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CORPO NACIONAL DE ESCUTAS Escutismo Católico Português ESCUTISMO MARÍTIMO SISTEMA DE PROGRESSO FLOTILHA FASE MARÍTIMO Insígnia – Distintivo de forma oval de fundo branco, com um ferro de almirantado a preto, tendo sobreposto a flor de liz do C.N.E. . A sair e a entrar na argola do ferro, está um cabo castanho que dá a volta a todo o distintivo. Adesão ao Movimento 1. Descrever sumariamente o aparecimento do Movimento Escutista e do Escutismo Marítimo; 2. Mostrar que tem hábitos de higiene e asseio; 3. Bandeira e Hino Nacional e duas canções Escutistas; 4. Identificar sinais de pista; 5. Frequentar a catequese; 6. Desenhar a Rosa dos Ventos, indicando os pontos Cardeais, Colaterais e Subcolaterais; 7. Enunciar a nomenclatura de um cabo, saber lançá-lo e colhê-lo correctamente; 8. Enunciar correctamente a nomenclatura e palamenta de uma embarcação de canoagem; 9. Saber utilizar o colete de salvação e conservá-lo, estando à vontade dentro de água; 10. Saber pagaiar, ciar, remar e respectivas vozes. Adesão à Secção 1. Integrar-se na Flotilha, saber o seu imaginário e a sua organização, participar numa expedição em regime de acampamento; 2. Vida de Baden-Powell; 3. Descrever os distintivos do Uniforme de Moço e dos Dirigentes; 4. Rezar a Oração de Escuta; descrever o Cerimonial do Promessa e saudações. Demonstrar vivência da Lei e dos Princípios, sabendo enunciá-los; 5. Descrever expressivamente a figura de S. Jorge; 6. Saber o que é uma bússola e tirar um azimute;

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CORPO NACIONAL DE ESCUTAS Escutismo Católico Português

ESCUTISMO MARÍTIMO SISTEMA DE PROGRESSO FLOTILHA

FASE MARÍTIMO

Insígnia – Distintivo de forma oval de fundo branco, com um ferro de almirantado a preto, tendo sobreposto a flor de liz do C.N.E. . A sair e a entrar na argola do ferro, está um cabo castanho que dá a volta a todo o distintivo. Adesão ao Movimento 1. Descrever sumariamente o aparecimento do Movimento Escutista e do Escutismo Marítimo; 2. Mostrar que tem hábitos de higiene e asseio; 3. Bandeira e Hino Nacional e duas canções Escutistas; 4. Identificar sinais de pista; 5. Frequentar a catequese; 6. Desenhar a Rosa dos Ventos, indicando os pontos Cardeais, Colaterais e Subcolaterais; 7. Enunciar a nomenclatura de um cabo, saber lançá-lo e colhê-lo correctamente; 8. Enunciar correctamente a nomenclatura e palamenta de uma embarcação de canoagem; 9. Saber utilizar o colete de salvação e conservá-lo, estando à vontade dentro de água; 10. Saber pagaiar, ciar, remar e respectivas vozes. Adesão à Secção 1. Integrar-se na Flotilha, saber o seu imaginário e a sua organização, participar numa expedição em regime de acampamento; 2. Vida de Baden-Powell; 3. Descrever os distintivos do Uniforme de Moço e dos Dirigentes; 4. Rezar a Oração de Escuta; descrever o Cerimonial do Promessa e saudações. Demonstrar vivência da Lei e dos Princípios, sabendo enunciá-los; 5. Descrever expressivamente a figura de S. Jorge; 6. Saber o que é uma bússola e tirar um azimute;

7. Enunciar correctamente a nomenclatura e palamenta de uma embarcação pneumática; 8. Envergando o colete de salvação, saltar para a água de 2m de altura e nadar25m; 9. Fazer e aplicar numa embarcação os seguintes nós e voltas: direito, correr, azelha, oito, escota, lais de guia e volta de fiel; 10. Amarrar correctamente uma embarcação ao cais e utilizar um pau de croque.

ADESÃO AO MOVIMENTO 1ª PROVA Aparecimento do Movimento Escutista e do Escutismo Marítimo

Em 1907 dão-se os primeiros passos para o aparecimento do Escutismo. Baden-Powell, um militar inglês, que publicara um livro intitulado “ O auxiliar do explorador “, foi solicitado para adaptar os seus métodos de observação e exploração para a formação de jovens.

Assim a 25 de julho de 1907, partiu com vinte rapazes, organizados em quatro Patrulhas ( Corvo, Maçarico, Touro e Lobo ) para a Ilha de Brownsea, onde se realizou o primeiro acampamento de Escuteiros. Este acampamento foi tão bem sucedido que B.P. resolveu publicar todas as suas experiências vividas e conhecidas, de modo a despertar nos jovens o gosto pelas aventuras, num livro a que chamou “Escutismo para Rapazes”. Este livro foi primeiramente publicado em fascículos quinzenais nos primeiros meses de 1908 e teve tão grande aceitação que, por toda a Inglaterra se formaram novas Patrulhas de Escuteiros.

O Escutismo cresceu rapidamente e de tal forma que nos fins de 1908, apenas alguns meses depois de ter surgido, havia já cerca de 60.000 Escuteiros espalhados por vários países.

Em 1920, no 1º Jamboree Mundial, em Londres, B.P: foi aclamado CHEFE MUNDIAL dos Escuteiros.

Durante o ano de 1922 realizou-se em Roma o Congresso Eucarístico Internacional; da representação portuguesa tomou parte o Senhor Arcebispo de Braga Dr. Avelino Gonçalves. Ao verem as brilhantes actuações dos Escuteiros Católicos Italianos ficaram tão bem impressionados, que logo pensaram fundá-los em Portugal.

Em 27 de Maio de 1923 nasce em Braga o “ Corpo de Scouts Católicos Portugueses”, mais tarde denominado Corpo Nacional de Escutas.

O Escutismo continuou a crescer e a expandir-se para todos os pontos de globo. Hoje somos mais de 28 milhões de Escuteiros, distribuídos por cerca de 150 países.

O 1º Grupo marítimo apareceu em Póvoa de Varzim durante os anos 30, vindo a desaparecer

mais tarde. Anos depois surge um outro Grupo Marítimo no Barreiro, mas também este efémero. Nos anos 50 apareceu a primeira Brigada Marítima do País, integrada no Agrupamento 215,

transformando-se no Agrupamento Marítimo 217 Funchal. Até aos anos 70 não foi criado nenhum Agrupamento Marítimo. A década de 70 vê surgir

uma série de Brigadas Marítimas nas antigas colónias e, com a independência destas é formada a 1ª Brigada Marítima do Continente, a Brigada Marítima “ Infante de Sagres”, na Parede – Cascais, no mês de Abril no ano de 1976, integrada no Agrupamento 71 de Parede.

Em 1979 surgem em Sesimbra e Cova da Piedade duas Brigadas que desapareceriam durante o ano de 1980, neste mesmo ano nascia em Ferragudo – Algarve a 2ª Brigada Marítima, integrada no Agrupamento já existente 413 de Ferragudo, posteriormente todo o Agrupamento passaria a marítimo durante o ano de 1984.

1982, surge o 2º Agrupamento Marítimo em S Jacinto – Aveiro. 1984, 3º Agrupamento Marítimo em Ferragudo – Algarve. 1985, 4º Agrupamento Marítimo na Torreira - Aveiro. 1985, realiza-se o Iº Encontro Nacional de Escuteiros Marítimos, no Funchal. 1986, é fundado o Agrupamento Marítimo de Nova Oeiras por extinção das Brigadas

Marítimas, sendo criado por escuteiros oriundos da Parede, a 6 de Janeiro de 1986. Durante este ano realiza-se o IIº Encontro Nacional de Escuteiros Marítimos em S.

Jacinto. 1988, 5º Agrupamento Marítimo na Costa Nova – Aveiro, neste mesmo ano realiza-se o IIIº

Encontro Nacional de Escuteiros Marítimos em Ferragudo. 1989, é fundado o Agrupamento Marítimo de Belém. 1990, é reaberto o Agrupamento do Seixal como Marítimo. Em Paço D’ Arcos realiza-se o

IVº Encontro Nacional de Escuteiros Marítimos. É reaberto o Agrupamento 216 do Funchal como Marítimo.

1992, surge o Agrupamento de S. Mateus da Calheta - Terceira / Açores, como Marítimo. 1993, o Agrupamento de Figueira da Foz realiza a sua transição de Terrestre para

Marítimo. 1994, o mesmo acontece com o Agrupamento de S. Martinho do Porto, transita de

Terrestre para Marítimo. O Vº Campo Nacional Marítimo ( pela primeira vez assim denominado ) realiza-se em Alfeizerão, junto a S. Martinho de Porto.

1995, é extinto o Agrupamento da Torreira. 1997, são fundados os Agrupamentos de Moscavide – Lisboa e Setúbal – Setúbal. 1998, VIº Campo Nacional Marítimo - Montargil 1999, são formados os Agrupamentos de S.ta Cruz / Barreiro e Feteira / Faial – Açores. Algumas datas da história do Escutismo: 1907- Acampamento na Ilha de Brownsea – o 1º Acampamento. 1908- Publicação do “ Escutismo para Rapazes “. 1909- primeira concentração de 11.000 Escutas no Crystal Palace, (Londres ). 1910- as instâncias do Rei Eduardo VII, B.P. deixa o Exército para se dedicar inteiramente

ao Escutismo. 1911 - Dão-se os primeiros passos do Escutismo em Portugal. 1912 - Funda-se em Lisboa a Associação de Escoteiros de Portugal (A.E.P.). 1916 - Início oficial do Lobitismo. Aparece o Livro "Manual do Lobito". 1918 - Início oficial do Caminheirismo. 1919 - Abertura do Campo Escola Internacional de Dirigentes, em Gilwell Park (Londres). 1920 - Primeiro Jamboree Mundial, em Olimpya, Londres. 1923 - (27 de Maio) - Fundação em Braga, do C.N.E.

A 8 de Janeiro morre B.P. no Quénia, África. Sobre o seu túmulo encontra-se a seguinte inscrição:

ROBERT BADEN-POWELL Chefe Mundial do Escutismo

Nascido a 22 de Fevereiro de 1857 Faleceu a 8 de Janeiro de 1941

2ª PROVA Hábitos de Higiene e Asseio

Por vezes não é fácil conservar as mãos e as roupas limpas, por exemplo nos acampamentos, por diversos factores, o estarmos em permanente contacto com a terra e pelos trabalhos a realizar.

A nossa pele não poderá desempenhar bem as suas funções, tais como respirar, se não estiver suficientemente limpa, daí a necessidade de nos lavarmos regularmente.

Lavar as mãos antes e depois das refeições e também depois de utilizarmos a casa de banho, é essencial. Lavar os dentes, pelo menos, de manhã e depois das refeições. Usar as unhas curtas e limpas.

Mas um Bom Escuteiro faz todos os esforços para andar o mais limpo possível. É preciso evitar sujar-se, e quando ao lavar-se usar água e sabão suficientes.

Procura trazer a tua roupa sempre limpa e asseada, quer estejas fardado ou não. Lê ou relê a Palestra de Bivaque nº 17 do "Escutismo para Rapazes". Repara bem o que o

Fundador nos diz nas páginas 212 a 214. Não pode haver Escutas sujos! Que movimento seria este, se isso fosse um hábito? Não teria o nome de Escutismo, mas sim de Sujismo !!!!!

3ª PROVA Bandeira e Hino Nacional e duas Canções Escutistas

Com certeza que já viste muita vez a Bandeira Nacional. Por isso não te vou ensinar nada de novo. Simplesmente aqui faço a descrição da Bandeira para que de vez em quando te recordes ou para tirares qualquer dúvida.

A Bandeira Nacional é composta por um rectângulo de pano cuja altura é igual a dois terços da largura: está dividida em duas partes. A que fica junto à haste é de cor verde e ocupa 2/5 da superfície, enquanto que os outros 3/5 são de cor vermelha.

A cor verde representa a esperança e também os campos verdejantes da nossa Pátria. A cor vermelha simboliza o valor e o sangue derramado por aqueles que fizeram a sua unidade e a defendem dos inimigos.

A meio, sobrepondo-se à linha que divide as duas cores, vê-se a esfera armilar, que representa as viagens dos Portugueses em volta do mundo no século das descobertas. Sobre a esfera armilar, as armas de Portugal, que constam de um escudo maior com outro mais pequeno dentro. O escudo maior é vermelho e, em sua volta, estão representados sete castelos que figuram as cidades fortificadas conquistadas aos mouros por D. Afonso Henriques. O escudo mais pequeno, branco, encerra cinco escudos pequenos, azuis, colocados em forma de cruz cada um dos quais contém cinco pontos brancos. Representam estes cinco escudos as cinco chagas de Cristo, vistas por D. Afonso Henriques antes da Batalha de Ourique e os pontos brancos, (contando duas vezes os do meio) os trinta dinheiros, preço da traição de Judas.

A Bandeira é o símbolo da Pátria. Todos nós a devemos respeitar. Ela recorda-nos a nossa história de oito séculos de lutas e feitos heróicos em prol da independência dum povo que quer ser grande.

Deves sabê-la içar, desfraldar e arrear. É fácil. Pede ao teu timoneiro ou ao teu Chefe que te ensinem. Repara bem como eles fazem. Experimenta também. Mas cuidado! Não a deixes de pernas para o ar! Seria vergonhoso!

Hino Nacional

“ A PORTUGUESA “

Heróis do mar, nobre povo, Nação valente, imortal, Levantai hoje de novo

O esplendor de Portugal! Entre as brumas da memória,

Ó Pátria sente-se a voz Dos teus igrejos avós,

Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar,

Às armas, às armas! Pela Pátria lutar!

Contra os canhões, Marchar, marchar!

Desde que nasceste, entraste logo num universo sonoro em que os sons nunca deixaram de existir.

Tudo o que se move à tua volta, tem movimentos rítmicos: o cão que corre, o automóvel que passa, o rádio que toca, etc.

Como o som, também o ritmo, outro elemento da música, chega a determinar o equilíbrio físico, mental e emocional. O bater de mãos, de pés, o bater nos joelhos, os estalidos com os dedos, as palmas, as rodas, as danças, são formas de expressão.

Apresentamos como exemplo dois cânticos tradicionais nos escuteiros, que podes encontrar no nosso Cancioneiro Escutista, juntamente com muitos outros.

Canção da Promessa Hino do Fogo Minha Promessa atende, Ao redor da fogueira Meu Deus , Deus meu, vimos ouvir os conselhos E sobre mim estende que nos dão os nossos chefes O manto Teu. Nossos irmãos mais velhos

Ref. : Eu Te amo e quero amar Ref. : Ó luz beleza Cada vez mais. clara certeza Não deixes de escutar rumo do nosso mar Senhor, meus ais. Bendita sejas

Luz benfazejas Juro seguir Teus passos a tua chama no Lar. Como Cristão, E depor em Teus braços Alumia e aquece... Meu coração. O fogo tem graça e cor Ritmo da vida que cresce Defende-me do mal, Fonte de graça e amor. Jesus meu Rei, Que em prol de Portugal Sobe do lume a chama Batalharei. pregão de luz e pureza... Sejam assim nossas almas Minh’alma toda cega De Escutas bons de certeza. De fé e de amor Hoje e sempre se entrega, A Vós, Senhor.

4ª Prova Identificar Sinais de Pista

Quem nunca ouviu falar nos peles-vermelhas? Sabias que os índios da América do Norte, tornaram-se famosos pela habilidade em seguir

pistas deixados por homens ou animais, aquando da sua passagem. Actualmente ainda existem povos em África, Austrália, Brasil, etc., que estando

permanentemente em contacto com a floresta continuam a desenvolver esta habilidade. Podemos considerar dois tipos de pistas: → As voluntárias ou artificiais: sinais deixados para mostrar o caminho aos que vêm atrás. → As involuntárias ou naturais: traços deixados por um homem ou animal sobre o solo. Ex:

pegadas, ramos partidos ou pisados... Os sinais que necessitas de saber são apenas os principais, embora existam muitos outros. Os Escuteiros usam esta forma de “linguagem” nos seus passeios, jogos ou outras

actividades no campo. O objectivo é deixar um número de sinais de pista de forma que os outros Escuteiros possam seguir essa direcção até ao seu final.

Olha, que é fácil seguir uma pista. Basta conhecer os sinais e estar sempre de olhos bem abertos, para não deixar nenhum sem ser visto.

Os sinais podem ser feitos de diversos materiais (pedras, paus, ervas, carvão, giz, papéis, etc.), mas sempre idênticos, isto é: obedecendo ao mesmo desenho padrão, para que todos, sejam ou não, da tua zona ou região, possam percebê-los.

Os sinais que deves saber, para já, são:

→ Caminho a seguir → Voltar ao ponto de partida → Caminho a evitar → Voltar à direita → Voltar à esquerda → Mensagem escondida → Fim de pista As normas para fazer uma boa pista são as seguintes: Se tens de percorrer 5 Km de estrada, não faças sinais de pista. Deixa uma mensagem

dizendo: “Próximo sinal a 5 Km”. Uma boa pista só deve ser vista por aqueles a quem se destina, se não todos os “inimigos” te

seguirão! Ao fazer uma pista, pensa que outros terão de a seguir. Imagina-te no lugar desses outros e

verifica se a pista não será “demasiadamente secreta”. Os sinais de pista devem fazer-se sempre do mesmo lado do caminho, normalmente do lado

esquerdo. Excepto em caso de combinação prévia, os sinais não devem ser feitos acima da altura dos

olhos e o chão. Se o sinal nos indica uma direcção (caminho a seguir), devemos seguir a direcção indicada

até encontrar um novo sinal, sendo inútil colocar qualquer outro sinal antes de mudar de direcção. Se, pelo contrário, os sinais indicam apenas a nossa passagem ( um pequeno monte de

pedras, por exemplo), é necessário que de cada sinal possa ser visto o seguinte. Desconfia dos estragos que a pista possa sofrer devido à chuva, ao vento ou à passagem de

carros. Se há o risco da pista ser apagada dobramos os sinais. Dois ramos de arbusto podem sempre cruzar-se por si próprios, não servindo portanto, de

sinal de pista. Nestes casos devemos fazer sempre um entalhe (marca) nos ramos. Uma pista torna-se mais apaixonante se uma parte do caminho for indicada por mensagem

escondida, escrita em linguagem secreta ou código. Podem-se também esconder pedaços de cartas topográficas ou planos em que se traça o caminho a seguir.

Lembro-te de que uma boa pista deve se traçada e seguida em silêncio e discretamente, sem se fazer notar pelos “indígenas” nem pelos “inimigos”. Em caso contrário, é inútil fazer uma pista; será mais brilhante fazeres-te anunciar por uma banda de tambores e trombetas.

Terminamos chamando-te a atenção para algumas recomendações que não deves esquecer: → Nos caminhos com trânsito de veículos os sinais fazem-se do lado esquerdo (sentido

contrário aos veículos); → Procura manter os sinais entre espaços mais ou menos iguais (ex: 10 passos, 20 passos...); → Nunca utilizar um material difícil de apagar (Ex: tintas, sprays,...), ou que possam

prejudicar o ambiente (Ex: sujar paredes, muros...); → Deves colocar o sinal convencionado pela Tripulação ou Flotilha, para que possa ser

identificado (no início, no fim e de vez em quando); → Se a actividade se desenrolar de noite, os sinais devem ser feitos de forma a serem mais

visíveis;

→ Recorda-te sempre do lugar do último sinal encontrado; → Admite sempre a possibilidade de que qualquer sinal possa ter desaparecido; → Não caminhes sobre a pista, porque assim podes apagá-la ou não ver os sinais. → Não faças sinais em sítios inacessíveis; → Não faças sinais em bermas da estradas ou objectos móveis; → Se atravessares uma localidade, deixa uma mensagem de que a pista recomeça depois da

localidade; → Se não fores dos últimos a seguir a pista, deves deixá-la intacta. Em caso contrário deves

apagá-la cuidadosamente. 5ª PROVA Frequentar a Catequese

É muito importante, para nós, frequentar a catequese porque é necessário para a nossa Fé, Para a aprofundares e perceber quem é Jesus Cristo, a sua vida, os Apóstolos e todo o “percurso” do povo de Deus.

Os rapazes e raparigas são organizados em pequenos grupos, dirigidos por um adulto – catequista – que ensinam de uma forma activa, os conhecimentos da doutrina cristã, de acordo com a tua idade. Tal como no Escutismo, também na catequese existe “progresso”, através dos diversos livros chamados catecismos, que numa linguagem simples vão revelando os mistérios da nossa Fé, cada vez mais aprofundados, de forma a atingires o Sacramento da Confirmação (Crisma).

Os objectivos do Moço são de desenvolver na catequese os ensinamentos que adquiriu na idade de Lobito, não faltando às sessões da catequese, às celebrações, e outras actividades, nem aos Sacramentos já ao teu alcance, tais como: Penitência e Eucaristia.

Com boa vontade e compreensão estas acções de formação religiosa não serão incompatíveis com a tua vida de Escuteiro Católico.

Sabes o que disse o nosso fundador, Baden-Powell, sobre a religião? “ A Catequese é uma actividade imprescindível para o MOÇO Católico”. Todas as ocasiões são boas para rezar a Jesus Cristo, nosso Chefe e Pai.

6ª PROVA Desenha a Rosa dos Ventos, com os Pontos Cardeais, Colaterais e Sub-Colaterais

Quem um dia tiver de desempenhar qualquer missão, onde seja necessário pôr à prova as suas faculdades de orientação, perder-se-à se não tiver aprendido convenientemente a orientar-se.

E que se pensará de quem no campo, no mar ou na cidade, não saiba que caminho tomar? Jamais nos devemos perder e se isso acontecer devemos estar preparados para resolver a situação, sabendo determinar sem hesitações a direcção que devemos tomar.

Aprendamos pois a orientar-nos: Para se poderem definir direcções com precisão é necessário que existam pontos de

referência, cuja posição seja invariável em qualquer lugar da terra. O movimento aparente do sol permitiu aos homens a determinação desses pontos.

O sol descreve todos os dias, aparentemente, um arco cujas extremidades cortam a linha do horizonte visual em dois pontos. Esses pontos são o seu “nascimento” e o seu “acaso”. Se os unirmos obtém-se uma linha que passa pelo lugar onde nos encontramos. Se perpendicular a esta definirmos nova linha com as mesmas características, isto é, cortando em ângulo recto a linha do horizonte e passando pelo lugar onde estamos, achamos as quatros direcções e os pontos que definem estas quatro direcções, chamam-se “Pontos Cardeais”.

N - Norte ou setentrião S- sul ou meio-dia E- este, leste ou nascente, levante, oriente W- oeste, poente ou ocidente Como para orientação não eram suficientes estas direcções, foram definidos “ pontos

colaterais ” e “ pontos sub-colaterais ”: PONTOS COLATERAIS PONTOS SUB-COLATERAIS NE ( Nordeste NNE ( Nor-nordeste NW ( Noroeste ENE ( Lés-nordeste SE ( Sueste ESE ( Lés-sudeste SW ( Sudoeste SSE ( Su-sudeste SSW ( Su-sudoeste WSW ( Oes-sudoeste WNW ( Oes-noroeste NNW ( Nor-noroeste

Ao conjunto destes pontos chama-se “Rosa dos Ventos” e tem normalmente o seguinte

aspecto: 7ª PROVA Nomenclatura de Cabos, lançar e colhê-los

A Arte de Marinheiro tem muita utilidade a bordo de um navio ou embarcação. Por isso, querendo tu seres um verdadeiro Escuteiro Marítimo, tens de te dedicar a ela com muita atenção.

Chama-se massame ao conjunto de todos os cabos existentes a bordo, sendo estes utilizados para vários fins. Sendo por isso necessário saber efectuar uma série de nós e voltas.

Quando se compra um cabo e este vem sem qualquer nó ou costura dá-se o nome de cabo solteiro. A nomenclatura de um cabo é conhecermos os nomes das suas diversas partes. As pontas chamam-se chicotes, a parte do meio chama-se seio e a espessura do cabo tem o nome de bitola.

Lançar um cabo

Pega-se em várias voltas de um cabo com uma das mãos, com outra pega-se numa ou duas voltas junto ao chicote, dá-se balanço e lança-se o cabo, geralmente na ponta do chicote faz-se uma retinida para dar mais peso.

Colher um cabo Os cabos de fibra podem ser colhidos da seguinte maneira: À manobra, quando colhidos em voltas sobrepostas, formando um pandeiro; À inglesa, quando são colhidos em voltas concêntricas numa só camada ou formando enfeites

sobre o convés. 8ª PROVA Palamenta e Nomenclatura de embarcações de canoagem

Embarcações de canoagem - Palamenta e Nomenclatura Palamenta, significa que são todas as peças soltas da embarcação: Pagaias; Bartedouro;

Flutuadores; Coletes de Salvação e Saiote. Nomenclatura, significa que são todas as peças fixas da embarcação: Bancos; Casco; Caixas

de Flutuação quando fixas.

9ª PROVA Envergar o Colete de Salvação, saltar de 2m de altura e nadar 25m

O Colete de Salvação é uma das peças mais importantes para um Moço, pois ajuda-te a flutuares quando cais à água.

Existem diversos tipos de coletes e vestem-se de maneira diferente, é preciso seguires as indicações que os teus Chefes te dão.

Há coletes que se vestem como coletes normais para andares na rua, que se enfiam nos braços e abotoam-se à frente.

Há outros que são de enfiar pela cabeça e depois têm umas cintas para atares à frente, ou por baixo das pernas.

E há ainda outros que também se enfiam pela cabeça, mas estes têm um cinto que prendes e depois enche-os como se fosse uma balão, são os insufláveis.

Ao caírmos à água, vamos ter dificuldades em nadar, não te preocupes, porque o colete já está a fazer a sua função, ou seja estás a flutuar.

Procuramos chegar embarcação e, se a não conseguirmos virar não nos preocupemos, o chefe deve estar a chegar com o bote de apoio para nos ajudar.

Entretanto vamos descansando, podemos esticar-nos e colocar a cabeça no flutuador o teu colete tem atrás.

Mas atenção não adormeças. Após cada utilização devemos obrigatoriamente lavar o colete com água doce. Porque a água

salgada vai estragar o colete: o fecho deixa de correr; o tecido começa a apodrecer; as costuras começam a desfazer-se, etc.

10ª PROVA Saber Pagaiar, Ciar, Remar Vozes e Utilizar um Pau de Croque

Com as actividades náuticas que vais realizar com a tua Tripulação, aprendes facilmente a pagaiar, mas antes disso terás de saber o que é uma pagaia.

Uma pagaia é constituída por uma pequena vara em que numa extremidade tem um “punho “, para colocares a tua mão, a vara é o “corpo“, onde colocas a outra mão, na outra extremidade do corpo (vara) está uma pá.

Para pagaiares basta pegares na pagaia como deve ser ( ver desenho.) e colocar a pá dentro de água, depois puxar para ré ( trás ), o deslocamento da pá para ré, leva a que a embarcação se desloque para vante ( frente ).

Ciar é pagaiar no sentido contrário, ou seja para vante e a embarcação desloca-se para ré ( trás ).

Para remares é diferente de pagaiares. Ao pagaiares sentas-te para vante, ao remares sentas-te para ré. Pegas de maneira diferente nos remos, como são dois remos, colocas as tuas mãos, uma em

cada remo. Para remares, inclinas o teu corpo para ré, esticas os teus braços e logicamente os remos

vão para vante ( para que consigas este movimento, os remos têm de estar fora de água ), depois as pás entram dentro de água e inclinas o teu corpo para vante, puxando os remos até levares os punhos ao teu peito. Ao repetires toda a sequência, para remares de novo, tiras os remos da água e colocas as pás na horizontal e estás a deslocar-te para vante.

VOZES USADAS PARA PAGAIAR Pagaias na água As pás da pagaia ficam metidas na água até a linha oblíqua marcada. Manso Pagaiada leve. Forte Pagaiada com força. Paira Pagaia assente horizontalmente na água. Cia Pagaiar no sentido inverso ao rumo. Recolhe As pagaias são colocadas no centro da embarcação. As ordens podem ser dadas para os dois bordos ou só para um. Exp: Manso a Bombordo; Cia

a Estibordo. VOZES USADAS PARA REMO Rema Guiando-se pelos movimentos do voga, os remadores remam, podendo cada

remada considerar-se dividida em três tempos, a saber: 1º Tempo O remador inclina o corpo para ré, estende as costas e depois os braços

com as costas das mãos horizontalmente, põe as pás de cutelo a cerca de 30cm da água; 2º Tempo O remador mete a pá do remo na água e cai com o corpo para trás,

encolhendo os braços na fase final. 3º Tempo O remador tira a pá da água e, pondo-a horizontalmente por meio de uma pequena rotação das mãos para trás, traz os punhos até ao peito. Cia Os remadores remam ao contrário, de modo a impulsionar a embarcação

para ré.

Aguenta O remador segura os remos firmes com as pás na água.

ADESÃO À SECÇÃO 1ª PROVA Integrar-te na vida da tua Flotilha, Imaginário, Organização, Expedição

Para ti, futuro Moço: Os Marinheiros das Caravelas e outros navios constituíram a sua Tripulação e por vezes

eram as únicas pessoas que viam durante meses, tendo que viver em conjunto e harmonia para chegarem a bom porto.

A vivência na Tripulação não é mais do que um verdadeiro esforço cooperativo que te levará a sentir membro de uma Unidade independente e responsável quer para o trabalho, quer para o recreio ou para a disciplina, ou para o dever.

Com a fase de Adesão pretendemos que tu, Aspirante ou Aprendiz venhas a inserir-te na vida da tua Tripulação, assumindo responsabilidades como por exemplo: desempenhar um cargo, ou prestar alguma tarefa.

Dia a dia, à medida que aumentam os teus conhecimentos irás cimentando laços de profunda amizade com os outros membros da tua Tripulação.

A Tripulação é o pequeno grupo onde irás viver os teus anos na Flotilha, com quem irás navegar em expedições e acampar em diversos portos. É com ela que irás dormir, comer, cozinhar, andar, rir, etc..

No final destas provas, tudo te levará, ao momento que tanto desejas, a promessa. O jogo e a expedição são peças importantes do puzzle que tu e a tua Tripulação vão

construir ao longo do tempo que viverás como Moço. No que diz respeito às actividades típicas, deverás ter em conta que a principal começa logo

na reunião de Tripulação; esta reunião de Tripulação deve ter como meta o aprofundar e estreitar os laços de amizade que te une aos outros elementos para ganharem um verdadeiro espírito de Tripulação. É ai que se debatem as Expedições a apresentar no Conselho de Flotilha.

O jogo é o veiculo que permite enriquecer pouco a pouco a tua personalidade dado as

experiências novas e a vivência de situações e funções diferentes; permite-te ainda, pela tua adesão voluntária às regras, pondo em prática a tua criatividade e imaginação originando o teu progresso e o da tua Tripulação, de uma forma mais eficaz; esta forma de estar deve ser bem visível na tua participação e dinamismo no seio de:

Conselho de Flotilha; Conselho de Expedição; Conselho de Timoneiros. As actividades da Flotilha são as Expedições, que envolvem toda a Unidade ou Tripulação e

nela irão por em prática todos os conhecimentos adquiridos na sua preparação. Normalmente tem como fim um grande acampamento onde se irá desenrolar todo o imaginário escolhido; poderás ser um navegador, um pirata, um cavaleiro da Idade Média, um esquimó, um rei, um índio, um astronauta, etc.

No final há um momento importante a viver chamado avaliação, no Conselho de Flotilha. É a altura de apontar o que gostaste mais ou menos. Depois da festa outra Expedição vai nascer e assim sucessivamente.

Organização Os Moços organizam-se em Tripulações de 4 a 7 elementos com o mínimo de 2 a 5 que

constituem a Flotilha, dos 10 aos 14 anos. As Tripulações, são designadas pelo nome de um animal marinho, o Totém que simboliza as

características do animal que a Tripulação assumiu na sua vivência. Cada Tripulação escolherá um lema que faz referência a uma qualidade ou característica

saliente do animal escolhido. A bandeirola da Tripulação, é debruada a branco sobre fundo azul celeste, tendo no seu

interior a silhueta do animal a preto. Como célula hierarquizada, a Tripulação terá a seguinte estrutura: ➔ Timoneiro de Flotilha ❋ É o Timoneiro dos Timoneiros. ➔ Timoneiro de Tripulação ❋ É escolhido pelos elementos da Tripulação, sendo ratificado

pelo Chefe de Flotilha. As suas funções serão: ➔ Dirigir e animar a Tripulação; ➔ Transportar a bandeirola da Tripulação; ➔ Distribuir as tarefas na Tripulação; ➔ Representar a Tripulação no Conselho de Timoneiros; ➔ Nomear o Sota-Timoneiro, ouvida a Tripulação. ➔ Sota-Timoneiro ❋ Terá como função principal substituir o Timoneiro, na sua ausência,

devendo acumular outra função na Tripulação. ➔ Moço Escrivão ❋ É o responsável pela escrita do Livro de Bordo da Tripulação (Livro que

regista toda a história da Tripulação). ➔ Moço do Detalhe ❋ É o responsável pela gestão financeira da Tripulação, quotas, compras

e a sua escrituração. ➔ Moço da Botica ❋ Responsável pela botica da Tripulação e material de segurança. ➔ Moço da Taifa ❋ Responsável pela cozinha e despensa da Tripulação. ➔ Moço do Paiol ❋ Responsável pela manutenção e reparação do material de campo, da

embarcação e sua palamenta, da Tripulação. Conselhos Conselho de Timoneiros É o órgão permanente que sob a coordenação do Chefe de Flotilha, orienta a vida da unidade

e onde cada Timoneiro é efectivamente o representante responsável da sua Tripulação. Conselho de Flotilha / Grande Conselho

Reúne toda a unidade com o fim primordial de eleger uma “Expedição”. Cada Tripulação através do seu representante, ou em conjunto, apresenta o seu anteprojecto, fazendo uma campanha em favor da sua expedição, tentando obter a aprovação da Flotilha, sem atacar os restantes.

Reúne-se também, para fazer a avaliação da Expedição. Conselho de Expedição Após a aprovação de cada Expedição, no Conselho de Flotilha ou Grande Conselho, reunimos

para concretizar o projecto. Mística e Simbolismo As viagens dos descobrimentos, as grandes expedições marítimas, os corsários, a

aprendizagem da vela e do remo, a exploração de novas terras; embarcar para descobrir o mundo e a si próprio; orientam esta secção.

Inspira-se em Gil Eanes, Gonçalves Zarco, Diogo Cão, Bartolomeu Dias, Vasco da Gama, Pedro Alvares Cabral, Fernão Magalhães, que pela sua irreverência e simbolismo inspiram os Moços.

É o desejo de explorar, de conhecer o mundo, o meio marítimo, as tradições, as novas técnicas e assim testar as suas capacidades.

Os Moços sabem viver com a natureza, respeitando-a, procurando conhecê-la e compreender os seus elementos e aproveitá-los da melhor maneira. Sabem cozinhar, montar a sua tenda e instalar um campo; conhecem as árvores, as conchas, os peixes, pescam sem destruir e conhecem as formas de poluição que ameaçam a vida nos oceanos e marés.

Os Moços gostam de usar as mãos aprendendo a serem hábeis, a colaborar na conservação das embarcações, da palamenta e da aparelhagem das embarcações, compartilhando os seus conhecimentos e conhecem a arte de marinheiro. Conhecem o seu corpo, exercitando-o, através de uma alimentação equilibrada, das regras de higiene e da prática de desporto com a vela, o remo e a natação.

Actividades / Expedição A expedição ou aventura é decidida pelos Moços a partir de um tema, solicitando a

imaginação (os Vikings, Gil Eanes, Bartolomeu Dias, Colombo, Magalhães, Vasco da Gama, Cabral e os navegadores portugueses contemporâneos). Ela deve combinar os contributos de cada Tripulação, num conjunto de jogos, oficinas, descobertas, de construções que terminam numa festa. 2ª PROVA Vida de Baden-Powell

Robert Stephenson Smith Baden-Powell, o Fundador do nosso movimento, conhecido pelos Escuteiros mundialmente por B.P., nasceu em Londres a 22 de Fevereiro de 1857.

Perdeu o pai ainda muito novo, mas, apesar das dificuldades da sua mãe em sustentar a família, ele e os irmãos levaram uma juventude divertida, vivendo intensamente a vida ao ar livre em acampamentos, e excursões pelos bosques de Inglaterra e navegando nos seus rios.

Baden-Powell foi um aluno normal, muito participativo, tomando sempre parte activa em tudo o que se passava nas horas de recreio, tornando-se até um excelente guarda-redes do grupo de futebol da escola de Cartuxa.

Também no teatro demonstrava talento e, sempre que entrava num espectáculo, fazia rebentar de riso toda a escola, imitando com muita graça os diversos professores.

Os seus dotes artísticos manifestaram-se igualmente na música e no desenho, pois sabia tocar alguns instrumentos e tornou-se bom ilustrador, arte que aplicou mais tarde nos livros e artigos que escreveu.

Terminados os estudos Baden-Powell ingressa no exército, carreira onde se tornou um bravo e famoso militar; ainda novo atingiu o posto de general, o que não era vulgar.

Prestou serviços na Índia e em África e, naquelas distantes paragens atravessou florestas, rios, montanhas e desertos, conviveu imenso com as populações nativas, aprendendo inúmeros segredos da vida ao ar livre, tornando-se num hábil explorador, cavaleiro, desportista e caçador.

Foi no ano de 1889 que B.P. atingiu a glória e a fama, pois defendeu, durante 7 meses, a cidade de Mafeking, na África do Sul, durante a guerra com os boers.

Com o decorrer do cerco, B.P. observou de perto as capacidades dos rapazes, pois estes, enquanto o reduzido numero de adultos combatia, desempenhavam, na perfeição, pequenas tarefas, algumas delas, até muito importantes.

A vida de B.P. foi sempre uma constante aventura e ele encarou-a com muito optimismo, procurando constantemente o lado melhor das coisas.

Os mistérios e as aventuras ao ar livre são descritas no seu livro «Escutismo para Rapazes», que escreveu quando regressou a Inglaterra no ano de 1907.

Esse livro caiu no agrado da rapaziada porque incitava à aventura, à realização de tarefas, a ser forte e a bastar-se a si próprio, isto é, a sobreviver em qualquer circunstância. Tal entusiasmo gerou o livro de B.P., que deu origem ao Escutismo.

A conselho do Rei de Inglaterra, B.P. deixou a vida militar e passou a dedicar-se exclusivamente ao Escutismo. Por essa altura, casa-se com Olave St. Claire Soames, a qual se tornou um forte apoio no seu trabalho de desenvolvimento, quer no Movimento Escutista, quer no Movimento Guidista (uma versão de Escutismo para Raparigas).

Com 61 anos de idade, B.P. sentiu que os seus dias chegavam ao fim, por isso, na companhia da sua mulher resolveu fixar-se em África, que tanto amara. Passou a viver no Quénia, onde viria a falecer com quase 84 anos, em 8 de Janeiro de 1941.

A morte vinha pôr termo à fabulosa existência de um dos grandes amigos da gente nova.

3ª Prova Distintivos do Uniforme do Moço e Dirigentes

Para poderes identificar correctamente qualquer outro Escuteiro ou Dirigente, deves saber o significado de todos os distintivos que eles usam no seu Uniforme.

As diferenças entre ti e os outros elementos das outras Secções está nos distintivos e na cor do lenço que usas.

Distintivos do Uniforme

Insígnias da manga direita Distintivo de Agrupamento e de Núcleo É constituído por uma tira de tecido igual ao da camisa contendo o numero do Agrupamento

e a localidade, bordado e debruado a Vermelho. Insígnia de Marítimo É de forma oval de cor branca, com o ferro de almirantado a preto, tendo sobreposto a flor

de liz do C.N.E. . A sair e a entrar na argola do ferro está um cabo de cor castanha que lhe dá a volta a todo o distintivo.

Insígnia de Competência De formato quadrado, mas com um vértice para cima, tem, a toda a volta uma barra de cor

da área (cores do arco-íris) e, no centro, um desenho alusivo à competência. Distintivos da manga esquerda Distintivo de Secção Distintivos de formato quadrado, contendo como fundo a cor da secção e o respectivo

símbolo. É utilizado o distintivo da secção anterior (se transitou da Alcateia) e o da actual secção. Distintivo de Tripulação De forma triangular invertido, com os cantos arredondados, contem o animal – Totem da

Tripulação. É dividido verticalmente com as cores correspondentes. Insígnia de Progresso De forma circular com o fundo azul claro com as seguintes variantes: Tripulante - Cabo interior de cor de bronze e no centro um ferro de almirantado. Timoneiro de Embarcação - Cabo interior de cor de prata e no centro uma roda de leme. Patrão de Embarcação - Cabo interior de cor de ouro e no centro uma rosa dos ventos. Bolso esquerdo da camisa Distintivo de Função Os Timoneiros de Flotilha; Timoneiros de Tripulação e os Sota-Timoneiros, usam

respectivamente no bolso esquerdo, três, duas ou uma fita branca ao alto, passando por debaixo do Distintivo de Promessa.

Os Moços do Paiol; da Botica; da Taifa; etc. Usam o respectivo distintivo na lapela do bolso esquerdo.

Insígnia de Promessa É composto por um rectângulo de fundo branco com a insígnia associativa. Camisa

Distintivo de Campo É um quadrado colorido que possui no meio um circulo com uma tenda e quatro estrelas: 25 Noites – Fundo Castanho; 50 Noites – Fundo Branco; 75 Noites – Fundo Amarelo; 100 Noites – Fundo Verde. Usa-se por cima do bolso direito da camisa. Distintivo Horas de Mar De forma idêntica às de campo, que têm no centro uma hélice a preto: 250 Horas - Azul escuro; 500 Horas - Azul claro; 1000 Horas - Branco. Usa-se por cima do bolso direito da camisa, à esquerda do Distintivo de Campo. Insígnia Mundial É de forma circular, de cor lilás com a insígnia mundial (flor de liz), ao centro, envolvida por

um cabo com os chicotes a formar um nó direito. Usa-se por cima do bolso esquerdo da camisa. Lenço Distintivo Regional É em forma de escudo, tem as armas do concelho, sede de distrito e num listel por baixo a

designação. Usa-se na extremidade do lenço. Uniforme O teu uniforme é igual ao dos outros escuteiros do agrupamento ( à excepção dos Lobitos): (– Boré branco redondo com uma fita a preto “Escuteiros Marítimos”; ( – Camisa azul escura; ( – Lenço azul debruado a branco; ( – Calção ou saia azul escuro; ( – Cinto de precinta azul escuro com fivela; ( – Meias brancas até ao joelho; ( – jarreteiras azuis; ( – Camisola azul escura de lã com mangas e de gola redonda; Sempre que uses o uniforme deves apresentar-te correctamente, pois o teu uniforme é o

espelho do Escutismo e de ti próprio. Exemplos: 1º - O Boré usa-se para proteger do sol e da chuva; 2º - A camisa usa-se com as mangas arregaçadas (bem dobradas, no verão, exemplifica estás sempre Alerta para qualquer trabalho que surja; 3º - O lenço, como irás descobrir, protege o pescoço dos raios solares e tem muitas serventias (ligaduras, disfarces, bandeiras improvisadas, etc.).

4º - O calção é mais prático que as calças. Durante uma chuvada as calças prendem os movimentos, tornam-se pesadas e colam-se ao corpo; 5º - As meias altas além de aquecerem, protegem as pernas dos arbustos. Não uses ligas muito apertadas, para o sangue poder circular. 6º - As jarreteiras tem como origem a Ordem da Jarreteira (Honraria atribuída na Inglaterra). 7º - A camisola é um agasalho muito útil para o frio. Nota: Não se usa nenhum distintivo cosido na camisola. Distintivos dos Dirigentes Os Dirigentes do teu Agrupamento usam um distintivo de função, constituído por um

losângulo, cuja cor e composição identificam o seu cargo dentro do Agrupamento. Este distintivo é colocado na manga esquerda da camisa, a um terço da distância entre o

cotovelo e o ombro, medido a partir do ombro para baixo. Os distintivos são: Responsável de Animação Flor de Lis Amarela e Cruz de Cristo Vermelha, sobre fundo vermelho, para Chefe de

Agrupamento; Flor de Lis Amarela e Cruz de Cristo Vermelha, sobre fundo verde, para Chefes de Unidade. Responsável Administrativo Flor de Lis Amarela e Cruz de Jerusalém vermelha, sobre fundo vermelho, para Secretário

e/ou Tesoureiro de Agrupamento Assistente Flor de Lis Amarela e Cruz de Flor-de-Lisada Vermelha, sobre fundo vermelho, para

Assistentes de Agrupamento. Adjunto de Animação Os Chefes Adjuntos, em todos os níveis, usam um distintivo igual ao titular. Instrutores Os Instrutores de unidade usam lenço igual ao dos Dirigentes, o distintivo de função é

composto por Flor de Liz Amarela e Cruz de Jerusalém, sobre fundo verde. 4ª PROVA Oração de Escuta, Cerimonial da Promessa

Como diz o primeiro princípio do Escuta, O Escuteiro não só se orgulha da sua Fé, como a vive em todos os momentos. Ao rezarmos a Oração de Escuta, rezamos com sentimento e confiança. Procura conhecê-la.

ORAÇÃO DE ESCUTA

Senhor Jesus Ensinai-me a ser generoso A servir-Vos como Vós o mereceis A dar-me sem medida A combater sem cuidar das feridas A trabalhar sem procurar descanso A gastar-me sem esperar outra recompensa Se não saber que faço a Vossa vontade Santa Amen Antecedendo o Cerimonial da Promessa realiza-se uma Vigília com o fim de criar um tempo

de reflexão do acto que vais realizar. O Cerimonial da Promessa é combinado antes com o Chefe de Unidade. Todos os Escuteiros

a realizam. É o momento onde te comprometes pela tua honra perante Deus, Portugal e a Comunidade a respeitar os Princípios e a Lei de Escuta.

Promessa Prometo pela minha honra e com a graça de Deus, fazer todos os possíveis por: Cumprir os meus deveres para com a Deus, a Igreja e a Pátria; Auxiliar os meus semelhantes em todas as circunstâncias; Obedecer à Lei de Escuta. A cerimónia pode ser realizada na Igreja, sede ou no campo. Consiste num diálogo com o teu

Chefe, culminando com o momento da Promessa. O Assistente impõe-te o lenço e a madrinha/padrinho coloca-te sobre a cabeça a peça do

uniforme própria. Depois de rezarem todos a Oração de Escuta, canta-se a canção da Promessa, enquanto o

Chefe te saúda. Será para ti um dia memorável para toda a vida. Saudações Todos os Escuteiros se saúdam da mesma maneira, seja qual for a sua nacionalidade, credo,

raça ou cor. É uma saudação como qualquer outra, um sinal de boa educação, que devemos Ter para com

todos. Devemos executá-la quando nos cruzamos com um irmão Escuta, quando vemos passar um

funeral, quando se está a hastear a Bandeira Nacional, em frente de uma Igreja, ou em qualquer ocasião, ou lugar que nos mereça tal respeito.

Como a maior parte das vezes não andas uniformizado, para seres reconhecido como escuteiro, deves usar o emblema metálico do C.N.E. e talvez aconteça alguém vir ao teu encontro fazendo a saudação.

Quando fizeres a saudação, mantém a cabeça levantada e olha sorridente para aquele a quem saúdas.

Nas cerimónias religiosas – na benção do Pão e do Vinho – todos os Escuteiros devem permanecer em sentido, sem fazer a saudação (alguns Agrupamentos fazem a saudação).

A saudação faz-se com a mão direita elevando-a à altura do ombro formando um ângulo de

90º, palma da mão para a frente (gesto de paz entre os peles-vermelhas), com os três dedos médios em extensão e os outros flectidos, ficando o polegar sobre o mindinho na posição de sentido.

Os três dedos ao alto e unidos recordam ao escuteiro os três Princípios do Escuta e as três pétalas da Flor de Liz.

O dedo polegar sobreposto ao dedo mindinho, simboliza a protecção do mais forte ao mais fraco.

Saudação ao Panamá, Boné ou Chapéu Para fazer saudação com Panamá, Boné ou Chapéu é, tal e qual, como para cabeça

descoberta, só que a mão direita, em lugar de ficar à altura do ombro, sobe até tocar o Panamá, Boné ou Chapéu, por cima do sobreolho direito, formando um ângulo de 45º.

Saudação à Bandeirola Esta saudação faz-se com a mão esquerda e, em vez de a levantar, ela fica colocada em

frente à cintura, com o antebraço na horizontal e com a palma da mão para baixo, a tocar com o dedo médio na vara, que é segura verticalmente com a mão direita. Não te esqueças que a saudação é feita na posição de sentido.

Para se despedirem os Escuteiros têm por norma saudarem-se à maneira Zulu, isto é:- Votos de Boa Caça. Os Marítimos saúdam-se da seguinte forma:- Boa Pesca.

Cumprimento à Esquerda Quando se cumprimenta outro escuteiro, dá-se um aperto de mão, usando a mão esquerda,

de modo a cruzar os dedos mindinhos. Usa-se a mão esquerda, por duas razões: 1ª - É a mão que está mais próxima do coração e é, portanto, uma prova do nosso afecto pela

outra pessoa; 2ª - Deixa a mão direita livre para fazer a saudação; É a mão com que os Zulus se cumprimentavam, visto que, devido a usarem o escudo na mão

esquerda, teriam que se desproteger para cumprimentar alguém, mostrando assim, que confiavam nas pessoas. Conta-se que o facto de se cruzarem os dedos mindinhos, teve origem mais recente e faz-se porque durante a sua estada na terra dos Zulus, B.P. combateu com dos seus chefes, num combate pessoal e, depois de o ter derrubado, em vez de o matar, B.P. ajudou-o a levantar usando a mão esquerda. Ora o chefe Zulu tinha o dedo mindinho partido e, B.P. cruzou então os dedos de modo a proteger-lhe o dedo.

Lei e Princípios

Para podermos viver em sociedade, em plena harmonia com todos, desde cedo o homem sentiu necessidade de criar regras, leis e princípios que lhe permitissem um convívio salutar com os outros.

Decerto conheces o relato da Bíblia que descreve a forma como Deus entregou a Moisés as tábuas da Lei, para que o povo de Deus as cumprisse.

Os Escuteiros também tem as suas Leis e Princípios, pelos quais regem a sua vida. Assim devemos saber as nossas leis e princípios, percebermos o que eles nos pedem e

vivermos a nossa vida segundo os mesmos.

LEI DO ESCUTA 1.º - A honra do Escuta inspira confiança «Dar a palavra de Escuta, consiste em não mentir, ser fiel à Promessa, agir quando sós,

como se estivéssemos em público. Significa, ainda, comprometermo-nos, responsabilizarmo-nos e, cumprir com seriedade o nosso dever. Sermos dignos de confiança e não prometermos o que não podemos fazer. Sermos pontuais ás reuniões e outros encontros. Sermos honestos, rectos e francos».

2.º - O Escuta é Leal «Lealdade é fidelidade. Serás fiel ao cumprimento da Lei; fiel aos deveres, leal com os pais,

amigos, Chefes e outros companheiros. Todos deverão ter confiança em ti, porque o Escuta cumpre sempre a sua palavra».

3.º - O Escuta é útil e pratica diariamente uma Boa Acção «É natural que tenhas tendência a pensar só em ti, mas deves ajudar os outros, praticando

todos os dias uma Boa Acção. Quantos actos de heroísmo têm sido postos em prática por Escuteiros, alguns com o risco de vida. Não podem haver grandes Boas Acções, se não nos prepararmos com pequenas Boas Acções. Cada pequenina B.A. diária é um degrau na escala da caridade. Ninguém te pede que faças coisas excepcionais. E não te esqueças: “A melhor maneira de ser feliz é fazermos felizes os outros”».

4.º - O Escuta é amigo de todos e irmão de todos os outros Escutas «A grande força internacional do Escutismo é que todos somos irmãos, sem distinção de

raça, cor, nacionalidade ou classe social. Formamos todos uma grande família. Sempre que encontres um outro Escuta, mesmo que não o conheças saúda-o e prontifica-te a ajudá-lo.

Deves também ser amigo de todos, não ofender ninguém e perdoar sempre aqueles que por alguma razão te ofenderam, mesmo que não sejam Escuteiros, ou que não conheças.

Há tantas guerras no mundo, sejamos nós mensageiros da paz e o mundo será melhor. Lembra-te de Jesus e do: “Amai-vos uns aos outro como irmãos”, vive e goza cada momento

da tua vida». 5.º - O Escuta é delicado e respeitador

«Baden-Powell disse-nos: “O Escuteiro é delicado para com todos, especialmente para com as mulheres, crianças, pessoas idosas, inválidos e doentes. Sem receber qualquer recompensa pelos serviços prestados”.

Este artigo sugere-nos que tenhamos um caracter equilibrado, nunca brusco, nem violento, Amabilidade, delicadeza, simplicidade de coração e de atitudes, ser compreensivo, saber colocar-se na situação dos outros. Um Escuteiro nunca é grosseiro ou incorrecto, pelo contrário, é cortês e gentil.».

6.º - O Escuta protege as plantas e os animais «Deus criou todas as coisas deste mundo para que os homens delas tirassem proveito para

poderem sobreviver e assim darem graças e louvores ao Senhor do Universo. O Escuteiro é amigo dos animais e das plantas, trata deles com carinho e nunca os maltrata. Nunca destruas um animal ou planta senão por necessidade. Hoje o homem abusa da natureza e dispõe dela como um tirano e dono absoluto, destruindo e matando, por prazer ou maldade. Pervertendo os planos de Deus.

Lembra-te de S. Francisco de Assis, que ao longo da sua vida a todos tratava por irmão; irmã água; irmã árvore; irmão sol; etc. Guarda, pois, o máximo de respeito pelas formas em que a Natureza se manifesta, reflectindo o poder e a bondade do Criador».

7.º - O Escuta é obediente «Obedecer prontamente...sem protestar...sem insistir...sem murmurar... nem sequer

mentalmente... essa é a obediência perfeita, obediência do Escuta. Obedecer é mais fácil do que mandar. Obedecer é fazer as coisas com ordem e perfeição, é não fazer nada a meias; trabalhos diários, boas acções, actividades, etc..

A nossa divisa “SEMPRE ALERTA” não traduz apenas a nossa disponibilidade para agir, lembra também o dever da obediência. Devemos e podemos confiar nos pais, Chefes, professores, enfim todos aqueles que querem contribuir para o nosso bem. Porém não ser submissos e passivos a tudo o que nos quiserem impor. A obediência supõe uma atitude de nobreza e deve ser disciplinada. Irás ver quantas coisas se realizam no Escutismo só porque há ordem, conjugação de esforços, planeamento inteligente e unidade de acção. Na confusão ninguém se entende e nada se alcança».

8.º - O Escuta tem sempre boa disposição de espírito «Ser alegre mesmo nas dificuldades torna os outros felizes. Enche a vida dos outros, de um

aroma de felicidade. Aprende a dominar a cólera e as reacções negativas. Cultiva a boa disposição e assim tornas menos penoso o cumprimento das nossas obrigações. A alegria tonifica a vida e resiste ao desânimo, quando enfrentas as dificuldades com coragem e decisão.

Quando chega a tristeza o Escuta assobia, quando te zangares com alguém e estiveres a “rebentar” experimenta sorrir ou então conta até dez».

9.º - O Escuta é sóbrio económico e respeitador do bem alheio «O ser sóbrio é ser simples e moderado nas suas atitudes e acções. Economia significa não

desperdiçar dinheiro e tempo. O dinheiro custa a ganhar e precisas de adquirir o hábito de poupar.

Não compres o que tu podes fazer, não deites fora nada que ainda se possa concertar ou utilizar. Cada objecto por pequeno que seja, tem valor: um prego, um alfinete, um lápis, etc.. Tudo possui utilidade e valor, não só monetário, mas pelo respeito ao trabalho de quem o fabricou. Se encontrares alguma coisa que não te pertença, tenta saber quem é o dono, e procura que esse bem lhe volte à mão.

Aquilo que é dos outros é para respeitares – é um dever de justiça». 10.º - O Escuta é puro nos pensamentos nas palavras e nas acções «Ser puro é compreender os dons de Deus e render-lhe homenagem. Todo o Escuteiro que

quer ser puro tem uma grande ajuda na comunhão frequente. Este artigo resume toda a nossa Lei. Se não cumprires algum artigo, não desanimes, porque

este é o modelo que deves regular o teu procedimento. O nosso corpo é o templo da nossa alma, e como tal, deve ser respeitado – a nossa alma é a imagem de Deus, devemos venerá-la».

Medita nos dez artigos da Lei. Verifica se o teu procedimento esteve em harmonia com eles,

a fim de que consigas alcançar a meta desejada: o aperfeiçoamento pessoal. Assim serás um HOMEM, uma MULHER.

Que Deus te ajude nesses propósitos. PRINCÍPIOS DO ESCUTA 1º O Escuta orgulha-se da sua fé e por ela orienta toda a sua vida «Ter Fé, é conhecer a Deus, saber que nos podemos dirigir a Ele, com confiança e amizade

como a um Pai bondoso. Não necessitas de “papaguear” muitas orações, mas sim estares convencido de que Deus existe, que nos ama e quer ajudar. Fala-lhe com o coração. Orienta a tua vida para seres sempre amigo Dele, cumprindo a Sua vontade. Nunca te envergonhes de ser cristão».

2º O Escuta é filho de Portugal e bom cidadão «Portugal tem uma longa e ilustre História. Somos das nações mais antigas da Europa e

aquela que mais benefícios trouxe ao mundo. Deves honrar este passado respeitando a nação e os seus símbolos tais como: a Bandeira e o Hino Nacional.

Procura que o futuro seja igualmente nobre, valorizando-te para assim valorizares Portugal. Lembra-te que um país só é grande, quando os seus filhos o são».

3º O dever do Escuta começa em casa «Parece-te que pode ser Escuta aquele que desobedece aos pais, maltrata os irmãos, não

estuda, não trabalha? Pouco vale sermos bons para os outros, se somos maus para com os nossos. O nosso dever começa naqueles que nos rodeiam. O arrumar o teu quarto, ajudar nas compras, tomar conta dos mais novos, ou cuidar dos mais idosos, são formas de manifestar o teu amor aos teus. A casa é o lugar onde vive a família». 5ª PROVA

Descrever expressivamente a vida de S. Jorge

Jorge de Anicii nasceu na Capadócia por volta do século III d.C., filho de um tributo cristão da armada romana, tendo-lhe morrido o pai quando era muito novo, cresceu no culto da fé que lhe ensinou sua mãe e, ao mesmo tempo, tinha em mente vir um dia ser valente guerreiro como o pai.

Quando atingiu os dezassete anos impunha-se-lhe uma decisão acerca do rumo a dar à sua vida e, não sabendo como decidir, entre a carreira de armas e tornar-se monge, decidiu ir em peregrinação a Jerusalém em busca da resposta.

Depois de uma longa caminhada e de muito orar, apareceu-lhe o Arcanjo S. Miguel, dizendo-lhe para seguir a carreira do pai. Jorge ingressou nas legiões romanas, onde devido aos seus actos, depressa ascendeu a altos postos.

Durante uma licença, Jorge ouviu numa estalagem a notícia de que numa cidade próxima, um enorme dragão, exigia diariamente, não só gado, mas também um habitante tirado à sorte. Não acreditou, mas durante a noite sonhou que lutava com um dragão que tentava devorar uma donzela. Decidiu averiguar, e ao chegar à cidade de Selem, falou com o rei, que estava muito triste, visto que tinha saído em sorte a sua filha Cleolinda. O rei pediu-lhe que a salvasse e levou-o até à gruta do dragão.

Ao ver a princesa ainda viva, Jorge atacou o dragão, este ao ser espetado com a lança desfez-se em fumo, pois mais não era que a personificação do mal e não podia competir com alguém tão nobre e valente.

Por essa altura, o imperador, instigado pelos inimigos dos cristãos, publicou uma ordem, em que era proibido ser cristão. Jorge foi preso por manter a sua Fé. Torturado para o renunciar, acabou por ser decapitado, sendo por isso considerado Santo e Mártir.

Morreu no dia 23 de Abril de 303, com 22 anos. Nesse dia todos os Escuteiros devem usar uma pequena flor vermelha (símbolo do martírio), em honra, meditar sobre a sua Promessa saudar outros Escuteiros.

Para concluíres esta prova, deves preparar uma peça, trabalho, vídeo, apresentação sobre a vida de S.Jorge. 6ª PROVA Bússola e Azimute

A Bússola é um instrumento que é essencialmente constituído por uma agulha de aço

magnetizado, normalmente em forma de losango, apoiada pelo seu centro, num eixo fixo quase sempre ao fundo de uma caixa, vulgarmente redonda de metal, plástico ou ainda de outros materiais.

Para se distinguir os pólos da agulha, costuma-se avermelhar a parte que indica o norte. A agulha é protegida por um vidro que a coloca ao abrigo das agitações do vento! Um

sistema combinado de alavancas permite imobilizá-la. Tem um mostrador cujo limbo é graduado em graus, grados ou milésimos, conforme a unidade angular em que esteja dividida.

O grau: resultado da divisão da circunferência em 360 partes iguais; O grado: resultado da divisão da circunferência em 400 partes iguais; O milésimo: é o ângulo pelo qual se vê 1 metro à distância de 1 km. Equivalência: 360º = 400 G = 6.400 mil

Nas bússolas temos que ter em atenção, que no mostrador não estão representadas todas as divisões, mas simplesmente as principais.

Azimute Directo de uma Direcção Se um observador se encontra no ponto 1 designa-se por azimute a um ponto 2 ao ângulo

contado no sentido dos ponteiros do relógio (de 0º a 360º), formado pela linha que une o ponto 1 com o ponto 2 (ver figura). O azimute de um ponto é pois a direcção em que um determinado ponto se encontra em relação à posição que ocupamos. 7ª PROVA Nomenclatura e Palamenta de um bote pneumático

Nomenclatura são todas as peças fixas da embarcação. O Bote Pneumático tem a seguinte nomenclatura: 1 - Flutuador de Proa; 2 - Flutuador de Estibordo; 3 - Flutuador de Bombordo; 4 - Flutuador de Quilha; 5 - Bicos de Popa; 6 - Válvula de Estibordo; 7 - Válvula de Bombordo; 8 - Válvula de Quilha; 9 - Tábua de Proa; 10 - Painel de Popa; 11 - Suporte de Motor; 12 - Pegas; 13 - Olhal para Fiel de Motor; 14 - Olhal para Boça; 15 - Cabo de Protecção (Verdugo); 16 - Avental; 17 - Suporte de Pagaia; 18 - Suporte de Pá de Pagaia; 19 - Olhal para cabo de Segurança; 20 - Cabo de Segurança; 21 - Fundo; 22 - Olhal para Fiel; 23 – Boeira; 24 – Paneiros; 25 – Longarinas; 26 – Pega de paneiro. Palamenta do Bote

É o conjunto de todas as peças soltas a bordo tem o nome de palamenta.

Antes de embarcar deve ser conferida a palamenta do bote e o material de segurança individual.

( Paneiros – São estrados de madeira colocados sobre o fundo da embarcação para o proteger;

( Longarinas – São peças de madeira que são colocadas entre os paineiros e os flutuadores de modo a que os paneiros não verguem com a deslocação da embarcação

( Croque – É indispensável para repescar um objecto que tenha caído borda fora, ou em manobras de acostagem, etc.;

( Ferro – É obrigatório mesmo para as embarcações mais pequenas e pelo menos um. Poderão ser do tipo: poita, sem cepo, fateixa articulada, ancorote ou ferro “Danforth”, etc.;

Deverá ser dotada de uma amarreta corrente com pelo menos o comprimento da embarcação, à qual se ligará então o cabo de massa suficiente para completar a amarra.

( Bartedouro – Instrumento tipo pá, para apanhar água, que nas pequenas embarcações substitui a bomba, o qual não deve faltar a bordo sob pretexto algum.

( Bóia e Colete de Salvação – Material indispensável por precaução em todas as circunstancias, aliás imposto por lei. Cada embarcação terá a bordo uma bóia redonda homologada e um colete de salvação por pessoa.

( Bomba/Fole – Indispensável num bote pneumático, para que se possa proceder ao seu enchimento, qualquer que seja o local onde nos encontremos.

( Trousse ou Atado de Ferramentas – Deve existir sempre a bordo com as diferentes peças de ferramenta que se julgue necessárias para se proceder a qualquer reparação.

( Pagaias. ( Motor.

8ª PROVA Nadar 25 metros e saltar para a água de 2 metros de altura, envergando o colete de salvação

Esta prova de natação, tem como objectivo preparar-te para quando estás a bordo e caíres à água. Consiste em verificar se sabes nadar, a sua utilidade é a de poderes voltar rapidamente à tua embarcação.

Quando se salta para dentro de água de colete de salvação, o mesmo deve estar devidamente amarrado, com as respectivas cintas passadas. Se não estiver seguro, no momento em que entramos na água vai-se abrir, encher-se e poderá mesmo saltar do corpo pela cabeça, ou então poderá magoar-nos seriamente, quando realiza o seu deslocamento para cima, no pescoço, no queixo ou no nariz.

Quando efectuas o salto, deves cruzar os teus braços sobre a boca do colete e colocas cada mão, sobre cada um dos teus ombros, a forçá-!o de modo que, quando se der o impacto com a água o teu colete de salvação não suba e não te magoe. As pernas e os pés, devem estar juntas e tentar que sejam primeiro os calcanhares a tocar na água. Se o não fizermos, algum objecto que

esteja na água a flutuar ou submerso, poderá provocar a quebra de um pé, ou a embater com muita violência nos nossos órgãos genitais, com consequências graves que poderão ocorrer. 9º PROVA Fazer e aplicar os seguintes nós e voltas

Esta arte tem muita utilidade a bordo de um navio ou de uma embarcação. Por isso, querendo tu seres um verdadeiro escuteiro marítimo, tens que te dedicar a ela com muita atenção.

Chama-se massame ao conjunto de todos os cabos existêntes a bordo, sendo estes utilizados para vários fins. Sendo por isso necessário efectuar uma série de nós e voltas.

Quando se compra um cabo e este vem sem qualquer nó ou costura dá-se-lhe o nome de cabo solteiro. As extremidades de qualquer cabo tomam o nome de chicotes. A parte do meio chama-se seio a espessura do cabo tem o nome de bitola.

( Nó Direito É o nó usado para fazer a ligação de dois cabos que não demandem muita força. Tem

inúmeras aplicações na “ Arte de Marinheiro ” e oferece a vantagem de não recorrer, salvo nos casos em que os cabos a ligar são de bitolas diferentes ou materiais também diferentes.

( Nó da Azelha Executa-se como se fosse uma laçada dada no seio do cabo e serve para graduar

provisóriamente um cabo qualquer.

( Nó de Correr Utiliza-se para fazer a arreigada de um cabo, quando se deseja que este seja, quanto

mais socado quanto maior for o esforço exigido ao cabo. É também empregue para a construção de uma escada.

( Nó de Trempe ou oito É um nó que, dado num chicote de um cabo serve para não deixar desgornir um olhal ou

gorne. ( Nó de escota ou tecelão Destina-se a segurar o chicote dum cabo num olhal ou mãozinha de outro. Goza de

propriedade de não socar quando molhado, razão pela qual é utilizado para emendar escotas. Usa-se ainda para emendar cabos de bitolas diferentes ou feitos de diferentes materiais. Este nó usa-se ainda na confecção de redes de pesca.

( Lais de guia Tal como o nó de escota. O lais de guia é um dos nós mais aplicados a bordo. Dá-se no chicote de uma espia para encapelar num cabeço e nas boças das embarcações,

quando estas têm de ser rebocadas. Tem inúmeras utilidades.

( Volta de fiel ou nó de porco É um dos trabalhos de “Arte de Marinheiro” que mais se emprega a bordo. Eis algumas das suas aplicações: começo e remate de vários nós, fazer fixar um cabo num

olhal, cabeço, etc.. A volta de fiel, também chamada de nó de porco, goza da propriedade de não correr. 10ª PROVA Amarrar correctamente uma embarcação ao cais e utilizar o pau de croque

O pau de croque é uma vara de madeira, resistente e flexível, em geral de freixo, com o cumprimento de três metros aproximadamente tendo na ponta uma ferragem provida de um gancho simples ou duplo, usado na manobra de atracar ou afastar a embarcação. Nas embarcações de serviço costuma haver dois croques, um à proa e outro à popa.

A regra base na manobra de atracar é fazê-lo sempre aproado ao vento ou à corrente. Nas manobras de atracar deveremos sempre contar com o auxílio da corrente ou do vento

(abatimento), servindo o meio propulsor (velas e motor) apenas para imprimir movimento para deixar que o abatimento lateral provocado (movimento) pelo vento ou corrente nos atraque a embarcação.

Devemos tomar os seguintes procedimentos: Ao largo e antes da aproximação do cais deveremos identificar na carta ou no guia náutico o

tipo de fundo, zona de atracação, profundidade e altura da água (tabela de marés). Durante a aproximação deve-se colocar as defesas e cabos de amarração no bordo indicado

(BB ou EB) conforme a direcção do vento ou corrente e só depois decidimos se a manobra será efectuada aproada a um ou a outro bordo.

Após passarmos os springs, colocamos um ou os dois tripulantes no lado de fora do varandim (na amura) com os cabos de amarração na mão e prontos a descer para o cais.

Pouco antes de atingirmos o cais colocamos o motor em ponto morto e deixamos que o vento ou a corrente aproxime a embarcação ao cais. A aproximação deve ser sempre feita tendo em conta a corrente ou o vento e não a força do motor.

Logo que seja possível, damos a amura ao cais e os tripulantes descem (não saltam) para o cais, indo em seguida passar os cabos de amarração de proa e de ré pelos cabeços ou cunhos do cais devendo os mesmos (chicotes) regressar e serem fixos definitivamente a bordo, ficando deste modo prontos a largar a qualquer momento sem ser necessário sair da embarcação.

Depois de amarrados de proa e de popa ao cais, passamos então os springs de forma a travarmos e a colocar a embarcação na posição correcta, para que as defensas se mantenham fixas protegendo o costado.