O quê? Por quê? Quem? Como? Onde? Quando?Informativo Periódico da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Integrantes do Ministério Público no Estado do Rio de Janeiro Ltda.

Informativo CoomperjAno IV . Nº 11 . 2015

O cooperativismo financeiro está em franca expansão no mundo inteiro e, a cada ano, um número maior de pessoas vem descobrindo as vantagens e benefícios de ser o dono de seu próprio negócio. Ainda assim, muitos associados do SICOOB COOMPERJ não entenderam que, como donos, possuem à disposição deles tudo o que os bancos oferecem e não precisam mais pagar caro por produtos e serviços em outras instituições. É preciso valorizar o próprio negócio.

PAGs 4 e 5

Cooperativas de Crédito. Um negócio em expansão.

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Você pode escolher a sua instituição financeira, onde você é o dono, para receber o seu salário.

Além dessas vantagens, o associado também é dono da cooperativa, participa dos resultados obtidos, tem direito de voto nas decisões e contribui para o crescimento da sua comunidade.

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O aumento da alíquota do IOF (de 1,5% para 3% a.a.), anunciado pelo governo, através do Decreto nº 8.392, não afetará os associados do Sicoob Coomperj e nem das demais Cooperativas Financeiras. Quer um exemplo?

Imagine um financiamento de R$ 100 mil com prazo para pagamento a partir de 12 meses.Com o IOF de 3% a.a., isso custará R$ 3 mil para o cliente bancário, valor que será cobrado além dos 0,38% que incidem na abertura das operações de crédito. Para quem faz parte de uma Cooperativa Financeira como a nossa, no entanto, a única alíquota é a de 0,38% (trinta e oito centésimos por cento).

IOFAumento nonão afeta as Cooperativas

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DATA DISCIPLINA CONTEÚDO

08/06 Produtos de Investimento

Sistema Financeiro Nacional. Mercado Financeiro. Produtos: Poupança, CDB/RDC, LCI, LCA, Tesouro Direto, Fundos de Investimento, Debêntures Incentivadas e Fundo Imobiliário

13/07 Planejamento Financeiro Pessoal e Familiar

Plano Financeiro. Previdência Complementar. Educação Financeira dos filhos (crianças e adolescentes)

“Muitos associados ainda não entenderam que são os donos do Sicoob Coomperj. Agora que somos uma instituição fi-nanceira completa, que temos tudo o que os grandes bancos oferecem, eles deveriam fazer da Cooperativa a casa deles, concentrando aqui os seus negócios, os seus investimentos, comprando aqui todos os produtos financeiros, usando os serviços de qualidade que temos. Infelizmente, isso ainda não acontece. E é um contrassenso. Qual é o sentido de ir na loja em frente e pagar mais caro se você tem o mesmo produ-to, mais barato, em sua própria loja?”.

O presidente do SICOOB COOMPERJ, Luiz Antônio F. de Araujo, autor da frase, está entusiasmado com o crescimento do co-operativismo e, ao mesmo tempo, buscando respostas para o comportamento ainda arredio de muitos associados. Nesta entrevista, faz um balanço de nossas atividades e comprova: apesar do momento econômico difícil, a economia solidária que praticamos é a melhor porta de saída para os problemas.

O que é preciso fazer mais para convencer os associados?

Precisamos perder o que o Nelson Rodrigues chamava de “complexo de vira-lata”, o sentimento de inferioridade em re-lação aos bancos. Somos donos do nosso negócio sim. Não é conversa fiada nem mera propaganda. E vamos crescer muito porque o cooperativismo financeiro está em alta no país e no mundo. No Brasil, além de apoiadas pelo Banco Central, as cooperativas estão se fazendo notar pelos avanços na área comercial e pelas boas práticas de governança. Só que o dono da casa não aparece na hora em que é mais solicitado.

O dono?

Na verdade, somos 2.500 donos e o número de cooperados vai crescer ainda mais porque vamos mostrar ainda mais nossos diferenciais. Quer um exemplo? No dia 23/3 tivemos Assembleia Geral Ordinária, convocamos todos por e-mail e por newsletter, avisamos no site e pessoalmente, mas só

“A cooperativa é um grande negócio.

Só o dono não sabe.”Luiz Antonio Ferreira de Araujo

Diretor-Presidente do Sicoob Coomperj

apareceram pouco mais de 20 pessoas para avaliar e aprovar nossas contas.

No mundo inteiro, a participação é maior?

Certamente. Estamos ainda no começo da caminhada e es-tamos indo bem, mas é preciso avançar ainda mais. O lugar das cooperativas no ranking das instituições financeiras vem aumentando. Em poucos anos, subimos de 2% para 3% do total de ativos. O nosso viés é de crescimento. Nos EUA, as cooperativas movimentam 8% do total de ativos. No Canadá, que tem a melhor qualidade de vida do mundo, o cooperati-vismo deu muitos pulos e os ativos somam 16%. Na Alema-nha, 20%. E na França, nada menos do que 65%! Os bancos franceses, em grande parte, são cooperativos.

Para crescer, as cooperativas vão se transformar em bancos?

De jeito algum! O associado deve entender que a cooperativa jamais será igual a um banco. Cooperativa é, e sempre será, muito melhor do que qualquer outra instituição financeira. Hoje temos tudo o que eles oferecem, mas não somos e nem queremos ser iguais.

Por quê?

A cooperativa atende melhor e com mais presteza porque é profundamente ligada a seu público, não sai de perto dele. Dá mais vantagens para quem investe e para quem obtém crédito. Tem os mesmos produtos oferecidos no mercado, só que mais baratos, e ainda transforma o lucro que seria de uns poucos em sobras para todos os associados. Mesmo assim, muita gente ainda vai ao banco para negócios que a cooperativa oferece. Gente que ainda não se convenceu de que é dona de um ótimo negócio. Mas não adianta só deixar o dinheiro parado na conta. Ser dono significa estar sempre ligado no mercado e caçando oportunidades.

Qual a situação do Sicoob Coomperj hoje?

Em 13 anos de atividades, alcançamos um patrimônio de R$ 24 milhões. Nossos ativos somam R$ 218 milhões, temos 2.500 associados, concedemos R$ 400 milhões em emprés-timos, o total de rendimentos pagos alcança R$ 86 milhões e já distribuímos R$ 24 milhões em sobras e juros ao capital. Tivemos em 2014 um ano difícil, mas nossas contas estão em ordem como sempre estiveram e foram aprovadas por una-nimidade. O capital social teve um pequeno avanço, indo de R$ 19,5 milhões para R$ 21,2 milhões. O patrimônio líquido evoluiu para R$ 23,2 milhões. Com um total de 1.201 opera-ções de crédito, os empréstimos, descontos e financiamentos atingiram R$ 31,5 milhões. E a captação de depósitos à vista e a prazo cresceu de R$ 185,5 milhões para R$ 193,3 milhões.

O que o senhor achou desses resultados?

Obviamente, eles ficaram abaixo dos que costumamos obter, em grande parte devido à crise financeira. Aplicações são re-muneradas pelo índice oficial da inflação e o CDI se baseia na Taxa Selic, que vem sendo gradualmente aumentada. Essa re-muneração cresceu bastante, em descompasso com a principal fonte de receita da cooperativa, que são os empréstimos. Estes, por sua vez, são quase sempre contratados a juros prefixados e prazos dilatados, em torno de 60 meses. O desequilíbrio entre o que se paga e se recebe cresce a cada aumento da Selic.

Já os grandes bancos cresceram muito, como sempre, não é?

São números que impressionam os ingênuos e não nos dizem nada. Diriam se esses valores fossem distribuídos. Os clientes ganham com isso? Não. Só os donos e os acionistas, uma mi-noria de 1% ou pouco mais, se tanto. Na cooperativa, 100% dos clientes são donos. Eis a diferença!

E o sistema cooperativista financeiro, como ficou em 2014?

As 1.134 cooperativas de crédito brasileiras fecharam o ano com crescimento de 22% no volume de ativos, muito acima do total obtido pelo Sistema Financeiro Nacional, que foi de 14%. Ou seja, superamos os gigantes financeiros. E isso num ano de crise! E o Sicoob alcançou a marca dos 3 milhões de associados. É importante também destacar que o cooperati-vismo de crédito está mudando. Com a transformação de co-operativas em instituições financeiras que nada ficam a dever às outras, o cooperativismo de crédito está sendo chamado agora de cooperativismo financeiro. É um upgrade. É o nosso pulo do gato.

Hoje, a cooperativa faz muito mais. O que os associados acham?

As informações que nos chegam são positivas. Vamos crescer muito. O Sicoob Coomperj terá o tamanho que quisermos.

Quanto maior o número de associados, melhor. Somos uma instituição com um portfólio invejável. Se todos concentra-rem aqui seus negócios, o céu é o limite.

Por exemplo, previdência, seguros...

Sim, temos dois planos de previdência complementar óti-mos. E que, tampouco, têm finalidade lucrativa. A Jusprev acumulou rentabilidade de 100,85% do CDI. O Sicoob Previ cresceu 68% em 2014. E temos muito mais: temos o nosso próprio banco cooperativo, o Bancoob. Temos nossa própria seguradora e uma corretora de seguros.

Ouvimos falar em crédito imobiliário, serviços de câmbio...

O Bancoob deve liberar ainda este ano nosso crédito imobi-liário e, enquanto isso não vem, temos parceria com a Caixa Econômica para atender associados que precisam de crédito. Os serviços de câmbio também estarão disponíveis em bre-ve. E temos muito mais: consórcios, financiamento de com-pra de bens duráveis. Nossos cartões de crédito, e de débito também, podem ser utilizados maciçamente. Quem não usa, devia usar e fazer as contas depois. Vai descobrir que foi uma excelente decisão.

E quanto aos serviços?

Um exemplo: o Bancoob já tem seu aparelho de sistema de adquirência. Pelo celular já pode acessar nossos dados ban-cários e informações através do mobile banking, com a tecno-logia mais moderna e segura, e realizar pagamentos, transfe-rências, aplicações, emissão de DOCs e TEDs, consultar saldos e extratos etc.

Sem falar nos cartões...

É importante que nossos associados conheçam mais e presti-giem nossos cartões. Nossas vantagens são competitivas. Os juros rotativos são de, 6,9 %a.m, e para saques, 7,8 %a.m. Os pontos de milhagem dos cartões emitidos por outras insti-tuições ficam lá mesmo. Você tem que pedir ao gerente para adquirir o bem pretendido, não tem o direito de escolher sua companhia aérea etc. Outra coisa importante: no cartão usado no exterior, a conversão é feita pelo dia anterior ao da compra, e não pela cotação do dólar na data do vencimento.

Conta corrente, aplicações...

Nosso cheque especial tem taxa de apenas 4,99% a.m. Nossas aplicações em RDC, de 95% a 100% do CDI. Faço um convi-te aos nossos associados que pouco utilizam nossos serviços. Venham à Cooperativa para se informarem sobre tudo o que gostariam de saber, mas ainda não perguntaram. Garanto que sairão muito bem informados e tão satisfeitos que vão fazer a portabilidade e passar a desfrutar de todos os nossos serviços e produtos recebendo em troca muito mais vantagens!

São sociedades de capital

O poder é exercido na proporção do número

de ações

As deliberações são concentradas

Os administradores são terceiros (homens

do mercado)

O usuário das operações

é mero cliente

O usuário não exerce qualquer influência na definição dos produtos

e na sua precificação

Podem tratar distintamente cada usuário

Preferem o público de maior renda e as

maiores corporações

Priorizam os grandes centros (embora não

tenham limitação geográfica)

Têm propósitos mercantilistas

A remuneração das operações

e dos serviços não tem parâmetro/limite

Atendem em massa, priorizando o autosserviço

Não têm vínculo com a comunidade e o

público-alvo

Avançam pela competição

Visam ao lucro por excelência

O resultado é de poucos donos (nada

é dividido com os clientes)

1 2 3 4

5 6 7 8

9 10 11 12

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Bancos

Diferenças entre Bancos e Cooperativas Financeiras

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Cooperativas financeiras

Fonte: Livro Cooperativismo financeiro: percurso histórico, perspectiva e desafios Autores: Ênio Meinen e Márcio Port - Brasília: Confebrás, 2014

São sociedades de pessoas

O voto tem peso igual para todos (uma

pessoa, um voto)

As decisões são partilhadas

entre muitos

Os administradores/líderes são do meio

(associados)

O usuário é o próprio dono (cooperado)

Toda a política operacional é decidida

pelos próprios usuários/donos

(associados)

Não podem distinguir: o que vale para um

vale para todos (art.37 da Lei nº

5.764/71)

Não discriminam, servindo

a todos os públicos

Não restringem, tendo forte atuação nas

comunidades mais remotas

A atividade mercantil não é cogitada (art.79,

parágrafo único, da Lei nº 5.764/71)

O preço das operações e dos serviços tem como parâmetro

as necessidades de reinvestimento

O relacionamento é personalizado/individual, com

o apoio da informática

Estão comprometidas com as comunidades

e os usuários

Desenvolvem-se pela cooperação

O lucro está fora do seu objeto, seja pela sua natureza seja por determinação legal

O excedente (sobras) é distribuído entre todos (usuários), na proporção das

operações individuais

1 2 3 4

5 6 7 8

9 10 11 12

13 14 15 16

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Informativo periódico do SICOOB Coomperj – Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Integrantes do Ministério Público no Estado do Rio de Janeiro Ltda.www.sicoobcoomperj.com.br

Sede: Rua Rodrigo Silva, 26/9º andar, Centro - Rio de Janeiro-RJ – CEP 20011-040 – Tel.: (21) 2506-2700Postos: Av. Marechal Câmara, 370/4º andar , Centro - Rio de Janeiro-RJ - CEP 20020-080 - Tel. (21) 2550-9021Av. Nilo Peçanha, 12/3º andar, Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20020-100 - Tel. (21) 2220-0739R. Visconde de Sepetiba, nº 519, 4º andar - Niterói (RJ) - CEP.: 24020-206 - Tel (21) 2622-7544Rua Dr. Mário Guimarães, nº 1050, 2º andar, Centro - Nova Iguaçu (RJ) - CEP.: 26255-228 Tel.: (21) 2667-1845Rua General Dionísio, Qd 115, Bairro 25 de Agosto (7º andar do MP) Duque de Caxias - RJ -CEP: 25075-095 - Tel.: (21) 2771-6522Av. Getúlio Vargas, 2.670 (térreo do MP) - Santa Catarina, São Gonçalo - RJ - CEP: 24.416-262 – Tel. (21) 3705-6348

Conselho de Administração: Luiz Antônio Ferreira de Araujo (Presidente), Plínio de Sá Martins (Vice-Presidente), Alexandre Murilo Graça, Rubens da Cruz Nunes e Virgílio Panagiotis Stavridis.Conselho Fiscal: Mary Virgínia Northrup, Maria da Conceição L. de Souza Santos e Lourdes Gamba (Titulares); Maria do Carmo dos Santos Casa Nova, Glória Márcia Percinoto e Fanny F. Lopes (Suplentes).Diretoria Executiva: Luiz Antônio Ferreira de Araujo (Diretor-Presidente), Denise R. Estrella (Diretora Operacional) e Sylvia Renata Aragão Nunes (Diretora Administrativo-Financeira).Editor: José Sergio Rocha (MTb 14.013) / josesergiorocha@gmail.comProjeto gráfico e diagramação: Sheila Neves do Rêgo e Pamela Lyrio

O quê? Por quê?Quem? Como?Onde? Quando?

Ano IV. Nº 11 . 2015

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