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  • 7/25/2019 controle digital elevador

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    Centro Federal de Educacao Tecnologica de Minas GeraisCampusDivinopolis

    Graduacao em Engenharia Mecatronica

    Gustavo Barros Castro

    Mateus Viana de Oliveira e Costa

    CONTROLE DE ALTURA DE UMA

    PLATAFORMA ATUADA POR CABOS

    Divinopolis2015

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    Gustavo Barros Castro

    Mateus Viana de Oliveira e Costa

    CONTROLE DE ALTURA DE UMAPLATAFORMA ATUADA POR CABOS

    Relatorio apresentado a disciplina de Controle Digitaldo curso de Engenharia Mecatronica do CentroFederal de Educacao Tecnologica de Minas Gerais.

    Orientador: Valter Junior de Souza Leite

    Divinopolis2015

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    Resumo

    O Presente relatorio visa apresentar as atividades realizadas durante desenvolvi-

    mento do trabalho final da disciplina de Controle Digital e Laboratorio de ControleDigital, o qual consiste no controle de altura de uma plataforma atuada por cabos.Desenvolveu-se uma plataforma na qual um motor CC ira enrolar ou soltar umacorda de forma a alterar a altura de uma plataforma suspensa. O sensor utilizadopara afericao da altura e um sensor ultrassom modelo HC-SR04. Para modelagemdo processo utilizou-se tecnica de caixa cinza. Validou-se o sistema com excitacaodo tipo ruido branco, de forma a garantir fidelidade do modelo com o sistema real.Para controle desenvolveu-se controlador PID, atraves de duas tecnicas, estes foramimplementados na placa Arduino atraves de um algoritimo para o PID.

    Palavras-chave: Controle de altura. Plataforma atuada por cabos. Controle Digi-

    tal.

    iii

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    Sumario

    Lista de Figuras vi

    1 Introducao 1

    1.1 Objetivos do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.2 Aplicacoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

    2 Revisao Bibliografica 2

    2.1 Modelagem de Sistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22.2 Linearizacao de Sistemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32.3 Avaliacao de estabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42.4 Avaliacao de controlabilidade do sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42.5 Avaliacao de observabilidade do sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42.6 Transformada Z. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

    2.7 Teorema da amostragem de Nyquist-Shannon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52.8 Controlador PID . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

    2.8.1 Acao Proporcional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62.8.2 Acao Integral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72.8.3 Acao Derivativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

    2.9 PID Discreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72.9.1 Aproximacao Foward Difference . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82.9.2 Aproximacao Backward Difference . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82.9.3 Aproximacao Bilinear de Tustin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

    2.10 Sintese de controlador por curva de reacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102.11 Filtro Digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

    3 Desenvolvimento 11

    3.1 Materiais Utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113.2 Modelagem do sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

    3.2.1 Modelagem do sistema mecanico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123.2.2 Sistema eletrico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133.2.3 Equacao Diferencial do Sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

    3.3 Validacao do Modelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153.4 Linearizacao do Modelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173.5 Escolha do perodo de amostragem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173.6 Discretizacao do sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

    3.6.1 Avaliacao do sistema em malha aberta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183.7 Controladores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    3.7.1 Discretizacao de controlador PID . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

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    Sumario

    3.7.2 Projeto pelo Sisotool . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203.8 Codigo PID . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

    4 Resultados 23

    5 Conclusoes 25

    Referencias 26

    A Codigos 27

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    Lista de Figuras

    2.1 Efeito doAliasing . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

    3.1 Planta para controle de altura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123.2 Esquema de funcionamento motor CC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133.3 Diagrama de blocos da planta de controle de altura. . . . . . . . . . . . . . . . . 153.4 Validacao do Modelo para um entrada do tipo onda quadrada de amplitude 170 . 163.5 Sinal PRBS aplicado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163.6 Validacao do utilizando rudo branco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163.7 Lugar das razes do sistema discretizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193.8 Diagrama de bode do sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193.9 Projeto de controlador feito na toolbox sisotool . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    4.1 Controlador no sisotool . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

    4.2 Controlador discretizadol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

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    Captulo1Introducao

    O presente trabalho visa desenvolver e controlar uma plataforma atuada por cabo. Nestaplataforma um motor CC ira enrolar ou soltar uma corda de forma a alterar a altura de uma

    plataforma suspensa. O sensor utilizado para afericao da altura e um sensor ultrassom modelo

    HC-SR04. Para controle sera desenvolvido um controlador PID digital implementado na placa

    arduino UNO, que garante erro de regime 0, e baixo overshoot.

    1.1 Objetivos do Trabalho

    Neste trabalho objetivou-se de maneira geral o controle de altura, mensurado por ultrassom,

    de uma plataforma icada por cabos.

    Levantamento de um modelo matematico obtido atraves de tecnica de caixa cinza.

    Validacao do modelo obtido

    Escolha do periodo de amostragem do sistema

    Discretizacao do PID obtido anteriormente

    Desenvolvimento de um controlador do tipo PID atraves do sisotool.

    Desenvolvimento de um codigo para PID

    1.2 Aplicacoes

    O projeto propoe o controle de altura de uma plataforma i cada por cabos atraves de um

    sensor ultrassom. Sua finalidade e manter uma distancia pre determinada do solo a qualquer

    instante. Este sistema e uma simplificacao de 1 DOF do sistema de c amera guiada por cabos

    utilizado por redes televisivas para filmagens de jogos esportivos, conhecido como sky cam. O

    estudo de um modelo simplificado e um primeiro passo para desenvolvimento de um sistemacompleto de controle para uma camera.

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    Captulo2Revisao Bibliografica

    O capitulo introduz os metodos de modelagem de sistemas por caixa branca, preta e cinza,demonstrado as vantagens e desvantagens de cada metodo. A seguir e feita uma introducao

    sobre controladores PID discretos e por fim discute-se o controle por realimenta cao de estados.

    2.1 Modelagem de Sistemas

    A modelagem matematica e a area do conhecimento que estuda maneiras de desenvolver e

    implementar modelos de sistemas reais. Modelos que se aproximem da realidade e sejam de

    facil manipulacao podem fazer a diferenca entre um projeto ser bem sucedido ou apenas uma

    ferramenta sem uso pratico.A precisao do modelo obtido tambem reflete diretamente no desempenho da ferramenta a ser

    implementada, possibilitando ao sistema trabalhar mais proximo do seu ponto de rendimento

    otimo e tornando-o mais robusto.

    Uma das maneiras de modelar o sistema e conhecido como modelagem caixa preta, uma

    caracterstica deste tipo de tecnica e que pouco ou nenhum conhecimento previo do sistema e

    necessario, este metodo e conhecido como identificacao de sistemas.(AGUIRRE,2007)

    Uma outra forma de realizar a modelagem e a chamada modelagem caixa branca, no qual e

    necessario um conhecimento profundo do sistema a ser modelado e das relacoes matematicas que

    descrevem os fenomenos envolvidos. Na identificacao caixa branca, todos os termos da estrutura,

    e seus parametros, possuem significado fsico.

    Como desvantagens da identificacao caixa-preta pode-se citar, em geral, o fato de a estrutura

    do modelo nao possuir significado fsico, a dificuldade para sua selecao e, em muitos casos, o

    numero excessivo de parametros. Como vantagens, em geral, sao enumeradas a relativa facilidade

    de obtencao e a possibilidade de se escolher estruturas mais adequadas para o projeto de sistemas

    de controle.(CORREA; AGUIRRE,2004)

    Como desvantagem da modelagem caixa-branca, destaca-se a dificuldade de obtencao do

    modelo. Em geral, as equacoes fsicas envolvidas em um processo, assim como seus parametros,

    nao sao totalmente conhecidas. Muitas vezes, as relacoes sao por demais complexas e nao podem

    ser determinadas. Como principal vantagem, destaca-se o significado fsico do modelo obtido.

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    2.2. Linearizacao de Sistemas

    Modelagem por caixa branca e por caixa preta podem ser interpretadas como os dois extremos

    de tecnicas de modelagem. A rigor, qualquer procedimento que nao esteja em nenhum desses

    extremos pode ser denominada de identificacao caixa-cinza. Esta area de conhecimento busca

    combinar as vantagens dos procedimentos de identificacao caixa-preta e caixa-branca. Nessecaso, tanto dados de entrada e sada obtidos no sistema, quanto informacao auxiliar sao usados

    na identificacao. A identificacao caixa-cinza e uma area bastante ampla e por se tratar de um

    assunto relativamente novo, muitos problemas estao praticamente em aberto. (AGUIRRE,2007)

    De posse dos modelos, e comum uma etapa de validacao, onde os modelos encontrados sao

    submetidos a diversas formas de avaliacao a fim de ser determinar a adequacao do mesmo. Ha

    diversas formas de serem feitas estas analises, sendo a mais comum a exposicao dos modelos a

    uma nova realidade experimental. (ORENSTEIN,2013)

    As perturbacoes aplicadas no sistema podem ter diversas formas, dependendo da finalidade

    do modelo, da regiao de frequencia que se deseja mapear, limites de operacao das entradas ou

    alguma outra particularidade, que delimitam as condicoes de contorno do problema. Embora

    existam infinitas formas de perturbar um sistema, a forma mais cl assica e a excitacao por meio

    de degrau, ou uma onda quadrada que essencialmente e a aplicacao de diversos degraus de forma

    sucessiva. Outra forma menos usual de excitacao e o Sinal Binario Pseudo Aleatorio (PRBS).

    O PRBS e um sinal periodico que alterna entre dois nveis pre-fixados de forma determi-

    nstica, com intuito de simular as caractersticas na frequencia de um rudo branco. Duas

    caractersticas interessantes deste sinal para o uso em identificacao sao o fato que a sua media

    tende assintoticamente a zero e a sua covariancia se aproxima ao rudo branco, na medida em

    que a sua duracao tende ao infinito. Estas caractersticas garantem uma distribuicao proxima a

    uniforme para o espectro de potencia.

    2.2 Linearizacao de Sistemas

    Varios sistemas fsicos sao lineares dentro de uma certa gama de valores das variaveis. Entre-

    tanto, todos os sistemas tornam-se, em uma ultima analise, nao-lineares a medida que os valores

    das variaveis crescem sem limite.(DORF; BISHOP,2011)

    Um sistema e definido como linear quando este satisfaz as propriedades de superposicao e

    homogeneidade. Essas propriedades sao:

    Quando para um sinal de entrada x1(t)ha uma saday1(t), e para uma entrada x2(t)ocorra

    uma saday2(t), entao casox1(t) + x2(t) =y1(t) + y2(t)o sistema atende o criterio da superpo-

    sicao.

    Para o criterio da homogeneidade, para um sinal de entrada x(t) com sinal de sada y(t).

    Caso a entrada x(t) seja multiplicada por uma constante , entao o valor de sada devera ser

    igualmentey(t)

    Quando um sistema apresenta elementos nao lineares, estes podem ser linearizados admitindo-se condicoes de pequenos sinal. Como a curva da funcao e continua sobre uma faixa de interesse,

    entao pode-se utilizar uma expansao em serie de Taylor em torno do ponto de operacao desejado.

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    2.3. Avaliacao de estabilidade

    A equacao encontrada atraves desta expansao e uma aproximacao linear precisa, uma vez que

    a hipotese de pequenos sinais e aplicavel ao problema. Com a linearizacao da funcao pode-se

    entao aplicar diversa tecnicas para analise e controle do sistema.

    2.3 Avaliacao de estabilidade

    Assegurar a estabilidade de um sistema de controle em malha fechada e uma questao central

    no projeto de sistemas de controle. Um sistema e dito estavel se apresentar uma resposta

    limitada para uma entrada igualmente limitada. Em termos de sistemas lineares, o requisito de

    estabilidade pode ser definido em termos da localizacao dos polos do sistema.

    Para sistemas contnuos no tempo, um sistema e dito estavel caso todos os seus polos estejam

    contidos no semi-plano esquerdo, ou seja, que todos os polos da funcao de transferencia do sistema

    tenham parte real negativa.

    2.4 Avaliacao de controlabilidade do sistema

    Um sistema descrito pelas matrizes (A,B) pode ser dito controlavel se existir um sinal de

    controleu(t)sem restricoes que possa transferir qualquer estado inicialx(0)para qualquer outra

    localizacao desejada para x(t). E possvel determinar se o sistema e controlavel avaliando-se a

    condicao algebrica:

    posto

    B AB A2B . . . An1B

    = n (2.1)

    Para um sistema com uma unica entrada e uma unica sada, a matriz de controlabilidade Pc

    e descrita em termos de A e B , como visto na equacao 1.3:

    Pc =

    B AB A2B . . . An1B

    (2.2)

    Que e uma matriz n x n. Portanto, se o determinante de Pc for nao nulo, o sistema e

    controlavel.

    2.5 Avaliacao de observabilidade do sistema

    A observabilidade de um sistema se refere a capacidade de se estimar uma variavel de estado.

    Assim, considera-se que um sistema seja observavel se a sada possuir uma componente devida

    a cada uma das variaveis de estado.

    Um sistema e observavel se, e somente se, existir um tempo T finito tal que o estado

    inicialx(0) possa ser determinado a partir do historico de y(t), dado o sinal de controle u(t).

    O sistema sera observavel se o determinante de Q for nao nulo, onde Q e:

    Q=

    C

    CA. . .

    CAn1

    (2.3)

    4

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    2.6. Transformada Z

    2.6 Transformada Z

    Ao analisar sistemas contnuos, normalmente e vantajoso a representacao no domnio da

    frequencia complexa s, atraves da transformada de Laplace. No caso de sistemas discretos, a

    ferramenta utilizada para passar um sinal do domnio do tempo para o domnio da frequencia e

    a transformada Z.

    A transformada Z e utilizada para simplificar operacoes que envolvem equacoes de diferenca,

    por exemplo, a convolucao de dois sinais discretos no tempo e reduzida para um produto de

    duas expressoes algebricas.(MOUDGALYA,2007)

    A transformada Z de um sinal x(k) e definida por:

    X(z) =

    k=x(k)zk (2.4)

    Em que z e escolhido de tal forma que: X(z) =

    k= |x(k)zk| < . E z e equivalente

    a eTs, em que T e o perodo de amostragem do sinal. Portanto:

    Z(x(k)) =x0+ x1z1 + x2z

    2 + x3z3 . . . (2.5)

    Da mesma maneira que pode-se transformar um sinal no tempo para frequencia atraves da

    transformada Z, pode-se tambem passar o sinal da frequencia para o domnio do tempo atraves

    da transformada Z inversa. Para a transformada X(z) a sua inversa e:

    x(n) = 1

    2j

    x(k)zk1dz (2.6)

    Essa integral e uma integral de contorno na direcao anti-horaria em um caminho fechado no

    plano complexo.

    2.7 Teorema da amostragem de Nyquist-Shannon

    A amostragem de um sinal, ou forma de onda analogica, e o processo atraves do qual o sinal

    contnuo passa a ser representado por um conjunto discreto de numeros, e entao, atraves das

    amostras obtidas e possvel reconstruir o sinal com exatidao. Estas amostras sao iguais ao valor

    do sinal em instantes bem determinados, conhecidos como instantes de amostragem. O intervalo

    de tempo entre amostras e conhecido como intervalo de amostragem e e representado por Ts, o

    seu inverso e a frequencia de amostragem e e representado por fs.

    O teorema de Nyquist-Shannon demonstra que se a transformada de um sinal contnuou(t)

    e nula para todo f < f0 , isto e se o espectro de frequencia u(f) 0f < f0, entao o sinal u(t)

    pode ser determinado de forma unica a partir de suas amostrasu(kt)se o perodo de amostragem

    e escolhido observando-se a relacao: (PAGANOS,2010)

    T1

    2f0(2.7)

    5

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    2.8. Controlador PID

    O teorema coloca que amostrando o sinal com uma frequencia pelo menos duas vezes maior

    que a maior das componentes em frequencia do sinal, e possvel recuperar toda a informacao a

    partir das amostras. Esta frequencia e conhecida como frequencia de Nyquist.

    Devido ao encobrimento do espectro do sinal original, aparece em sua replica um efeito dedistorcao conhecido comoAliasing, ou seja, ocorre o falseamento do sinal, que impede a correta

    recuperacao do sinal original. O efeito do Aliasingpode ser visto abaixo:

    Figura 2.1: Efeito do Aliasing

    Como pode-se observar na figura 2.1, o efeito do Aliasing pode criar a impress ao de que

    o sinal amostrado representa corretamente o sinal senoidal de entrada, mas o sinal obtido temuma frequencia muito mais baixa que o real.

    2.8 Controlador PID

    SegundoASTROM; HAGGLUND(2005), o controlador PID pode ser descrito pela Equacao

    2.8.

    u(t) =Kpe(t) + Ki

    t0

    e(t)dt + Kdd

    dte(t) (2.8)

    Em queu e o sinal de controle ee e a diferenca entre a a referencia e a sada do processo (e(t) =

    r(t) y(t)). Kp, Ki e Kd sao os ganhos proporcional, integral e derivativo, respectivamente.

    2.8.1 Acao Proporcional

    SegundoVISIOLI(2006), para controladores Proporcionais, a acao de controle e proporcional

    ao erro de acordo com a Equacao2.9.

    u(t) =Kpe(t) =Kp(r(t) y(t) (2.9)

    Em que, Kp e o ganho proporcional que implementa a operacao de aumentar o sinal de

    controle quando o erro no processo.

    A maior desvantagem na utilizacao de controladores proporcionais puros e que ele produz

    um erro de regime permanente.

    6

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    2.9. PID Discreto

    2.8.2 Acao Integral

    A acao integral em um controlador gera uma sada proporcional a integral do err, ou seja:

    .u(t) =Ki t

    0e(t)dt (2.10)

    Em que Ki e o ganho integral, et0e(t)dt pode ser interpretado como um somatorio do erro

    do processo num dado intervalo de tempo.

    A presenca do integrador, ou seja, de um polo na origem do plano complexo, permite erro

    de regime permanente nulo para uma entrada em degrau.

    2.8.3 Acao Derivativa

    A acao derivativa e baseada em variacoes do erro. Uma acao ideal de controle derivativo

    pode ser expressa pela Equacao2.11.

    u(t) =Kdde(t)

    dt (2.11)

    Em que Kd e o ganho derivativo e de(t)

    dt representa a variacao do erro num dado intervalo

    de tempo.

    2.9 PID Discreto

    Para implementacao de um PID digital, pode-se realizar a transformada z da Equacao ??,

    dada pela Equacao:

    U(z) =

    Kp+

    Ki1 z1

    + Kd(1 z1)

    E(z) (2.12)

    Rearranjando-se a Equacao2.12e obtem-se

    U(z) =

    (Kp+ Ki+ Kd) + (Kp 2Kd)z

    1 + Kdz2

    1 z1

    E(z) (2.13)

    Definindo:

    Ki = Kp+ Ki+ Kd

    K2= Kp 2Kd (2.14)

    K3= Kd

    Assim, a Equacao2.12pode ser reescrita como observa-se na Equacao2.15.

    U(z) z1U(z) =

    Ki+ K2z1 + K3z

    2

    E(z) (2.15)

    De uma maneira geral, a funcao de transferencia de um controlador PID pode ser dada pela

    Equacao2.16,como se segue.

    C(z) =Kp+ Ci(z) + Cd(z) (2.16)

    7

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    2.9. PID Discreto

    Dependendo da aproximacao utilizada para a integral e a derivada, Ci(z) e Cd(z) podem

    assumir varias formas. Desse modo, a implementacao de um controlador PID digital pode ser

    obtida a partir de aproximacoes discretas. (DORF; BISHOP,2011)

    Essas aproximacoes sao chamadas de: forward differences,backward differencese bilinear deTustin.

    2.9.1 Aproximacao Foward Difference

    Esta aproximacao tem relacao entre o dominio s e o dominio z e dada por:

    s=z 1

    T (2.17)

    Para realizar o mapeamento do domnio continuo no discreto utilizando a aproximacao

    Foward Difference tem-se entao que a acao integral e:

    Ci(z) =KiT

    z 1 =Kp

    T

    Ti(z 1)=Kp

    1

    i(z 1) com i =

    TiT

    (2.18)

    E para calculo da acao derivativa:

    Cd(z) =Kdz 1

    T =KpTd

    z 1

    T =Kpd(z 1) com d=

    TdT

    (2.19)

    Dessa maneira tem-se que a equacao do controlador PID sera:

    C(z) =Kp+ Kp 1i(z 1)

    + Kpd(z 1) (2.20)

    Que pode ser expandido para:

    C(z) =Kpd

    z2 +

    1

    d

    z+

    id i+ 1

    d iz 1

    (2.21)

    A funcao de transferencia possui dois zeros reais ou complexos, um polo em z = 1 . Essa

    aproximacao possui uma implementacao problematica, uma vez que dela deriva uma funcao

    impropria. Desse modo, opta-se pela utilizacao das outras aproximacoes que nao apresentam tal

    problema.

    2.9.2 Aproximacao Backward Difference

    A transformacao Backward e uma das maneiras de mapear o eixo imaginario no circulo

    unitario. Porem, ao realizar este tipo de aproximacao, nem toda a regiao de estabilidade do

    planoz e utilizada, e portanto, para este metodo a regiao de estabilidade e menor que o circulo

    unitario.

    Nesta aproximacao a relacao entre o dominio s e o dominioz e dada por:

    s=z 1

    T s (2.22)

    8

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    2.9. PID Discreto

    Realizando-se a aproximacaoBackward Differencenum PID tem-se que os coeficientes Ci(z)

    e Cd(z) sao:

    Ci(z) =KiT z

    z 1=Kpz

    i(z 1) = (2.23)

    Cd(z) =Kdz 1

    T z =Kpd

    z+ 1

    z (2.24)

    Tem-se entao que a funcao do PID discreto utilizando a aproximacao Backward sera:

    C(z) =Kp(1 + 1

    i+ d)

    z2 1+2d1+ 1

    i+d

    z+ d1+ 1

    i+d

    z(z 1) (2.25)

    A funcao de transferencia possui dois zeros reais ou complexos, um polo emz = 1e um polo

    emz = 0

    2.9.3 Aproximacao Bilinear de Tustin

    Para esta aproximacao tem-se que a relacao entre o dominio s e o dominio z e dada por:

    s= 2

    T

    z 1

    z+ 1 (2.26)

    Realizando-se a aproximacao por Tustin num PID tem-se que os coeficientes Ci(z) e Cd(z)

    sao:

    Ci(z) =KiT

    2

    z+ 1

    z 1=Kp

    T

    2Ti

    z+ 1

    z 1=Kp

    1

    2i

    z

    i(z 1) com i =

    TiT

    (2.27)

    E para calculo da acao derivativa:

    Cd(z) =Kd2

    T

    z 1

    z+ 1=KpTd

    2

    T

    z 1

    z+ 1=Kpd2

    z 1

    z+ 1 com d=

    TdT

    (2.28)

    Dessa maneira tem-se que a equacao do controlador PID sera:

    C(z) =Kp+ Kp1

    2i

    z+ 1

    z 1

    + Kpd2z 1

    z+ 1

    (2.29)

    Que pode ser expandido para:

    C(z) =Kp

    1 +

    1

    2i+ 2d

    z2 +1i

    4d

    1 + 12i + 2dz+

    12i

    + 2d 1

    1 + 12i + 2d

    (z+ 1)(z 1) (2.30)

    A funcao de transferencia possui dois zeros reais ou complexos, um polo em z = 1e um polo

    emz = 1.

    9

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    2.10. Sintese de controlador por curva de reacao

    2.10 Sintese de controlador por curva de reacao

    Ziegler e Nichols desenvolveram um metodo de sintonia, chamado de metodo da curva de

    reacao, que e realizado em malha aberta. Em muitas aplicacoes reais, e mais facil e seguro

    utilizar este metodo em melha aberta do que forcar o sistema a se manter oscilando.

    O procedimento para se encontrar a curva de reacao consiste em aplicar uma variacao em

    degrau na planta em malha aberta. Com a curva de resposta do processo a esta pertubacao,

    que e chamada curva de reacao do processo, calcula-se a taxa de variacao, a inclinacao da

    reta tangente Sno ponto de inflexao, e o tempo morto do sistema , o tempo que a tangente

    intercepta o eixo do tempo. E importante ressalta que a variavel utilizada para o metodo e S,

    que denota a inclinacao normalizada, isto e, S = Sp , e p corresponde a variacao aplicada na

    entrada do sistema. O controlador e entao obtido da tabela de Curva de Reacao:

    Tabela 2.1: Metodo da Curva de Reacao

    Controlador Kp i dP 1

    S

    PI 0,9S

    3,33S

    PID 1,2S

    3,33 1S

    2.11 Filtro Digital

    Os sistemas praticos estao sujeitos a rudos e perturbacoes aleatorias que podem dificultar

    os procedimentos de analise. . Para contornar estes problemas tem-se recorrido a utilizacao

    de filtros, a fim de se capturar somente os sinais com as din amicas de interesse presentes no

    sistema. Filtrar um sinal e deixar passar pelo sistema a informacao de interesse e bloquear a

    informacao indesejada. Filtros podem ser aplicados nao somente para diminuir a influencia do

    rudo do processo, mas tambem para ?suavizar? o resultado de nao homogeneidade de misturas.

    Os filtros digitais garantem aspectos interessantes: repetibilidade, pois, diferentemente dos

    filtros analogicos, independem de tolerancias e sao invariantes no tempo (nao ha degradacao decomponentes eletronicos como capacitores e indutores); alterabilidade e modularidade.

    Um dos tipos mais comuns de filtro digital e o FIR (Finite Impulse Response), ou filtro de

    resposta ao impulso finita, caracterizado por uma resposta ao impulso que se torna nula ap os

    um tempo finito. Estes filtros apresentam funcoes de transferencia:

    Y(z)

    X(z) =

    Mk=0 akz

    (Mk)

    zM (2.31)

    Ou seja, cada amostra a ser filtrada zMk e multiplicada por um coeficiente ak, o somatorio

    de todas estas operacoes sera o sinal filtrado.

    10

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    Captulo3Desenvolvimento

    No presente capitulo serao relatados os materiais e metodos utilizados para desenvolvimentodo sistema de controle. Inicialmente e detalhado o processo de modelagem em caixa branca, a

    seguir e demonstra-se o processo de obtencao dos coeficientes de ganho para um controlador PID

    digital e dos ganhos para um controlador por realimentacao de estados. Por fim apresenta-se

    o desenvolvimento de cogido para implementacao do PID e do controle por realimentacao de

    estados na placa Arduino.

    3.1 Materiais Utilizados

    Software Matlab 2014bc

    Ferramenta Simulinkc

    Arduino UNO R3

    Circuito integrado L298

    Motor 12V - 80 rpm

    Estrutura metalica com polias

    Balanca digital de precisao

    Paqumetro

    A estrutura metalica foi desenvolvida com base de comprimento de 700mm, altura das barras

    verticais de 450mm, espacamento entre as barras verticais de 450mm, espessura das barras de

    30mm. Alem da confeccao em aco, pintou-se a estrutura com tinta preta de forma a evitar a

    oxidacao e assim melhorar a durabilidade da planta a longo prazo. Confeccionou-se um mancal,

    tres polias e tres cantoneiras em alumnio, para fixacao do motor e passagem dos cabos utilizados

    na suspensao da plataforma.

    O elemento atuador da planta e um motor CC com reducao mecanica interna que leva

    a rotacao de sada do motor para 80RP M com torque maximo de 3Kg/cm. Sua tensao de

    11

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    3.2. Modelagem do sistema

    alimentacao e de 12V, sendo sua corrente sem carga e de 100mA e a corrente maxima de

    500mA. O driver de controle utilizado para acionamento e inversao do sentido de rotacao foi

    um modulo que utiliza o CI de ponte H L298.

    Para a aquisicao da distancia da plataforma ao solo utilizou-se um sensor ultrassom modeloHC- SR04, que mede uma faixa de distancia de20a4000mm, com resolucao de3mm. Este sensor

    baseia-se no princpio de propagacao das ondas mecanicas, emitindo uma onda ultrassonica em

    uma direcao, que retorna ao encontrar algum obstaculo. Como a amostragem deste sensor ocorre

    antes da realizacao da medicao, este sensor e praticamente imune a efeitos de aliasing.

    Nesta plataforma o motor CC ira enrolar ou soltar o cabo de forma a alterar a altura da

    plataforma suspensa. A seguir sera detalhado a modelagem deste processo.

    3.2 Modelagem do sistema

    Inicialmente utilizou-se tecnica de caixa branca para modelagem do sistema. No equaciona-

    mento do sistema eletrico os parametros escolhidos se baseiam na estrutura do funcionamento de

    um motor CC, o mesmo sendo controlado pela corrente de armadura. Para modelagem do sis-

    tema mecanico utilizou-se de equacoes da mecanica newtoniana. Por fim uniu-se os dois sistemas

    para modelagem final da planta.

    3.2.1 Modelagem do sistema mecanico

    O Sistema mecanico do projeto foi modelado utilizando as leis de Newton-Euler, para tantoconsiderou-se o sistema visto na figura abaixo:

    Figura 3.1: Planta para controle de altura

    Na figura acima pode-se averiguar que o sistema possui uma polia fixa e uma polia m ovel

    para transmissao de movimento. Os dois elementos que atuam com forca no sistema sao o motor

    CC e a plataforma suspensa. A polia movel faz com que a tensao na corda seja dividida em 2,

    sendo que a componente desta tensao que e utilizada como torque de carga no motor depende

    do cosseno do angulo formado entre a polia da estrutura e a corda.

    12

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    3.2. Modelagem do sistema

    Assim tem-se que o torque de carga aplicado pelo sistema mecanico no motor e:

    Tc =mp g sen()

    2 Rm (3.1)

    Em que e o angulo formado entre a corda e a lateral da estrutura metalica. mp indica

    o somatorio da massa da polia e da plataforma, g e a aceleracao gravitacional e Rm e o raio

    da polia acoplada ao motor. O elemento sen() pode ser medido por trigonometria atraves da

    equacao:

    sen() = a

    a2 + (H h)2 (3.2)

    Em que h e a altura da plataforma ao chao, H e a altura da lateral da estrutura, e a e

    corresponde a metade do comprimento total da estrutura. A alturah pode ser determinada por:

    h= H

    (L Rm)2 a2 (3.3)

    Sendo o deslocamento angular da polia do motor e L o comprimento do cabo entre a polia

    da plataforma e a polia suspensa no cabo.

    Pode-se substituir a equacao 3.2na equacao 3.1encontrando-se entao a seguinte expressao

    para o torque de carga:

    Tc =mp g

    2

    a

    a2 + (H H

    (L Rm)2 a2)2

    Rm (3.4)

    3.2.2 Sistema eletrico

    Para o controle do motor decidiu-se pelo acionamento pela corrente de armadura. Por

    meio de uma tensao Va e gerada entao uma corrente que percorre a bobina do motor, como

    resposta a excitacao eletrica a esta bobina ocorre a geracao de torque exercido pelo eixo, que

    sera responsavel pela dinamica do processo. O esquema eletrico de um motor CC pode ser visto

    abaixo:

    Figura 3.2: Esquema de funcionamento motor CC

    Para motores de corrente contnua a indutancia de armadura normalmente tem valor baixo,

    e portanto pode ser desprezada no equacionamento. A equacao simplificada que caracteriza a

    transformacao da tensao eletrica em torque e:

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    3.2. Modelagem do sistema

    Tm = Ka VaRa

    (3.5)

    Em que:

    Ka e uma constante, que depende de caractersticas construtivas do motor

    Va e a tensao de entrada do sistema

    Ra e a resistencia de armadura

    Tm e o torque fornecido

    Para modelagem do motor para a planta de controle de altura inicialmente definiu-se a

    resistencia de armadura deste por meio de teste de rotor bloqueador, encontrando-se resistencia

    de15,51. O valor da indutancia pode ser desprezado devido a insignificancia de sua grandeza.

    A seguir alimentou-se o motor com uma tensao fixa de 8V, mediu-se no ampermetro uma

    correnteIa de 20mA, e com a utilizacao de um tacometro digital TC-5030 para monitoramento

    da velocidade de rotacao obteve-se medida de63.2rpm. Para aumentar a confianca no resultados

    posteriores aferiu-se novamente a rotacao do motor para uma excitacao de 11Ve com corrente

    de 30mA, obtendo-se entao a velocidade angula de 84.5rpm.

    Calculou-se entao a constante Ka atraves de:

    Ka = Earad (3.6)

    Sendo que Ea e:

    Ea= Va Ra Ia (3.7)

    Dessa maneira pode-se determinar que Ea foi de 7,7898V.

    E rad e dado por:

    rad = 2 rpm

    60 (3.8)

    Encontrou-se entao que rad = 6,6183rad/sSubstituindo-se as equacoes 3.7e 3.8em 3.6, encontra-se que Ka= 1,177

    3.2.3 Equacao Diferencial do Sistema

    Com a dinamica do sistema eletrico e do sistema mecanico definidos, pode-se obter a equacao

    que rege a dinamica da planta como um todo.

    O torque aplicado pelo motor ao sistema mecanico e:

    Tm=(Va Ka ) Ka

    Ra(3.9)

    Em que Va e a tensao aplicada nos terminais do motor, e e a velocidade do motor, dada

    em radianos por segundo.

    14

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    3.3. Validacao do Modelo

    O torque total aplicado no sistema e:

    Ttotal = Tmotor Tcarga Tatrito (3.10)

    O torque total do sistema e utilizado para gerar o movimento efetivo na polia do motor.

    Dessa forma tem-se que:

    =Ttotal

    J0(3.11)

    Em queJ0 e o momento de inercia do sistema. Transformando-se a equacao 3.11do domnio

    do tempo para o domnio da frequencia tem-se que:

    =Ttotal

    J0s e =

    TtotalJ0s2

    (3.12)

    Com pode-se calcular a altura da plataforma atraves de trigonometria, como demostrado

    na equacao 3.3. Assim pode-se calcular o torque de carga do sistema substituindo a equacao

    3.12na equacao 3.3e esta nas equacoes 3.1.

    Expressou-se a equacao diferencial do sistema na forma de diagrama de blocos implementado

    na ferramenta Simulink. Como utilizou-se a placa arduino para controle do processo, a tensao

    aplicada no motor e dada na forma de PWM (Pulse With Modulation), que tem valor de 0 a

    255 para uma tensao de 0 a 12 Volts. O modelo implementado pode ser visto abaixo na figura:

    Figura 3.3: Diagrama de blocos da planta de controle de altura

    O modelo da planta consiste essencialmente de um equilbrio entre o torque fornecido pelomotor e o torque de carga imposto pela plataforma suspensa. A forca que excede este equilbrio

    e entao transformada em aceleracao angular.

    3.3 Validacao do Modelo

    Apos desenvolvimento do modelo, utilizou-se a ferramenta simulink em conjunto com a to-

    olbox Arduino IO para realizar a validacao. Para tanto utilizou-se como entrada uma onda

    quadrada com frequencia de 0,1Hz e amplitude de 170, equivalente a 8Volts. Este sinal foi

    enviado ao modelo e a planta, e os sinais adquiridos plotados em conjunto, como pode ser vistoabaixo na figura3.4 :

    15

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    3.3. Validacao do Modelo

    Figura 3.4: Validacao do Modelo para um entrada do tipo onda quadrada de amplitude 170

    A utilizacao da onda quadrada permite verificar que a amplitude do sinal de sada do modelo,assim como sua constante de tempo, estao similares a da planta. Para avaliar se a dinamica

    da planta e corretamente representada pelo modelo realizou-se a validacao utilizando um sinal

    PRBS como visto na figura 3.5

    Figura 3.5: Sinal PRBS aplicado

    Aplicando-se este sinal na planta e no modelo obteve-se as seguintes curva:

    Figura 3.6: Validacao do utilizando rudo branco

    Nota-se pelo sinal da figura 3.6que embora o modelo nao represente com100%de fidelidade

    o sistema, a dinamica deste apresenta similaridades satisfatorias.

    16

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    3.4. Linearizacao do Modelo

    3.4 Linearizacao do Modelo

    Apos validacao, pode-se utilizar o modelo para desenvolvimento de controladores.

    Para tal fim inicialmente encontrou-se os pontos de equilbrio do sistema, que sao os pontos

    nos quais o sistema se encontra em estado estacionario. Matematicamente os pontos de equilbrio

    sao aqueles em que a derivada dos estados do sistema e igual a zero. Para encontrar estes pontos

    utilizou-se o comandotrimdo software Matlab em conjunto com o modelo da planta desenvolvido

    na ferramenta Simulink.

    A utilizacao do comando trim necessita da insercao de valores das condicoes iniciais dos

    estados em radianos, e do valor da sada em milmetros para essa mesma condicao inicial. Para

    as condicoes:

    x(0) =

    9,90

    e y(0) =

    1800

    (3.13)

    Encontrou-se como pontos de equilbrio:

    x=

    9,1131

    0

    , y=

    168,266

    e u=

    11,734

    (3.14)

    Sendo que o valor encontrado de dx e muito pequeno, e pode ser considerado 0. A seguir

    utilizou-se o comando linmod para linearizar o sistema proximos ao ponto de equilbrio en-

    contrado pelo comando trim. Os coeficientes da matriz de estados para o sistema linearizado

    sao:A=

    0 1

    0,0081 0,5768

    e B =

    0

    0,0210

    (3.15)

    C=

    15.2292 0

    e D=

    0

    (3.16)

    3.5 Escolha do perodo de amostragem

    Para escolha de um perodo de amostragem adequado para o sistema, utilizou-se como criterio

    a posicao dos polos desejados em malha fechada. Estes polos foram escolhidos atraves de criterios

    de desempenho ja obtidos na materia de teoria de controle, utilizou-se estes pois sabe-se que sao

    realizaveis. Os criterios foram:

    M P O= 15%

    Ts= 10 segundos

    Sabendo que o tempo de acomodacao de um sistema de segunda ordem e dado por:

    Ts = 4

    (3.17)

    Em que e a constante de tempo do sistema. Dessa maneira a constante de tempo do sistema

    sera2s. O perodo de amostragem do sistema deve ser pequeno o bastante para que seja possvel

    17

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    3.6. Discretizacao do sistema

    reconstruir o sinal amostrado com precisao, sem a presenca de aliasing, mas tambem deve

    ser grande o suficiente para que os polos do sistema no domnio z nao sejam alocados muito

    perto de 1, pois isso faz com que a dinamica destes polos se aproximem da de um integrador.

    Considerando-se as condicoes acima uma boa pratica para projeto e:

    5 T

    10 (3.18)

    Definiu-se o perodo de amostragem como sendo de de 110 da constante de tempo, aproximou-

    se o valor do perodo de amostragem para 0,25 segundos.

    3.6 Discretizacao do sistema

    Utilizando-se o perodo de amostragem = 0,25s mapeou-se a funcao em espaco de estados

    dada na secao 3.4emzutilizando a funcao c2d do software matlab. Os coeficientes da matriz

    de estados sao:

    A=

    0,9998 0,2328

    0,001897 0,8655

    (3.19)

    B =

    0,00062710,004899

    (3.20)

    C=

    15,23 0

    (3.21)

    D= 0 (3.22)

    3.6.1 Avaliacao do sistema em malha aberta

    Com o sistema ja discretizado, realizou-se a analise deste. Inicialmente avaliou-se a estabili-

    dade deste calculando os autovalores da matriz A, obtendo-se:

    eig(A) =

    0,99640,8688

    (3.23)

    Os autovalores da matriz A sao os polos do sistema, portanto, como estes sao maiores que

    1 e menores do que 1 o sistema e estavel.

    Utilizando-se a equacao 2.2,pode-se verificar que o sistema tem todos os estados control aveis,

    pois oo determinantes da matriz de controlabilidade tem valore de 5,999 105

    Para avaliacao da observabilidade substituiu-se as matrizes AeCna equacao 2.3, obtendo-se

    assim o valor de 53,9909, o que mostra que todos os estados do sistema sao observaveis.

    Avaliando-se o zeros do sistema, que esta em z = 0,9531, pode-se representar o sistema

    como funcao de transferencia na forma:

    Gz = 0,00955z+ 0,009102

    z2 1,865z+ 0,8657 (3.24)

    18

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    3.6. Discretizacao do sistema

    O Lugar das razes para Gz pode ser visto abaixo: Esta configuracao tem os seguintes

    Figura 3.7: Lugar das razes do sistema discretizado

    requisitos:

    Tempo de acomodacao: 35,39 segundos

    ganho DC: 39,3239

    Tambem avaliou-se este modelo em relacao sua resposta em frequencia. O diagrama de bode do

    sistema pode ser visto abaixo:

    Figura 3.8: Diagrama de bode do sistema

    Observa-se que a margem de fase do sistema e de 50,2 graus e a margem de ganho e de

    23,4dB

    19

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    3.7. Controladores

    3.7 Controladores

    Nesta secao e apresentado o desenvolvimento dos controladores utilizados na planta de con-

    trole de altura. Utilizou-se como formas de encontrar um controlador 3 metodos: a discretizacao

    de um controlador calculado no domnio continuo, a utilizacao da toolbox sisotoole o metodo

    polinomial:

    Como ja citado na secao3.5,definiu-se como criterios de desempenho a serem atendidos:

    M P O= 15%

    Ts= 10 segundos

    3.7.1 Discretizacao de controlador PID

    Na disciplina de Teoria de Controle desenvolveu-se um controlador PID atraves do metodo

    de curva de reacao (ziegler Nichols em malha aberta).

    Para obtencao deste controlador PID, aplicou-se uma entrada degrau no sistema em malha

    aberta. Tracou-se entao uma reta tangente ao ponto de inflexao do sinal.

    Apos a obtencao de e deSutilizou-se a tabela 2.1para encontrar os coeficientes do PID:

    Kp= 2.4 , Ki= 0,3692 e Kd= 0.024

    Discretizou-se este controlador atraves do metodo Backward Difference. Substituiu-se a

    equacao2.22na equacao para o pid analogico dada em2.8. Utilizou-se o software Matlab para

    para realizar esta operacao. Os ganhos para o PID discretizado foramKp= 3.4, Ki = 1,6 e Kd=0.33

    3.7.2 Projeto pelo Sisotool

    Para desenvolvimento do controlador utilizou-se o modelo linearizado calculado na se cao

    3.4. Importou-se o sistema discreto para o toolbox sisotool. Definiu-se a utilizacao de um PID

    utilizando a aproximacao backward.

    Figura 3.9: Projeto de controlador feito na toolbox sisotool

    Os ganhos encontrados para esta posicao de polos foram: Kp = 1,87 , Ki = 0,9 e Kd= 0,3

    20

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    3.8. Codigo PID

    3.8 Codigo PID

    Implementou-se um algortimo de PID para controle da planta na linguagem da placa Ar-

    duino, este pode ser visto no apendiceA.

    O funcionamento do Arduino baseia-se em duas funcoes principais do tipo void. Sao elas o

    setup() e oloop(). Sendo que sua operacao se inicia realizando os comandos presentes no setup()

    e permanece em execucao permanente das acoes presentes no loop().

    A inicializacao dosetupdefine que oTimer1, nativo do microcontrolador ATMEGA, realizara

    uma interrupcao a cada perodo de amostragem do filtro, definido em100Hz. Estabelece tambem

    os pinos necessarios para operacao do sensor ultrassom (13 e 12), a presenca de comunicacao

    serial com o computado e os pinos de controle do motor via ponte H (10 e 11).

    A funcao loop, de operacao continua, fica responsavel por definir os momentos em que a

    funcao filtro() sera executada e quando a funcao controla() ira operar. E necessario que o filtro

    realize oito amostras do sensor para que a funcao controla opere apenas uma vez. Tal configura-

    cao permite que o sinal enviado para a funcao controla opere com caractersticas mais proximas

    do comportamento da planta reduzindo significantemente o rudo proveniente do sensor. A

    interrupcao age entao incrementando contadores que sao comparados dentro do loop.

    A funcao filtro() foi implementada com o objetivo de aplicar um filtro digital do tipo FIR

    de quinta ordem no sinal proveniente do sensor ultrassom. A primeira operacao que este realiza

    e desconsiderar distancias superiores a 450 e inferiores a 50mm. Tais situacoes sao impossveis

    de se obter na planta.Concluda esta etapa, este apresenta um vetor com a leitura atual e cinco leituras anteriores

    realizadas pelo ultrassom. A essas amostras sao aplicados coeficientes obtidos a partir de do

    codigo contido no apendice ??, de modo a definir o sinal de dist ancia filtrado (distfilt). Os

    coeficientes do Filtro foram calculados para uma frequencia de corte de 5Hz e sao:

    B0=0,0264077249232381

    B1=0,140531362762416

    B2=0,333060912314346

    B3=0,333060912314346

    B4=0,140531362762416

    B5=0,0264077249232381

    Concluda a realizacao de 8 iteracoes da funcaofiltro(), a funcaocontrola() e entao executada

    baseada no erro presente entre o set pointe o sinal de distancia filtrado. O sinal de controleu

    e obtido a partir de:

    Kp eatual+Kd

    Ts (eatual eanterior) + Ki Ts

    eanteriores (3.25)

    21

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    3.8. Codigo PID

    O sinal de controle e entao avaliado para que seja definido em qual dos terminais da ponte

    H esse deve ser aplicado. Caso o sinal de controle supere a saturacao de 255 (PWM de 8 bits)

    o sinal de controle e entao substitudo pelo valor de 255.

    Em seguida o somatorio do erro, ou seja a integral do erro, e calculada. Caso ocorra saturacaodo sinal de controle o erro nao e somado, pois este pode gerar instabilidade no sistema por

    requerer um maior sinal de controle quando este nao pode ser fornecido ao sistema. Esta acao

    e conhecida comoAnti- Wind-up

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    Captulo4Resultados

    Apos pro jeto dos controladores avaliou-se na planta a resposta. No presente captulo seraoapresentados as imagens referentes a resposta do sistema para os controladores obtidos na secao

    anterior, assim como seus ndices de desempenho.

    A figura 4.1apresenta a rejeicao a pertubacao do sistema ao utilizar o controlador obtido

    atraves do SISOTOOL.

    Figura 4.1: Controlador no sisotool

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    Nota-se que a resposta da planta aparenta nao estar com erro de regime permanente igual a

    zero, tal fato se deve a resolucao do sensor, que e de 3 milmetros.

    A Figura 4.2 apresenta a resposta do sistema ao utilizar o controlador obtido atraves da

    discretizacao do controlador continuo obtido por curva de reacao.

    Figura 4.2: Controlador discretizadol

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    Captulo5Conclusoes

    No presente trabalho objetivou-se modelar o sistema da plataforma atuada por cabos eprojetar um controlador no dominioz para a mesma. Apos desenvolvimento da modelagem por

    caixa cinza, o modelo obtido foi validado, e este que mostrou-se coerente com o sistema, com

    resposta ao degrau similar ao da planta e resposta a um sinal do tipo ruido branco que remete

    a dinamica do sistema.

    Atraves da linearizacao do modelo, desenvolveu-se dois controladores para o sistema, um

    utilizando o toolbox SISOTOOL e outro utilizando a tecnica discretizacao em um PID ja exis-

    tente. Notou-se que o controlador projetado pelo sisotool apresenta resposta lenta, demorando a

    zerar o erro de regime permanente, porem com tempo de subida rapido. controlador discretizado

    apresenta resposta mais rapida , porem com maior overshoot.

    Em suma, pode-se desenvolver um modelo que representasse adequadamente o sistema e

    projetar um controlador que levasse o sistema a erro de regime nulo. Estes porem nao apresentam

    a melhor resposta devido a incerteza gerada pelo sensor, que tem resolucao de 3mm.

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    Referencias

    AGUIRRE, L. Introducao a identificacao de sistemas: tecnicas lineares e nao lineares aplicadas

    a sistemas reais. [S.l.: s.n.], 2007.

    CORREA, M. V.; AGUIRRE, L. Identificacao nao-linear caixa-cinza: uma revisao e novos

    resultados. SBA: Controle & Automacao, [S.l.], v.15, n.2, p.109126, Junho 2004.

    DORF, R. C.; BISHOP, R. H. Modern Control Systems. [S.l.]: Pearson Prentice Hall, 2011.

    MOUDGALYA, K. M. Digital Control. [S.l.: s.n.], 2007.

    ORENSTEIN, L. P.Procedimento para identificacao de sistemas dinamicos em ambiente indus-

    trial. 2013. Dissertacao (Mestrado em Ciencia da Computacao) Universidade Federal do

    Rio de Janeiro. Instituito Luiz Coimbra, Rio de Janeiro, RJ.

    PAGANOS, D. J. Teoria de Sistemas Amostrados e Controle Digital. Florianopolis, SC, 2010.

    ASTROM, K. J.; HAGGLUND, T. Advanced PID Control. [S.l.]: ISA, 2005.

    VISIOLI, A. Practical PID Control. 2006.ed. [S.l.]: Springer, 2006. (Advances in Industrial

    Control).

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    ApendiceACodigos

    #include

    #define trigger 13 // trigger do ultrassim, pindo que envia a onda mecanica.

    #define echo 12 // Echo ultrassom, pino que fica ligado enquanto a onda mecanica n~ao

    volatile float dist_filt=0;

    volatile int contador_ts=0,contador_tsf=0;

    const float ts_f=0.01;

    const float ts=0.08;

    float b[]={0.0264077249232381, 0.140531362762416, 0.333060912314346, 0.333060912314346, 0

    void setup() {

    Timer1.initialize(ts_f*1000000);

    Timer1.attachInterrupt(interrupcao,ts_f*1000000);

    contador_ts=0;

    pinMode(trigger,OUTPUT);// configura pino GATILHO como sada

    digitalWrite(trigger,LOW);

    delayMicroseconds(2);

    pinMode(echo,INPUT);// configura pino ECHO como entrada

    Serial.begin(9600);

    pinMode (10,OUTPUT);

    pinMode (11,OUTPUT);

    }

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    void loop() {

    if(contador_tsf){

    contador_tsf=0;

    filtro();

    }

    if(contador_ts==ts/ts_f){

    contador_ts=0;

    controla();

    }

    }

    void interrupcao(){

    contador_ts++;

    contador_tsf++;

    }

    float altura(){

    digitalWrite(trigger, HIGH);// disparar pulso

    delayMicroseconds(10); // tempo para envio de alguns pulsos

    digitalWrite(trigger, LOW);

    /* Rotina de convers~ao para altura */

    float tempo = pulseIn(echo, HIGH);// medir tempo de ida e volta do pulso ultrassonico

    return (tempo / 2.94 / 2); // calcular as distancias em mm

    }

    void filtro(){static int i_c=0;

    static float dist_vec[6]={0,0,0,0,0,0};

    int iter=i_c;

    float distancia=altura();

    //if(distancia>450) return;

    //if(distancia

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    dist_filt=0;

    for (int i=0;i0){

    y1=abs(u)+60;

    y2=0;

    if(y1>255){

    digitalWrite(10,HIGH);

    digitalWrite(11,LOW);

    }

    else{

    analogWrite(10,y1);

    analogWrite(11,y2);

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    }

    }

    else{

    y1=0;

    y2=abs(u)+60;

    if(y2>255){

    digitalWrite(11,HIGH);

    digitalWrite(10,LOW);

    }

    else{

    analogWrite(10,y1);

    analogWrite(11,y2);

    }

    }

    if ((u>=-255) && (u