controle fÍsico-quÍmico de poa – umidade prof a : andréa matta ristow

35
CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

Upload: internet

Post on 18-Apr-2015

122 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE

Profa: Andréa Matta Ristow

Page 2: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

INTRODUÇÃO - ÁGUA

Essencial aos seres vivos

Funções diversas, componente intra e

extracelular

Influencia: textura, aparência, sabor e prazo de

validade (alterações: química e microbiológica

dos alimentos)

• Técnicas de preservação em geral utiliza: secagem,

congelamento, adição de solutos.

Page 3: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

Interações da água com os alimentos

Adição de sólidos à água modifica as

propriedades de ambos.

Interação com substâncias hidrofílicas:

altera a estrutura e mobilidade da água,

modifica a estrutura e reatividade das

substâncias.

Água nos alimentos: LIVRE X LIGADA

Page 4: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

Água nos alimentos

ÁGUA LIVRE

Fracamente ligada ao substrato. Funciona como solvente. Permite o crescimento dos

microrganismos e reações químicas. Eliminada com facilidade.

Page 5: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

Água nos alimentos

ÁGUA LIGADA Ligada quimicamente com outras

substâncias do alimento Não é eliminada na maioria dos métodos

de determinação de umidade. Diretamente unida aos grupos hidrófilos

da proteína, permanecendo fortemente unida a ponto de resistir à ação de uma intensa força mecânica.

Não é congelada ou evaporada

Page 6: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

UMIDADE

Geralmente a umidade representa a água

contida no alimento, que pode ser classificada

em:

Umidade de superfície, que se refere à água livre

ou presente na superfície externa do alimento;

Umidade adsorvida, referente à água ligada,

encontrada no interior do alimento.

Page 7: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

UMIDADE

Page 8: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

ATIVIDADE DE ÁGUA

Aa ou Aw Água Livre Relação entre a pressão de vapor da

solução (P) (soluto+solvente) e pressão de vapor do solvente (P0), que no caso dos alimentos é a água, sempre ambos à mesma temperatura (Aa = P / P0).

Como a pressão de vapor da água pura é igual a 1,0, a Aa dos alimentos é sempre menor que 1,0. 

Page 9: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

ATIVIDADE DE ÁGUA

Atividade de Àgua X Crescimento Microbiano

Atividade de Água

Microrganismo

0,90 a 0,91 Bacts deteriorantes

0,87 a 0,88 Leveduras deteriorantes

0,80 Bolores

0,75 Bactérias halófilas

0,65 Bolores xerófilos

0,60 Leveduras osmofílicas

Page 10: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

MÉTODOS DE MEDIDA DA UMIDADE

A água que será efetivamente medida

dependerá do método analítico escolhido,

sendo que somente a água livre é medida

com certeza em todos os diferentes métodos.

Consequentemente, o resultado da medida

da umidade deve vir sempre acompanhado

do método utilizado e das condições

empregadas, como tempo e temperatura. 

Page 11: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

MÉTODOS DE MEDIDA DA UMIDADE

DIFICULDADES:

Separação incompleta da água do produto;

Decomposição do produto com formação de

água além da original;

Perda das substâncias voláteis do alimento

que serão computadas como peso em água.

Page 12: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

METODOLOGIA

MÉTODOS POR SECAGEM

Secagem em estufas

Secagem por radiação infravermelha

Secagem em fornos de microondas

Secagem em dessacadores

MÉTODOS POR DESTILAÇÃO

MÉTODOS QUÍMICOS

Page 13: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

MÉTODOS POR SECAGEM

A) SECAGEM EM ESTUFAS

Método mais utilizado em alimentos.

Remoção água por aquecimento, sendo o ar quente absorvido por uma camada muito fina do alimento e então conduzido para o interior por

condução.

Page 14: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

Método lento.

6 a 18 horas entre 100oC e 102 oC, ou até peso constante.

Condutividade térmica dos alimentos é baixa.

Page 15: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

MÉTODOS DE MEDIDA DA UMIDADE

SECAGEM EM ESTUFA  Exatidão é influenciada por vários fatores: Temperatura de secagem (T° da estufa); Umidade relativa e movimentação do ar na estufa; Vácuo na estufa; Tamanho das partículas e espessura das amostras; Formação de crosta na superfície da amostra; Material e tipo de cadinhos; Equipamentos.

Page 16: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

TEMPERATURA DA ESTUFA

Estufa normal: um pouco acima de 100 oC

Estufa a vácuo: ~ 70 oC (preserva a amostra e evita a formação de crosta na superfície)

PARTÍCULA DOS ALIMENTOS

Menor espessura possível

Page 17: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

ESTUFAS

Simples, simples com ventilador e a vácuo

Maior em cadinhos de alumínio do que de vidro e porcelana, maior em cadinhos rasos

do que fundos e maior com estufas com ventilação.

Deve ser feita somente após de ser resfriada completamente no dessecador.

VELOCIDADE DE EVAPORAÇÃO

PESAGEM

Page 18: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow
Page 19: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

CADINHOS

Porcelana

Alumínio

Vidro

Page 20: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

PROCEDIMENTO

Pesar uma quantidade definida de amostra num cadinho previamente seco e tarado.

O transporte do cadinho deve ser sempre feito com pinça ou papel para não passar umidade da mão.

Colocar o cadinho na estufa à temperatura conveniente e deixar até que toda a água seja evaporada

(até peso constante).

Page 21: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

PROCEDIMENTO - CÁPSULA

1- Secagem e tara da cápsula:

A. Colocar a cápsula na estufa a 105ºC/ 1h;

B. Retirar a cápsula da estufa e deixar no

dessecador por 30 min.;

C. Pesar a cápsula em balança analítica e anotar

o peso;

Page 22: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow
Page 23: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow
Page 24: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

PROCEDIMENTO - AMOSTRA

2- Amostra: A. A amostra reduzida e devidamente preparada

deve ser submetida a pesagem de 5g em uma cápsula tarada anotando seu peso;

B. Levar a cápsula com a amostra para estufa a 105ºC/ 3hs;

C. Levar imediatamente para o dessecador por 30mim. ;

Page 25: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

PROCEDIMENTO - AMOSTRA

D. Pesar a cápsula e anotar o peso, retornando para estufa permanecendo por / 1h;

E. Repetir esta operação até obtenção de peso constante (inferior a 0,002g em 5g de amostra em intervalos de 1h);

F. Realizar o cálculo para obter a % de umidade

% Umidade= Perda de peso em g (peso inicial – peso final) Peso da amostra em g

Page 26: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

EXEMPLO

P inicial = 5,0g P final = 1,25g Perda = 5,0 – 1,25 = 3,75

U% = PERDA X 100 AMOSTRA U% = 3,75 X 100 = 75% 5,00

Page 27: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

PREPARO DA AMOSTRA

AMOSTRAS LÍQUÍDAS: evaporadas em banho-maria até consistência pastosa para então serem

colocadas na estufa.

AMOSTRAS AÇUCARADAS: formam uma crosta dura na superfície, que impede a saída da água do

interior (Adição de areia em pó à amostra, para aumentar a superfície de evaporação).

PESO DA AMOSTRA: varia entre 2 g e 5 g (Formar uma camada fina no cadinho).

Page 28: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

CONDIÇÕES DE SECAGEM

TEMPERATURA: varia entre 70oC e 155oC.

TEMPO: depende da quantidade de água no produto (6 a 7 horas, até peso constante).

Page 29: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

LIMITAÇÕES DO MÉTODO

1. Produtos com alto conteúdo de açúcar e carnes com alto teor de gordura: temperatura que não exceda de 70oC.

Açúcares: a levulose se decompõe a cerca de 70oC, liberando água.

2. Não serve para amostras com alto teor de substâncias voláteis: como condimentos.

3. Variação de até 3oC nas diferentes partes da estufa.

Page 30: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

6. Açúcares redutores e proteínas: escurecimento por reação de Mailard, com formação de compostos voláteis

como CO2 e compostos carbonílicos e produtos intermediários.

7. Estufas com exaustão forçada: acelerar a secagem a peso constante (queijos, produtos marinhos e carnes).

4. Alguns produtos são muito higroscópicos.

5. Açúcares: reações de caramelização com liberação de água (estufa a vácuo a 60 oC).

Page 31: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

B) SECAGEM EM FORNOS DE MICROONDAS

Método novo e muito rápido, porém não é um método padrão.

Page 32: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

Quando uma amostra úmida é exposta à radiação de microondas, moléculas com cargas elétricas

dipolares, tais como a água, giram na tentativa de alinhar seus dipolos com rápida mudança do campo

elétrico.

Fricção resultante: calor, que é transferido para moléculas vizinhas.

MICROONDAS: aquece o material mais rapidamente e mais seletivamente.

Page 33: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

Distribuição uniforme do calor na superfície e no interior do alimento.

Facilita a evaporação e evita a formação de crosta na superfície.

A amostra deve ser misturada com cloreto de sódio (evita que a amostra seja espirrada para fora do cadinho) e óxido de ferro (absorve fortemente a radiação de microondas, acelerando a secagem).

Page 34: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

Método bastante rápido e simples.

Grande vantagem: poder da energia radiante e o tempo de secagem podem ser

calibrados para os diferentes tipos e quantidades de amostra.

Page 35: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – UMIDADE Prof a : Andréa Matta Ristow

SÓLIDOS TOTAIS

Sólidos totais = Peso total da amostra - conteúdo de umidade