cópia de questões sobre processo legislativo e regimento interno

CÂMARA DOS DEPUTADOS

QUESTÕES SOBRE

PROCESSO LEGISLATIVO

E REGIMENTO INTERNO

2a edição

Luciana Botelho Pacheco Paula Ramos Mendes

Centro de Documentação e InformaçãoCoordenação de Publicações

Brasília – 2002


DIRETORIA LEGISLATIVADiretor: Afrísio Vieira Lima Filho

CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃODiretora: Suelena Pinto Bandeira

COORDENAÇÃO DE PUBLICAÇÕESDiretora: Nelda Mendonça Raulino

CONSULTORIA LEGISLATIVADiretor: Ricardo José Pereira Rodrigues

Capa: Arte de Athos Bulcão “As pastoras”, 1967, 98 x 82, óleo sobre eucatex

1998, 1a edição; 2000, 1a reimpressão; 2001, 2a reimpressão

Câmara dos DeputadosCentro de Documentação e Informação – CEDICoordenação de Publicações – CODEPAnexo II, térreoPraça dos Três Poderes70160-900 – Brasília (DF)Telefone: (61) 318-6865; fax: (61) [email protected]

SÉRIEFontes de referência. Consultoria

n. 10

Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)Coordenação de Biblioteca. Seção de Catalogação.

Pacheco, Luciana Botelho.Questões sobre processo legislativo e regimento interno / Luciana Botelho Pacheco, Paula

Ramos Mendes. – 2. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2002.212 p. – (Série fontes de referência. Consultoria ; n. 10)

ISBN 85-7365-260-8

1. Processo legislativo, Brasil. 2. Câmara dos Deputados, regimento, Brasil. I. Mendes, PaulaRamos. II. Título. III. Série. CDU 342.537(81)

ISBN 85-7365-260-8

S U M Á R I O

Apresentação ................................................................. 7

Prefácio à Primeira Edição ................................................ 9

Prefácio à Segunda Edição................................................ 11

Processo Legislativo ........................................................ 13

Sessões Preparatórias...................................................... 18

Órgãos da Câmara .......................................................... 22

Proposições

Conceito e Espécies ...................................................... 33

Iniciativa e Apresentação .............................................. 43

Retirada e Arquivamento............................................... 51

Distribuição às Comissões ............................................. 53

Regimes de Tramitação................................................. 59

Comissões

Regras Gerais de Funcionamento.................................... 62

Tramitação de Proposições ............................................ 69

Sessões da Câmara dos Deputados

Normas Gerais............................................................. 76

Questões de Ordem...................................................... 82

Discussão de Proposições .............................................. 86

Votação de Proposições................................................. 90

Regras de Preferência ................................................... 103

Destaques................................................................... 107

Redação do Vencido e Redação Final.................................. 112

Prejudicialidade .............................................................. 117

Matérias Sujeitas a Tramitação Especial

Propostas de Emenda à Constituição............................... 119

Projetos de Iniciativa do Presidente da República comSolicitação de Urgência ................................................. 128

Projetos de Código ....................................................... 129

Projetos de Consolidação............................................... 134

Projetos de Alteração do Regimento Interno..................... 136

Propostas de Fiscalização e Controle ............................... 138

Autorização para Instauração de Processo Criminal contra oPresidente e o Vice-Presidente da República e os Ministrosde Estado ...................................................................... 141

Processo nos Crimes de Responsabilidade do Presidente edo Vice-Presidente da República e de Ministros de Estado ..... 143

Comparecimento de Ministros de Estado e OutrasAutoridades perante a Câmara dos Deputados .................... 144

Pedidos Escritos de Informação a Ministro de Estado eOutras Autoridades ......................................................... 146

Participação na Comissão Representativa do CongressoNacional e no Conselho da República ................................. 147

Direitos e Deveres dos Deputados ..................................... 148

Participação da Sociedade Civil na Câmara dos Deputados .... 161

Consultoria Legislativa e Consultoria de Orçamentoe Fiscalização Financeira .................................................. 166

Comissões Parlamentares de Inquérito............................... 167

Matérias Sujeitas a Apreciação Conjunta ............................ 174

Matérias Relativas ao Orçamento.................................... 175

Plano Plurianual ........................................................... 177

Lei de Diretrizes Orçamentárias...................................... 179

Lei Orçamentária Anual................................................. 181

Emendas aos Projetos Referentes a Matéria Orçamentária . 182

Créditos Adicionais ....................................................... 182

Tomada de Contas do Presidente da República ................. 184

Medidas Provisórias ..................................................... 186

Veto Presidencial.......................................................... 193

Índice de Assuntos.......................................................... 197

Questões sobre Processo Legislativo e Regimento Interno 7

APRESENTAÇÃO

Chega à sua segunda edição a obra que temos o prazer deapresentar. Revista e ampliada, vem atender de forma maiscompleta ao crescente interesse que desperta, por fundamental àapreensão e compreensão de todos os aspectos do processolegislativo na Câmara dos Deputados, especialmente osregimentais.

Mais uma vez, numa nova legislatura, a pertinência da obrase consolida e manifesta. Muitos dos eleitos para esta Casa aquivêm pela primeira vez, devendo contar, por meio dessas Questões,com um imprescindível instrumento de acesso ao intrincadouniverso da atividade legislativa. Para os reeleitos ou maisexperientes, representa decerto a atualização necessária,indispensável ainda à eficiência dos gabinetes parlamentares etodos os órgãos da Câmara dos Deputados, em especial os da árealegislativa.

Mas também é certo que, desde 1998, quando lançada aprimeira edição, o livro tem-se apresentado como um importantedifusor, fora de seus muros, do funcionamento da Casa, seusmeandros e particularidades, tornando público e facilitado oaspecto orgânico da instituição. Com este trabalho, profissionais eestudantes de várias áreas, e, de modo geral, toda a sociedadebrasileira, poderão tomar contato com a prática e a vivênciacotidiana do Poder Legislativo, assim aprofundando suas noções dedemocracia, cidadania, dever público e responsabilidade social.

É esta importância que gostaríamos de destacar, nomomento em que temos a satisfação de lançar esta edição.Acompanhando as modificações introduzidas, e assim participando

Questões sobre Processo Legislativo e Regimento Interno8

da evolução das instituições brasileiras, a obra mantém,naturalmente, caráter didático e sistemática acessível, que acaracterizam como uma das mais bem-vindas publicações daCâmara dos Deputados, nos últimos anos.

Aécio NevesPresidente da Câmara dos Deputados

Outubro de 2002


PREFÁCIO À PRIMEIRA EDIÇÃO

Este volume representa uma reelaboração das Questõessobre processo legislativo na Câmara dos Deputados, editadas em1995.

Não apenas alterações no regimento e em outros diplomaslegais tornaram necessária essa reelaboração, mas também anecessidade de se lhe ampliarem os objetivos, para atender adúvidas relacionadas a outros itens constantes do RegimentoInterno da Câmara dos Deputados e não atinentes ao processopropriamente dito, como os referentes, por exemplo, aos direitos edeveres dos Deputados ou à composição e às atribuições dosórgãos da Câmara.

Tendo passado, portanto, a abordar temas não diretamenteligados ao processo legislativo, a obra careceu de alteração em seutítulo, para abrigar as questões referentes ao Regimento Internonão diretamente afetas ao processo propriamente dito.

Na seção referente às normas do processo legislativo em si,ampliou-se bastante o conteúdo anterior, contemplando-se maiornúmero de pormenores e incidentes processuais.

Além disso, todo o texto preparado em 1995 foi revisto, oque ocasionou inevitável modificação de conteúdo.

A organização das questões se orientou pelo campotemático de assuntos, e as remissões incluídas, bem comoabundantes notas de rodapé, têm o objetivo de conferir ao leitormaior praticidade na hipótese de aprofundar sua consulta.Nas informações de rodapé concentram-se algumas poucasobservações e, principalmente, as indicações de dispositivos legaisorientadores do conteúdo das respostas, a saber, o RegimentoInterno da Câmara dos Deputados, o Regimento Comum doCongresso Nacional, a Constituição Federal ou a combinação dedispositivos de mais de um desses diplomas (casos em que se


adotou a indicação "c/c" – combinado com). Dessa maneira, quemnão se sentir suficientemente esclarecido com o teor das respostasque encontrar poderá valer-se da indicação em nota de rodapépara consultar a legislação específica em seu contexto completo.

O lançamento deste volume, que coincide com o início denova legislatura, pretende municiar de informação todo o públicoafeto à elaboração legislativa, público esse que se renova emgrande número a cada quatro anos, com a assunção de novosparlamentares. Além disso, promove necessária atualização deinformações que foram modificadas por diversas alterações legais.

Os autores renovam o agradecimento a todos quecolaboraram na elaboração do volume editado em 1995 eacrescentam aqui, para esta versão de 1998, o reconhecimentopela contribuição recebida da Dra. Márcia Maria Bianchi Prates, doDr. Flávio Euclydes Ramos Jacopetti e do Dr. Francisco de PaulaSchettini, que orientaram os aspectos relacionados às comissões deinquérito e à matéria orçamentária.

Brasília, outubro de 1998

Os autores


PREFÁCIO À SEGUNDA EDIÇÃO

Este volume amplia, revê e atualiza nosso Questões sobreprocesso legislativo e Regimento Interno, publicado em 1998.

As alterações feitas na presente edição devem-se, em suamaior parte, à necessidade de adaptação do texto anterior àsregras constitucionais, legais e regimentais aprovadas no curso daúltima legislatura.

As inovações mais significativas dizem respeito aos novosórgãos criados na Casa e suas respectivas competências — aComissão de Legislação de Participação, a Ouvidoria Parlamentar, oConselho de Ética e Decoro Parlamentar — e às novas regrasconstitucionais e regimentais referentes aos institutos daimunidade parlamentar e das medidas provisórias.

Algumas alterações meramente formais também foramfeitas, com vista exclusivamente ao aperfeiçoamento do textooriginal.

As autoras agradecem a valiosa colaboração do Dr. RobertoBocaccio Piscitelli, a quem coube a revisão dos aspectos referentesà tramitação das matérias orçamentárias na presente edição, erenovam os agradecimentos a todos os que colaboraram naelaboração dos volumes editados anteriormente.

Brasília, outubro de 2002

As autoras


PROCESSO LEGISLATIVO

1 O que é processo legislativo?

É a sucessão de atos diversos realizados para a produçãodas leis em geral. O conteúdo, a forma e a seqüência desses atosobedecem a uma série de regras próprias.

2 Onde se encontram as regras doprocesso legislativo em nível federal?

No caso da produção das leis federais, essas regras sãoditadas pela Constituição Federal, pela Lei Complementar no 95, de26 de fevereiro de 1998, pelos Regimentos Internos da Câmara dosDeputados e do Senado Federal e pelo Regimento Comum das duasCasas.

Enquanto a Constituição Federal dita algumas regras deâmbito geral relativas a iniciativa, quorum para aprovação,encaminhamento de uma Casa à outra, sanção e veto, aosregimentos internos coube disciplinar todos os demais detalhes doprocesso legislativo, como os relativos aos trabalhos dascomissões, prazos para emendamento, prazos para emissão depareceres, regras de votação e destaques, por exemplo. Já a LeiComplementar no 95, de 1998, que regulamenta o art. 59,


parágrafo único, da Constituição Federal, dispõe sobre aelaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis.1

3 Que espécies de normas jurídicas sãoproduzidas de acordo com as regras doprocesso legislativo?

As enumeradas no art. 59 da Constituição Federal, a saber:emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, leisdelegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções.

4 O que é processo legislativo bicameral?

Processo legislativo bicameral é aquele que envolve amanifestação de vontade de duas câmaras legislativas para aprodução das normas jurídicas. No Brasil, submetem-se a esse tipode procedimento as emendas à Constituição Federal, as leisfederais complementares, ordinárias e delegadas, as medidasprovisórias, os decretos legislativos federais e as resoluçõescomuns das duas Casas do Congresso Nacional, devendo todasessas espécies normativas ser apreciadas pela Câmara dosDeputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente,conforme o caso.

1 Observa-se que algumas de suas regras foram alteradas pela Lei Complementarno 107/2001.


5 Qual é, em linhas gerais, o rito maiscomum do procedimento legislativobicameral?2

Um projeto aprovado em uma das Casas, designada "Casa deorigem", é encaminhado, em autógrafos, à segunda Casa,designada "Casa revisora", a qual poderá rejeitá-lo, aprová-lointegralmente ou aprová-lo com emendas. No primeiro caso, aproposição será arquivada; no segundo caso, encaminhada àpromulgação ou ao Presidente da República, conforme se trate dematéria de competência exclusiva do Congresso Nacional oudependente de sanção ou veto do Poder Executivo; no terceirocaso, será reencaminhada à Casa de origem, para que esta aprecieas emendas propostas pela Casa revisora.

6 Que regras regem a tramitação dosprojetos que vão de uma Casa à outra?

As duas Casas do Congresso Nacional são independentesentre si e produzem os atos de sua competência de acordo com asregras dos respectivos regimentos internos. Há um mínimode regras, entretanto, definidas na Constituição Federal e noRegimento Comum das duas Casas, que obrigam ao mesmo tempoCâmara e Senado: são as disposições comuns do processolegislativo, que visam a dar similaridade de tratamento aosprojetos que saem de uma Casa e são remetidos à outra, paraapreciação.

2 Arts. 65 e 66, CF.


Tais regras encontram-se:

a) no art. 65 da Constituição Federal; e

b) nos arts. 134 a 140 do Regimento Comum.

7 Existem projetos que tramitamconjuntamente nas duas Casas?3

Sim. Tramitam conjuntamente pelas duas Casas doCongresso Nacional os projetos relativos ao plano plurianual, àsdiretrizes orçamentárias, ao orçamento anual, aos créditosadicionais e aos planos e programas nacionais, regionais e setoriais(ver questões 269 a 285), além das medidas provisórias editadaspelo Poder Executivo anteriormente à publicação da EmendaConstitucional no 32/2001, que veio alterar o rito de tramitaçãodessas espécies normativas (ver questões 288 e seguintes).

Submetem-se, ainda, a deliberação em sessão conjunta dasduas Casas os vetos presidenciais a projetos de lei (ver questão300).

8 Como se organizam os trabalhoslegislativos em geral?4

O Congresso Nacional organiza seus trabalhos porlegislaturas, que têm a duração de quatro anos, coincidindo semprecom a duração dos mandatos dos Deputados.

3 Art. 66, §§ 4o e 6o, c/c art. 166, caput, CF.4 Art. 44, parágrafo único, c/c art. 57, CF.


Uma legislatura compõe-se de quatro sessões legislativasordinárias, que constituem o calendário anual de trabalhosordinários do Congresso Nacional, cada uma delas iniciando-se em15 de fevereiro, interrompendo-se entre 1o e 31 de julho — salvoquando ainda não tenha sido votada a lei de diretrizesorçamentárias, o que impede a interrupção até que se ultime oprocesso de sua votação (ver questão 278)5 — e encerrando-se em15 de dezembro de cada ano. Fora desses períodos, o CongressoNacional só pode reunir-se por convocação extraordinária6, sendodesignado "sessão legislativa extraordinária" o período de trabalhoslegislativos decorrente da convocação.

As sessões legislativas ordinárias, que são anuais, não seconfundem com as sessões ordinárias da Câmara dos Deputados,que acontecem de segunda a sexta-feira, em horário determinadopelo Regimento Interno, e correspondem a cada uma das reuniõesdo Plenário da Casa (ver questão 96, letra b). Do mesmo modo nãose confundem as sessões legislativas extraordinárias, queconstituem um período extraordinário de trabalhos do CongressoNacional, com as sessões extraordinárias da Câmara dosDeputados, que correspondem às reuniões de Plenário marcadaspara dia ou horário não coincidente com o das ordinárias.

5 Art. 57, § 2o, CF.6 Art. 57, § 6o, CF.


SESSÕES PREPARATÓRIAS

9 O que são sessões preparatórias?7

São sessões realizadas pelo Plenário exclusivamente para aposse dos Deputados e para a eleição da Mesa; ocorrem, noprimeiro caso, sempre a partir de 1o de fevereiro do primeiro anode cada legislatura, e, no segundo caso, no primeiro e também noterceiro ano de cada legislatura, já que o mandato dos membros daMesa é renovado a cada biênio.

Deve presidir a sessão preparatória destinada à posse dosparlamentares o Presidente da Mesa anterior, se houver sidoreeleito Deputado; se não, quem assume os trabalhos é oDeputado mais idoso dentre aqueles de maior número de mandatosjá exercidos.

10 Há possibilidade de um Deputado tomarposse fora da sessão preparatória?8

Sim, o Regimento da Câmara cogita de três hipóteses:

a) ao Deputado que, já diplomado na data da sessãopreparatória, a ela não tenha comparecido, é facultado tomar 7 Art. 4o, RICD.8 Art. 4o, §§ 5o e 6o, RICD.


posse no prazo de até trinta dias contados da realização da sessãopreparatória;

b) no caso de Deputado eleito no curso da legislatura, aposse deverá ocorrer no prazo de até trinta dias contados de suadiplomação;

c) no caso de Deputado convocado a assumir o mandato porconvocação do Presidente, a posse deverá ocorrer no prazo de atétrinta dias contados do fato que ensejou a convocação (como amorte ou o afastamento de um titular, por exemplo, que demandaa convocação de suplente).

Em qualquer hipótese, o Deputado empossado fora dasessão preparatória deve prestar o compromisso em sessão e juntoà Mesa, exceto durante período de recesso do Congresso Nacional,quando o faz perante o Presidente.

11 Qual o quorum de presença exigido paraa realização da sessão preparatóriadestinada à eleição da Mesa?9

Deve estar presente no mínimo a maioria absoluta dosDeputados, ou seja, o equivalente ao primeiro número inteirosuperior à metade do total, o que atualmente corresponde a 257Deputados.

9 Art. 7o, caput, RICD.


12 Quais as regras gerais a seremobservadas para a eleição da Mesa?10

As regras gerais são as seguintes:

a) o direito a registrar-se candidato a cargo da Mesa não élivre, mas vinculado ao princípio da proporcionalidade partidária,ou seja, o Deputado só pode se candidatar aos cargos que, deacordo com este mesmo princípio, possam ser disputados por seupartido;11

b) a determinação de quantos cargos da Mesa cada partidopode disputar é feita por critérios matemáticos, devendo acomposição partidária da Mesa ser, tanto quanto possível,proporcional à da própria Casa12; fixado o número de cargos quecada um pode disputar, a determinação de quais serão disputadospor este ou aquele partido é feita por escolha das lideranças, tendoprioridade na escolha as de maior sobre as de menorrepresentação;

c) a distribuição dos cargos da Mesa pode também ser frutode acordo entre todas as lideranças, abrandando-se os critériospuramente matemáticos;

d) fixada a distribuição, seja por acordo ou por escolha daslideranças após a divisão numérica, os Deputados só têm direitoregimental a se candidatar aos cargos que couberem a seu partido;

e) os candidatos a cada cargo podem ser indicados pelosrespectivos partidos por meio da liderança ou requerer o registroda candidatura independentemente de indicação partidária, desdeque, neste último caso, queiram disputar cargo previamentedistribuído à sua bancada, nos termos referidos anteriormente;

f) o registro pode ser feito individualmente ou por chapa;

10 Arts. 7o e 8o, RICD.11 Por liberalidade da Mesa, têm sido aceitas, em algumas ocasiões, candidaturasavulsas desvinculadas do princípio da proporcionalidade partidária.12 Art. 58, § 1o, CF.


g) considera-se eleito para cada cargo o candidato quereceber maioria absoluta dos votos; se nenhum deles alcançar estenúmero, deve ser realizada nova eleição para aquele cargo,concorrendo os dois candidatos mais votados na primeira econsiderando-se eleito em segundo turno o mais votado;

h) a apuração dos votos para Presidente, bem como arealização de segundo turno para o cargo, se for o caso, sempreprecedem a apuração dos votos para os demais cargos.


ÓRGÃOS DA CÂMARA

13 Quais são os órgãos da Câmara?

Segundo o Título II do Regimento Interno, são órgãos daCâmara a Mesa, as comissões, o Colégio de Líderes, a ProcuradoriaParlamentar e a Ouvidoria Parlamentar.13

Cumpre observar, ainda, que embora não tenha sidoincluído expressamente no Regimento como tal, o Conselho deÉtica e Decoro Parlamentar, criado pela Resolução no 25/2002, étambém órgão inequivocamente integrante da estruturainstitucional da Casa.

14 O que é a Mesa?14

A Mesa é o órgão de direção dos trabalhos legislativos e dosserviços administrativos da Câmara dos Deputados.

Compõem a Mesa sete membros titulares: um Presidente,dois Vice-Presidentes e quatro Secretários. A Mesa conta, também,com quatro Suplentes de Secretário.

13 A Ouvidoria foi introduzida no referido Título pela Resolução no 19-A/2001.14 Arts. 14 a 19-A, RICD.


Aos Vice-Presidentes, segundo sua numeração ordinal,compete substituir o Presidente em suas ausências e impedimentos;em sessão, na ausência do Presidente e dos Vice-Presidentes, sãosucessivamente chamados a substituí-los os Secretários e osSuplentes, todos segundo sua numeração ordinal; finalmente, naausência de todos os membros da Mesa, assume a direção dostrabalhos o Deputado mais idoso dentre aqueles de maior númerode legislaturas.

As atribuições da Mesa são fixadas no art. 15 do RegimentoInterno; as de seu Presidente, no art. 17; as do Primeiro-Secretário,no art. 19; as dos Suplentes de Secretário, no art. 19-A15; as dosdemais membros são fixadas pela própria Mesa, por meio de atonormativo específico.

15 O que é o Colégio de Líderes?16

O Colégio de Líderes é um órgão decisório, integrado portodas as lideranças de partidos e blocos parlamentares, além daLiderança do Governo.

Suas decisões devem ser tomadas pelo consenso de seusmembros e, quando isto não for possível, pela maioria absoluta devotos, os quais são ponderados em função da expressão numéricada bancada que cada líder representa.

15 Resolução no 28/2002.16 Art. 20, RICD.


16 O que são as lideranças partidárias?17

As lideranças são constituídas de líder e vice-líderes. Oslíderes são os representantes dos partidos ou blocos parlamentaresperante a Câmara. Gozam de uma série de prerrogativas eatribuições regimentais, a saber, entre outras:

a) usar da palavra, durante as sessões, por tempoproporcional ao tamanho de sua bancada (ver questão 104);

b) participar dos trabalhos de qualquer comissão, semdireito a voto, mas podendo encaminhar e requerer verificação devotação (ver questões 132 e 136);

c) encaminhar a votação das proposições no Plenário,orientando sua bancada;

d) indicar os membros da bancada que irão integrar cadacomissão;

e) registrar os candidatos aos cargos da Mesa que possamser disputados por seu partido (ver questão 12, letra e);

f) inscrever os membros da bancada para o período dascomunicações parlamentares (ver questão 103).

Cada líder pode indicar vice-líderes, na proporção de umpara cada quatro Deputados de sua bancada, facultada adesignação de um como primeiro-vice-líder.

17 Arts. 9o e 10, RICD.


17 Todos os partidos com assento na Casatêm direito a liderança?18

Não, apenas aqueles com representação no mínimoequivalente a um centésimo do total de Deputados; os quedeixarem de preencher este requisito têm direito a indicar um deseus integrantes para orientar a bancada na votação dasproposições e para falar em sessão, uma vez por semana, durantecinco minutos.

18 O que é a Liderança do Governo?19

É a representação dos interesses do Poder Executivo dentroda Câmara. O Presidente da República pode indicar até seisDeputados para exercerem a Liderança do Governo, a qual secompõe de um líder e de cinco vice-líderes, com as prerrogativasde encaminhar votação, participar dos trabalhos das comissões efazer uso da palavra durante as sessões.

18 Art. 9o, caput e § 4o, RICD.19 Art. 11, RICD.


19 O que são blocos parlamentares?20

Os blocos parlamentares são organismos previstos noRegimento Interno que reúnem duas ou mais bancadas, as quaispassam a atuar na Câmara sob liderança comum (os líderes dospartidos que os integram perdem suas prerrogativas e atribuiçõesregimentais). Para formar bloco parlamentar, os partidosenvolvidos têm de reunir pelo menos três centésimos do total demembros da Casa.

20 O que é a Procuradoria Parlamentar?21

A Procuradoria Parlamentar é o órgão da Câmara destinadoa promover, em colaboração com a Mesa, a defesa da Casa, deseus órgãos e membros quando atingidos em sua honra ou imagemperante a sociedade, em razão do exercício do mandato ou de suasfunções institucionais.

A Procuradoria Parlamentar tem autonomia paraprovidenciar ampla publicidade reparadora nos casos de veiculação,em órgão de comunicação ou de imprensa, de matéria ofensiva àimagem da Casa ou de seus membros; depende, contudo, daatuação do Ministério Público ou da Advocacia-Geral da União parapromover medidas judiciais ou extrajudiciais de reparação.

Os membros da Procuradoria Parlamentar são onze, sendonomeados pelo Presidente da Casa para mandato de dois anos,com observância, tanto quanto possível, do princípio da

20 Art. 12, RICD.21 Art. 21, RICD.


proporcionalidade partidária, ou seja, a composição partidária doórgão deve refletir, proporcionalmente, a da própria Câmara.

21 O que é a Ouvidoria Parlamentar?22

A Ouvidoria Parlamentar é o órgão da Câmara destinado areceber e examinar as reclamações e representações de pessoasfísicas ou jurídicas sobre:

a) violação ou qualquer forma de discriminação atentatóriados direitos e liberdades fundamentais;

b) ilegalidades ou abuso de poder;

c) mau funcionamento dos serviços legislativos eadministrativos da Casa;

d) assuntos recebidos pelo sistema 0800 de atendimento àpopulação.

É órgão de ligação direta entre a Câmara dos Deputados e apopulação, incumbido de propor medidas para sanar as violações,ilegalidades e abusos constatados, além daquelas necessárias àregularidade dos trabalhos legislativos e administrativos. Competea ele, ainda, propor, quando cabível, a abertura de sindicância ouinquérito, encaminhar ao TCU, à Polícia Federal, ao MinistérioPúblico ou a outro órgão competente as denúncias recebidas quenecessitem de maiores esclarecimentos, responder aos cidadãos eàs entidades quanto às providências tomadas e realizar audiênciaspúblicas com segmentos da sociedade civil.

22 Resolução no 19/2001.


22 Como se compõe a OuvidoriaParlamentar?

É composta por um Ouvidor-Geral e dois OuvidoresSubstitutos, designados pelo Presidente da Câmara, a cada doisanos, dentre os membros da Casa.

23 O que são as comissões?23

As comissões são órgãos de caráter eminentemente técnico,co-partícipes do processo legislativo e das atividades de fiscalizaçãoe controle da administração pública. São basicamente de doistipos:

a) permanentes, as que integram a estrutura institucionalda Casa e são especializadas no trato de determinados assuntos,os quais compõem seu campo temático ou área de atividade;

b) temporárias, as criadas exclusivamente para desempenhardeterminada tarefa, podendo assumir a forma de comissão deinquérito, comissão especial ou comissão externa.

23 Art. 22, RICD.


24 Que poderes têm as comissões?24

As comissões têm poderes para examinar e dar parecersobre as proposições que lhes são encaminhadas, recomendandoao Plenário sua aprovação, com ou sem emendas, ou sua rejeição;têm, também, em alguns casos, o poder de substituir o Plenárioem sua deliberação final, aprovando ou rejeitando projetos de lei(ver questão 76). Podem, ainda:

a) dividir proposições que tratem de diferentes matérias,remetendo-as à Mesa para renumeração e redistribuição;

b) sugerir o arquivamento de proposições, ou formularprojetos delas decorrentes;

c) apresentar proposições à Câmara;

d) convocar Ministro de Estado ou qualquer titular de órgãodiretamente subordinado à Presidência da República para prestar,pessoalmente, informações sobre assunto previamentedeterminado, ou conceder-lhe audiência para expor assunto derelevância de seu ministério;

e) encaminhar, por intermédio da Mesa, pedidos escritos deinformação a Ministro de Estado ou a qualquer titular de órgãodiretamente subordinado à Presidência da República;

f) realizar audiências públicas com entidades da sociedadecivil;

g) receber petições, reclamações ou representações dequalquer pessoa contra atos ou omissões de autoridades ouentidades públicas;

h) solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

i) acompanhar e apreciar programas de obras, planosnacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles

24 Art. 24, RICD.


emitir parecer, em articulação com a comissão mista permanentede que trata o art. 166 da Constituição Federal;

j) exercer, nos termos constitucionais e regimentais, afiscalização e o controle dos atos do Poder Executivo, incluídos osda administração indireta;

l) propor a sustação de atos normativos do Poder Executivoque exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegaçãolegislativa, elaborando o respectivo decreto legislativo;

m) estudar qualquer assunto compreendido em seu campode atividade, podendo promover conferências, exposições,palestras ou seminários;

n) solicitar audiência ou colaboração de órgãos ou entidadesda administração pública direta ou indireta e da sociedade civil,para elucidação de matéria sujeita a seu pronunciamento.

25 Qual o número de membros dascomissões?25

No caso das comissões permanentes, o número de membrosé estabelecido pela Mesa, ouvidos os líderes, no início da primeira eda terceira sessões legislativas de cada legislatura, prevalecendo oquantitativo anterior enquanto não modificado. Devem serobservados os seguintes limites:

a) o número total de vagas não pode ultrapassar o dacomposição da Casa, não computados os membros da Mesa, ouseja, o número total de vagas será no máximo equivalente a 506(513 Deputados menos os sete membros da Mesa);

25 Art. 25 c/c art. 33, § 1o, RICD.


b) o número de membros de cada comissão não pode serinferior a cinco centésimos nem superior a doze centésimos dototal de membros da Casa.

No caso das comissões temporárias, o número de membrosdeve ser definido no próprio ato (requerimento ou projeto deresolução) de que resultar sua criação.

26 Como é feita a distribuição das vagasdas comissões entre os partidos e blocosparlamentares?

O critério a ser seguido baseia-se, como no caso das vagasda Mesa, no princípio da proporcionalidade partidária, ou seja, acomposição das comissões deve refletir, tanto quanto possível, acomposição da Casa. Para isto, as regras a serem seguidas sãomatemáticas e encontram-se prescritas, passo a passo, no art. 27do Regimento Interno.

27 O que são comissões especiais? 26

As comissões especiais são comissões temporáriasconstituídas para examinar e dar parecer sobre propostas deemenda à Constituição, projetos de código e proposições maiscomplexas que envolvam matéria de competência de mais de trêscomissões de mérito. Podem, ainda, ser criadas comissõesespeciais para apresentação de projeto de reforma do Regimento

26 Art. 34, RICD.


Interno ou para apreciação de denúncia oferecida contra oPresidente e o Vice-Presidente da República e Ministros de Estadopor crime de responsabilidade27.

28 O que são comissões de inquérito?28

São comissões temporárias com poderes de investigaçãoequiparados aos das autoridades judiciais, criadas para apurar fatodeterminado — algum acontecimento relevante para a vida públicae a ordem constitucional, legal, econômica e social do País (verquestões 256 a 267).

29 O que são comissões externas?29

São comissões temporárias constituídas para atuar fora daCâmara dos Deputados e representá-la nos atos a que tenha sidoconvidada ou a que tenha de assistir. Podem ser constituídas porato do Presidente, de ofício ou a requerimento de qualquerDeputado, salvo se importarem em ônus para a Casa, quando suaconstituição depende de deliberação do Plenário.

27 Arts. 205, § 1o, e 218, § 2o, RICD.28 Arts. 35 a 37, RICD.29 Art. 38, RICD.


PROPOSIÇÕES

Conceito e Espécies

30 O que é proposição?30

Proposição é toda matéria submetida à deliberação da Casa,podendo consistir nas seguintes espécies: proposta de emenda àConstituição, projeto, emenda, indicação, requerimento, parecer,recurso e proposta de fiscalização e controle.

31 O que é proposta de emenda àConstituição?31

É uma espécie de proposição destinada a propor alteraçõesao texto constitucional vigente. Para ser submetida à deliberaçãoda Câmara, devem ser observados os seguintes requisitos exigidospela Constituição Federal:

a) não conter em suas disposições qualquer tendência paraabolição da forma federativa do Estado, do voto direto, secreto,

30 Art. 100, RICD.31 Art. 60, CF c/c art. 201, RICD.


universal e periódico, da separação dos Poderes ou dos direitos egarantias individuais;

b) não se encontrar o País sob vigência de estado de sítio,estado de defesa ou intervenção federal;

c) ser apresentada por agente legítimo (ver questão 45,letras a, b, c e d).

32 O que é projeto?32

É uma proposição destinada a regular matérias disciplinadasou disciplináveis em lei ordinária, em lei complementar, emdecretos legislativos ou em resoluções, conforme o caso.Diferenciam-se as seguintes espécies:

a) projetos de lei ordinária, que se destinam a regular asmatérias inseridas na competência normativa da União33 epertinentes às atribuições legislativas do Congresso Nacional34,sujeitando-se, após aprovados, a sanção ou a veto do Presidenteda República;

b) projetos de lei complementar, que se destinamigualmente a regular as matérias inseridas na competêncianormativa da União e pertinentes às atribuições legislativas doCongresso Nacional, mas apenas aquelas para as quais o textoconstitucional tenha exigido expressamente disciplina mediante leicomplementar; embora também se sujeitem a sanção ou a veto doPresidente da República, diferenciam-se especialmente dosprojetos de lei ordinária por serem submetidos a dois turnos de

32 Art. 109, RICD.33 Arts. 22 e 24, CF.34 Art. 48, CF.


apreciação e necessitarem de maioria absoluta de votos favoráveispara serem aprovados;35

c) projetos de decreto legislativo, que se destinam aformalizar os atos de competência exclusiva do Congresso Nacionalmencionados no art. 49 da Constituição; não se sujeitam a sançãoou a veto do Presidente da República;

d) projetos de resolução, que se destinam a regularassuntos de interesse interno (político, processual, legislativo ouadministrativo) da Câmara dos Deputados.

33 O que é emenda?36

Emenda é a proposição acessória destinada a alterar aforma ou conteúdo de outra proposição — chamada principal — àqual se vincula indissoluvelmente em todos os atos da tramitação.As emendas podem ser de vários tipos:

a) supressivas, destinadas a suprimir partes da proposiçãoprincipal;

b) aglutinativas, destinadas a fundir outras emendas, ouuma emenda com o texto da proposição principal;

c) substitutivas, destinadas a substituir por outras algumaspartes da proposição principal;

d) modificativas, destinadas a modificar aspectos daproposição principal mas sem alterar sua essência;

e) aditivas, destinadas a acrescentar disposições novas àproposição principal.

35 Art. 69, CF c/c art. 148, RICD.36 Arts. 118 e 119, RICD.


O poder de emendamento é bastante amplo, sofrendoapenas uma restrição de ordem constitucional: não são admitidasemendas que visem a aumentar despesa prevista em projetos deiniciativa exclusiva do Presidente da República ou que disponhamsobre organização dos serviços administrativos da Câmara dosDeputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e doMinistério Público37.

34 O que é substitutivo?38

Substitutivo é uma emenda substitutiva, com apeculiaridade de, ao invés de substituir apenas algumas partes daproposição principal, substituir seu texto integralmente por outro,podendo promover alterações meramente formais ou de conteúdoà proposição principal. Vale observar que, ao contrário do que àsvezes se imagina, a apresentação de substitutivo não é atribuídaprivativamente aos relatores, podendo ser feita por qualquerDeputado, salvo quando o Regimento disponha diferentemente.

35 O que é emenda de redação?39

Emenda de redação é uma emenda modificativa que tempor fim sanar vício de linguagem, incorreção de técnica legislativaou lapso manifesto da proposição principal. Deve-se registrar que ocostume da Casa tem aceito, como emendas de redação, algumas

37 Art. 63, CF.38 Art. 118, § 4o, RICD.39 Art. 118, § 8o, RICD.


do tipo "substitutivo" que incidem globalmente sobre todo o textoda proposição principal, adequando-o às boas regras de redação etécnica legislativa.

36 O que é subemenda?40

É a emenda destinada a alterar outra emenda, podendo sersubstitutiva, aditiva ou supressiva, desde que, neste último caso,não incida sobre emenda com a mesma finalidade.

37 O que é indicação?41

É uma espécie de proposição que pode assumir duasfinalidades:

a) sugerir a outro Poder a adoção de providência, arealização de ato administrativo ou de gestão, ou o envio deprojeto sobre matéria de sua iniciativa exclusiva (ver questões 49 a51); ou

b) sugerir a manifestação de uma ou mais comissões acercade determinado assunto, visando à elaboração de projeto sobrematéria de iniciativa da Câmara.

No primeiro caso, a indicação deve ser apresentada pormeio de requerimento escrito, sujeito a despacho do Presidente daCâmara; no segundo caso, as indicações recebidas pela Mesa são

40 Art. 118, § 7o, RICD.41 Art. 113, RICD.


automaticamente encaminhadas às comissões competentes, paraapreciação.

38 O que é requerimento?42

Requerimento é proposição destinada aos mais variadostipos de solicitações. O Regimento Interno da Câmara prevê trêstipos de requerimentos:

a) sujeitos a despacho do Presidente;

b) sujeitos a despacho do Presidente, ouvida a Mesa;

c) sujeitos à deliberação do Plenário.

Os requerimentos sujeitos apenas a despacho do Presidentepodem ser verbais ou escritos, destinando-se, em geral, àsolicitação de providências relacionadas ao desenrolar dostrabalhos em Plenário, tais como prorrogação de prazo para oorador que está na tribuna, discussão de uma proposição porpartes, informações sobre a ordem dos trabalhos etc. Sãoapresentados, normalmente, durante a sessão e admitem, em casode indeferimento, recurso para o Plenário.

Os requerimentos sujeitos a despacho do Presidente, ouvidaa Mesa, são sempre escritos e englobam apenas dois tipos: os quesolicitam encaminhamento de pedido de informações a Ministro deEstado ou a qualquer titular de órgão diretamente subordinado àPresidência da República (ver questão 224) e os que solicitaminserção, nos anais da Câmara, de informações, documentos oudiscursos de representante de outro Poder (quando não lidosintegralmente pelo orador que a eles fez remissão). Se indeferidos,os autores podem interpor recurso ao Plenário.

42 Art. 114 e seguintes, RICD.


Finalmente, os requerimentos sujeitos à deliberação doPlenário, sempre escritos, serão todos os que não tenham sidoexpressamente previstos no texto do Regimento Interno, alémdaqueles relacionados nos incisos I a XIX de seu art. 117.

39 O que é parecer?43

Parecer é uma espécie de proposição mediante a qual ascomissões se pronunciam sobre as demais proposições submetidasa seu exame.

O parecer, que normalmente assume a forma escrita (sóexcepcionalmente pode ser oral), compõe-se de três partes:

a) relatório, no qual um dos membros da comissão,designado relator, faz a exposição circunstanciada da matéria emapreciação;

b) voto do relator, onde este expõe sua opinião sobre amatéria em apreciação, concluindo, ao final, por sua aprovação,total ou parcial, com ou sem emendas, ou sua rejeição integral;

c) parecer da comissão, onde se espelha o resultado final davotação da matéria na comissão, apresentando a conclusão destaapós a apreciação do voto apresentado pelo relator e a indicaçãodos Deputados votantes e dos respectivos votos.

No caso de parecer exclusivamente a emenda, é dispensávela parte do relatório.

No que diz respeito ao conteúdo, o parecer emitido por cadacomissão técnica deve restringir-se, sempre, aos aspectosreferentes ao âmbito de atuação temática de cada uma delas



(definido no art. 32 do Regimento Interno), considerando-se comonão-escrito o que extrapolar esta competência44.

40 O que é parecer divergente?

O Regimento não o define expressamente. De acordo comdecisão da Presidência da Casa publicada no DCN de 30 de maio de1990, são considerados divergentes "os pareceres de méritoantagônicos, assim entendidos os que concluam, em relação àmesma proposição, no sentido da rejeição total e da aprovação,com ou sem emendas".

41 O que é parecer de mérito?

Parecer de mérito é aquele que examina determinadaproposição sob o ponto de vista exclusivamente da conveniência eoportunidade técnico-política de sua aprovação ou rejeição,independentemente de sua adequação à ordem jurídico-constitucional ou financeiro-orçamentária do País.

44 Art. 55, parágrafo único, RICD.


42 O que é parecer terminativo?45

Parecer terminativo é o tipo de parecer emitido pelasComissões de Constituição e Justiça e de Redação, e de Finanças eTributação (ou, se for o caso, pela comissão especial referida naquestão 61, parte final) quando se pronunciam, respectivamente,sobre os aspectos de constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa e redação, ou de adequação financeira e orçamentáriadas proposições. Diz-se que são terminativos porque, uma vezemitidos, se não forem objeto de recurso específico, não maispodem ser contestados, não se submetendo à votação peloPlenário (ver também questão 76, parte final e seguintes).

43 O que é recurso?

Recurso é uma espécie de proposição destinada a alterardecisões tomadas por órgãos da Casa (Presidência da Câmara,presidências das comissões, Mesa, comissões, Conselho de Ética eDecoro Parlamentar).

Os recursos, em sua maioria, são julgados pelo Plenário edependem, em alguns casos, de parecer opinativo da Comissão deConstituição e Justiça e de Redação.

Em geral, o prazo para apresentação do recurso é de cincosessões contadas a partir da publicação de aviso específico noavulso da Ordem do Dia da Câmara. Excetuam-se desta regra osrecursos contra decisões sobre:

45 Art. 54, RICD.


a) questão de ordem46, requerimento de retificação de ata47

e prejudicialidade de matéria em apreciação48, casos em quedevem ser apresentados imediatamente após o anúncio darespectiva decisão;

b) conflito de competência entre comissões49, caso em quedevem ser apresentados no prazo de duas sessões a partir dapublicação do despacho respectivo ou imediatamente apósanunciada a decisão, se se tratar de matéria urgente.

44 O que é proposta de fiscalização econtrole?50

É uma espécie de proposição destinada a apurarirregularidades no âmbito da administração pública. Sua tramitaçãoobedece a regras específicas (ver questões 215 e seguintes).

46 Art. 95, § 8o, RICD.47 Art. 80, § 1o, RICD.48 Art. 164, § 2o, RICD.49 Art. 141, RICD.50 Art. 61, RICD.


Iniciativa e Apresentação

45 Quem pode apresentar proposições àCâmara dos Deputados?

A prerrogativa da apresentação depende da espécie deproposição.

As propostas de emenda à Constituição só podem serapresentadas51:

a) por, no mínimo, um terço do total de Deputados;

b) pelo Presidente da República;

c) por mais da metade das Assembléias Legislativas dasunidades da Federação (devendo, cada uma delas, ter-semanifestado pela maioria de seus membros);

d) pelo Senado Federal.

Já os projetos de lei em geral podem ser de iniciativa dequalquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, daMesa, do Presidente da República, do Senado Federal ou, na formaprevista no texto constitucional, de cidadãos (ver questão 52).

Desde maio de 2001, com a criação da Comissão deLegislação Participativa52, tem sido possível a apresentaçãode sugestões de iniciativa legislativa por associações e órgãos declasse, sindicatos e entidades organizadas da sociedade civil,excetuados os partidos políticos (ver questões 246 e seguintes).

51 Art. 60, caput, CF c/c art. 201, I, RICD.52 Resolução no 21/2001, art. 32, XVII, RICD.


Determinados projetos de lei podem ainda ser apresentadospelo Supremo Tribunal Federal, pelos Tribunais Superiores ou peloProcurador-Geral da República (ver questões 50 e 51).

Quanto às demais espécies de proposições (projetosde resolução, de decreto legislativo, emendas, indicações,requerimentos, recursos, pareceres e propostas de fiscalização econtrole) têm sua iniciativa reservada aos Deputados, às comissõesou à Mesa, conforme o caso; projetos de decreto legislativo podemser apresentados também pelo Senado Federal.

46 Há algum limite temático à iniciativade Deputados na apresentação deproposições?

Sim, a iniciativa de Deputados não pode incidir sobrematérias reservadas constitucional ou regimentalmente a outrosagentes do processo legislativo (ver questões 48 a 51). Além disso,deve limitar-se à disciplina das matérias inseridas na competêncialegislativa da União e pertinentes às atribuições da Câmara dosDeputados ou do Congresso Nacional.


47 O que ocorre se o Deputado apresentarproposição de iniciativa reservada aoutro agente do processo legislativo ousobre matéria estranha à competêncialegislativa da União, da Câmara dosDeputados ou do Congresso Nacional?

Neste caso, a Presidência da Casa deverá recusar orecebimento e devolver a proposição ao Deputado, cabendo destadecisão recurso ao Plenário53. Não ocorrendo esta devoluçãoinicial, a proposição deverá receber parecer terminativo deinconstitucionalidade e anti-regimentalidade ao ser examinada pelaComissão de Constituição e Justiça e de Redação, o que impedirá acontinuidade de sua tramitação (ver também questões 42 e 61).

48 Existem matérias cuja iniciativa cabeprivativamente às comissões ou à Mesa?

Sim. Os projetos de decreto legislativo destinados a ratificaratos de concessão de emissoras de rádio e televisão, por exemplo,são apresentados privativamente pela Comissão de Ciência eTecnologia, Comunicação e Informática (a partir de mensagem doPoder Executivo); já nos projetos referentes a ratificação detratados internacionais, a iniciativa cabe sempre à Comissãode Relações Exteriores e de Defesa Nacional.

Com relação à Mesa, é de sua competência privativa aelaboração de projetos de resolução dispondo sobre o regulamento

53 Art. 137, §§ 1o e 2o, RICD.


interno das comissões, bem como sobre organização, funcionamento,polícia e pessoal da Câmara dos Deputados54.

49 Quais as matérias cuja iniciativalegislativa é reservada privativamenteao Presidente da República?55

A Constituição Federal reserva ao Presidente da República ainiciativa das leis que fixem ou modifiquem os efetivos das ForçasArmadas ou disponham sobre:

a) criação de cargos, funções ou empregos públicos naadministração direta e autárquica, ou aumento de sua remuneração;

b) organização administrativa e judiciária, matéria tributáriae orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dosTerritórios;

c) servidores públicos da União e Territórios, seu regimejurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria decivis, reforma e transferência de militares para a inatividade;

d) organização do Ministério Público e da Defensoria Públicada União, normas gerais para a organização do Ministério Público eda Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dosTerritórios;

e) criação e extinção de Ministérios e órgãos daadministração pública, observado o disposto no art. 84, VI, da CF;

f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico,provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração,reforma e transferência para a reserva.

54 Art. 15, XI e XVII, RICD.55 Art. 61, § 1o e art. 84, CF.


Projetos de lei relativos a orçamento, diretrizes orçamentárias,plano plurianual, planos e programas nacionais, regionais esetoriais previstos na Constituição Federal também só podem serapresentados ao Congresso Nacional pelo Chefe do Poder Executivo(ver questões 269 e seguintes)56.

50 Quais os assuntos sobre os quais podemo Supremo Tribunal Federal e osTribunais Superiores apresentarprojetos de lei?57

Ao Supremo Tribunal Federal e aos Tribunais Superiores éreservada a iniciativa de projetos de lei sobre matérias de interesseinstitucional do Poder Judiciário, tais como o Estatuto daMagistratura, alteração do número de membros dos tribunaisinferiores, alteração da organização judiciária, etc.

51 Sobre que matérias pode o Procurador-Geral da República apresentar projetosde lei?58

Cabe-lhe a iniciativa de leis que disponham sobreorganização, atribuições e estatuto do Ministério Público da União,bem como sobre criação e extinção de seus cargos e serviçosauxiliares. 56 Art. 165, CF.57 Arts. 93 e 96, II, CF.58 Art. 127, § 2o, CF.


52 Quais os requisitos para a apresentaçãode projetos de lei de iniciativapopular?59

Subscrição por, no mínimo, um por cento do eleitoradonacional, distribuído por pelo menos cinco Estados, com não menosde três décimos por cento dos eleitores de cada um deles (vertambém questões 246 e seguintes).

53 Podem os projetos de lei de iniciativapopular versar sobre qualquer matéria?

Sim, desde que respeitadas as iniciativas reservadas pelaConstituição Federal a outros agentes do processo legislativo.

54 Quando e perante que órgão sãoapresentadas as proposições no âmbitoda Câmara dos Deputados?

A apresentação de proposições é feita:

a) em Plenário:

59 Art. 61, § 2o, CF.


— durante os últimos dez minutos da Ordem do Dia, no casodas proposições em geral60;

— no momento da discussão da matéria61, no caso deemendas a projetos sujeitos à deliberação do Plenário (ver questão116, parte final);

— no momento da votação da parte da proposição a que serefiram, no caso de emendas aglutinativas62;

— no momento em que a matéria respectiva for anunciada,no caso dos pareceres emitidos pelas comissões e de algunsrequerimentos específicos63;

b) perante comissão, nos casos de proposta de fiscalizaçãoe controle e de emendas e subemendas a projetos que dispensema deliberação do Plenário (ver questão 84)64;

c) perante a Mesa, quando se tratar de iniciativa do SenadoFederal, de outro poder, do Procurador-Geral da República ou decidadãos65;

d) diretamente à Comissão de Legislação Participativa, nocaso de sugestões de iniciativa legislativa e de pareceres técnicos,exposições e propostas da sociedade civil (ver questões 246 eseguintes)66.

60 Art. 82, § 4o, c/c art. 101, II, a, RICD.61 Art. 120, RICD.62 Art. 122, RICD.63 Art. 101, II, b, RICD.64 Art. 101, I, RICD.65 Art. 101, III, RICD.66 Art. 32, XVII, a e b, RICD.


55 Como deve ser apresentada umaproposição?67

A proposição, redigida com clareza, em termos explícitos econcisos, observadas as normas contidas na Lei Complementarno 95, de 1998, deve ser apresentada em três vias:

a) uma, subscrita pelos autores, destinada ao arquivo daCasa;

b) uma, autenticada em cada página pelos autores, com asassinaturas, por cópia, de todos os subscritores, destinada àtramitação propriamente dita;

c) uma, nas mesmas condições da anterior, destinada àpublicação no Diário da Câmara dos Deputados e em avulsos.

56 Em se tratando de proposição subscritapor mais de um Deputado, quem éconsiderado autor?68

Todos os subscritores são considerados autores daproposição, mas as atribuições e prerrogativas regimentaisatinentes à autoria serão exercidas por um só dos signatários,tendo precedência o primeiro sobre os seguintes, na ordem desubscrição.



Retirada e Arquivamento

57 Uma proposição pode ser retiradadepois que já estiver em tramitação?69

Sim, mas isto dependerá de decisão do Presidente daCâmara ou do Plenário, conforme o caso. O Presidente pode deferir orequerimento de retirada, sem consulta ao Plenário, se a proposiçãoainda não tiver recebido parecer de nenhuma comissão ou se, aocontrário, tiver recebido pareceres contrários de todas as comissõesde mérito a que tenha sido distribuída; no caso de proposiçãopendente de parecer de alguma comissão, ou que tenha recebidopareceres favoráveis de todas as comissões a que tenha sidodistribuída, apenas o Plenário pode conceder a retirada.

Em se tratando de proposição de iniciativa coletiva, orequerimento de retirada deve ser subscrito por pelo menosmetade mais um dos subscritores; em se tratando de proposiçãode iniciativa de comissão ou da Mesa, o requerimento deve sersubscrito pelo respectivo presidente, com prévia autorização docolegiado.

69 Art. 104, RICD.


58 Em que casos se dá o arquivamento deproposição?70

As proposições são arquivadas quando rejeitadasdefinitivamente, quando declaradas prejudicadas (ver questão 177)ou quando, encerrada uma legislatura, ainda se encontrem emtramitação na Casa, exceto, neste último caso:

a) se já tiverem pareceres favoráveis de todas ascomissões;

b) se já houverem sido aprovadas em algum turno devotação;

c) se originárias do Senado, ou nele tenham tramitado;

d) se de iniciativa popular, de outro Poder ou doProcurador-Geral da República.

59 É possível o desarquivamento deproposições?71

Sim, mas apenas no caso de proposições que tenham ido parao arquivo em função do término da legislatura. O desarquivamentodepende de requerimento do autor, ou autores, dentro dos primeiroscento e oitenta dias após iniciada a nova legislatura.

Desarquivada, a proposição retoma a tramitação do estágioem que se encontrava, com uma exceção: proposição com a fasede discussão em Plenário encerrada na legislatura anterior, casoem que a discussão deverá ser reaberta na legislatura seguinte,para o recebimento de novas emendas72.

70 Art. 105, RICD.71 Art. 105, parágrafo único, RICD.72 Art. 166, RICD.


Distribuição às Comissões

60 O que ocorre com as proposições apóssua apresentação à Casa?73

Uma vez recebidas pela Mesa, as proposições sãonumeradas, datadas, publicadas no Diário da Câmara dosDeputados e em avulsos e, no prazo de duas sessões, despachadasàs comissões competentes para emissão de parecer.

61 A que comissões é distribuída cadaproposição?74

As proposições são distribuídas àquelas comissõespermanentes cujo campo temático ou área de atividade, nostermos definidos no art. 32 do Regimento Interno, sejaconcernente à matéria tratada na proposição, para que aexaminem quanto ao mérito. Além destas, cada proposição édistribuída, ainda, à Comissão de Constituição e Justiça e deRedação, para exame dos aspectos de constitucionalidade,juridicidade, técnica legislativa e redação e, quando envolveraspectos financeiros ou orçamentários públicos, à Comissão deFinanças e Tributação, para exame de sua adequação ao Plano 73 Art. 137, caput, RICD.74 Arts. 53 e 34, II, RICD.


Plurianual, à Lei de Diretrizes Orçamentárias e ao Orçamento (vertambém questão 63).

Observe-se que, no caso de a proposição tratar de matériaque envolva competência de mais de três comissões de mérito, aregra é diferente: a distribuição é feita apenas para uma comissãotemporária, especial (ver questão 27), criada exclusivamente para oexame da proposição, tanto de mérito quanto de constitucionalidade,juridicidade, técnica legislativa, redação e adequação financeira eorçamentária. Nesta hipótese, pelo menos metade dos membrosdesignados para a comissão especial deverão ser tambémintegrantes das comissões permanentes que deveriam serchamadas a opinar sobre a proposição em causa.

62 Há alguma ordem para a distribuição àscomissões permanentes?75

Sim, a ordem é:

1o) comissões exclusivamente de mérito;

2o) se for o caso, Comissão de Finanças e Tributação; efinalmente

3o) Comissão de Constituição e Justiça e de Redação.

75 Art. 53, RICD.


63 As Comissões de Constituição e Justiça ede Redação e de Finanças e Tributaçãosó examinam os aspectos deconstitucionalidade, juridicidade, técnicalegislativa e adequação financeira eorçamentária das proposições?

Não necessariamente. Essas comissões têm seu campotemático próprio, e quando as proposições tratam de matéria neleinserida, também examinam os aspectos de mérito, além dos deconstitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e adequaçãofinanceira e orçamentária.

64 Quando pode ocorrer tramitaçãoconjunta (ou por dependência) de duasou mais proposições?76

Quando, apresentada determinada proposição, a Mesaverificar que já existe em tramitação na Casa outra da mesmaespécie, tratando de matéria idêntica ou correlata, e que ainda nãoconste da Ordem do Dia ou, quando se tratar de matéria sujeita àapreciação conclusiva das comissões (ver questão 76), que aindanão haja recebido parecer da primeira das comissões de mérito aque tenha sido distribuída77. Nesse caso, determina-se aapensação, sem incorporação, das proposições, que passam atramitar conjuntamente.

76 Art. 139, I, RICD.77 Art. 142, parágrafo único, RICD.


65 Em caso de omissão da Mesa no momentoda distribuição das proposições, podeo Deputado requerer que determinadaproposição seja apensada a outraidêntica ou correlata?78

Sim, mas o requerimento só pode ser deferido se a matériaainda não estiver incluída na devida Ordem do Dia ou, quando setratar de projeto sujeito à apreciação conclusiva das comissões,antes que haja recebido parecer da primeira das comissões demérito a que tenha sido distribuído.

66 O que significa a precedência de umaproposição sobre outra?

Significa que, nos autos do processo em que estarãotramitando, a que tiver precedência deverá figurar na frente dasdemais, as quais constarão como "apensadas".

Em Plenário, a que figurar na frente terá preferência paravotação sobre as demais, mas isto pode ser invertido por meio derequerimento que transfira a preferência para qualquer dasapensadas (ver questão 159, d).

78 Art. 142, RICD.


67 Na tramitação conjunta de proposições,há alguma considerada "principal" emrelação às demais?

Não, embora na prática às vezes se costume identificarcomo "principal" aquela que deve ter precedência sobre as demaispara fins de apensação.

68 No caso de tramitação conjunta, queproposição tem precedência sobreoutra?79

Neste caso, tem precedência:

a) a proposição do Senado sobre a da Câmara; e

b) a proposição mais antiga sobre as mais recentes.

79 Art. 143, RICD.


69 No caso de proposições apensadas,como devem ser os pareceres dascomissões?80

Embora as comissões devam se pronunciar em relação acada uma das proposições apensadas, de forma individualizada,deve ser um só o parecer emitido por cada comissão em relação atoda a matéria.

Observe-se que, no âmbito das comissões, o pareceremitido pode concluir pela aprovação de uma proposição apensadae pela rejeição da que tenha precedência, não havendo qualquerimpedimento regimental nesse sentido. Poderá, também, concluirpela aprovação de várias, na forma de substitutivo.

80 Art. 142, II, c/c art. 57, I, RICD.


Regimes de Tramitação

70 Quais os regimes de tramitação deproposições?81

O regime normal de tramitação das proposições é o regimeordinário. Em alguns casos e condições específicos, entretanto, asproposições tramitam em regime de urgência ou de prioridade.

71 O que é a tramitação em regime deurgência?82

É um regime de tramitação que, por seus prazos maiscéleres e por dispensar alguns interstícios e formalidadesregimentais, agiliza a apreciação das proposições. A urgência sónão dispensa:

a) a publicação e a distribuição, em avulsos ou por cópias,da proposição principal e das emendas, se houver;

b) os pareceres das comissões ou de relator especialmentedesignado em Plenário, em substituição às mesmas;

c) o quorum previsto para deliberação.

81 Art. 151, RICD.82 Art. 152 e seguintes, RICD.


O regime de urgência pode ser determinado pela naturezada matéria tratada na proposição — como é o caso dos projetossobre declaração de guerra, por exemplo — ou por requerimentoaprovado pelo Plenário. No primeiro caso, a matéria recebida éencaminhada às comissões competentes para seu exame, as quaistêm o prazo de cinco sessões para emitir seus pareceres; nosegundo caso, a proposição é incluída na Ordem do Dia da sessãoseguinte à da aprovação do requerimento de urgência; se nãohouver parecer, ou se as comissões não se julgarem habilitadas aproferi-lo naquela sessão, terão elas o prazo de cinco sessões parafazê-lo83. Findos os prazos concedidos às comissões, tanto numcomo noutro caso a matéria é incluída na Ordem do Dia, e se ospareceres ainda não houverem sido emitidos, o Presidente devedesignar relatores para fazê-lo oralmente em Plenário, emsubstituição às comissões.

72 O que é a chamada "urgênciaurgentíssima"?

Esta expressão, embora não conste do Regimento Interno,foi consagrada pelo costume da Casa e corresponde ao regime deurgência descrito nos arts. 153, IV, e 155 do Regimento Interno. É,de fato, um regime excepcional de tramitação pelo qualdeterminada matéria pode ser incluída automaticamente na Ordemdo Dia de uma sessão já em andamento. Decorre da aprovação derequerimento subscrito pela maioria absoluta de Deputados (ou porlíderes de partidos que representem este número), o qual deveráser aprovado também por maioria absoluta de votos.

83 Art. 157, RICD.


73 O regime de urgência solicitado peloPresidente da República para projetosde sua iniciativa é o mesmo previsto noRegimento Interno para as proposiçõesem geral?84

Não, a urgência solicitada pelo Presidente da República paraproposições de sua iniciativa decorre de disposição constitucional eo trâmite é diferente: a Câmara dos Deputados e o Senado Federaldevem examinar a proposição, cada qual, sucessivamente, em atéquarenta e cinco dias. Em não o fazendo, a proposição será incluídana Ordem do Dia da respectiva Casa para deliberação,sobrestando-se a apreciação de todas as demais matérias até quese ultime a votação daquela (ver questão 195).

74 Quais as características do regime detramitação com prioridade?85

O regime de tramitação com prioridade é um regime detramitação um pouco mais célere que o ordinário, dispensandoalgumas exigências regimentais para que determinada proposiçãoseja incluída na Ordem do Dia da sessão imediatamentesubseqüente, logo após a apreciação das proposições em regimede urgência. Pode ser adotado em virtude de requerimentoaprovado pelo Plenário ou decorrer de determinações regimentais,como é o caso dos projetos de iniciativa de outro Poder, porexemplo, ou dos que se destinem a regulamentar dispositivoconstitucional, aos quais o Regimento confere este regime especialde tramitação. 84 Art. 64, §§ 1o a 4o, CF c/c art. 204, RICD.85 Art. 158, RICD.


COMISSÕES

Regras Gerais de Funcionamento

75 Quais os prazos de que dispõem ascomissões e os relatores para emitirpareceres sobre as proposiçõessubmetidas a seu exame?86

Os prazos das comissões variam conforme o regime detramitação da matéria, sendo de:

a) quarenta sessões, no caso de matéria em regime detramitação ordinária;

b) dez sessões, no caso de matéria em regime deprioridade;

c) cinco sessões, no caso de matéria em regime deurgência;

d) o mesmo prazo da proposição principal, no caso deemendas apresentadas em Plenário.

O relator dispõe sempre da metade dos prazos destinados àcomissão para emitir seu parecer, mas poderá solicitar aoPresidente prorrogação de mais metade do prazo original, excetose a matéria se encontrar sujeita a regime de urgência.

86 Art. 52, RICD.


Uma vez esgotados os prazos sem a aprovação de parecerpela comissão, pode o autor da proposição requerer ao presidentedo órgão a inclusão da matéria na pauta. Nesse caso, se o relatornão apresentar o parecer até o início da discussão da matéria, opresidente designará outro membro para relatá-la na mesmareunião ou até a reunião seguinte.

No caso de não-cumprimento do prazo final pela comissão,o Presidente da Câmara tem a faculdade de encaminhar aproposição desde logo à comissão seguinte ou, se se tratar daúltima a se pronunciar, diretamente ao Plenário, devendo o parecerser dado oralmente por relator designado em substituição àcomissão.

76 Que efeitos têm os pareceres emitidospelas comissões?

Em relação às proposições em geral, os pareceres dascomissões, quando referentes ao mérito, expressam apenas aopinião dos órgãos técnicos a respeito do tema, recomendando aoPlenário sua aprovação, com ou sem emendas, ou sua rejeição.

Em relação especificamente a determinados projetos de lei,entretanto, os pareceres de mérito emitidos pelas comissões têmefeito decisório, isto é, têm o poder de decidir conclusivamentesobre a aprovação ou rejeição das proposições a que se referem,dispensando a deliberação do Plenário sobre o assunto — exceto seforem divergentes entre si (ver questões 40 e 78) ou se contra elesse interpuser recurso subscrito por no mínimo um décimo dosmembros da Casa, hipótese em que a matéria respectiva deveráser apreciada também pelo Plenário. Este efeito deriva do chamado"poder conclusivo das comissões", que é justamente o poder que


têm os órgãos técnicos de, em alguns casos, substituir o Plenáriona deliberação do projeto87.

Vale mencionar, ainda, o efeito também decisório doschamados "pareceres terminativos" da Comissão de Constituiçãoe Justiça e de Redação a respeito da constitucionalidade,juridicidade, técnica legislativa e redação e da Comissãode Finanças e Tributação quanto à adequação financeira eorçamentária das proposições. Nesse caso, tal como se dá com ospareceres de mérito emitidos com poder conclusivo pelascomissões, a deliberação final do Plenário sobre tais aspectos édispensada, salvo na hipótese de apresentação de recurso tambémsubscrito por, no mínimo, um décimo dos membros da Casa (verquestão 42).

77 Como saber se um projeto de leise sujeita à apreciação conclusiva dascomissões?

O art. 24, inciso II, do Regimento Interno, enumera todosos tipos de projetos de lei cuja apreciação não é conclusiva:projetos de lei complementar, de código, de iniciativa popular, deautoria de comissão, relativos a matéria que não possa ser objetode lei delegada (nos termos previstos no art. 68, § 1o, daConstituição), oriundos do Senado Federal (ou por ele emendados)que tenham sido aprovados pelo Plenário de qualquer das Casas, quetenham recebido pareceres divergentes (ver questão 40) ouque estejam em regime de urgência. Fora desses casos, todos osdemais projetos de lei sujeitam-se à apreciação conclusiva dascomissões, dispensando a deliberação final do Plenário, salvo nahipótese de interposição de recurso.

87 Art. 58, § 2o, I, CF.


Na prática, costuma-se reconhecer o caráter conclusivo daapreciação de determinado projeto pelas comissões quando a Mesafaz consignar, no alto da etiqueta que contém o despacho dedistribuição aos órgãos técnicos, a expressão "art. 24, II", quetambém pode constar do avulso.

78 O que ocorre quando duas ou maiscomissões de mérito emitem pareceresdivergentes sobre um projeto sujeito àsua apreciação conclusiva?

Nesse caso, deixa de existir o caráter conclusivo daapreciação e a proposição segue seu trâmite, a partir de então,como se se tratasse de proposição originalmente sujeita àdeliberação do Plenário.

Observe-se que, para serem considerados divergentes, umdeles deve ter concluído pela aprovação integral da proposição e ooutro pela sua rejeição (ver questão 40). Quando são ambos pelaaprovação, embora com emendas ou substitutivos diferentes, asolução regimental é a de se convocar reunião conjunta dascomissões que os emitiram para a adoção de um texto final deconsenso88.

88 Art. 49, RICD.


79 Como e quando pode o Deputadorecorrer ao Plenário contra a apreciaçãoconclusiva de determinado projeto pelascomissões?

Para recorrer ao Plenário contra a apreciação conclusiva dedeterminado projeto pelas comissões, o Deputado deve contar como apoiamento (por assinaturas) de pelo menos um décimo do totalde membros da Casa. Dirigido ao Presidente da Casa, o recursoprecisa indicar expressamente, dentre a matéria apreciada pelascomissões, aquilo que se pretende seja objeto de deliberação doPlenário, devendo ser interposto no prazo de até cinco sessõescontado da publicação dos respectivos pareceres (durante afluência deste prazo, o avulso da Ordem do Dia de cada sessão daCâmara deve consignar a data final para a interposição dorecurso).

80 Em que situações fica um Deputadoimpedido de presidir reunião ou de serdesignado relator de matéria emcomissão?89

O Deputado não pode presidir reunião de comissão quandoesteja em apreciação matéria da qual seja autor ou relator; nãopode, também, ser designado relator de matéria da qual sejaautor.

89 Art. 43, RICD.


81 Quem tem direito a voto nas comissões?

Todos os seus membros titulares — incluídos o relator e opresidente — e todos os suplentes que estejam substituindo ostitulares ausentes.

82 Qual o quorum de deliberação nascomissões?90

Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberaçõessão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta dosmembros da comissão, devendo prevalecer, em caso de empate, ovoto do relator.

83 Como é aferida a presença dosDeputados nas reuniões dascomissões?91

Para a abertura das reuniões, a presença mínima — metadedos membros da comissão — é aferida com base nas assinaturasem livro próprio. Durante as reuniões, havendo pedido de



verificação de votação (ver questão 132), apura-se a presençamínima — maioria absoluta dos membros da comissão, ou seja, oequivalente ao primeiro número inteiro superior à metade — pelachamada nominal dos Deputados.


Tramitação de Proposições

84 Como procede o presidente de comissãoao receber uma proposição encaminhadaao órgão para exame e parecer?

O presidente deve designar um dos membros como relatorda matéria, verificando, preliminarmente, pelo despacho dedistribuição da Mesa, se se trata de matéria sujeita à apreciaçãoconclusiva da comissão ou à deliberação do Plenário (ver questões76 e 77).

Em se tratando de matéria sujeita à apreciação conclusivada comissão, deverá ser aberto prazo de cinco sessões, contado apartir da publicação de aviso no avulso da Ordem do Dia dasComissões, para que qualquer Deputado possa apresentaremendas à proposição (ver questão 54, letra b). Findo esse prazo,a proposição principal e as eventuais emendas apresentadas serãoentregues ao relator, para exame e apresentação de seu relatório evoto.

Em se tratando de matéria sujeita à apreciação do Plenário,a proposição será encaminhada, desde logo, ao relator designadopara examiná-la, dispensando-se a fase de abertura de prazo paraemendamento, a qual só ocorrerá em Plenário (ver questão 54,letra a).


85 Quais as possibilidades de conclusão dovoto do relator?92

Ao apreciar qualquer matéria, o relator pode propor suaaprovação, total ou parcial, oferecer-lhe emenda (inclusivesubstitutivo), propor sua rejeição, sugerir seu arquivamento ouainda formular projeto dela decorrente.

É possível também que, quando diferentes matérias seencontram tratadas na mesma proposição, o relator, antes de darseu parecer sobre ela, proponha preliminarmente à comissãodividi-la em várias proposições separadas, as quais deverão serremetidas à Mesa para efeito de renumeração e redistribuição.

86 O que ocorre quando o relator propõesubstitutivo à proposição principal?

No caso de matéria sujeita à apreciação conclusiva dacomissão, abre-se novo prazo para que os demais membrospossam apresentar emendas ao substitutivo proposto pelorelator93; recebidas as emendas, deve o relator manifestar-sesobre elas, podendo oferecer novo substitutivo; a partir daí, acomissão deverá abrir prazo de cinco sessões para a apresentaçãode destaques, que poderão incidir sobre todas as proposições emapreciação; após essa fase, a matéria encontra-se pronta para servotada pela comissão.

No caso de matéria sujeita à apreciação do Plenário, haveráapenas a fase de apresentação de destaques e, em seguida, a da

92 Art. 57, RICD.93 Art. 119, II, RICD.


votação (essa regra dos destaques em comissão quando a matériaainda se sujeita à deliberação do Plenário só passou a existir apartir de 1995, e vem se firmando pelo costume, não estandoexpressamente prevista no Regimento Interno).

87 Apresentado o parecer do relator, hápossibilidade de pedido de vista pelosmembros da comissão?94

Sim, desde que a matéria não esteja em regime de urgência(de acordo com a interpretação dominante na Casa hoje).

A partir do momento em que for anunciada a discussão doparecer pelo presidente, qualquer membro da comissão poderásolicitar vista dos autos, e esta lhe será concedida por duassessões, adiando-se a discussão por aquele prazo; se o pedido forfeito por mais de um membro, a vista será conjunta,permanecendo os autos na própria comissão.

Em qualquer caso, a oportunidade para se pedir vista dedeterminado parecer é uma só, não podendo haver atendimento apedidos sucessivos em relação ao mesmo parecer.

88 O que é voto em separado?

Embora o Regimento Interno não o defina expressamente, aprática consagrada na Casa tem ensinado que o voto em separado,na verdade, é sempre um voto alternativo ao do relator, ou àquele 94 Art. 57, XVI, RICD.


que vier a ser aprovado pela maioria da comissão (no caso de ovoto do relator não ser adotado pela comissão, o dele tambémpassa a constituir voto em separado).

O voto em separado pode ser elaborado por qualquermembro e divergir ou não das conclusões do voto vencedor nacomissão. Ao final, constará dos autos e será publicado no avulsoda proposição principal.

89 Qual a diferença entre voto em separadoe declaração de voto?

A figura da declaração de voto não existe, a rigor, no âmbitodas comissões, pelo menos do ponto de vista do RegimentoInterno. Trata-se de instituto previsto especificamente para asvotações do Plenário, encerrando manifestação escrita, posterior aomomento da votação, mediante a qual o Deputado expõe as razõesdo voto já efetuado, com vista exclusivamente à publicação95.

A diferença, portanto, entre voto em separado e declaraçãode voto diz respeito ao âmbito de sua aplicação — o primeiro,exclusivamente no das comissões; a segunda, no do Plenário — etambém ao momento em que podem ser apresentados — oprimeiro, durante a discussão da matéria e antes da votação pelacomissão; a segunda, no momento imediatamente posterior ao davotação em Plenário.



90 Quem pode usar da palavra nadiscussão de matéria em comissão?96

Anunciada a discussão de determinada matéria, poderãousar da palavra, por quinze minutos cada um, o autor daproposição em pauta, o relator, os demais membros e os líderes.Deputados não pertencentes à comissão poderão também usar dapalavra, por dez minutos cada um, sem direito a voto.

91 Pode o relator alterar o voto por eleapresentado?97

Sim, o relator pode se convencer, durante a discussão damatéria, de que são pertinentes sugestões de alteração oferecidaspelos demais membros da comissão. Nesse caso, pode pedir aopresidente prazo até a reunião seguinte para apresentar seuparecer reformulado.

96 Art. 57, VII, RICD.97 Art. 57, XI, RICD.


92 Quando e como se faz a votação doparecer?98

A votação ocorre logo após o encerramento da discussão damatéria, desde que haja quorum (ver questão 83).

O processo adotado pode ser o simbólico — mediante o qualo presidente convida os Deputados favoráveis ao parecer do relatora permanecerem como se encontram — ou o nominal, tomando-seos votos dos Deputados um a um, oralmente. Se se tratar dematéria que exija votação secreta, os votos são dados por meio decédulas e os Deputados votam em cabines próprias.

93 Quais as possibilidades de resultado navotação de um parecer em comissão?

O parecer do relator pode ser aprovado na íntegra ouapenas em parte, no caso de vir a ser superado em alguns pontosem função da aprovação de destaques. Em qualquer dessas duashipóteses, passará a constituir o "parecer da comissão". Umaterceira possibilidade é a de sua rejeição integral.

98 Art. 57, IX, RICD.


94 O que ocorre se for rejeitado o voto dorelator?99

Rejeitado pela comissão o voto do relator, o presidentenomeará um dos demais membros para redigir, até a reuniãoseguinte, o "voto vencedor", ou "parecer vencedor", o qual deveráespelhar, fielmente, a posição majoritária na comissão. Nesse caso,o voto do relator passará a constar dos autos como voto emseparado.

95 O que ocorre após o encerramento daapreciação da matéria na comissão?100

Encerrada a apreciação da matéria numa comissão, os autosdo processo respectivo são remetidos à comissão seguinte(segundo a ordem constante do despacho de distribuição da Mesa);se se tratar da última ou única comissão a emitir parecer, os autosdevem ser enviados à publicação e remetidos à Mesa, para queesta adote uma das seguintes providências:

a) em se tratando de matéria sujeita à apreciaçãoconclusiva das comissões, dar ao Plenário ciência das decisõestomadas pelos órgãos técnicos, para eventual apresentação derecurso (ver questão 79);

b) em se tratando de matéria sujeita à apreciação doPlenário, determinar sua inclusão na Ordem do Dia da Câmara.

99 Art. 57, XII, RICD.100 Arts. 58 e 59, RICD.


SESSÕES DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Normas Gerais

96 De que espécies são as sessões daCâmara dos Deputados?101

As sessões da Câmara dos Deputados podem ser de quatrotipos:

a) preparatórias, as realizadas antes do início da primeira eda terceira sessões legislativas de cada legislatura, destinadasexclusivamente à posse dos novos Deputados e à eleição da Mesa(ver questão 9);

b) ordinárias, as realizadas uma vez por dia, em todos osdias úteis de uma sessão legislativa, iniciando-se às quatorzehoras, exceto às sextas-feiras, quando se iniciam às nove horas;

c) extraordinárias, as realizadas em dias ou horáriosdiversos dos previstos para as ordinárias;

d) solenes, as realizadas para grandes comemorações ouhomenagens especiais, convocadas especificamente para isto.

As sessões da Câmara dos Deputados são, em regra,públicas, só podendo ser secretas se assim deliberar o Plenário.102

101 Art. 65, RICD.102 Art. 69, RICD.


97 Como se divide o tempo das sessõesordinárias?103

As sessões ordinárias, que têm duração de cinco horas, sãodivididas em quatro fases, que se sucedem na seguinte ordem:

1a) Pequeno Expediente, com duração de sessenta minutosimprorrogáveis;

2a) Grande Expediente, com duração de cinqüenta minutosimprorrogáveis;

3a) Ordem do Dia, com duração de três horas prorrogáveis;

4a) Comunicações Parlamentares, desde que haja tempoentre o final da Ordem do Dia e o horário previsto para o términoda sessão.

O Presidente da Câmara pode não designar Ordem do Diapara determinadas sessões ordinárias, transformando-as emsessões exclusivamente de debates.

98 Qual o número mínimo de presença deDeputados para a abertura dassessões?104

As sessões podem ser iniciadas com a presença, na Casa, depelo menos dez por cento do total da composição da Câmara, ouseja, 52 Deputados. Se, à hora do início da sessão, não estiverpresente na Casa este número, o Presidente deverá aguardar meia

103 Art. 66, RICD.104 Art. 79, §§ 2o e 3o, RICD.


hora e, persistindo a falta de quorum, declarará que não podehaver sessão, determinando a atribuição de faltas aos ausentes.

99 O que é o Pequeno Expediente?105

Pequeno Expediente é a primeira fase da sessão,especialmente destinada aos discursos parlamentares de curtaduração, aos quais não se permitem apartes. Durante o PequenoExpediente, o Deputado previamente inscrito pode usar da palavrapor cinco minutos ou, se preferir, pode encaminhar o respectivodiscurso, por escrito, à Mesa, para ser publicado no Diário daCâmara dos Deputados. O discurso encaminhado para publicaçãonão deve exceder três laudas datilografadas em espaço dois.

100 Como se faz a inscrição de um Deputadopara o Pequeno Expediente?106

A inscrição dos oradores é feita perante a Mesa, em caráterpessoal e intransferível, em livro próprio, diariamente, das oito àstreze horas e trinta minutos, exceto às sextas-feiras, quando operíodo de inscrições se encerra às nove horas.

105 Arts. 79 a 81, RICD.106 Art. 81, § 2o, RICD.


101 O que é o Grande Expediente?107

O Grande Expediente é a fase da sessão que sucedeao Pequeno Expediente, destinando-se aos pronunciamentosparlamentares de maior duração — até 25 minutos, aí incluídos oseventuais apartes concedidos.

102 Como se organiza a distribuição deoradores para o Grande Expediente?108

A lista de oradores para o Grande Expediente é organizadamediante sorteio promovido pela Mesa entre os parlamentares. ÀMesa compete disciplinar, em ato próprio, sua forma e o momentodo uso da palavra pelos sorteados.

103 O que é o período das ComunicaçõesParlamentares?109

Quando a Ordem do Dia se esgota antes das dezenovehoras (prazo final da sessão), o Presidente pode conceder a palavraaos oradores indicados pelas lideranças partidárias parapronunciamentos não excedentes a dez minutos, chamados

107 Arts. 87 e 88, RICD.108 Art. 87, parágrafo único, RICD.109 Art. 90, RICD.


"comunicações parlamentares", durante os quais não sãopermitidos apartes.

104 O que são as chamadas comunicaçõesde liderança?110

São comunicações feitas pelos líderes partidários acerca deassuntos de relevância nacional. Podem se dar a qualquermomento da sessão, e o tempo a ser concedido a cada liderançaserá sempre proporcional ao tamanho da bancada que representa.

105 O que é Ordem do Dia?111

A Ordem do Dia é a fase da sessão que sucede ao GrandeExpediente e destina-se à discussão e votação de proposições.

110 Art. 66, § 1o, RICD.111 Art. 82 e seguintes, RICD.


106 Qual o quorum de presença para oinício da Ordem do Dia e como é eleaferido pela Presidência?112

A Ordem do Dia somente pode ser iniciada quando presentea maioria absoluta dos membros da Câmara, ou seja, 257Deputados. Essa presença mínima é aferida pelo registro dosnomes no painel eletrônico do plenário.

107 Em quantos turnos se fazem a discussãoe a votação das proposições?113

Em geral, a apreciação das proposições é feita em um sóturno de discussão e votação, excetuados os casos de propostas deemenda à Constituição, projetos de lei complementar e projetos dealteração do Regimento Interno da Casa, para os quais se exigemdois turnos de apreciação.

112 Art. 82, caput, RICD.113 Art. 60, § 2o, CF c/c art. 148, RICD.


Questões de Ordem

108 O que é questão de ordem?114

É o instrumento pelo qual um Deputado, em dúvida sobre omodo como estejam sendo conduzidos os trabalhos, pede apalavra, solicitando da Presidência da Câmara ou de comissão,conforme o caso, esclarecimentos sobre as normas regimentais ouconstitucionais que estão sendo aplicadas.

109 Como deve ser formulada uma questãode ordem?115

Sua formulação deve ser objetiva, indicando os dispositivosregimentais ou constitucionais objeto da dúvida suscitada, e nãodeve ultrapassar três minutos. A questão de ordem não pode sereferir a matéria diversa da que esteja sendo tratada no momentode sua formulação.

114 Art. 95, caput, RICD.115 Art. 95, § 4o, RICD.


110 Como se dá a solução de uma questão deordem?116

Primeiramente é dada a palavra a algum Deputado paracontraditar o autor da questão de ordem; em seguida, o Presidentedeve resolver a questão formulada, cabendo, de sua decisão,recurso para o Plenário.

111 O recurso susta a apreciação da matériaa que se referiu a questão de ordem?117

Não necessariamente. Para que o recurso tenha efeitosuspensivo, é preciso requerimento específico subscrito por pelomenos um terço dos presentes, o qual deve ser aprovado peloPlenário.

112 Apresentado recurso contra decisãosobre questão de ordem, o que impedeque seja votado imediatamente?118

Antes de ser apreciado pelo Plenário, o recurso apresentadodepende de parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de

116 Art. 95, §§ 6o e 8o, RICD.117 Art. 95, §§ 8o e 9o, RICD.118 Art. 95, § 8o, RICD.


Redação, a ser elaborado no prazo máximo de três sessões. Sóapós publicado o parecer daquela comissão pode o recurso sersubmetido à deliberação do Plenário.

113 Há diferenças de procedimento emrelação a questão de ordem formuladadurante reunião de comissão e a feita emPlenário?119

A diferença substancial diz respeito ao órgão a que se poderecorrer no caso de não serem satisfatórios os esclarecimentosprestados pela Presidência: em se tratando de comissão, ainstância recursal é o Presidente da Câmara e não o Plenário daprópria comissão; ademais, o Regimento Interno não mencionaexpressamente a possibilidade de requerimento para obtenção deefeito suspensivo, nem a necessidade de prévia oitiva da Comissãode Constituição e Justiça e de Redação, no caso de recurso aquestão de ordem formulada no âmbito de comissão.

114 Qual a diferença entre questão de ordeme reclamação?120

O Regimento Interno deixa o conceito de reclamação emaberto. Ao intérprete resta distingui-lo do de questão de ordem porexclusão, ou seja, entendendo ser cabível a reclamação apenas nos

119 Art. 57, XXI, RICD.120 Art. 96, RICD.


casos específicos ali mencionados, quais sejam, para considerarcomo não escrito parecer que extrapola competência de comissão,e para reclamar sobre falha nos serviços administrativos da Casa.

115 O que é apreciação preliminar emPlenário?121

Apreciação preliminar é a apreciação que o Plenário faz arespeito da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa,ou da adequação ou compatibilidade financeira e orçamentária, deuma proposição cujo parecer terminativo recebido das comissõescompetentes tenha sido objeto de recurso (ver questão 42).

A apreciação preliminar precede o exame de mérito daproposição em Plenário.



Discussão de Proposições

116 Em que consiste a fase de discussão deuma proposição?122

É a fase dos trabalhos destinada ao debate sobre a matériaem apreciação. Nela, os Deputados previamente inscritos junto àMesa usam da palavra, durante cinco minutos, para expor suaopinião favorável ou contrária à proposição.

A discussão é também a fase dos trabalhos apropriada paraa apresentação de emendas à proposição123.

117 Como devem proceder os Deputados quedesejem discutir matéria incluída naOrdem do Dia?124

Devem inscrever-se previamente junto à Secretaria-Geralda Mesa, antes do início dos debates, antecipando sua posiçãocontrária ou favorável à proposição.

122 Art. 165 e seguintes, RICD.123 Art. 120, I, RICD.124 Art. 172, § 1o, RICD.


118 Quantas vezes pode o Deputado usar dapalavra na discussão?125

Uma só vez, por cinco minutos, mas quando se tratar doautor ou de relator da matéria, duas vezes cada um, exceto noscasos de expressa proibição regimental.

119 Quais os critérios de concessão dapalavra aos oradores?126

Sempre que possível, o Presidente deverá conceder apalavra, alternadamente, a oradores favoráveis e contrários àproposição, respeitando a ordem de inscrição.

120 Como se pode dar o adiamento da faseda discussão?127

Mediante a aprovação de requerimento nesse sentido peloPlenário, requerimento esse que deverá ser subscrito por líder, peloautor ou relator, e apresentado antes de iniciada a discussão. Nocaso de proposições que tramitam em regime de urgência, orequerimento de adiamento tem de ser subscrito por no mínimo

125 Art. 174, RICD.126 Art. 171, § 1o, RICD.127 Art. 177, RICD.


um décimo dos membros da Casa, e o prazo de adiamento nãopode ultrapassar duas sessões.

121 Quando se dá o encerramento dadiscussão?128

O encerramento da discussão ocorre por ausência deoradores, por decurso dos prazos regimentais ou por deliberaçãodo Plenário sobre requerimento subscrito por, no mínimo, cincocentésimos dos membros da Casa.

122 O que ocorre quando a proposiçãorecebe emendas durante a discussão?129

Emendada em Plenário, a proposição retorna às comissõescompetentes para que se pronunciem sobre as emendasapresentadas.

128 Art. 178, RICD.129 Art. 179, RICD.


123 A partir de que momento a matériaemendada durante a discussão podevoltar a figurar na Ordem do Dia paravotação?130

Após a publicação dos pareceres das comissões sobre asemendas.



Votação de Proposições

124 Quando se dá a votação de umaproposição?131

A votação, segunda e última fase da apreciação dasproposições, ocorre imediatamente após o encerramento dadiscussão, se houver quorum, ou após a publicação dos pareceresdas comissões sobre as emendas apresentadas durante adiscussão, se houver sido este o caso.

125 Como podem votar os Deputados?

O Deputado pode manifestar sua opinião votando favorávelou contrariamente a uma proposição; pode, também, escusar-sede tomar parte na votação, registrando, no caso de votaçãoeletrônica, "abstenção", ou declarar-se impedido de participar davotação.



126 Em que situações deve o Deputadodeclarar-se impedido de participar davotação?132

Quando se tratar de causa própria ou de assunto em quetenha interesse individual; nesses casos, deve fazer comunicaçãode seu impedimento à Mesa, sendo seu voto considerado embranco, para efeito de quorum.

127 Pode o Deputado fazer algumadeclaração oral no momento davotação?133

Não, a possibilidade de sua manifestação se restringe a,depois da votação, enviar à Mesa, por escrito, para ser publicada,declaração de voto (ver também questão 89).

128 Pode o Deputado retificar seu voto?

Sim, tendo percebido que votou de forma equivocada, oDeputado pode votar novamente enquanto estiver em andamentoo processo de votação; só será computado no resultado final oúltimo voto por ele proferido. 132 Art. 180, § 6o, RICD.133 Art. 182, parágrafo único, RICD.


129 Qual o quorum de deliberação noPlenário?134

Salvo nos casos em que a Constituição Federal exija quorumde votação qualificado, ou seja, diferente do previsto para asdeliberações em geral — como ocorre na apreciação de propostasde emenda à Constituição, de projetos de lei complementar, decassação de mandato de Deputado, de rejeição de vetopresidencial, entre outros —, todas as deliberações da Câmara sãotomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta dosmembros da Casa.

130 Quais as modalidades e sistemas devotação existentes?135

As votações podem ser ostensivas (quando são públicos osvotos de cada parlamentar) ou secretas (quando não háidentificação dos votos).

Nas votações ostensivas, podem ser empregados osprocessos simbólico ou nominal. No primeiro caso, o Presidente, aoanunciar uma votação, determina que os Deputados favoráveis àaprovação permaneçam como se encontram, proclamando oresultado manifesto dos votos; no segundo caso, os Deputadosdevem acionar os botões próprios para registrar "sim", "não", ou"abstenção". Na hipótese de o sistema eletrônico apresentardefeito, os votos são colhidos oralmente por chamada nominal dosDeputados.

134 Art. 47, CF c/c art. 183, RICD.135 Art. 184 e seguintes, RICD.


Nas votações secretas, os votos são colhidos por meio dosistema eletrônico ou de cédulas. No caso do primeiro, o sistemaregistra apenas os nomes dos votantes e o resultado final dosvotos dados; pelas cédulas, o Deputado vota em cabineindevassável e os votos são depositados em urna à vista doPlenário.

131 Em que casos são empregados, nasvotações ostensivas, os processossimbólico ou nominal?136

O processo simbólico é o empregado nas votações em geral.O nominal é empregado:

a) nos casos em que se exige quorum qualificado dedeliberação, como, por exemplo, na votação de propostas deemenda à Constituição ou de leis complementares (ver questão129);

b) quando há pedido de verificação de votação (ver questão132);

c) nos demais casos expressamente previstos peloRegimento.

A votação nominal se faz, normalmente, pelo paineleletrônico do plenário, salvo nos casos em que este não esteja emoperação ou nos de deliberação sobre licença para processar oPresidente e o Vice-Presidente da República ou os Ministros deEstado por crimes comuns ou de responsabilidade, quando osistema usado é o da chamada nominal dos Deputados.

136 Arts. 185 e 186, RICD.


132 O que é verificação de votação?137

Denomina-se verificação de votação o processo pelo qual,imediatamente após a proclamação do resultado de uma votaçãoefetuada por processo simbólico, havendo dúvida quanto à efetivapresença da maioria absoluta de Deputados em Plenário (quorumconstitucionalmente exigido), procede-se a nova votação damatéria, desta vez pelo processo nominal, apurando-se pelo paineleletrônico o resultado da votação.

Para ocorrer a verificação de votação, é precisorequerimento de, no mínimo, seis centésimos do total de membrosda Casa ou líderes que representem este número, o qual éconcedido automaticamente, não necessitando ser votado peloPlenário.

133 Podem-se requerer sucessivasverificações de votação?138

Não, os pedidos de verificação de votação só podem ocorrerum a cada hora, salvo deliberação contrária do Plenário, arequerimento de pelo menos um décimo do total de membros daCasa, ou líderes que representem este número.

137 Art. 185, §§ 1o a 5o, RICD.138 Art. 185, § 4o, RICD.


134 Em que situações se adota o sistemaeletrônico em votações secretas?139

O sistema eletrônico é usado para deliberação sobresuspensão de imunidades de Deputado durante estado de sítio, ounos casos em que assim delibere o Plenário, a requerimento de umdécimo dos membros da Casa, ou de líderes que representem estenúmero.

135 Quando se emprega o sistema de cédulasem votações secretas?140

Esse sistema é usado nas deliberações sobre perda demandato de Deputado, sobre suspensão das imunidadesconstitucionais dos membros da Casa durante estado de sítio, naseleições internas em geral e ainda nos casos em que o paineleletrônico não esteja em operação.



136 O que é encaminhamento de votação?141

É o ato por meio do qual o Deputado, no momento em quese anuncia uma votação, pronuncia-se em defesa da proposição empauta, ou contrariamente a ela.

137 Quem pode encaminhar a votação?142

Podem encaminhar a votação quatro oradores, no máximo,sendo dois a favor e dois contrários, tendo preferência o autor e orelator. Os líderes também têm a prerrogativa de usar da palavrapara orientar suas bancadas, podendo fazê-lo pessoalmente ouindicando Deputado para representar a liderança.

138 Qual a duração dos discursos deencaminhamento?143

Tais pronunciamentos não podem exceder cinco minutos, nocaso de oradores em geral, e um minuto, quando se tratar deencaminhamento pelas lideranças.

141 Art. 192, RICD.142 Art. 192, §§ 1o e 2o, RICD.143 Art. 192, caput e § 2o, RICD.


139 É possível adiar uma votação?144

Qualquer líder, bem como o autor ou o relator da matéria,poderá requerer o adiamento da votação de proposição, excetoquando se tratar de matéria em regime de urgência, quando orequerimento deverá ser subscrito por um décimo dos membros daCasa, ou líderes que representem este número. O requerimento,em qualquer caso, deve ser apresentado até o início da votação damatéria.

140 Existem restrições ao requerimento deadiamento da votação?145

Ele só poderá ser concedido uma vez e por prazo nãosuperior a duas sessões, no caso de matéria em regime deurgência, e a cinco sessões, nos demais casos.

141 Como se processa a votação deproposições?146

As proposições são sempre votadas em globo, ressalvadosos destaques (ver questão 159) ou deliberação diversa do Plenário.

144 Art. 193, RICD.145 Art. 193, §§ 1o e 3o, RICD.146 Art. 189 e seguintes, RICD.


142 Como se dá a votação de umaproposição que tenha recebidosubstitutivo de comissão?147

O substitutivo é posto em votação antes da proposiçãooriginal, salvo se houver destaque sobre esta última com o fim delhe dar preferência na votação (ver questão 159, letra d).

143 O que ocorre quando é aprovado umsubstitutivo de comissão em Plenário?148

Com a aprovação do substitutivo, ficam prejudicados aproposição original, as respectivas emendas e os destaques a elasreferentes, excetuando-se os destaques destinados a votar partesda proposição original (ver questão 159, letra d).

147 Art. 191, II, RICD.148 Art. 163, V, c/c art. 191, IV, RICD.


144 Como se processa a votação de matériaquando não existe substitutivo, ouquando ele é rejeitado?149

Inexistindo substitutivo, ou sendo este rejeitado, sãovotadas primeiramente as emendas e por último a proposiçãooriginal.

145 O que ocorre quando, durante avotação, é apresentada uma emendaaglutinativa?150

Recebida a emenda pela Mesa, esta poderá adiar a votaçãoda matéria por uma sessão para fazer publicar e distribuir emavulsos o texto resultante da fusão.

146 Como se dá a votação de emendas?151

As emendas são votadas em grupos, conforme tenhamrecebido parecer favorável ou contrário por parte das comissões.

149 Art. 191, V, RICD.150 Art. 122, RICD.151 Art. 189, RICD.


No grupo das emendas com parecer favorável incluem-se asde determinada comissão, quando sobre elas não hajamanifestação em contrário de outra.

No grupo das emendas com parecer contrário incluem-seaquelas sobre as quais as comissões competentes para o exame domérito tenham-se manifestado pela rejeição, ainda que tenhamrecebido parecer de constitucionalidade, juridicidade, boa técnicalegislativa e adequação financeira e orçamentária.

147 Em que hipótese a emenda não ésubmetida a votação?152

Não é submetida a votos emenda declarada inconstitucionalou injurídica pela Comissão de Constituição e Justiça e de Redação,ou financeira e orçamentariamente incompatível pela Comissão deFinanças e Tributação, ou se no mesmo sentido se pronunciar acomissão especial referida na questão 61, parte final, em decisãoirrecorrida ou mantida pelo Plenário.

148 Quais emendas são votadasisoladamente?153

As emendas com pareceres divergentes entre as comissõese as emendas que tenham sido objeto de requerimento de

152 Art. 189, § 6o RICD.153 Art. 189, § 2o, RICD.


destaque são votadas uma a uma, conforme sua ordem e natureza(ver questão 149).

149 Em que ordem são votadas asemendas?154

Dentre as emendas de cada grupo são votadas, pela ordem:

1o) as supressivas;

2o) as aglutinativas;

3o) as substitutivas;

4o) as modificativas;

5o) as aditivas.

150 Como são votadas emendas que tenhamsubemendas?155

As emendas com subemendas normalmente são votadasuma a uma, exceto se o Plenário, por proposta de qualquerDeputado, decidir votá-las em grupos; neste caso, uma vezaprovado o grupo, são consideradas aprovadas as emendas com asalterações feitas pelas subemendas.

Votadas uma a uma as emendas com subemendas, oprocedimento é o seguinte: a emenda é votada antes e com 154 Art. 191, VIII, RICD.155 Art. 191, IX, RICD.


ressalva da subemenda, exceto quando se tratar de subemendasupressiva ou substitutiva, casos em que são votadas antes dasemendas sobre as quais incidem.

151 Como é votado substitutivo da Câmara aproposição originária do Senado?156

O substitutivo da Câmara a proposição originária do Senadoé considerado como uma série de emendas e votado em globo,exceto:

a) se qualquer comissão se manifestar favoravelmente auma ou mais emendas e contrariamente a outra ou outras, casoem que a votação se fará em grupos, segundo o sentido dospareceres;

b) quando for aprovado requerimento para a votação dequalquer emenda destacadamente.

156 Art. 190, RICD.


Regras de Preferência

152 O que é preferência?157

Preferência é a primazia na discussão, ou na votação, deuma proposição sobre outra, ou outras.

153 Qual é a ordem regimental depreferência entre os projetos emgeral?158

Os projetos em regime de urgência têm preferência sobre osem prioridade, que, por sua vez, têm preferência sobre os detramitação ordinária e, entre estes, os projetos para os quais tenhasido concedida preferência, seguidos dos que tenham pareceresfavoráveis de todas as comissões a que foram distribuídos.



154 Dentre os projetos que tramitam emregime de urgência, qual a ordem depreferência por assunto?159

A ordem de preferência é a seguinte:

1o) declaração de guerra e correlatos;

2o) estado de defesa, estado de sítio e intervenção federalnos Estados;

3o) matéria considerada urgente;160

4o) acordos internacionais;

5o) fixação dos efetivos das Forças Armadas.

155 Quais proposições têm preferência sobreas demais dentro do grupo das quetramitam em regime de prioridade?161

Têm preferência sobre as demais as proposições deiniciativa da Mesa ou de comissões permanentes.

159 Art. 159, § 2o, RICD.160 Art. 153, RICD.161 Art. 159, § 3o, RICD.


156 Qual a ordem de preferência entre osrequerimentos?162

A ordem de preferência é a seguinte:

a) o requerimento sobre proposição em Ordem do Dia temvotação preferencial, antes de iniciar-se a discussão ou votação damatéria a que se refira;

b) o requerimento de adiamento de discussão ou de votaçãodeve ser votado antes da proposição a que disser respeito;

c) quando ocorrer a apresentação de mais de umrequerimento, o Presidente deve regular a preferência pela ordemde apresentação ou, se simultâneos, pela maior importância dasmatérias a que se reportarem; se forem idênticos em seus fins,serão postos em votação conjuntamente, e a adoção de umprejudicará os demais, o mais amplo tendo preferência sobre omais restrito.

157 Até que momento podem os Deputadosrequerer preferência para votação oudiscussão de uma proposição sobre asdo mesmo grupo?163

Até ser iniciada a Ordem do Dia.



158 Quais outras regras de preferênciadevem ser obedecidas na votação?164

Também devem ser obedecidas na votação as seguintesregras:

a) a proposta de emenda à Constituição tem preferência navotação em relação às proposições em tramitação ordinária;

b) o substitutivo de comissão tem preferência na votaçãosobre o projeto;

c) havendo mais de um substitutivo, a preferência seráregulada pela ordem inversa de sua apresentação, ou seja, aqueleapresentado por último será votado em primeiro lugar;

d) na hipótese de rejeição de todos os substitutivos, aproposição original é votada por último, depois das emendas quelhe tenham sido apresentadas;

e) o dispositivo destacado de projeto para votação emseparado precede, na votação, as emendas à proposição original;

f) quando ao mesmo dispositivo forem apresentadas váriasemendas da mesma natureza, terão preferência as de comissãosobre as demais; havendo emendas de mais de uma comissão, apreferência será regulada pela ordem inversa de sua apresentação;

g) se a votação do projeto se fizer separadamente emrelação a cada artigo, o texto deste será votado antes das emendasaditivas a ele correspondentes.

164 Art. 191, RICD.


Destaques

159 O que é destaque e quais as suasfinalidades?165

Destaque é um instrumento criado pelo Regimento Internoque permite a supressão ou a inserção de novos dispositivos naproposição no momento em que está sendo votada.

Pode ter as seguintes finalidades:

a) retirar partes do texto em votação, as quais só voltarão aintegrá-lo se aprovadas posteriormente, em votação separada(Destaque para Votação em Separado — DVS);

b) votar emenda, parte de emenda ou subemendaseparadamente e não em grupos;

c) determinar que parte da proposição em votação seja delaseparada para constituir proposição autônoma, com tramitaçãoprópria;

d) votar proposição ou substitutivo, ou parte deles, quandoa preferência recair sobre outro (ver questão 158, letra b) ou sobreproposição apensada;

e) suprimir partes da proposição em votação.

165 Art. 161, RICD.


160 Como são apresentados os destaques?

Por meio de requerimento, que pode ser de dois tipos:

a) de concessão automática, apresentados pelas bancadasdos partidos dentro da "cota" a que tenham direito (ver questão163);

b) dependentes de deliberação do Plenário, os apresentadospelos Deputados em geral.

161 Qual o limite de prazo para aapresentação de requerimentos dedestaque?166

Os requerimentos de destaque devem ser apresentados atéo anúncio da votação da proposição.

162 Existe apoiamento mínimo paraapresentação de requerimentos dedestaque?167

Isto depende do tipo de destaque a ser requerido.

166 Art. 162, I, RICD.167 Art. 161, I e § 2o, RICD.


Os requerimentos de Destaque para Votação em Separado— DVS, se não forem apresentados por bancada (ver questão163), devem ser subscritos por um décimo dos membros da Casa,ou líderes que representem este mínimo de 52 Deputados; osdemais requerimentos de destaque podem ser apresentados porqualquer Deputado individualmente.

163 O que é o chamado "destaque debancada"?168

O costume da Casa apelidou de "destaque de bancada" osrequerimentos de destaque de concessão automática, que podemser apresentados pelas lideranças dos partidos dentro de umadeterminada "cota" que o Regimento prevê. Essa cota variaconforme o número de membros da bancada, de acordo com atabela seguinte:

− de 5 até 24 Deputados: um destaque;

− de 25 até 49 Deputados: dois destaques;

− de 50 até 74 Deputados: três destaques;

− de 75 ou mais Deputados: quatro destaques.

168 Art. 161, § 2o, RICD.


164 Em que casos não é admitidodestaque?169

Os destaques não são admissíveis:

a) em se tratando de emendas, para constituição de gruposdiferentes daqueles a que pertençam;

b) para retirada de expressão que inverta o sentido daproposição ou a modifique substancialmente;

c) quando o texto destacado não puder ser ajustado àproposição em que deva ser integrado formando sentido completo;

d) para constituição de projeto em separado quando adisposição a destacar seja de projeto do Senado, ou se a matériafor insuscetível de constituir proposição de curso autônomo.

165 Quando não são de concessãoautomática, em que momento são postosem votação os requerimentos dedestaque?170

No caso de requerimento de destaque de parte deproposição para constituição de projeto autônomo, assim como nosde DVS, os requerimentos são votados antes da proposiçãoprincipal sobre a qual incidem; nos demais casos, os requerimentossão votados após a deliberação sobre a proposição principal e suasemendas.

169 Art. 162, RICD.170 Art. 162, VII, RICD.


166 Como se procede à votação deproposição a que tenha sido concedidodestaque para votação em separado?171

Primeiramente é submetida a votos a matéria principal e,em seguida, a destacada, que somente voltará a integrar o texto sefor aprovada.

167 É necessário que o autor dorequerimento de destaque encaminhe avotação da matéria destacada?172

Sim, uma vez que será considerado insubsistente odestaque se, anunciada a votação da matéria destacada, o autor dorequerimento não pedir a palavra para encaminhá-la (ver questão136).

171 Art. 162, VI, RICD.172 Art. 162, XIII, RICD.


REDAÇÃO DO VENCIDO E REDAÇÃO FINAL

168 O que é redação do vencido?173

É a redação do texto de uma proposição aprovada emprimeiro turno, com emendas. Uma vez encerrada a votação emPlenário, a proposição e respectivas emendas são encaminhadas àcomissão competente, para redigir o novo texto, na forma dasalterações produzidas pelas emendas.

169 Feita a redação do vencido pelacomissão competente, o que ocorre?

A matéria é publicada e encaminhada à Mesa, para votaçãoem segundo turno.

173 Art. 194, RICD.


170 Encerrada a votação, em primeiro turno,sem que a matéria haja sido emendada,o que ocorre?174

Nesse caso, deve a matéria aguardar o interstício de duassessões para que seja apreciada em segundo turno.

171 O que é redação final?175

É a redação do texto final da proposição (aprovada em turnoúnico ou segundo turno, conforme o caso), com as eventuaisemendas aprovadas, se houver. A comissão competente paraelaborar a redação final pode propor emendas de redação, seconsiderar necessário. A redação final deve ser submetida avotação, após publicada ou distribuída em avulsos.

172 Que comissão é competente paraelaborar a redação do vencido e aredação final?176

É competente:

174 Art. 150, II, c/c art. 194, parágrafo único, RICD.175 Art. 195, RICD.176 Art. 197 c/c art. 216, § 6o, RICD.


a) a Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, nocaso das proposições em geral;

b) a comissão especial respectiva, no caso de:

− proposta de emenda à Constituição;

− projeto de código;

− projeto de alteração do Regimento Interno, quando deautoria de comissão especial;

c) a Mesa, no caso de projeto de alteração do RegimentoInterno de autoria de Deputados ou comissão permanente.

173 Pode a redação final ser dispensada?177

Sim, nos casos de:

a) propostas de emenda constitucional e projetos aprovadosem segundo turno, se aprovados sem modificações, quando játenha sido feita a redação do vencido em primeiro turno;

b) substitutivos aprovados em segundo turno, sememendas;

c) projetos oriundos do Senado aprovados sem emendas.

177 Art. 195, § 2o, RICD.


174 Qual o destino dado à proposição, apósaprovada em definitivo pela Casa?178

A proposição aprovada em definitivo pela Câmara éencaminhada, conforme o caso:

a) à sanção do Presidente da República;

b) ao Senado, para revisão; ou

c) à promulgação pelo Presidente do Congresso Nacional.

175 O que ocorre com proposição aprovadapela Câmara e emendada pelo SenadoFederal?179

Retorna à Câmara, para apreciação exclusivamente dasemendas aprovadas pelo Senado Federal, uma vez que aproposição original, em si, já foi objeto de deliberação pela Casa.

178 Art. 65, CF c/c art. 200, RICD.179 Art. 65, parágrafo único, CF.


176 Como se dá a apreciação das emendasdo Senado Federal a proposiçõesoriginárias da Câmara?180

A Câmara dos Deputados, como Casa iniciadora, não tempoderes para alterar as emendas propostas pela Casa revisora,cabendo-lhe apenas aprová-las ou rejeitá-las.

O Regimento Comum do Congresso Nacional permite à Casainiciadora dividir as emendas, no momento da votação, em artigos,parágrafos e alíneas, desde que desta cisão não resulte prejuízopara o sentido original das emendas.181

180 Art. 66, CF.181 Art. 137, Regimento Comum.


PREJUDICIALIDADE

177 Quais os casos em que se dá aprejudicialidade de proposição?182

Considera-se prejudicada, sendo arquivada, a matéria quese enquadre em um dos seguintes casos:

a) projeto idêntico a outro aprovado ou rejeitado na mesmasessão legislativa, ou transformado em diploma legal;

b) projeto semelhante a outro considerado inconstitucional,conforme parecer da Comissão de Constituição e Justiça e deRedação;

c) proposição apensada a outra, de teor idêntico ou definalidade oposta, que tenha sido aprovada ou rejeitada;

d) proposição, com respectivas emendas, que tenhasubstitutivo aprovado, ressalvados os destaques;

e) emenda de matéria idêntica, ou absolutamente contrária,à de outra já aprovada ou rejeitada naquela votação;

f) emendas a projeto rejeitado, salvo as destacadas;

g) artigos de projeto que forem conseqüência de outrorejeitado, quando a votação se der artigo por artigo;

h) requerimento com a mesma, ou oposta, finalidade deoutro já aprovado.

182 Art. 163, RICD.


178 Há outros casos de declaração deprejudicialidade?

Sim, por decisão do Presidente da Câmara ou de comissãopode ser declarada prejudicada:

a) a proposição pendente de deliberação que tenha perdidoa oportunidade de ser apreciada, isto é, que, em função do passardo tempo e de eventuais mudanças dele advindas, não mais possaproduzir os efeitos desejados;183

b) a proposição da mesma espécie de outra sobre a qual aCâmara dos Deputados, ou alguma de suas comissões, tenhaproferido prejulgamento no sentido da prejudicialidade deproposições daquela espécie.184

183 Art. 164, I, RICD.184 Art. 164, II, RICD.


MATÉRIAS SUJEITAS A TRAMITAÇÃOESPECIAL

Propostas de Emenda à Constituição

179 Como se inicia a tramitação de propostade emenda à Constituição?185

Apresentada à Câmara dos Deputados, a proposta deemenda à Constituição é despachada pelo Presidente da Casa àComissão de Constituição e Justiça e de Redação, que deverá sepronunciar sobre sua admissibilidade constitucional.

180 Que aspectos da proposta de emenda àConstituição são examinados na fase deadmissibilidade?186

São examinados os aspectos exigidos pela ConstituiçãoFederal, a saber:

a) se a proposta não contém disposições tendentes a abolira forma federativa do Estado, o voto direto, secreto, universal eperiódico, a separação dos Poderes ou os direitos e garantiasindividuais;

185 Art. 201 e seguintes, RICD.186 Art. 60, CF.


b) se foi apresentada pelo Presidente da República, peloSenado Federal, por um terço, no mínimo, do total de Deputados,ou por mais da metade das Assembléias Legislativas das unidadesda Federação; e

c) se o País não se encontra sob estado de sítio, de defesaou sob intervenção federal.

181 Qual o prazo concedido à Comissão deConstituição e Justiça e de Redaçãopara se pronunciar sobre aadmissibilidade da proposta de emendaà Constituição?187

Esse prazo é de cinco sessões, após o que a comissãodeverá devolver a proposta à Mesa com o respectivo parecer.

182 O que sucede com a proposta de emendaà Constituição considerada inadmissívelpela Comissão de Constituição e Justiçae de Redação?188

Considerada inadmissível a proposta, a matéria vai aoarquivo, a não ser que o autor, com o apoiamento de um terço dacomposição da Câmara, ou de líderes que representem este



mínimo de 171 Deputados, requeira a deliberação do Plenáriosobre a preliminar de admissibilidade.

183 O que ocorre com a proposta de emendaà Constituição que tenha recebidoparecer pela admissibilidade?189

Admitida a proposta pela Comissão de Constituição e Justiça ede Redação, deve ser designada comissão especial para examiná-la,quanto ao mérito, no prazo de quarenta sessões da Câmara dosDeputados.

184 Quando e perante que órgão podem serapresentadas emendas a proposta deemenda à Constituição?190

As emendas a proposta de emenda à Constituição somentepodem ser apresentadas perante a comissão especial respectiva, enas primeiras dez sessões do prazo que lhe cabe para proferirparecer.

189 Art. 202, § 2o, RICD.190 Art. 202, § 3o, RICD.


185 Quais os requisitos para a apresentaçãode emendas a proposta de emenda àConstituição?191

As emendas devem ser subscritas por um terço, no mínimo,dos membros da Câmara dos Deputados, e não podem conterdisposições tendentes a abolir a forma federativa do Estado, o votodireto, secreto, universal e periódico, a separação dos Poderes e osdireitos e garantias individuais.

186 A quem compete fazer o exame daadmissibilidade das emendas a propostade emenda à Constituição?

O Regimento Interno da Câmara dos Deputados não semanifesta quanto ao exame de admissibilidade de emendas aproposta de emenda à Constituição. Todavia, a orientaçãodominante na Casa tem sido no sentido de que cabe à comissãoespecial fazer esta análise.

191 Art. 202, § 3o, c/c art. 201, RICD.


187 Como se dá a votação do parecer dorelator sobre proposta de emenda àConstituição na comissão especial?

Lido o parecer, ou dispensada a sua leitura se for distribuídoem avulsos, a matéria estará pronta para discussão.192

Durante a discussão, poderão usar a palavra, por quinzeminutos improrrogáveis, o autor da proposta, o relator, os demaismembros e os líderes; os Deputados que não pertençam àcomissão também poderão fazê-lo, mas por dez minutos. Épossível, até o encerramento da discussão, a apresentação dedestaques (ver questão 86, parte final).193

Encerrada a discussão, o relator poderá solicitar aopresidente prazo não superior a uma sessão para reformular seuparecer. Não ocorrendo isto, ou após a apresentação do parecerreformulado, se for o caso, a matéria estará pronta para sercolocada em votação. O parecer será tido como aprovado seobtiver maioria de votos, presente a maioria absoluta dos membrosda comissão.

192 Art. 57, VI, RICD.193 Art. 57, VII, RICD.


188 A partir de quando pode a proposta deemenda à Constituição ser incluída naOrdem do Dia da Câmara dosDeputados?194

Após a publicação do parecer da comissão especial,observado o interstício mínimo de duas sessões.

189 Em quantos turnos se dá a apreciaçãoda proposta de emenda àConstituição?195

A proposta é submetida a dois turnos de discussão evotação, com interstício de cinco sessões entre um e outro.



190 Como se processa a votação de propostade emenda à Constituição e qual oquorum necessário para suaaprovação?196

Considerar-se-á aprovada na Câmara dos Deputados aproposta que, em dois turnos, obtiver três quintos dos votos dosseus membros (atualmente 308 votos favoráveis), em votaçãonominal.

191 Como prossegue a tramitação daproposta de emenda à Constituiçãoapresentada na Câmara, após suaaprovação nesta Casa?

Aprovada na Câmara, a proposta é encaminhada ao SenadoFederal, para apreciação. Estará aprovada em definitivo se obtivernaquela Casa os votos de três quintos dos senadores, em doisturnos de votação.

196 Art. 60, § 2o, CF c/c art. 202, § 7o, RICD.


192 O que ocorre com a proposta de emendaà Constituição aprovada com emendasna Casa revisora?

De acordo com decisão da Mesa da Câmara dos Deputados— proferida em 21 de outubro de 1997, com base no art. 203,caput, do Regimento Interno da Câmara e, subsidiariamente, noart. 367 do Regimento Interno do Senado Federal —, a proposta deemenda à Constituição que for aprovada com emendas pela Casarevisora voltará a tramitar na Casa iniciadora como proposta nova,com despacho — na Câmara dos Deputados — à Comissão deConstituição e Justiça e de Redação e à comissão especial, nostermos dos arts. 201 a 203 do Regimento Interno.

Cumpre observar, ainda, que, se houver parte da propostaque tenha sido aprovada pelas duas Casas sem desconformidadede texto, estará apta a ser promulgada como emendaconstitucional, de acordo com o que ficou decidido pela Presidênciaa respeito de uma questão de ordem levantada sobre o assunto,em 1998197.

197 Questão de ordem no 10.128, de 10.11.98.


193 O que ocorre com proposta de emenda àConstituição aprovada em definitivo porambas as Casas do CongressoNacional?198

Sua aprovação é comunicada ao Presidente do Senado, queconvocará sessão conjunta das duas Casas para promulgação daemenda.

194 Na ausência de norma específica, o quese aplica à tramitação de propostas deemenda à Constituição?199

São aplicáveis às propostas de emenda à Constituição, noque não colidir com o especialmente prescrito nos arts. 201 a 203do Regimento Interno, as disposições regimentais relativas aotrâmite e apreciação dos projetos de lei em geral.

198 Art. 203, parágrafo único, RICD.199 Art. 202, § 8o, RICD.


Projetos de Iniciativa do Presidente da Repúblicacom Solicitação de Urgência

195 Como se dá a tramitação de projeto delei de iniciativa do Presidente daRepública com solicitação deurgência?200

O art. 64, §§ 1o, 2o e 3o, da Constituição Federal, determinaque os projetos de iniciativa do Presidente da República comurgência solicitada deverão ser apreciados pela Câmara dosDeputados e pelo Senado Federal em até quarenta e cinco dias,cada qual, sucessivamente, sob pena de se sobrestar a deliberaçãoquanto aos demais assuntos até que se ultime a sua votação.

A apreciação de eventuais emendas do Senado pela Câmarados Deputados201 deverá ocorrer no prazo de dez dias. Casocontrário, haverá também sobrestamento da pauta de deliberaçãodos demais assuntos.

200 Art. 204, RICD.201 Os projetos de iniciativa do Presidente da República sempre iniciam suatramitação na Câmara dos Deputados (art. 64, caput, da Constituição Federal).


Projetos de Código

196 Como se inicia a tramitação de projetode código?202

Recebido pela Mesa projeto de código, o Presidente devecomunicar o fato ao Plenário e determinar sua inclusão na Ordemdo Dia da sessão seguinte, sendo publicado e distribuído emavulsos. No decurso da mesma sessão, o Presidente deve nomearcomissão especial para emitir parecer sobre o projeto e asemendas.

197 Qual o prazo para apresentação deemendas ao projeto de código?203

Depois de nomeada comissão especial pelo Presidente daCasa, eleitos o presidente e os vice-presidentes e designado orelator-geral e tantos relatores parciais quantos forem necessários,abre-se o prazo de vinte sessões para apresentação de emendas,que serão encaminhadas aos respectivos relatores.

202 Art. 205 e seguintes, RICD.203 Art. 205, § 4o, RICD.


198 Qual o prazo para os relatoresapreciarem as emendas?204

Encerrado o prazo de oferecimento de emendas, os relatoresparciais terão o prazo de dez sessões para entregar seus pareceres,que serão imediatamente encaminhados ao relator-geral.

199 Qual o prazo do relator-geral?205

O relator-geral tem o prazo máximo de quinze sessões paraapresentar seu parecer.

200 Qual o prazo dado à comissão especialpara discussão e votação do projeto decódigo?206

O projeto de código deve ser discutido e votado, com suasemendas, em dez sessões.

204 Art. 205, § 5o, RICD.205 Art. 205, § 6o, RICD.206 Art. 206, RICD.


201 Quando o projeto de código pode serincluído na Ordem do Dia?207

Assim que for concluída a fase de discussão e votação, oprojeto, as emendas e os pareceres, após publicados e distribuídosem avulsos, vão a Plenário para serem apreciados em turno único,obedecido o interstício regimental de duas sessões.

202 O que ocorre com o projeto de códigoapós sua aprovação pelo Plenário?208

O projeto e as emendas serão encaminhados à comissãoespecial para elaboração da redação final em cinco sessões.Aprovado na Câmara, o projeto de código será encaminhado aoSenado Federal, para revisão.

203 De volta à Câmara, com emendas, comose ultima a tramitação do projeto decódigo?209

As emendas do Senado Federal serão encaminhadas àcomissão especial para que recebam parecer em dez sessões.

207 Art. 207, RICD.208 Arts. 208 e 209, RICD.209 Art. 210, RICD.


Publicadas as emendas e o parecer, o projeto de código seráincluído obrigatoriamente na Ordem do Dia, em duas sessões, paradiscussão e votação, em turno único, apenas quanto àsmodificações propostas pelo Senado Federal.

204 Aprovado definitivamente na Câmara,qual o prazo para o envio do projeto decódigo ao Poder Executivo, parasanção?210

O projeto de código definitivamente aprovado será enviadoà sanção no prazo improrrogável de três sessões.

205 Existe alguma limitação numérica àtramitação de projetos de código?211

Sim, é vedada a tramitação simultânea de mais de doisprojetos de código.



206 O que ocorre com o projeto de códigoem tramitação no Congresso Nacionalhá mais de três legislaturas?212

Será submetido a uma revisão para sua adequação àsalterações constitucionais e legais promulgadas desde suaapresentação antes de sua discussão final na Casa que oencaminhará à sanção.

207 Como se dá a adequação do projeto decódigo às alterações constitucionais elegais?

A Casa que tiver de ultimar a tramitação do projetoencaminhará à outra Casa relatório apontando as alterações que sefizerem necessárias. Aprovado o relatório nesta Casa, deverá serfeita comunicação à outra, para o prosseguimento de suatramitação regimental, incorporadas as alterações aprovadas.

212 Resolução no 1/2000-CN.


Projetos de Consolidação

208 Qual é a finalidade dos projetos deconsolidação?213

Os projetos de consolidação têm como finalidade asistematização, a correção, o aditamento, a supressão e aconjugação de textos legais vigentes.

209 É possível fazer modificação no méritodos dispositivos legais submetidos aconsolidação?

Definitivamente não. Os projetos de consolidação deverãoestar restritos aos aspectos formais, resguardando-se, sempre, amatéria de mérito.

213 Art. 212, RICD.


210 A quem caberá o exame dos projetos deconsolidação?214

Os projetos de consolidação serão apreciados pelo Grupo deTrabalho de Consolidação das Leis e pela Comissão de Constituiçãoe Justiça e de Redação, após o que serão submetidos à apreciaçãodo Plenário da Câmara.

214 Art. 213, RICD.


Projetos de Alteração do Regimento Interno

211 Qual é o instrumento legislativoadequado para modificar o RegimentoInterno?215

O instrumento legislativo adequado para modificar oRegimento Interno é projeto de resolução de iniciativa deDeputado, da Mesa, de comissão permanente ou de comissãoespecial criada para esse fim.

212 Quando e perante que órgão devem serapresentadas emendas a projeto deresolução que altera o RegimentoInterno?216

As emendas podem ser apresentadas em Plenário no prazode cinco sessões após a publicação do projeto e sua distribuiçãoem avulsos.



213 Após encerrado o prazo de emendas, oque ocorre?217

O projeto, com as respectivas emendas, se houver, édistribuído:

a) à Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, queproferirá parecer sobre os aspectos de constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa, bem como sobre o mérito, se setratar de projeto que envolva matéria de sua competência, nostermos do que prevê o art. 32, III, do Regimento Interno;

b) à comissão especial que o houver elaborado, se houversido este o caso, para que seja examinado o mérito das emendasrecebidas;

c) à Mesa, para que seja apreciado o mérito do projeto e desuas emendas.

214 Como se dá a apreciação do projetopelo Plenário?

Após a publicação e distribuição em avulsos dos pareceresdas comissões, o projeto é incluído na Ordem do Dia paraapreciação em dois turnos, devendo ser aprovado por maioria devotos, presente a maioria absoluta dos membros da Casa.

217 Art. 216, § 2o, RICD.


Propostas de Fiscalização e Controle

215 Quais são os atos ou fatos sujeitos àfiscalização e controle do CongressoNacional, de suas Casas e comissões?218

São os seguintes:

a) todos os atos passíveis de fiscalização contábil,financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, no âmbito daUnião, seus órgãos e entidades, nos termos do art. 70 daConstituição Federal;

b) os atos de gestão administrativa do Poder Executivo,incluídos os da administração indireta, seja qual for a autoridadeque os tenha praticado;

c) os atos do Presidente e do Vice-Presidente da República,dos Ministros de Estado, dos Ministros do Supremo TribunalFederal, do Procurador-Geral da República e do Advogado-Geral daUnião, que importarem, tipicamente, crime de responsabilidade; e

d) as petições, reclamações ou representações de qualquerpessoa física ou jurídica contra ato ou omissão das autoridades eentidades públicas, ou imputados a membros da Casa.219

218 Art. 60, RICD.219 Art. 253, RICD.


216 Quem detém a prerrogativa deapresentar proposta de fiscalização econtrole e como deve ser elaformulada?220

As propostas de fiscalização e controle dos atos do PoderExecutivo, inclusive os da administração indireta, podem serapresentadas por qualquer Deputado à comissão técnicacompetente, devendo indicar especificamente o ato e afundamentação da providência objetivada (ver questão 44).

217 Como deve proceder a comissão aoreceber proposta de fiscalização econtrole?221

A proposta deve ser distribuída a um relator, que fará umrelatório prévio a respeito da oportunidade e conveniência de suaacolhida e de seu alcance jurídico, administrativo, político,econômico, social e orçamentário, definindo, quando concluir pelaaprovação, o plano de execução e a metodologia de avaliação aserem empregados.

220 Art. 61, I, RICD.221 Art. 61, II, RICD.


218 Deve esse relatório prévio ser submetidoà comissão?222

Sim. Caso seja aprovado, o mesmo relator ficaráencarregado de sua implementação.

222 Art. 61, III, RICD.


AUTORIZAÇÃO PARA INSTAURAÇÃO DEPROCESSO CRIMINAL CONTRA O

PRESIDENTE E O VICE-PRESIDENTE DAREPÚBLICA E OS MINISTROS DE ESTADO

219 Como se dá a tramitação de pedido deautorização para instauração deprocesso criminal contra o Presidente eo Vice-Presidente da República e osMinistros de Estado?223

Solicitada, pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal,autorização para a instauração de processo penal comum contra oPresidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros deEstado, o Presidente da Câmara a receberá e deverá notificar oacusado e despachar o expediente à Comissão de Constituição eJustiça e de Redação, que é a comissão competente para examinare dar parecer sobre a solicitação.

O acusado, ou seu advogado, poderá manifestar-se noprazo de dez sessões.

Proferido o parecer dentro de cinco sessões contadas damanifestação do acusado ou do término do prazo do parágrafoanterior, será este encaminhado à Mesa, lido no expediente,publicado no Diário da Câmara dos Deputados, distribuído emavulsos e incluído na Ordem do Dia da sessão seguinte à de seurecebimento pela Mesa.

223 Art. 217, RICD.


Considerar-se-á autorizada a instauração do processo separecer nesse sentido, da Comissão de Constituição e Justiça e deRedação, for aprovado por dois terços dos membros da Casa, emvotação nominal, pelo processo de chamada dos Deputados (verquestão 131, parte final).


PROCESSO NOS CRIMES DERESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE E DO

VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA E DEMINISTROS DE ESTADO

220 Como se processa a denúncia decidadão à Câmara dos Deputadoscontra Presidente, Vice-Presidente daRepública ou Ministros de Estado porcrime de responsabilidade?224

Deferido o recebimento da denúncia pelo Presidente daCâmara, será esta despachada a uma comissão especial que, apóseleger seu presidente, vice-presidentes e relator em quarenta eoito horas, emitirá parecer no sentido de instauração ou não dorespectivo processo (a ser feita pelo Senado Federal, nos termosdo art. 52, da CF). O parecer deverá ser aprovado pela comissão noprazo de cinco sessões contadas do oferecimento da manifestaçãodo acusado, ou após dez sessões, se esta manifestação nãoocorrer.

Decorridas quarenta e oito horas da publicação do parecerda comissão especial, será ele incluído na Ordem do Dia da sessãoseguinte.

A instauração do processo será autorizada se nesse sentidoforem os votos de dois terços dos membros da Casa. 224 Art. 218, RICD.


COMPARECIMENTO DE MINISTROS DEESTADO E OUTRAS AUTORIDADES

PERANTE A CÂMARA DOS DEPUTADOS

221 Em que casos podem os Ministros deEstado ou os titulares de órgãosdiretamente subordinados à Presidênciada República comparecer perante aCâmara ou suas comissões?225

O comparecimento destas autoridades pode se dar nosseguintes casos:

a) por iniciativa da própria Câmara ou de suas comissões,quando as convocarem para prestar, pessoalmente, informaçõessobre assunto previamente determinado; ou

b) por iniciativa da própria autoridade, quando pretenderexpor assunto de relevância de sua pasta.

225 Art. 219, RICD c/c art. 50, CF.


222 Como é feita a convocação de Ministrode Estado ou de titulares de órgãosdiretamente subordinados à Presidênciada República?226

Qualquer Deputado ou membro de comissão poderáapresentar o requerimento para a convocação. Este requerimentoserá decidido pela maioria da respectiva composição plenária (Casaou comissão, conforme o caso).

223 O não-comparecimento do convocadopara prestar informações tem algumaconseqüência?227

Sim. A ausência sem justificação adequada implica crime deresponsabilidade, cabendo ao Presidente da Câmara promover ainstauração do procedimento legal cabível.

226 Art. 219, § 1o, RICD.227 Art. 219, § 2o, c/c art. 223, RICD.


PEDIDOS ESCRITOS DE INFORMAÇÃO AMINISTRO DE ESTADO E OUTRAS

AUTORIDADES

224 A que se podem referir os pedidosescritos de informações a Ministros deEstado ou titulares de órgãosdiretamente subordinados à Presidênciada República?228

Tais pedidos somente podem referir-se a ato ou fatorelacionado com matéria legislativa em trâmite, pertinente àsatribuições do Congresso Nacional ou sujeito a sua fiscalização econtrole. Não se admitem sugestões de providências a tomar,consultas, conselhos ou questionamentos acerca dos propósitos daautoridade a que se dirige.

228 Art. 116, RICD.


PARTICIPAÇÃO NA COMISSÃOREPRESENTATIVA DO CONGRESSO

NACIONAL E NO CONSELHO DA REPÚBLICA

225 Como é feita a escolha dos membros daCâmara dos Deputados que irão compora Comissão Representativa do CongressoNacional?229

Na última sessão ordinária de cada sessão legislativa, aMesa deve conduzir o processo eleitoral para a escolha dosmembros da Comissão Representativa do Congresso Nacional quefuncionará durante o recesso parlamentar, com a observância, noque couber, das regras regimentais para eleição dos membros daMesa (ver questão 12), e obedecido, dentro do possível, o critérioda proporcionalidade partidária.

226 Na eleição dos dois cidadãos que devamintegrar o Conselho da República, quaisos critérios exigidos?230

A eleição deverá se dar de acordo com as regrasregimentais previstas para eleição dos membros da Mesa (verquestão 12), não sendo exigida a observância do princípio daproporcionalidade partidária.

229 Art. 224, RICD.230 Art. 225, RICD.


DIREITOS E DEVERES DOS DEPUTADOS

227 Quais os deveres fundamentais dosDeputados?231

De acordo com o que dispõe o Código de Ética e DecoroParlamentar, que constitui parte integrante do Regimento Interno,são deveres fundamentais do Deputado:

a) promover a defesa do interesse público e da soberanianacional;

b) respeitar e cumprir a Constituição, as leis e as normasinternas da Casa e do Congresso Nacional;

c) zelar pelo prestígio, aprimoramento e valorização dasinstituições democráticas e representativas e pelas prerrogativasdo Poder Legislativo;

d) exercer o mandato com dignidade e respeito à coisapública e à vontade popular, agindo com boa-fé, zelo e probidade;

e) apresentar-se à Câmara durante as sessões legislativasordinárias e extraordinárias e participar das sessões do Plenário edas reuniões de comissão de que seja membro, além das sessõesconjuntas do Congresso Nacional;

f) examinar todas as proposições submetidas a suaapreciação e voto sob a ótica do interesse público;

g) tratar com respeito e independência os colegas, asautoridades, os servidores da Casa e os cidadãos com os quaismantenha contato no exercício da atividade parlamentar, nãoprescindindo de igual tratamento;

231 Art. 3o do Código de Ética e Decoro Parlamentar.


h) prestar contas do mandato à sociedade, disponibilizandoas informações necessárias ao seu acompanhamento e fiscalização;

i) respeitar as decisões legítimas dos órgãos da Casa;

j) apresentar as declarações obrigatórias de que trata o art.18 do Código de Ética e Decoro Parlamentar.

228 Que informações o Deputado é obrigadoa apresentar à Câmara durante oexercício do mandato?

Ao assumir o mandato, bem como noventa dias antes daseleições, no último ano da legislatura, o Deputado deveráapresentar à Mesa declaração de bens e rendas, incluindo ospassivos de sua responsabilidade de valor igual ou superior à suaremuneração como parlamentar.

Anualmente, também, o Deputado estará obrigado aapresentar à Mesa, até o trigésimo dia seguinte ao encerramentodo prazo para entrega da declaração de imposto de renda daspessoas físicas, cópia da que houver encaminhado ao Tesouro.

Todas essas informações aqui referidas deverão serautuadas em processos formalizados, os quais ficarão em arquivopróprio, junto à Mesa, resguardado o devido sigilo, nos termosgarantidos pela Constituição Federal, art. 5o, inciso XII. Essaresponsabilidade pelo sigilo poderá ser repassada exclusivamenteao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, quando este o solicitar,mediante aprovação da maioria absoluta de seus membros.


229 Há outro tipo de declaração obrigatóriaque o Deputado deva prestar à Casa noreinício do mandato?

Sim, a declaração de impedimento para votar, quandoiniciar-se a apreciação de matéria que envolva direta eespecificamente seus interesses patrimoniais.

230 O que é o Sistema de Acompanhamento eInformações do Mandato Parlamentar?232

É um arquivo eletrônico relativo a cada Deputado,organizado e mantido pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentare posto à disposição dos cidadãos através da Internet e outrasredes de comunicação similares, onde constam os seguintes dadosreferentes:

1) ao desempenho das atividades parlamentares, e emespecial sobre:

a) cargos, funções ou missões que tenha exercido no PoderExecutivo, na Mesa, em comissões, ou em nome da Casa durante omandato;

b) número de presenças às sessões ordinárias, compercentual sobre o total;

c) número de pronunciamentos realizados nos diversos tiposde sessões da Câmara;

d) número de pareceres que tenha subscrito como relator;

232 Art. 17, Código de Ética e Decoro Parlamentar.


e) relação das comissões e subcomissões que tenhaproposto ou das quais tenha participado;

f) número de propostas de emendas à Constituição,projetos, emendas, indicações, requerimentos, recursos, parecerese propostas de fiscalização e controle;

g) número, destinação e objetivos de viagens oficiais aoexterior realizadas com recursos do poder público;

h) licenças solicitadas e respectiva motivação;

i) votos dados nas proposições submetidas à apreciação,pelo sistema nominal, na legislatura;

j) outras atividades pertinentes ao mandato, cuja inclusãotenha sido requerida pelo Deputado;

2) à existência de processos em curso ou ao recebimento depenalidades disciplinares, por infração aos preceitos do Código deÉtica e Decoro Parlamentar.

231 Como é aferido o comparecimento dosDeputados à Casa?233

O comparecimento é aferido diariamente:

a) no caso das sessões de debates, por meio de registro depresença em postos eletrônicos instalados pela Casa;

b) no caso das sessões deliberativas, por meio de registrono painel eletrônico do plenário até o encerramento da Ordem doDia (quando o painel não está funcionando, a presença é registradaem listas no plenário);

233 Art. 227, RICD.


c) no caso das reuniões de comissão, por meio deassinatura em lista de presença própria de cada órgão técnico.

232 Em que casos o Deputado podelicenciar-se do exercício do mandato?234

O Deputado pode obter licença para:

a) desempenhar missão temporária de caráter diplomáticoou cultural;

b) tratar, sem remuneração, de interesses particulares;

c) tratar da própria saúde; e

d) assumir cargo de Ministro de Estado, Governador deTerritório, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território,de Prefeitura de capital ou de chefe de missão diplomáticatemporária.

233 Em que casos pode ser declarado vago ocargo de Deputado?235

Nos casos de falecimento, renúncia ou perda do mandato.

234 Art. 235, RICD.235 Art. 238, RICD.


234 Como pode ocorrer a perda do mandatode Deputado?236

Por decisão da maioria absoluta dos membros da Câmarados Deputados ou por ato da Mesa, nos termos expressamenteprevistos na Constituição Federal.

Assim, pode perder o mandato, por decisão da maioriaabsoluta dos membros da Câmara, o Deputado que infringirqualquer das proibições do art. 54 da Constituição Federal, quesofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado oucujo procedimento for declarado incompatível com o decoroparlamentar.

Pode, ainda, perder o mandato por simples ato da Mesa oDeputado que:

a) deixar de comparecer, em cada sessão legislativaordinária, à terça parte das sessões ordinárias da Câmara (verquestão 8);

b) perder ou tiver suspensos seus direitos políticos;

c) tiver a perda do mandato decretada pela Justiça Eleitoral,nos casos previstos na Constituição Federal.

236 Art. 240, RICD c/c art. 55, CF.


235 Que atos são considerados incompatíveiscom o decoro parlamentar, podendodeterminar a perda do mandato de umDeputado?237

De acordo com o Código de Ética e Decoro Parlamentar, queintegra o Regimento Interno e disciplina esta matéria, constituemprocedimentos incompatíveis com o decoro parlamentar:

1) abusar das prerrogativas constitucionais asseguradas aosmembros do Congresso Nacional;

2) perceber, a qualquer título, em proveito próprio ou deoutrem, no exercício da atividade parlamentar, vantagensindevidas;

3) celebrar acordo que tenha por objeto a posse dosuplente, condicionando-a a contraprestação financeira ou à práticade atos contrários aos deveres éticos ou regimentais dosDeputados;

4) fraudar, por qualquer meio ou forma, o regularandamento dos trabalhos legislativos para alterar o resultado dedeliberação;

5) omitir intencionalmente informação relevante ou, nasmesmas condições, prestar informação falsa nas declarações debens e rendas que é obrigado a apresentar periodicamente àCâmara (ver questões 228 e 229).

237 Art. 4o do Código de Ética e Decoro Parlamentar.


236 Além da perda do mandato, há outraspunições aplicáveis a Deputados pelaprática de atos que atentem contra aética e o decoro parlamentar?238

O Código de Ética e Decoro Parlamentar prevê dois tipos decondutas puníveis: as consideradas "incompatíveis" com o decoroparlamentar (mencionadas na questão 235), as quais, pordeterminação constitucional239, são puníveis com a perda domandato, e as consideradas simplesmente "atentatórias" ao decoroe à ética parlamentar, puníveis com penalidades mais brandascomo censura, verbal e escrita, suspensão de prerrogativasregimentais e suspensão temporária do exercício do mandato.

237 Que atos atentatórios ao decoroparlamentar são puníveis com censuraverbal e escrita?240

A censura verbal pode ser aplicada àqueles que perturbarema ordem das sessões da Câmara ou das reuniões de comissão, bemcomo aos que infringirem as regras de boa conduta nasdependências da Casa. A censura escrita será aplicável aoDeputado que praticar ofensas físicas ou morais nas dependênciasda Câmara ou desacatar, por atos ou palavras, outro parlamentar,a Mesa ou comissão ou os respectivos Presidentes, bem como aoque reincidir nas condutas puníveis com censura verbal.

238 Art. 5o, Código de Ética e Decoro Parlamentar.239 CF, art. 55, II.240 Arts. 11 e 12 , Código de Ética e Decoro Parlamentar.


238 Quais as condutas puníveis com asuspensão de prerrogativasregimentais?241

Revelar informações e documentos oficiais de caráterreservado, de que o Deputado tenha tido conhecimento na formaregimental; usar verbas de gabinete em desacordo com osprincípios fixados no caput do art. 37 da Constituição Federal; erelatar matéria submetida à apreciação da Câmara, de interesseespecífico de pessoa física ou jurídica que tenha contribuído para ofinanciamento de sua campanha eleitoral.

239 Em que casos pode ser aplicada apenalidade de suspensão temporária domandato?242

O Deputado poderá ser punido com esse tipo de penalidadese usar dos poderes e prerrogativas do cargo para constranger oualiciar servidor, colega ou qualquer pessoa sobre a qual exerçaascendência hierárquica com o fim de obter qualquer espécie defavorecimento, revelar o conteúdo de debates ou deliberações quea Câmara ou comissão hajam resolvido devam ficar secretos, ou,ainda, se vier a fraudar, por qualquer meio ou forma, o registro depresença às sessões, ou às reuniões de comissão.

241 Art. 13, Código de Ética e Decoro Parlamentar.242 Art. 14, § 1o, Código de Ética e Decoro Parlamentar.


240 Quais as autoridades competentes paraaplicar cada tipo de penalidade?

A censura verbal é aplicável de ofício pelos presidentes decomissão, quando a conduta tenha sido praticada no recinto dosórgãos técnicos, e pelo Presidente da Câmara, nos demais casos.243

A censura escrita é aplicável pela Mesa, dependendo,conforme o caso, de provocação do ofendido ou das presidênciasdas comissões ou da Casa.244

As penalidades de suspensão de prerrogativas regimentais,suspensão temporária do exercício do mandato e perda domandato são de competência do Plenário, e dependem de processodisciplinar prévio instaurado perante o Conselho de Ética e DecoroParlamentar245.

241 Como se dá o processo de suspensão deprerrogativas regimentais?246

Recebida representação de qualquer cidadão contraDeputado e verificadas a existência dos fatos e respectivas provas,a Mesa a encaminhará ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar,que deverá instaurar o respectivo processo para a apuraçãosumária dos fatos, no prazo de trinta dias, assegurada ampladefesa ao acusado. Ao final da apuração, concluindo o Conselhopela procedência da representação, proporá a aplicação dapenalidade e encaminhará o parecer final à Mesa, para publicação 243 Art. 11, Código de Ética e Decoro Parlamentar.244 Art. 12, Código de Ética e Decoro Parlamentar.245 Arts. 13 e 14, Código de Ética e Decoro Parlamentar.246 Art. 13, Código de Ética e Decoro Parlamentar.


em avulsos e inclusão na Ordem do Dia do Plenário; concluindo oConselho pela improcedência da representação, o processo seráarquivado.

242 Como se desencadeia e evolui oprocesso disciplinar destinado àaplicação das penalidades de suspensãotemporária ou de perda de mandato deDeputado?247

Esse tipo de processo se inicia perante o Conselho de Ética eDecoro Parlamentar, por provocação da Mesa ou de partido políticorepresentado no Congresso Nacional. Observa-se que a provocaçãoda Mesa poderá ser decorrente do recebimento de representaçãopopular contra o Deputado.

Instaurado o processo, o Conselho deverá remeter cópia darepresentação ao Deputado acusado, para apresentar defesaescrita, com indicação de provas, no prazo de cinco sessões.Esgotado o prazo sem a apresentação da defesa, o presidentedeverá nomear-lhe defensor dativo para oferecê-la em novo e igualprazo, após o que o relator — ou uma subcomissão de inquéritoconstituída em seu lugar — procederá às diligências e à instruçãoprobatória que entender necessárias, findas as quais deveráproferir parecer também no prazo de cinco sessões, concluindopela procedência ou improcedência da representação. Uma vezaprovado o parecer pelo Conselho, o processo deverá serencaminhado à Mesa, para a leitura no expediente, publicação edistribuição em avulsos, e inclusão na Ordem do Dia do Plenário.

Cumpre observar, finalmente, que o acusado poderárecorrer à Comissão de Constituição e Justiça e de Redação de

247 Art. 14, Código de Ética e Decoro Parlamentar.


qualquer decisão do Conselho que contrariar norma constitucional,regimental ou do Código de Ética.

243 Os Deputados gozam de imunidadeparlamentar?248

Sim. A Constituição Federal garante que os Deputados "sãoinvioláveis, civil e penalmente, por suas opiniões, palavras evotos". Isto quer dizer que os Deputados não podem serprocessados, seja na esfera civil, seja na esfera penal, pelos atosdecorrentes de suas opiniões, palavras e votos emitidos enquantoDeputados.

244 Os Deputados podem ser processadospor crime comum?249

Antes da EC no 35/2001, os Deputados só podiam serprocessados pelo Supremo Tribunal Federal após autorização daCâmara.

Hoje, o foro privilegiado continua, mas o STF ao receber adenúncia dá andamento à ação e comunica à Câmara dosDeputados que, por iniciativa de partido político nela representadoe pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisãofinal, sustar o andamento da ação.

248 Art. 53, C.F.249 Art. 53, C.F.


245 Como deve deliberar o Plenário paraaplicar as penalidades de suspensão deprerrogativas regimentais, suspensãotemporária do exercício do mandato eperda do mandato?

O Código de Ética e Decoro Parlamentar não prevê quorumnem processo especial para a deliberação do Plenário sobre aaplicação da penalidade de suspensão de prerrogativas regimentaisa Deputado, o que faz supor deva incidir aí a regra geral aplicávelàs deliberações legislativas, ou seja, decisão por maioria de votos,presente a maioria absoluta dos membros da Casa, em votaçãoaberta.

Para a aplicação das penalidades de suspensão temporária eperda do mandato, ao contrário, há regras específicas: o Plenáriosó estará autorizado a aplicar a penalidade se assim decidir amaioria absoluta de seus membros, em escrutínio secreto250.

250 Art. 14, caput, Código de Ética e Decoro Parlamentar.


PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL NACÂMARA DOS DEPUTADOS

246 Como pode a sociedade civil participardos trabalhos da Câmara dosDeputados?251

Com o advento das Resoluções nos 19 e 21/2001, quecriaram, respectivamente, a Ouvidoria Parlamentar (ver questão21) e a Comissão de Legislação Participativa (ver questão 247), asociedade civil teve ampliada a possibilidade de participardiretamente dos trabalhos legislativos.

Hoje, além da iniciativa popular de projetos de lei, garantidaconstitucionalmente, da possibilidade de apresentação de petiçõesou reclamações contra atos de autoridades públicas e, ainda, daviabilidade de oferecimento de pareceres técnicos, exposições, etc.,a sociedade civil está legitimada a oferecer sugestões de iniciativalegislativa (ver questão 249) à Comissão de LegislaçãoParticipativa.

251 Arts. 253 e 254, RICD.


247 Qual a competência da Comissão deLegislação Participativa?252

A Comissão de Legislação Participativa é comissãopermanente da Câmara dos Deputados que tem como competênciareceber e examinar:

a) as sugestões de iniciativas legislativas apresentadas porassociações e órgãos de classe, sindicatos e entidades organizadasda sociedade civil, exceto partidos políticos; e

b) os pareceres técnicos, exposições e propostas oriundasde entidades científicas e culturais.

248 Como se dá a análise das sugestõespela Comissão de LegislaçãoParticipativa?

Recebida a sugestão, ela será distribuída a um relator queemitirá parecer pela sua aprovação ou rejeição. Aprovada peloplenário da comissão, a sugestão passará a tramitar na Casa comoproposição de autoria da própria Comissão de LegislaçãoParticipativa; rejeitada, será encaminhada ao arquivo da comissão.

252 Art. 32, XVII, RICD.


249 Quais sugestões legislativas podem serapresentadas?

Todas aquelas cuja iniciativa esteja inserida na competênciadas comissões permanentes, ou seja, projetos de lei, ordinária ecomplementar, projetos de resolução, projetos de decretolegislativo, requerimentos de convocação, informação e audiênciapública, e emendas à lei orçamentária anual e ao plano plurianual.

250 Há alguma restrição quanto à matériaobjeto de sugestão?

Sim. Não podem ser apresentadas sugestões de proposta deemenda à Constituição Federal, projeto de decreto legislativoconvocando plebiscito ou referendo, proposta de fiscalização econtrole, requerimento de criação de CPI ou quaisquer outrasproposições sobre as quais as comissões permanentes não tenhaminiciativa.

Também não serão aceitas sugestões relacionadas a matériade iniciativa privativa do Presidente da República, do SupremoTribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do Ministério Público.

Cabe mencionar ainda que as sugestões devemnecessariamente se referir a assuntos de esfera federal.


251 Como pode ser exercida a iniciativapopular de lei, garantida pelo art. 61da Constituição Federal?253

A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação àCâmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo,um centésimo do eleitorado nacional, distribuído pelo menos porcinco Estados, com não menos de três milésimos dos eleitores decada um deles, obedecidas, entre outras, as seguintes condições:

a) a assinatura de cada eleitor deverá ser acompanhada deseu nome completo e legível, endereço e dados identificadoresde seu título eleitoral;

b) as listas de assinatura serão organizadas por Município epor Estado, Território e Distrito Federal, em formulário padronizadopela Mesa da Câmara;

c) o projeto será instruído com documento hábil da JustiçaEleitoral quanto ao contingente de eleitores alistados em cadaunidade da Federação, aceitando-se, para esse fim, os dadosreferentes ao ano anterior, se não disponíveis outros maisrecentes.

252 A que se destinam as reuniões deaudiência pública?254

As reuniões de audiência pública com entidade da sociedadecivil — que podem ser realizadas por qualquer comissão — são

253 Art. 252, RICD c/c art. 61, § 2o, CF.254 Art. 255, RICD.


destinadas a instruir matéria legislativa em trâmite, bem como atratar de assuntos de interesse público relevante.

253 Quais as entidades que poderãocredenciar representantes junto àCâmara dos Deputados e com quefinalidade?255

Os ministérios, as entidades da administração federalindireta, as entidades de classe de grau superior, de empregados eempregadores, autarquias profissionais e outras instituições deâmbito nacional da sociedade civil poderão credenciar junto à Mesarepresentantes para, eventualmente, prestar esclarecimentosespecíficos à Câmara, por intermédio de suas comissões, àslideranças, aos Deputados em geral e ao órgão de assessoramentoinstitucional.

255 Art. 259, RICD.


CONSULTORIA LEGISLATIVA ECONSULTORIA DE ORÇAMENTO E

FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA

254 A quem pode o parlamentar recorrerpara a elaboração de proposições?

Para a elaboração de todos os tipos de proposiçõeslegislativas os Deputados podem solicitar, no âmbito da Câmarados Deputados, os trabalhos da Consultoria Legislativa e daConsultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira.

A Consultoria Legislativa e a Consultoria de Orçamento eFiscalização Financeira, integrantes da estrutura administrativa daCâmara dos Deputados, são organizadas sob a forma de núcleostemáticos de consultoria e assessoramento.

255 Pode o parlamentar solicitar aelaboração de minutas depronunciamentos, no âmbito daCâmara dos Deputados?

Qualquer Deputado pode solicitar à Consultoria Legislativa aelaboração de minutas de discursos parlamentares.

Neste caso, recebida a solicitação de trabalho, é designadoum consultor para a elaboração escrita da minuta depronunciamento a ser proferido em Plenário.


COMISSÕES PARLAMENTARES DEINQUÉRITO

256 Qual a definição constitucional arespeito das comissões parlamentaresde inquérito?

A Constituição Federal determina:

"As comissões parlamentares de inquérito, que terãopoderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além deoutros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serãocriadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, emconjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terçode seus membros, para a apuração de fato determinado e porprazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadasao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil oucriminal dos infratores."256

257 O que é fato determinado?257

Fato determinado, objeto fundamental de investigação dacomissão parlamentar de inquérito, é o acontecimento de relevante

256 Art. 58, § 3o, CF.257 Art. 35, § 1o, RICD.


interesse para a vida pública e a ordem constitucional, legal,econômica e social do País, que deve ser devidamentecaracterizado no requerimento de constituição da comissão.

258 Como se dá a tramitação derequerimento de criação de CPI naCâmara dos Deputados?258

Apresentado requerimento com a assinatura de um terçodos membros da Câmara dos Deputados, apontando fatodeterminado a ser apurado por prazo certo, o Presidente da Casadeterminará sua publicação. Caso contrário, o requerimento serádevolvido ao autor, que poderá recorrer desta decisão para oPlenário, no prazo de cinco sessões.

259 Qual o prazo para a conclusão dostrabalhos de uma CPI?

O Regimento Interno da Câmara determina que a comissãotem o prazo de cento e vinte dias, prorrogável por até sessentadias, mediante deliberação do Plenário, para concluir seustrabalhos.259

Todavia, o Supremo Tribunal Federal, em decisão no HabeasCorpus no 71.193/6, cujo impetrante era o Presidente da CPIdestinada a investigar irregularidades nas concessões e benefícios



previdenciários, acabou criando entendimento diverso aodeterminar que aquela comissão pudesse funcionar regularmenteaté o final da legislatura em que teve início.

260 Pode uma CPI interromper seu prazo defuncionamento nos períodos de recessoparlamentar?260

Sim, e esta é a regra geral. Somente se computará o prazodurante o recesso parlamentar se a própria CPI deliberar queprosseguirá com seus trabalhos nesse período.

261 Qual a limitação de número relativa aofuncionamento das ComissõesParlamentares de Inquérito?261

A norma regimental da Câmara dos Deputados determinaque não será admitida a criação de nova CPI, medianterequerimento, enquanto na Casa já estiverem funcionando outrascinco.

O Regimento Interno prevê, ainda, a possibilidade de secriarem novas comissões de inquérito, excedentes ao númeropreceituado, mediante projeto de resolução apresentado por umterço dos membros da Câmara (171 Deputados), o qual dependede aprovação pelo Plenário.



262 Quais os poderes de uma CPI?262

Além dos poderes de autoridade judicial, uma comissão deinquérito instituída na Câmara dos Deputados tem poderes para:

a) requisitar funcionários dos serviços administrativos daCâmara, bem como, em caráter transitório, os de qualquer órgão ouentidade da administração pública direta, indireta e fundacional,ou do Poder Judiciário, necessários aos seus trabalhos;

b) determinar diligências, ouvir indiciados, inquirirtestemunhas sob compromisso, requisitar de órgãos e entidades daadministração pública informações e documentos, requerer aaudiência de Deputados e Ministros de Estado, tomar depoimentosde autoridades federais, estaduais e municipais, e requisitar osserviços de quaisquer autoridades, inclusive policiais;

c) incumbir qualquer de seus membros, ou funcionáriosrequisitados dos serviços administrativos da Câmara, da realizaçãode sindicâncias ou diligências necessárias aos seus trabalhos,dando conhecimento prévio à Mesa;

d) deslocar-se a qualquer ponto do território nacional para arealização de investigações e audiências públicas;

e) estipular prazo para o atendimento de qualquerprovidência ou realização de diligência sob as penas da lei, excetoquando da alçada de autoridade judiciária;

f) se forem diversos os fatos inter-relacionados objeto doinquérito, pronunciar-se em separado sobre cada um deles, mesmoantes de finda a investigação dos demais.

262 Art. 36, RICD.


263 Como deve ser composta uma CPI?263

Sua composição numérica deverá estar indicada no própriorequerimento (ou projeto de resolução) de sua criação. Oscomponentes serão designados pelo Presidente da Câmara porindicação dos líderes, ou independentemente desta se, no prazo de48 horas após a criação da CPI, não se fizer a escolha. Nacomposição das comissões parlamentares de inquérito deverá serassegurada, tanto quanto possível, a representação proporcionaldos partidos e dos blocos partidários da Câmara dos Deputados.

264 Como serão escolhidos o presidente, osvice-presidentes e o relator de uma CPI?

O presidente e os vice-presidentes serão escolhidos poreleição, pelos membros da própria comissão. O relator seráindicado pelo presidente, sendo prática comum a indicação doautor do requerimento ou do projeto de resolução.

263 Art. 35, § 5o, RICD.


265 Qual o quorum para deliberação emCPI?

O mesmo exigido para deliberações legislativas em geral, ouseja, maioria de votos, presente a maioria absoluta dos membros,prevalecendo, em caso de empate, o voto do relator.

266 Quais os procedimentos adotados nasComissões Parlamentares de Inquérito,nos casos em que seja rejeitado orelatório apresentado pelo relator?

Rejeitado o relatório original, é designado novo relator,dentre os integrantes da CPI, para redigir o texto vencedor,conforme a vontade da maioria dos membros da comissão. Orelatório original constará dos autos como voto em separado.


267 Qual o procedimento a ser adotadoquando se encerram os trabalhos da CPIcom a aprovação de um relatório?264

Terminados os trabalhos, a comissão apresentará relatóriocircunstanciado, com suas conclusões, que será publicado no Diárioda Câmara dos Deputados e encaminhado:

a) à Mesa, para as providências de alçada desta ou doPlenário, oferecendo, conforme o caso, projeto de lei, de decretolegislativo ou de resolução, ou ainda indicação;

b) ao Ministério Público ou à Advocacia-Geral da União, coma cópia da documentação, para que promovam a responsabilizaçãocivil ou criminal por infrações apuradas e adotem outras medidasdecorrentes de suas funções institucionais;

c) ao Poder Executivo, para adotar as providênciassaneadoras de caráter disciplinar e administrativo decorrentes doart. 37, §§ 2o a 6o, da Constituição265, e demais dispositivosconstitucionais e legais aplicáveis, assinalando prazo hábil para seucumprimento;

d) à comissão permanente que tenha maior pertinência coma matéria, à qual incumbirá fiscalizar o atendimento do prescrito noinciso anterior;

e) à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos eFiscalização266 e ao Tribunal de Contas da União, para asprovidências previstas no art. 71 da Constituição Federal;

f) ao Poder Judiciário, quando se trate de recomendarprovidência de sua exclusiva competência.

264 Art. 37, RICD.265 Conforme o caso: nulidade do ato, punição da autoridade responsável, suspensãodos direitos políticos, perda da função pública, indisponibilidade de bens,ressarcimento ao erário, instituição da ação penal cabível.266 Art. 166, § 1o, CF.


MATÉRIAS SUJEITAS A APRECIAÇÃOCONJUNTA

268 Como se dá a apreciação conjunta deuma matéria nas duas Casas doCongresso Nacional?

Quando a Constituição exige que a apreciação dedeterminada matéria se faça conjuntamente pelas duas Casas doCongresso Nacional, sua tramitação exigirá a formação decomissões mistas de Deputados e Senadores, para a elaboraçãodos respectivos pareceres, e reunião conjunta das duas Casas emsessão, para a deliberação final.


Matérias Relativas ao Orçamento

269 Qual a importância da matériaorçamentária para o CongressoNacional?

É pela apreciação dos projetos relativos ao orçamento que oCongresso Nacional desempenha a sua missão constitucional departicipar do controle das finanças públicas. Mais do que isso, oParlamento é o elo entre as políticas públicas e as aspirações docidadão. É na análise dos planos, programas, diretrizes eorçamentos que os representantes da sociedade interferem naformulação das políticas públicas.

Além disso, o Congresso Nacional, conforme mandamentoconstitucional, realiza, mediante o controle externo, fiscalizaçãocontábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial daUnião, seus órgãos e entidades, quanto à legalidade, legitimidade,economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas.

270 A quem incumbe a iniciativa de matériasrelativas ao orçamento?

As leis que estabelecem o plano plurianual, as diretrizesorçamentárias e os orçamentos anuais (inclusive créditosadicionais) são de iniciativa exclusiva do Poder Executivo, e


submetidas, por determinação constitucional, a uma comissãomista permanente, composta por Senadores e Deputados. Todavia,quaisquer outros projetos de lei envolvendo matéria relativa àexecução e controle das receitas e das despesas públicas são deiniciativa geral, como é o caso da lei complementar que contivernormas para a elaboração e organização dos próprios instrumentosacima referidos, prevista no art. 165, § 9o, da Constituição Federal.

271 Onde se encontram definidas asdisposições que regulam a tramitação dematéria orçamentária?

A tramitação das proposições relativas a estas matérias estásujeita a procedimentos específicos definidos na ConstituiçãoFederal, na Resolução no 1, de 2001, do Congresso Nacional, e noRegulamento Interno da Comissão Mista de Planos, OrçamentosPúblicos e Fiscalização.

272 Quais as peças que compõem as açõesde governo relativas à obtenção ealocação de recursos no cumprimento deseus objetivos, prioridades, diretrizes emetas?

O Plano Plurianual — PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias— LDO, a Lei Orçamentária Anual — LOA, e suas alterações, nestaordem hierarquizados na Constituição Federal; esses instrumentossão articulados entre si, de forma que haja compatibilidade entre oplanejamento das ações de governo e a alocação dos recursos doerário.


Plano Plurianual

273 Qual a função do Plano Plurianual?

O Plano Plurianual, que o Poder Executivo é obrigado asubmeter ao Congresso Nacional no primeiro ano do respectivomandato, estabelece, de forma regionalizada, o planejamento dasações de governo, abrangendo todas as despesas de capital eoutras delas decorrentes, bem como aquelas relativas aosprogramas de duração continuada, constituindo a lei maior queorienta a alocação destas despesas a médio prazo.

274 Qual o prazo para que o PoderExecutivo encaminhe ao CongressoNacional o projeto relativo ao PPA?

O projeto de lei relativo ao PPA deve ser encaminhado até31 de agosto (quatro meses antes do encerramento do primeiroexercício financeiro do mandato presidencial), contendo aprogramação para o período compreendido entre o início dosegundo ano do mandato e o final do primeiro exercício financeirodo mandato presidencial subseqüente.


275 Como se dá a atuação do parlamentarnesses projetos?

A atuação do parlamentar nos projetos de lei relativos aosPlanos Plurianuais se dá por meio da apresentação de emendas,podendo estas referirem-se à definição de objetivos, àquantificação de metas, à programação de investimentos setoriaise regionais, de acordo com as prioridades do País e do governo.Podem igualmente referir-se ao próprio texto das respectivas leis.

276 O PPA está sujeito a avaliaçãoperiódica?

Sim. De acordo com a Lei no 9.989, de 21 de julho de 2000,que instituiu o PPA para o período de 2000/2003, o PoderExecutivo enviará ao Congresso Nacional, até o dia 15 de abrilde cada exercício, relatório de avaliação do PPA. Será asseguradoao Poder Legislativo o acesso irrestrito, para fins de consulta, aoSistema de Informações Gerenciais e de Planejamento do PlanoPlurianual — Sigplan — ou ao que vier a substituí-lo.


Lei de Diretrizes Orçamentárias

277 Como se conceitua a Lei de DiretrizesOrçamentárias?

A Lei de Diretrizes Orçamentárias é a norma legislativa quecompreende as metas e prioridades da administração públicafederal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeirosubseqüente, orienta a elaboração da lei orçamentária anual,dispõe sobre as alterações na legislação tributária e estabelece apolítica de aplicação nas agências oficiais financeiras de fomento.Na ausência da lei complementar prevista no art. 165, § 9o, daConstituição Federal, que tratará de matérias orçamentárias efinanceiras, a LDO tem disciplinado, suplementarmente, a gestãoorçamentária e financeira.

278 Qual o prazo para que o PoderExecutivo encaminhe ao CongressoNacional o projeto da LDO?

O projeto da LDO será encaminhado, anualmente, peloPoder Executivo ao Congresso Nacional até 15 de abril do anoanterior àquele a que se refere, e devolvido para sanção até oencerramento do primeiro período da sessão legislativa, a qual nãopoderá ser interrompida sem a aprovação desse projeto.


279 Quais as prerrogativas de Deputadorelativamente ao projeto da LDO?

Além de discutir e votar o projeto de lei, o parlamentarpoderá apresentar emendas ao projeto na Comissão Mista dePlanos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. As emendas só serãoapreciadas quando compatíveis com o Plano Plurianual e nãocontrariarem as normas de funcionamento da comissão.

280 Como se dá a tramitação da LDO?

Os prazos para tramitação da LDO são os seguintes:

a) de até cinco dias para publicação e distribuição dosavulsos, a partir do seu recebimento;

b) de até sete dias para a realização de audiências públicas,a partir da distribuição;

c) de até quinze dias para a apresentação de emendasperante a comissão, a contar da distribuição dos avulsos;

d) de até cinco dias para publicação e distribuição dosavulsos das emendas, a partir do encerramento do prazo para aapresentação de emendas;

e) de até trinta e cinco dias para que a comissão encaminheà Mesa do Congresso Nacional o seu parecer sobre o projeto e asemendas, a partir do encerramento do prazo definido no itemanterior.


Lei Orçamentária Anual

281 O que é a Lei Orçamentária Anual?

A Lei Orçamentária Anual é o instrumento que compreendeo orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e oorçamento de investimento das empresas estatais. É nesta lei quese estima a receita e se fixa a despesa que a administração públicafederal está autorizada a realizar num determinado exercício. Comoinstrumento de execução do planejamento governamental, a LOAdeve ser compatível com a Lei de Diretrizes Orçamentárias doexercício financeiro a que se refira e com o PPA aprovado para operíodo.

282 Como se dá a tramitação da LeiOrçamentária Anual?

O projeto de lei orçamentária anual é encaminhado aoCongresso Nacional até 31 de agosto. Devido a sua complexidade,recebe inicialmente, no âmbito da Comissão Mista de Planos,Orçamentos Públicos e Fiscalização, um parecer preliminar dorelator-geral, que pode ser emendado. Numa etapa subseqüente, otrabalho é dividido por subcomissões temáticas, onde recebeos pareceres dos relatores setoriais, também passíveis deemendas. Ainda no âmbito da comissão, é feita a sistematizaçãopelo relator-geral, e votado o parecer final, para encaminhamento,enfim, ao Plenário das duas Casas, que deliberarão em sessãoconjunta.


Emendas aos Projetos Referentes a MatériaOrçamentária

283 Como se dá a apresentação de emendasa todas essas proposições?

As emendas serão apresentadas, sempre que possível, emmeio magnético, e terão a assinatura do autor, substituída porautenticação eletrônica, segundo as normas e procedimentosfixados pela comissão.

Créditos Adicionais

284 O orçamento pode ser alterado duranteo exercício?

Os projetos de lei de créditos adicionais objetivam alterar alei orçamentária em vigor, mediante reforço da programação emandamento — créditos suplementares — ou inclusão de novasdotações — créditos especiais. Para o caso de despesasimprevisíveis e urgentes, o próprio Poder Executivo, através demedida provisória, pode abrir créditos extraordinários. A


autorização para abertura de créditos suplementares e especiais seampara no excesso de arrecadação, na existência de superávitfinanceiro do exercício anterior, em operações de créditos, nocancelamento de outras despesas, em créditos vetados e nareserva de contingência.

285 Podem os pedidos de créditos adicionaisser emendados?

Sim, no que se refere aos créditos suplementares eespeciais, as emendas serão apresentadas na Comissão Mista dePlanos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, observadas asrestrições constitucionais, as normas da Resolução no 1, de 2001,do Congresso Nacional e do Regulamento Interno da comissão, ouseja, seguem as linhas gerais das emendas ao projeto da LOA,ficando vedada, em projetos de lei de crédito suplementar, acriação de títulos novos.


Tomada de Contas do Presidente da República

286 Como se procede à análise das contasdo Presidente da República?

Uma das formas qualificadas de fiscalização e controle dosatos do Poder Executivo é a apreciação da prestação de contas doPresidente da República, ação derivada de norma constitucional.Tais contas são apresentadas em extenso relatório sobre oexercício financeiro, acompanhado do Balanço Geral da União e deoutras demonstrações correlatas, por meio do qual a administraçãoprocura evidenciar a realização dos programas de governo e aexecução orçamentária e financeira.

287 Como tramita a prestação de contas doPresidente da República?

Recebida a mensagem de encaminhamento da prestação decontas, o Presidente do Congresso Nacional a encaminha aoTribunal de Contas da União para que, no papel de órgão auxiliardo Legislativo, elabore parecer prévio. Tal parecer deve serconclusivo e elaborado no prazo de sessenta dias de seurecebimento.

Recebido o parecer prévio do TCU, é este encaminhado àComissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, cujoparecer deve concluir pela apresentação de relatório e projeto de


decreto legislativo, aprovando ou rejeitando as contas doPresidente.

Os parlamentares podem apresentar emendas ao projeto dedecreto legislativo, sendo que ao membro da Comissão Mista dePlanos, Orçamentos Públicos e Fiscalização é também facultada,como na votação de pareceres em geral, a apresentação de votoem separado, quando discordar dos termos do relatório aprovadopor aquele colegiado.


Medidas Provisórias

288 Onde está disciplinada a apreciação demedidas provisórias?

Antes da promulgação da Emenda Constitucional no

32/2001, que alterou o instituto das medidas provisórias, suatramitação se fazia conjuntamente nas duas Casas do CongressoNacional, de acordo com o previsto na Resolução no 1/89 - CN.Após a aprovação da referida Emenda, contudo, como a apreciaçãodesse tipo de ato normativo passou a dever ser feita por cada Casaseparadamente, editou-se para regular sua tramitação a Resoluçãono 1/2002-CN.

Observa-se que as medidas provisórias editadas antes daEmenda Constitucional no 32/2001 e ainda pendentes deapreciação no Congresso Nacional continuam a ter sua tramitaçãoregida pela referida Resolução no 1/89.


289 Como se inicia, nos novos moldestraçados pela EC no 32/2001 e pelaResolução no 1/2002-CN, a tramitaçãode uma medida provisória no CongressoNacional?267

Editada a medida pelo Poder Executivo, o Presidente doCongresso Nacional fará publicar e distribuir em avulso a matériae nomeará uma comissão mista (composta por Deputados eSenadores) para examiná-la quanto aos aspectos deadmissibilidade, constitucionalidade e mérito.268

290 Como é feita a apresentação de emendasàs medidas provisórias?269

Qualquer Deputado ou Senador poderá apresentar emendasà medida provisória nos seis dias que se seguirem a sua publicaçãono Diário Oficial da União. Todavia, é vedada a apresentação deemendas que versem matéria estranha àquela tratada na medidaprovisória, cabendo ao presidente da comissão o seu indeferimentoliminar.

Dessa decisão poderá o autor recorrer, com apoio de trêsmembros da comissão, para o Plenário desta, que decidirá pormaioria simples.

267 Art. 2o, Resolução no 1/2002-CN.268 Observa-se que a necessidade do exame por essa comissão mista vem daEmenda Constitucional no 32/2001, que, embora determinando a apreciação damatéria pelo plenário de cada Casa separadamente, insistiu no exame prévio damedida provisória por uma comissão de natureza mista.269 Art. 4o, Resolução no 1/2002-CN.


291 Quais os requisitos para a admissibilidadede uma medida provisória?270

A Constituição Federal admite a edição de medida provisóriaunicamente em casos de urgência e relevância da matéria nelatratada.

As medidas provisórias não poderão, ainda, versar sobrematéria:

a) relativa a nacionalidade, cidadania, direitos políticos,partidos políticos e direito eleitoral, direito penal, processual penale processual civil, organização do Poder Judiciário e do MinistérioPúblico, a carreira e a garantia de seus membros, planosplurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditosadicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3o,da Constituição Federal;

b) que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupançapopular ou qualquer outro ativo financeiro;

c) reservada a lei complementar;

d) já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo CongressoNacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

A Resolução no 1/2002-CN instituiu mais um requisito deadmissibilidade para a medida provisória que não estava previstona Constituição Federal: sua adequação financeira eorçamentária271.

270 Art. 62, caput e § 1o, CF.271 Art. 5o, parte final, Resolução no 1/2002-CN.


292 Quais as atribuições da comissão mistadesignada para dar parecer sobremedida provisória?272

A comissão mista terá o prazo de quatorze dias, contado dapublicação da medida provisória no DOU, para emitir parecer únicosobre toda a matéria, devendo se manifestar separadamente sobreos aspectos de admissibilidade, constitucionalidade, adequaçãofinanceira e orçamentária, mérito e sobre o cumprimento daexigência prevista no art. 2o, § 1o, da Resolução no 1/2002-CN,referente à necessidade de a medida ter sido enviada ao CongressoNacional acompanhada de documento expondo sua motivação.

A comissão deverá, também, se manifestar sobre asemendas apresentadas à medida provisória, devendo, quandoconcluir pela adoção de qualquer delas, apresentar um projeto delei de conversão para a matéria, bem como um projeto de decretolegislativo disciplinando as relações jurídicas decorrentes dos atospraticados enquanto estiveram em vigor os textos a seremsuprimidos ou alterados.

293 O que ocorre após esgotado o prazodestinado à comissão para proferir seuparecer à medida provisória?273

Tendo a comissão apresentado o parecer, deverá este serpublicado em avulsos e no Diário da Câmara dos Deputados eapreciado pelo plenário da Casa até o vigésimo oitavo dia de

272 Art. 5o, Resolução no 1/2002-CN273 Art. 6o, Resolução no 1/2002-CN.


vigência da medida provisória. Não apresentado o parecer dacomissão dentro do prazo, o processo será encaminhado paraexame diretamente ao Plenário da Câmara dos Deputados, sendonomeado um relator para proferir o parecer em substituição àcomissão.

294 Como é feita a apreciação da medidaprovisória no Plenário?274

Antes de examinar o mérito, o plenário decidirá,preliminarmente, se a medida provisória atende aos pressupostosconstitucionais de relevância e urgência e de adequação financeirae orçamentária. Em caso negativo, será arquivada; em casopositivo, passar-se-á, em seguida, ao exame do mérito.

295 O que ocorre se a Câmara dosDeputados não concluir a apreciação damedida provisória até o vigésimo oitavodia de sua publicação?275

Se a Câmara dos Deputados não concluir a apreciação damedida provisória até o término do seu prazo no vigésimo oitavodia de sua publicação, o Senado Federal poderá iniciar a discussãoda matéria, embora deva aguardar a finalização do trâmite naCâmara para votá-la.

274 Art. 8o, Resolução no 1/2002-CN.275 Art. 7o, § 2o, Resolução no 1/2002-CN.


296 Aprovada a matéria na Câmara dosDeputados, qual o passo seguinte?276

A matéria será encaminhada ao Senado Federal, que teráaté o quadragésimo segundo dia de sua vigência para apreciá-la.Fazendo o Senado Federal qualquer modificação no texto aprovadopela Câmara, tomará esta a forma de emenda, voltando a matériaà Casa iniciadora para seu exame, no prazo de três dias.

297 O que acontece se, passados quarenta ecinco dias de sua publicação, a medidaprovisória ainda não houver tido suaapreciação ultimada pelo CongressoNacional?277

Entrará em regime de urgência na Casa em que estivertramitando, sobrestando-se todas as demais deliberações até quese ultime sua votação. Após, deverá ser encaminhada à outraCasa, que também a examinará em regime de urgência e nasmesmas condições, isto é, com sobrestamento, até o final daapreciação, de qualquer outro tipo de deliberação.

276 Art. 7o, Resolução no 1/2002-CN.277 Art. 62, § 6o, CF e art. 9o, Resolução no 1/2002-CN.


298 Que conseqüências advêm se oCongresso Nacional não concluir aapreciação da medida provisória dentrodo prazo de sua vigência, ou se vem arejeitá-la?278

Não concluída a apreciação dentro dos primeiros sessentadias, a vigência da medida provisória ficará automaticamenteprorrogada por mais sessenta dias. Esgotado o prazo assimprorrogado sem deliberação, ou no caso de ser rejeitada a medidaprovisória, a comissão mista deverá reunir-se novamente paraelaborar o projeto de decreto legislativo destinado a regular asrelações jurídicas constituídas durante o prazo de sua vigência.Esse procedimento será observado, também, quando for aprovadoprojeto de lei de conversão com redação diferente da proposta pelacomissão mista em seu parecer.

299 Qual a diferença básica de apreciaçãoentre as medidas provisórias editadasanteriormente à aprovação da EmendaConstitucional no 32/2001 e as demais?

O forum de apreciação: naquelas, o órgão competente é oplenário do Congresso Nacional (as duas Casas em conjunto);nestas, Câmara e Senado deliberam separadamente.

278 Art. 11, Resolução no 1/2002-CN.


Veto Presidencial

300 Como se processa a apreciação dosvetos presidenciais?279

A apreciação dos vetos presidenciais é feita em sessãoconjunta das duas Casas do Congresso Nacional.

A apreciação dos vetos deve ser feita no prazo de trinta diasa contar da data de seu recebimento, só podendo ser rejeitadospelo voto da maioria absoluta de Deputados e Senadores, emescrutínio secreto. Quando esgotado sem deliberação o prazo detrinta dias para apreciação de veto presidencial, este é incluído naOrdem do Dia da sessão imediata, sobrestando-se todas as demaisdeliberações até que se ultime sua votação.

Note-se que, na prática, têm-se convocado tantas sessõesextraordinárias quantas se façam necessárias para superar esseobstáculo.

279 Art. 66, CF.

ÍNDICE DE ASSUNTOS


Os números remetem às questões

A

ABSTENÇÃO

votação de proposição, 125, 130 ADIAMENTO DE DISCUSSÃO, 120 ADIAMENTO DE VOTAÇÃO

requerimento, 156♦ restrição, 140

ADMISSIBILIDADE DE EMENDAS A PROPOSTA

DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO, 186 ADMISSIBILIDADE DE MEDIDA PROVISÓRIA,

289 requisitos, 291

ADMISSIBILIDADE DE PROPOSTA DE EMENDA

À CONSTITUIÇÃO FEDERAL

aspectos examinados, 180 prazo para pronunciamento daComissão de Constituição e Justiça ede Redação, 181

procedimento♦ parecer desfavorável, 182♦ parecer favorável, 183

ANÁLISE DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DO

PRESIDENTE DA REPÚBLICA

procedimento tomado peloCongresso Nacional, 287

APRECIAÇÃO CONCLUSIVA

casos, 77 conceito, 76 projetos com pareceres divergentes,78

recurso ao Plenário, 79 APRECIAÇÃO CONJUNTA, 268 APRECIAÇÃO DE PROPOSTA DE EMENDA À

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

turnos, 189 APRECIAÇÃO DE VETO PRESIDENCIAL PELO

CONGRESSO NACIONAL, 300 APRECIAÇÃO PRELIMINAR EM PLENÁRIO, 115 APRESENTAÇÃO DE PROPOSIÇÃO À CÂMARA

DOS DEPUTADOS

agentes legitimados, 46 forma, 55 iniciativa do Procurador-Geral daRepública, 51

iniciativa popular, 45, 52, 53 iniciativa privativa de comissões ouda Mesa, 48

iniciativa privativa do Presidente daRepública, 49

iniciativa privativa do STF e TribunaisSuperiores, 50

limites, 46 prazo e lugar da apresentação, 54 seguimento, 54

APROVAÇÃO DE PROPOSTA DE EMENDA À

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

quórum, 190 APROVAÇÃO DEFINITIVA DE PROJETO DE CÓDIGO

prazo para envio ao Poder Executivo,para sanção, 204

APROVAÇÃO DEFINITIVA DE PROPOSIÇÃO

destino, 174 APROVAÇÃO DEFINITIVA DE PROPOSTA DE EMENDA

À CONSTITUIÇÃO FEDERAL

procedimento de ambas as Casas doCongresso Nacional, 193

ARQUIVAMENTO DE PROPOSIÇÃO, 58 ASSOCIAÇÕES E ÓRGÃOS DE CLASSE, SINDICATOS

E ENTIDADES ORGANIZADAS DA SOCIEDADE

CIVIL

apresentação de proposição, 45 AUDIÊNCIA PÚBLICA, 252 AUTORIZAÇÃO PARA INSTAURAÇÃO DE PROCESSO

CRIMINAL

contra deputado, 244 contra o Presidente e o Vice-Presidenteda República e os ministros de Estado,219

AVALIAÇÃO PERIÓDICA DE PLANO PLURIANUAL,276

B

BLOCO PARLAMENTAR, 19

C


atos ou fatos sujeitos à sua fiscalização econtrole, 215

apreciação conjunta de matéria com oSenado Federal, 268

classificação das sessões, 96 Comissão Representativa do CongressoNacional♦ escolha dos membros, 225

comparecimento de ministro de Estadoou titular de órgão da Presidência daRepública, 222

critérios para eleição de dois cidadãospara o Conselho da República, 226

denúncia de crime de responsabilidadecontra o Presidente e o Vice-Presidenteda República e os ministros de Estado,220

instrumento legislativo para modificaçãodo Regimento Interno, 211

ministério, entidade da administraçãofederal indireta, entidade de classe degrau superior, autarquia profissional eentidade da sociedade civil

Índice de Assuntos198

♦ credenciamento de representante,253

Ministro de Estado ou outrasautoridades♦ comparecimento, 221♦ forma de convocação, 222♦ conseqüência do não-

comparecimento, 223 não-conclusão da apreciação demedida provisória♦ conseqüência, 295

organização, funcionamento, políciaepessoal♦ iniciativa privativa da Mesa, 48

órgãos, 13 participação nos trabalhos dasociedade civil, 246

perda de mandato de deputado, 234 processo de denúncia de cidadão decrime de responsabilidade doPresidente e do Vice-Presidente daRepública e ministros de Estado

quórum de presença para aberturadas sessões, 98

recebimento de proposições, 45, 54,60

sessão♦ conjunta, 7♦ extraordinária, 8, 96♦ legislativa extraordinária, 96♦ legislativa ordinária, 96♦ ordinária, 8, 96

votação de substitutivo à proposiçãooriginária do Senado Federal, 151

CASA DE ORIGEM, 5 CASA REVISORA, 5 CCJR ver COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E

JUSTIÇA E DE REDAÇÃO

CENSURA ESCRITA

atos atentatórios ao decoroparlamentar♦ punição, 237

competência para aplicação adeputado, 240

CENSURA VERBAL

atos atentatórios ao decoroparlamentar♦ punição, 237

competência para aplicação adeputado, 240

CIDADÃO

iniciativa de leis, 251 CÓDIGO ver PROJETO DE CÓDIGO

COLÉGIO DE LÍDERES, 15 COMISSÃO

aferição da presença do deputado àsreuniões, 83

apreciação conclusiva de projeto delei, 77♦ parecer divergente, 78

apresentação de proposição, 54

competência para examinar proposição,60

composição, 25 conceito, 23 conflito de competência♦ prazo para recurso contra decisão, 43

direito de voto, 81 distribuição das vagas, 26 distribuição de proposição, 61 efeitos legislativos dos pareceres, 76 exame e parecer sobre proposição♦ procedimento do presidente, 84

iniciativa privativa de proposição, 48 poderes, 24 parecer, 39♦ divergente, 75♦ possibilidades de resultado de votação,

93♦ prazo para emissão, 75♦ proposição apensada, 69

pedido de vista, 87 procedimento♦ discussão de proposição, 122♦ encerramento da apreciação da

matéria, 95♦ proposição para exame e parecer, 84♦ proposta de fiscalização e controle,

217♦ questão de ordem formulada durante

reunião, 113 questão de ordem formulada em reunião,113

quórum para deliberação, 82 recurso contra apreciação conclusiva deprojeto, 79

reunião de audiência pública, 252 tipos, 23 uso da palavra para discussão dematéria, 90

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA,COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

ratificação de atos de concessão deemissoras de rádio e televisão♦ iniciativa privativa de projeto de

decreto legislativo, 48 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE

REDAÇÃO

exame de proposição, 63 parecer terminativo, 42♦ proposição de deputado fora do limite

temático, 47 admissibilidade de proposta de emenda àConstituição♦ prazo de pronunciamento, 181

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

exame de proposição, 63 parecer terminativo, 42

COMISSÃO DE INQUÉRITO ver COMISSÃO

PARLAMENTAR DE INQUÉRITO

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA, 45 análise das sugestões, 248 competência, 247


COMISSÃO DE MÉRITO ver COMISSÃO

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES

ratificação de tratados internacionais♦ iniciativa privativa de projeto de

decreto legislativo, 48 COMISSÃO ESPECIAL

conceito, 27 prazo♦ discussão e votação de projeto de

código, 200♦ opinião sobre emendas do Senado

Federal a projeto de código, 203 projeto de reforma do RegimentoInterno da Câmara dos Deputados,211

votação de parecer do relator sobreproposta de emenda à Constituição,187

COMISSÃO EXTERNA

conceito, 29 COMISSÃO MISTA

procedimento após admissão demedida provisória, 289

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO

composição, 263 conceito, 28♦ constitucional, 256

fato determinado, 257 funcionamento♦ limite numérico, 261

interrupção do prazo no período dorecesso parlamentar, 260

poderes, 262 presidente♦ escolha, 264

relator♦ escolha, 264

relatório♦ procedimento adotado após

encerramento com a aprovação,267

♦ procedimento nos casos derejeição, 266

requerimento de criação♦ procedimento para tramitação,

258 trabalhos♦ prazo para conclusão, 259♦ procedimento adotado após

encerramento com a aprovação dorelatório, 267

♦ procedimento nos casos derejeição de relatório, 266

vice-presidentes♦ escolha, 264

quórum para deliberação, 265 COMISSÃO PERMANENTE, 23

distribuição de proposição♦ ordem, 62

COMISSÃO REPRESENTATIVA DO CONGRESSO

NACIONAL

escolha de membros da Câmara dosDeputados, 225

COMISSÃO TEMPORÁRIA, 23 COMUNICAÇÕES DE LIDERANÇA, 104 COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES

conceito, 103 prazo, 97

CONGRESSO NACIONAL

apreciação ♦ conjunta de proposições, 268♦ veto presidencial, 300

atos ou fatos sujeitos à sua fiscalização econtrole, 215

escolha de membros da Câmara dosDeputados para composição da ComissãoRepresentativa, 225

organização dos trabalhos, 8 CONSELHO DA REPÚBLICA

eleição dos representantes da Câmarados Deputados♦ critérios, 225

eleição de dois membros♦ critérios exigidos, 226

CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR,13

CONSOLIDAÇÃO DE LEIS ver PROJETO DE

CONSOLIDAÇÃO DE LEIS

CONSULTORIA DE ORÇAMENTO E FISCALIZAÇÃO

FINANCEIRA

elaboração de proposições♦ auxílio ao deputado, 254

CONSULTORIA LEGISLATIVA

auxílio ao deputado♦ elaboração de proposições, 254♦ elaboração de minuta de discurso, 255

CONTROLE ver FISCALIZAÇÃO E CONTROLE

CPI ver COMISSÃO PARLAMENTAR DE

INQUÉRITO

CREDENCIAMENTO DE ENTIDADES JUNTO À

CÂMARA DOS DEPUTADOS, 253 CRÉDITOS ADICIONAIS

apresentação de emendas, 285 conceito, 284

CRIME DE RESPONSABILIDADE

processo contra o Presidente e oVice-Presidente da República ouministros de Estado perante a Câmarados Deputados♦ denúncia de cidadão, 220

D

DECLARAÇÃO

impedimento para votar♦ casos, 126, 229

oral em votação♦ impossibilidade, 127

prejudicialidade♦ casos, 177, 178

vacância do cargo de deputado


♦ casos, 233 voto♦ características, 89

DECORO PARLAMENTAR ver ÉTICA E DECORO

PARLAMENTAR

DECRETO LEGISLATIVO ver PROJETO DE

DECRETO LEGISLATIVO

DELIBERAÇÃO ver QUÓRUM DE DELIBERAÇÃO

DENÚNCIA DE CRIME DE RESPONSABILIDADE

ver CRIME DE RESPONSABILIDADE

DEPUTADO

atos atentatórios contra a ética e odecoro parlamentar♦ punição, 236

atos incompatíveis com a ética e odecoro parlamentar♦ punição, 235

aferimento de freqüência, 231 apresentação de proposição♦ fora do limite temático, 47♦ limite temático, 47

atuação em projeto de PlanoPlurianual, 275

autoria de proposição, 56 censura escrita♦ competência para aplicação, 240

censura verbal♦ competência para aplicação, 240

declaração♦ vacância, 233♦ oral durante votação, 127♦ obrigatória à Câmara no reinício

do mandato, 229 designação como relator♦ impedimento, 80

deveres fundamentais, 227 discussão de matéria incluída naOrdem do Dia♦ procedimento, 117

duração♦ comunicação, 97♦ legislatura e mandato, 8

encaminhamento de votação deproposição♦ duração de discurso, 138

Grande Expediente♦ distribuição de oradores, 102

impedimento para participar devotação♦ declaração, 126

imunidade parlamentar, 243 inscrição para o Pequeno Expediente,100

mandato♦ licenciamento do exercício, 232♦ formas de perda, 234♦ penalidades de suspensão de

prerrogativas regimentais,suspensãotemporária do exercício domandato e perda do mandato, 245

♦ perda, 234, 245

♦ processo disciplinar, 242 posse, 9, 10♦ fora da sessão preparatória, 10

prerrogativas relativas ao projeto de Leide Diretrizes Orçamentárias, 279

presença♦ registro, 227

prestação de informações à Câmaradurante o exercício do mandato♦ obrigatoriedade, 228

processamento de solicitação doSupremo Tribunal Federal parainstauração deprocesso criminal, 236

processo por crime comum, 244 proposição♦ prazo para requerimento de

preferência para votação ou discussão,153

quórum♦ abertura de sessão da Câmara dos

Deputados, 98♦ presença para o início da Ordem do

Dia, 106 recurso ao Plenário contra a apreciaçãoconclusiva de projeto, 79

requerimento de apensação deproposição, 65

reunião de comissão♦ impedimento para presidência, 80♦ presença, 81

solicitação♦ auxílio para a elaboração de

proposições, 241♦ preparo de minuta de discurso à

Consultoria Legislativa, 242 suspensão de prerrogativas regimentais♦ condutas puníveis, 238♦ processo, 241

suspensão temporária do mandato♦ casos para aplicação, 239♦ processo disciplinar, 242

vacância do cargo, 233 voto♦ proposição, 125♦ retificação, 128

uso da palavra♦ discussão de proposição, 118

DESARQUIVAMENTO DE PROPOSIÇÃO verPROPOSIÇÃO

DESTAQUE

apresentação, 160 conceito e finalidade, 159 encaminhamento de votação, 167 inadmissibilidade, 160 requerimento♦ necessidade de apoiamento mínimo,

162♦ prazo para apresentação, 161♦ votação, 165

votação♦ encaminhamento pelo autor do


requerimento, 167DESTAQUE DE BANCADA

conceito, 163DESTAQUE DE CONCESSÃO AUTOMÁTICA ver

DESTAQUE DE BANCADA

DESTAQUE PARA VOTAÇÃO EM SEPARADO

concessão, 163 requerimento♦ necessidade de apoiamento

mínimo, 162 proposição♦ procedimento de votação, 165,

166 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS ver PROJETO

DE LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS,LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

DISCUSSÃO DE PROJETO DE CÓDIGO

prazo da comissão especial, 200 DISCUSSÃO DE PROPOSIÇÃO

adiamento, 120 conceito, 116 concessão da palavra, 119 encerramento, 121 inscrição de deputado, 117 recebimento de emenda, 122 requerimento de preferência, 157 turnos, 107 uso da palavra♦ comissão, 90♦ deputado, 118

DISCURSO DE DEPUTADO

elaboração de minuta♦ solicitação à Consultoria

Legislativa, 255 DVS ver DESTAQUE PARA VOTAÇÃO EM

SEPARADO

E

ELEIÇÃO DA MESA

quórum de presença, 11 regras gerais, 12

EMENDA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL verPROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

EMENDA A MEDIDA PROVISÓRIA

apresentação, 290 EMENDA A PROPOSIÇÃO

apresentação, 280 conceito, 33 discussão♦ recebimento, 122

votação de subemenda♦ procedimento, 150

publicação na Ordem do Dia, 123 tipos, 33 votação, 146♦ isolada, 148♦ não-submissão, 147♦ ordem, 149

EMENDA A PROPOSTA DE EMENDA À

CONSTITUIÇÃO

exame de admissibilidade, 186 EMENDA ADITIVA, 33 EMENDA AGLUTINATIVA

conceito, 33 votação de proposição, 145

EMENDA A PROJETO DE CÓDIGO

parecer e tramitação, 203 prazo dos relatores para apreciação, 197 prazo da comissão especial da Câmarados Deputados, 202

prazo para apreciação pelos relatores,197

prazo para apresentação, 196 EMENDA A PROJETO REFERENTE A MATÉRIA

ORÇAMENTÁRIA

apresentação, 280 EMENDA AO PROJETO DE LEI DE CRÉDITOS

ADICIONAIS

apresentação, 282 EMENDA AO PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA

apresentação, 280 EMENDA AO PROJETO DE PLANO PLURIANUAL

apresentação, 280 EMENDA A PROJETO DE RESOLUÇÃO PARA

ALTERAÇÃO DO REGIMENTO INTERNO

apresentação, 207 procedimento após encerramento deprazo, 208

EMENDA CONSTITUCIONAL NO 32, DE 2001 tramitação de medida provisória, 289♦ disciplinamento, 288

EMENDA DE REDAÇÃO, 35 EMENDA MODIFICATIVA, 33 EMENDA SUBSTITUTIVA, 33 EMENDA SUBSTITUTIVA ver também

SUBSTITUTIVO

EMENDA SUPRESSIVA, 33 EMISSORA DE RÁDIO E TELEVISÃO

concessão♦ iniciativa privativa da Comissão de

Ciência e Tecnologia, Comunicação eInformática, 48

ENCAMINHAMENTO DE VOTAÇÃO DE PROPOSIÇÃO

conceito, 136 duração dos discursos, 138 procedimento, 137

ENTIDADE DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL INDIRETA

credenciamento de representante junto àCâmara dos Deputados, 253

ENTIDADE DA SOCIEDADE CIVIL


participação em reunião de audiênciapública de comissão, 252

ENTIDADE DE CLASSE DE GRAU SUPERIOR


ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR

atos atentatórios


♦ punição, 236♦ punição com censura verbal ou

escrita, 237 atos incompatíveis♦ punição, 235

ÉTICA PARLAMENTAR ver ÉTICA E DECORO

PARLAMENTAR

EXAME DE ADMISSIBILIDADE DE EMENDAS

proposta de emenda à Constituição,186

EXAME DE PROJETO DE CÓDIGO

comissão especial, 196 EXERCÍCIO DO MANDATO DE DEPUTADO

licenciamento, 232

F

FATO DETERMINADO ver COMISSÃO

PARLAMENTAR DE INQUÉRITO

FISCALIZAÇÃO E CONTROLE ver PROPOSTA

DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE

G

GRANDE EXPEDIENTE

conceito, 101 oradores♦ distribuição, 102

I

IMUNIDADE PARLAMENTAR, 243 INDICAÇÃO, 37 INICIATIVA POPULAR DE LEI

apresentação, 54♦ requisitos, 52

exercício, 251 limite temático, 53

INSTAURAÇÃO DE PROCESSO CRIMINAL

contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e osministros de Estado, 219

solicitação do Supremo TribunalFederal, 244

L

LDO ver LEI DE DIRETRIZES

ORÇAMENTÁRIAS

LEGISLATURA, 8 LEI ver também PROJETO DE LEI,

PROPOSIÇÃO

LEI

apresentação de projeto, 54 iniciativa do Procurador-Geral daRepública, 51

iniciativa popular, 251

♦ limite temático, 53 requisitos para apresentação de projetode iniciativa popular, 52

LEI COMPLEMENTAR NO 95, DE 1998, 55 elaboração de lei federal, 2

LEI DE CRÉDITOS ADICIONAIS

apresentação de emendas ao projeto,282

conceito, 281 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

apresentação de emendas ao projeto,280

conceito, 277 função, 272 projeto♦ prazo para encaminhamento pelo

Poder Executivo, 278♦ prerrogativas do deputado relativas

ao, 279 tramitação, 280♦ conjunta, 7

LEI ORÇAMENTÁRIA

alteração, 284 apresentação de emendas, 283 importância para o Congresso Nacional,269

iniciativa, 270 normas aplicáveis à tramitação, 271 tramitação conjunta, 7

LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

projeto♦ apresentação de emendas, 283

conceito, 281 função, 272 tramitação, 282♦ conjunta, 7

LEI ORDINÁRIA ver PROJETO DE LEI ORDINÁRIA

LICENÇA ver MANDATO DE DEPUTADO

LICENCIAMENTO ver MANDATO DE DEPUTADO

LIDERANÇA DO GOVERNO

conceito, 18 indicação para o exercício dentro daCâmara dos Deputados, 18

participação no Colégio de Líderes, 15 prerrogativas, 18

LIDERANÇA PARTIDÁRIA

Colégio de Líderes, 15 conceito, 16 direito, 17 prerrogativas e atribuições regimentais,16

M

MAIORIA ABSOLUTA

sessão preparatória, 11 MANDATO DE DEPUTADO

exercício♦ licenciamento, 231, 232♦ obrigatoriedade de prestação de

informação à Câmara, 228


perda, 233, 234♦ competência do Plenário para

aplicação de penalidades, 242♦ desencadeamento do processo,

235♦ formas, 234♦ processo, 245♦ processo disciplinar, 242

prerrogativas regimentais♦ suspensão, 245

sistema de acompanhamento♦ conceito, 230

suspensão de prerrogativasregimentais♦ competência do Plenário para

aplicação de penalidades, 242♦ processo, 241

suspensão temporária, 245♦ casos para aplicação, 239♦ competência do Plenário para

aplicação de penalidades, 242♦ condutas puníveis, 238♦ processo disciplinar, 242

MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA ver ORÇAMENTO

MEDIDA PROVISÓRIA

admissibilidade♦ requisitos, 291

apresentação de emendas, 290 apreciação♦ disciplinamento, 288♦ após Emenda Constitucional no

32/2001, 299 aprovação na Câmara dos Deputados♦ conseqüência, 296

atribuições da comissão mistadesignada para dar parecer, 292

não-conclusão da apreciação pelaCâmara dos Deputados♦ conseqüência, 295

parecer pela comissão mista♦ conseqüência do esgotamento do

prazo para proferimento, 293 prazo♦ apreciação, 296♦ validade, 290

procedimento♦ admissão pela comissão mista,

289♦ apreciação no Plenário, 294

projeto de lei de conversão, 289 reedição pelo Presidente daRepública, 292

regras de tramitação, 285 rejeição ou não-apreciação no prazoconstitucional, 298

relações jurídicas decorrentes♦ regulamentação, 298

sobrestamento da pauta da Câmarados Deputados, se não apreciadaapós quarenta e cinco dias de suapublicação, 297

tramitação

♦ Congresso Nacional, 289♦ conjunta, 7♦ regimento pela Resolução do

Congresso Nacional no 1/1989 antesda Emenda Constitucional no 32/2001,288

♦ regimento pela Emenda Constituicionalno 32/2001 e a Resolução doCongresso Nacional no 1/2002, 289

MEMBRO DA MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

ver MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

atribuições, 14 composição, 14 conceito, 14 distribuição de proposições♦ procedimento por ocasião de omissão,

65 eleição♦ quórum de presença, 11♦ regras gerais, 12

iniciativa privativa de proposição, 48 MINISTÉRIO


MINISTRO DE ESTADO

comparecimento perante a Câmara dosDeputados ou suas comissões paraesclarecimentos, 221♦ forma de convocação, 222♦ conseqüência do não-comparecimento

após convocação, 223 crime de responsabilidade♦ processo de denúncia de cidadão à

Câmara dos Deputados, 220 crime comum♦ tramitação de pedido de autorização

para instauração de processo, 219 pedidos escritos de informação feitos porcomissão da Câmara dos Deputados, 225♦ restrição de conteúdo, 224

procedimento para convocação, 223 processamento de denúncia de crime deresponsabilidade feita por cidadão àCâmara dos Deputados, 221

processo criminal♦ tramitação de pedido de autorização

para instauração, 219MINUTA DE DISCURSO DE DEPUTADO

solicitação à Consultoria Legislativa, 242

N

NORMAS JURÍDICAS

apreciação pelo Congresso Nacional, 4 elaboração pelo processo legislativo, 3


O

ORADOR

distribuição para o GrandeExpediente, 102

ORÇAMENTO ver LEI ORÇAMENTÁRIA

ORDEM DE PREFERÊNCIA, 153 proposição em regime de prioridade,155

requerimento, 156ORDEM DE PREFERÊNCIA POR ASSUNTO

proposição em regime de urgência,154

ORDEM DO DIA

conceito, 105 duração, 97 discussão de matéria♦ procedimento do deputado, 117

inclusão de projeto de código, 201 prazo para inclusão de proposta deemenda à Constituição, 188

quórum de presença para início, 106 votação de proposição emendada,123

OUVIDORIA PARLAMENTAR, 21 composição, 22

P

PALAVRA ver USO DA PALAVRA

PARECER

comissão, 39♦ prazo para emissão, 75♦ procedimento para votação, 93

composição, 37 conceito, 39 efeitos legislativos, 76 pedido de vista, 87 proposições apensadas, 69 relator♦ prazo para emissão, 75♦ voto, 39

relatório, 39 votação, 92 voto do relator♦ alteração, 91

PARECER DE MÉRITO, 41 PARECER DIVERGENTE

conceito, 40 projeto sujeito a apreciaçãoconclusiva, 78

PARECER TERMINATIVO, 42PARECER VENCEDOR, 94 PARLAMENTAR ver DEPUTADO

PARTIDO POLÍTICO

líder, 16 participação em comissões, 25

PEC ver PROPOSTA DE EMENDA À

CONSTITUIÇÃO

PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO PARA INSTAURAÇÃO DE

PROCESSO CRIMINAL

deputado, 244 Presidente e Vice-Presidente daRepública e ministros de Estado, 219

PEDIDO ESCRITO DE INFORMAÇÃO

Ministro de Estado e outras autoridades♦ restrição do conteúdo, 224♦ âmbito, 224

PEQUENO EXPEDIENTE

conceito, 99 duração, 97 inscrição de deputado, 100

PERDA DE MANDATO DE DEPUTADO ver MANDATO

DE DEPUTADO

PLANO PLURIANUAL

avaliação periódica, 276 deputado♦ atuação, 275

função, 272, 273 projeto♦ apresentação de emendas, 275♦ iniciativa privativa do Presidente da

República, 50♦ prazo para encaminhamento ao

Congresso Nacional, 274♦ tramitação conjunta, 7

PLENÁRIO

aplicação de penalidades de suspensãode prerrogativas regimentais, suspensãotemporária do exercício do mandato eperda do mandato♦ competência, 240♦ deliberação, 245

procedimento para aprovação♦ projeto de código, 202♦ substitutivo de comissão, 143

projeto de resolução♦ apreciação, 208

proposição♦ apresentação, 54♦ apreciação preliminar, 115

questão de ordem, 113 quórum de deliberação, 129

PODER EXECUTIVO

encaminhamento ao Congresso Nacional♦ prazo para o projeto de Lei de

Diretrizes Orçamentárias, 278♦ prazo para o projeto de Plano

Plurianual, 274 representação na Câmara dosDeputados, 18

POSSE DE DEPUTADO ver DEPUTADO

POVO ver SOCIEDADE CIVIL

PPA ver PLANO PLURIANUAL

PRAZO

apreciação de emendas a projeto decódigo pelos relatores, 198

apresentação de emendas a projeto decódigo, 197

apresentação de emendas a projeto deresolução, 209


apresentação de parecer do relator-geral ao projeto de código, 199

conclusão dos trabalhos da ComissãoParlamentar de Inquérito, 259

discussão e votação do projeto decódigo pela comissão especial, 200

emissão de parecer sobre proposiçãopor comissão e pelo relator, 75

encaminhamento pelo PoderExecutivo ao Congresso Nacional doprojeto de Lei de DiretrizesOrçamentárias, 278

encaminhamento pelo PoderExecutivo ao Congresso Nacional doprojeto de Plano Plurianual, 274

inclusão de proposta de emenda àConstituição na Ordem do Dia, 194

interrupção do funcionamento deComissão Parlamentar de Inquéritodurante período de recessoparlamentar, 260

limite para a apresentação derequerimento de destaque, 161

opinião da comissão especial daCâmara dos Deputados sobreemendas feita a projeto de código noSenado Federal, 203

recurso, 43 validade de medida provisória, 293

PRECEDÊNCIA DE PROPOSIÇÃO

conceito, 66 tramitação conjunta, 68

PREFERÊNCIA DE PROPOSIÇÃO

conceito, 152 discussão ♦ requerimento, 157

ordem regimental, 153 regime de prioridade, 155 regime de urgência♦ ordem por assunto, 154

requerimento♦ votação ou discussão, 157

votação♦ regras, 158♦ requerimento, 157

PREFERÊNCIA DE REQUERIMENTO

ordem, 156 PREJUDICIALIDADE DE PROPOSIÇÃO

declaração, 178 ocorrência, 177 recurso contra decisão♦ prazo, 43

PRERROGATIVA REGIMENTAL ver MANDATO

DE DEPUTADO

PRESENÇA DE DEPUTADO

aferição em reunião de comissão, 83 início da Ordem do Dia, 106 quórum♦ abertura de sessão da Câmara dos

Deputados, 98♦ eleição da Mesa em sessão

preparatória, 11

registro, 231PRESIDÊNCIA DE REUNIÃO DE COMISSÃO

impedimento de deputado, 80PRESIDÊNCIA DE SESSÃO DE POSSE, 9 PRESIDENTE DA MESA DA CÂMARA DOS

DEPUTADOS

atribuições, 14 recusa no recebimento de proposiçãofora do limite temático, 47

PRESIDENTE DA REPÚBLICA

crime de responsabilidade ♦ processamento de denúncia feita por

cidadão à Câmara dos Deputados, 220 Liderança do Governo na Câmara dosDeputados♦ indicação, 18

medida provisória♦ reedição, 295

prestação de contas♦ procedimento do Congresso Nacional

na análise, 286♦ tramitação, 287

processo criminal♦ tramitação de pedido de autorização

para instauração, 219 projeto de lei ♦ regime de urgência, 73♦ tramitação com solicitação de

urgência, 195 veto♦ iniciativa privativa de proposição, 49

PRESIDENTE DE COMISSÃO

recebimento de proposição para exame eparecer♦ procedimento, 84

PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PRESIDENTE DA

REPÚBLICA

forma, 286 tramitação, 287

PRIMEIRO-SECRETÁRIO DA MESA DA CÂMARA DOS

DEPUTADOS

atribuições, 14 PROCEDIMENTO LEGISLATIVO BICAMERAL

rito comum, 5PROCESSO CRIMINAL

deputado♦ processamento de solicitação do

Supremo Tribunal Federal parainstauração, 244

Presidente e Vice-Presidente daRepública e ministros de Estado♦ tramitação de pedido de instauração,

219 PROCESSO LEGISLATIVO

conceito, 1 regras, 2, 3

PROCESSO LEGISLATIVO BICAMERAL, 4PROCESSO NOMINAL ver VOTAÇÃO DE

PROPOSIÇÃO

PROCESSO SIMBÓLICO ver VOTAÇÃO DE

PROPOSIÇÃO


PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

iniciativa privativa de projeto de lei,45, 51

PROCURADORIA PARLAMENTAR, 20 PROJETO

apreciação conclusiva de comissão♦ recurso de deputado ao Plenário,

79 aprovação pela Casa de origem, 5 conceito, 32 espécies, 32 pareceres divergentes, 78 tipos, 32 tramitação♦ conjunta, 7♦ regras de uma Casa à outra, 6

PROJETO ver também PROPOSIÇÃO

PROJETO DE CÓDIGO

comissão especial♦ exame e parecer, 196

Ordem do Dia♦ inclusão, 201

parecer sobre emenda feita noSenado Federal♦ prosseguimento da tramitação,

203 Plenário♦ procedimento após aprovação, 202

prazo♦ apreciação de emendas pelos

relatores, 198♦ apresentação de emendas, 197♦ apresentação de parecer pelo

relator-geral, 199♦ comissão especial da Câmara dos

Deputados para opinar sobreemendas feitas no Senado Federal,203

♦ discussão pela comissão especial,200

♦ envio ao Poder Executivo, parasanção, após aprovação definitivana Câmara dos Deputados, 204

♦ votação pela comissão especial,200

tramitação, 196♦ limitação numérica, 205♦ procedimento de adequação

quando há mais de trêslegislaturas, 206, 207

PROJETO DE CONSOLIDAÇÃO DE LEIS

apreciação, 210 objetivo, 208 possibilidade de modificação demérito, 209

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

conceito, 32 ratificação de atos de concessão deemissoras de rádio e televisão♦ iniciativa privativa da Comissão de

Ciência e Tecnologia, Comunicaçãoe Informática, 48

ratificação de tratados internacionais♦ iniciativa privativa da Comissão de

Relações Exteriores, 48 regulamentação de relações jurídicasdecorrentes de medida provisória, 292

PROJETO DE INICIATIVA DO PRESIDENTE DA

REPÚBLICA

urgência♦ regime, 73♦ tramitação com solicitação, 195

PROJETO DE LEI

apreciação conclusiva de comissão, 77♦ parecer divergente, 78

apresentação, 45 iniciativa popular♦ assuntos, 53♦ limite temático, 53♦ requisitos, 52

iniciativa do Presidente da República♦ tramitação com solicitação de

urgência, 195 iniciativa privativa♦ Procurador-Geral da República, 45, 51♦ Supremo Tribunal Federal, 45, 50♦ Tribunais Superiores, 45, 50

prerrogativas de deputado, 279 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR, 32PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO

medida provisória, 292 PROJETO DE LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

iniciativa privativa do Presidente daRepública, 49

PROJETO DE LEI DE CRÉDITOS ADICIONAIS

apresentação de emendas, 285 conceito, 284

PROJETO DE LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

apresentação de emendas, 283 encaminhamento pelo Poder Executivoao Congresso Nacional♦ prazo, 278

PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

apresentação de emendas, 283 tramitação, 282

PROJETO DE LEI ORDINÁRIA, 32 apreciação pelo Plenário, 214 apresentação de emendas, 212♦ procedimento após encerramento do

prazo, 213 conceito, 32 regulamento interno das comissões,organização, funcionamento, polícia epessoal da Câmara dos Deputados♦ iniciativa privativa da Mesa da Câmara

dos Deputados, PROJETO DE PLANO PLURIANUAL

apresentação de emendas, 283 atuação de deputado, 275 encaminhamento pelo Poder Executivoao Congresso Nacional♦ prazo, 274

PRONUNCIAMENTO ver DISCURSO


PROPOSIÇÃO

abstenção na votação, 125 adiamento♦ discussão, 120♦ votação, 139

apensamento, 64 apreciação♦ conjunta pelo Congresso Nacional,

268♦ encerramento em comissão, 95♦ preliminar pelo Plenário, 115

apresentação♦ à Câmara dos Deputados, 45, 54,

60♦ de emenda aglutinativa, 146♦ de emendas, 283♦ fora do limite temático, 46

aprovação em definitivo pela Câmarados Deputados♦ destino, 174

arquivamento, 57 autoria, 56 comissão♦ exame e emissão de parecer, 39♦ procedimento de exame e parecer,

84♦ procedimento do presidente, 84

conceito, 30 declaração♦ impedimento para participar de

votação, 122♦ oral durante sua votação, 123♦ prejudicialidade, 178

desarquivamento, 58 destaque para votação em separado♦ concessão, 162

discussão, 116♦ comissão, 87♦ encerramento, 121♦ procedimento de deputado, 117

dispensa da redação final, 173 distribuição às comissões, 61♦ permanentes, 62

elaboração pela ConsultoriaLegislativa e pela Consultoria deOrçamento e Fiscalização Financeira,229♦ solicitação de auxílio pelo

deputado, 241 emenda recebida durante adiscussão, 122

emprego♦ processos simbólico ou nominal

em votação ostensiva, 131♦ sistema de cédula em votação

secreta, 135♦ sistema eletrônico em votação

secreta, 134 encaminhamento de votação, 137,138♦ duração de discurso, 134

espécies, 30

exame♦ Comissão de Constituição e Justiça e

de Redação, 61♦ Comissão de Finanças e Tributação, 61

forma de apresentação, 55 iniciativa privativa♦ Mesa ou comissões, 45, 48♦ Presidente da República, 45, 49♦ Procurador-Geral da República, 45, 51♦ Supremo Tribunal Federal, 45, 50♦ Tribunais Superiores, 45, 50

limite temático, 46 modalidades e sistemas de votação, 130 prazo para emissão de parecer, 75 precedência, 66♦ tramitação conjunta, 68

preferência, 152, 153, 154 prejudicialidade, 177 procedimento♦ apresentação, 60♦ apreciação de matéria emendada pelo

Senado Federal, 174, 175, 176♦ encerramento da apreciação por

comissão, 95♦ encerramento da votação, em primeiro

turno, sem emendas, 170♦ inicial em comissão, 84♦ relator ao receber matéria para

apreciação, 84, 85 quórum♦ presença para votação, 124♦ qualificado para votação, 129

redação♦ parecer vencedor, 94

redação do vencido, 168♦ competência para elaboração, 172

redação final, 171♦ competência para elaboração, 172

regime de tramitação, 70♦ prioridade, 74

regras de preferência na votação, 158 requerimento♦ preferência para votação ou discussão,

156, 157♦ restrição ao adiamento de votação,

140♦ verificação de votação, 133

retificação de voto, 129 retirada, 57 suspensão da apreciação, 111 tramitação conjunta, 64 turnos para discussão e votação, 107 uso da palavra♦ discussão, 119♦ discussão em comissão, 90

votação, 124, 141♦ recebimento de substitutivo de

comissão, 142♦ substitutivo rejeitado ou inexistente,

144♦ verificação, 132

voto de deputado, 125


PROPOSIÇÃO ver também PROPOSTA

PROPOSIÇÃO APENSADA, 64 parecer de comissão, 69 procedência, 67 requerimento de deputado, 65

PROPOSIÇÃO DESTACADA

encaminhamento da votação, 166PROPOSIÇÃO EM REGIME DE PRIORIDADE

ordem de preferência, 153PROPOSIÇÃO EM REGIME DE URGÊNCIA

ordem de preferência por assunto,152

PROPOSIÇÃO EMENDADA

emendas do Senado Federal aproposição da Câmara dosDeputados, 176

ordem empregada na votação, 149 publicação na Ordem do Dia, 123 recebimento de subemenda, 150 votação, 146♦ isolada, 148♦ não-submissão, 147♦ substitutivo da Câmara dos

Deputados, 151 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

admissibilidade♦ aspectos para exame, 180♦ parecer desfavorável, 182♦ parecer favorável, 183

apresentação, 45, 184 aprovação♦ emendas na Casa revisora, 192♦ definitiva por ambas as Casas do

Congresso Nacional, 193 conceito, 31 emendas♦ exame de admissibilidade, 186♦ requisitos para apresentação, 185

exame da admissibilidade deemenda, 186

exame e parecer por comissãoespecial, 196

inadmissibilidade, 182 normas aplicáveis a tramitação, 194 prazo♦ inclusão na Ordem do Dia, 188♦ pronunciamento da Comissão de

Constituição e Justiça e deRedação, 181

quórum necessário para aprovação,190

requisitos para apresentação, 31 tramitação, 179♦ após sua aprovação na Câmara

dos Deputados, 191 turnos para apreciação, 189 votação, 190♦ parecer do relator na comissão

especial, 187 PROPOSTA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE

atos ou fatos sujeitos à fiscalização econtrole do Congresso Nacional, de

suas Casas e comissões, 215 conceito, 44 modo de formulação, 216 prerrogativa de apresentação, 216 recebimento por comissão, 54♦ procedimento, 217

submissão de relatório prévio àcomissão, 218

Q

QUESTÃO DE ORDEM

conceito, 108 diferença em relação à reclamação, 114 diretrizes para formulação, 109 prazo para recurso contra decisões, 43 procedimento em caso de recurso, 112 procedimento quando formulada noPlenário e em reunião de comissão, 113

solução, 110 suspensão da apreciação da matéria, 111

QUÓRUM DE PRESENÇA

abertura de sessão da Câmara dosDeputados, 98

aferição pela Presidência da Mesa daCâmara dos Deputados, 106

Ordem do Dia, 106 sessão preparatória, 11

QUÓRUM DE VOTAÇÃO QUALIFICADO, 129QUÓRUM DE DELIBERAÇÃO

comissão, 82 Comissão Parlamentar de Inquérito, 265 Plenário, 129♦ aplicação de penalidades de suspensão

temporária e perda de mandato dedeputado, 245

R

RECESSO PARLAMENTAR

interrupção do prazo de funcionamentoda Comissão Parlamentar de Inquérito,260

RECLAMAÇÃO

diferença em relação a questão deordem, 114

RECURSO

apreciação conclusiva de projeto, 79 conceito, 43 efeito suspensivo, 111 exceção para sua apresentação, 43 julgamento do Plenário, 43 prazo para apresentação, 43 recusa no recebimento de proposição dedeputado fora do limite temático, 47

tramitação em caso de questão deordem, 112

REDAÇÃO DO VENCIDO

conceito, 168 elaboração, 172


♦ competência, 172 procedimento após sua redação pelacomissão competente, 169

votação♦ primeiro turno, 168♦ segundo turno, 169

REDAÇÃO FINAL DE PROPOSIÇÃO

conceito, 171 dispensa, 173 elaboração♦ competência de comissão, 172

votação em segundo turno, 171REEDIÇÃO DE MEDIDA PROVISÓRIA, 283 REGIME DE URGÊNCIA

conceito, 71 ordem de preferência de proposiçãopor assunto, 152

solicitação pelo Presidente daRepública, 73, 195

REGIME DE TRAMITAÇÃO DE PROPOSIÇÃO, 73 com prioridade♦ características, 74

REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA DOS

DEPUTADOS, 6 projeto de resolução♦ apresentação de emendas, 212

alteração♦ instrumento legislativo, 211

projeto de reforma por comissãoespecial, 196

RELATOR

escolha, 251 designação♦ impedimento de deputado, 80

parecer♦ voto, 39

prazo♦ apreciação de emendas a projeto

de código, 197♦ emissão de parecer sobre

proposição, 75 proposição principal♦ proposta de substitutivo, 86

recebimento de matéria paraapreciação, 84

votação de parecer na comissãoespecial que aprecia proposta deemenda à Constituição, 187

voto♦ alteração, 91♦ parecer, 39♦ rejeição, 94

RELATOR DE COMISSÃO PARLAMENTAR DE

INQUÉRITO

escolha, 264 rejeição do relatório, 266

RELATOR-GERAL DE PROJETO DE CÓDIGO

prazo para apresentação de parecer,199

RELATORIA

impedimento de deputado, 80 RELATÓRIO

parecer, 39RELATÓRIO DE COMISSÃO PARLAMENTAR DE

INQUÉRITO

aprovação, 267 rejeição, 266

RELATÓRIO SOBRE PROPOSTA DE FISCALIZAÇÃO E

CONTROLE

submissão à comissão, 219REPRESENTANTE DE ENTIDADE

credenciamento junto à Câmara dosDeputados, 253

REQUERIMENTO

adiamento de votação de proposição♦ restrição, 140

conceito, 38 criação de Comissão Parlamentar deInquérito♦ tramitação, 245

destaque♦ apoiamento mínimo para sua

apresentação, 162♦ encaminhamento pelo autor da

votação da matéria destacada, 167♦ independência de aprovação pelo

Plenário, 163♦ prazo para sua apresentação, 161♦ votação, 165, 166♦ tipos, 160

ordem de preferência, 156 preferência♦ votação ou discussão de proposição,

157 retificação de ata♦ recurso contra decisões, 43

tipos, 38 verificação de votação de proposição♦ proibição de solicitação sucessiva, 133

RESOLUÇÃO ver PROJETO DE RESOLUÇÃO

RESOLUÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL NO 1, DE

2002 tramitação de medida provisória, 289♦ disciplinamento, 288

RETIFICAÇÃO DE VOTO, 128REUNIÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA DE COMISSÃO

participação de entidade da sociedadecivil, 239

RITO COMUM

procedimento legislativo bicameral, 5

S

SANÇÃO

prazo para envio de projeto de códigoaprovado ao Poder Executivo, 209

SENADO FEDERAL

apreciação♦ conjunta de matéria com a Câmara

dos Deputados, 268♦ emendas a proposição originária da

Câmara dos Deputados, 176


♦ normas jurídicas, 4 emendas a projeto de código♦ prazo para comissão especial da

Câmara dos Deputados opinar,203

elaboração de lei federal, 2 proposição originária da Câmara dosDeputados♦ recebimento de emendas, 174,

175 Regimento Interno, 6 proposição originária♦ votação de substitutivo da Câmara

dos Deputados à, 151 SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

classificação, 96 abertura♦ quórum de presença, 98

SESSÃO CONJUNTA, 7SESSÃO EXTRAORDINÁRIA, 8, 96SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA, 8SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, 8 SESSÃO ORDINÁRIA

conceito, 8, 96 divisão do tempo, 97

SESSÃO PREPARATÓRIA

conceito, 9, 96 deputado♦ posse, 9, 10

eleição da Mesa da Câmara dosDeputados♦ quórum de presença, 11

SESSÃO SOLENE, 96 SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DO MANDATO

PARLAMENTAR

conceito, 230 SISTEMA DE CÉDULA

emprego em votação secreta deproposição, 126, 135

SISTEMA ELETRÔNICO

emprego em votação secreta deproposição, 126, 134

SOCIEDADE CIVIL

Câmara dos Deputados♦ participação nos trabalhos, 246

exercício de iniciativa de lei, 237 participação de entidaderepresentativa em reunião deaudiência pública de comissão, 238

SOCIEDADE CIVIL ver também ENTIDADE

DA SOCIEDADE CIVIL

SOLICITAÇÃO DE URGÊNCIA

tramitação de projeto de lei deiniciativa do Presidente da República,195

SUBEMENDA

conceito, 36 votação de emenda à proposição,150

SUBEMENDA ver também EMENDA

SUBSTITUTIVO

Câmara dos Deputados

♦ votação quando a proposição éoriginária do Senado Federal, 151

comissão♦ aprovação em Plenário, 143♦ rejeição ou inexistência, 144♦ votação de proposição, 142

conceito, 34 proposta do relator, 86

SUBSTITUTIVO ver também EMENDA

SUBSTITUTIVA

SUPLENTE DE SECRETÁRIO

atribuição, 14 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

iniciativa privativa de projeto de lei, 45,50

solicitação para instauração de processocriminal contra deputado, 244

SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DO EXERCÍCIO DO

MANDATO ver MANDATO DO DEPUTADO

T

TITULAR DE ÓRGÃO DA PRESIDÊNCIA DA

REPÚBLICA

comparecimento perante a Câmara dosDeputados ou suas comissões, 222

convocação por comissão, 223 não-comparecimento após convocaçãopor comissão, 224

pedido de autorização para instauraçãode processo criminal contra o Presidentee o Vice-Presidente da República e osministros de Estado, 219

pedidos escritos de informação feitos porcomissão da Câmara dos Deputados, 225

prestação de contas do Presidente daRepública, 287

projeto de código, 196 projeto de código emendado no SenadoFederal, 202

proposta de emenda à Constituição, 179,195

proposta de emenda à Constituiçãoaprovada na Câmara dos Deputados, 190

requerimento de criação de ComissãoParlamentar de Inquérito, 245

TRABALHOS LEGISLATIVOS

organização, 8 TRAMITAÇÃO DE PROPOSIÇÃO

características do regime com prioridade,74

conjunta, 7, 64 Lei de Diretrizes Orçamentárias, 280 Lei Orçamentária Anual, 281 projeto de código♦ limitação numérica, 205

matéria orçamentária, 271 medida provisória, 289 projeto de lei♦ de uma Casa à outra, 6

projeto de lei de iniciativa do Presidente


da República com solicitação deurgência♦ distinção das demais proposições,

73♦ procedimento, 195

regimes, 70 retirada, 57

TRAMITAÇÃO EM REGIME DE URGÊNCIA

conceito, 71TRAMITAÇÃO EM REGIME DE URGÊNCIA ver

também REGIME DE URGÊNCIA

TRATADOS INTERNACIONAIS

ratificação♦ iniciativa da Comissão de Relações

Exteriores, 48 TRIBUNAIS SUPERIORES

iniciativa privativa de projeto de lei,45, 50

TURNOS

apreciação de proposta de emenda àConstituição, 189

discussão e votação de proposição,107

U

URGÊNCIA

conceito, 71 projeto de lei de iniciativa doPresidente da República, 195

URGÊNCIA URGENTÍSSIMA, 72 USO DA PALAVRA

critério para concessão ao deputado,119

discussão♦ matéria em comissão, 90♦ proposição, 118

distribuição de oradores para oGrande Expediente, 102

V

VACÂNCIA DO CARGO DE DEPUTADO, 232 declaração, 233

VALIDADE DE MEDIDA PROVISÓRIA

prazo, 290 VENCIDO ver REDAÇÃO DO VENCIDO

VERIFICAÇÃO DE VOTAÇÃO

conceito, 132 proibição de requerimentossucessivos, 133

VETO PRESIDENCIAL

apreciação, 300VICE-LÍDER

indicação, 16 VICE-PRESIDENTE DA MESA

competência, 14VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

crime de responsabilidade♦ processo de denúncia feita por

cidadão à Câmara dos Deputados, 220 processo criminal♦ tramitação de pedido de autorização

para instauração, 219VICE-PRESIDENTE DE COMISSÃO PARLAMENTAR

DE INQUÉRITO

escolha, 251 VOTAÇÃO DE PARECER

procedimento, 92 proposta de emenda à Constituição nacomissão especial, 187

VOTAÇÃO DE PROPOSIÇÃO

abstenção, 125 adiamento, 139♦ restrição ao requerimento, 140

declaração♦ impedimento de deputado, 125, 126♦ oral de deputado, 127

deputado, 125 destaque para votação em separado♦ concessão, 165

emenda a proposição♦ não-recebimento em primeiro turno,

170♦ procedimento, 146

emenda aglutinativa♦ apresentação, 145

encaminhamento, 136, 137, 138♦ duração de discurso de deputado, 138

forma, 124 impedimento, 125,126 modalidade e sistema, 130 ocasião, 124 processo nominal, 130, 131 processo simbólico, 130, 131 procedimento, 141 quórum♦ presença, 124♦ deliberação em Plenário, 129

preferência♦ regras, 158♦ requerimento, 157

substitutivo de comissão, 142♦ recebimento, 142♦ rejeitado ou inexistente, 144

turnos, 107 verificação, 132♦ proibição de requerimento sucessivo,

133 voto♦ retificação, 128♦ tipos, 125

VOTAÇÃO DE PARECER

resultado em comissão♦ possibilidades, 93

VOTAÇÃO DE PROPOSIÇÃO DESTACADA

encaminhamento pelo autor dorequerimento de destaque, 167

VOTAÇÃO DE PROPOSIÇÃO EMENDADA, 146 não-submissão a votação, 147 ordem, 149 publicação na Ordem do Dia, 123


recebimento de subemenda, 150 votação isolada, 148

VOTAÇÃO DE PROPOSTA DE EMENDA À

CONSTITUIÇÃO

procedimento, 190VOTAÇÃO DE RECURSO, 112VOTAÇÃO DE REQUERIMENTO DE DESTAQUE,

164 VOTAÇÃO DE SUBSTITUTIVO DA CÂMARA DOS

DEPUTADOS

proposição originária do SenadoFederal, 151

VOTAÇÃO EM PRIMEIRO TURNO

redação do vencido, 168VOTAÇÃO EM SEGUNDO TURNO

redação♦ vencido, 169♦ final, 171

VOTAÇÃO EM TURNO ÚNICO

redação final, 171VOTAÇÃO EM SEPARADO ver DESTAQUE PARA

VOTAÇÃO EM SEPARADO

VOTAÇÃO ISOLADA, 148 emenda com subemenda, 150 não-submissão a votação, 147 ordem, 149

VOTAÇÃO OSTENSIVA DE PROPOSIÇÃO

conceito, 130 emprego dos processos simbólico ounominal, 131

VOTAÇÃO SECRETA DE PROPOSIÇÃO

conceito, 130 emprego do sistema de cédula, 135 emprego do sistema eletrônico, 134

VOTO CONTRÁRIO

votação de proposição, 125VOTO DE DEPUTADO, 125

comissão, 92 declaração de voto, 89 retificação durante votação, 128

VOTO DO RELATOR

alteração, 91 parecer, 39 possibilidades de conclusão, 85 rejeição, 94

VOTO FAVORÁVEL

votação, 125 VOTO EM SEPARADO

conceito, 88 diferença em relação a declaração devoto, 89

VOTO FAVORÁVEL

proposição, 125 VOTO VENCEDOR ver PARECER VENCEDOR

cópia de questões sobre processo legislativo e regimento interno

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