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Publicidade Correio do Minho .pt SÁBADO 15 SETEMBRO 2018 | Director PAULO MONTEIRO | Ano LXXX Série VI N.º 10849 DIÁRIO 0.85 IVA Inc. ENTREVISTA TEOTÓNIO ANDRADE DOS SANTOS TUB: “COM POUCO FIZEMOS MUITO” Págs. 3 a 6 CÂMARA DE BRAGA LANÇA DESAFIO Uso dos transportes públicos contribui para uma cidade mais limpa e amiga do ambiente Pág. 7 BRAGA MODA EM MOVIMENTO Desfile revela dinamismo do comércio local Pág. 12 POUPE METADE DO VALOR 99 2 d dd CHAMPÔ Não inclui champô 250/270ml e condicionador 200/230ml 5, 9 9 E TRA EM T Unid. 99 , 2 /Unid. U 380ml Todas as variedades o inclui champô 250/270ml e condi / AT ATA TAMENTO P/ S P CABELO CONDICIONADOR EM TODO O CHAMPÔ, Publicidade TAÇA DA LIGA SC BRAGA - TONDELA (20.30 HORAS) “A nossa ambição é assumida jogar a final four em casa” Pág. 18 DESPORTO Autarquia homenageia atletas bracarenses campeões em provas internacionais Pág. 22 DANÇA DESPORTIVA Famalicão organiza mais um Campeonato do Mundo Pág. 23 ANDEBOL ABC/UMinho e Arsenal disputam dérbi no Sá Leite Pág. 24 Seis autocarros eléctricos vão entrar ao serviço dos bracarenses na Semana da Mobilidade ROSA SANTOS

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PublicidadeCorreiodo Minho.pt

SÁBADO 15 SETEMBRO 2018 | Director PAULO MONTEIRO | Ano LXXX Série VI N.º 10849 DIÁRIO € 0.85 IVA Inc.

ENTREVISTA TEOTÓNIO ANDRADE DOS SANTOS

TUB: “COM POUCO FIZEMOS MUITO” Págs. 3 a 6

CÂMARA DE BRAGA LANÇA DESAFIO Uso dos transportes públicoscontribui para uma cidademais limpa e amiga do ambiente Pág. 7

BRAGA MODA EM MOVIMENTODesfile revela dinamismodo comércio localPág. 12

POUPE METADEDO VALOR

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€992 d d dCHAMPÔ

Não inclui cham

pô 250/270ml e condicionador 200/230m

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€99,2—— /Unid.— U380mlTodas as variedades

o inclui champô 250/270m

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/ATATATAMENTO P/S P CABELOCONDICIONADOR

EM TODO O CHAMPÔ,

Publicidade

TAÇA DA LIGA SC BRAGA - TONDELA (20.30 HORAS)

“A nossa ambição é assumidajogar a final four em casa”

Pág. 18

DESPORTOAutarquia homenageia atletas

bracarenses campeõesem provas internacionais

Pág. 22

DANÇA DESPORTIVAFamalicão organiza mais um

Campeonato do MundoPág. 23

ANDEBOLABC/UMinho e Arsenal

disputam dérbi no Sá Leite Pág. 24

Seisautocarros

eléctricos vãoentrar ao serviço dos bracarenses

na Semana daMobilidade

ROSA

SANT

OS

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12 1 de Setembro 2016 correiodominho.ptcorreiodominho.pt 15 de Setembro 2018 3

Teotónio Andrade dos SantosEntrevista

| Paulo Monteiro/Rui Alberto Sequeira |

P – Na próxima terça-feira, em plenaSemana da Mobilidade, os TransportesUrbanos de Braga (TUB) apresentamos primeiros seis autocarros eléctricosque fazem parte da estratégia de reno-vação da frota. Um acontecimento queé um marco na vida da empresa.R – A renovação da frota é uma realidade.Juntamos à melhoria dos serviços presta-dos pelos TUB nos últimos anos, uma al-teração do paradigma da transportadoramunicipal que passa pela aquisição de no-vos veículos. É isso que vai suceder naterça-feira com a apresentação dos auto-carros eléctricos.

P – O que é que os Transportes Urba-nos vão preparar para a Semana daMobilidade?R – Para além da apresentação dos auto-carros na terça-feira, nos dias seguintes(19, 20, 21 e 22), vamos ter na AvenidaCentral um autocarro exposto para que osbracarenses fiquem a conhecer este novoveículo. Ao mesmo tempo teremos os ou-tros autocarros eléctricos a fazerem via-gens experimentais e gratuitas que possi-bilitem à população usufruir destesveículos. Na semana seguinte iremos pro-gressivamente introduzir os novos veícu-los eléctricos nos circuitos onde vãooperar.

P – A escolha dos circuitos destes seisautocarros eléctricos vai obedecer àscaracterísticas dos próprios veículos?R - Vão circular nas linhas que ligam aEstação de Caminhos de Ferro à Univer-sidade do Minho e ao Hospital de Braga.São autocarros com mais de 80 lugares,entre sentados e de pé, com capacidadepara transportar pessoas de mobilidadereduzida.

OS TUB REINVENTARAM-SE

ROSA SANTOS

Os Transportes Urbanos de Braga vãoapresentar os primeiros autocarroseléctricos da sua frota, aproveitandoa Semana da Mobilidade. Sem apoiosdo Estado, o administrador dos TUB,Teotónio Andrade dos Santos assina-la o esforço sem mexer em tarifários, para renovar os autocarros, recuperarclientes, equilibrar as contas, criandoum ecossistema de mobilidade que concorra com o automóvel.

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correiodominho.pt 14 de Novembro 2015 Entrevista ?4 Entrevista 15 de Setembro 2018 correiodominho.pt

Teotónio Andrade dos Santos

P – A aquisição dos seis autocarros eléc-tricos pela candidatura ao POSEURtendo sido garantido um financiamentode 47%. Na Assembleia Municipal foiaprovada a contração de um emprésti-mo para aquisição destes veículos e até2021 está prevista a compra de mais 30autocarros. Como épossível os TUB te-rem de se endivi-dar e nos casos dosSTCP e da Carris,o apoio financeirorestante (53%) serpago pelo Estado?R – São situações dedesigualdade que játêm muitos anos eque até agora ne-nhum governo corri-giu. Quer no Porto,quer em Lisboa asduas transportadorasrecebiam fundos diretamente do Orça-mento Geral do Estado. A Carris foi en-tregue ao Município de Lisboa com umpassivo limpo acontecendo o mesmo comos STCP no Porto.

P – No caso da Carris foram 813 ME enos STCP 600 milhões que saíram doOrçamento de Estado...R - Essa é uma situação flagrante de de-sigualdade a juntar aos apoios constantesdados ao longo de muitos anos para a re-novação das respectivas frotas. Os TUBvão renovar a sua até ao final deste man-dato autárquico. Para além destes seis, te-remos mais 30 autocarros. Gostaríamosde obter um apoio mais substancial daAdministração Central porque a promo-ção da mobilidade sustentável é impor-tante para as cidades que estão cada vezmais poluídas e sobrecarregadas com otransporte individual. Nós, em Braga, te-mos vindo a fazer um trabalho relevantenesse sentido. Em Braga, cada carro queentra na cidade transporta 1,3 passagei-ros. Na zona mais central da cidade ondeestão 100 mil pessoas, existem 50 mil lu-gares de estacionamento. É uma concor-rência feroz ao transporte público. Apesarde todas essas vicissitudes e da falta deapoio do Estado temos vindo a trilhar umcaminho de sucesso. Para terem umaideia do que falo dou o exemplo da Carris

que apresentou lucros no último ano, aprimeira vez em três décadas.

P – É esse “contra ciclo” dos Transpor-tes Urbanos de Braga que não tem me-recido ser, digamos, premiado.R – O presidente da Câmara Municipal de

Braga (CMB) temvindo a reivindicaresses apoios, junta-mente com outrosautarcas, para a re-novação da frota, pa-ra os passes. Existeum apoio que é o“Passe Social +” pa-ra famílias carencia-das em função do es-calão a que perten-cem e que só é apli-cado em Lisboa e noPorto; o Governopreconizou estender

esse apoio a todo o país, mas, a verdade, éque essa legislação não saiu da gaveta.

P - Os TUB têm passivo acumuladosendo que a autarquia bracarense é oacionista único. O Estado também per-doa as dívidas como fez com a Carris ecom os STCP?R - Não. A CMB ao longo de vários anosnão cobriu os resultados líquidos negati-vos dos TUB. A empresa municipal tem areceber da edilidade 7 ME, que corres-ponde ao seu passivo. Os Transportes Ur-banos de Braga fizeram um acordo com aautarquia em que parte dessa verba serácanalizada anualmente para apoio à aqui-sição dos 30 autocarros, até 2021.

Desigualdade nos apoios à renovação

Concorrênciado automóvel não impedecrescimento

P - Nesta entrevista avançou números re-lativos à entrada de carros na cidade deBraga e ao estacionamento disponível,sendo que a conclusão que se pode retiraré que o transporte em automóvel privadoé uma concorrência ao de passageiros.

R - Mesmo com essa concorrência nos últimoscinco anos conseguimos aumentar sucessiva-mente o número de clientes e o volume de ne-gócios sem se reflectir no tarifário. Foram efec-tuados vários descontos, eliminámos as

restrições aos reformados, aos estudantes; eli-minámos o bilhete de transbordo para promo-ver a ligação entre as diversas linhas dos TUB.Este ano a Semana Europeia da Mobilidadetem como lema ‘Combina e Move-te’, isto é, an-da precisamente à volta da utilização em modode complementaridade, dos percursos e dostransportes. Nós já o fizemos anteriormentecom a eliminação do bilhete de transbordo ecom as sinergias que estabelecemos com osparceiros rodoviários interurbanos na centralde camionagem e com os ferroviários.

““Os TUB apresentaram durantemuito tempo resultados

líquidos negativos. Invertemosa situação nos últimos anos,

mas não conseguimos libertarrecursos para uma frota nova”.

TEOTÓNIO ANDRADE DOS SANTOS,administrador dos TransportesUrbanos de Braga é licenciado emEngenharia e Gestão Industrial pelaUniversidade Lusíada e mestrandopela UMinho. O actual administradorda transportadora municipalbracarense desempenhou as funçõesde director de exploração dos TUB efoi técnico superior no departamentode exploração dos TransportesUrbanos de Braga. É representantedos TUB na União Internacional deTransportes Públicos.

!Perfil

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correiodominho.pt 15 de Setembro 2018 Entrevista 5

Teotónio dos Santos

P - Na próxima segunda-feira os TUBvão também colocar em andamento oprojecto ‘School Bus’. Do que é que es-tamos a falar?R - Temos seis estabelecimentos de ensi-no - entre públicos e privados - temosquatro ‘interfaces’ onde os pais podemdeixar os filhos, com vigilância, os alunossão depois entregues nas escolas com to-da a segurança. Queremos promover maisuma vez a mobilidade sustentável evitan-do que os encarregados de educação te-nham de ir com os seus carros para asportas das escolas, criando muitas difi-culdades de circulação nas imediaçõesdos estabelecimentos de ensino.

P - Neste primeiro ano como é que esta-mos de adesão?R - Esperamos que mais de 400 alunosnas seis escolas possam utilizar estetransporte. O ano para os TUB começaem Setembro quando as famílias fazem assuas opções em matéria de transporte pa-ra os seus filhos, sobre a forma de se mo-vimentarem.

P - Relativamente à Rua Nova de SantaCruz existe a possibilidade dos auto-carros voltarem a circular no sentidoperiferia/cidade?R - Esse trajecto passou a ser efetuado pe-la Rodovia enquanto no sentido oposto,faz-se pela rua Nova de Santa Cruz. Daavaliação feita não nos parece que esteja afuncionar mal.

P – Braga pela sua morfologia tem con-dições para criar corredores para ostransportes?R – Fez-se uma pequena intervenção degrande valia na Rua do Raio que permitiu

segregar a via dos autocarros do restantetrânsito. Às vezes com pequenas inter-venções é possível fazer melhorias signi-ficativas.

P - Essa comodidade que foi criadacontribuiu para o aumento de clientes?R – As tarifas, a gestão da área comercial,a promoção, o marketing, a melhoria daslinhas. Quase 96% da população do con-celho de Braga tem uma paragem dosTUB num raio de 350 metros da sua casa.Neste momento temos já o centro de Bra-ga ligado aos pólos principais de mobili-dade como é o caso da Estação da CP, oHospital, a Central de Camionagem, aUniversidade do Minho e as zonas habita-cionais de Lamaçães e Nogueiró, comuma frequência de autocarros de 15 ou 20minutos. No fundo, todas estas novas for-mas de oferta de transporte ajudaram acriar um élan positivo. Temos duas linhasdos TUB (Minho Center/Nova Arcada eHotel de Lamaçães /Leclercq) que repre-sentam um novo paradigma. São percur-sos que funcionam sete dias por semanade 20 em 20 minutos, permitindo quemesmo ao sábado e ao domingo as pes-soas não usem os seus carros.

P – Quantas pessoas foram transporta-das no ano passado pelos TUB?R - Um número muito próximo dos 11,6milhões de passageiros. Vamos ver se em2018 conseguimos atingir os 12 milhões.

P – Quantos utentes têm os TUB compasse?R – Cerca de 20 mil clientes. É um nú-mero aquém daquilo que nós pretende-mos. Estamos a fazer um esforço paramotivar a compra do passe normal pelocidadão.

P – Os TUB têm criado serviços espe-ciais para alguns dos eventos que acon-tecem em Braga, criando locais onde aspessoas podem deixar os carros e de-pois deslocarem-se de autocarro para ocentro da cidade ou para o estádio.R – Começámos a usar o conceito de ‘in-terface’ nos principais acontecimentos dacidade introduzindo uma oferta especial.Este sistema tem funcionado muito bemem variadas ocasiões. Um estudo daDECO colocava os TUB entre as queapresentavam um maior grau de satisfa-ção dos utentes.

TUB continuam fora daUniversidade do MinhoP - Vão ser colocadas mais paragens naUniversidade do Minho? Em especial noseu interior?R - Nós queremos atravessar o ‘Campus’ univer-sitário, mas ainda não conseguimos resolver es-sa dificuldade.

P - Sendo as relações tão boas - pelo me-nos é o que transparece -, entre a CâmaraMunicipal de Braga e a Universidade, por-

que é que não se ultrapassa a situação?R - Nós temos um protocolo com a UMinho,mas ainda não foi possível aplicá-lo.

P - Será mais um ano letivo sem que os TUB possam ir dentro da UMinho recolher e deixar alunos, funcionários,professores?R - Não sabemos. Mas no imediato não iráacontecer. Trata-se de algo que é importantepara nós. A UMinho tem 16 mil pessoas - entrecolaboradores e alunos - que entram e saemdiariamente e que nós temos todo o interesseem captar para o uso do transporte público.

Ecossistema de MobilidadeP - No âmbito do que é designado como‘Ecossistema de Mobilidade’ - que abarcaáreas como os tarifários, canais de distri-buição, melhoria de oferta, promoção emarketing, novas soluções de mobilidade,as interfaces - o que é que está a ser pen-sado pelos TUB?R - Um dos principais focos que tivemos quando

há quatro anos fomos convidados pelo presiden-te Ricardo Rio para a Administração dos Trans-portes Urbanos, foi criar um ecossistema favorá-vel para a mobilidade. Enquanto o Governocontinuava a proceder a aumentos de tarifárionós congelámos os tarifários porque entende-mos que é uma forma importante de atrair utili-zadores.

P - Vão aumentar em 2019?R - Não! Houve vários apoios no domínio do tari-fário. Eliminámos o bilhete de transbordo, elimi-námos as restrições para os estudantes e refor-

mados, reduzimos preço dos cartões e já lá vãocinco anos sem aumento de tarifas nos TUB.A área comercial era crítica, tinha apenas seispostos de venda; com um funcionário cada. Nós mudámos radicalmente esse Estado de coi-sas. Reforçámos internamente a equipa comer-cial, alargámos os horários dos postos de venda,passámos a prestar serviços através do MB, noBalcão Único da Câmara Municipal de Braga,criámos uma loja na central de camionagem pa-ra fazer uma ‘interface’ com os operadores priva-dos e depois entrámos na rede ‘pay shop’. Semcontar o MB temos mais de 80 postos de venda.

ROSA SANTOS

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‘Combina e Move-te’P – A ligação com a CP e com a CentralRodoviária estão a funcionar em pleno?R – O tema da Semana da Mobilidade é ‘Combina e Move-te’. Combina vários modosde transporte. Em Braga há mais de cinco deanos que estamos a fazer isso. Temos horáriosarticulados com a CP, temos horários ajusta-dos com os operadores privados na central decamionagem permitindo a quem vem de forainterligar-se rapidamente com os autocarrosurbanos.

P – Uma linha dos TUB que tem vindo a crescer, apesar de ser sazonal, é a 44 eliga a Avenida Central à praia fluvial emAdaúfe. Em quatro anos transportou 25 mil pessoas...R – Os Transportes Urbanos de Braga têm vindo a participar bastante no esforço da cida-de e uma das apostas tem sido no turismo ena valorização do território. Lançámos a linha44 que este ano teve em relação a 2017 umaumento de utilização de 4,5%. Este ano temos uma nova oferta que é a ligação aoMosteiro de Tibães aos fins-de-semanae feriados. O circuito turístico este ano já levaum aumento de 12% de passageiros.

P – Já disse nesta entrevista que os tari-fários para 2019 não vão ser altera-dos...R – Vai nesse sentido a proposta que va-mos fazer à Câmara Municipal de Bragaque é o accionista.

P - Mantendo os mesmos tarifários eexistindo um aumento de custos pró-prios da exploração deste tipo de acti-vidade como é que se caracteriza a ges-tão?R – O nosso volume de negócios temcrescido em todos os tipos de passageirose em todos os tipos de passe. Crescemosnos bilhetes de bordo e nos pré-compra-dos. Este aumento tem-nos ajudado a lan-çar novas linhas, mas fazêmo-lo com al-guma prudência. Enquanto empresamunicipal temos uma legislação muitorestritiva. Temos neste momento mais co-laboradores com um aumento significati-vo de motoristas, em contrapartida temospessoas que se vão aposentando em espe-cial na área administrativa. Quero ressal-var o apoio dos colaboradores porque têmsido extraordinários. É uma empresa commuito “saber como fazer”.

P – Este ano Braga é a Cidade Euro-

peia do Desporto e alguns jovens prati-cantes de desporto disseram-nos queem matéria de transportes urbanos fal-tava-lhes o ‘passe do desportista’. Fazsentido criar esse passe nos TUB paraquem é, por exemplo, atleta federado?R – Todos os estudantes independente-mente da distância de casa à escola têm, àpartida, um desconto de 25%. O passe pa-ra o desportista é uma ideia que tem deser estudada.

P – Qual é a estra-tégia dos TUB paracontinuarem aabrir-se à comuni-dade?R – Queremos reno-var a frota, melhoraros serviços já presta-dos. Estamos cadavez mais a apostarnas novas tecnolo-gias, em soluções in-formáticas, utilizan-do aplicaçõesmóveis. Muito im-portante é o projectoque estamos a elabo-rar para melhorar o

nosso parque de material e oficinas. Ad-quirimos um terreno por 425 mil euros,pago inteiramente por nós, escriturado eque nos vai permitir construir um parquecom todas as condições para os nossoscolaboradores e para fazer a manutençãodos nossos autocarros.

P – Esse terreno fica contíguo às insta-lações dos TUB, em Maximinos...

R – A Bragahabit es-tá a tratar da liberta-ção do espaço. Nósencontrámos um ins-trumento financeiroque é o IFRU quepoderá permitir, comtaxas de juro interes-santes, avançarmospara essa renovaçãodo parque de mate-rial e oficinas.

P – Uma das parce-rias dos TUB é coma InvestBraga. Co-mo é que está a serexecutada?R – Quando umaempresa se instala

em Braga fazemos uma campanha divul-gando os trajectos, horários e serviçosjunto dos trabalhadores. Criámos a linha95 - que em dois anos transportou 1,8 mi-lhões de pessoas - que serve o pólo deNegócios em Lamaçães, numa altura emque ainda não estava completo.

P – O investimento na compra dos no-vos autocarros é de 10 ME. Sendo quedesses 30 nem todos serão eléctricos,não há uma contradição com o discur-so da política de sustentabilidade am-biental?R – O valor de investimento é dessa or-dem de grandeza. A compra que vamosfazer é um ‘mix’ entre os dois tipos deveículos. O gás natural já está testado, nosTUB já temos esse tipo de autocarros. Atecnologia eléctrica é muito recente, estáa evoluir rapidamente, mas precisa de sertestada no terreno. Os autocarros elétricosque vêm para Braga vão fazer 140 km pordia. A sua autonomia ainda não permitefazer um serviço de manhã à noite. De-pois o preço de um autocarro a gás naturalcomprimido fica em 220 mil euros en-quanto o do elétrico é o dobro.

P – Para quando a saída dos TUB parafora do concelho? R – Falta alterar a lei. Seria interessantedependendo dos locais. Prado, no con-celho de Vila Verde, será talvez o melhorexemplo dessa possibilidade.

ROSA SANTOS

6 Entrevista 15 de Setembro 2018 correiodominho.pt

Nos últimos oito anos não houveincentivos para renovar a frota

““Os TUB foram a única empresaque em Portugal - nos últimos

cinco anos - aumentouconsecutivamente o número

de passageiros transportados,aumentou o volume de

negócios, conseguiu resultadoslíquidos positivos, a empresa

reinventou-se.”

Teotónio Andrade dos Santos Entrevista disponível em vídeo Youtube RadioAntenaMinho Braga | Poadcast www.antena-minho.pt