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MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO
COORDENAÇÃO-GERAL DE AUDITORIA
PROCESSO : 07
UNIDADE GESTORA :Escritório de Representação no Rio de Janeiro
OBJETIVO DA AUDITORIA : Tomada de Contas Anual
EXERCÍCIO : 2009
Relatório de Auditoria de Gestão nº 07/2010
I - INTRODUÇÃO
Em atendimento à determinação contida no Memorandum CISET/008, de 6
de janeiro de 2010, do Secretário de Controle Interno, apresentamos o presente Relatório
de Auditoria, que examina os atos e fatos de gestão praticados no período de 1º de
janeiro a 31 de dezembro de 2009, sob a responsabilidade dos dirigentes da Unidade em
referência.
2. Os trabalhos de auditoria interna, nas contas da Unidade, realizaram-se por
ocasião do levantamento de Tomada de Contas e foram desenvolvidos in loco, na sede da
Unidade Gestora, onde se encontram arquivadas as primeiras vias dos processos de
pagamento e os demais documentos que comprovam a execução orçamentária, financeira
e patrimonial.
3. Os exames foram efetuados por amostragem, de acordo com as normas de
auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal.
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II - TOTAL E REPRESENTATIVIDADE DA DESPESA REALIZAD A
4. A Unidade Jurisdicionada realizou, no exercício, despesas no valor
nominal de R$ 3.556.550,08 (três milhões, quinhentos e cinqüenta e seis mil, quinhentos
e cinqüenta reais e oito centavos), que correspondem a 0,20 % do montante das despesas
realizadas pelo Itamaraty, no País e no exterior.
III - RESULTADO DOS EXAMES
5. Não há ocorrência de atos de gestão relacionados aos itens 4, 8, 9 e 15 do
anexo IV da DN/TCU nº 103/2009.
6. Considerando o reduzido quadro de pessoal, o número de unidades a serem
auditadas, a equipe de Auditoria verificou a efetiva execução dos 11 contratos vigentes
no exercício de 2009 e parte de seus respectivos processos de pagamentos; verificou a
gestão de recursos humanos, a gestão de patrimônio e material, ademais de outros
controles da unidade, principalmente os relativos à frota de veículos. As ressalvas
apontadas pela Auditoria, após a análise dos documentos, foram comunicadas ao Gestor,
que tempestivamente apresentou suas justificativas. Parte das justificativas foram
acatadas e outras de natureza formal serão objeto de comunicação interna e
acompanhamento pelo Controle Interno das medidas necessárias para correção. As
ressalvas que, no entendimento do Controle Interno, necessitam de implementação e
acompanhamento também por parte do Controle Externo, encontram-se nos capítulos
específicos deste Relatório.
7. Com base nos exames realizados na documentação comprobatória dos atos
e fatos de gestão, que deram origem ao presente processo, e em cumprimento ao disposto
no Anexo IV da Decisão Normativa TCU nº 103/2009, apresentamos as seguintes
observações:
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III.1 - Avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos da gestão, em especial
quanto à eficácia e eficiência no cumprimento dos objetivos e metas (físicas e
financeiras) planejados e/ou pactuados, apontando as causas que prejudicaram o
desempenho da ação administrativa e as providências adotadas.
8. Os principais objetivos e metas do Escritório de Representação no Rio de
Janeiro são apoiar as unidades administrativas do Ministério e da Fundação Alexandre de
Gusmão situadas no Rio de Janeiro, bem como zelar pela manutenção e conservação do
conjunto arquitetônico do Palácio do Itamaraty do Rio de Janeiro e dos acervos do
Museu Histórico e Diplomático, da Biblioteca, da Mapoteca e do Arquivo Histórico do
Ministério.
9. O ERERIO gastou, no exercício de 2009, 93% dos recursos disponíveis no
Programa de trabalho 07122075020000001 - Administração da Unidade.
10. Com base na análise das despesas realizadas pela Unidade Gestora,
constatou-se que os gastos foram realizados visando a atender as atividades inerentes aos
objetivos e metas da Unidade.
III.2 - Avaliação dos indicadores de gestão utilizados pelas unidades jurisdicionadas
para avaliar o desempenho da gestão, quanto à utilidade e mensurabilidade.
11. Constam do Relatório de Gestão os indicadores utilizados pela Unidade
para avaliar o desempenho da gestão: i) Taxa de Despesa Realizada, que mede a relação
entre o total de despesas realizadas no exercício e o total de recursos aprovisionados e ii)
proporção entre as despesas com manutenção e a área física do Palácio do Itamaraty, que
relaciona o total das despesas com administração e a área construída do Palácio do
Itamaraty.
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12. No entendimento da equipe de Auditoria, os indicadores utilizados não
constituem instrumento suficiente para avaliar a eficiência, eficácia e a efetividade da
Gestão e/ou do Programa de Trabalho.
III.4 - relativo ao item 5 do Anexo IV - Avaliação, por amostragem, da regularidade
dos processos licitatórios realizados por UJ, incluindo os atos relativos à dispensa e
inexigibilidade de licitação, selecionados pelo Controle Interno com base nos
critérios de materialidade, relevância e risco
13. Com relação à assinatura do 2º termo aditivo para prorrogação da vigência
do contrato 04/2007, firmado com a empresa Aquim Eventos Culinários Ltda com
dispensa de licitação, com base no artigo 24, inciso V, da Lei nº 8.666/93, no valor
global de R$ 650.000,00, pelo prazo de 12 meses, prorrogáveis por iguais e sucessivos
períodos até sessenta meses, a Auditoria verificou que não consta do processo parecer
prévio da Consultoria Jurídica sobre a minuta do aditamento ao contrato assinado em 01
de junho de 2009, em desacordo com o artigo 38, parágrafo único, da Lei 8.666/93.
Comentário do Auditado
14. Por falha organizacional, não foi enviado o processo à AGU quando da
assinatura do Segundo Termo Aditivo.
Comentário da Auditoria
15. A falha apontada revela que persiste falta de organização na realização de
processos licitatórios e indica que a Unidade ainda não dispõe de controle eficiente para
o acompanhamento e a fiscalização de contratos. A omissão de submeter o processo de
aditamento ao contrato à apreciação da Consultoria Jurídica, além de descumprir o
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normativo legal, poderá resultar em assinatura de termos aditivos eivados de erros, com
eventuais danos ao Erário.
Recomendação
16. Observar fielmente o disposto no artigo 38, parágrafo único, da Lei
8.666/93, quanto à obrigatoriedade de submeter à Consultoria Jurídica as minutas de
termos aditivos aos contratos firmados pela Unidade.
17. A Unidade continua a efetuar pagamentos mensais ao Senhor Márcio
Moreira Brite, profissional autônomo, relativos à contratação de serviços de manutenção
de equipamentos de informática, por dispensa de licitação, com base no artigo 24, inciso
II da Lei nº 8.6666/93. A importância paga ao prestador de serviços anualmente é de R$
19.107,68 e ultrapassa o valor previsto na lei de licitações para dispensa de licitação.
18. A esse respeito, o Controle Interno, por meio do Memo CISET/159/2009
recomendou à Unidade cumprir com rigor o disposto no artigo 37, inciso XXI, da Carta
Magna, e nos artigos 2º e 3º da Lei n. 8.666/1993, de modo a promover a realização do
competente procedimento licitatório para a contratação dos serviços de manutenção da
rede de informática da Unidade. Em resposta, a Unidade informou que: “O pregão para
contratação dos serviços de manutenção da rede de informática será realizada tão logo
seja publicada a portaria do arquivista Nelson Calil da Silva, oficializando-o como novo
pregoeiro do ERERIO”. Entretanto, no exercício de 2009, a Unidade repetiu as mesmas
falhas apontadas quando do exame da tomada de contas do exercício 2008,
descumprindo a recomendação do Controle Interno.
Comentário do Auditado
19. Desde agosto de 2009 foi aberto o processo 19/2009 para realização de
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pregão. Devido á complexidade do assunto e a decorrentes deficiências na elaboração do
projeto básico e planilha de custos, houve necessidade de dois cancelamentos.
Estaremos, em breve, programando a realização de novo pregão, lembrando que há
outros pregões para serem celebrados, como o de fornecimento de combustível para o
Escritório.
Comentário da Auditoria
20. A justificativa do Gestor não elide a impropriedade. O montante das
despesas realizadas pela Unidade ultrapassa o valor previsto para dispensa de licitação, o
que caracteriza fracionamento de despesa e fuga do procedimento licitatório. Ademais,
conforme mencionado nos parágrafos anteriores, tal impropriedade já foi objeto de
auditorias em exercícios anteriores.
Recomendação
21. Cumprir fielmente as recomendações do Controle Interno, quanto à
obrigatoriedade de realizar processo licitatório para contratação de serviços de
informática.
III.4 - relativo ao item 6 do Anexo IV - Avaliação da gestão de recursos humanos,
destacando, em especial, a força de trabalho existente e a observância da legislação
sobre admissão, remuneração, cessão e requisição de pessoal, bem como, se for o
caso, sobre concessão de aposentadoria, reforma e pensão.
22. Os atos relativos a admissão, remuneração, cessão, requisição, concessão
de aposentadoria, reforma ou pensão de servidores públicos, estão reportados no
Relatório de Auditoria de Gestão da Unidade Gestora “Departamento do Serviço
Exterior – DSE (240009)”, à qual compete gerenciar a política de recursos humanos do
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MRE, no Brasil e no exterior, conforme prevê o artigo 213 da Portaria Ministerial 212,
de 30.04.08.
23. Em 31 de dezembro de 2009, a força de trabalho do Posto era composta
de:
31.12.2009 CATEGORIAS QUANTIDADE
Diplomatas 12 Ofchan 18 Achan 8 Assistente Social 1 Arquivista 1 Técnico em Assuntos Culturais 1 Agente Administrativo 2 Agente de Portaria 5 Artíficie 4 Motorista 2
QUADRO PERMANENTE
TOTAL 54 Médico 1 Técnica em Documentação 2 Bibliotecária 1 Arquivologista 1 Museologa 1
CEDIDOS
TOTAL 6 Museologia 4 Adminsitração 4 História 3 Relações Internacionais 1 Direito 1 Arquivologia 2
ESTAGIÁRIOS
TOTAL 15 Limpeza 29 Segurança 23 Motorista 3 Manutenção Predial 11
TERCEIRIZADOS
TOTAL 66 TOTAL GERAL 141
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24. Verificaram-se discrepâncias entre o quantitativo de funcionários
registrados no SIAPE à disposição da Unidade e o número efetivo da força de trabalho
do ERERIO.
25. A Unidade, em sua manifestação, comprometeu-se a adotar as providências
necessárias para assegurar harmonização entre a lista de funcionários à disposição da UG
e os registros do SIAPE.
III.5 - relativo ao item 7 do Anexo IV - Avaliação do cumprimento parcial ou total,
pela UJ das Determinações e Recomendações expedidas pelo TCU e pelo Órgão de
Controle Interno, analisando as eventuais justificativas do gestor para o
descumprimento e as providências adotadas.
26. A repetição das falhas registradas nos parágrafos 13, 17, 34, 35, 37, 40 a
44, 48, 50, 54 a 57, 62 e 66, evidencia a não implementação, por parte da Unidade, das
recomendações do Controle Interno. Vale ressaltar que, conforme registrado no Relatório
de Gestão, a equipe de Auditoria do Tribunal de Contas da União executou trabalhos de
fiscalização voltado principalmente para verificação de correção de falhas registradas em
auditorias anteriores, do Controle Interno. Até o encerramento dos nossos trabalhos, o
relatório com as conclusões dos trabalhos realizados pelo TCU não havia sido reportado
à Unidade. Além das falhas recorrentes, objeto de comentários no corpo do Relatório,
outras falhas de natureza formal se repetiram e estão sendo objeto de recomendação à
parte, do Relatório. As medidas a serem adotadas para a correção serão objeto de
monitoramento pelo Controle Interno.
27. Cabe registrar, ainda, que a Unidade, em seu Relatório de Gestão, não se
manifestou a respeito das informações sobre providências adotadas para dar
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cumprimento às recomendações expedidas pelo Controle Interno e pelo Tribunal de
Contas da União.
III.6 - relativo ao item 10 do Anexo IV - Avaliação de conformidade da inscrição de
Restos a Pagar no exercício de referência, nos termos do artigo 35, do Decreto
93.872/86 e do Decreto 6.752/2009, ou legislação que os altere.
28. A Unidade inscreveu 14 (quatorze) processos em Restos a Pagar, ao final
do exercício, no montante de R$ 995.646,96, sendo os de maior representatividade os
derivados das Notas de Empenhos 539 e 597, no valor de R$ 317.580,00 e 451.500,00,
respectivamente. Os trabalhos efetuados pela equipe de Auditoria constataram tratar-se
de saldos de empenhos derivados de licitações realizadas ao final do exercício, voltadas
para serviços de reconstrução do telhado do Museu Histórico e Diplomático, e de
reforma da subestação elétrica do ERERIO. Constatou-se, ainda, a existência de
contratos prevendo a realização de obras, evidenciando assim, que foram cumpridos os
normativos vigentes para as respectivas inscrições.
III.7 - relativo ao item 12 do Anexo IV - Falhas e irregularidades constatadas que
não resultaram em dano ou prejuízo e que ainda não tenham sido corrigidas pelo
gestor ou cujas justificativas não tenham sido acatadas, indicando os responsáveis e
fazendo constar avaliação conclusiva.
29. A Carta de Fiança nº 044.439059-7, emitida pelo Unibanco- União de
Bancos Brasileiros S.A, folha 70, entregue pela empresa Aquim Eventos Culinários Ltda,
como garantia do contrato n.º 4/2007, menciona que: “Esta fiança é prestada com
expressa renúncia aos benefícios previstos nos artigos 827 e 829 do Código Civil
Brasileiro, e vigorará pelo prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias, a contar de
15/06/2007, vencível, portanto, em 09/06/2008”. O artigo 827 da Lei N.º 10.406, de 10
de janeiro de 2002, que institui o Código Civil, prevê que: “O fiador demandado pelo
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pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam primeiro
executados os bens do devedor”. Assim, caso se faça necessário que o Itamaraty execute
a fiança de imediato, o Unibanco terá o direito de primeiro executar judicialmente os
bens do devedor, para só então liberar os recursos à Unidade. Ademais, a vigência do
termo de garantia expirou em 09.06.2008.
Comentário do Auditado
30. Providencias estão sendo tomadas junto à empresa no sentido de apresentar
nova carta de fiança.
Comentário da Auditoria
31. As justificativas apresentadas pelo Gestor são semelhantes às mencionadas
no parágrafo 151 do Relatório Sintético de Auditoria de Gestão nº 03/2008. Não obstante
as recomendações feitas pelo Controle Interno, a Unidade incorreu nas mesmas falhas
quando da prorrogação da vigência do contrato nº 4/2007.
Recomendação
32. Encaminhar ao Controle Interno cópia da nova carta de fiança bancária
apresentada pela empresa Aquim Eventos Culinários Ltda.
Almoxarifado
33. A exemplo do observado e registrado em trabalhos de auditorias anteriores,
não foram adotadas providências para corrigir os diversos tipos de problemas
relacionados ao Almoxarifado, a saber:
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a) Não conciliação dos dados do almoxarifado com os registros no
SIAFI
34. No momento da Auditoria, os registros contábeis indicavam a existência de
saldo no Almoxarifado no valor de R$ 130.737,99 (SIAFI dia 26/05/2010) enquanto o
levantamento efetuado pelos servidores lotados no Almoxarifado, a pedido da equipe
Auditoria, demonstra a existência de produtos no valor de apenas R$ 67.194,92
35. Inexiste controle global dos itens do almoxarifado. Todo o controle do
quantitativo existente é realizado com base nas fichas de estoque, por item. Os saldos das
referidas fichas conferem com as quantidades existentes. No entanto, os saldos
financeiros das fichas não necessariamente estão 100% corretos, pois, nos anos de 2006 e
2007, foram realizados ajustes que provocaram a baixa de itens inservíveis, porém, na
ficha de controle, somente foi efetuada a baixa física, tendo sido mantidos os valores dos
registros anteriores. Cite-se como exemplo a Almofada para Carimbo – ficha
denominada Escr 4 – que, em 02/03/2007, registrava a existência de 17 unidades pelo
valor global de R$ 56,00. Posteriormente, como indicado na ficha, houve ajuste no saldo
para 9 unidades, mantido o valor global de R$ 56,00.
Comentário do Auditado
36. A discrepância refere-se à falta de baixa no SIAFI. Novo procedimento de
conferência está sendo introduzido para lançamento de baixas.
b) Materiais com prazo de validade vencido.
37. Constatou-se a existência de itens inservíveis para o consumo, devido à
perda do prazo de validade. A tabela a seguir registra os referidos itens e os respectivos
valores, cuja perda implica dano ao Erário:
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Item Quantidade Valor Unitário
em Reais
vr Total em
Reais
Caneta azul 229 0,30 68,47
Caneta preta 84 0,46 38,39
Caneta vermelha 91 1,16 105,17
Total 404 212,03
38. Registre-se, ainda, a existência de 339 rolos de fitas adesivas, tamanho
pequeno, não incluídos na tabela acima pela ausência de valor unitário dos produtos. Na
ficha de controle, a ausência do valor é justificada pelo fato de a aquisição ter sido
efetuada antes de 2006.
Comentário do Auditado
39. Observe-se que, apenas a partir de 2008, o setor de Administração contou
com o mínimo de estrutura de pessoal para exercer basicamente suas funções de estoque
e controle dos mesmos. Paulatinamente, está sendo regularizada a questão dos estoques.
c - Ausência de planejamento de compras
40. O resultado dos trabalhos efetuados permite inferir que inexiste gestão de
almoxarifado e de compras. As compras, aparentemente, são efetuadas sem consulta
prévia aos itens existentes no Almoxarifado e sem levar em consideração o consumo
médio dos itens adquiridos. Apenas como exemplo, já que existem situações
semelhantes, cite-se:
41. i) Compras sem consulta prévia aos produtos em estoque: cite-se o caso
das almofadas, acima registrado, que, em 2007, apresentavam saldo de 17 unidades. No
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exercício de 2007, sem que haja documentação comprobatória do processo utilizado, 8
(oito) unidades foram baixadas, por estarem com prazo de validade vencido, reduzindo
assim, ainda em 2007, o saldo para 9 unidades. No entanto, em 29/04/2010, passados três
anos sem nenhuma movimentação, foram adquiridas mais 4 unidades, elevando o saldo
para 13. A falta de gestão provoca aquisição sem controle e eventual desperdício de
material, implicando dano ao Erário.
42. ii) Itens com saldos em quantidades elevadas, apuradas durante os
trabalhos de auditoria
(i) Material de Consumo
Item Quantidade
Adoçante líquido 151
Apontador plástico 478
Borracha branca 342
Caixas Clips nº 3 183
Coador de papel nº 102 583
Fitas para máquina de escrever ibm82c 86
Lápis verde e preto 495
Pastas amarela para expediente 3051
Pasta amarela para expediente s/trilho 833
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(ii) Material Permanente
Item QuantidadeAparelhos telefônicos 9Cadeiras modelo presidente c/braço 2Microondas cônsul 1Fax-simile, tipo papel impressão 2Microondas cônsul 38 litros 2Máquinas para café 4 litros 10Ventiladores de coluna 3Ventiladores de teto 11Computador (gabinete rjac Torr atx) 1Condicionador de ar de parede 3
43. Com relação aos materiais permanentes, que deveriam ser objeto de
distribuição imediata e não estocagem no almoxarifado, o gestor deve averiguar as
solicitações que justificaram as compras e as causas da não utilização dos referidos itens.
Materiais de Informática
44. Constatou-se a existência de diversos itens em grande quantidade, vários
deles adquiridos antes de 2006, a exemplo de cartuchos e toners, que provavelmente
estão com prazo de validade vencido. O Gestor deverá mandar providenciar
levantamento específico, apurando e informando ao Controle Interno os itens cujos
prazos de validade estão vencidos, as datas e valores de aquisição e os responsáveis pelas
solicitações.
Comentário do Auditado
45. Embora aparentemente subestimada a quantidade de itens, são materiais de
reposição que necessitam existir em estoque em virtude do procedimento demorado de
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compras e do uso constante por setores como a biblioteca e mapoteca. Providencias estão
sendo tomadas para centralizar o controle dos pedidos dos setores.
Comentário da Auditoria
46. A ausência de gestão no tocante ao item Inventário, revelada pelas
impropriedades acima registradas, indica forte possibilidade da ocorrência de dano ao
Erário.
Recomendação
47. O gestor deve determinar a adoção de providências que permitam de forma
imediata: i) o início de gestão efetiva e transparente do almoxarifado; e ii) a apuração,
com meios próprios, da possível existência de danos ao Erário, por conta da não
conciliação dos valores do Almoxarifado com os do SIAFI, da existência de itens
estocados sem possibilidade de utilização por perda do prazo de validade, por ausência
de referência a valor unitário, por falta de planejamento de compras, provocando
desperdício de bens não duráveis e perda de garantia de material permanente, como já
ocorreu.
48. A exemplo do que vem sendo registrado em auditorias anteriores, embora
tenha sido realizado levantamento do Patrimônio da Unidade, não foram adotadas
providências para a conciliação com os valores registrados no SIAFI, razão pela qual os
relatórios da Unidade registram, em 31 de dezembro de 2009, a existência de bens no
montante de R$ 901.559,33, enquanto o SIAFI, na mesma data, registra o valor de R$
700.533,28.
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Comentário do Auditado
49. A partir de 2010, o Setor Financeiro e o de Patrimônio vêm trabalhando
juntos para evitar a diferença de valores. Note-se que o primeiro setor utiliza o SIAFI, ao
passo que o segundo faz uso do Linkdata, fator que muitas vezes leva a discrepâncias nos
valores, visto que as classificações existentes no segundo são mais detalhadas que as do
primeiro sistema.
Inventário do Museu
50. Constatou-se que a Unidade está providenciando o levantamento dos bens
existentes, sem, no entanto, registrar o número patrimonial e o valor de cada um dos
itens. A não indicação da numeração e do respectivo valor impossibilitará a realização do
registro contábil, levando à manutenção, no Relatório de Auditoria, de ressalva que há
anos vem sendo registrada.
Comentário do Auditado
51. Reitero a informação de que não se dá valor a obra de arte nos acervos de
museu, de acordo com prática seguida por outras instituições similares.
Comentário da Auditoria
52. Caso venha a ser identificado dano ao Erário, a ausência de controle pode
impossibilitar a real apuração de responsabilidades.
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Recomendação
53. Reiteram-se recomendações feitas, em Relatórios de Auditoria de
exercícios anteriores, no sentido de que sejam adotadas providências para conciliar os
dados do levantamento físico com os dados do SIAFI.
SETOR DE TRANSPORTES
a) Falta de Estrutura Organizacional
54. Durante os trabalhos de auditoria realizados no setor de transportes,
constatou-se que não há uma chefia específica que controle as atividades diárias e
movimentação dos veículos. As autorizações de saída são emitidas por funcionário do
Gabinete da Chefia do ERERIO. Por vezes, o setor permanece trancado, até o retorno de
algum motorista. Estão lotados no Setor 3 (três) motoristas terceirizados e um do quadro
permanente. Além destes, 2 (dois) Assistentes de Chancelaria têm autorização para
dirigir o veículo UNO, de placa KVM3073, para realização de trabalhos nos aeroportos
do Rio de Janeiro, prestando apoio às autoridades brasileiras e estrangeiras em missões
oficiais.
b) Controle de Movimentação dos Veículos
55. Os boletins de circulação dos veículos não estão sendo preenchidos na sua
totalidade, além de não registrar o horário de saída e de retorno do motorista, o objeto da
movimentação do veículo não é habitualmente preenchida, nem os itinerários são
adequadamente anotados, sendo apenas indicadas as autoridades solicitantes do serviço.
No campo de itinerário (serviço) quando preenchido, utiliza-se os termos “diversos”ou “à
disposição do MRE”.
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56. O procedimento contraria o Art. 9º da Instrução Normativa nº 1, de 21 de
junho de 2007 que define:“A utilização e as características dos veículos serão definidas
conforme abaixo:
(...) usuário/utilização - servidor no desempenho de atividades externas, para efetuar seus
deslocamentos, desde que comprovadamente em objeto de serviço, devendo para tanto
ser mantido rigoroso controle com indicação expressa da natureza da saída, com hora
de saída e chegada”.
c) Controles do Setor - Custo Operacional
57. Não está sendo elaborado o Mapa de Controle do Desempenho e
Manutenção do Veículo Oficial, contrariando determinação do art. 24 da Instrução
Normativa nº 3, de 15 de maio de 2008, a seguir transcrito:“Os órgãos e entidades farão
apuração do custo operacional dos veículos visando a identificar os passíveis de reparos
(recuperáveis) e os antieconômicos ou irrecuperáveis (sucatas), comprovadamente
alienáveis.
§ 1º Para os fins do caput deste artigo, o órgão ou entidade manterá o Mapa de Controle
do Desempenho e Manutenção do Veículo Oficial de cada veículo (Anexo II) atualizado
mensalmente.
§ 2º A apuração prevista no caput deste artigo deverá se basear em critérios econômicos
e técnicos, inclusive os relativos à proteção do meio ambiente”.
58. Adicionalmente, ressalte-se que o mapa citado permite ao Gestor avaliar o
consumo de combustíveis e a quilometragem rodada por cada veículo.
Comentário do Auditado
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59. A falta de pessoal tem impedido o controle adequado. Procurar-se-á, na
medida do possível, sanar o problema.
Comentário da Auditoria
60. As falhas originadas de deficiência ou ausência das funções relacionadas
com os controles internos, poderão sempre ser imputadas ao Gestor, quando da
apreciação e julgamento das suas contas.
Recomendação
61. Estabelecer uma estrutura de controle referente ao setor de transporte da
Unidade, com o estabelecimento de rotinas de movimentação e controle dos veículos, em
cumprimento à legislação pertinente, alocando, pelo menos, um servidor do quadro para
exercer a chefia do setor.
d) Falta de Identificação Padrão de Veículo Oficial.
62. Os veículos Zafira e Uno, de cor branca, não tem a pintura ou adesivo
indicativo de Governo Federal e Poder Executivo, como determina o art. 13 da Instrução
Normativa nº 3, de 15 de maio de 2008, do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão e respectivo anexo VII.
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Comentário do Auditado
63. O gestor não apresentou manifestação sobre a falha apontada.
Comentário da Auditoria
64. Tal situação é recorrente. O referido veículo, há muito tempo, circula sem a
identificação de que se trata de um veículo oficial, de utilização exclusiva em serviço.
Recomendação
65. Identificar o veículo com a pintura determinada pela legislação vigente.
f) Falta de pagamento de multas de trânsito
66. A equipe de Auditoria constatou que há multas de veículos oficiais do
ERERIO, vencidas em 2007 e 2008, sem pagamento, conforme já relatado no relatório
de auditoria relativo ao exercício de 2008.
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Comentário do Auditado
67. Por várias vezes, o Setor Financeiro do ERERIO buscou entrar em contato
com o DETRAN para quitar as pendências. Todavia, há uma grande dificuldade para
alcançar um acordo a respeito do meio de pagamento das multas por depósito. O
DETRAN-RIO não fornece seus dados básicos (CNPJ e dados bancários) para que seja
providenciada a quitação.
Comentário da Auditoria
68. A Auditoria entende que o Gestor deve buscar mecanismos para eliminar
as dificuldades impostas ao pagamento das multas, sob pena de que haja, ao longo dos
anos, um acúmulo de multas sobre os veículos da Unidade.
69. Além disso, cabe ao ERERIO, a responsabilização do servidor público que
cometeu a infração, cumprindo o art. 121 da Lei nº 8.112/90, que estabelece que o
servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas
atribuições, e o § 3º do art. 257 da Lei nº 9503, de 23/09/07, que institui o Código de
Trânsito Brasileiro, a seguir transcrito:
“Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor, ao proprietário do veículo, ao
embarcador e ao transportador, salvo os casos de descumprimento de obrigações e
deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente mencionados neste
Código.
§ 1º Aos proprietários e condutores de veículos serão impostas concomitantemente as
penalidades de que trata este Código toda vez que houver responsabilidade solidária
em infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo cada um de per si
pela falta em comum que lhes for atribuída.
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§ 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de
atos praticados na direção do veículo.” Grifo da equipe de Auditoria.
70. No caso de servidor terceirizado, cabe à empresa contratada o pagamento
das respectivas multas, podendo esta, retroativamente, cobrar de seus contratados.
Recomendação
71. A Unidade deve cobrar dos condutores dos veículos o pagamento das
multas pendentes.
III. 11 - Relação das irregularidades que resultaram em dano ou prejuízo,
verificadas por meio da auditoria de gestão e suportadas por evidências
devidamente caracterizadas, indicando os atos de gestão ilegais, ilegítimos ou
antieconômicos, os responsáveis, o valor do débito e as medidas implementadas com
vistas à correição e ao pronto ressarcimento, conforme Quadro IV.A.2,
acompanhada de avaliação conclusiva sobre as justificativas apresentadas pelos
responsáveis.
72. A Auditoria constatou que diversas impropriedades ressalvadas em anos
anteriores, que serão registradas em campo apropriado, no Relatório da Tomada de
Contas a ser encaminhado ao Tribunal de Contas da União, não foram objeto de
providências. No entanto, chama a atenção, por traduzir-se em dano ao Erário, a
ausência de providências para a alteração do valor da COFINS. Na proposta da empresa,
foi inserido com o percentual de 7,60%, quando a alíquota vigente é de apenas 3%.
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Comentário do Auditado
73. Segundo consta do processo, às folhas 196/197, a empresa Hope está
enquadrada na sistemática não cumulativa de tributação PIS/COFINS, significando que o
percentual aplicável seria de 7,6% de acordo com o artigo 2º da Lei 10.833/2003.
Recomendação
74. Providenciar levantamento dos pagamentos efetuados à empresa Hope para
apurar os valores que deixaram de ser retidos. Os valores apurados devem ser objeto de
comunicação à Secretaria de Controle Interno e de cobrança à empresa, para posterior
recolhimento.
III.12 - Avaliação individualizada e conclusiva sobre as justificativas apresentadas
pelos responsáveis sobre as irregularidades constantes do relatório de auditoria de
gestão.
75. Avaliação a respeito da justificativa apresentada pelo Gestor, constante do
parágrafo 74, que resultou na recomendação inserta no parágrafo 75. Considerando que a
empresa, conforme informado pela Unidade, está enquadrada na sistemática não
cumulativa de tributação PIS/COFINS, devendo ser observado o percentual de 7,6
constante da proposta da empresa, parece razoável que, nas faturas apresentadas, também
seja indicado o mesmo percentual, com a conseqüente retenção e posterior recolhimento
do mesmo percentual da proposta.
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IV - CONCLUSÃO
76. Tendo em vista os exames realizados no período a que se refere o presente
processo, concluímos pela REGULARIDADE COM RESSALVA do processo de
contas da Unidade Gestora.
Brasília-DF, em 30 de junho de 2010.
A Analista de Finanças e Controle
Matrícula SIAPE - XXXX
B Analista de Finanças e Controle
Matrícula SIAPE - XXXX
C Analista de Finanças e Controle
Matrícula SIAPE - XXXX