostou muito e me escre-veu propondo fazer um docu-mentário sobre a Hilda, um fil-

me poético, não restrito às en-trevistas. Aí lembrei que o Gian-ni dizia que nunca havia recusa-do um trabalho. Não tinha lidonada da Hilda, lia a Clarice (Lis-pector), mas decidi encarar. Co-mecei a ler tudo que achava de-la, vim conhecer a Casa do Sol.Caí nesse caldeirão do Obelix enão saí mais”, conta Gabriela,que assina o roteiro e a direção.

Gabriela foi montando o ro-teiro enquanto desenvolvia ou-tros trabalhos paralelos, atéque em 2012 o projeto foi sele-cionado pelo edital da Petro-bras. De acordo com o copro-dutor André Canto, o documen-tário é apresentado na primeirapessoa. “No filme, utilizamosvárias gravações da Hilda. As-sim, ela própria conduz a histó-ria.” Gabriela explica que, nu-ma de suas visitas, viu uma cai-xa cheia de fitas e Mora Fuen-tes informou que eram as grava-ções de Hilda tentando fazercontato com os mortos, umade suas manias. “Como vi quetinha a voz dela gravada, acheimelhor que ela falasse por si. In-verti a posição inicial das fitas.Como ela tentava fazer contatocom os mortos, coloquei elamorta pedindo contato com

amigos vivos. Foi tudo gravadona Casa do Sol e em estradas. Écomo se, mesmo morta, Hildapromovesse um encontro dosamigos em sua casa”, informaGabriela. A atriz Luciana Doms-chke interpreta a escritora nolonga com uma caracterizaçãoque impressiona pela seme-lhança com Hilda Hilst.

De acordo com Canto, a ex-pectativa é de que o produtochegue ao mercado no segun-do semestre de 2015, mas issodepende de um segundo patro-cinador. “Terminamos as grava-ções, agora estamos no proces-so de edição, montagem e fina-lização. O apoio da Petrobrasfoi para a produção. Agora esta-mos em busca de recursos paraa finalização do filme”, informao produtor. Gabriela destaca ocuidado que teve com a produ-ção. A filmagem teve a partici-pação do fotógrafo portuguêsRui Poças, responsável pelasimagens do filme Tabu, e dotécnico de som Nicolas Becker,que ganhou o Oscar por Gravi-dade, de Alfonso Cuáron.

Outras produçõesTambém está em fase de pro-dução um longa-metragem ba-

seado na vida da escritora,com direção de Walter Carva-lho e produção da atriz TaináMüller (que fará Hilda jovem) eBianca Villlar. O projeto foimeio suspenso em função daparticipação da atriz na novelaEm Família, da Globo, mas de-ve ser retomado no segundo se-mestre para ser lançado em2015.

Outros dois projetos de au-diovisual são uma série para TVcom oito episódios inspiradanos textos teatrais de Hilda eum telefilme baseado num ro-teiro de José Luís Mora Fuen-tes, escrito enquanto ele mora-va na Casa do Sol, em cima deduas histórias do livro Tu NãoTe Moves de Ti.

A Globo Livros, que adquiriuos direitos sobre a obra da escri-tora em 2001, prepara o lança-mento de uma coletânea; deum livro com a correspondên-cia trocada entre Hilda e MoraFuentes, que está sendo organi-zado por Daniel Fuentes, queherdou o acervo do pai por oca-sião de sua morte em 2009; ede uma biografia dela, que estásendo escrita por uma mulher,cujo nome ainda não foi divul-gado.

Ilustração (à esquerda)e pôster à vendana loja virtual ObscenaLucidez, que está emfuncionamentohá um mês

Enquanto a vida deHilda Hilst temrendido produções em

audiovisual, o acesso aoslivros e produtos daescritora ganhou umreforço de peso com acriação do e-commercetemático Obscena Lucidez(www.obscenalucidez.com.br), que oferece on-linelivros, camisetas e artigos depapelaria, entre outrosprodutos relacionados àvida e à obra da escritora.“O site está no ar há ummês. Em princípio, soltamoscomo um teste, mas deutudo tão certo que, naprática, o e-commerce estáem pleno funcionamento evendendo bem”, afirmaDaniel Fuentes, presidentedo IHH.Segundo Fuentes, um dospontos altos da prosapoética de A ObscenaSenhora D, de Hilda Hilst,está na frase “...e o que foi avida? uma aventuraobscena, de tão lúcida”. “Apartir dessa peça chave paracompreender a vastaprodução da poeta é quesurgiu a ideia do site dee-commerce”, explica.“Em primeiro lugar, o sitedisponibiliza toda a obra daHilda. Esta é uma propostaque será sempre mantida,inclusive com as obras maisraras e versões em outraslínguas. Acredito que seja oúnico local em que se podeencontrar os 23 livros delapublicados pela editoraGlobo. Nas livrarias vocêencontra alguns, mas nuncatoda a obra num mesmolocal. Este é um diferencialdo site”, afirma.Outro ponto positivo é apossibilidade de montarcoleções a preços bemabaixo dos de mercado. “Osite cria promoções parademocratizar o acesso. Acoleção completa, porexemplo, sai com R$ 150,00de desconto”, diz Fuentes.Há ainda a opção de montaroutras coleções como acompleta de poesias, deprosa, de textos teatrais, daspublicações eróticas. “Todasessas coleções tambémsaem com bons descontos.”

Fuentes destaca que o sitefoi criado em parceria coma empresa de logísticaIndivisível, especializada eme-commerce. “A empresatem toda a expertise paraentrega dos produtos. Vocêaprova a aquisição hoje eamanhã já está recebendo.”Além dos livros nacionais eimportados, o sitedisponibiliza camisetas,agendas, cadernetas debolso, pôsteres, capa decelulares e porta-copos comilustrações de capas deprimeiras edições oumontagens de desenhosfeitos por ela, com frases daautora.Segundo Fuentes, ainiciativa tem por objetivo,além de divulgar a obra daescritora, ativar uma fontede recursos para ajudar namanutenção da Casa do Sol,sede do IHH em Campinas,que foi a residência de Hildade 1966 até sua morte, em2004. Foi nesta casa queHilda escreveu quase toda asua vasta obra. Fuentesadianta que outrosprodutos serãodesenvolvidos e quepretende inaugurar umprograma de licenciamento,visando a ampliar a linha deprodutos. “O IHH estáaberto para receberpropostas nesse sentido,bem como de projetos deoutros ilustradores.”Fuentes ressalta que umaquestão que foi colocadadesde a primeira conversasobre o site é que o IHH nãofaria brindes. “Não vamosoferecer chaveirinhos, porexemplo. Temos o cuidadode desenvolver produtos deboa qualidade. Sempre faleique a Hilda tinha umgrande potencialmercadológico. Sualiteratura é sólida e agradapessoas de todas as idades,como se vê na faixa etáriadas pessoas que curtem apágina do Facebook”,afirma. O site de comércioeletrônico coloca àdisposição ainda ingressospara shows e peças queocorrem no teatro do IHH; ea obra do escritor José LuizMora Fuentes. (DM/AAN)

Loja on-line oferece delivros a capa de celular

Cedoc/RAC Maurizio Mancioli/Divulgação

/ LITERATURA /Filmes e lojavirtual perpetuamtrabalho daescritora

Até o momento, os produtos mais procurados na loja on-line ObscenaLucidez são as camisetas com ilustrações de capas de primeirasedições de livros de Hilda Hilst ou ilustrações suas combinadas afrases de impacto. “Estamos fazendo a segunda reposição de estoquede camisetas, estão vendendo muito bem”, afirma Daniel Fuentes,presidente do IHH. (DM/AAN)

Hilda Hilst (à esq.) e a atriz Luciana Domschke, que interpreta a escritora no longa de Gabriela Greeb

É POP. É HILDA HILST

Documentário comdireção de GabrielaGreeb já foi rodado

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