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Coordenação: Profa. Suze Piza O fetiche de mercadoria Profa. Claudete Pagotto

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Page 1: Coordenação: Profa. Suze Piza O fetiche de mercadoria Profa. Claudete Pagotto

Coordenação: Profa. Suze Piza

O fetiche de mercadoria

Profa. Claudete Pagotto

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1. ALGUNS ASPECTOS DA FORMAÇÃO SOCIAL CAPITALISTA;

2. RELAÇÕES SOCIAIS MOVIDAS PELA REPRODUÇÃO DO CAPITAL;

3. EXIBIÇÃO DE ALGUNS TRECHOS DO FILME “THE CORPORATION”

4. “FETICHE”: FRUTO DA EXPROPRIAÇÃO ALIENADA DO TRABALHO;

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O que particulariza a sociedade capitalista é o fato que pela primeira vez na História, o local ocupado pelo indivíduo na ordem social é determinado pela dinâmica econômica.

O local de cada indivíduo na estrutura social é relativamente modificável pela ação dos indivíduos.

A sociedade capitalista se constrói como uma enorme arena de disputas entre indivíduos, por um lugar ao sol.

(Lessa, 2007, pg.127,128)

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“A riqueza das sociedades

em que domina o modo

de produção capitalista aparece como uma

‘imensa coleção de mercadorias’.”

(Cap.I,p.45)

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Cada mercadoria que circula na sociedade capitalista e, que pode ser trocada por outras, equivalentes em seu valor – equivalência simbolizada pela mercadoria mais abstrata de todas, o dinheiro – traz em si a relação entre:

um capitalista que comprou a força de trabalho e de um

Trabalhador(a) que a vendeu ao capitalista para garantir sua sobrevivência, e assim continuar vendendo seu tempo e produzindo mais mercadorias.

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O que a mercadoria oculta, o seu “segredo” segundo Marx, não é a coletividade da produção e distribuição das organizações comunitárias pré-capitalistas e sim o seu desaparecimento. Ou seja, não é o esforço do trabalhador, mas sua expropriação.

“...os objetos (produtos do trabalho, mercadoria, dinheiro ou capital) que só

existem como fruto de sua atividade, apresentam-se como objetos

autônomos, subtraídos a seu controle e dotados de um poder

próprio.”(Sánchez Vázquez, p.447)

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2. RELAÇÕES SOCIAIS MOVIDAS

PELA REPRODUÇÃO DO CAPITAL

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…os indivíduos se constroem em confronto com a estrutura social e com os outros indivíduos, numa dinâmica de disputas, pelas quais cada individualidade, ao se constituir, enquanto egoísta e competitiva, constrói uma sociedade desumana, concorrencial….

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… burguês se expressa nessa forma de sociabilidade, na qual cada indivíduo tem na sociedade e nos outros indivíduos uma oportunidade ou obstáculo para acumular capital.

Ou seja a sociedade burguesa nada mais é do que a síntese das relações sociais movidas pela reprodução do capital

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O capital, e não mais o homem (gênero humano), passa a ser a razão do agir dos indivíduos, passa a representar essência da formação social

Os sujeitos, sob o capitalismo, não se tornaram “menos humanos” do que sob outro modo de produção qualquer. Mas sua confiança cega na relação entre mercadoria, riqueza e valor, fez certamente que perdessem a noção do que consiste esta humanidade.

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A MERCADORIA ...

“é antes de mais nada, um objeto externo, uma coisa que, por suas

propriedades, satisfaz necessidades humanas, seja qual for a natureza, a

origem delas, provenham do estomago ou da fantasia, não altera nada a

coisa.”(45)

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“As mercadorias vêm ao mundo sob a forma de valores de uso ou de corpos de mercadorias, como ferro, linho, trigo, etc. Elas são só mercadorias, entretanto, devido à sua duplicidade, objetos de uso e simultaneamente portadores de valor. Elas aparecem, por isso, como mercadoria ou possuem a forma de mercadoria apenas na medida em que possuem forma dupla, forma natural e forma de valor.”(p.53)

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VALOR DE USO: qualidade

Capacidade de satisfazer

necessidades

VALOR DE TROCA: quantidade

Capacidade de comprar outras mercadorias

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Uma mesa, redonda, de madeira de carvalho, pintada, custa R$ 300, 00.

A mesa tem valor de R$300,00 mostra que a mesa é uma mercadoria , que é produzida para o mercado.

“o valor é uma relação social tomada como uma coisa”

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“O misterioso da forma mercadoria consiste, portanto, simplesmente no fato de que ela reflete aos homens as características sociais do seu próprio trabalho como características objetivas dos próprios produtos de trabalho, como propriedades naturais sociais dessas coisas e, por isso, também reflete a relação social dos produtores com o trabalho total como uma relação social existente fora deles, entre objetos.”(MARX, p.71)

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1.RIQUEZA

2.CONSUMIDORES

3.A MAGIA DA “MARCA”

4.A “ARMADILHA”

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“O produto do trabalho se torna assim um fetiche e o fenômeno da transformação desse produto em algo enigmático,

misterioso, ao adotar a forma de mercadoria é o que Marx chama de fetichismo da mercadoria.”

(Sánchez Vázquez, p.445)

O fetichismo da mercadoria significa produzir um efeito de idolatria, de espiritualização da mercadoria, ou seja, como crença necessária para ao mesmo tempo se produzir o esquecimento das condições materiais da produção.

Ou seja, a produção de um ocultamento das

relações de dominação/exploração entre os homens sob a aparência das relações de troca entre as coisas

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“ De onde provieram as ilusões do sistema monetário? Não reconheceu ao ouro e à prata que eles representam, como dinheiro, uma relação social de produção, porém, na forma de objetos naturais com insólitas propriedades sociais.

Dimensão social aparece como natural

E a Economia moderna, que sobranceira olha o sistema monetário de cima para baixo, não se torna evidente seu fetichismo logo que trata do capital?”(p.77)

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“Não é mais nada que determinada relação social entre os próprios homens que para eles aqui assume a forma fantasmagórica de uma relação entre coisas”( MARX, 71)

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CARCANHOLO, Reinaldo. A dialética da mercadoria – guia de leitura. http://rcarcanholo.sites.uol.com.br/Textos/0Dialetica5.pdf

FERREIRA, Maria Lucia. A teoria marxiana do Valor-trabalho. São Paulo, Ensaio, 1992.

MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Livro I, tomo I, São Paulo, Abril Cultural, 1983.

_________. Manuscritos Econômicos-Filosóficos. São Paulo, Boitempo Editorial, 2004.

RUBIN, Issak Illich. A teoria marxista do valor. São Paulo, Brasiliense, 1980.

VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. A filosofia da Práxis. São Paulo, Paz e Terra, 1968