contrato social

4
Contrato social (ou contratualismo) indica uma classe abrangente de teorias que tentam explicar os caminhos que levam as pessoas a formarem Estados e/ou manterem a ordem social. Essa noção de contrato traz implícito que as pessoas abrem mão de certos direitos para um governo ou outra autoridade a fim de obter as vantagens da ordem social. Nesse prisma, o contrato social seria um acordo entre os membros da sociedade , pelo qual reconhecem a autoridade, igualmente sobre todos, de um conjunto de regras, de um regime político ou de um governante. O ponto inicial da maior parte dessas teorias é o exame da condição humana na ausência de qualquer ordem social estruturada, normalmente chamada de "estado de natureza ". Nesse estado, as ações dos indivíduos estariam limitadas apenas por seu poder e sua consciência. Desse ponto em comum, os proponentes das teorias do contrato social tentam explicar, cada um a seu modo, como foi do interesse racional do indivíduo abdicar da liberdade que possuiria no estado de natureza para obter os benefícios da ordem política. As teorias sobre o contrato social se difundiram entre os séculos XVI e XVIII [1] como forma de explicar ou postular a origem legítima dos governos e, portanto, das obrigações políticas dos governados ou súditos. Thomas Hobbes (1651), John Locke (1689) e Jean-Jacques Rousseau (1762) são os mais famosos filósofos do contratualismo. Teóricos do contrato social, como Hobbes e Locke , postulavam um "estado de natureza" original em que não haveria nenhuma autoridade política e argumentavam que era do interesse de cada indivíduo entrar em acordo com os demais para estabelecer um governo comum. Os termos desse acordo é que determinariam a forma e alcance do governo estabelecido: absoluto, segundo Hobbes ; limitado constitucionalmente , segundo Locke. Na concepção não absolutista do poder, considerava-se que, caso o governo ultrapassasse os limites estipulados, o contrato estaria quebrado e os sujeitos teriam o direito de se rebelar. Recentemente, a tradição das teorias do contrato social ganhou nova força, principalmente nas obras do filósofo

Upload: 333jsptlf2jps2611

Post on 22-Dec-2015

6 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Contrato Social

Contrato social (ou contratualismo) indica uma classe abrangente de teorias que tentam explicar os caminhos que levam as pessoas a formarem Estados e/ou manterem a ordem social. Essa noção de contrato traz implícito que as pessoas abrem mão de certos direitos para um governo ou outra autoridade a fim de obter as vantagens da ordem social. Nesse prisma, o contrato social seria um acordo entre os membros da sociedade, pelo qual reconhecem a autoridade, igualmente sobre todos, de um conjunto de regras, de um regime político ou de um governante.

O ponto inicial da maior parte dessas teorias é o exame da condição humana na ausência de qualquer ordem social estruturada, normalmente chamada de "estado de natureza". Nesse estado, as ações dos indivíduos estariam limitadas apenas por seu poder e sua consciência. Desse ponto em comum, os proponentes das teorias do contrato social tentam explicar, cada um a seu modo, como foi do interesse racional do indivíduo abdicar da liberdade que possuiria no estado de natureza para obter os benefícios da ordem política.

As teorias sobre o contrato social se difundiram entre os séculos XVI e XVIII[1] como forma de explicar ou postular a origem legítima dos governos e, portanto, das obrigações políticas dos governados ou súditos. Thomas Hobbes (1651), John Locke (1689) e Jean-Jacques Rousseau (1762) são os mais famosos filósofos do contratualismo.

Teóricos do contrato social, como Hobbes e Locke, postulavam um "estado de natureza" original em que não haveria nenhuma autoridade política e argumentavam que era do interesse de cada indivíduo entrar em acordo com os demais para estabelecer um governo comum. Os termos desse acordo é que determinariam a forma e alcance do governo estabelecido: absoluto, segundo Hobbes; limitado constitucionalmente, segundo Locke. Na concepção não absolutista do poder, considerava-se que, caso o governo ultrapassasse os limites estipulados, o contrato estaria quebrado e os sujeitos teriam o direito de se rebelar.

Recentemente, a tradição das teorias do contrato social ganhou nova força, principalmente nas obras do filósofo político norte-americano John Rawls (1921-2002) sobre as questões da justiça distributiva e nas dos teóricos das 'escolhas racionais públicas' dos governantes e homens públicos, que discutem os limites da atividade do Estado. Na política contemporânea, a idéia de contrato social é por vezes utilizada para descrever os arranjos corporativistas pelos quais os grandes grupos de interesse dentro da sociedade aceitam colaborar com o governo. TEORIAS:

Thomas Hobbes e o 'Leviatã' (1675)

O primeiro filósofo moderno que articulou uma teoria contratualista detalhada foi Thomas Hobbes (1588-1679). Na obra Leviatã, explicou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de governos e sociedades

John Locke e o Segundo tratado sobre o governo civil (1682)

O modelo de Locke é, em sua estrutura, semelhante ao de Hobbes, entretanto, os dois autores tiram conclusões completamente diferentes no que concerne ao modo como nos submetemos a esse Estado Civil, nossa função nele e como se dá o estabelecimento do

Page 2: Contrato Social

contrato. Ambos iniciam seu pensamento focando num estado de natureza, que, através do contrato social, vai se tornar o estado civil.

Rousseau e O Contrato Social (1712)

No início, Jean-Jacques Rousseau questiona porque o homem vive em sociedade e porque se priva de sua liberdade. Vê num rei e seu povo o senhor e seu escravo, pois o interesse de um só homem será sempre o interesse privado. Os homens, para se conservarem, se agregam e formam um conjunto de forças com objetivo único.

A quebra do contrato social na atualidade

A OCDE assumiu este fato no mundo desenvolvido , também o governo inglês foi citado e inclusive o Occupy Wall Street foi causado por esta quebra no contrato social.

CONTRATUALISMO• É o nome de uma teoria política sobre a legitimidade da autoridade política - é uma justificação do Estado.• E ao mesmo tempo uma teoria ética sobre a origem e legitimidade das normas éticas.

3. CONTRATUALISMO2. A teoria política diz que a legitimidade da autoridade do governo deve derivar do consentimento dos governados.1.1 Esse consentimento tem origem num pacto (ou contrato). O chamado “contrato ou pacto social”2. A teoria moral do contratualismo diz que as normas e valores éticos tiram sua força normativa da idéia de um contrato ou pacto

4. História• Na República de Platão (360 a.C),Glaucon diz que a justiça é um pacto entre egoístas racionais.• Cicero (106-43 a.C.) colocou a mesma teoria no final da República Romana.

5. Contratualistas Contemporâneos• John Rawls• David Gauthier 6. •OS CONTRATUALISTAS SÃO CÉTICOS.• ELES NÃO TOMAM COMO

PONTO DEPARTIDA NENHUMA TEORIA METAFÍSICASOBRE A NATUREZA DO SER HUMANO.•OS HOMENS NÃO SÃO NEM BONS NEM MAUS.SOMOS NATURALMENTE INCLINADOS ABUSCAR O AUTO-INTERESSE: VIVEMOS PARACONTINUARMOS VIVOS E PASSARMOSADIANTE UMA CÓPIA DO CÓDIGO GENÉTICOQUE HERDAMOS.•CONSTAMOS DE UMA FERRAMENTEFANTÁSTICA PARA ISSO: A RACIONALIDADE –A CAPACIDADE CALCULADORA.

O contrato social é um acordo entre os membros de uma sociedade, pelo qualreconhecem a autoridade, igualmente sobre todos, de um conjunto de regras, de umregime político ou de um governante. O contrato social parte do pressuposto de que osindivíduos o irão respeitar. Esta idéia está ligada com a Teoria da obediência. As teoriassobre o contrato social se difundiram nos séculos XVI e XVII como forma de explicar oupostular a origem legítima dos governos e, portanto, das obrigações políticas dosgovernados ou súditos. Teóricos do contrato social, como Hobbes e Locke, postulavamum estado de natureza original em que não haveria nenhuma autoridade política eargumentavam que era do interesse de cada indivíduo entrar em acordo com os demaispara estabelecer um governo comum. Os termos desse acordo é que determinariam aforma e alcance do governo estabelecido: absoluto, segundo Hobbes, limitadoconstitucionalmente, segundo Locke. Na concepção não-absolutista do poder,considerava-se que, caso o governo ultrapassasse os limites estipulados, o contratoestaria quebrado e os sujeitos teriam o direito de se rebelar.

Page 3: Contrato Social