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CONVENÇÃO SINEPE/ESSINPRO/ES - 2008/2009

Convenção Coletiva de Trabalho que entre si fazem o

Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito

Santo - SINEPE/ES e o Sindicato dos Professores no Estado

do Espírito Santo - SINPRO/ES -, firmada na data-base de

01 de março de 2008.

Pela presente Convenção Coletiva de Trabalho, de um

lado, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de

Ensino no Estado do Espírito Santo - SINEPE/ES - represen-

tado pelo seu Presidente Alexandre José Serafim e, do

outro lado, Sindicato dos Professores no Estado do Espíri-

to Santo - SINPRO/ES -, aqui representado pelo seu Presi-

dente Jonas Rodrigues de Paula - têm justo e contratado

o que se segue:

Cláusula 1 - Abrangência

A presente Convenção Coletiva de Trabalho aplica-se às

relações de trabalho existente entre os/as professores/

as de todos os estabelecimentos de ensino no Estado do

Espírito Santo, em qualquer modalidade (presencial, semi-

presencial e não-presencial): Creche, Educação Infantil,

Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Superior; de

Cursos Livres e Técnicos (artes, música, informática, idio-

mas, supletivos, preparatórios, pré-vestibulares).

Cláusula 2 - Vigência e data-base

A presente Convenção Coletiva de Trabalho tem vigência

de 12 (doze) meses, com início em 1º de março de 2008 e

com término em 28 de fevereiro de 2009.

Cláusula 3 - Profissão

Professor/a - é aquele/a cuja função for, com habilitação

legal, apropriada e adequada ao nível de ensino, que de-

sempenha, dentre outras, as suas funções de ensino, pes-

quisa, extensão, orientação, planejamento pedagógico e

conselho de classe, avaliação e desempenho da aprendi-

zagem do aluno ministrada nas aulas práticas e teóricas.

Participa de reuniões com a comunidade escolar desen-

volvendo e disseminando o Projeto Pedagógico da esco-

la. Desenvolve, em sala de aula ou fora dela, atividade

professor de acordo com a legislação de ensino.

Cláusula 4 - Reajuste salarial

Os salários dos/as professores/as serão reajustados, em

01 de março de 2008, mediante incidência do índice do

INPC/IBGE do período de 01 de março de 2007 a 28 de fe-

vereiro de 2008.

§ 1º – A título de ganho real será acrescido aos salários

dos/as professores/as o percentual de 100% (cem por cen-

to) do INPC/IBGE estabelecido no caput desta cláusula.

§ 2º – Recomposição das perdas salariais acumuladas, no

índice de 4,71% (quatro inteiro e setenta e um centési-

mos) referente aos últimos 05 (cinco) anos.

§ 3º - Os reajustes estabelecidos no caput desta cláusula

e seus parágrafos incidirão sobre os salários percebidos

em fevereiro de 2008.

Cláusula 5 – Participação nos resultados

Os/as professores/as receberão, mediante divisão igua-

litária, a título de participação nos resultados, o valor cor-

respondente a 5% (cinco por cento) das mensalidades es-

colares percebidas pelos estabelecimentos de ensino,

registrando as partes que sobre tal verba, por sua nature-

za indenizatória, não incidirão as demais verbas salari-

ais, e servirá de base para recolhimentos fundiários.

§ 1º – O valor constante do caput da presente cláusula

será pago até o dia 15 de julho de cada ano, levando-se

em consideração a arrecadação percebida nos últimos

12 (doze) meses.

§ 2º – O recebimento individual deverá ser calculado pro-

porcionalmente à soma da remuneração percebida pelo/

a professor/a nos últimos doze meses.

Cláusula 6 - Pisos salariais

A partir de 01.03.2008, ficam fixados os seguintes pisos

salariais em conformidade com as seguintes atividades

de ensino:

Níveis de Ensino 1º /03/2008

A) Creche, maternal e pré-escolar R$ 00,00

infantil)

B) Da 1ª à 8ª série do ensino fundamental R$ 00,00

(todas as séries):

C) Ensino médio (todas as séries): R$ 00,00

D) Cursos livres (incluindo supletivos, R$ 00,00

preparatórios e pré-vestibulares):

E) Cursos de idiomas R$ 00,00

F) Ensino superior R$ 00,00

Parágrafo Único – Fica estabelecido que a hora/aula

corresponderá a 50 (cinqüenta) minutos.

Cláusula 7 - Limites Máximos de Alunos/as porsala de aula

De acordo com o que estabelece a Resolução 1286/2006

do Conselho Estadual de Educação no Estado do Espírito

Santo, ficam determinados os seguintes limites máximos

de alunos/as por turma de acordo com a série:

a) Educação Infantil Crianças e 0 a 01 ano 06 (seis) alunos/

as por docente;

Crianças e 01 a 02 anos 08 (oito) alunos/

as por docente;

Crianças e 02 a 03 anos 10 (dez) alunos/

as por docente;

Crianças e 03 a 04 anos 15 (quinze) alu

nos/as por do

cente;

Crianças e 04 a 05 anos 20 (vinte alunos/

as por docente;

b) Ensino Fundamental 1ª série 25 (vinte e cinco)

alunos/as por

docente;

2ª série a 4ª série 30 (trinta) alunos/

as por docente;

5ª série a 8ª série 35 (trinta e cinco)

alunos/as por

docente

c) Ensino Médio Todas as séries 40 (quarenta)

alunos/as por

docente;

d) Ensino Superior Todas as turmas 50 (cinqüenta)

alunos/a por

docente.

Cláusula 8 - Negociação de nova Convenção

Comprometem-se as partes a negociar a nova Convenção

Coletiva para vigorar no período 2008/2009 a partir de ou-

tubro de 2008.

Cláusula 9 - Dia e forma do pagamento do professor

O pagamento da remuneração dos/as professores/as

será feito até o 5º dia útil do mês subseqüente, à base de

4,50 semanas (§ 1º. Do Art. 320 CLT) mais 1/6 (repouso

semanal remunerado de que fala a Lei nº. 605/49), o que

corresponde a 5,25 semanas mensais.

Cláusula 10 - Adicional de Planejamento

É assegurado ao/à professor/a o pagamento de adicional

de 15% sobre seu salário-base, a titulo de gratificação por

atividades pedagógicas extra-classe, não podendo haver

aumento da jornada de trabalho em decorrência do paga-

mento desse adicional.

§ 1º – O benefício constante desta cláusula constitui

patrimônio jurídico coletivo da categoria profissional, in-

corporando-se ao salário para todos os fins de direito, só

podendo ser suprimido por normas coletivas futuras em

caso de mútuo consentimento das entidades sindicais

signatárias.

§ 2º – O adicional por atividades extra-classe é sucedâneo

de norma coletiva anterior, e é devido mesmo que o esta-

belecimento de ensino já destine parte da carga horária

do docente para planejamento de atividades pedagógi-

cas.

§ 3º – As escolas que já destinam parte da carga horária

para planejamento de atividades pedagógicas não pode-

rão reduzir ou suprimir esse benefício, a pretexto de subs-

tituí-lo pelo benefício previsto nesta norma coletiva.

Cláusula 11 – Educação à Distância

Fica reconhecida a modalidade de educação à distância,

sendo garantido aos/às professores/as que nela atuarem

remuneração em conformidade com as especificidades

desta oferta, estando presentes ainda as atividades de

tutoria, orientação de estudo ou qualquer outra ativida-

de de natureza formativa ou equivalente, devendo ser ob-

servado:

a) isonomia com os salários praticados com os/as pro-

fessores/as dos cursos presenciais;

b) elaboração de material próprio,

c) docência propriamente dita;

d) atendimento aos alunos.

§ 1º – Os equipamentos de multimídia utilizados pelos/as

professores/as na execução de planos de trabalho devi-

damente sintonizados com o plano pedagógico da insti-

tuição deverão ser por ela disponibilizados.

§ 2º – O atendimento aos/às alunos/as deverá ser, obriga-

toriamente, no ambiente da instituição ofertante, sendo

vedada a exigência de qualquer forma de atendimento:

a) fora do espaço físico da IES;

b) após as 22h30 min de segundas às sextas feiras;

c) aos sábados, domingos e feriados;

d) Fica a IES absolutamente proibida de fornecer aos

alunos, telefone, e-mail e endereço particular do/a

professor/a.

§ 3º – A carga horária de trabalho do/a professor/a deverá

ser previamente definida pela instituição de ensino e de-

verá ser computada no período em que o/a professor/a

docente estiver desenvolvendo suas atividades no espa-

ço físico da IES.

§ 4º – O número de professores necessários para o desen-

volvimento de um núcleo de trabalho e/ou de uma disci-

plina deverá ser previamente indicado, admitida a sua

variação para ajustar a oferta com a efetiva demanda,

respeitando a devida alteração proporcional da remune-

ração/número de alunos.

a) Fica estabelecido o numero máximo de 25 (vinte e

cinco) alunos/as por turma para cada professor/a.

b) Fica estabelecida a remuneração mínima de 10 (dez)

horas semanais para cada 25 (vinte e cinco) alunos/

as.

§ 5º – Para o desenvolvimento de qualquer material

midiático para o curso, a IES deverá disponibilizar uma

carga horária mínima equivalente ao dobro daquela per-

cebida nas outras atividades.

§ 6º – Reserva-se ao/à professor/a, o direito de negociar e

autorizar a utilização de todo material midiático produzi-

do para o exercício das atividades docentes.

Cláusula 12 - Horas extras

Além das atividades previstas na cláusula 03 desta Con-

venção, se o/a professor/a for convocado pelo estabele-

cimento de ensino para prestar outros serviços, deve ser

remunerado pelas horas de trabalho em que permane-

cer à disposição do estabelecimento, com adicional de

50% (cinqüenta por cento).

Parágrafo Único – Será permitido ao/à professor/a, desde

que a seu requerimento e com homologação do SINPRO-

ES, lecionar por mais de 04 (quatro) horas consecutivas

ou 06 (seis) aulas intercaladas, no mesmo estabelecimen-

to de ensino, não incidindo qualquer acréscimo no valor

da hora aula.

Cláusula 13 - Horário livre entre as aulas

Na ocorrência de horário livre entre aulas na mesma es-

cola, fica assegurado ao/à professor/a o pagamento des-

te intervalo, como se trabalhando estivesse.

Cláusula 14 - Intervalo entre aulas

Após 03 (três) aulas consecutivas, é obrigatória a obser-

vância de um intervalo de 20 (vinte) minutos para os cur-

sos diurnos e, de 10 (dez) minutos para os cursos notur-

nos vedada a prestação de serviço neste período.

Cláusula 15 - Tíquete-alimentação

Os estabelecimentos de ensino concederão a todos os/

as professores/as, inclusive àqueles/as que estejam em

gozo de férias, com seus contratos suspensos ou inter-

rompidos, independentemente da faixa salarial ou carga

horária, até o 10º (décimo) dia de cada mês, tíquete ali-

mentação em valor correspondente a 10% (dez por cen-

to), sobre a folha bruta de pagamento, não computados

os encargos sociais patronais, rateada igualmente entre

o total dos empregados/as professores/as do estabeleci-

mento de ensino, não se integrando esse benefício ao

salário dos que o percebem ou fazem jus, para qualquer

efeito.

§ 1º – O benefício previsto nesta cláusula equivale ao Pro-

grama de Alimentação do Trabalhador (PAT), instituído por

lei.

§ 2º – O tíquete alimentação previsto nesta cláusula é su-

cedâneo daquele previsto na norma coletiva anterior, e é

devido mesmo que o estabelecimento de ensino já forne-

ça alimentação ou tíquete de outra natureza.

§ 3º – O benefício constante desta cláusula constitui

patrimônio jurídico coletivo da categoria profissional, só

podendo ser suprimido em normas coletivas futuras por

mútuo consentimento das entidades sindicais

signatárias.

Cláusula 16 – Desconto nas Mensalidades

O desconto nas mensalidades escolares para filhos/as

dos professores/as seguem a seguinte regra: 99% (noven-

ta e nove por cento) para os dois primeiros filhos e a partir

do terceiro 60% (sessenta por cento).

Parágrafo Único – Os benefícios previstos na presente Clá-

usula constituem patrimônio jurídico coletivo da catego-

ria profissional e somente poderão ser suprimidos em

Normas Coletivas futuras por mútuo consentimento das

partes signatárias da presente Convenção Coletiva de Tra-

balho.

Cláusula 17 - Seguro de Vida e IncapacidadeTemporária

Os estabelecimentos de ensino implantarão seguro de

vida com cobertura de incapacidade temporária em fa-

vor dos/as professores/as, onde fique assegurado, no

mínimo, o pagamento de indenização por morte ou

invalidez por acidente, correspondente a 13 (treze) ve-

zes o valor da remuneração total do docente, limitado a

R$ 90.000,00 (noventa mil reais) valor este acrescido de

R$ 14.400,00 (quatorze mil quatrocentos reais) em caso

de morte acidental, além de cobertura de 1/30 (um trin-

ta avos) da remuneração total por dia de afastamento

do/a professor/a, na hipótese de licença médica superi-

or a 15 (quinze) dias, limitado o tempo total a 120 (cento

e vinte) dias.

§ 1º – O valor da contribuição do estabelecimento de en-

sino para este beneficio será de até 2% (dois) do total da

folha salarial dos/as professores/as, não computados

os encargos sociais patronais, nem se integrando esse

benefício ao salário dos que o percebem, para qualquer

efeito.

§ 2º – Os estabelecimentos de ensino garantirão no pe-

ríodo de licença médica e previdenciária o recolhimen-

to da contribuição para custeio do seguro de vida do/a

professor/a afastado do serviço.

§ 3º – As empresas administradoras do Plano de Seguro

de Vida serão apreciadas e autorizadas por uma comis-

são formada pelos sindicatos representativos das cate-

gorias econômico-profissionais que participarem do Se-

guro de Vida a ser instituído.

§ 4º – O descumprimento das normas estabelecidas nes-

ta cláusula, por parte do estabelecimento de ensino, o

sujeitará às seguintes penalidades:

a) Na hipótese de suspensão ou não adesão ao seguro, e

na eventualidade de falecimento do/a professor/a,

pagamento de indenização por perdas e danos aos

herdeiros legais no importe previsto no caput desta

cláusula, acrescidos de 100% (cem por cento);

b) na hipótese de suspensão ou não adesão ao seguro

instituído nesta cláusula, pagamento de indenização

por perdas e danos ao/à professor/a, equivalente a

1/30 avos de sua remuneração por dia de afastamen-

to do mesmo, a partir do décimo sexto dia, em virtu-

de de licença médica superior a quinze dias, limitada

ao tempo total de cento e vinte dias, devendo o valor

ser acrescido de 100% (cem por cento);

c) na hipótese de suspensão ou não adesão ao seguro

instituído nesta cláusula, pagamento de indeniza-

ção por perdas e danos ao/à professor/a, em se tra-

tando de aposentadoria por invalidez acidental, sem

prejuízo do disposto na alínea “b”, no valor corres-

pondente a 13 (treze) vezes o valor da remuneração

total do/a professor/a, limitado a R$ 90.000,00 (no-

venta mil reais), acrescido de 100% (cem por cento);

§ 5º – Os estabelecimentos de ensino deverão apresentar

anualmente, em primeiro de março, os contratos de se-

guro de vida com a respectiva relação de beneficiários.

§ 6º – O benefício constante desta cláusula constitui

patrimônio jurídico coletivo da categoria profissional, só

podendo ser suprimido em normas coletivas futuras por

mútuo consentimento das entidades sindicais

signatárias.

§ 7º – Em caso de não implementação do seguro, multa

equivalente a 05 (cinco) vezes o valor máximo previsto no

parágrafo 1º, revertido em favor dos segurados, sem pre-

juízo da obrigação principal.

Cláusula 18 - Plano de Previdência Privada

Os estabelecimentos de ensino contribuirão para o Plano

de Previdência Privada, nas condições estabelecidas nes-

ta cláusula e em seus parágrafos.

§ 1º – A contribuição ao Plano de Previdência Privada ocor-

rerá no valor seguinte: 6% (seis por cento) do salário per-

cebido pelo/a professor/a.

§ 2º – O descumprimento das normas estabelecidas nes-

ta cláusula, por parte do estabelecimento de ensino, o

sujeitará as seguintes penalidades:

a) Na hipótese de suspensão ou não adesão ao Plano de

Previdência Privada e na eventualidade de faleci-

mento do/a professor/a, pagamento de indenização

por perdas e danos aos herdeiros legais, equivalen-

te a 50% (cinqüenta por cento) dos valores de contri-

buição definidos no § 1º desta cláusula, sem prejuízo

da obrigação principal;

b) no caso de atraso no pagamento dos valores de con-

tribuição definidos no § 1º e não ocorrendo a hipóte-

se prevista na alínea “a” deste parágrafo, multa de

0,066% (sessenta e seis milésimos de um por cento)

por dia de atraso, sem prejuízo da obrigação princi-

pal;

c) no caso de não recolhimento ou de atraso por mais

de 30 (trinta) dias no pagamento dos valores de

contribuição definidos no § 1º e não ocorrendo a

hipótese prevista na alínea “a” deste parágrafo,

multa de 2% (dois por cento) e juros de mora de 1%

(um por cento) ao mês, não se aplicando a penali-

dade prevista na alínea “b”, sem prejuízo da obri-

gação principal;

d) Em caso de não implementação ou não recolhimen-

to das parcelas mensais e rescisão contratual, inde-

nização direta ao/à professo/ra do valor devido,

acrescido de 100% (cem por cento) a título de multa.

§ 3º – O benefício constante desta cláusula constitui

patrimônio jurídico coletivo da categoria profissional, só

podendo ser suprimido em normas coletivas futuras por

mútuo consentimento das entidades sindicais

signatárias.

§ 4º – Os estabelecimentos de ensino deverão apresentar

anualmente, em primeiro de março, os contratos de Pla-

no de Previdência Privada com a respectiva relação de

beneficiários.

Cláusula 19 - Auxílio funeral

Os estabelecimentos pagarão aos familiares do/a profes-

sor/a falecido/a, junto às verbas resilitórias, a quantia de

R$ 1.000,00 (um mil reais) a titulo de auxílio funeral.

Cláusula 20 - Licença prêmio

Para cada dez (10) anos de efetivos serviços prestados ao

mesmo estabelecimento de ensino, é assegurada imedi-

ata concessão ao/à professor/a de licença prêmio remu-

nerada de 30 (trinta) dias.

§ 1º – Perderá direito ao benefício da presente cláusula o/

a professor/a que durante o período aquisitivo contar com

mais de 25 (vinte e cinco) ausências não justificadas ao

trabalho.

§ 2º – O não cumprimento do que trata o caput desta Clá-

usula incorrerá em obrigação de pagamento em dobro.

Cláusula 21 - Indenização por rescisão motivada nocurso do período letivo

Se ocorrer rescisão imotivada no transcurso do período

escolar normal, o/a professor/a fará jus, além das repa-

rações previstas em lei e neste instrumento, a uma inde-

nização correspondente a 50% (cinqüenta por cento) da

soma dos salários a que tinha direito até o término do

ano letivo.

Cláusula 22 - Estabilidade do aposentado

Todo/a professor/a, com 05 (cinco) anos ou mais de con-

trato na empresa, que estiver, no máximo, a 01 (um) ano

da aposentadoria por tempo de serviço ou por idade, go-

zará de estabilidade no emprego até a data de aquisição

do direito à aposentadoria, vedada sua dispensa sem

justa causa.

§1º – Esta garantia está condicionada à comunicação es-

crita, na data em que o/a professor/a fizer jus ao benefí-

cio estabelecido no caput desta cláusula.

§ 2º – A estabilidade prevista nesta cláusula poderá ser

objeto de acordo entre as partes, com a interveniência

do SINPRO/ES.

Cláusula 23 - Abono na aposentadoria

Ao advento da aposentadoria, os estabelecimentos de

ensino pagarão ao/à professor/a a quantia de 01 (um) sa-

lário mínimo, sem natureza remuneratória.

Cláusula 24 - Auxílio Creche

As professoras receberão auxílio creche até os 06 (seis)

meses de idade de seus filhos, no valor de R$ 50,00 (cin-

qüenta reais) mensais.

Parágrafo Único – Independentemente do previsto no

caput, o cumprimento desta obrigação não exonera a ins-

tituição de cumprir o estabelecido no Art. 387 e parágrafo

1º e 2 º da CLT.

Cláusula 25 - Dias vedados ao trabalho do/a docente

É vedado exigir do/a professor/a a regência de aula, tra-

balho ou qualquer outra atividade docente:

A) aos domingos;

B) nos feriados nacionais, estaduais, municipais e reli-

giosos, nos termos da Legislação própria; e,

C) nos seguintes dias: segunda e terça da semana do

Carnaval; na quinta-feira, sexta-feira e sábado da Se-

mana Santa, no Dia do Professor/a e Finados.

Cláusula 26 - Transferência de disciplina

Não pode o empregador transferir o/a professora de uma

disciplina para outra, nem de um grau de ensino para ou-

tro, sem o seu consentimento.

Cláusula 27 - Aproveitamento do professor contratado

Ocorrendo a suspensão da disciplina no currículo es-

colar, o/a professor/a já contratado/a tem preferên-

cia para aproveitamento, pelo estabelecimento de

ensino, em outra disciplina para a qual possua habi-

litação legal.

Cláusula 28 - Suspensão do contrato de trabalhopor iniciativa do professor

Será assegurada a suspensão do contrato de traba-

lho, pelo período de um ano letivo, ao/à professor/a

que a requerer até 60 (sessenta) dias do início de

cada ano letivo, com a finalidade de freqüentar cur-

so de aperfeiçoamento ou especialização ligado à

atividade educacional, obedecido o critério de um/

a professor/a por disciplina.

§ 1º – Fica garantido ao/à professora a retomada in-

tegral de sua carga horária quando de seu retorno às

atividades acadêmicas.

§ 2º – O tempo em que o contrato de trabalho estiver

suspenso não deverá ser utilizado para cálculo de

pagamento das verbas decorrentes do contrato de

trabalho, mormente férias proporcionais, 13º salá-

rio proporcional, tempo de serviço para aposenta-

doria, etc.

Cláusula 29 - Professor substituto

Fica garantido ao/à professor/a admitido/a para

substituição eventual a outro/a, igual salário ao/à

do/a substituído/a, sem considerar as vantagens

pessoais.

Cláusula 30 - Exames periódicos

Nos meses de maio e novembro de cada ano os/as

professores/as serão submetidos a exame médico

periódico, sendo que no último será realizado,

obrigatoriamente, exame de laringoscopia indire-

ta.

Cláusula 31 - Nulidade do contrato de trabalho

É nula a contratação do trabalho docente por prazo

determinado, para ministrar aulas em curso regular,

salvo por substituição eventual ou por outro motivo

previsto em Lei.

Cláusula 32 - Período letivo e de férias

Fica conveniado que o término do ano letivo se dará

sempre no dia 31/12, sendo considerado como féri-

as laborais o período de 02 de janeiro de um ano a 01

de fevereiro do ano seguinte, para os mesmos fins, e

de recessos escolares de 15 a 31 de julho e de 24 a 31

de dezembro.

§ 1º – Os recessos escolares de que trata o caput des-

te artigo só poderão ser utilizados pelo estabeleci-

mento de ensino para atividades específicas da

docência que não poderá ultrapassar 1/3 (um terço)

dos períodos pré-determinados.

§ 2º – Os/as professores/as demitidos/as no primei-

ro mês do período de aula, além das verbas

rescisórias de Lei, farão jus ao recebimento de 03

(três) remunerações, a título de indenização.

Cláusula 33 - Indenização do Recesso Escolar

O/a professor/a dispensado entre os dias 30 de no-

vembro e 31 de dezembro, independentemente do

aviso prévio ser cumprido ou indenizado, fará jus à

indenização dos salários até 1º de fevereiro do ano

seguinte.

Cláusula 34 - Variação da carga horária

É permitida a variação do número de aulas do/a pro-

fessor/a, com a correspondente variação da remu-

neração, desde que decorrente exclusivamente da

variação da oferta da(s) respectiva(s) disciplina no

quadro curricular da instituição de ensino e, ainda

que as aulas reduzidas sejam reintegradas ao/à pro-

fessor/a, tão logo retornem ao quadro curricular

normal.

Cláusula 35 - Suspensão do contrato de trabalhodos professores

O contrato de trabalho do/a professor/a que, em vir-

tude do posicionamento de sua disciplina na grade

curricular do curso onde leciona ministrar aulas em

apenas um semestre/período por ano, fica suspenso,

naquele em que não houver a disciplina, não sendo

devido pela instituição de ensino superior/

profissionalizante: salários, depósitos referentes ao

FGTS, bem como a obrigação de recolhimentos

previdenciários.

§ 1º – Fica garantido ao/à professor/a a retomada in-

tegral de sua carga horária quando do seu retorno às

atividades acadêmicas.

§ 2º – O tempo em que o contrato de trabalho estiver

suspenso não deverá ser utilizado para cálculo de

pagamento das verbas decorrentes do contrato de

trabalho, mormente férias proporcionais, 13º salá-

rio proporcional, tempo de serviço para aposenta-

doria, etc.

§ 3º – Ao término do período de suspensão, pre-

visto no caput desta cláusula, e durante o perío-

do de 01 (um) mês, caso o/a professora/a seja dis-

pensado/a injustamente, lhe será assegurado

para efeitos de cálculos rescisórios, a contagem

do tempo de serviço, com o pagamento de 13º

salário, férias mais 1/3 e FGTS, além da multa com-

pensatória no valor de 1 (uma) remuneração men-

sal do/a professor/a.

Cláusula 36 – Estabilidade gestacional

A estabilidade gestacional de que trata o art. 10,

inciso II, b, do Ato das Disposições Constitucionais

Transitórias, em se tratando de mãe docente, é acres-

cida de mais 60 (sessenta) dias.

Cláusula 37 - Da Internação de Filho Menor

O estabelecimento de ensino abonará até 05 (cinco)

dias de faltas, dos/as professores/as para acompa-

nhar filho menor de 15 (quinze) anos, quando na ocor-

rência de internação, mediante comprovação

fornecida pela autoridade médica.

§ 1º – Quando Pai e Mãe forem empregados do esta-

belecimento de ensino, as ausências previstas no

caput desta cláusula serão limitadas apenas a um

dos dois.

§ 2º - Nos casos em que, comprovadamente, o perío-

do de internação exceder o prazo estipulado nesta

cláusula, deverá o mesmo ser estendido mediante

requerimento à Direção do estabelecimento de en-

sino.

Cláusula 38 - Estabilidade provisória pós- auxíliodoença

Fica garantida a estabilidade no emprego pelo perío-

do de 60 (sessenta) dias ao/à professor/a que retornar

de licença médica superior a 15 (quinze) dias.

Cláusula 39 - Redução da jornada em aviso prévio

Fica garantido ao/à professor/a, no inicio do perío-

do de aviso prévio, optar pela redução prevista no

artigo 488 da CLT, no horário que melhor lhe convi-

er, desde que seja no inicio ou no final da jornada.

Cláusula 40 - Rescisões contratuais

As rescisões dos contratos de trabalho dos/as pro-

fessores/as da Grande Vitória serão efetivadas, na

forma da lei, na sede do SINPRO/ES, e para os/as pro-

fessores/as de outras localidades, nas Subsedes de

Linhares e Cachoeiro.

Parágrafo Único – A garantia de que trata o caput des-

ta cláusula atinge a todos os estabelecimentos de

ensino localizados nos municípios abrangidos pela

Sede e pelas Subsedes.

Cláusula 41 - A Convenção e informações ao

SINPRO/ES

Fica o estabelecimento de ensino obrigado a manter

um exemplar desta Convenção na Secretaria de cada

unidade escolar, à disposição dos/as professores/as,

para consulta.

Parágrafo Único – Comprometem-se os estabeleci-

mentos de ensino a comunicar ao Sindicato dos Pro-

fessores do Estado do Espírito Santo, a relação de

professores, com as respectivas cargas horárias e sa-

lários, no 1º dia letivo, anual e semestral.

Cláusula 42 - Presença do SINPRO/ES nas escolas

Fica assegurado ao SINPRO/ES o direito de afixação

de cartazes, avisos e de fazer comunicações nas sa-

las dos professores, por pessoa autorizada entre

aquele órgão de classe e seus associados, sendo as

datas e horários sujeitos a entendimentos prévios

com a administração da escola.

Cláusula 43 - Assembléias Gerais do Sindicato

Os estabelecimentos de ensino concederão dispen-

sa remunerada para o comparecimento dos/as pro-

fessores/as a 01 (uma) Assembléia Geral Extraordi-

nária do SINPRO/ES, convocada por edital publicado

em jornal de circulação estadual, no dia 12 de no-

vembro de 2008, das 16 às 19 horas, para análise

das propostas a serem apresentadas à representa-

ção patronal, quanto à discussão do reajuste salari-

al em 01 de março de 2009 e da próxima Convenção

Coletiva de Trabalho.

Cláusula 44 - Contribuições ao SINPRO/ES

Os estabelecimentos comprometem-se a efetuar

descontos nos salários de seus/suas professores/as,

bem como repassá-los ao SINPRO/ES, desde que au-

torizados por Assembléia Geral da categoria, e na

forma e modo por ela estabelecido, com divulgação

por edital publicado em jornal de circulação estadu-

al, garantindo-se ao professor, em qualquer caso, o

direito de oposição, por escrito, no prazo de 15 dias

a contar de sua instituição.

Cláusula 45 - Multa convencional

O descumprimento do disposto nesta Convenção

obriga o estabelecimento de ensino infrator ao pa-

gamento de multa correspondente a um salário mí-

nimo em favor da entidade que representa a parte

prejudicada sem prejuízo da obrigação principal.

Vitória/ES, 01 de março de 2008.

JONAS RODRIGUES DE PAULA

ALEXANDRE JOSE

SERAFIM

Presidente do SINEPE/ES

Presidente do SINPRO/ES

Comissão Sinpro/ESComissão Sinepe/ES

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