corpos, linguagem, verdades - badiou

6
o tin d • Illllntl o ('0I1 S lIlll : ld :1 pOl' M:IIX, • : 11 qUl ' P(IIII'1 'om 0 II 'g 'I 'po)st() m: lt 'rht lnwnt . so hrl' os Naturalmente, procede-sc de tal fo rll1U a r 'S I 'ito da I osl .. " I III problema , que de modo algum se esgola - . Lamb ' 111 nao sv ('''''HilI I para Lukacs - "0 eleva do nivel e a relativa co rrec;:a hist rica 1:1111111 III desse aspecto das constrw;oes de Engels "; m nos ainda inl ' 111:1 :1<1 111 II mesma posic;:ao diminuir 0 valor das contribuic;:oes com pl ' 11)( ' 111.111 de Engels para 0 marxismo, ou mesmo das infatigaveis lultl . ... Ifll ele levou ao extrema para que triunfassem as concep 0 'S Iv( 1111 I de Marx. Em suma, a contribuic;:ao de Engels e algo que r "' I)I' .. ',1' 1111 para to do marxista serio, uma profunda aquisic;:ao. Soment s 'rId I III pessimistas ou obstinados revisionistas - que sao enfim, co mo 1"111 bem 0 sabia e dizia, uma so e a me sma coisa - poderiam pro p()I ,I I levan tar objec;:oes enquanto ruminam (griibeln) sobre sofis111:1.-l , 21 Gyorgy Lukacs, Werke, cit., v. 14, p. 109. 110 M ARGEM ESQU ERDA 16 Carpas, linguagem, verdades: sabre a dialetica materialista* ALAIN BAD / OU I\. questao e: qual e a ideologia dominante hoje? Ou ainda, qual e, 1' 111 nossos paises, a crenc;:a natural? Ha 0 livre mercado, a tecnologia, dll1i1eiro, trabalho, blog, reeleic;:oes, a liberdade sexual e assim por ,11 :lnte, mas acredito que tudo isso pode ser concentrado numa simples ', l'l1 lenc;:a : so existem corpos e linguagens, declarac;:ao e 0 axioma da convicc;:ao contemporanea, a qual pi oponho nomear de materialismo democratico, Por que? Primeiro: IIl:l lerialismo democratico, No mundo contemporaneo, 0 individuo 1( ' ' onhece a existencia somente de COl-pOS; de seu proprio corpo, antes ,Iv ludo. Na pragmatica dos desejos, sob a evidencia do dominio do I( lll1e rcio e negocios na lei formal da compra e venda, 0 individuo 1'1' 1;1 convencido e formatado pelo dogma da nossa finitude, nossa ('x posic;:ao ao prazer, sofrimento e morte. Falo em um centro de artes, e posso encontrar um sintoma de Illdo isso na produc;:ao artistica. A grande maiaria dos artistas hoje - , (lreografos, atores, cineastas - tenta expor os segredos do carpo, da livsejante e maquinal vida do corpo. E a tendencia global das artes, ' ille nos propoe uma body art. Intimidade, nudez, violencia, doenc;:a, II 'adu<;ao de Fernando Marcelino e Chrysantho Sholl. Conferencia originalmente proferida na V" loria College of Arts, Universidade de Melbourne, no dia 9 de setembro de 2006. Os tradutores I",{ olheram 0 subtftulo "sobre a dialetica materialista", inexistente no original, para situar, ainda que a importancia te6rica do texto no debate sobre 0 metodo dialetico hoje. o o z « CORPOS, L INGUAGEM, V E R DAD E S I I I

Upload: guilherme-marques-ferreira

Post on 17-Dec-2015

20 views

Category:

Documents


7 download

DESCRIPTION

Artigo de Alain Badiou.

TRANSCRIPT

  • o

    tin .

  • " 1'1

    ,d ); II H IO I\() " I ': po (' 111 '10 d ':-I:-ItI:-I ( ' :1 1';1 ' I 'tl slk'ns d()s ('()IPO:-l

  • :1 ('., 111 11111 ,1 do,"i 111I1I ~ d()S (' \ 'l'd;ld t'ir: 111l ' Ill ' lIllt " ItI L.., IIII" dl' t'OI p OS l' " " HII ,i,LIl' IlS, M,IS l' ' ISll' 11:t () SO () t ill ' 'x ist , F "v '1'(1'1(1 ,..," S'I( "1' 1 ' " .. ' ". '" " ) 0 no m'

    I ( ,~ ''i() t, 1( () dnqll do C]U ' V ' 111 "I inl ' rpohl r a s i mesmo na conLinuldade do 'X lsl 'nt ''', , 1': 1l1 lim 'c rt sentido, a dlak~tlca materialista e ldentlca ao materia-

    Il s l,no clemo 'ratico , Afinal, ambas sao, de fato , materialismos, Sim s6 (,X,ISI '111 corpos e linguagem, Nada existe que seja uma "alma" separ~da "VI I" " .' ~. . .' , " ,

    " , pllnclplO espl11tual etc. Mas num outro sentido a d' l't' ' I' I'e ' , Ia e ICa Itl :ll c na lsta C he re inteiramente do materialismo democ -' t' I' Ia ICO,

    ', ncontra-se em Descartes uma intuis;:ao da mesma ordem da ullo ~, I~' l' ~'~ nc~r~e 0 status ontol6glco das verdades, Descartes cham;' de .. 'i ,I ,lhs,I

  • "

    '"

    M'III'! ('()lllpnll ' 11( '," :1 lIIlld vv lncld,ldv illlinltu , Ag()I,I, (.'.'I.'1il vv l()t'ld,ld,' illlillil :1 do p 'l1."al11 'nlo '('j' 'Iivnm 'n l ' in('Ol11pilllV 'I (,()Ill () Ivh. lil' d '!1l()(.'l'ali '0, Num s 'n Lido g ' I'al, a lial "ti 'a mat 'riali.'lla Of () , ~I Inrilll d:ld ' I' 'a l das verdad s ao prindpio d ' finitu I " qu " -; d ' lu zi 10

  • o

    ti 'as, proibiti vas ou csli l11ul an l 'S. () intiivltiuo I I' Tis:t W I H 'I !llIhl seu dire ito de "vi vel' SL I S xual idad '''. As o ulras 1 ih 'I' 1:\

  • o

    Int '11sl