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1 M. R. E. C IS E T Fl.:_____ MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO COORDENAÇÃO-GERAL DE AUDITORIA PROCESSO : 07 UNIDADE GESTORA :Escritório de Representação no Rio de Janeiro OBJETIVO DA AUDITORIA : Tomada de Contas Anual EXERCÍCIO : 2009 Relatório de Auditoria de Gestão nº 07/2010 I - INTRODUÇÃO Em atendimento à determinação contida no Memorandum CISET/008, de 6 de janeiro de 2010, do Secretário de Controle Interno, apresentamos o presente Relatório de Auditoria, que examina os atos e fatos de gestão praticados no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2009, sob a responsabilidade dos dirigentes da Unidade em referência. 2. Os trabalhos de auditoria interna, nas contas da Unidade, realizaram-se por ocasião do levantamento de Tomada de Contas e foram desenvolvidos in loco, na sede da Unidade Gestora, onde se encontram arquivadas as primeiras vias dos processos de pagamento e os demais documentos que comprovam a execução orçamentária, financeira e patrimonial. 3. Os exames foram efetuados por amostragem, de acordo com as normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal.

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MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO

COORDENAÇÃO-GERAL DE AUDITORIA

PROCESSO : 07

UNIDADE GESTORA :Escritório de Representação no Rio de Janeiro

OBJETIVO DA AUDITORIA : Tomada de Contas Anual

EXERCÍCIO : 2009

Relatório de Auditoria de Gestão nº 07/2010

I - INTRODUÇÃO

Em atendimento à determinação contida no Memorandum CISET/008, de 6

de janeiro de 2010, do Secretário de Controle Interno, apresentamos o presente Relatório

de Auditoria, que examina os atos e fatos de gestão praticados no período de 1º de

janeiro a 31 de dezembro de 2009, sob a responsabilidade dos dirigentes da Unidade em

referência.

2. Os trabalhos de auditoria interna, nas contas da Unidade, realizaram-se por

ocasião do levantamento de Tomada de Contas e foram desenvolvidos in loco, na sede da

Unidade Gestora, onde se encontram arquivadas as primeiras vias dos processos de

pagamento e os demais documentos que comprovam a execução orçamentária, financeira

e patrimonial.

3. Os exames foram efetuados por amostragem, de acordo com as normas de

auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal.

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II - TOTAL E REPRESENTATIVIDADE DA DESPESA REALIZAD A

4. A Unidade Jurisdicionada realizou, no exercício, despesas no valor

nominal de R$ 3.556.550,08 (três milhões, quinhentos e cinqüenta e seis mil, quinhentos

e cinqüenta reais e oito centavos), que correspondem a 0,20 % do montante das despesas

realizadas pelo Itamaraty, no País e no exterior.

III - RESULTADO DOS EXAMES

5. Não há ocorrência de atos de gestão relacionados aos itens 4, 8, 9 e 15 do

anexo IV da DN/TCU nº 103/2009.

6. Considerando o reduzido quadro de pessoal, o número de unidades a serem

auditadas, a equipe de Auditoria verificou a efetiva execução dos 11 contratos vigentes

no exercício de 2009 e parte de seus respectivos processos de pagamentos; verificou a

gestão de recursos humanos, a gestão de patrimônio e material, ademais de outros

controles da unidade, principalmente os relativos à frota de veículos. As ressalvas

apontadas pela Auditoria, após a análise dos documentos, foram comunicadas ao Gestor,

que tempestivamente apresentou suas justificativas. Parte das justificativas foram

acatadas e outras de natureza formal serão objeto de comunicação interna e

acompanhamento pelo Controle Interno das medidas necessárias para correção. As

ressalvas que, no entendimento do Controle Interno, necessitam de implementação e

acompanhamento também por parte do Controle Externo, encontram-se nos capítulos

específicos deste Relatório.

7. Com base nos exames realizados na documentação comprobatória dos atos

e fatos de gestão, que deram origem ao presente processo, e em cumprimento ao disposto

no Anexo IV da Decisão Normativa TCU nº 103/2009, apresentamos as seguintes

observações:

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III.1 - Avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos da gestão, em especial

quanto à eficácia e eficiência no cumprimento dos objetivos e metas (físicas e

financeiras) planejados e/ou pactuados, apontando as causas que prejudicaram o

desempenho da ação administrativa e as providências adotadas.

8. Os principais objetivos e metas do Escritório de Representação no Rio de

Janeiro são apoiar as unidades administrativas do Ministério e da Fundação Alexandre de

Gusmão situadas no Rio de Janeiro, bem como zelar pela manutenção e conservação do

conjunto arquitetônico do Palácio do Itamaraty do Rio de Janeiro e dos acervos do

Museu Histórico e Diplomático, da Biblioteca, da Mapoteca e do Arquivo Histórico do

Ministério.

9. O ERERIO gastou, no exercício de 2009, 93% dos recursos disponíveis no

Programa de trabalho 07122075020000001 - Administração da Unidade.

10. Com base na análise das despesas realizadas pela Unidade Gestora,

constatou-se que os gastos foram realizados visando a atender as atividades inerentes aos

objetivos e metas da Unidade.

III.2 - Avaliação dos indicadores de gestão utilizados pelas unidades jurisdicionadas

para avaliar o desempenho da gestão, quanto à utilidade e mensurabilidade.

11. Constam do Relatório de Gestão os indicadores utilizados pela Unidade

para avaliar o desempenho da gestão: i) Taxa de Despesa Realizada, que mede a relação

entre o total de despesas realizadas no exercício e o total de recursos aprovisionados e ii)

proporção entre as despesas com manutenção e a área física do Palácio do Itamaraty, que

relaciona o total das despesas com administração e a área construída do Palácio do

Itamaraty.

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12. No entendimento da equipe de Auditoria, os indicadores utilizados não

constituem instrumento suficiente para avaliar a eficiência, eficácia e a efetividade da

Gestão e/ou do Programa de Trabalho.

III.4 - relativo ao item 5 do Anexo IV - Avaliação, por amostragem, da regularidade

dos processos licitatórios realizados por UJ, incluindo os atos relativos à dispensa e

inexigibilidade de licitação, selecionados pelo Controle Interno com base nos

critérios de materialidade, relevância e risco

13. Com relação à assinatura do 2º termo aditivo para prorrogação da vigência

do contrato 04/2007, firmado com a empresa Aquim Eventos Culinários Ltda com

dispensa de licitação, com base no artigo 24, inciso V, da Lei nº 8.666/93, no valor

global de R$ 650.000,00, pelo prazo de 12 meses, prorrogáveis por iguais e sucessivos

períodos até sessenta meses, a Auditoria verificou que não consta do processo parecer

prévio da Consultoria Jurídica sobre a minuta do aditamento ao contrato assinado em 01

de junho de 2009, em desacordo com o artigo 38, parágrafo único, da Lei 8.666/93.

Comentário do Auditado

14. Por falha organizacional, não foi enviado o processo à AGU quando da

assinatura do Segundo Termo Aditivo.

Comentário da Auditoria

15. A falha apontada revela que persiste falta de organização na realização de

processos licitatórios e indica que a Unidade ainda não dispõe de controle eficiente para

o acompanhamento e a fiscalização de contratos. A omissão de submeter o processo de

aditamento ao contrato à apreciação da Consultoria Jurídica, além de descumprir o

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normativo legal, poderá resultar em assinatura de termos aditivos eivados de erros, com

eventuais danos ao Erário.

Recomendação

16. Observar fielmente o disposto no artigo 38, parágrafo único, da Lei

8.666/93, quanto à obrigatoriedade de submeter à Consultoria Jurídica as minutas de

termos aditivos aos contratos firmados pela Unidade.

17. A Unidade continua a efetuar pagamentos mensais ao Senhor Márcio

Moreira Brite, profissional autônomo, relativos à contratação de serviços de manutenção

de equipamentos de informática, por dispensa de licitação, com base no artigo 24, inciso

II da Lei nº 8.6666/93. A importância paga ao prestador de serviços anualmente é de R$

19.107,68 e ultrapassa o valor previsto na lei de licitações para dispensa de licitação.

18. A esse respeito, o Controle Interno, por meio do Memo CISET/159/2009

recomendou à Unidade cumprir com rigor o disposto no artigo 37, inciso XXI, da Carta

Magna, e nos artigos 2º e 3º da Lei n. 8.666/1993, de modo a promover a realização do

competente procedimento licitatório para a contratação dos serviços de manutenção da

rede de informática da Unidade. Em resposta, a Unidade informou que: “O pregão para

contratação dos serviços de manutenção da rede de informática será realizada tão logo

seja publicada a portaria do arquivista Nelson Calil da Silva, oficializando-o como novo

pregoeiro do ERERIO”. Entretanto, no exercício de 2009, a Unidade repetiu as mesmas

falhas apontadas quando do exame da tomada de contas do exercício 2008,

descumprindo a recomendação do Controle Interno.

Comentário do Auditado

19. Desde agosto de 2009 foi aberto o processo 19/2009 para realização de

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pregão. Devido á complexidade do assunto e a decorrentes deficiências na elaboração do

projeto básico e planilha de custos, houve necessidade de dois cancelamentos.

Estaremos, em breve, programando a realização de novo pregão, lembrando que há

outros pregões para serem celebrados, como o de fornecimento de combustível para o

Escritório.

Comentário da Auditoria

20. A justificativa do Gestor não elide a impropriedade. O montante das

despesas realizadas pela Unidade ultrapassa o valor previsto para dispensa de licitação, o

que caracteriza fracionamento de despesa e fuga do procedimento licitatório. Ademais,

conforme mencionado nos parágrafos anteriores, tal impropriedade já foi objeto de

auditorias em exercícios anteriores.

Recomendação

21. Cumprir fielmente as recomendações do Controle Interno, quanto à

obrigatoriedade de realizar processo licitatório para contratação de serviços de

informática.

III.4 - relativo ao item 6 do Anexo IV - Avaliação da gestão de recursos humanos,

destacando, em especial, a força de trabalho existente e a observância da legislação

sobre admissão, remuneração, cessão e requisição de pessoal, bem como, se for o

caso, sobre concessão de aposentadoria, reforma e pensão.

22. Os atos relativos a admissão, remuneração, cessão, requisição, concessão

de aposentadoria, reforma ou pensão de servidores públicos, estão reportados no

Relatório de Auditoria de Gestão da Unidade Gestora “Departamento do Serviço

Exterior – DSE (240009)”, à qual compete gerenciar a política de recursos humanos do

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MRE, no Brasil e no exterior, conforme prevê o artigo 213 da Portaria Ministerial 212,

de 30.04.08.

23. Em 31 de dezembro de 2009, a força de trabalho do Posto era composta

de:

31.12.2009 CATEGORIAS QUANTIDADE

Diplomatas 12 Ofchan 18 Achan 8 Assistente Social 1 Arquivista 1 Técnico em Assuntos Culturais 1 Agente Administrativo 2 Agente de Portaria 5 Artíficie 4 Motorista 2

QUADRO PERMANENTE

TOTAL 54 Médico 1 Técnica em Documentação 2 Bibliotecária 1 Arquivologista 1 Museologa 1

CEDIDOS

TOTAL 6 Museologia 4 Adminsitração 4 História 3 Relações Internacionais 1 Direito 1 Arquivologia 2

ESTAGIÁRIOS

TOTAL 15 Limpeza 29 Segurança 23 Motorista 3 Manutenção Predial 11

TERCEIRIZADOS

TOTAL 66 TOTAL GERAL 141

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24. Verificaram-se discrepâncias entre o quantitativo de funcionários

registrados no SIAPE à disposição da Unidade e o número efetivo da força de trabalho

do ERERIO.

25. A Unidade, em sua manifestação, comprometeu-se a adotar as providências

necessárias para assegurar harmonização entre a lista de funcionários à disposição da UG

e os registros do SIAPE.

III.5 - relativo ao item 7 do Anexo IV - Avaliação do cumprimento parcial ou total,

pela UJ das Determinações e Recomendações expedidas pelo TCU e pelo Órgão de

Controle Interno, analisando as eventuais justificativas do gestor para o

descumprimento e as providências adotadas.

26. A repetição das falhas registradas nos parágrafos 13, 17, 34, 35, 37, 40 a

44, 48, 50, 54 a 57, 62 e 66, evidencia a não implementação, por parte da Unidade, das

recomendações do Controle Interno. Vale ressaltar que, conforme registrado no Relatório

de Gestão, a equipe de Auditoria do Tribunal de Contas da União executou trabalhos de

fiscalização voltado principalmente para verificação de correção de falhas registradas em

auditorias anteriores, do Controle Interno. Até o encerramento dos nossos trabalhos, o

relatório com as conclusões dos trabalhos realizados pelo TCU não havia sido reportado

à Unidade. Além das falhas recorrentes, objeto de comentários no corpo do Relatório,

outras falhas de natureza formal se repetiram e estão sendo objeto de recomendação à

parte, do Relatório. As medidas a serem adotadas para a correção serão objeto de

monitoramento pelo Controle Interno.

27. Cabe registrar, ainda, que a Unidade, em seu Relatório de Gestão, não se

manifestou a respeito das informações sobre providências adotadas para dar

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cumprimento às recomendações expedidas pelo Controle Interno e pelo Tribunal de

Contas da União.

III.6 - relativo ao item 10 do Anexo IV - Avaliação de conformidade da inscrição de

Restos a Pagar no exercício de referência, nos termos do artigo 35, do Decreto

93.872/86 e do Decreto 6.752/2009, ou legislação que os altere.

28. A Unidade inscreveu 14 (quatorze) processos em Restos a Pagar, ao final

do exercício, no montante de R$ 995.646,96, sendo os de maior representatividade os

derivados das Notas de Empenhos 539 e 597, no valor de R$ 317.580,00 e 451.500,00,

respectivamente. Os trabalhos efetuados pela equipe de Auditoria constataram tratar-se

de saldos de empenhos derivados de licitações realizadas ao final do exercício, voltadas

para serviços de reconstrução do telhado do Museu Histórico e Diplomático, e de

reforma da subestação elétrica do ERERIO. Constatou-se, ainda, a existência de

contratos prevendo a realização de obras, evidenciando assim, que foram cumpridos os

normativos vigentes para as respectivas inscrições.

III.7 - relativo ao item 12 do Anexo IV - Falhas e irregularidades constatadas que

não resultaram em dano ou prejuízo e que ainda não tenham sido corrigidas pelo

gestor ou cujas justificativas não tenham sido acatadas, indicando os responsáveis e

fazendo constar avaliação conclusiva.

29. A Carta de Fiança nº 044.439059-7, emitida pelo Unibanco- União de

Bancos Brasileiros S.A, folha 70, entregue pela empresa Aquim Eventos Culinários Ltda,

como garantia do contrato n.º 4/2007, menciona que: “Esta fiança é prestada com

expressa renúncia aos benefícios previstos nos artigos 827 e 829 do Código Civil

Brasileiro, e vigorará pelo prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias, a contar de

15/06/2007, vencível, portanto, em 09/06/2008”. O artigo 827 da Lei N.º 10.406, de 10

de janeiro de 2002, que institui o Código Civil, prevê que: “O fiador demandado pelo

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pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam primeiro

executados os bens do devedor”. Assim, caso se faça necessário que o Itamaraty execute

a fiança de imediato, o Unibanco terá o direito de primeiro executar judicialmente os

bens do devedor, para só então liberar os recursos à Unidade. Ademais, a vigência do

termo de garantia expirou em 09.06.2008.

Comentário do Auditado

30. Providencias estão sendo tomadas junto à empresa no sentido de apresentar

nova carta de fiança.

Comentário da Auditoria

31. As justificativas apresentadas pelo Gestor são semelhantes às mencionadas

no parágrafo 151 do Relatório Sintético de Auditoria de Gestão nº 03/2008. Não obstante

as recomendações feitas pelo Controle Interno, a Unidade incorreu nas mesmas falhas

quando da prorrogação da vigência do contrato nº 4/2007.

Recomendação

32. Encaminhar ao Controle Interno cópia da nova carta de fiança bancária

apresentada pela empresa Aquim Eventos Culinários Ltda.

Almoxarifado

33. A exemplo do observado e registrado em trabalhos de auditorias anteriores,

não foram adotadas providências para corrigir os diversos tipos de problemas

relacionados ao Almoxarifado, a saber:

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a) Não conciliação dos dados do almoxarifado com os registros no

SIAFI

34. No momento da Auditoria, os registros contábeis indicavam a existência de

saldo no Almoxarifado no valor de R$ 130.737,99 (SIAFI dia 26/05/2010) enquanto o

levantamento efetuado pelos servidores lotados no Almoxarifado, a pedido da equipe

Auditoria, demonstra a existência de produtos no valor de apenas R$ 67.194,92

35. Inexiste controle global dos itens do almoxarifado. Todo o controle do

quantitativo existente é realizado com base nas fichas de estoque, por item. Os saldos das

referidas fichas conferem com as quantidades existentes. No entanto, os saldos

financeiros das fichas não necessariamente estão 100% corretos, pois, nos anos de 2006 e

2007, foram realizados ajustes que provocaram a baixa de itens inservíveis, porém, na

ficha de controle, somente foi efetuada a baixa física, tendo sido mantidos os valores dos

registros anteriores. Cite-se como exemplo a Almofada para Carimbo – ficha

denominada Escr 4 – que, em 02/03/2007, registrava a existência de 17 unidades pelo

valor global de R$ 56,00. Posteriormente, como indicado na ficha, houve ajuste no saldo

para 9 unidades, mantido o valor global de R$ 56,00.

Comentário do Auditado

36. A discrepância refere-se à falta de baixa no SIAFI. Novo procedimento de

conferência está sendo introduzido para lançamento de baixas.

b) Materiais com prazo de validade vencido.

37. Constatou-se a existência de itens inservíveis para o consumo, devido à

perda do prazo de validade. A tabela a seguir registra os referidos itens e os respectivos

valores, cuja perda implica dano ao Erário:

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Item Quantidade Valor Unitário

em Reais

vr Total em

Reais

Caneta azul 229 0,30 68,47

Caneta preta 84 0,46 38,39

Caneta vermelha 91 1,16 105,17

Total 404 212,03

38. Registre-se, ainda, a existência de 339 rolos de fitas adesivas, tamanho

pequeno, não incluídos na tabela acima pela ausência de valor unitário dos produtos. Na

ficha de controle, a ausência do valor é justificada pelo fato de a aquisição ter sido

efetuada antes de 2006.

Comentário do Auditado

39. Observe-se que, apenas a partir de 2008, o setor de Administração contou

com o mínimo de estrutura de pessoal para exercer basicamente suas funções de estoque

e controle dos mesmos. Paulatinamente, está sendo regularizada a questão dos estoques.

c - Ausência de planejamento de compras

40. O resultado dos trabalhos efetuados permite inferir que inexiste gestão de

almoxarifado e de compras. As compras, aparentemente, são efetuadas sem consulta

prévia aos itens existentes no Almoxarifado e sem levar em consideração o consumo

médio dos itens adquiridos. Apenas como exemplo, já que existem situações

semelhantes, cite-se:

41. i) Compras sem consulta prévia aos produtos em estoque: cite-se o caso

das almofadas, acima registrado, que, em 2007, apresentavam saldo de 17 unidades. No

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exercício de 2007, sem que haja documentação comprobatória do processo utilizado, 8

(oito) unidades foram baixadas, por estarem com prazo de validade vencido, reduzindo

assim, ainda em 2007, o saldo para 9 unidades. No entanto, em 29/04/2010, passados três

anos sem nenhuma movimentação, foram adquiridas mais 4 unidades, elevando o saldo

para 13. A falta de gestão provoca aquisição sem controle e eventual desperdício de

material, implicando dano ao Erário.

42. ii) Itens com saldos em quantidades elevadas, apuradas durante os

trabalhos de auditoria

(i) Material de Consumo

Item Quantidade

Adoçante líquido 151

Apontador plástico 478

Borracha branca 342

Caixas Clips nº 3 183

Coador de papel nº 102 583

Fitas para máquina de escrever ibm82c 86

Lápis verde e preto 495

Pastas amarela para expediente 3051

Pasta amarela para expediente s/trilho 833

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(ii) Material Permanente

Item QuantidadeAparelhos telefônicos 9Cadeiras modelo presidente c/braço 2Microondas cônsul 1Fax-simile, tipo papel impressão 2Microondas cônsul 38 litros 2Máquinas para café 4 litros 10Ventiladores de coluna 3Ventiladores de teto 11Computador (gabinete rjac Torr atx) 1Condicionador de ar de parede 3

43. Com relação aos materiais permanentes, que deveriam ser objeto de

distribuição imediata e não estocagem no almoxarifado, o gestor deve averiguar as

solicitações que justificaram as compras e as causas da não utilização dos referidos itens.

Materiais de Informática

44. Constatou-se a existência de diversos itens em grande quantidade, vários

deles adquiridos antes de 2006, a exemplo de cartuchos e toners, que provavelmente

estão com prazo de validade vencido. O Gestor deverá mandar providenciar

levantamento específico, apurando e informando ao Controle Interno os itens cujos

prazos de validade estão vencidos, as datas e valores de aquisição e os responsáveis pelas

solicitações.

Comentário do Auditado

45. Embora aparentemente subestimada a quantidade de itens, são materiais de

reposição que necessitam existir em estoque em virtude do procedimento demorado de

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compras e do uso constante por setores como a biblioteca e mapoteca. Providencias estão

sendo tomadas para centralizar o controle dos pedidos dos setores.

Comentário da Auditoria

46. A ausência de gestão no tocante ao item Inventário, revelada pelas

impropriedades acima registradas, indica forte possibilidade da ocorrência de dano ao

Erário.

Recomendação

47. O gestor deve determinar a adoção de providências que permitam de forma

imediata: i) o início de gestão efetiva e transparente do almoxarifado; e ii) a apuração,

com meios próprios, da possível existência de danos ao Erário, por conta da não

conciliação dos valores do Almoxarifado com os do SIAFI, da existência de itens

estocados sem possibilidade de utilização por perda do prazo de validade, por ausência

de referência a valor unitário, por falta de planejamento de compras, provocando

desperdício de bens não duráveis e perda de garantia de material permanente, como já

ocorreu.

48. A exemplo do que vem sendo registrado em auditorias anteriores, embora

tenha sido realizado levantamento do Patrimônio da Unidade, não foram adotadas

providências para a conciliação com os valores registrados no SIAFI, razão pela qual os

relatórios da Unidade registram, em 31 de dezembro de 2009, a existência de bens no

montante de R$ 901.559,33, enquanto o SIAFI, na mesma data, registra o valor de R$

700.533,28.

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Comentário do Auditado

49. A partir de 2010, o Setor Financeiro e o de Patrimônio vêm trabalhando

juntos para evitar a diferença de valores. Note-se que o primeiro setor utiliza o SIAFI, ao

passo que o segundo faz uso do Linkdata, fator que muitas vezes leva a discrepâncias nos

valores, visto que as classificações existentes no segundo são mais detalhadas que as do

primeiro sistema.

Inventário do Museu

50. Constatou-se que a Unidade está providenciando o levantamento dos bens

existentes, sem, no entanto, registrar o número patrimonial e o valor de cada um dos

itens. A não indicação da numeração e do respectivo valor impossibilitará a realização do

registro contábil, levando à manutenção, no Relatório de Auditoria, de ressalva que há

anos vem sendo registrada.

Comentário do Auditado

51. Reitero a informação de que não se dá valor a obra de arte nos acervos de

museu, de acordo com prática seguida por outras instituições similares.

Comentário da Auditoria

52. Caso venha a ser identificado dano ao Erário, a ausência de controle pode

impossibilitar a real apuração de responsabilidades.

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Recomendação

53. Reiteram-se recomendações feitas, em Relatórios de Auditoria de

exercícios anteriores, no sentido de que sejam adotadas providências para conciliar os

dados do levantamento físico com os dados do SIAFI.

SETOR DE TRANSPORTES

a) Falta de Estrutura Organizacional

54. Durante os trabalhos de auditoria realizados no setor de transportes,

constatou-se que não há uma chefia específica que controle as atividades diárias e

movimentação dos veículos. As autorizações de saída são emitidas por funcionário do

Gabinete da Chefia do ERERIO. Por vezes, o setor permanece trancado, até o retorno de

algum motorista. Estão lotados no Setor 3 (três) motoristas terceirizados e um do quadro

permanente. Além destes, 2 (dois) Assistentes de Chancelaria têm autorização para

dirigir o veículo UNO, de placa KVM3073, para realização de trabalhos nos aeroportos

do Rio de Janeiro, prestando apoio às autoridades brasileiras e estrangeiras em missões

oficiais.

b) Controle de Movimentação dos Veículos

55. Os boletins de circulação dos veículos não estão sendo preenchidos na sua

totalidade, além de não registrar o horário de saída e de retorno do motorista, o objeto da

movimentação do veículo não é habitualmente preenchida, nem os itinerários são

adequadamente anotados, sendo apenas indicadas as autoridades solicitantes do serviço.

No campo de itinerário (serviço) quando preenchido, utiliza-se os termos “diversos”ou “à

disposição do MRE”.

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56. O procedimento contraria o Art. 9º da Instrução Normativa nº 1, de 21 de

junho de 2007 que define:“A utilização e as características dos veículos serão definidas

conforme abaixo:

(...) usuário/utilização - servidor no desempenho de atividades externas, para efetuar seus

deslocamentos, desde que comprovadamente em objeto de serviço, devendo para tanto

ser mantido rigoroso controle com indicação expressa da natureza da saída, com hora

de saída e chegada”.

c) Controles do Setor - Custo Operacional

57. Não está sendo elaborado o Mapa de Controle do Desempenho e

Manutenção do Veículo Oficial, contrariando determinação do art. 24 da Instrução

Normativa nº 3, de 15 de maio de 2008, a seguir transcrito:“Os órgãos e entidades farão

apuração do custo operacional dos veículos visando a identificar os passíveis de reparos

(recuperáveis) e os antieconômicos ou irrecuperáveis (sucatas), comprovadamente

alienáveis.

§ 1º Para os fins do caput deste artigo, o órgão ou entidade manterá o Mapa de Controle

do Desempenho e Manutenção do Veículo Oficial de cada veículo (Anexo II) atualizado

mensalmente.

§ 2º A apuração prevista no caput deste artigo deverá se basear em critérios econômicos

e técnicos, inclusive os relativos à proteção do meio ambiente”.

58. Adicionalmente, ressalte-se que o mapa citado permite ao Gestor avaliar o

consumo de combustíveis e a quilometragem rodada por cada veículo.

Comentário do Auditado

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59. A falta de pessoal tem impedido o controle adequado. Procurar-se-á, na

medida do possível, sanar o problema.

Comentário da Auditoria

60. As falhas originadas de deficiência ou ausência das funções relacionadas

com os controles internos, poderão sempre ser imputadas ao Gestor, quando da

apreciação e julgamento das suas contas.

Recomendação

61. Estabelecer uma estrutura de controle referente ao setor de transporte da

Unidade, com o estabelecimento de rotinas de movimentação e controle dos veículos, em

cumprimento à legislação pertinente, alocando, pelo menos, um servidor do quadro para

exercer a chefia do setor.

d) Falta de Identificação Padrão de Veículo Oficial.

62. Os veículos Zafira e Uno, de cor branca, não tem a pintura ou adesivo

indicativo de Governo Federal e Poder Executivo, como determina o art. 13 da Instrução

Normativa nº 3, de 15 de maio de 2008, do Ministério do Planejamento, Orçamento e

Gestão e respectivo anexo VII.

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Comentário do Auditado

63. O gestor não apresentou manifestação sobre a falha apontada.

Comentário da Auditoria

64. Tal situação é recorrente. O referido veículo, há muito tempo, circula sem a

identificação de que se trata de um veículo oficial, de utilização exclusiva em serviço.

Recomendação

65. Identificar o veículo com a pintura determinada pela legislação vigente.

f) Falta de pagamento de multas de trânsito

66. A equipe de Auditoria constatou que há multas de veículos oficiais do

ERERIO, vencidas em 2007 e 2008, sem pagamento, conforme já relatado no relatório

de auditoria relativo ao exercício de 2008.

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Comentário do Auditado

67. Por várias vezes, o Setor Financeiro do ERERIO buscou entrar em contato

com o DETRAN para quitar as pendências. Todavia, há uma grande dificuldade para

alcançar um acordo a respeito do meio de pagamento das multas por depósito. O

DETRAN-RIO não fornece seus dados básicos (CNPJ e dados bancários) para que seja

providenciada a quitação.

Comentário da Auditoria

68. A Auditoria entende que o Gestor deve buscar mecanismos para eliminar

as dificuldades impostas ao pagamento das multas, sob pena de que haja, ao longo dos

anos, um acúmulo de multas sobre os veículos da Unidade.

69. Além disso, cabe ao ERERIO, a responsabilização do servidor público que

cometeu a infração, cumprindo o art. 121 da Lei nº 8.112/90, que estabelece que o

servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas

atribuições, e o § 3º do art. 257 da Lei nº 9503, de 23/09/07, que institui o Código de

Trânsito Brasileiro, a seguir transcrito:

“Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor, ao proprietário do veículo, ao

embarcador e ao transportador, salvo os casos de descumprimento de obrigações e

deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente mencionados neste

Código.

§ 1º Aos proprietários e condutores de veículos serão impostas concomitantemente as

penalidades de que trata este Código toda vez que houver responsabilidade solidária

em infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo cada um de per si

pela falta em comum que lhes for atribuída.

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§ 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de

atos praticados na direção do veículo.” Grifo da equipe de Auditoria.

70. No caso de servidor terceirizado, cabe à empresa contratada o pagamento

das respectivas multas, podendo esta, retroativamente, cobrar de seus contratados.

Recomendação

71. A Unidade deve cobrar dos condutores dos veículos o pagamento das

multas pendentes.

III. 11 - Relação das irregularidades que resultaram em dano ou prejuízo,

verificadas por meio da auditoria de gestão e suportadas por evidências

devidamente caracterizadas, indicando os atos de gestão ilegais, ilegítimos ou

antieconômicos, os responsáveis, o valor do débito e as medidas implementadas com

vistas à correição e ao pronto ressarcimento, conforme Quadro IV.A.2,

acompanhada de avaliação conclusiva sobre as justificativas apresentadas pelos

responsáveis.

72. A Auditoria constatou que diversas impropriedades ressalvadas em anos

anteriores, que serão registradas em campo apropriado, no Relatório da Tomada de

Contas a ser encaminhado ao Tribunal de Contas da União, não foram objeto de

providências. No entanto, chama a atenção, por traduzir-se em dano ao Erário, a

ausência de providências para a alteração do valor da COFINS. Na proposta da empresa,

foi inserido com o percentual de 7,60%, quando a alíquota vigente é de apenas 3%.

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Comentário do Auditado

73. Segundo consta do processo, às folhas 196/197, a empresa Hope está

enquadrada na sistemática não cumulativa de tributação PIS/COFINS, significando que o

percentual aplicável seria de 7,6% de acordo com o artigo 2º da Lei 10.833/2003.

Recomendação

74. Providenciar levantamento dos pagamentos efetuados à empresa Hope para

apurar os valores que deixaram de ser retidos. Os valores apurados devem ser objeto de

comunicação à Secretaria de Controle Interno e de cobrança à empresa, para posterior

recolhimento.

III.12 - Avaliação individualizada e conclusiva sobre as justificativas apresentadas

pelos responsáveis sobre as irregularidades constantes do relatório de auditoria de

gestão.

75. Avaliação a respeito da justificativa apresentada pelo Gestor, constante do

parágrafo 74, que resultou na recomendação inserta no parágrafo 75. Considerando que a

empresa, conforme informado pela Unidade, está enquadrada na sistemática não

cumulativa de tributação PIS/COFINS, devendo ser observado o percentual de 7,6

constante da proposta da empresa, parece razoável que, nas faturas apresentadas, também

seja indicado o mesmo percentual, com a conseqüente retenção e posterior recolhimento

do mesmo percentual da proposta.

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IV - CONCLUSÃO

76. Tendo em vista os exames realizados no período a que se refere o presente

processo, concluímos pela REGULARIDADE COM RESSALVA do processo de

contas da Unidade Gestora.

Brasília-DF, em 30 de junho de 2010.

A Analista de Finanças e Controle

Matrícula SIAPE - XXXX

B Analista de Finanças e Controle

Matrícula SIAPE - XXXX

C Analista de Finanças e Controle

Matrícula SIAPE - XXXX