corpus christi: alimento espiritual que promove a missão · qual de nós não lembramos do dia...

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O Mensageiro da Glória é o veículo oficial de di- vulgação e evangelização da Paróquia Nossa Senhora da Glória, da Arquidiocese de Fortale- za. Endereço: Av. Oliveira Paiva, 905 – Cidade dos Funcionários, CEP: 60822-130, Fortaleza- CE – Fone: (85) 3279.4500. [email protected] www.paroquiagloria.org.br Maio/Junho de 2010 – ANO XI – Nº 125 Neste mês de junho, dia 3, a liturgia celebra o Corpus Christi – Corpo e Sangue de Cristo, cuja festa foi instituída pelo papa Urbano IV em 1247. Surgiu diante das polêmicas sobre a presença real de Jesus na Eucaristia. Este grande mistério, quando acolhido com fé, é de grande relevância para o nosso crescimento espiritual. A Eucaristia é a consumação da iniciação da nossa vida cristã. É o Cristo por inteiro que se oferece em banquete para salvação da nossa humanidade. É Ele mesmo que vem nos servir de alimento espiritual para que assumamos nossa missão e nos fortaleçamos dian- te das turbulências dessa vida. É o pão partilhado que culmina na configuração a Cristo; será a participação repetida da comunidade no mistério pascal e será a incorporação na Igreja, cada vez mais perfeita e total. Qual de nós não lembramos do dia tão especial de nossa primeira Eucaristia, quando tocamos e recebe- mos a Hóstia Santa! A emoção e a alegria eram tão imensas por receber Jesus no seu Corpo Santíssimo que nos dava a sensação de estarmos adentrando ao céu e mantendo um contato direto com o Senhor. E o que tem nos acontecido ao longo dos anos que motivou o nosso afastamento da Eucaristia? Por que somente quando éramos crianças sentíamos a fome por esse alimento espiritual? Será que em decorrência des- se distanciamento deixamos de imitar os gestos de Je- sus? Pois quem se afasta dele deixa de fazer comunhão com seus exemplos de vida. Portanto, a solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo – Corpus Christi – nos impele ao compromisso de vida pessoal e comunitária de acordo com os pre- ceitos de Cristo. A mesa da Eucaristia aponta também para a mesa da família e nos convida à caridade. Quando saímos da missa, iniciamos a missão cristã, que nos conclama à pratica do amor e ao testemunho da para com todas as pessoas, principalmente as mais carentes de alimento para o corpo e para a alma. A Eucaristia deve ser o centro da nossa caminhada missionária, onde vamos ao encontro de cada faminto, de cada desabrigado e de cada marginalizado da nossa sociedade individualista. Quem se aproxima da mesa sagrada e se alimenta do pão eucarístico faz comunhão verdadeira com Cristo, recebendo dele força para as- sumir a missão de levar a sua palavra que é modo de uma nova vida em comunidade fraterna. Dessa forma, seremos testemunhas do Cristo que deseja vida e vida em abundância. (Pastoral da Comunicação) Corpus Christi: alimento espiritual que promove a missão Chegamos no mês de junho, metade do ano em curso, e já é tempo de pararmos para refletir como está se desenvolvendo nossa caminhada como cristãos. Precisamos rever nossas metas e projetos para esse ano as quais objetivem nos tor- nar pessoas melhores, mais conscientes de nossas responsabilidades como cristãos na vivência de to- das as áreas de nossa vida ou seja, pessoal, famili- ar e comunitária. Como pais, será que temos buscado o diálogo com nossos filhos para compreendermos suas an- gústias, dúvidas e expectativas? Como filhos, será que temos procurado ser mais flexíveis e ter tenta- do aceitar os conselhos de quem tem mais experi- ência para nos ensinar trilhar os caminhos com mais prudência e equilíbrio? Como cônjuges, será que estamos cumprindo o compromisso assumido no matrimônio zelando pela boa convivência alicerçada pelo afeto e a le- aldade? Como jovens, será que temos buscado uma vida saudável do ponto de vista físico e espiritual, longe dos vícios e de atos que nossa sociedade desajustada tanto prega e incentiva? Como profissionais, será que temos sido éti- Balanço semestral da caminhada cos e comprometidos no desempenho de nossas competências para uma convivência harmoniosa com nossos superiores, subordinados e clientes? Como cidadãos, será que temos exercido o nosso papel de fiscais dos bons princípios que devem nortear a nossa política, de preservador do meio ambiente e de modelo de uma boa conduta moral e social? Como parte integrante da comunidade, será que temos compartilhado dos problemas e dificul- dades enfrentados pela maioria das pessoas ten- tando participar de alguma forma de projetos que venham amenizar ou solucionar esses fatos? Enfim, como filhos de Deus que nos dizemos cristãos, será que estamos buscando testemunhar o Evangelho no nosso meio principalmente para aqueles que estão sem referencial em Cristo? Portanto, já urge a hora a cada dia que se passa tão rápido em nossa vida e que não podemos desperdiçá-los com atitudes que não condizem com o projeto de Deus para nós. Já é hora de acordarmos para um novo modo de vida que com certeza nos fará um ser mais feliz capaz de irradiar esse bem-estar para os que nos rodeiam. (Pastoral da Comunicação) DES DES DES DES DESTAQUES AQUES AQUES AQUES AQUES 3 3 3 Qual a diferença entre dízimo e oferta? 8 8 8 Batismo: primeiro passo da vida cristã Quem se aproxima da mesa sagrada e se alimenta do pão eucarístico faz comunhão verdadeira com Cristo, recebendo dele força para assumir a missão de levar a sua palavra que é modo de uma nova vida em comunidade 4 4 4 Liturgia: mistério pascal do Senhor 9 9 9 Prática missionária: ação que gera Salvação 10 10 10 10 10 Missão do Papa, segundo o Papa

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O Mensageiro da Glória é o veículo oficial de di-

vulgação e evangelização da Paróquia Nossa

Senhora da Glória, da Arquidiocese de Fortale-

za. Endereço: Av. Oliveira Paiva, 905 – Cidade

dos Funcionários, CEP: 60822-130, Fortaleza-

CE – Fone: (85) 3279.4500.

[email protected]

www.paroquiagloria.org.brMaio/Junho de 2010 – ANO XI – Nº 125

Neste mês de junho, dia 3, a liturgia celebra oCorpus Christi – Corpo e Sangue de Cristo, cuja festafoi instituída pelo papa Urbano IV em 1247. Surgiudiante das polêmicas sobre a presença real de Jesus naEucaristia. Este grande mistério, quando acolhido comfé, é de grande relevância para o nosso crescimentoespiritual.

A Eucaristia é a consumação da iniciação da nossavida cristã. É o Cristo por inteiro que se oferece embanquete para salvação da nossa humanidade. É Elemesmo que vem nos servir de alimento espiritual paraque assumamos nossa missão e nos fortaleçamos dian-te das turbulências dessa vida.

É o pão partilhado que culmina na configuração aCristo; será a participação repetida da comunidade nomistério pascal e será a incorporação na Igreja, cadavez mais perfeita e total.

Qual de nós não lembramos do dia tão especial denossa primeira Eucaristia, quando tocamos e recebe-mos a Hóstia Santa! A emoção e a alegria eram tãoimensas por receber Jesus no seu Corpo Santíssimoque nos dava a sensação de estarmos adentrando aocéu e mantendo um contato direto com o Senhor.

E o que tem nos acontecido ao longo dos anos quemotivou o nosso afastamento da Eucaristia? Por quesomente quando éramos crianças sentíamos a fome poresse alimento espiritual? Será que em decorrência des-se distanciamento deixamos de imitar os gestos de Je-sus? Pois quem se afasta dele deixa de fazer comunhãocom seus exemplos de vida.

Portanto, a solenidade do Corpo e do Sangue deCristo – Corpus Christi – nos impele ao compromissode vida pessoal e comunitária de acordo com os pre-ceitos de Cristo. A mesa da Eucaristia aponta tambémpara a mesa da família e nos convida à caridade. Quandosaímos da missa, iniciamos a missão cristã, que nosconclama à pratica do amor e ao testemunho da paracom todas as pessoas, principalmente as mais carentesde alimento para o corpo e para a alma.

A Eucaristia deve ser o centro da nossa caminhadamissionária, onde vamos ao encontro de cada faminto,de cada desabrigado e de cada marginalizado da nossasociedade individualista. Quem se aproxima da mesasagrada e se alimenta do pão eucarístico faz comunhãoverdadeira com Cristo, recebendo dele força para as-sumir a missão de levar a sua palavra que é modo deuma nova vida em comunidade fraterna. Dessa forma,seremos testemunhas do Cristo que deseja vida e vidaem abundância. (Pastoral da Comunicação)

Corpus Christi: alimento espiritualque promove a missão

Chegamos no mês de junho, metade do anoem curso, e já é tempo de pararmos para refletircomo está se desenvolvendo nossa caminhadacomo cristãos. Precisamos rever nossas metas eprojetos para esse ano as quais objetivem nos tor-nar pessoas melhores, mais conscientes de nossasresponsabilidades como cristãos na vivência de to-das as áreas de nossa vida ou seja, pessoal, famili-ar e comunitária.

Como pais, será que temos buscado o diálogocom nossos filhos para compreendermos suas an-gústias, dúvidas e expectativas? Como filhos, seráque temos procurado ser mais flexíveis e ter tenta-do aceitar os conselhos de quem tem mais experi-ência para nos ensinar trilhar os caminhos com maisprudência e equilíbrio?

Como cônjuges, será que estamos cumprindoo compromisso assumido no matrimônio zelandopela boa convivência alicerçada pelo afeto e a le-aldade? Como jovens, será que temos buscado umavida saudável do ponto de vista físico e espiritual,longe dos vícios e de atos que nossa sociedadedesajustada tanto prega e incentiva?

Como profissionais, será que temos sido éti-

Balanço semestral da caminhadacos e comprometidos no desempenho de nossascompetências para uma convivência harmoniosacom nossos superiores, subordinados e clientes?Como cidadãos, será que temos exercido o nossopapel de fiscais dos bons princípios que devemnortear a nossa política, de preservador do meioambiente e de modelo de uma boa conduta morale social?

Como parte integrante da comunidade, seráque temos compartilhado dos problemas e dificul-dades enfrentados pela maioria das pessoas ten-tando participar de alguma forma de projetos quevenham amenizar ou solucionar esses fatos?

Enfim, como filhos de Deus que nos dizemoscristãos, será que estamos buscando testemunharo Evangelho no nosso meio principalmente paraaqueles que estão sem referencial em Cristo?

Portanto, já urge a hora a cada dia que se passatão rápido em nossa vida e que não podemosdesperdiçá-los com atitudes que não condizem com oprojeto de Deus para nós. Já é hora de acordarmospara um novo modo de vida que com certeza nos faráum ser mais feliz capaz de irradiar esse bem-estar paraos que nos rodeiam. (Pastoral da Comunicação)

DESDESDESDESDESTTTTTAQUESAQUESAQUESAQUESAQUES

33333 Qual a diferença entredízimo e oferta?

88888 Batismo: primeiro passoda vida cristã

Quem se aproxima da mesa sagrada e se alimenta do pão eucarístico faz comunhão verdadeira com Cristo,recebendo dele força para assumir a missão de levar a sua palavra que é modo de uma nova vida em comunidade

44444 Liturgia: mistério pascaldo Senhor

99999Prática missionária: açãoque gera Salvação

1010101010 Missão do Papa, segundoo Papa

Coordenação, edição e revisão:Pastoral da Comunicação.Supervisão: Pe. Francisco de Assis.Componentes: Carmen Marques, CéliaPinheiro, Farias Coelho, Gil Bezerra,Moisés Furtado, Nara Aline, NarcélioBarros, Patrícia Guabiraba, Rodrigo deAlmeida, Socorro Lira, Tatiana Leite.Site: www.paroquiagloria.org.brE-mail: [email protected] Responsável:Patrícia Guabiraba – Mtb 01597JP-CEImpressão: Print ColorTiragem: 3.000 exemplares

ExpedienteExpedienteExpedienteExpedienteExpediente

PARA ANUNCIARNarcélio Barros:(85) 8805.0393

Maio-Junho/20102

MISSAS NA MATRIZSegunda a Sexta:6h30 e 18h30

Sábado: 6h30, 16h30e 18h30

Domingo: 8h, 11h,18h e 20h

2º Domingo de cada mêsMissa da Misericórdia: 16h

Toda terça-feiraTerço dos Homens: 20h

Dia 13 de cada mês:Missa às 12h

SECRETARIAFuncionamento: terça a domin-go, das 8h às 11h e das 14h às19h30. Fone: (85) 3279.4500.

CONFISSÕES

Terça a Sexta,das 15h às 18h

A comunidade da Paróquia Nossa Senhora daGlória acaba de abraçar um novo desafio: a conclu-são de mais uma etapa de nosso Centro Pastoral,que compreende principalmente a cozinha industri-al. Com isso, teremos plenas condições de realizareventos maiores em nossa Paróquia, a exemplo daformação de um grande número de jovens para osacramento da Crisma – uma necessidade real e ur-gente.

A adesão à nova campanha se dá a partir dacompra de pontos na rifa de um carro Siena EL Flex,zero quilômetro, completo. O sorteio será no dia 28de agosto, sendo contemplada a cartela que coinci-dir com o 1° prêmio da Loteria Federal. Desta vez,há um incentivo maior a quem aderir à campanhamais cedo: no dia 31 de julho será sorteado o brindede R$ 5.000,00, com as cartelas vendidas eregistradas na Paróquia, também pela Loteria Fede-ral. É importante destacar que cada cartela concor-re com dois números.

A nova campanha é mais uma oportunidade dedarmos um passo à frente rumo à conclusão das obrasde nossa Paróquia. E a comunidade, que semprerespondeu de forma positiva aos nossos apelos, cer-tamente será sensível a esta causa. Toda coopera-ção e esforço empreendidos no serviço à Cristo eaos irmãos se convertem em frutos de amor e graçasabundantes.

Eu e padre Josieldo estamos dando o exemplo etambém temos pontos a vender. Distribuímos algu-mas cartelas com fiéis que se comprometeram a nosajudar e, assim, esperamos dar a nossa parcela deesforço na venda da rifa. Mas não é fácil, diante detantas atribuições. Vida de padre é mais corrida quea de muitos leigos!

Desde agora agradeço a todos os paroquianos eparoquianas que participam ativamente da nossaParóquia, com a consciência de que são Igreja. Oesforço de tantos de nós envolvidos nas campanhasem prol do Centro Pastoral é recompensado quandoproporcionamos um lugar propício para o crescimen-to espiritual de nossa comunidade. Sigamos com con-fiança e bom ânimo!

Pe. Francisco de Assis Filho – pároco

Editorial

Um novo desafio para acomunidade da Glória

Calendário ParoquialCalendário geral das atividades pastorais –

junho e julho de 2010:

03/06: Corpus Christi

06/06: 6ª reunião do Conselho Pastoral, das 9h às 12h

08/06: 5ª reunião do Conselho Econômico, das 19h30min às21h30min

12/06: São João das Pastorais, às 20h

13/06: Santo Antônio

16/06: Prática Missionária, das 19h30min às 21h30min

15/06: 2ª reunião de coordenadores, conselhos Pastoral e Econô-mico, às 19h30min

14 a 20/06: Semana do Dízimo

20: 2º Encontrão do Serviço de Animação Vocacional (SAV) –“Jovens em busca de si mesmos”, das 16h às 20h

24/06: São João

28/06: São Pedro

04/07: 7ª reunião do Conselho Pastoral, das 9h às 12h

13/07: 6ª reunião do Conselho Econômico, das 19h30min às21h30min

31/07: Acolhida para a inscrição do Batismo (6ª turma), no salãoparoquial, a partir das 17h

JUNHO – 1/6: São Justino, mártir; 2/6: Santos Marcelino e Pedro,mártires; 3/6: SS SACRAMENTO DO SANGUE E CORPO DECRISTO; 3/6: São Carlos Lwanga e seus companheiros, mártires ;5/6: São Bonifácio, bispo e mártir; 6/6: São Norberto, bispo; 8/6:Santo Efrém, diácono e doutor da Igreja; 9/6: Bem-aventurado Joséde Anchieta, presbítero; 11/6:SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS;11/6: São Barnabé, apóstolo; 12/6: Imaculado Coração da VirgemMaria; 13/6: Santo Antônio de Pádua (de Lisboa), presbítero e dou-tor da Igreja; 19/6: São Romualdo, abade; 21/6: São Luiz Gonzaga,religioso; 22/6: São Paulino de Nola, bispo; 22/6: São João Fischere São Tomás More, mártires; 24/6: NATIVIDADE DE SÃO JOÃOBATISTA; 27/6: São Cirilo de Alexandria, bispo e doutor da Igreja;28/6: São Irineu, bispo e mártir; 30/6: Santos Protomártires daIgreja de Roma.

JULHO – 3/7: SÃO TOMÉ, APÓSTOLO; 4/7: SÃO PEDRO ESÃO PAULO, APÓSTOLOS; 4/7: Santa Isabel de Portugal; 5/7:Santo Antônio Maria Zaccaria, presbítero; 6/7: Santa Maria Goretti,virgem e mártir; 9/7: Santo Agostinho Zhao Rong e Companhei-ros; 11/7: São Bento, abade; 13/7: Santo Henrique; 14/7: SãoCamilo de Lellis, presbítero; 15/7: São Boaventura, bispo e dou-tor da Igreja; 16/7: NOSSA SENHORA DO CARMO; 17/7: Bem-aventurado Inácio de Azevedo, presbítero, e companheiros, már-tires; 20/7: Santo Apolinário; 21/7: São Lourenço de Brindisi,presbítero e doutor da Igreja; 22/7: Santa Maria Madalena; 23/7:Santa Brígida, religiosa; 24/7: São Sarbélio Makhluf; 25/7: SÃOTIAGO, APÓSTOLO; 26/7: São Joaquim e Sant’Ana, pais deNossa Senhora; 29/7: Santa Marta; 30/7: São Pedro Crisólogo,bispo e doutor da Igreja; 31/7: Santo Inácio de Loiola, presbítero.

Calendário Litúrgico

Maio-Junho/2010 3

É verdade que na Bíblia SagradaDeus nos pede o Dízimo e a Oferta."Pagai integralmente os dízimos à casado Senhor" (Mal 3,10). “Dizei ao povode Israel que me façam uma oferta, diz oSenhor"(Êx 25,2).

Existe uma grande diferença entreDízimo e Oferta, embora ambos sejamfrutos de nossa fé, do nosso reconheci-mento, da nossa generosidade, de nossocoração.

Dízimo é devolver a Deus, com fide-lidade, uma parte de tudo aquilo que Elepróprio nos dá, como primícias da nossarenda. Quer dizer que toda vez que Deusnos dá, nós separamos "as primícias", aparte consagrada a Ele, e fazemos a de-volução. Se a nossa renda é a colheita,nós daremos o nosso Dízimo quando rea-lizarmos a nossa colheita no campo. Se anossa renda é o nosso salário, devolve-mos nosso Dízimo como primeiro gestode gratidão a Deus, logo que recebemoso nosso salário.

Se a nossa renda for fruto da vendade algum bem, daremos o Dízimo da nossarenda ao receber o que ganhamos coma venda daquele bem.

A oferta é livre, não tem momentocerto, depende da necessidade de quemsolicita e da disponibilidade de quem ofe-rece. O Dízimo tem um destino certo: aIgreja de Jesus Cristo, de acordo com umplano pastoral que abrange as dimensões:religiosa, social e missionária. Este planotem continuidade, não pode sofrer inter-rupções, por isso deve contar com recur-sos regulares. É o Dízimo que deve sus-tentar o plano pastoral da Igreja para arealização da obra de Deus.

As ofertas se destinam geralmentepara a realização de obras complemen-tares ou para socorrer alguma emergên-cia pessoal ou comunitária, ou ajudar oplano pastoral da Igreja, mas como acrés-

Qual a diferença entre dízimo e oferta?cimo ao Dízimo, que constitui a pastoralde sustentação da vida paroquial.

Portanto, o Dízimo não nos perten-ce, pertence a Deus e por isso lhe deveser devolvido. Já a oferta é compartilharparte do que é nosso por direito e, por-tanto, é expressão de generosidade paracom os irmãos e amor e gratidão a Deuspor tudo que Dele recebemos.

Tanto o dízimo quanto a oferta devemser medidos conforme o coração, porqueo coração tem a medida do amor e dajustiça, da abundância e nunca da miséria.

PERGUNTA DO MÊS

A oração é a reunião entre vocêe Deus para formar um sentido com-pleto, o objetivo amplo de obter agraça tão almejada.

A Paróquia Nossa Senhora daGlória é frequentada por milhares depessoas de todas as idades e de dife-rentes classes sociais, porém nem to-das são dizimistas. O que falta paraintegrar a família dizimista de nossaparóquia? Boa vontade, decisão pró-pria e a transformação do seu cora-ção para o projeto de Jesus.

Posicione seu coração na linhacorreta e aceite o projeto Dele, nãodecline, não se curve diante de seusensinamentos e tantas bênçãos e gra-ças acontecerá em sua vida. Tutele avida espiritual e não apenas a mate-rial obtendo assim de Deus benefíci-os. Não espere o dia de amanhã, nãoadie sua inscrição, faça hoje o quedeve ser feito. Jesus está aguardan-do sua boa vontade.

Ponham em prática osensinamentos que estão nas leituras

Dízimo esperançabíblicas e irá obter bons resultados.Manifeste a Deus dizendo muito obri-gado pela sua decisão de ser umdizimista fiel e em nosso Pai pode-mos confiar eternamente e esperarque Ele possa fazer por nós nas nos-sas necessidades diárias o que fornecessário para levarmos uma vidadigna voltada para o seu projeto.Dízimo é amor ao Pai e crer na reali-zação de suas promessas.

Se tivermos um Dízimo forte nanossa Paróquia, os nossos sonhos se-rão realizados, qual seja: a ampliaçãofísica da nossa Igreja para acomodaras pastorais em movimento e cumpriras obras que faltam ser concluídas.

Caro paroquiano(a) que aindanão é dizimista e agente de pastoralque estiver nessa situação, faça suainscrição porque não adianta ouvir enão se conscientizar.

Nossa Senhora disse: “Faça tudoo que Ele os disser”. Deus abençoea todos e tenham uma vida plena.(Pastoral do Dízimo)

Quando eu conheço as necessidadesda minha comunidade, dos meus irmãos,devo corresponder a estas necessidades.

Seja dizimista e continue colaboran-do com suas ofertas!

4 Maio-Junho/2010

Lendo a Bíblia, podemos facilmen-te constatar que existe alguém muitomais experiente na arte da liturgia, istoé, na arte de servir o povo. Este alguémé Deus! A criação, toda ela, é uma es-plêndida obra de Deus em favor da hu-manidade, uma imensa "liturgia". Comotambém é uma maravilhosa "liturgia"todo o "trabalho" que Deus fez no Anti-go Testamento para que o povo voltassepara o caminho da vida, da justiça e dapaz: salvou-o da escravidão, fez aliançascom o povo, constituiu líderes e chamouprofetas para o povo, "assentou" o povonuma terra, e assim por diante.

E, a certa altura da História, pres-tou-nos um serviço ainda maior: enviou-nos o seu próprio Filho que se tornou paranós o Caminho, a Verdade e a Vida, onosso Salvador, a garantia mais certa da-quela vida plena que todos nós sonhamos.Lendo os evangelhos, percebemos quetoda a vida de Jesus foi uma vida só deserviço em favor das pessoas ou, comodiriam os gregos, uma grande "liturgia".Ele curava os doentes, consolava as pes-soas, acolhia os pecadores, abençoava ascrianças, denunciava as tiranias opresso-ras da vida, anunciava um novo ano dagraça de viver na alegria da liberdade...

Esta "liturgia" de Jesus atingiu seuponto alto, quando ele nos entregou suaprópria vida e, ressuscitando, garantiu-nos o resgate total da nossa vida quehavíamos perdido. Na páscoa (passagem)de Jesus da morte para a vida, Deus re-alizou essa esplêndida "liturgia", isto é,essa esplêndida obra em favor da huma-nidade, a saber: garantiu-nos a vitóriasobre o pecado e a morte. E mais, nofim das contas, Deus ainda nos deu o domdo Espírito (outra grande "liturgia"/obraem favor da humanidade!), pelo qual nostornamos corpo de Cristo, filhos de Deus,família de Deus, povo de Deus, Igreja,raça escolhida e nação santa, habitaçãodo Altíssimo Senhor, colaboradores dire-tos do Criador no cuidado do paraísochamado planeta Terra.

Liturgia: mistério pascal do Senhor

Esta “Liturgia” a gente celebra

Essa "liturgia", isto é, toda essa obramaravilhosa de Deus, a gente a celebra.Aliás, Jesus mesmo, na última ceia, pe-diu para celebrá-la, quando disse: "Fa-çam isso em memória de mim". Façamisso, quer dizer, peguem o pão e o vi-nho, dêem graças e, depois, comam ebebam: é o meu corpo entregue em fa-vor de vocês e o meu sangue derramadoem favor de vocês. Em outras palavras,façam isso em memória da "liturgia" queo Pai realizou por mim em favor de vocês.E os cristãos obedeceram ao Senhor. Atéhoje vêm fazendo o que o Senhor man-dou, até hoje vêm realizando a santa ceiaem memória dele e da obra que Ele re-alizou, fazendo a experiência de comu-nhão com o Senhor da vida.

Mas a "liturgia" divina celebradapelos cristãos não se limita só à celebra-ção da ceia do Senhor (que depois cha-maram de missa), embora ela seja cen-tral. A "liturgia" alarga-se em inúmerasoutras maneiras de celebrá-la, pelos sa-cramentos em geral, pela oração do Ofí-cio Divino (oração dos salmos), pela prá-tica da caridade, etc. E mais, a maneirade celebrar a "liturgia" tem variado con-forme os tempos, as mentalidades, asculturas, ora de maneira mais fiel ao queJesus quis e os apóstolos nos transmiti-ram, ora de maneira menos fiel.

Por exemplo, em grande parte doprimeiro milênio da era cristã, a "liturgia"foi celebrada mais centrada no mistériopascal do Senhor, com a participaçãobem ativa, plena, comunitária dos cris-tãos com sua cultura. Já no segundo mi-lênio a "liturgia" (isto é, a obra do Se-nhor em favor do povo) foi celebrada,esquecendo-se da centralidade do mis-tério pascal, enfatizando mais a vida dossantos, as devoções, e com muita pouca

LITURGIA

participação ativa, plena, comunitáriado povo nas ações litúrgicas. Só recen-temente, a partir da década de 1960,com o Concílio Vaticano II, é que a Igre-ja católica romana acordou e percebeuque estávamos longe do sonho de Jesuse da experiência dos apóstolos em ter-mos de celebração da "liturgia".

E o que fez? Desencadeou um enor-me trabalho no sentido de resgatar arica tradição do primeiro milênio, quehavíamos perdido por muitos e muitosséculos. A Igreja resgatou a "liturgia" ce-lebrada de forma mais participativa,como um direito e obrigação de todos.Resgatou a importância de sentir Deusfalando, quando é proclamada a suaPalavra durante a celebração, inclusivequando se comentam as Escrituras atra-vés da homilia. Resgatou a importânciados ministérios na celebração. Resgatoua importância da participação plena na"liturgia" pela sagrada comunhão, e nãopura e simplesmente pela adoração aoSantíssimo, como se fazia na Idade Mé-dia para cá. Aliás, ainda hoje há genteque dá mais importância à adoração aoSantíssimo do que à participação naCeia do Senhor. Afinal, o que foi que oSenhor mandou fazer? Ele não disse"tomai e adorai". O que ele ordenou foi:"tomai e comei, tomai e bebei". Portan-to, o ponto nevrálgico da participaçãona "liturgia" celebrada é o fato de vocêparticipar plenamente da Ceia do Se-nhor, comendo e bebendo do seu corpoe sangue.

Autoria: Frei José Ariovaldo da Silva

Enviado pela Pastoral da Liturgia

Maio-Junho/2010 5

Teatro Glori’ArtDurante a celebração alusiva à Festa da Divina Misericórdia, em 11 de

abril, o Grupo de Teatro Glori´Art, da nossa Paróquia, coordenou e dirigiua encenação do Evangelho nas missas das 16h e 20h, e às 19h na comuni-dade Parque del Sol. Com um trabalho aprimorado, o grupo conseguiuemocionar a assembléia, trazendo para a realidade um dos momentosmais marcantes da vida de Jesus, após sua ressurreição, a sua presençadiante de Tomé e os outro apóstolos.

O grupo agradece imensamente a participação especial dos membrosdo Terço dos Homens, que com muito profissionalismo e dedicação vivenciarameste evangelho. Destacando-se: Sr. Ivo (Tomé); Sr Bosco (Pedro) ; Ubatan(Tiago – O Menor) ;Sr César ( Simão - oZelote); Sr. Gerardo(Tiago – O Maior);Gerardo Filho ( João);Ivanízio ( Bartolomeu);Carlos Magno(André); Sr Juarez(Judas Tadeu); Sr.Alcides ( Mateus) e Sr.Ferrér (Felipe) . Anarração ficou a car-go do Sr. Fernandese o papel de Jesus, foiinterpretado porMoisés Furtado.

FESTIVAL - Nos dias 19 e 20 de junho acontecerá no Teatro Ibeu -Aldeota o III Festival de Teatro Recado, onde o Grupo de Teatro Glori´Artestará apresentando a esquete “Procissão”. E convida toda a comuninade ase fazer presente. Os ingressos serão vendidos no local. (Carmen Marques,coordenadora do grupo de teatro Glori’Art)

Curso de VerãoEstão abertas as inscrições para o 10o Curso de Verão na Terra do Sol,

este ano com o tema “Comunidade Humana e Comunidade Cristã: Espaços dehumanização e transformação”. Na programação, palestras, debates, mesasredondas, tendas de discussão e oficinas de produção artísticas. O evento esta-rá acontecendo no período de 10 a 18 de julho, no Seminário da Prainha.Informações e inscrições através do site: www.cursodeverãofortaleza.com.br oue-mail: [email protected].

Grupo JavéO Grupo de Oração Javé de nossa Paróquia, dando prosseguimento à

sua missão de evangelizar, realizou nos dias 15 e 16 de maio, na Casa de Joséde Alencar, um Encontro de 1ª Experiência de Oração para Famílias, queteve a participação geral de 60 pessoas.

A alegria do Espírito Santo tomou conta de todos que se deixaram inun-dar por Ele. Foi uma experiência única. O Senhor derramou efusivamentesuas Graças.

No Encontro houve pregação dos seguintes temas: O Amor de Deus,Pecado e Salvação, Fé e Conversão, A Vivência dos Sacramentos, EspíritoSanto e Efusão, Sagrada Família, Cura e Libertação e Engajamento naComunidade. No sábado houve a Celebração da Palavra ministrada peloDiácono Sérgio.

A Coordenaçãodo Grupo agradecea colaboração daObra Bené com seusservos, o MESC queatendeu na traslada-ção do Santíssimo, oEJC, o nosso Páro-co Padre Francisco enosso Vigário PadreJosieldo pelo apoio.(Grupo de OraçãoJavé)

Congresso do ECCAcontecerá nos dias 23, 24 e 25 de julho, no Colégio Christus, no bairro

Dionísio Torres, em Fortaleza, o XV Congresso do Encontro de Casais ComCristo (ECC) da Região Nordeste. O tema abordado será “ECC - 40 anos.Discipulado - Missionariedade - Solidariedade” e como lema “Eu e minha famí-lia serviremos ao Senhor”. O objetivo geral é celebrar com gratidão os 40 anosdo ECC, comprometendo os casais para evangelizar a família e a sociedade,como discípulos e missionários de Jesus Cristo, construindo a paz a serviço dacivilização do amor, como sinal do Reino de Deus. Informações: Ritinha ou Amorim(85) 3223 1657; Ricardo e Francisca (85) 3478 4130 e (85) 8833 4132.

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“Para Lucas, a salvação em Deus épara todos e não a um grupo”

ENTREVISTA

Nas quartas-feiras do mês de maio, a Paróquia Nossa Senho-ra da Glória promoveu mais uma formação para a comunidade,centrada no evangelho de Lucas, com o professor FernandoGondim. Cerca de 25 pessoas participaram da formação bíblica.

Lucas é o autor do Terceiro Evangelho e também do Livrodos Atos dos Apóstolos. Era médico (cf. Cl 4,14) e acompanhou oapóstolo Paulo em sua missão. Lucas era grego e não conheceuJesus pessoalmente. Porém, para escrever seu Evangelho, ele fezuma pesquisa muito bem feita (cf. Lc 1,1-4).

Confira a entrevista com o professor Fernando Gondim, quetambém é teólogo.

convertido ao cristianismo por Paulo e ambos não co-nheceram Jesus. No prólogo de seu texto evangélicoele refere-se às testemunhas oculares a quem recorrepara escrever os textos do Evangelho e de Atos.

Que mensagem o sr. gostaria de deixar paraa comunidade da Glória?

Lucas, como Paulo, não conheceu pessoalmentea pessoa do Jesus histórico. No episódio de Jo 20, 19– 29, o autor relata o fato de Jesus teria se apresen-tado aos discípulos e Tomé não estava entre eles equando reúne-se com eles, aquele não crê no que lhesdisseram. Tomé faz exigências a Jesus para crer. Aotocar nas feridas ele crê. E Jesus lhes diz: “Porque meviste, creste; felizes os que não viram e creram”. É ocaso de Lucas e de tantos outros ao longo da históriado cristianismo, chegando até nós hoje. Crer sem tervisto pessoalmente o Messias Jesus. E como outro decultura grega que também não viu mas creu em Jesuse foi o discípulo dos gentios, Paulo, que afirma emRomanos 10, 17, onde se diz que “a fé depende dapregação e a pregação é o anúncio da Palavra deCristo”. Assim como para Paulo, Lucas, Marcos e tan-tos outros anônimos como para nós hoje, a nossa fédepende pregação da Palavra de Deus. E se esta nãofor realmente proclamada, como fica nossa fé?

Mensageiro – O que é peculiar ao Evange-lho de Lucas em relação aos outros Evangelhos?

Fernando Gondim – Há detalhes próprios do gre-go clássico no texto atribuído a Lucas, tais como: nobloco da infância, o autor metaforicamente constrói um“díptico” de correspondências entre a gravidez de Izabele Maria e do nascimento de João e de Jesus; é umhistoriador no estilo de um grego na literatura e nosdetalhes, muito embora haja muitos hebraísmos, comonos outros escritos; é um texto que fala mais sobre asmulheres e coloca Jesus muitas vezes em meio a ban-quetes; o vocabulário lucano é de um estilo rico de umbom conhecedor do grego clássico.

Como o sr. avalia a importância de nosaprofundarmos no Evangelho de Lucas?

Como em todos os textos bíblicos, Lucas nos favo-rece aspectos bem peculiares de seu estilo. Por exem-plo: o relato conhecido como o episódio das “BemAventuranças”, que em Mateus Jesus está em uma mon-tanha apenas com os doze discípulos, pois para os ju-deus da época, a salvação era apenas para eles. Mateusera judeu. Lucas como um bom grego, ao contrário “des-ce” Jesus da montanha e o coloca em um lugar planoonde estava toda a multidão e, dentre estes os discípu-los. Teoricamente era um local onde todos passavam epoderiam ouvir os ensinamentos de Jesus. Segundo otexto, “Jesus levantando os olhos sobre os discípulos falaà multidão” e não apenas para os discípulos, como noEvangelho de Mateus. Para Lucas, a salvação em Deusé para todos e não apenas para um pequeno grupo.

Como viveu São Lucas antes do chama-mento de Cristo a segui-lo como discípulo?

A tradição mais antiga do cristianismo o identificacom o médico Lucas. Isto é atestado por Irineu (Adv.Haer. III). E em Cl 4, 14; Fm 24; 2 Tm 4,11 Paulorefere-se a um Lucas como companheiro. Os estudio-sos confirmam as precisões nos termos médicos no tex-to grego que só se encontram no texto lucano. Ele foi Foto dos participantes do curso bíblico

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O maior dom de todosHISTÓRIA DO MÊS

Certa vez, uma mulher procurou um velho sábio.Ela estava cansada dos sofrimentos da vida e já nãotinha forças para lutar. Estava desanimada com tantoegoísmo, ingratidão e incompreensão. Sentia-se sozi-nha no mundo. Doía-lhe as injustiças que presenciavatodos os dias. A vida, esta parecia não ter sentido al-gum. Ela esperava que o velho sábio a ajudasse a curaras feridas, ora abertas e que pareciam não cicatrizarnunca.

O velho sábio olhou carinhosamente aquela mu-lher, doando-lhe um pouco de ternura. O seu semblan-te, cansado e marcado de tantas lutas, por um segundose encheu de esperança. Então ela disse:

- Senhor, disseram-me que tu tens consigo a sabe-doria que vem lá do alto. Então, diga-me que sentidotem a minha vida? Já não sei o que fazer com ela.

Ele perguntou: - Mulher, para ti, o que significa apalavra VIDA?

- Vida é sofrimento. É luta diária. É um fardo pe-sado demais para carregar.

E o sábio ponderou: - Na verdade, vida é dom deDeus. O maior dom de todos. E se você encara a vidadesta forma, muitas coisas podem se transformar den-tro de ti e ao teu redor.

- Como a vida pode ser um dom de Deus se elafoi tão banalizada? Hoje, mata-se por um pequeno in-sulto, um celular e até uma cédula de R$ 1 real!

- Se as pessoas se matam, é porque não reconhe-cem que o ciclo de violência que elas iniciam acabamatingindo a elas mesmas. Quando damos as costas àsmazelas sociais que aí estão – como o desemprego, afome, a favelização, a exploração de crianças, o alcoo-lismo e as drogas – estamos ignorando o princípio bási-co de que todos têm direito a uma vida digna. ComoCristo disse: Eu vim para que todos tenham vida, e vidaem abundância. Hoje, com toda a produção de alimen-tos que daria para alimentar a população terrestre umascinco vezes, milhares e milhares de nossos irmãos aindamorrem de fome. Hoje, com tanta terra concentradana mão de poucos, milhares e milhares de nossos ir-mãos não têm um pedacinho de chão para morar nemplantar algo para sua subsistência.

- Isto porque vivemos num mundo onde impera acultura do “salve-se quem puder”. As pessoas se acos-tumaram a pensar somente em si e, quando muito, emseu próprio núcleo familiar. Todo mundo quer “garan-tir o seu”, por isso tantas pessoas consideradas confiáveis

acabam se envolvendo em esquemas de roubo e desvi-os de dinheiro. E tudo isso sem necessidade. As pessoasconsideram a riqueza sinônimo de segurança.

- Exatamente. Isso acontece porque as pessoasdeixaram de confiar em Deus. Pararam de observar amão Dele providenciando tudo. Diante da loucura emque vivem, fecharam-se ao Absoluto. Se a vida hoje étão banalizada, é porque alguns grupos decidiram queela tem menos valor que o dinheiro!

- Se a minha vida é um dom de Deus, o que euposso fazer para que ela tenha algum sentido?

- Glorifique a Deus com a sua vida. Dê o melhor desi. Procure fazer o bem todos os dias. É um exercíciodiário. Não te desanimes quando pecar. Deus é miseri-cordioso e perdoa o arrependimento sincero. Saiba per-doar e pedir perdão. Nunca perca a esperança, poisCristo venceu o mundo e prometeu dar forças a todosaqueles que decidissem segui-Lo. Para que a tua vidatenha sentido, para de se preocupar apenas contigo,com a tua dor. Olha pro teu lado e começa a pensar nador e nas necessidades de teus irmãos. Começa a traba-lhar para que algo melhore ao redor de ti: seja o relaci-onamento com teu filho, teu marido ou teus pais; seja aescola pública perto da tua casa; seja um dos programasimplantados pela tua igreja. Doa-te pelas boas causas.Mesmo que faças pouco, se o fizeres com amor, verás osresultados e colherás os frutos. Ora continuamente, nosmomentos tristes e nos momentos alegres.

A mulher ficou em silêncio por um instante, le-vantou o rosto e olhou para o velho sábio. O mesmosorriso de ternura. Ela agradeceu e se levantou lenta-mente. Os seus problemas continuavam ali, mas pa-reciam bem menos pesados. Na verdade, agora elatinha um novo propósito. (Autoria desconhecida)

Encontro Espiritual da PascomA Pastoral da Comunicação da Paróquia Nossa Se-

nhora da Glória promoveu, no dia 23 de maio, o I En-contro Espiritual da Pascom, com o tema “Os novosmeios de comunicação a serviço da Palavra”. Refletin-do sobre o princípio e fundamento da Pastoral da Co-municação, à luz dos documentos da Igreja, o encon-tro teve como formador Pe. Sóstenes Tavares Lima.“O comunicador cristão é impelido a anunciar a Pa-lavra de Deus por cima dos telhados e, para isto,deve utilizar os meios modernos disponíveis”, afir-mou. É importante ressaltar que o encontro fezparte das comemorações pelo 44º Dia Mundialdas Comunicações Sociais. (Pascom)

Maio-Junhol/20108

Batismo: primeiro passo davida cristã

PASTORAL

“A vida cristã tem no Sacramen-to do Batismo o primeiro dos Sacra-mentos, a sua raiz e o seu início.Cristo o instituiu para que todos te-nham a vida nova e o confiou à suaIgreja: ‘Ide, pois, ensinai todas asnações, batizando-as em nome doPai, do Filho e do Espírito Santo,ensinando-as a cumprir tudo quantovos tenho mandado’. O Sacramen-to do Batismo, necessário para aSalvação, é a porta e o fundamentode todos os sacramentos da Igreja.Quem não o tiver recebido, não po-derá ser validamente admitido aosoutros sacramentos” (Diretório Pas-toral Litúrgico-Sacramental daArquidiocese de Fortaleza).

A Igreja sempre entendeu o ba-tismo como gesto e atitude fundamen-tal de pessoas maduras e conscien-tes. Aceitar o batismo é assumir paravaler, até as últimas consequências, o sonho do Reino,que levou o próprio Deus a se encarnar. Porém, o Evan-gelho traz consigo valores e riscos pelos quais nem todosestão dispostos a responder.

O batismo transformou-se numa espécie de passa-porte mágico para entrar na Igreja, já que esta era tidacomo o único caminho seguro para o céu. Dizia-se que“fora da Igreja não há salvação”. Num clima desses, orito do batismo de crianças acabou sendo totalmentedesvirtuado. Foi preciso um gigantesco esforço, a par-tir do Concílio Vaticano II, para se começar a desenvol-ver o batismo e os demais sacramentos a seus devidoslugares. Para muita gente, batizar era apenas um ritualmágico que curava sapinhos e doenças, tirava azar elivrava os pequenos do terrível “limbo” (lugar onde osjustos esperavam a vinda de Jesus, e para onde, segun-do a fé, iam as almas das crianças não batizadas).

A preparação para o batismo não é um cursinhorápido que dá direito a carteirinha. Toda a ênfase deveser posta na participação da comunidade, para que aspessoas experimentem a beleza da vida em comum equeiram inserir suas crianças num ambiente tão gracio-so. Muito além de cumprir um rito ou seguir uma tradi-ção, o batismo de crianças reforça nos pais e padrinhoso compromisso de iniciar aquele pequeno ser na cami-nhada cristã. Assim, a formação oferecida pela Igrejaatravés da Pastoral do Batismo é uma oportunidadeímpar de aprofundamento e reflexão. O objetivo daPastoral do Batismo é motivar pais e padrinhos a te-rem uma visão renovadora ao pedir o batismo paraseus filhos e afilhados, permitindo uma melhor vivênciado sacramento do Batismo e, com isso, um maior com-prometimento de toda a comunidade na formação eacompanhamento dos novos cristãos católicos, a fim deque realizem o mandado do senhor Jesus, de serem“sal da terra e luz do mundo.”

Uma nova concepção de formaçãoDesde agosto de 2008, a comunidade da Gló-

ria vivencia uma nova concepção de formação para

o Batismo, baseada nas orientações do Diretório Pas-toral Litúrgico-Sacramental da Arquidiocese de For-taleza. O objetivo é possibilitar às pessoas viver todaa mística da Igreja Católica e perceber a riquezadas celebrações da nossa Igreja. De qualquer modo,a Igreja mantém a tradição do batismo de criançascomo o caminho mais comum. E isso exige de paise padrinhos uma clareza ainda maior do significadodesse sacramento. A Pastoral do Batismo busca es-clarecer e vivenciar alguns pontos e questões quedevem ficar bem claros antes de levar seus filhos àpia batismal.

Nas reuniões de preparação, são abordados as-pectos sobre a pessoa de Jesus Cristo, sua vida, prá-tica e missão; o valor dos Sacramentos, sinais efica-zes da graça de Deus e principais meios desantificação por vontade divina, com um enfoquemaior para o Sacramento do Batismo; e uma cuida-dosa explicação sobre os ritos batismais e seu pro-fundo significado para a vida cristã.

Há muito mais, no entanto, que não pode serrevelado de forma tão simples nestas páginas; a ri-queza da formação só pode ser apreciada por quema vivencia. Cânticos, símbolos, palestras, ofício divi-no, unção... Cada momento da formação é cuida-dosamente preparado pela Pastoral do Batismo deforma a sensibilizar pais e padrinhos para sua no-bre missão.

Saiba mais - Na Paróquia Nossa Senhora daGlória, a Pastoral do Batismo reserva o último sába-do do mês para a acolhida dos pais e padrinhos parainformações e inscrições. No 3º sábado, das 17h às20h, e no domingo, das 8h às 11h, acontece o en-contro de formação para pais e padrinhos. O mo-mento é encerrado com a participação na missa das11h. Por fim, acontece a Celebração do Batismo no4º domingo do mês.

Pastoral do Bastimo

Momento de formação dos pais e padrinhos, pela Pastoral do Batismo

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Prática missionária: ação que gera SalvaçãoMISSÃO

“A PRÁTICA MISSIONÁRIA é antes de tudouma atitude do CRISTÃO comprometido com o evan-gelho, que deva nos apaixonar e gerar em nós o en-tusiasmo com a causa de Jesus Cristo, que é levarDeus ao menos favorecido” (Irmã Nora).

Estiveram reunidos no ultimo dia 28 de abril, nosalão paroquial, várias lideranças e agentes das pasto-rais, movimentos e serviços da nossa Paróquia para par-ticipar da apresentação da 1ª versão de uma propostapara o nosso AGIR MISSIONÁRIO. A apresentação de-talhou toda a proposta metodológica desenvolvida pelogrupo de Trabalho- GT, coordenado pela Irmã Nora,que ao longo de dois meses discutiu e construiu a mes-ma, no intuito de detalhar uma estratégia de atuação detoda a Paróquia da Glória no contexto do compromissomissionário acordado por ocasião do Estudo do Docu-mento de Aparecida. A condução dos trabalhos estevesob a coordenação da irmã Nora e do leigo EdivaldoNunes, que inicialmente fizeram toda uma reflexão so-bre o compromisso presente no Evangelho de Jesus Cris-to. Destaque para alguma passagens do evangelho queconvocam todos a sermos verdadeiras criaturas novas.“Vós sois o Sal da terra. Ora se o sal perde o gosto comque poderemos salgá-lo? Vós sois a luz do mundo...Que a vossa luz brilhe diante dos homens, para queeles vejam as vossas boas obras...” (Mt 5, 14.16).

Após toda a reflexão, foi feito um resgate sobre asprioridades defendidas pela comunidade em que que-rem trabalhar a nossa evangelização dentro do contex-to da Família e da Juventude, por acreditarmos queestas são células importantes para que tenhamos Igre-ja forte e sociedade comprometida com as melhoriasda qualidade de vida de todos. Imediatamente foi apre-

Aquele que venceu a morteTESTEMUNHO

Recebi a permissão de permanecer no hospital,para cuidar de meu pai que já estava muito grave.

Durante a noite uma enfermeira veio perguntarse eu precisava de alguma coisa. Em voz baixa, sim-plesmente lhe respondi que não precisava de nada.

Meu pai acenou, pedindo que eu me aproximassedele. Falava com dificuldade e com um fio de voz medisse: “Você não agradeceu bem à enfermeira. Váaté ela e diga que foi muito gentil em se preocuparcom você”.

E assim eu fiz. No corredor do Hospital Gemelli,enquanto retornava, me perguntava como o meu pai,estando no auge do sofrimento tinha se dado conta deum agradecimento não perfeito.

Ele continuava a ser pai para mim, a ensinar-me oque vale na vida. A verdadeira lição para mim é ver oparadoxo de um corpo destruído e uma caridade cadavez mais refinada.

Aquele lugar de consumação, onde cada quartoé repleto de dor, improvisamente se transformounuma catedral de luz. Pude constatar, na caridadepurificada de meu pai, o sinal tangível daquele quevenceu a morte.

Quando ele meu nos deixou, no dia seguinte, eunão via a morte, mas a ressurreição que, cada vezmais, aprofunda as suas raízes na terra. Era o dia daEpifania.

Autoria: T. M. (Sicília – Itália)Fonte: www.focolares.org

sentada a metodologia de trabalho que se espera colo-car em prática com vista atingir todos os objetivos játraçados pela comunidade da sua forma de AGIR.

O planejamento para implantação desta propostade cunho missionária passa necessariamente por cincofases de entendimento as quais achamos necessáriorelaciona-lá nesta introdução, para que o leitor possa irse aprofundando e entendendo seu passo-a passo. Des-tacamos: 1ª) Definição dos Princípios Evangélicos quenorteará a ação; 2ª) A Clareza do por que e para quedas prioridades; 3ª) Que publico queremos atingir comesta ação missionária; 4ª) Em quais ambientes iremosatuar; 5ª) Que natureza de ações iremos promover; e6ª) Que instrumentos eficazes iremos utilizar.

A primeira fase do ciclo por si só demonstra a suagrandeza de importância para o embasamento destetrabalho, pois o mesmo deverá estar fundamentado noapelo do Evangelho. Por entende-nos que a essênciado Cristão é o compromisso com a suavocação,precisamos embasar toda a nova postura docristão ao convite salvífico que encontramos no evange-lho de Jesus Cristo. Este é um trabalho para Deus enão para os homens. A segunda fase compreende defi-ni-nos com clareza com base na essência da realidade,sonhos e estratégias para se trabalhar com o binômioFamília x Juventude. Queremos envolver ambos, mascomo faremos? A metodologia dará resposta para estapergunta. Família, como célula propulsora tem elosgrandiosos entodas a nossa Igrejas (matriz e Capelas), otrabalho junto a família deverá envolver todos os elosintegralmente: crianças,jovens, adultos, velhos e idosos,o homem e a mulher, serão público dentro das priori-dades estabelecidas.

Este conjunto de elos justificam a 3ª fase. Dando

continuidade a explicação básica desta 4ª Fase, viemosrelacionar em que ambiente poderemos fazer a nossamissão. Para isso detalhamos no projeto as seguintesoportunidades de espaços existentes: Associações deBairros; Núcleo de Evangelização; Centro deEvangelização; Creche s e Escolas; Centros Sociais,Condomínios, Prédios Públicos, Associações comerciaise de negócios e movimentos Filantrópicos.

Acreditamos que até aqui pudemos dar ao leitorum pouco da dimensão desta proposta e sua complexi-dade. No entanto estaremos na próxima edição falan-do de forma ampliada, com as demais fase do ciclo eda metodologia proposta... Em paz com Deus e até apróxima edição.

Edvaldo Nunes

Quer dar o seu testemunho? Deixe seu contatona secretaria da Paróquia, para a Pastoral da

Comunicação, ou contate-nos através do

correio [email protected]

Envie notícias sobre a sua Pas-

toral, Movimento ou Serviço para

[email protected].

Artigos, testemunhos e histórias

que levem à reflexão são muito bem

vindos. O Mensageiro é da comu-

nidade da Glória. Por isso, man-

de-nos também sugestões de pau-

tas. Participe!

Colabore com oMensageiro!

Maio-Junho/201010

Sorteio: “O livro da arte deviver”, de Anselm Grün

PASSATEMPO

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PPPPPAAAAA S S AS S AS S AS S AS S AT E M P OT E M P OT E M P OT E M P OT E M P OP R E M I A D OP R E M I A D OP R E M I A D OP R E M I A D OP R E M I A D O

Verticais1 - Sumo sacerdote citado em Lucas 3, 22 - Mulher de Cuza citada em Lucas 8, 34 - Sumo sacerdote citado em Lucas 3, 26 - Mulher de Zacarias citada em Lucas 1, 79 - Rei da Judéia citado em Lucas 1, 512 - Homem era justo e temente a Deus citado emLucas 2, 2513 - Profeta citado em Lucas 11, 2914 - Lago citado em Lucas 5, 116 - Príncipe da sinagoga citado em Lucas 8, 4118 - Cidade citada em Lucas 10, 12

Nesta edição d’O Mensageiro, a Pastoral da Co-municação (Pascom) sorteia “O livro da Arte de Vi-ver”, do monge beneditino Anselm Grün (edito-ra Vozes). Autor reconhecido no mundo inteiro porseus inúmeros livros publicados em 28 línguas, AnselmGrün, da Abadia de Münsterschwarzach (Alemanha)une a capacidade ímpar de falar de coisas profundascom simplicidade e dizer com palavras aquilo que aspessoas experimentam com o coração. Tornou-seícone da espiritualidade e mestre do autoconhecimentoem nossos dias.

Para participar do sorteio, basta resolver correta-mente o passatempo abaixo e você estará concorren-do. Há duas formas de participar: envie a resposta destepassatempo até o dia 30 de junho de 2010 para o cor-reio [email protected] ou recorte-o e

deixe na secretaria da Paróquia, em um envelope endere-çado à Pastoral da Comunicação, dentro do mesmo prazo.Se você não quiser recortar o Mensageiro, a sugestão ébater uma fotocópia (xerox).

O sorteio do Passatempo desta edição será re-alizado no dia 10 de julho de 2010, durante a reu-nião mensal da Pastoral da Comunicação. O(a) ven-cedor será comunicado via telefone ou e-mail e de-verá buscar o seu prêmio na secretaria; terá aindaseu nome divulgado na próxima edição do jornal.

Na edição passada, a Pascom sorteou o livro“A Igreja do Deus vivo – curso bíblico popular sobre averdadeira Igreja”, de autoria do Frei Battistini, editoraVozes. A vencedora foi MARIA VILANY C. PAREN-TE, do bairro José de Alencar.

Horizontais2 - Publicano citado em Lucas 5, 273 - Cidade citada em Lucas 7, 114 - Sacerdote citado em Lucas 1, 56 - Cidade da Galiléia citado em Lucas 1, 268 - Profeta que conversou com Jesus citado em Lucas9, 3010 - Também chamado Pedro citado em Lucas 6, 1412 - Cidade citada em Lucas 10, 1314 - Cidade citada em Lucas 10, 1316 - Príncipe dos demônios citado em Lucas 11, 1517 - Cidade citada em Lucas 10, 1318 - Profeta que conversou com Jesus citado emLucas 9, 3019 - Cidade da Galiléia citado em Lucas 4, 31

Maio-Junho/2010 11

PALAVRA DE VIDA“Quem me ama será amado por

meu Pai, e eu o amarei e memanifestarei a ele.” (Jo 14,21)

No último discurso de Jesus, é o amor que ocupao centro: o amor do Pai pelo Filho, e o amor a Je-sus, que consiste em cumprir os seus mandamentos.Aqueles que escutavam Jesus não tinham dificulda-des em reconhecer nas suas palavras um eco dosLivros sapienciais: “O amor é a observância de suasleis (Sb 6,18) e “facilmente é contemplada (a Sabe-doria) por aqueles que a amam” (cf. Sb 6,12). E,sobretudo, o “manifestar-se a quem o ama” encon-tra um paralelo no Antigo Testamento em Sb 1,2,onde está escrito que o Senhor se manifestará àque-les que acreditam nele.

Ora, o sentido desta Palavra de Vida que propo-mos é: quem ama o Filho é amado pelo Pai, e é,por sua vez, também amado pelo Filho, que se ma-nifesta a ele.

“Quem me ama será amado por meu Pai, eeu o amarei e me manifestarei a ele”.

Essa manifestação de Jesus, porém, exige queestejamos no amor. Não é concebível um cristão quenão tenha esse dinamismo, essa carga de amor nocoração. Um relógio não funciona, não marca a hora– e nem se pode dizer que é um relógio – se estivercom a bateria descarregada. Assim, um cristão quenão está sempre na disposição de amar não mereceser chamado de cristão.

Isso porque todos os mandamentos de Jesus seresumem em um único mandamento: o amor a Deuse ao próximo, em quem devemos reconhecer e amarJesus. O amor não é mero sentimentalismo: ele setraduz em vida concreta, no serviço aos irmãos – prin-cipalmente os que estão ao nosso lado –, começandopelas pequenas coisas, pelos serviços mais humildes.

Diz Charles de Foucauld: “Quando amamos alguém,estamos de verdade nele, estamos nele com o amor,vivemos nele com o amor, não vivemos mais em nósmesmos, somos “desprendidos” de nós mesmos, “forade nós mesmos” (Charles de Foucauld, Scritti Spirituali,VII, Città Nuova, Roma 1975, p. 110).

E é por causa desse amor que uma luz abre ca-minho em nós, a luz de Jesus, segundo a sua pro-messa: “Quem me ama... me manifestarei a ele”(cf. Jo 14,21). O amor é fonte de luz: amando com-preende-se melhor a Deus, que é amor.

E isso faz com que se ame ainda mais e seaprofunde o relacionamento com o próximo.

Essa luz, esse conhecimento amoroso de Deus é,portanto, a marca, a prova do verdadeiro amor. Eela pode ser experimentada de vários modos, por-que em cada um de nós ela assume uma cor, umatonalidade própria. Mas essa luz possui algumas ca-racterísticas comuns em todas as pessoas: ela nosilumina sobre a vontade de Deus, nos dá paz, sere-nidade e uma compreensão sempre nova da Pala-vra de Deus. É uma luz quente que nos estimula acaminhar na estrada da vida de modo cada vez maisrápido e seguro. Quando as sombras da existênciatornarem o nosso caminho inseguro, e até mesmoquando ficarmos paralizados pela escuridão, essaPalavra do Evangelho nos lembrará que a luz se acen-de com o amor e que bastará um gesto concreto deamor, ainda que pequeno (uma oração, um sorriso,uma palavra), para nos dar aquele tanto de luz quenos permitirá seguir adiante (...).

Chiara Lubich (Esta Palavra de Vida foi

publicada originalmente em maio de 1999)

A nova riqueza das nações

Comunhão.Esta é uma palavra que, num primeiro instante,

ao ser pronunciada, escutada, escrita ou lida pode re-portar-nos a uma compreensão de que se trata de algotendo a ver com a dimensão religiosa da vida humana.De fato o é, na medida em que pensamos a religiãocomo o processo de re-ligação dos seres humanos en-tre si e com a Natureza e com Deus. Mas ao pensar-mos somente na natureza religiosa que a palavra co-munhão comporta, corremos o risco, devido a um con-dicionamento existencial, de incorrer num reducionismoe enquadrá-la apenas nas representações e ritos sa-grados, isolando-a de todas as outras dimensões da vidahumana: política, econômica, social, cultural.

No léxico encontramos que comunhão significa atoou efeito de comungar; ação de fazer alguma coisa emcomum ou efeito dessa ação; sintonia de pensar, sentirou agir; comunicar, colocar em comum. Deriva do la-tim “communio”, comunidade.

Conforme nos indica o sociólogo polonês Bauman(2006)[1], uma comunidade nasce quando um certonúmero de pessoas aceitam consciente edeliberadamente que são responsáveis uns pelos ou-tros. Portanto comungar trata-se não apenas de viver-com-os-outros, mas de viver-uns-pelos outros.

Outro aspecto da comunhão, como no-la apre-senta o teólogo Leonardo Boff (1986)[2], é que elaimplica um caminho de duas vias que vai de um aooutro. Não há comunhão só de um lado. A comunhão,em seu próprio conceito, supõe pelo menos duas pre-senças que se relacionam. Há, pois, uma reciprocida-de entre as duas presenças.

O economista Marcos Arruda (2006)[3] nos adver-te que uma cultura de comunhão é a da valorização dadiversidade como base para a elaboração de projetosem comum e da colaboração para torná-los realidade.Esta é também a cultura do respeito ao outro, do aco-lhimento, da busca de complementaridades que enri-queçam o que sou e o que tenho, a fim de que, juntose conscientemente solidários, sejamos mais e melhoresdo que temos e somos individualmente. Uma culturade comunhão é uma cultura do amor.

O economista italiano Luigino Bruni (2005)[4], porsua vez, acentua que a comunhão é a experiência soci-al mais intensa e envolvente que se possa imaginar e,ao mesmo tempo, é a realidade mais necessitada dasescolhas livres de cada pessoa individualmente e porisso é sempre frágil e precisa ser sempre reconstruída.A comunhão não é, pois, uma realidade holística deum grupo que cancela as diferenças pessoais, ela nas-ce muito mais das escolhas, dos valores interiorizados eda responsabilidade de cada um diante do outro. Eentendemos por responsabilidade como sendo o cuida-do reconhecido como obrigação em relação a um ou-tro ser, que se torna preocupação quando há umaameaça à sua vulnerabilidade.

Ocorre-nos, então, uma pergunta: diante dos di-versos sinais de crise econômica e ecológica que estamospresenciando, e vemos aprofundar-se no dia a dia, se-ria a comunhão uma força capaz de mover corações ementes humanos no sentido de buscar construir um novomodelo de convivência social que consiga superar asvelhas formas modernas econômicas de organizaçãoda sociedade centradas nos interesses egoístas unilate-rais capitalistas e consiga colocar a humanidade numnovo padrão de civilização humanamente justo, solidá-rio e mais responsável pela vida que habita o planeta?

O professor doutor Luigino Bruni, coordenadorinternacional da Economia de Comunhão na Liberda-de (EdC)[5], esteve recentemente em Recife,Pernambuco, para realizar duas palestras nas Univer-sidade Federal de Pernambuco e na Universidade Ca-tólica, sobre os 18 anos de vida desse projeto. A Eco-nomia de Comunhão nasceu no Brasil, em 1991. Suainspiração original centrou-se na compreensão de quea economia humana é um bem social, portanto encer-ra em si valores sociais. Como tal não deve ser promo-tor de males e de desequilíbrios no relacionamento dosseres humanos entre si e destes com a Natureza. Re-quer uma base epistemológica, concepções e práticasempresariais que apontem para a construção de umhorizonte de religação d as relações humanas atravésde vínculos eticamente sólidos baseados na partilha dosbens materiais e imateriais produzidos coletivamente

ARTIGO

pela humanidade.Para Bruni, “é preciso ampliar o olhar sobre as

necessidades – verdadeiras indigências - que afetam ohomem contemporâneo causadas pela ausência de re-lacionamentos de comunhão nos diversos tempos e es-paços da existência humana”. E a economia não podeficar indiferente a isso, colocando-se acima destas ques-tões. A economia deve estruturar-se de forma que per-mita ao homem atingir sempre mais plenamente a suahumanização, uma vez que formamo-nos como huma-nos na maneira como produzimos nossa existência. AEconomia de Comunhão vem apresentar justamenteum novo olhar para se perceber as relações entre osdiversos atores econômicos, propondo não a busca dointeresse egoísta como valor absoluto, mas a comunhãocomo referencial motor de uma nova economia queentende a produção da riqueza como fruto de uma açãorealizada por homens e mulheres. Consequentemente,o lucro não pode ser percebido apenas como um bemque pertence ao capitalista, mas como um bem socialque deve ter um destino social, que deve ser destinadonão somente àqueles atores que fazem parte mais dire-tamente do processo de produção – empresários e tra-balhadores -, mas uma parte dele deve ter tambémuma destinação, em forma de bem simbólico-cultural,voltada para a comunidade na qual a unidade produti-va está inserida.

Na experiência concreta da EdC o lucro empresa-rial é partilhado em três níveis: uma parte é destinadapara sujeitos empobrecidos em situação de miséria, como objetivo de promover-lhes o desenvolvimento huma-no que os capacite a sair do estado de indigência mate-rial; outra parte é destinada para fomentar instituiçõesque produzam conhecimento para a formação de ho-mens e mulheres em vista a uma cultura de comunhão;a parte restante para reinvestimentos nas empresas decomunhão a fim de elas poderem desenvolver-se efici-entemente na sua missão empresarial.

A superação de estruturas promotoras de injustiçae desequilíbrios humano e ecológico requer ações cria-tivas e corajosas capazes de arriscar na busca de umnovo sentido do viver coletivo. A experiência da Econo-mia de Comunhão é um exemplo de que a riqueza dasnações pode se transformar na riqueza dos povos e dahumanidade como um todo na medida em que mude oparadigma do interesse egoísta de produzir a vida e seperceba com mais profundidade as relações deinterdependência que compõem a teia da vida que re-quer de todos nós procedimentos de partilha e de res-ponsabilidade pela vida presente e futura do Planeta,concebendo a comunhão como fonte de uma nova ri-queza da Humanidade.

[1] BAUMAN, Zygmunt. Entrevista a RobertoNicolas no Congresso “As pedras descartáveis”, Verona– Itália, 07/10/2006.

[2] BOFF, Leonardo. A trindade, a sociedade e alibertação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1986.

[3] ARRUDA, Marcos. Tornar real o possível: aformação do ser humano integral: economia solidária,desenvolvimento e o futuro do trabalh o. Petrópolis,RJ: Vozes, 2006.

[4] BRUNI, Luigino. Comunhão e novas palavrasem economia. Vargem Grande Paulista, SP: EditoraCidade Nova. 2005.

[5] Para maiores informações sobre o Projeto Eco-nomia de Comunhão, acessar o site: http://www.edc-online.org/

Alexandre Aragão é educador social

* Por Alexandre Aragão

Maio-Junho/201012

A VA VA VA VA V O Z D O PO Z D O PO Z D O PO Z D O PO Z D O P AAAAA S T O RS T O RS T O RS T O RS T O R

Missão do Papa, segundo o Papa

PPPPP A R A R E F L E T I RA R A R E F L E T I RA R A R E F L E T I RA R A R E F L E T I RA R A R E F L E T I R

A missão do Papa consiste em fazer Deus presenteno mundo e, por isso, deve abrir-se cada vez mais aomistério da cruz, confessou Bento XVI no di 13 de maioaos bispos de Portugal reunidos em Fátima. O encontro,celebrado na sala de conferências da Casa Nossa Se-nhora do Carmo, ofereceu-lhe a oportunidade deconfidenciar aos bispos de Roma o que jamais havia fei-to nos cinco anos de seu pontificado.

Agradeceu e pediu aos peregrinos de Fátima queorassem pelo sucessor de Pedro, recordando as pala-vras de Jesus para este apóstolo após a ressurreição:"Eu orei por ti, para que tua fé não desfaleça. E quandote converteres, fortalece os teus irmãos" (Lucas 22,32).

E, continuando, afirmou: "Como veem, o Papaprecisa se abrir cada vez mais ao mistério da Cruz,abraçando-a como única esperança e última via paraganhar e reunir em Cristo todos os seus irmãos e ir-mãs em humanidade".

Estas palavras completam a resposta de BentoXVI aos jornalistas no voo que o levou de Roma paraLisboa, dia 11 de maio, nas quais considerou que oterceiro segredo deixado pela Virgem em Fátima nãoé aplicado somente ao atentado a João Paulo II, mastambém indica "a necessidade de uma paixão da Igre-ja, que naturalmente é refletida na pessoa do Papa,mas o Papa está pela Igreja e, portanto, são sofri-mentos da Igreja esses que são anunciados. O Senhornos falou que a Igreja teria de sofrer sempre, de diversos modos, até o fim do mundo".

"A novidade que podemos descobrir hoje nesta mensagem reside no fato de que os ataques ao Papae à Igreja não vêm só de fora, sendo que os sofrimentos da Igreja procedem, na realidade, de dentro daIgreja, do pecado que há na Igreja", acrescentaria o Papa aos jornalistas naquela coletiva de imprensa.

Em seu encontro com os bispos, Bento XVI explicou que, "em obediência à Palavra de Deus, échamado a viver, não para si mesmo, mas de forma que Deus se faça presente no mundo".

Mistério da Trindade - Por meio do sinal da cruz, lembramos a Trindade divina que "passa a habitar emnós" a partir do dia do Batismo. Foi o que disse Bento XVI no dia 30 de maio, domingo, antes da oração doÂngelus, recitada na presença de cerca de 50 mil fiéis reunidos na Praça São Pedro, no Vaticano.

Refletindo sobre o mistério da Trindade, celebrado na liturgia daquele dia, o Papa evidenciou aimportância do sinal da cruz, que, "em certo sentido, recapitula a revelação de Deus advinda dos misté-rios pascais: morte e ressurreição de Cristo, sua ascensão à direita do Pai e a efusão do Espírito Santo."

"Nós o fazemos antes da oração - disse, citando o teólogo Romano Guardini - para que permaneçaem nós aquilo que nos foi doado por Deus... Este abraça todo o ser, corpo e alma... e tudo se tornaconsagrado em nome do Deus uno e trino."

No sinal da cruz, acrescentou o Pontífice, "está contido, portanto, o anúncio que gera a fé e inspiraa oração", sublinhando a importância central do sacerdócio na difusão das verdades de fé que decorremda Trindade.

"Também Santo Cura d' Ars lembrava aos seus fiéis: ‘Quem acolheu a vossa alma no primeiromomento do ingresso na vida? O sacerdote. Quem a alimenta para lhe dar a força de realizar a suaperegrinação? O sacerdote. Quem a há de preparar para comparecer diante de Deus, lavando-a pelaúltima vez no sangue de Jesus Cristo? O sacerdote, sempre o sacerdote'."

E, citando uma oração de Santo Hilário de Poitiers, concluiu: "Conservai imaculada esta fé reta quehabita em mim e, até meu último suspiro, dai-me igualmente esta voz em minha consciência, para queassim permaneça sempre fiel àquilo que professei em minha regeneração, quando fui batizado no Pai, noFilho e no Espírito Santo". Fonte: Zenit.org

Vale a penatestemunhar oCristo

Nesse meio em que vivemos sempre nos depa-ramos com todo tipo de gente que nem sempreadota uma boa conduta baseada nos valores mo-rais que preceitua o Cristo.

Realmente, diante da grande maioria nos tor-namos até pessoas diferentes por testemunharmoso Evangelho e isso nos gratifica muito pois servede espelho cujo reflexo recai sobre quem nos en-xerga através de nossa alma.

É fundamental que tenhamos e consigamostransmitir espiritualidade para o outro que tantoprecisa de luz, discernimento e direcionamento paraum novo modo de vida.

Por testemunharmos o Cristo não deixamos deser pessoas normais carentes dos mesmos desejosmateriais e sexuais que quando vivenciados de umaforma digna nos permitem usufruir do prazer commais plenitude humana.

Por testemunharmos o Cristo não nos torna-mos pessoas caretas ou alienadas da realidade masnos transformamos em pessoas mais conscientes emaduras diante dos desafios do cotidiano.

Por testemunharmos o Cristo não precisamosnos privar da diversão, da alegria e do prazer.Pelo contrário, Deus nos quer felizes mas de umamaneira responsável e equilibrada.

Por testemunharmos o Cristo nos tornamos se-res mais autênticos pois não somos manipuladospelas ilusões que nos levam às decepções e às frus-trações dessa vida passageira.

Portanto vale à pena testemunhar o Cristo queatravés de sua moralidade e ética nos serve de pro-teção para nos afastar de quem não comunga dosmesmos ideais cristãos.

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