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SOBERANIA ALIMENTAR Mapa cria Comitê para Mulheres Mapa cria Comitê para Mulheres Produção de Biodiesel fortalece a agricultura familiar Produção de Biodiesel fortalece a agricultura familiar SOBERANIA ALIMENTAR Software, instrumento de gestão para as cooperativas Software, instrumento de gestão para as cooperativas Pg. 12 Pg. 17 Pg. 22 O importante papel da agricultura familiar na produção de alimentos se destaca mundialmente com a declaração do Ano Internacional da Agricultura Familiar. A Unicafes PR em 2014, está com as atividades voltadas para a reestruturação das políticas públicas e leis de incentivo ao cooperativismo, Revista www.unicafesparana.org.br Ano I • Edição 01 • Jan/Fev/Mar 2014 como a Lei Estadual de Apoio ao Cooperativismo (17.142/12) e a Lei Geral das Cooperativas (5764/89). Cooper unicafesparana

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SOBERANIA ALIMENTAR

Mapa cria Comitê para Mulheres

Mapa cria Comitêpara Mulheres

Produção de Biodieselfortalece a

agricultura familiar

Produção de Biodieselfortalece a

agricultura familiar

SOBERANIA ALIMENTAR

Software, instrumento de gestão

para as cooperativas

Software, instrumento de gestão

para as cooperativasPg. 12

Pg. 17

Pg. 22

O importante papel da agricultura familiar na produção de alimentos se destaca mundialmente com a declaração do

Ano Internacional da Agricultura Familiar. A Unicafes PR em 2014, está com as atividades voltadas para a reestruturação

das políticas públicas e leis de incentivo ao cooperativismo,

Revista

www.unicafesparana.org.br

Ano I • Edição 01 • Jan/Fev/Mar 2014

como a Lei Estadual de Apoio ao Cooperativismo (17.142/12) e a Lei Geral das Cooperativas (5764/89).

Cooper unicafesparana

CONSELHO ADMINISTRATIVO UNICAFES PARANÁ Presidente: Luiz Ademir Possamai. Secretário: Luiz Levi Tomacheski. Tesoureira: Maria Ma�lde Machado. Diretores: Vanderlei Ziger, Paulo Dalek, Paulo de Souza, Valdomiro Kordiak, Denilson Detoni, Claudemir Vieira de Carvalho, Clairton Pedroso de Quadros, José Carlos Farias, Amélio Valaski, Luiz Gilson Siepgo, Itamar schuck, Sebas�ão Julião Alves, Vilson Camargo, Ivanir José Sebem, Clair Bianco Stainer, Antonio Zaran Tonello. Conselho Fiscal: Flordelis Bernardi, Janete Ro�ava, Kellyn Cris�na Tavares, Lirio Hoffman, Ronaldo Sandro Dalponte, Gabriel de Carvalho.

PALAVRA DO PRESIDENTEFICHA TÉCNICA

Carta de Apresentação

Luiz Ademir PossamaiPresidente

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

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CONSELHO EDITORIALReportagens: Lilian Lazare� dos Santos. Fotografias: Lilian Lazare� dos Santos, Nélcio Pereira. Arte e Projeto Gráfico: Lilian Lazare�. Revisão: Base de Serviços da Unicafes. Financeiro: Ká�a Regina Celuppi. Ins�tucional: Alcidir Mazu� Zanco. Diretor Responsável: Luiz Ademir Possamai. Impressão: Grafisul Gráfica e Editora. Tiragem: 2 mil exemplares.

A revista COOPERMAIS é uma publicação da FEDERAÇÃO UNICAFES PARANÁ des�nada as matérias per�nentes às coopera�vas no Estado do Paraná, tendo como eixo central o coopera�vismo de economia solidária.Trata-se de uma revista com conteúdos expressos como reportagens, entrevistas, colunas e promoções dos produtos das coopera�vas vinculadas ao sistema Unicafes.A COOPERMAIS quer agregar MAIS INFORMAÇÕES em Gestão de Negócios, Formação de Lideranças e em fomentar o coopera�vismo solidário.

FEDERAÇÃO DE COOPERATIVAS DA AGRICULTURA FAMILIAR E ECONOMIA SOLIDÁRIA DO ESTADO DO

PARANÁ

Avenida General Osório, 245, Sala 02, Bairro Cango, Francisco Beltrão - PR. Cep. 85.604-240

Fone: (46) 3523-6529

Site: www.unicafesparana.org.br

E-mail: [email protected]

Para receber a revista envie o endereço de entrega para o e-mail [email protected]

É com muito entusiasmo que concre�zamos a primeira edição da “REVISTA COOPERMAIS”, uma das ferramentas da Base de Serviços da FEDERAÇÃO UNICAFES PR, que busca atender uma das grandes demandas levantadas pelas coopera�vas filiadas ao Sistema, a informação e o conhecimento. Com a colaboração dos ramos coopera�vos, das centrais e de nossos dirigentes, queremos contribuir para melhorar as discussões que permeiam o coopera�vismo solidário e abordar os principais gargalos enfrentados na promoção do desenvolvimento social e econômico da Agricultura Familiar e da Economia Solidária. Atualmente muitos são os desafios como viabilizar as inicia�vas econômicas, ampliar a cidadania a�va e a par�cipação democracia, sendo um movimento cultural e é�co de transformação das relações sociais como base de um novo modelo de desenvolvimento, mais sustentável e justo. A Unicafes Paraná, organizada em setores, atua em diferentes redes de cooperação e movimentos sociais do campo da agricultura familiar e economia solidária. Estas relações e construções, estarão presentes nos debates que faremos na Revista CooperMais, pois assim poderemos ampliar as formas de diálogo e discussão. Nesta edição de lançamento, abordaremos os temas mais relevantes como as ações para o Ano Internacional da Agricultura Familiar, formação de lideranças, inves�mentos no ramo leite, a comercialização dos produtos da agricultura familiar, além das ações do Programa Gênero e Geração do Coopera�vismo Solidário. Queremos que a revista se torne um veículo de comunicação e informação para todas as coopera�vas da Unicafes Paraná, por isso estamos com este número 01, conclamando a todos para que par�cipem, opinem, colaborem enviando informações, e assim teremos em nossas mãos mais este importante instrumento de divulgação e fortalecimento do coopera�vismo solidário. Esperamos que gostem e aguardamos ansiosos a sua par�cipação! Boa leitura. Até a próxima edição.

ÍNDICE

Ato em Defesa da Soberania Alimentar .............................................................................................. 04

Entidades planejam ações para o Ano Internacional da Agricultura Familiar .........................07

Central de Compras: Alternativas para sobreviver no mercado atual ........................................08

Cooperativismo de crédito solidário da Cresol expande para todo o Brasil ................................10

Software, instrumento de gestão para as cooperativas .....................................................................12

Destaques regionais .......................................................................................................................................14

Grupo de Mulheres realiza feira ................................................................................................................16

Comemoração ao Dia Internacional da Mulher ...................................................................................17

Comitê de Políticas para Mulheres ........................................................................................................... 17

Lei de Apoio ao Cooperativismo no Paraná ..........................................................................................17

Unidade da Embrapa na região sudoeste ..............................................................................................18

Cooperativas comercializarão na Copa do Mundo .............................................................................18

Unicopas é constituída ..................................................................................................................................19

As análises da normatização cooperativista e as interfases nas cooperativas da Agricultura

Familiar e Economia Solidária ...................................................................................................................21

Produção de biodiesel: Estratégica produtiva da agricultura familiar .........................................22

A garantia de segurança alimentar e nutricional ...............................................................................24

Agricultores familiares investem na indústrialização do leite ..........................................................26

Turismo Rural: um novo segmento ..........................................................................................................29

03

A Coopa Central no Ano Internacional da Agricultura Familiar..................................................25

Ato em Defesa da

Ato em Defesa da

SOBERANIA ALIMENTARSOBERANIA ALIMENTAR

04

Foto: Divulgação

Maior parte da concentração aconteceu na Boca Maldita, área central da cidade de Curi�ba.

O ATO MOBILIZATÓRIO, realizado em Novembro de 2013, unicou as organizações e os agricultores familiares, que pedem a continuidade de políticas públicas para a soberania alimentar, o avanço na reforma agrária e o fortalecimento da agroecologia e da agricultura familiar Este grande evento, que reuniu milhares de pessoas, deu origem ao planejamento das ações conjuntas para 2014, o Ano Internacional da Agricultura Familiar. O Paraná foi o primeiro Estado a aderir a mobilização e está incentivando outros Estados brasileiros a realizarem concentrações.

Brasil encontra-se num importante

Oprocesso de ascensão econômica, polí�ca

e social, condição que o coloca como uma

das referências mundiais em várias áreas e

o destaca pelo seu potencial de crescimento produ�vo,

inclusive nos setores agrícola e energé�co. No entanto, para construir o país que queremos,

soberano e sustentável, é estratégico eleger a reforma

agrária, a agricultura familiar e as polí�cas sociais como

indutores centrais do desenvolvimento rural

sustentável, obje�vando o fortalecimento do interior

do país. Estas polí�cas são fundamentais para reduzir as

desigualdades, superar a pobreza e eliminar a exclusão

social, gerando ocupações produ�vas, distribuindo

renda e promovendo a soberania e segurança alimentar

do Brasil.

O ato público foi realizado pelas en�dades que

compõem a Ar�culação das Organizações e

Movimentos Sociais da Agricultura Familiar, da

Reforma Agrária, da Agroecologia e de Trabalhadoras e

SOBERANIA ALIMENTAR

No ano passado, mais de dois mil agricultores

familiares par�ciparam em Curi�ba, do Ato Estratégico

Mobilizatório, com o tema "Soberania Alimentar:

interação campo e cidade". O obje�vo é esclarecer a

sociedade paranaense e conscien�zar os governos

estadual e federal sobre a importância da Agricultura

Familiar e Camponesa na produção de alimentos, bem

como o fortalecimento das polí�cas públicas de

incen�vo a produção e comercialização, como o

Programa de Aquisição de Alimentos - PAA e o

Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE. Na parte da manhã, no Centro de Convenções,

os par�cipantes assis�ram a palestras que trataram do

cenário atual da agricultura familiar. À tarde, na Boca

Maldita, uma concentração com bandeiras e cartazes

chamou a atenção para a agroecologia, produção

orgânica e o marco legal do coopera�vismo.

05

Trabalhadores Urbanos do Paraná, a qual a Unicafes

Paraná faz parte e busca reivindicar também a

regulamentação e aperfeiçoamento de leis e regras

dos programas do PNAE e PAA que atendem a

Precisamos avançar na parte burocrá�ca da lei, caso contrário

deses�mula qualquer produtor a par�cipar dos programas de governo.“ ”

agricultura familiar. Para o presidente da Unicafes PR, Luiz Ademir

Possamai, "Precisa-se de mais incen�vo para produção

orgânica, alterna�va e não transgênica como vem se

incen�vando neste país. Precisamos que o governo dê

prioridade para este �po de produção. Precisamos

avançar na parte burocrá�ca da lei, caso contrário

deses�mula qualquer produtor a ar�cipar dos

programas de governo", afirmou.

Mercado Ins�tucional ameaçada O movimento protestou também contra a

perseguição que a agricultura familiar vem sofrendo

nos úl�mos tempos em decorrência da operação

deflagrada pela Polícia Federal, em 2013. No Paraná, a agricultura familiar atende a mais

de três milhões de pessoas através dos programas

ins�tucionais PAA e PNAE. Tais programas tem

incen�vado o desenvolvimento dos pequenos

agricultores. Porém, a valorização da agricultura

familiar passou a chamar a atenção de alguns setores.

O PAA é um exemplo de um empecilho que está

servindo para criminalizar a agricultura familiar.

Coincidentemente, a Operação deflagrada pela Polícia

Federal, colocou diretores da Conab, técnicos e alguns

agricultores familiares sob inves�gação que ainda não

se concluiu. "Precisamos que os Governos Estadual e

Federal nos dê oportunidade para debater, dialogar

sobre as possíveis mudanças necessárias para o

programa. Caso contrário, haverá muitas dificuldades

de con�nuar operacionalizando os programas e

certamente vai faltar alimentos para as en�dades que

vinham recebendo a doação destes alimentos da

agricultura familiar", disse Possamai. Os encaminhamentos dos debates serviram

para unificar as ações das en�dades para o Ano

Internacional da Agricultura Familiar, que se

comemora em 2014, provocando avanços nas polí�cas

e concre�zação de leis estruturantes para a agricultura

familiar. O Paraná foi o primeiro Estado a aderir a

mobilização. Em outros Estados brasileiros também

serão realizadas concentrações.

06

ANO INTERNACIONAL DA AGRICULTURA FAMILIAR

ma série de a�vidades movimentarão 2014

Uem comemoração ao Ano Internacional da

Agricultura Familiar (AIAF), declarado pela

Organização das Nações Unidas, a ONU. No calendário das organizações da agricultura

familiar, no Estado do Paraná estão previstas a�vidades

com pautas unificadas de conscien�zação polí�ca e

representa�va, como a realização de jornadas,

congressos, caravanas, seminários, caravanas e oficinas

regionais. No dia 25 de fevereiro, em Curi�ba, lideranças

das en�dades como Unicafes, Copasol, Copafi, MST,

Aopa, Rede Ecovida, Cefuria, Resal e Centrais

coopera�vas da Reforma Agrária, se reuniram na sede

da Cefúria, para tratar do planejamento de ações e

eventos que discu�rão temas como agroecologia,

polí�cas públicas, planos de desenvolvimento,

cooperação, abastecimento popular, economia

solidária, acesso a terra e reforma agrária. A proposta é aumentar a visibilidade da

agricultura familiar e dos pequenos agricultores,

focando a atenção da sociedade civil e dos Governos

Estadual e Federal sobre o importante papel no

desenvolvimento social e econômico, além de geração

de renda e da diversificação da produção. Para o presidente da Unicafes, Luiz Ademir

Possamai, a união das en�dades neste momento é

muito importante. "Par�cipar, dialogar e fortalecer

ações concretas em conjunto é o que devemos fazer

para consensuar posicionamentos diante do governo". Para 2014 estão consensuados alguns

posicionamentos que definem rear�culação do quadro

social das coopera�vas garan�ndo maior viabilidade e

reconhecimento deste segmento, com realização das

seguintes a�vidades:1-Defesa de posicionamentos unificados diante do

Governo Estadual e Federal;2-Realização de atos de conscien�zação sobre

estratégias do Ano Internacional da AF;3-Fortalecer pauta representa�va buscando

reconhecimento diante das pautas estruturantes;4-Fortalecer as ações de interação entre campo cidade

para fortalecer a Economia Solidária;5-Realizar ações regionais de fomento á Agricultora

Familiar gerando ato Estadual do AIAF. O conjunto de ações previstas ampliam a União

das Organizações do Campo e Cidade, prevendo

ampl iação das estratégias de ação do Ano

Internacional da Agricultura Familiar.

Entidades planejam ações para o

Ano Internacional da Agricultura Familiar

Entidades planejam ações para o

Ano Internacional da Agricultura Familiar

07

Foto: Portal MDA

FORMACÃO

ALTERNATIVA PARA SOBREVIVER NO MERCADO ATUAL ALTERNATIVA PARA SOBREVIVER NO MERCADO ATUAL

CENTRAL DE COMPRAS

Central deCompras

Cursos capacitam dirigentes e técnicos de cooperativas nas áreas administrativa, nanceira e marketing e incentivam o uso alternativo da central de compras, uma das práticas fundamentais da economia solidária.

Unicafes PR realizou, no mês de março, em

AFrancisco Beltrao, dois encontros do curso

de formação na área comercial para as

coopera�vas dos ramos de produção e

comercialização. Par�ciparamm cerca de 100 pessoas,

entre dirigentes e funcionários dos sistemas de

coopera�vas Sisclaf, Coorlaf, Sisccooplaf, Coopaf e

Coopasol. O curso abordou conhecimentos das áreas

administra�va, financeira e de marke�ng e orientou os

par�cipantes para uma visão par�cipa�va, sistêmica,

norteada pelos conceitos e prá�cas fundamentais da

economia solidária, visando garan�r a sustentabilidade

das coopera�vas, bem como a fidelidade dos seus

associados. Os par�cipantes contaram com o apoio e a

orientação do palestrante Fabiano Cou�nho Ruas, de

Brasília - DF, graduado em Administração com Ênfase

em Agronegócios, o qual esclarecereu dúvidas e

es�mulou a discussão de temas importantes, entre

elas a central de compras, uma espécie de "união de

negócios" , uma a l terna�va que o pequeno

empreendedor encontrou para superar dificuldades e

sobreviver no mercado atual.

Central de Compras A Central de Compras foi criada em parceria

com a Unicafes Paraná para a realização de compras

cole�vas com as suas coopera�vas filiadas. O obje�vo é

reduzir custos e evitar prejuízos na baixa temporada.

Além disso, permite que o cooperado adquira os

produtos da loja com preço bem abaixo do que se

adquirido na empresa concorrente. A ação também

incen�va a troca de ideias. Os integrantes se reúnem

periodicamente para discu�r as necessidades dos

cooperados.

08

Avaliação Segundo o palestrante Fabiano Cou�nho Ruas, a

primeira etapa do curso interagiu estrategicamente

com os par�cipantes, enquanto que a segunda etapa

tratarão operacionalmente os temas “preços de venda

e estoques mínimo e máximo”. De acordo com Fabiano Ruas, formação de

preço foi a principal questão levantada pelos

par�cipantes na primeira etapa do curso. Na avaliação

dele, é necessário mais informações técnicas, tanto da

parte dos dirigentes quanto dos funcionários, o que é

imprescindível na hora da tomada de decisões de preço,

fator essencial principalmente para as coopera�vas de

leite. “Tanto no mercado do leite, quanto no mercado

ins�tucional público, o preço é deferido pelo mercado,

demanda de oferta, custo de produção. E os

cooperados, as centrais, tem pouca autonomia para

interferir nisso. É preciso organizar as centrais, dialogar

mais”, avaliou Ruas. Para Fabiano, os dirigentes precisam ganhar

tempo contratando profissionais específicos em cada

área, principalmente financeiro e contábil, e evitar

perder tempo em capacitar pessoas “despreparadas”

para atuar no mercado de trabalho como as

coopera�vas.

Savete VizentinPresidente Coorlaf Pitanga

Ornélio ZillioPresidente Claf Pranchita

Wilmar CagniniAssessor Coopa Central

Fabiano Coutinho Ruas Palestrante de Brasília - DF

Precisamos ter conhecimento para entrar no mercado. E inclusive estar repassando para nossos associados. Espero ter resultados bons com esse curso.

Encontrar uma solução conjunta para as crises que ocorrem na coopera�va. E a central de compras é uma grande necessidade de nossas coopera�vas.

A troca de experiências entre as coopera�vas foi o que me mo�vou a par�cipar do curso. Pude escutar e sen�r o que cada um busca na sua coopera�va, no seu dia-a-dia.

Nos cursos que ministrei percebi que os agricultores familiares que gestam suas coopera�vas são maduros, no entanto, precisam de mais informações técnicas para tomarem decisões principalmente

na tomada de preços, pois estão num mercado extremamente compe��vo, principalmente no mercado do leite, em que a região sudoeste do Paraná é a bacia leiteira do Paraná.

09

Quer divulgar as ações de sua cooperativa aqui?

Mande e-mail para o Setor de Jornalismo da Unicafes.

[email protected]

Envie sugestões de reportagens ou fotos em eventos do cooperativismo solidário. Participe!

10

11

Software, instrumento de gestão para as cooperativas u�lização de instrumentos de gestão sempre

Afoi um desafio as Coopera�vas Solidárias.

Segundo o gerente Nacional de Negócios da

Viaso�, parceira da Unicafes, quem trabalha

numa coopera�va, independente do porte, sabe da

importância da u�lização de so�ware de gestão para a

melhoria dos processos internos, integração entre as áreas,

o�mização das informações gerenciais e atendimento às

obrigatoriedades fiscais, entre outros bene�cios. Para que o so�ware implantado contribua

verdadeiramente na gestão, é imprescindível que a

coopera�va tenha pessoas com condições técnicas e receba

suporte de so�ware especializado, com sistemas

apropriados às necessidades da coopera�va, assegurando

altos índices de produ�vidade, flexibilidade e segurança. Quando os so�ware não são direcionados para

coopera�vas, se revelam extremamente limitados,

impossibilitados de prestar um suporte qualificado,

inflexíveis às necessidades dos usuários e incapazes de

acompanhar o ritmo do mercado, podendo ao invés de ser

um facilitador se tornar um problema para a gestão dos

empreendimentos. Selecionar um so�ware de gestão apropriado exige

muita dedicação, pesquisa, análise e uma boa dose de

paciência e tempo, afinal, é uma escolha que gera impactos

em todas as áreas da organização e, uma decisão equivocada

pode resultar em grandes prejuízos. Para o Coopera�vismo Solidário o melhor so�ware é

aquele que melhor atende ás demandas da coopera�va,

demonstrando viabilidade, facilidade e resultados significa�vos

para a gestão e acesso a ferramentas de controle por parte

dos diretores. Várias ferramentas podem ser u�lizadas no

coopera�vismo, sendo fundamental a escolha por

ferramentas que se integrem na rede, ar�culando as

coopera�vas locais em torno da central, viabilizando custos,

agregando valor e centralizando o banco de dados das

coopera�vas par�cipantes.

GESTÃO

12

13

Juntos Somos Fortes

DESTAQUES REGIONAIS

14

ATO ESTRATÉGICO MOBILIZATÓRIO: Agricultura familiarmostra sua força nas ruas deCuritiba.

DESTAQUES REGIONAIS

15

COOPERATIVISMO SOLIDÁRIO:FORTALECE A AGRICULTURA FAMILIARE GERA DESENVOLVIMENTOLOCAL E SUSTENTÁVEL.

O grupo de mulheres do município de

Itapejara do Oeste, do Programa Gênero e Geração do

Coopera�vismo Solidário, realizou no dia 07 de março

de 2014, uma feira “especial” em comemoração ao

Dia Internacional da Mulher. Em parceria com a Cresol, foram distribuídos

brindes e realizado, durante uma hora, descontos de

20% na compra dos artesanatos e or�fru�s da feira. A feira que deu início em janeiro deste ano,

acontece todas as primeiras sextas-feiras do mês, no

centro da cidade. De acordo com a mul�plicadora

municipal do Programa, Rosana Genoa�o, a feira é

uma das principais conquistas do grupo, desde sua

fundação, em 2011. “A feira eleva a auto es�ma das

mulheres. Fazíamos os artesanatos e ficavam

guardados no armário. Através do programa

conseguimos vender e ter uma renda extra que

ajuda a família”, disse Rosana.

Sobre o grupo Hoje, no total, 15 mulheres agricultoras

familiares que fazem parte do grupo Gênero e

Geração no município, trabalham com artesanato,

panificação e or�cultura orgânica. Segundo a mul�plicadora Rosana Genoa�o,

“novas oportunidades estão surgindo e inclusive

atraindo homens e jovens também. Além disso,

está sendo ar�culada também a par�cipação de

clubes de mães no grupo. Construímos uma

amizade enorme”, destaca Rosana.

A�vidades previstas As parcerias com as en�dades do município

também tem ajudado o grupo a se fortalecer.

Dentro do planejamento da Cresol de Itapejara do

Oeste, para o Ano Internacional da Agricultura

Familiar, uma das a�vidades é melhorar a estrutura

da feira e organizar um local adequado para as

mulheres comercializarem seus produtos. “Como

Cresol, queremos incen�var cada vez mais que as

mulheres se organizem e aumentem a auto es�ma

e agregando valor ao que produzem”, disse o

presidente da Cresol de Itapejara, Valdir Lazzare�. O grupo de mulheres também par�cipa de

eventos e exposições regionais e estaduais, como o

encontro estadual em comemoração do Dia

Internacional da Mulher Rural, promovido pela

Unicafes PR e acontece todos os anos no mês de

Outubro. Para 2014, o evento terá programação

diferenciada, como a realização da feira durante

uma semana inteira, oportunidade em que todos

os grupos do Programa Gênero e Geração e

parceiros terão para expor e comercializar seus

produtos.

Grupo de mulheres realiza feiraAtividade é uma das principais conquistas do grupo, através do Programa de Gênero e Geração, que hoje gera renda e atrai cada vez mais integrantes e parcerias.

1616

GÊNERO E GERAÇÃO

FIQUE SABENDO

A Unicafes PR par�cipou no dia 15 de março

de 2014, de um grande encontro estadual em

comemoração ao Dia Internacional da Mulher,

promovido pelo mandato da Dep. Estadual Luciana

Rafagnin. O encontro aconteceu em Francisco Beltrão e

reuniu milhares de mulheres. O evento visou reivindicar pautas como a

Delegacia Regional da Mulher, as Secretarias

Municipais dos Direitos da Mulher e a ampliação do

salário maternidade para seis meses.

Comemoração ao Dia Internacional da Mulher

Comitê de Políticas para Mulheres

O programa Coopergênero, do Denacoop

(SDC/MAPA), criou no dia 25 de março de 2014, o

Comitê de Polí�cas para as Mulheres. O comitê faz parte da Secretaria Execu�va do

Ministério da Agricultura que acompanhará e avaliará

periodicamente o cumprimento dos obje�vos e metas,

prioridades e ações definidas no Plano Nacional de

Polí�cas para as Mulheres (PNPM). Segundo a Organização das Nações Unidas

(ONU), mais de 70% das pessoas que vivem em

situação de pobreza são mulheres. No mundo, 50% de

toda a população a�va são de mulheres que trabalham

fora do lar. Elas inclusive trabalham semanalmente 36

horas no serviço domés�co, enquanto os homens,

apenas 10 horas. Mais de 70% delas, nos países menos

desenvolvidos, trabalham na agricultura.

Foto: Divulgaçao

Foto: Divulgaçao

••••••••••••••••••

Lei de Apoio ao Cooperativismo no Paraná

No dia 21 de Março de 2014, a Secretaria de Estado

da Agricultura e do Abastecimento – SEAB,

designou, a Unicafes Paraná para compor o Grupo

de Trabalho Interes�tucional (GTI) que terá como

missão a elaboração de proposta para a

regulamentação da Lei Estadual n. 17.142 , de 04 de

maio de 2012 que estabelece a Polí�ca Estadual de

Apoio ao Coopera�vismo.

17

FIQUE SABENDO

Unidade da Embrapa na região Sudoeste

Nos dias 12 e 13 de março, a Unicafes Paraná par�cipou em Francisco Beltrão – PR, do Seminário: Integração Ensino, Pesquisa, Ater e Agricultura Familiar - Redes de Inovação e Formação, promovido pela E M B R A PA - Empresa Brasi leira de Pesquisa Agropecuária, em parceria com MDA e MAPA. Um dos principais temas em destaque foi a implantação de uma unidade da Embrapa na região sudoeste com pesquisa voltada para agricultura familiar. A Unicafes Paraná, en�dade animadora neste processo, vem par�cipando das discussões e considera importante uma unidade de pesquisa para os agricultores familiares da região. Desde o surgimento da Unicafes, em 2008, a Unicafes é parceira da Embrapa em eventos que

Cooperativas comercializarão na Copa do Mundo

Os empreendimentos que irão vender

produtos da agricultura familiar nos quiosques da

Campanha Brasil Orgânico e Sustentável, durante a

Copa do Mundo, já foram selecionados. O resultado da

chamada pública está disponível no site do Ministério

buscam a interaçao entre os ramos. Este ano, com o apoio do Dep. Federal Assis do Couto, esta ar�culaçao foi retomada.

do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

A comercialização será feita em 10 das 12 cidades que

receberão jogos do torneio: Brasília, Curi�ba,

Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de

Janeiro, Salvador e São Paulo.Entre os dias 11 e 27 de

junho, cada quiosque terá seis representantes da

agricultura familiar para promover o consumo de

alimentos saudáveis.

A Coofamel – Coopera�va Agrofamiliar

Solidária dos Apicultores da Costa Oeste do Paraná,

com sede em Santa Helena, é uma das coopera�vas

selecionadas e fornecerá mel para as capitais

brasileiras que sediarão a Copa do Mundo de 2014.

Conforme o diretor da Coopera�va, Pedro Silva

isso é fruto da qualidade de produção do alimento aqui

em Santa Helena e também mérito de todos os

produtores e apoiadores da Coofamel.

18

o dia 29 de janeiro de 2014, o presidente da

NUnicafes PR e Nacional, Luiz Ademir Possamai, foi eleito, em Brasília, presidente da mais nova organização nacional do

coopera�vismo solidário, a Unicopas - União Nacional das Organizações Coopera�vistas Solidárias, en�dade representa�va que congrega a União Nacional de Coopera�vas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), a Central de Coopera�vas e Empreendimentos Solidários (Unisol) e a Confederação das Coopera�vas de Reforma Agrária do Brasil (Concrab), que tem por obje�vo lutar pela concepção do coopera�vismo solidário no Brasil e o desafio de representar nacionalmente as organizações do coopera�vismo de economia solidária. Durante a solenidade de criação da en�dade, foram eleitos a diretoria execu�va e o conselho fiscal, elegendo também por unanimidade Francisco Dalchiavon (Concrab) como secretário e Arildo Mota Lopes (Unisol) como tesoureiro. O evento fez parte do I Encontro Inter-Organizacional do Coopera�vismo Solidário, que

aconteceu nos dias 29 e 30 de janeiro, na sede da Contag, em Brasília, e contou também com a presença dos ministros Gilberto Carvalho (SGP) e Pepe Vargas (MDA), do deputado federal Assis do Couto (PT/PR), além de Ademar Bertuci (FBES), Alessandra Duras (Contag), Chico de Oliveira (BNDES), João Vin�ni (CONAB), Paul Singer (SENAES / MTE) e José Caetano de Andrade (FBB). A ideia da criação da Unicopas surgiu em meio a uma discussão coopera�vista paranaense e expandiu-se pelo Brasil. O presidente eleito da Unicopas, Luiz Ademir Possamai agradeceu o empenho de todos e falou do desejo que a Lei do Coopera�vismo avance no País. "Esperamos ter grandes conquistas no Ano Internacional da Agricultura Familiar, especialmente na agregação de valor à produção da agricultura familiar. Também precisamos incluir mais mulheres no coopera�vismo, e que elas aproveitem todas as oportunidades". Em nome da diretoria da Contag, Alessandra Lunas afirmou que essa união entre as organizações da economia solidária é um instrumento importante no

COOPERATIVISMO SOLIDÁRIO

UNICOPAS É CONSTITUÍDA

A UNICOPAS foi cons�tuída durante o I Encontro Inter Organizacional do Coopera�vismo Solidário.

19

processo de consolidação do Projeto Alterna�vo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS). "A Contag não só é parte nesse processo, como também elegeu como uma de suas prioridades o coopera�vismo. É uma conquista a criação da Unicopas no Ano Internacional da Agricultura Familiar, Campesina e Indígena e um ano seguinte ao Ano Internacional do Coopera�vismo." Para o ministro do MDA, Pepe Vargas, este é um dia histórico para o coopera�vismo solidário. "Só vamos ter noção da importância desse feito daqui uns anos. É inegável que �vemos avanços significa�vos nos úl�mos 12 anos, como a afirmação de direitos, e com a parcela da população brasileira passando a ter renda e trabalho." Pepe elencou um grande desafio a ser enfrentado: "não podemos permi�r que as pessoas que melhoram econômica e socialmente sejam só consumidoras, queremos cidadãos, par�cipa�vos, crí�cos, e que fortaleçam nossas organizações polí�cas e econômicas. Agora, mais do que o governo, essa tarefa é dos movimentos sociais", afirmou.

Já o ministro Gilberto Carvalho acredita que a criação da Unicopas pressiona o Congresso Nacional para a aprovação da Nova Lei do Coopera�vismo. “Eu acredito que esta nova organização terá força para fazer o projeto passar pelo congresso e inaugurar uma nova fase deste polo, responsável pela libertação econômica de tantos brasileiros”, afirmou. “A nós, do governo, cabe em primeiro lugar não atrapalhar”, brincou. E acrescentou: “E em segundo lugar abrir espaços de apoio e de incen�vo, de jogar terra para que essa planta cresça”.

Diretoria eleita da Unicopas: Arildo Mo�a (Unisol), Francisco Dalchiavon (Concrab) e Luiz Possamai (Unicafes).

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LEI GERAL DAS COOPERATIVAS

As análises da normatização cooperativista e as interfases nas cooperativas

da agricultura familiar e economia solidária

Luiz Claudio BorileAdvogado

Especialista em Direito Público e em Gestão de Cooperativismo Solidário

A norma�zação coopera�vista, tema este extremamente relevante na “vida” das sociedades coopera�vas

e sócios cooperados, principalmente das en�dades de agricultores familiares, tendo em vista o sistema econômico

compe��vo e o fato de haver um órgão único de representação das coopera�vas no Brasil ins�tuído pelo regime

ditatorial. Percebe-se que a atual legislação, não vem atendendo ao seu obje�vo principal que é a representação

polí�ca, econômica, social e o fornecimento de uma base assistencial, tornando a gestão das pequenas

coopera�vas inviável e dificultando sua cons�tuição e posterior sobrevivência por conta própria, principalmente no

que tange às coopera�vas de agricultura familiar e economia solidária, fator este que proporcionou o surgimento

de diversas dificuldades para a população direta e indiretamente envolvida com essas en�dades.A Carta Magna de 1988 trouxe para os procedimentos jurídicos das coopera�vas, precipuamente, a

segurança e possibilidades de as coopera�vas ao se cons�tuírem não terem interferência no início e posterior

processo de cons�tuição por en�dade de representação. No entanto, algumas Juntas Comerciais são coniventes

com essa barbárie. Todavia, ainda esse acaso tem ocorrido em alguns estados do Brasil. No entanto, com a não recepção de algumas das disposições da lei do coopera�vismo pela Cons�tuição

Federal de 1988, mesmo assim o sistema representa�vo atual, em conjunto com agentes do órgão de registro das

sociedades em gerais (Juntas Comerciais), dificultavam, por meio de exigências descabidas a livre criação de

coopera�vas se não fossem vinculadas ao sistema de representação em conformidade com a Lei Geral das

Coopera�vas atual. Na reflexão referente a esse tema, seja no mundo acadêmico ou de modo geral nas organizações da

sociedade civil organizada, tem-se a preocupação acerca da demora de implementação das reformas e

regulamentações, de algumas normas específicas que regem os procedimentos das coopera�vas da agricultura

familiar e economias solidárias.Nesse sen�do, o direito coopera�vista brasileiro tem regras específicas, mas como se vê, é uma legislação

atrasada e não avança no sen�do de promover e proteger os agricultores familiares e suas en�dades de

representações.Há muita insegurança jurídica das sociedades coopera�vas e incertezas em determinados estados e

municípios quanto aos procedimentos de cons�tuição e funcionamento desses empreendimentos. No entanto,

verifica-se que há ainda abusos da en�dade de representação atual segundo a Lei Geral das Coopera�vas, apoiado

por funcionários de en�dades estatais denominadas de Juntas Comerciais. Por fim, atualmente por conta dessas controvérsias polí�cas e jurídicas e demais abusos por parte do sistema de

representação das coopera�vas, em conjunto com alguns órgãos e servidores públicos, cons�tui-se mecanismos

para coibir esses �pos de procedimentos contrários aos interesses das coopera�vas solidárias. Contudo, nasce uma

possibilidade real, da junção de várias en�dades representa�vas do coopera�vismo solidário, nominada de

UNICOPAS - União Nacional das Organizações Coopera�vistas Solidárias, inserida legalmente através do novo

projeto da Lei Geral das Coopera�vas para a representação dessas coopera�vas e cooperados até então esquecidos

pelo sistema atual.

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Produção de biodiesel: Estratégia produtiva da Agricultura Familiar

Produção de biodiesel: Estratégia produtiva da Agricultura Familiar

Coopa Central prevê aumento de 20% na produção da oleaginosa em relação a 2013.

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Coopera�va Central da Agricultura Familiar

A(Coopafi), com sede em Francisco Beltrão, e

que abrange 17 filiadas no Paraná, acertou

com a empresa Caramuru, de Apucarana, a

ampliação da compra de sacas de soja da safra 2013-

2014 para o processamento como biodiesel. O

aumento deve chegar a 20%, devendo chegar a um

milhão de sacas, o equivalente a 600 mil quilos. Neste ano, o presidente da Coopafi Central, Ivo

Vial, e Clóvis Ricardo do Carmo, representante da

Caramuru, assinaram o contrato para a produção de

soja pelo programa de Biodiesel. Pelo acordo firmado,

os pequenos produtores filiados às coopera�vas da

Coopafi Central vão fornecer 917 mil sacas de soja à

Caramuru. A empresa Biopar, de Rolândia, também

comprará mais de 80 mil sacas da oleaginosa dos

produtores familiares da região. Por isso, a Coopafi

Central es�ma que a entrega do produto chegará a um

milhão de sacas. Mas a aquisição pode ser ainda maior,

dependendo da produção. Na safra 2012-2013 as

coopera�vas ligadas à Coopafi Central entregam

aproximadamente 800 mil sacas às duas empresas. Ivo Vial, presidente da central, diz que no ano

passado a previsão de compra era para 500 mil e acabou

alcançando 800 mil sacas. A central firmou termos

adi�vos com a Caramuru e Biopar que possibilitaram a

ampliação da aquisição. Ivo diz que o aumento da

compra de soja, na safra 2012-2013, foi possível pela

credibilidade das famílias no projeto do Biodiesel e à

boa colheita. As coopera�vas do sistema têm 1.530 famílias

cadastradas para a entrega da produção na safra 2013-

2014. Cada produtor receberá, das empresas

compradoras, R$ 1,50 a mais, por saca, como bônus.

As empresas vão pagar o preço do dia pelo

recebimento das sacas. Pelas condições do mercado,

há uma previsão de que a saca de 60 quilos esteja

cotada na faixa de R$ 60 durante a colheita, nos meses

de março e abril de 2014. O valor na faixa de R$ 50 a R$

60, para o produtor, garante um bom rendimento ao

produtor.

Assistência técnica garan�da Na mesma solenidade, a Coopafi Central

assinou os contratos com três empresas que irão

prestar assistência técnica às famílias envolvidas na

produção de soja. Ivo Vial observou que "o bônus (de

R$ 1,50 por saca) não é o principal, mas a assistência

técnica pras famílias, já que o pessoal gastou menos

produtos químicos e produziu mais". A Caramuru fará

os pagamentos às empresas de assistência técnica e

extensão. O programa do Biodiesel, do governo federal,

BIODIESEL

Jucimar Biazussi, da empresa de Ater de Itapejara; Clóvis Ricardo do Carmo, da empresa Caramuru; Neveraldo Oliboni; e Ivo Vial, da Cooapfi Central.

Foto: Coopafi Central

Foto: Coopafi Central

Pres. da Coopafi Central, Ivo Vial assina contrato.

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Todos têm direito a uma alimentação saudável,

acessível, de qualidade, em quan�dade suficiente e de

modo permanente. A SAN (Segurança Alimentar e

Nutricional) deve ser baseada em prá�cas alimentares

promotoras da saúde, sem nunca comprometer o

acesso a outras necessidades essenciais. Trata-se de um

direito de se alimentar devidamente, respeitando

par�cularidades e caracterís�cas culturais de cada

região

A Comissão Regional de Segurança Alimentar e

Nutricional de Francisco Beltrão – CORESAN Francisco

Beltrão criada pela Resolução 085 de 13 de dezembro

de 2007. É um órgão colegiado de caráter permanente,

com autonomia funcional, de assessoramento,

monitoramento e avaliação imediata ao Conselho

Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do

Paraná – CONSEA/PR, aos Conselhos Municipais de

Segurança Alimentar e Nutricional - COMSEAs e

gestores da Polí�ca de Segurança Alimentar e

Nutricional, composta por 1/3 de representantes

governamentais e 2/3 de representante da sociedade

civil.

Para o biênio 2014-2015 a Comissão esta formada

com os seguintes membros representantes: Unicafes

Paraná, Assesoar, Coopafi Central, Sisclaf, CAPA-Verê,

Coopervi (Coopera�va Amperense dos Produtores de

Vinho), Pastoral da Criança, SESC (Serviço Social do

Comércio), UNIPAR (Universidade Paranaense),

EMATER- Regional Renascença, Prefeitura Municipal

de Francisco Beltrão, SEED ( Núcleo Regional de

Educação), UFFS - Universidade Fronteira Sul Realeza,

UTFPR-Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Campos Francisco Beltrão sendo parte integrante da

polí�ca pública de Segurança Alimentar e Nutricional

no território da Regional de Francisco Beltrão da

Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia

Solidária - SETS.

Ka�a Regina CeluppiNutricionista – Unicafes Paraná

Coordenadora da Coresan

A garantia da segurança alimentar e nutricional

concede subsídios às empresas par�cipantes e os

bene�cios devem ser repassados às famílias que

fornecem os grãos. "Isso eles têm que transformar em

termos de economia, conservação de solos e bônus

para as famílias".

Ampliação da entrega de produtos Outra discussão, no encontro, foi sobre os

programas de alimentação escolar e aquisição de

alimentos, dos governos federal e estadual. Os

números foram posi�vos em 2013 e para o próximo ano

a Coopafi Central e suas filiadas vão aumentar as

quan�dades de produtos e valores, principalmente

para a merenda escolar.

Coopera�vas que par�cipam do programa O programa de compra de soja para a Caramuru

e Biopar conta com a par�cipação das Coopafis de

Capanema, Pérola D´Oeste, Santo Antônio do

Sudoeste, Realeza, Marmeleiro, Itapejara D´Oeste,

Nova Prata, São Jorge D´Oeste. Em torno destas

en�dades, há produtores de 25 municípios cadastrados

na produção de soja para o Biodiesel. A área es�mada de soja para a Coopafi Central

chega a 16.330 hectares. Segundo a direção da central,

nesta safra a área será maior.

COMERCIALIZAÇÃO

Solenidade de parceria

24

“ ”

2525

O Sistema Coopafi está voltado para atender os

agricultores familiares associados na comercialização dos

seus produtos. Nossa ação está centrada em três grandes áreas

estratégicas: o fornecimento dos produtos para alimentação

escolar e programas da Conab (PAA), a aquisição e a

comercialização do feijão, do milho, do trigo para formação

de estoque e a transformação dos mesmos e o

fornecimento para a alimentação escolar municipal e

estadual. Esta ação se dá através de parceria com a indústria

local para beneficiamento da produção e transformação do

produto final. Também atuamos na comercialização de grãos

(soja) no Programa do Biodiesel em parceria com a

indústria de biodiesel, a empresa Caramuru Alimentos. Da

mesma forma, estamos estruturando uma ação de

parcerias para industrialização e processamento de

matéria prima adquirida de nossos associados, para poder

transformar os produtos adquiridos de nossos associados

e atender outras regiões com nossa produção. Esta ação estratégica considera a iden�dade

regional de cada unidade, a posição geográfica e sua

capacidade de produção. Entre os produtos beneficiados,

destacam-se os derivados de frutas, como forma de

garan�r a aquisição e o beneficiamento das frutas,

transformando em geleia, sucos e outros derivados,

também na produção de farinha de trigo integral branca e

no macarrão. Outros produtos beneficiados são os derivados de

milho transformado em farinha de milho, fubá, biju e a

A Coopa Central no Ano Internacional da Agricultura Familiar canjica, e o feijão onde acontece o beneficiamento e

fornecimento para o mercado, todos estes produtos tem

sua origem nas famílias associadas e a comercialização

acontece através da coopera�va local e a coopera�va

central.

Encaminhamentos da AGO 2014Para o ano de 2014, conforme Assembleia Geral

Ordinária realizada no dia 31 e março de 2014, na sede a

Coopafi Central, o foco é o fortalecimento da ação

conjunta entre as coopera�vas associadas nos sistema,

visando fortalecer nossa iden�dade através da marca

“Coopafi”. Obje�vamente, nossa meta é construir um

conjunto de produtos com a marca Coopafi para visualizar

novos espaços de mercado e o fortalecimento da ação no

sudoeste do Paraná. Outra ação a ser realizada é abrir novos horizontes

para o mercado regional ou estadual, pois depender do

mercado local é ficar refém dos interesses polí�cos de

cada município que adota ações de interesse próprio, e

nem sempre as organizações coopera�vista estão no foco

das administrações locais. A inclusão destes produtos em outras regiões,

através da organização regional das coopera�vas, significa

potencializar a produção de alimentos que é uma

iden�dade de nossa região e da agricultura familiar. Já no campo da formação, o obje�vo é formar

novas lideranças coopera�vistas para fortalecer o projeto

da agricultura familiar, onde as gerações futuras possam

compreender o papel e atuar nas organizações e dar

con�nuidade aos princípios que fundamentam e regem

nossos ideais. Diante disso, a Coopafi Central representa todas as

singulares com suas questões especificas, acessa

informações de interesse das singulares nos órgãos

públicos e os disponibiliza a todos que as mesmas

possam organizar sua ação local. Através da

Coopafi Central estamos presente nos espaços de

debate regional e estadual para defender os

interesses, organizar a atuação em defesa da

agricultura familiar e de suas organizações.

José Carlos FariasDiretor

AGRICULTORES FAMILIARES INVESTEM NA INDUSTRIALIZAÇÃO DO LEITEAGRICULTORES FAMILIARES INVESTEM NA INDUSTRIALIZAÇÃO DO LEITEAlém de produzir e comercializar o leite, as cooperativas das regiões Oeste e Sudoeste passarão a industrializar mais oito diferentes produtos derivados. Atualmente o Laticínio Latsol está em funcionamentohá cerca de quatro anos, no município de Sao João, através de parceria com as cooperativas de crédito.

Além de produzir e comercializar o leite, as cooperativas das regiões Oeste e Sudoeste passarão a industrializar mais oito diferentes produtos derivados. Atualmente o Laticínio Latsol está em funcionamentohá cerca de quatro anos, no município de Sao João, através de parceria com as cooperativas de crédito.

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a região Oeste do Paraná, no município de

NCascavel, está sendo construída uma usina d e b e n e fi c i a m e n t o d e l e i t e . O s inves�mentos ultrapassam 1 milhão de

reais, disponibil izados por meio de emenda parlamentar, contrapar�da do município, do Fundetec (Fundação para o Desenvolvimento Cien�fico e Tecnológico), somados aos recursos do BNDES. O projeto aprovado pelo Ministério do

Desenvolvimento Agrário, atenderá os associados da

Central de Coopera�va de Leite da Agricultura Familiar

com Interação Solidária do Oeste do Paraná -

Siscooplaf. O la�cínio terá estrutura �sica de 252

metros quadrados e terá capacidade inicial de

processar 12 mil litros de leite por dia para produção de

leite barriga mole e iogurte.

Indústria de Leite em Cascavel

Cooperativa Central de Leite

(45)3037-3997 / (45)[email protected]

Rua Maringá, 1968, São CristóvãoCascavel/PR - CEP. 85.816-280

RAMO LEITE

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Cooperativas acessam recursos nãoreembolsáveis em parceria com o BNDES

Recentemente a Unicafes tornou público a primeira chamada pública para projetos de inves�mentos agroindustriais, para selecionar projetos de Coopera�vas da Agricultura Familiar e de Economia Solidária. A parceria entre UNICAFES e BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social consolidou o termo de cooperação com valor de R$ 20.800,00, sendo 50% previsto como contrapar�da das coopera�vas par�cipantes. A primeira chamada obje�vou acolher projetos que �vessem como finalidade fomentar e fortalecer o coopera�vismo solidário, através do aprimoramento organizacional e agroindustrial, acolhendo projetos de coopera�vas de produção, comercialização e de coopera�vas de Ater, responsáveis pela elaboração, acompanhamento e prestação de contas dos projetos. O edital teve como obje�vo geral, gerar condições para inserção de produtos e serviços das coopera�vas de economia solidaria e familiar nos diversos campos da economia ins�tucional e privada, com parceria fundamentada num termo de cooperação, que tem a UNICAFES Nacional como proponente responsável, as UNICAFES Estaduais como co-responsáveis, do ramo crédito, a CO N F ES O L como parceira nos mecanismos relacionados ao repasse dos inves�mentos; do ramo Ater, a CENATER como parceira na elaboração dos projetos, acompanhamento e prestação de contas. Várias coopera�vas enviaram propostas para este primeiro edital. Foram selecionados vários projetos do Paraná, com inves�mentos previstos nas coopera�vas de leite da região Oeste, Sudoeste e Centro, nas coopera�vas de comercialização do Vale do Ribeira e coopera�vas de Ater do Sudoeste e Centro. Em nível nacional foram aprovados 43 projetos, sendo destes 17 do Paraná. Destacamos coopera�vas que serão beneficiadas no primeiro lote de recursos: -Coopera�va Central de Leite da Agricultura Familiar com Interação Solidária – S ISCLAF.

Contrato, colaboração financeira não reembolsável no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), des�nada à realização de ações integrantes no Projeto Expansão da Capacidade Produ�va de Planta de Lácteos, voltado para apoio Agroindústria e Equipamentos. -Central de Leite da Agricultura Familiar com Interação Sol idár ia do Oeste do Paraná - SISCOOPLAF. Contrato, colaboração financeira não reembolsável no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), des�nada à realização de ações integrantes no Projeto de Adequação da estrutura de produção, administração, comercialização e logís�ca da agroindústria de derivados do leite. -Coopera�va Fronteira de Prestação de Ser v iço – C O O P E R F R O N T E I R A . Contrato, colaboração financeira não reembolsável no valor de R$ 145.927,54 (Cento e quarenta e cinco mil, novecentos e vinte e sete e cinqüenta e quatro centavos), des�nada à realização de ações integrantes no Projeto de Aperfeiçoamento organizacional e agroindustrial nos diversos ramos Coopera�vos Solidários no Sudoeste do Paraná. Na parceria com BNDES a UNICAFES poderá lançar editais para contratação de projetos conforme sua demanda, cabendo as coopera�vas qualificar-se principalmente no campo da viabilidade social e econômica. Ainda no primeiro semestre, logo após contratar todos os projetos aprovados no primeiro edital, a UNICAFES irá lançar nova chamada de projetos, sendo importante que as coopera�vas qualifiquem suas propostas e organizem seu quadro social e financeiro para abrigar as contrapar�das da parceria.

Magribel: há 14 anos em Francisco BeltrãoMagribel: há 14 anos em Francisco BeltrãoA Magribel Máquinas Agrícolas iniciou suas a�vidades em Francisco Beltrão no ano de 1999. Com a dedicação e a

experiência dos sócios Itamar Poser e Valmor Colla na área há mais de 20 anos, a empresa cresceu e hoje conta com sede própria, localizada na Rua Paraíba, nº 103, bairro Presidente Kennedy.

Atualmente conta com assistência técnica e pós venda de peças e máquinas, com funcionários qualificados para atender melhor seus clientes. Além disso, possui logís�ca própria para entrega e busca de máquinas para conserto, propiciando

qualidade e comodidade para seus clientes.A Magribel é revendedor das marcas Kuhn, Jacto, Jan, JF, Triton, Metallo, Mepel, Marchesan Super Tatu, Rostermix,

Jumil, entre outras. A empresa trabalha com convênios B. Brasil e Cresol. Mais informações pelo telefone (46) 3524-0419.

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Turismo Rural - Um novo segmento

TURISMO RURAL

A Coopturdias – Coopera�va de Turismo Rural

Circuito Gonçalves Dias, do município de Santa Tereza

do Oeste, é um segmento novo no Sistema da Unicafes

Paraná.

Criada recentemente em 2010, a coopera�va

possui 25 associados. Seu quadro social é composto

por proprietários rurais e pequenos empresários

locais.

A Coopera�va tem o propósito de desenvolver

a�vidades de turismo rural através de um projeto de

desenvolvimento que contemple a criação de

a�vidades de serviços, como a gastronomia rural,

passeios ecológicos, passeios a cavalo, trilhas

ecológicas, artesanato e hospedagens.

Além disso, a coopera�va gera oportunidade

de renda através da instalação de agroindústrias para

fabricação de derivados da cadeia do leite, de aves, de

suínos, da cana-de-açúcar, da uva, da panificação.

Segundo o diretor secretário da coopera�va, Ivanir

Pauly, o obje�vo é fazer com que os turistas possam

visitar as propriedades, conversar com quem produz,

comprar os produtos na propriedade e assim

valorizar o espaço rural.

De acordo com Ivanir, para este ano, os

obje�vos da coopera�va é melhorar e manter a

oferta turís�ca em parceria com agências de viagens

organizada e outros agentes de turismo. “Queremos

oferecer aos visitantes outros atra�vos que são

encontrados na região”.

A atual diretoria é formada pelos associados:

Gert Marcos Lubeck (Presidente), Ivanir Pauly

(Diretor Secretário) e Valdir Osvaldo Neis (Diretor

Tesoureiro).

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