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16 | RUMOS CRUZADOS QUINTA-FEIRA, 17 DE NOVEMBRO DE 2011 A edição de “Rumos Cruza- dos” de hoje faz um balan- ço da 4ª edição do Festival “ O Mundo Aqui”. Este é positivo, não obstante os problemas ine- rentes à realização de um evento deste género. Não estamos a in- ventar nada com o Festival “ O Mundo Aqui”. Hoje, os Açores acolhem pessoas provenientes de mais de 77 nacionalidades, sendo que esta realidade pode passar, muitas vezes, ao lado de muitas pessoas, mas também caímos na tentação de pensar que pelo facto de cruzarmos com pessoas, apa- rentemente diferentes, que as co- nhecemos. É necessário, por isso, criar e reforçar espaços de parti- lha, de conhecimento e de interac- ção cultural. Há seis anos que a AIPA tem, em parceria com a An- tena 1-Açores e com o apoio da Di- recção Regional das Comunida- des, o programa radiofónico “ O Mundo Aqui”, que acontece todos os sábados na Antena 1 Açores e é retransmitido em Cabo Verde aos domingos. O Festival surge como prolongamento deste projecto de promoção de pontes culturais. Te- mos, com base neste pressuposto, de ir para além do óbvio e encarar, por um lado, que não somos tão diferentes assim e que as diferen- ças que cada uma das culturas tem só constitui um factor de enri- quecimento. É isto que tentamos fazer com o Festival “O Mundo Aqui”. Desde a primeira edição do Festival temos vindo, dentro das nossas possibilidades, a introdu- zir melhorias no cartaz do evento, mas assente sempre na mesma fi- losofia caracterizada por três di- mensões: a criação de espaços para a valorização dos imigrantes residentes nos Açores e das suas culturas, a possibilidade de se es- tabelecer pontes com outras cul- turas, e partilhar com o público do Festival artistas provenientes de outras latitudes e a criação e valo- rização de espaços de participação dos artistas açorianos. Fazemo-lo porque a integração e o diálogo in- tercultural só faz sentido se for- mos capazes de conhecer as duas margens do rio. O cartaz deste ano foi claramente prova da con- cretização destas três dimensões. Este ano o festival contou com a colaboração de 12 voluntários, que disponibilizaram o seu tem- po para nos ajudar. A partir deste editorial queremos agradecer publicamente a estes voluntários e aos nossos parceiros que sem eles não seria possível a realiza- ção do festival. Queremos agra- decer ainda aos alunos da Escola Profissional EPROSEC, nomea- damente às turmas de animação e organização de eventos, que tanto animaram e com tanto empenho criaram um espaço para as crianças. As duas margens do rio “O Mundo Aqui” termina com balanço positivo D urante os três dias, o Pavi- lhão do Mar encheu-se de cores, gastronomias, de músicas e ritmos de Angola, Cabo Verde, Brasil, Ucrânia, Cuba, Gui- né-Bissau e Açores. Mais de 800 pessoas visitaram “O Mundo Aqui”. Umas para sabo- rear as iguarias dos cinco países pre- sentes no festival: Brasil, Macau, Cabo Verde, Guiné e Angola, outras ainda para ouvir as várias sonori- dades ou simplesmente para dar um pezinho de dança pela noite dentro com os sons do mundo. A cerimónia de abertura da 4ª Edição do Festival “O Mundo Aqui”, que decorreu na sexta-feira dia 4, contou com a presença do se- cretário regional da Ciência, Tec- nologias e Equipamentos, José Contente, e de José Andrade, ve- reador da Cultura, Acção Social e Desporto da Câmara Municipal de Ponta Delgada. Neste dia, José Galissa, mais co- nhecido pelo “mestre do Kora”, inaugurou o palco do festival com uma actuação que transportou os presentes para a cultura Mandin- ga da Guiné-Bissau. De seguida, o Afrocuban Trio, um grupo de três imigrantes cubanos fundado em Ponta Delgada, subiu ao palco e, com muito ritmo na música e na COORDENAÇÃO PAULO MENDES | TEXTOS JOSEFINA CRUZ | www.aipa-azores.com Para o ano cá estaremos com a ª Edição dança, mostrou o que é a cultura cubana. Na mesma noite, Xico Ba- rata, de nome próprio Francisco Lemos, juntamente com a sua banda, trouxe para o recinto do “Mundo Aqui” os sons e ritmos quentes do seu país de origem, An- gola. Os DJs Sargento Zundapp e Djulas tomaram conta do palco com as músicas do mundo. Na tarde de sábado, Oberig, gru- po etnográfico de Ucrânia compos- to por três imigrantes ucranianos residentes em Leiria, estreou a sua vinda aos Açores com um espectá- culo marcante que deixou o públi- co encantado com as belas vozes deste trio. De seguida, o músico Ci- ro, imigrante guineense e há lar- gos anos a residir nos Açores, trans- portou a plateia para os sons quen- tes do continente africano. À noite tivemos sonoridades in- sulares com as actuações do cabo- verdiano Tó Alves e dos “Bandar- ra”, da ilha do Faial. António Pina Alves, mais conhecido por Tó Al- ves, proporcionou-nos uma via- gem inesquecível pelas mornas e coladeiras. Por seu turno os “Ban- darra”, uma banda fundada em 2007 e de sucesso nos Açores, com um espectáculo cheio de ritmo pu- seram a dançar a plateia daquela noite. Os DJs Herberto Quaresma e Giovanny conduziram os presen- tes para sons do mundo. No último dia do festival inau- gurámos no programa o conceito de Palco Aberto, que consistiu em proporcionar um espaço de parti- lha e descoberta de novos talentos imigrantes e açorianos. Neste es- paço tivemos duas actuações: Te- Com o lema “O Mundo é de todas as cores”, a AIPA promoveu no fim-de-semana de a de Novembro, nas Portas do Mar, a ª Edição do Festival “O Mundo Aqui” NOTA DE ABERTURA “O Festival, na minha opinião, apre- sentou grande qualidade tanto a nível gastronómico como musical. Com uma ou outra falha de organização, conse- guimos que tudo corresse “pelos con- formes”. Achei os Workshops realiza- dos de grande valor e espero que para o ano haja mais diversidade dos mes- mos. Foi sem dúvida uma bela expe- riência e espero voltar a colaborar em mais iniciativas como esta, que só tra- zem valor para os Açores.” Ana Rita Santos, estudante “O Festival “O Mundo Aqui” superou as minhas expectativas. Equilibrado no seu todo, desde os fantásticos concertos às iguarias da tenda gastronómica. Como voluntária, a experiência foi mui- to enriquecedora. Na minha opinião, o Festival é uma forma de dar a conhecer a cultura das comunidades migrantes (e quebrar alguns preconceitos sobre as mesmas). Vida longa ao Festival.” Sónia Teixeira, professora “O festival em si foi, do nosso pon- to de vista, um sucesso, muito di- nâmico e acolhedor. Já a nossa par- ticipação como voluntários foi sem dúvida inesquecível e incompará- vel, foi um prazer poder ajudar a AIPA neste projecto. Ficámos a co- nhecer várias culturas, diversos es- tilos de música e gastronomia. Mas, acima de tudo, fizemos ami- gos para a vida.” Tânia Mota e Hélder Oliveira “Na minha opinião a ª edição do festival teve um resultado positivo apesar da sociedade ainda estar um pouco reticente ao “diferente”, isto é, no meu entender a sociedade tem de estar aberta às novas culturas, a todas as cores. Para o ano espero que a adesão seja maior e que pos- samos pintar a cidade de Ponta Del- gada de muitas e mais cores.” Cheila da Luz resa Sousa, uma jovem açoriana que nos transportou para a cultura oriental com a Dança do Ventre, e Miguel Oliveira, imigrante cabo- verdiano, que nos transmitiu os rit- mos africanos. A encerrar esta 4ª Edição do “Mundo Aqui” tivemos dois espec- táculos assentes naquilo que é um dos nossos objectivos: valorizar a cultura açoriana, fomentar o en- contro de culturas e potenciar a descoberta de novas formas de ver o mundo. Zeca Medeiros e Maninho cru- zaram os sons dos Açores e Brasil e no final Vânia Dilac e Banda Negra proporcionaram-nos igualmente um cruzamento cultural. Para além da música e gastro- nomia, tivemos neste quarto festi- val lugar para a realização de workshops e actividades paralelas. Na Escola Secundária Domingos Rebelo, José Galissa deu um workshop sobre o Kora. No sábado e no domingo, Xico Barata minis- trou um workshop de Kizomba com os níveis iniciado e intermé- dio. “À Descoberta de Talentos” foi o concurso de pintura que decor- reu durante o evento e cujo resul- tado foi exposto no festival. Esta 4ª Edição do Festival “ O Mundo Aqui” contou com o apoio das seguintes entidades: Governo dos Açores através das Direcções Regionais das Comunidades, do Turismo, Cultura e da Solidarieda- de Social, RDP e RTP-Açores, IRIS, Câmara Municipal de Pon- ta Delgada, Hotel VIP, Rádio Atlântida, Jornal “ Açoriano Oriental”, Açoribérica, Associa- ção Portas do Mar e Escola Profis- sional EPROSEC, através das tur- mas de animação e organização de eventos.

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Page 1: COORDENAÇÃO PAULO MENDES TEXTOS JOSEFINA CRUZ NOTA …aipa-azores.com/fotos/portfolio/01321533308.pdf · RUMOS CRUZADOS QUINTA-FEIRA, 17 DE NOVEMBRO DE 2011 A edição de “Rumos

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RUMOS CRUZADOS QUINTA-FEIRA, 17 DE NOVEMBRO DE 2011

A edição de “Rumos Cruza-dos” de hoje faz um balan-ço da 4ª edição do Festival

“ O Mundo Aqui”. Este é positivo, não obstante os problemas ine-rentes à realização de um evento deste género. Não estamos a in-ventar nada com o Festival “ O Mundo Aqui”. Hoje, os Açores acolhem pessoas provenientes de mais de 77 nacionalidades, sendo que esta realidade pode passar, muitas vezes, ao lado de muitas pessoas, mas também caímos na tentação de pensar que pelo facto de cruzarmos com pessoas, apa-rentemente diferentes, que as co-nhecemos. É necessário, por isso, criar e reforçar espaços de parti-lha, de conhecimento e de interac-ção cultural. Há seis anos que a AIPA tem, em parceria com a An-tena 1-Açores e com o apoio da Di-recção Regional das Comunida-des, o programa radiofónico “ O Mundo Aqui”, que acontece todos os sábados na Antena 1 Açores e é retransmitido em Cabo Verde aos domingos. O Festival surge como prolongamento deste projecto de promoção de pontes culturais. Te-mos, com base neste pressuposto, de ir para além do óbvio e encarar, por um lado, que não somos tão diferentes assim e que as diferen-ças que cada uma das culturas tem só constitui um factor de enri-quecimento. É isto que tentamos fazer com o Festival “O Mundo Aqui”.

Desde a primeira edição do Festival temos vindo, dentro das nossas possibilidades, a introdu-zir melhorias no cartaz do evento, mas assente sempre na mesma fi-losofia caracterizada por três di-mensões: a criação de espaços para a valorização dos imigrantes residentes nos Açores e das suas culturas, a possibilidade de se es-tabelecer pontes com outras cul-turas, e partilhar com o público do Festival artistas provenientes de outras latitudes e a criação e valo-rização de espaços de participação dos artistas açorianos. Fazemo-lo porque a integração e o diálogo in-tercultural só faz sentido se for-mos capazes de conhecer as duas margens do rio. O cartaz deste ano foi claramente prova da con-cretização destas três dimensões.

Este ano o festival contou com a colaboração de 12 voluntários, que disponibilizaram o seu tem-po para nos ajudar. A partir deste editorial queremos agradecer publicamente a estes voluntários e aos nossos parceiros que sem eles não seria possível a realiza-ção do festival. Queremos agra-decer ainda aos alunos da Escola Profissional EPROSEC, nomea-damente às turmas de animação e organização de eventos, que tanto animaram e com tanto empenho criaram um espaço para as crianças. �

As duas margens do rio

“O Mundo Aqui” termina com balanço positivo

Durante os três dias, o Pavi-lhão do Mar encheu-se de cores, gastronomias, de

músicas e ritmos de Angola, Cabo Verde, Brasil, Ucrânia, Cuba, Gui-né-Bissau e Açores.

Mais de 800 pessoas visitaram “O Mundo Aqui”. Umas para sabo-rear as iguarias dos cinco países pre-sentes no festival: Brasil, Macau, Cabo Verde, Guiné e Angola, outras ainda para ouvir as várias sonori-dades ou simplesmente para dar um pezinho de dança pela noite dentro com os sons do mundo.

A cerimónia de abertura da 4ª Edição do Festival “O Mundo Aqui”, que decorreu na sexta-feira dia 4, contou com a presença do se-cretário regional da Ciência, Tec-nologias e Equipamentos, José Contente, e de José Andrade, ve-reador da Cultura, Acção Social e Desporto da Câmara Municipal de Ponta Delgada.

Neste dia, José Galissa, mais co-nhecido pelo “mestre do Kora”, inaugurou o palco do festival com uma actuação que transportou os presentes para a cultura Mandin-ga da Guiné-Bissau. De seguida, o Afrocuban Trio, um grupo de três imigrantes cubanos fundado em Ponta Delgada, subiu ao palco e, com muito ritmo na música e na

COORDENAÇÃO PAULO MENDES | TEXTOS JOSEFINA CRUZ | www.aipa-azores.com

Para o ano cá estaremos com a ª Edição

dança, mostrou o que é a cultura cubana. Na mesma noite, Xico Ba-rata, de nome próprio Francisco Lemos, juntamente com a sua banda, trouxe para o recinto do “Mundo Aqui” os sons e ritmos quentes do seu país de origem, An-gola.

Os DJs Sargento Zundapp e Djulas tomaram conta do palco com as músicas do mundo.

Na tarde de sábado, Oberig, gru-po etnográfico de Ucrânia compos-to por três imigrantes ucranianos residentes em Leiria, estreou a sua vinda aos Açores com um espectá-culo marcante que deixou o públi-co encantado com as belas vozes deste trio. De seguida, o músico Ci-ro, imigrante guineense e há lar-gos anos a residir nos Açores, trans-portou a plateia para os sons quen-tes do continente africano.

À noite tivemos sonoridades in-sulares com as actuações do cabo-verdiano Tó Alves e dos “Bandar-ra”, da ilha do Faial. António Pina Alves, mais conhecido por Tó Al-ves, proporcionou-nos uma via-gem inesquecível pelas mornas e coladeiras. Por seu turno os “Ban-darra”, uma banda fundada em 2007 e de sucesso nos Açores, com um espectáculo cheio de ritmo pu-seram a dançar a plateia daquela noite.

Os DJs Herberto Quaresma e Giovanny conduziram os presen-tes para sons do mundo.

No último dia do festival inau-gurámos no programa o conceito de Palco Aberto, que consistiu em proporcionar um espaço de parti-lha e descoberta de novos talentos imigrantes e açorianos. Neste es-paço tivemos duas actuações: Te-

Com o lema “O Mundo é de todas as cores”, a AIPA promoveu no fim-de-semana de a de Novembro, nas Portas do Mar, a ª Edição do Festival “O Mundo Aqui”

NOTA DE ABERTURA

“O Festival, na minha opinião, apre-sentou grande qualidade tanto a nível gastronómico como musical. Com uma ou outra falha de organização, conse-guimos que tudo corresse “pelos con-formes”. Achei os Workshops realiza-dos de grande valor e espero que para o ano haja mais diversidade dos mes-mos. Foi sem dúvida uma bela expe-riência e espero voltar a colaborar em mais iniciativas como esta, que só tra-zem valor para os Açores.”

Ana Rita Santos, estudante

“O Festival “O Mundo Aqui” superou as minhas expectativas. Equilibrado no seu todo, desde os fantásticos concertos às iguarias da tenda gastronómica. Como voluntária, a experiência foi mui-to enriquecedora. Na minha opinião, o Festival é uma forma de dar a conhecer a cultura das comunidades migrantes (e quebrar alguns preconceitos sobre as mesmas). Vida longa ao Festival.”

Sónia Teixeira, professora

“O festival em si foi, do nosso pon-to de vista, um sucesso, muito di-nâmico e acolhedor. Já a nossa par-ticipação como voluntários foi sem dúvida inesquecível e incompará-vel, foi um prazer poder ajudar a AIPA neste projecto. Ficámos a co-nhecer várias culturas, diversos es-tilos de música e gastronomia. Mas, acima de tudo, fizemos ami-gos para a vida.”

Tânia Mota e Hélder Oliveira

“Na minha opinião a ª edição do festival teve um resultado positivo apesar da sociedade ainda estar um pouco reticente ao “diferente”, isto é, no meu entender a sociedade tem de estar aberta às novas culturas, a todas as cores. Para o ano espero que a adesão seja maior e que pos-samos pintar a cidade de Ponta Del-gada de muitas e mais cores.”

Cheila da Luz

resa Sousa, uma jovem açoriana que nos transportou para a cultura oriental com a Dança do Ventre, e Miguel Oliveira, imigrante cabo-verdiano, que nos transmitiu os rit-mos africanos.

A encerrar esta 4ª Edição do “Mundo Aqui” tivemos dois espec-táculos assentes naquilo que é um dos nossos objectivos: valorizar a cultura açoriana, fomentar o en-contro de culturas e potenciar a descoberta de novas formas de ver o mundo.

Zeca Medeiros e Maninho cru-zaram os sons dos Açores e Brasil e no final Vânia Dilac e Banda Negra proporcionaram-nos igualmente um cruzamento cultural.

Para além da música e gastro-nomia, tivemos neste quarto festi-val lugar para a realização de workshops e actividades paralelas. Na Escola Secundária Domingos Rebelo, José Galissa deu um workshop sobre o Kora. No sábado e no domingo, Xico Barata minis-trou um workshop de Kizomba com os níveis iniciado e intermé-dio. “À Descoberta de Talentos” foi o concurso de pintura que decor-reu durante o evento e cujo resul-tado foi exposto no festival.

Esta 4ª Edição do Festival “ O Mundo Aqui” contou com o apoio das seguintes entidades: Governo dos Açores através das Direcções Regionais das Comunidades, do Turismo, Cultura e da Solidarieda-de Social, RDP e RTP-Açores, IRIS, Câmara Municipal de Pon-ta Delgada, Hotel VIP, Rádio Atlântida, Jornal “ Açoriano Oriental”, Açoribérica, Associa-ção Portas do Mar e Escola Profis-sional EPROSEC, através das tur-mas de animação e organização de eventos. �

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AÇORIANO ORIENTAL . QUINTA-FEIRA, 17 DE NOVEMBRO DE 2011 RUMOS CRUZADOS|17

Discriminação e Exclusão Social - IgualdadeA Novo Dia - Associação para a In-clusão Social e o CIPA - Centro de Informação, Promoção e Acompa-nhamento de Políticas de Igualda-de, com o apoio da Direcção Regio-nal da Solidariedade e Segurança Social, irá promover a 18 de No-vembro no Auditório da Bibliote-ca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada o II Seminário: Dis-criminação e Exclusão Social - Igualdade na Diversidade.

A iniciativa tem como objectivo a “promoção da Igualdade de Opor-tunidades, através da reflexão e aprofundamento do conhecimento acerca das várias formas de discri-minação baseadas na origem/etnia, orientação sexual, género, deficiên-cia e classe social”.

O seminário terá início às 09h30 com uma abertura solene a cargo da directora regional da Soli-dariedade e Segurança Social, Na-tércia Gaspar e da directora da Bi-blioteca Pública e Arquivo Regio-

nal de Ponta Delgada, Rute Gregório. Pelas 10h00, Sandra Ri-beiro, presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Em-prego (CITE) irá apresentar o tema: “Igualdade de Género no Trabalho e no Emprego”. De segui-da Fernando Diogo, professor da Universidade nos Açores, irá expor o assunto das “Desigualdades de género e contextos de pobreza, ex-periências de investigação e de in-tervenção”.

A sessão da tarde começará pe-las 14h00 com o tema “A Igualdade enquanto factor de integração dos imigrantes”, apresentado por Leo-ter Viegas, coordenador do Centro Local de Apoio à integração dos Imigrantes (CLAII) de Ponta Del-gada. “Não há lugar para Mim...” é o título da intervenção de Cristina Amaral, presidente de Direcção da Aurora Social.

O II Seminário sobre a Discri-minação e Exclusão Social - Igual-

dade na Diversidade encerrará com a apresentação de Miguel Vale de Almeida, professor associado no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) intitulada “O que é discriminar com base na orienta-ção sexual? O óbvio e o não tão ób-vio”.

As sessões do seminário termi-narão com um debate e as apresen-tações serão traduzidas/interpre-tadas em Língua Gestual Portu-guesa.

Segundo Vânia Machado, técni-ca superior de Sociologia do CIPA, este Centro tem vindo a desenvol-ver várias actividades no âmbito da promoção da Igualdade de Opor-tunidades e combate às discrimi-nações múltiplas. É neste sentido que surge a ideia de desenvolver este tipo de evento. “Consideramos que é um meio privilegiado para promover a reflexão conjunta e o aprofundamento destas temáti-cas”, acrescentou. �

1º prémio no valor de 1€

Prémios da Competição RegionalCom o objectivo de promover a produção local de filmes sobre as migrações e a interculturalida-de, o Panazorean International Film Festival criou 4 prémios para a competição regional, que totalizam mais de 2.500€.

O prémio Açores, no valor de 1000€, distingue a melhor obra de produção regional. Com a mesma quantia, o prémio do Público (regional) /Portugal Telecom, será atribuído com base na votação dos espectado-res do Festival. O prémio Novo Talento / Escola Restart será

oferecido ao candidato, jovem até aos 30 anos, e é constituído por um cheque/formação no valor de 350€ e ainda uma pas-sagem aérea entre Ponta Delga-da e Lisboa. Por fim o prémio Escolas / Jornal Açoriano Oriental, de 150€, será atribuí-do à melhor obra realizada por alunos inscritos nas escolas se-cundárias.

Para mais informações visite o nosso site, www.panazo-rean.com, nas redes sociais ou contacte-nos através do número 296286365. �

No âmbito da 4ª Edição do Fes-tival “O Mundo Aqui”, a AIPA promoveu o concurso de pintu-ra “À Descoberta de Talentos”.

Participaram nesta iniciativa cerca de 14 pessoas, que durante a tarde de sexta e o dia de sábado, deram asas à sua imaginação.

O tema foi a interculturalidade, o multiculturalismo e imigração.

No domingo, último dia do festival, todos os trabalhos foram expostos publicamente e foi elei-to o vencedor deste concurso.

O júri, constituído por José Fran-co, Cristina Sousa e pelo artista “Tó Alves”, decidiu atribuir o prémio à concorrente Alexandra Dias.

A jovem de 17 anos, aluna da turma de Artes Visuais da Esco-la Antero de Quental, expli-cou-nos o resultado da sua obra. “Este quadro representa a raça humana”, disse.

Tal facto, segundo Alexandra dias, é visível através da leitura que se faz das cores. “A cor mais escura representa a raça negra e os tons mais claros são a raça branca. Os círculos representa-dos no quadro correspondem a cada um dos seus mundos.” Para a cor de fundo escolheu o mais claro, que representa a harmonia e união entre os po-vos. �

Gloria Peinado, estudante

“Eu sou estudante espanhola e cheguei cá há um mês. Fa-zer voluntariado no Festival permitiu-me conhecer as cul-turas que formam a ilha e também pessoas excepcio-nais. Fiquei admirada com as

facilidades que a AIPA me deu para participar, com a boa organização e qualidade da oferta. Levei para casa os sorrisos das pessoas, boa co-mida, um CD rubricado... e sobretudo amigos.”

Campanha de Ajuda

Se tem em casa electrodomésti-cos que já não utiliza mas que funcionam, não os deite para o lixo. Ajude quem mais precisa. A AIPA vem por este meio ape-lar a todos aqueles que queiram ajudar uma cidadã de Angola,

carenciada, com dois filhos a seu cargo e que reside em Ponta Delgada, que necessita para sua casa de um fogão, uma máqui-na de lavar e um frigorifico. Contacte-nos: / [email protected].

Haverá debates e tradução/interpretação em Língua Gestual

Participaram pessoas no total

PAULO MEDEIROS

“Levar novos mundos ao mun-do... Ao encontro dos olhares, sentires e saberes de todos os po-vos, é essa a missão da SATA!” Esta é a frase de Ana Paula Ma-chado, vencedora do concurso “Sabedoria Milenar” promovido pela SATA em parceria com a AIPA.

A autora da frase foi contem-plada com uma viajem para duas pessoas entre os Açores e o Conti-nente.

O concurso teve como base a fotografia “Saberes Milenares” de Paulo Medeiros, vencedora da 2ª Edição do Concurso “Olhares sem Fronteiras”. O passatempo,

a SATA e com o tema da interculturalidade e diálo-go intercultural e /ou inte-gração de imigrantes.

Recorde-se que o “Olhares sem Frontei-ras” é uma iniciativa da AIPA e da AFAA, com o apoio da Câmara Muni-cipal de Lagoa e visa es-timular os profissionais e amantes da fotografia

a captarem a presença e a vi-vência diária dos imigrantes na Região Autónoma dos Açores e contribuir para a promoção e valorização da diversidade cul-tural. �

Concorra até ao dia de Fevereiro de 1

“Os três mundos” de Alexandra Dias

Ana Machado vence a “Sabedoria Milenar”

postado no mural da página da SATA no facebook, consistiu em desafiar os participantes a elabo-rarem uma frase relacionada com