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1 CONTRATO 033R-01 PILHAS, BATERIAS, LUBRIFICANTES E EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS TECNOLOGIAS, LEGISLAÇÃO E CONDIÇÕES SÓCIO- POLÍTICO- ECONÔMICAS: SITUAÇÃO NO BRASIL. PRIMEIRA VERSÃO DO RELATÓRIO FINAL CONSULTOR: PEDRO UBIRATAN ESCOREL DE AZEVEDO AGOSTO DE 2.001

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CONTRATO 033R-01

PILHAS, BATERIAS, LUBRIFICANTES E EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS

TECNOLOGIAS, LEGISLAÇÃO E CONDIÇÕES SÓCIO- POLÍTICO- ECONÔMICAS: SITUAÇÃO NO

BRASIL.

PRIMEIRA VERSÃO DO RELATÓRIO FINAL

CONSULTOR:

PEDRO UBIRATAN ESCOREL DE AZEVEDO

AGOSTO DE 2.001

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APRESENTAÇÃO

A Rede Pan-americana de Manejo Ambiental de Resíduos - REPAMAR e a Rede

Brasileira de Manejo Ambiental de Resíduos - REBRAMAR, com a colaboração do

IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis e da

Agência da GTZ (Deutsche Gesellschaft Für Tecnhische Zusammenarbeit GmbH) no

Brasil estão desenvolvendo o projeto de manejo ambiental de resíduos de Pilhas e

baterias, Lubrificantes e Embalagens de agrotóxicos.

O presente documento contempla a primeira versão do relatório objeto do contrato

REPAMAR/GTZ, cujo objetivo é uma análise da situação, no Brasil, desses resíduos

quanto aos seguintes conteúdos:

a) aplicação de tecnologias e experiências;

b) instrumentos legais;

c) participação social;

d) capacitação para promover e executar as políticas de manejo ambiental; e

e) aplicação de instrumentos econômicos existentes e alternativos.

O trabalho desenvolveu-se no período de abril a agosto de 2001, de acordo com a

seguinte metodologia:

1) coleta de dados secundários;

2) participação em eventos de interesse;

3) entrevistas com representantes de cada setor;

4) remessa e recepção de questionário; e

5) compilação dos dados e análises.

Apesar das dificuldades encontradas, principalmente na resposta ao questionário,

cremos que o trabalho irá cumprir o seu objetivo maior, que é o de intercâmbio de

experiências e ampliação das possibilidades de consulta no nível da REPAMAR.

O relatório está estruturado por tipo de resíduo e, dentro deste, em dois aspectos:

um, denominado geral, que compreende tecnologias, participação social,

capacitação e instrumentos econômicos e outro relativo aos instrumentos legais, de

modo a facilitar a consulta pelos interessados.

O consultor está à disposição para quaisquer esclarecimentos.

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1.

PILHAS E BATERIAS

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1.1 – ASPECTOS GERAIS

1.1.1 – TIPOS DE PILHAS E BATERIAS

Pela excelência do conteúdo, adotamos neste relatório os entendimentos de acordo

com WOLFF, SCHWABE e LANG, em trabalho apresentado no IX Simpósio Luso-

Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental – SILUBESA, a respeito dos tipos de

pilhas e baterias, bem como as considerações de ordem geral que podem ser de

interesse para os demais membros da REPAMAR.

Segundo esses autores, ‘ as pilhas e baterias têm recebido especial atenção nos

últimos anos, no Brasil, dados os impactos que acarretam ao meio ambiente e à

saúde humana (BRENNIMAN, 1994; FISHBEIN, 1998;

MCMICHAEL&HENDERSON, 1998). Em sua constituição, elas guardam elementos

tóxicos, chamados metais pesados, que podem ser repassados, quando

descartados de forma inadequada, não só ao solo, como também à água, à

atmosfera e conseqüentemente, através da cadeia trófica, aos usuários desses

meios.

A falta de legislação específica vigente no país, até junho de 1999, fez com que o

poder público de alguns Estados brasileiros elaborassem projetos de lei com o intuito

de minimizar os impactos decorrentes desses dispositivos. Muitos desses projetos

não foram aprovados, mas iniciativas de empresas particulares e alguns órgãos

públicos fizeram com que coletores específicos para as pilhas e baterias fossem

instalados. No Rio de Janeiro, por exemplo, a coleta seletiva de pilhas acontece

desde julho de 1998, por iniciativa da Companhia Municipal de Limpeza Urbana -

Comlurb (DUART, 1998).

O Brasil ainda não dispõe de tecnologia para tratar esse tipo de lixo, mas agora, com

a aprovação da Resolução CONAMA no 257, os fabricantes ou importadores têm

sob sua responsabilidade a coleta, transporte e armazenamento, assim como a

reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada

das pilhas e baterias.´

O trabalho adota as seguintes definições e termos para pilhas e baterias:

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´A pilha é uma mini-usina portátil que transforma energia química em elétrica ( IPT,

1995). Essa mini-usina é composta de eletrodos, eletrólitos e outros materiais que

são adicionados para controlar ou conter as reações químicas dentro das pilhas

(RUSSEL, 1981; RENNIMAN, 1994; LYZNICKI et al. 1994). Entre os materiais

encontrados nas pilhas e baterias, estão o grafite, latão, plástico, papel, papelão e

aço. Os eletrólitos podem ser ácidos ou básicos, de acordo com o tipo de pilha. Já

os eletrodos são constituídos de uma variedade de metais, potencialmente

perigosos, que são os metais pesados. Na tabela 1 estão listados os materiais dos

eletrodos e eletrólitos encontrados nas pilhas domésticas. Graças às reações

químicas que acontecem entre as várias partes das pilhas e baterias é que funciona

a variada gama de produtos domésticos, industriais e automotivos que contribuem

para o nosso conforto diário.

Tabela 1 – Componentes químicos primários de pilhas domésticas

Tipo de Bateria Cátodo Ânodo Eletrólito

Alcalina Dióxido demanganês

Zinco Potássio e/ouhidróxido de sódio

Zinco-carbono Dióxido demanganês

Zinco Amônia e/ou cloretode zincoo

Óxido de mercúrio Óxido de mercúrio Zinco Potássio e/ouhidróxido de zinco

Aerada de zinco Oxigênio decorrentedo ar

Zinco Hidróxido depotássio

Óxido de prata Óxido de prata Zinco Potássio e/ouhidróxido de sódio

Lítio Vários óxidosmetálicos

Lítio Vários orgânicose/ou soluçõessalinas

Níquel cádmio(recarregável)

Óxido de níquel Cádmio Potássio e/ouhidróxido de sódio

Chumbo-ácido(selada)

Óxido de chumbo Chumbo Ácido sulfúrico

Fonte: LYZNICKI et al. 1990.

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Os termos "pilhas" e "baterias" são empregados concomitantemente (BRENNIMAN,

1994). A distinção técnica entre elas reside no fato de a pilha, também chamada de

célula (cell), representar a unidade mais simples, ou seja, unidade mínima. Ela é

constituída de um ânodo (polo negativo) e um cátodo (polo positivo), mergulhados

no eletrólito que facilita a reação química entre os dois eletrodos (BRENNIMAN,

1994; RUSSEL, 1981; SLABAUGH & PARSONS, 1983). Várias pilhas ligadas em

série, ou seja, o conjunto de células formam uma bateria (EVEREADY, 1999; NBR

9514/86).

No Brasil, ao contrário de outros países de primeiro mundo, a distinção entre pilha e

bateria é feita de acordo com o emprego dado à mesma. O termo “bateria” é mais

comumente empregado ��exceto as baterias de celulares ��para os dispositivos

utilizados em uma variedade de aplicações industriais ��automóveis, barcos,

motocicletas, equipamentos médicos especializados, equipamentos de resposta

militar e de emergência �. Já o termo “pilha” é empregado para os dispositivos de uso

doméstico.

Nos países de primeiro mundo o termo “bateria” é empregado tanto para os

dispositivos automotivos quanto domésticos.

As pilhas têm forma, tamanho e voltagem diferentes. As formas mais comuns são as

cilíndricas, retangulares, botões e moedas. Quanto ao tamanho, elas podem ser

palito (AAA), pequeno (AA), médio (C) e grande (D) (OCCIDENTAL SCHOOLS).

A classificação da pilha é feita também baseada em seu sistema eletroquímico.

Cada sistema pode ter mais de uma categoria, que é representada por uma letra do

alfabeto, impresso na pilha. As categorias podem ser A, C, F, L, M, N, R e S (IPT,

1995; NBR 9514/86).

Existem duas grandes categorias de pilhas e baterias: úmidas (wet cell battery) e

secas (dry cell battery). As baterias de chumbo-ácido são as baterias úmidas mais

comuns e eram inicialmente usadas somente em automóveis. Nelas o eletrólito é um

líquido. As pilhas secas são também conhecidas como não-automotivas ou baterias

domésticas (FISHBEIN, 1998). O eletrólito, nesse tipo de pilha, apresenta-se na

forma de pasta, gel ou outra matriz sólida (LYZNICKI et al. 1990; MENDES & SILVA,

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1994). Hoje, as pilhas secas mais populares são a de zinco-carbono e a alcalina de

manganês.´

Na Tabela 2, a seguir, temos os usos mais comuns das pilhas e baterias por tipo. 1.1.2

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1.1.2 – PRODUÇÃO E IMPORTAÇÃO DE PILHAS E BATERIAS NO BRASIL

De acordo com dados do MMA/IBAMA, o volume anual de produção e importação de

pilhas e baterias é o que consta dos Gráficos 1 e 2 a seguir:

Gráfico 1 – Produção e Importação total – ano de 2.000

Gráfico 2 – Produção e Importação total – ano de 2.001

É conveniente lembrar que, das pilhas e baterias produzidas no Brasil ou importadas

de outros países, apenas parte é considerada como resíduo perigoso, o que não

significa falta de controle na deposição final. As pilhas e baterias domésticas que

atendam os teores do artigo 6o da Resolução CONAMA 279/99 podem ser

depositadas em aterro sanitário licenciado.

Maiores cuidados devem ser tomados com as pilhas e baterias compostas de Níquel

cádmio (NI-cd) e chumbo ácido (Pb-ác)

TOTAL DE IMPORTAÇÕES E DE PRODUÇÃO PARA O CADASTRO 2000

427055899

702025031

1399047954

2796071693

0 500000000 1000000000 1500000000 2000000000 2500000000 3000000000

Total de Importações em2000

Total de Importaçõesprevistas para2000

Total de produção em2000

Total produção previstopara 2000

Tip

os

de

Pilh

as e

Bat

eria

s

Quantidades (unidades)

TOTAL DE IMPORTAÇÃO E PRODUÇÃO 2001

372211500

739315120

1,478E+09

2,957E+09

0 500000000 1000000000 1500000000 2000000000 2500000000 3000000000 3500000000

Total de Importação para 2001

Total Importação previsto para2001

Total de Produção em 2001

Total de Produção prevista para2001.

Pro

du

ção

e Im

po

rtaç

ão

Quantidade (unidades)

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Os Gráficos 3 e 4 fornecem os volumes de produção brasileira nos anos de 2.000 e

2.001 por tipo de produto.

Quadro 3– Produção brasileira estimada para 2.000 por tipo

Quadro 4 – Produção brasileira estimada para 2.001 por tipo

Verifica-se pelo exame dos gráficos acima que as baterias do tipo Ni-Cd não mais

têm sido produzidas no Brasil nos últimos dois anos. No entanto, as importações

deste tipo de produto ainda são significativas, conforme indicam os Gráficos 5 e 6.

PRODUÇÃO 2000 (Estimativa 2001)

4189640

382530652

21399916

456785 6021911

0 50000000 100000000 150000000 200000000 250000000 300000000 350000000 400000000 450000000

Baterias Pb-ác

Baterias Ni-Cd

Baterias Ni-MH

Baterias Li

Pilhas Alcalinas

Pilhas Zn-Mn

Tip

os

de

Pilh

as e

Bat

eria

s

Quantidades (unidades)

PRODUÇÃO 2000

60150

379479174

6500000

2180800011957551

0 50000000 1E+08 1,5E+08 2E+08 2,5E+08 3E+08 3,5E+08 4E+08

Baterias PB-ác

Baterias Ni-Cd

Baterias Li

Bateria Ni-H

Pilha Alcalina

Baterias Alcalinas

Pilhas Zn-Mn

Tip

os

de

Pilh

as e

Bat

eria

s)

Quantidades (unidades)

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Gráfico 5 – Importações de pilhas e baterias por tipo, ano de 2.000

Gráfico 6 – Importações de pilhas e baterias por tipo, ano de 2.001

Pelo gráfico acima, vemos que a quantidade de pilhas e baterias do tipo Ni-Cd e

baterias Pb-ác, importadas no ano de 2.001 deve ultrapassar 3 milhões de

unidades. Para dar conta deste passivo ambiental, o setor produtivo foi chamado a

participar do processo, como relatado no item seguinte.

IMPORTAÇÃO 1999 (previsão para 2000)

28240

13718

661792

359000

0 1 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0

P i l h a s Z n - A r

P i l h a d e L i

P i l h a N i - H

P i l h a N I - C d

P i l h a M n O 2

Z n - M n

C a r b o n o - Z n

Tip

os

de

Pilh

as e

Bat

eria

s

Qunatidade (unidades)

IMPORTAÇÕES 20011617158

11636557

5107880

7131208

1957040

1346125

30028274918

0 5000000 10000000 15000000

Baterias Pb-ác

Baterias Ni-Cd

Baterias Ni-MH

Baterias íon-Li

Pilhas Ni-Cd

Pilhas MnO2

Pilhas Lí

Pilha de Zn - Air

Tip

os

de

Pilh

as e

Bat

eria

s

Quantidade (unidades)

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1.1.3 – REUNIÃO DE ACOMPANHAMENTO MMA/ABINEE

O segmento de pilhas e baterias está fundamentalmente ligado à indústria elétrica e

eletrônica brasileira. Por isso, o papel da Associação Brasileira da Indústria Elétrica

e Eletrônica – ABINEE tem sido de fundamental importância na compreensão e

aderência do projeto quanto a este tipo de resíduo.

Em 15 de maio de 2.001 foi realizada uma reunião de avaliação do segmento de

pilhas e baterias, no auditório da ABINEE em São Paulo, com vários participantes

(ver Anexo 1, lista de participantes). Promovida no âmbito do Projeto de Redução de

Riscos Ambientais da Diretoria do Programa de Proteção e Melhoria da Qualidade

Ambiental da Secretaria de Qualidade Ambiental e Assentamentos Humanos do

Ministério do Meio Ambiente, esta reunião teve como objetivo ouvir dos fabricantes e

interessados o que cada uma das empresas está fazendo em termos tecnológicos e

de disposição final desses resíduos. A seguir, um breve resumo das principais

informações, de acordo com o tipo de produto fabricado ou importado, não

necessariamente na ordem das apresentações.

a) Baterias de telefones celulares

• Motorola do Brasil –

Expositor: Luiz Carlos Ceolato -> [email protected]

A Motorola conta com 1.500 postos de coleta de baterias de celulares no Brasil,

localizados em lojas, empresas operadoras-parceiras (TELESP/BCP) e agências dos

correios. A divulgação é feita pela mídia e em parceria com os correios por meio de

envelopes pré-pagos. Estima a quantidade de coleta em aproximadamente 40

toneladas de baterias de celulares, entre baterias de níquel-cádmio, níquel-metal

hidreto e íon de lítio. Pretende utilizar a reciclagem como forma de destino final,

remetendo o produto para uma planta na França, onde se desenvolvem processos

de reciclagem, hidro ou pirometalúrgico. Para tanto, interpreta que a Convenção da

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Basiléia (da qual os Estados Unidos, sede da Motorola, não são signatários) proíbe

exportar resíduo perigoso e não produto (bateria usada) perigoso.

As baterias de celulares pesam de 90 a 150 gramas e não mais fabricam ni-cd, só

ni-metal hidreto e íon de lítio que não têm metais pesados.

Apontou como dificuldades: Baterias ilegais (contrabando/camelôs) e restrições

(tributárias) em determinados estados (SP)

• Samsung do Brasil

Expositor: Paulo Lessa -> [email protected]

A Samsung trabalha com a tecnologia CDMA. Possui 41 unidades de assistência

técnica e 376 postos de coleta. Divulga pela internet. Optou pela incineração

como forma de disposição final. O volume comercial para incineradores é de 25

toneladas. Por enquanto, recolheu 1 tonelada, cerca de 2% do volume

produzido.

b) Pilhas e baterias diversificadas (domésticas e especiais)

• Panasonic do Brasil

Expositor: José Mariano Filho –

A Panasonic e a Microlite detêm a quase totalidade do mercado. As pilhas

domésticas podem ser dispostas em aterros sanitários. São consideradas resíduos

perigosos as baterias de ni-cad (utilizadas em filmadoras) e chumbo (pb) ácido

(utilizadas em câmeras fotográficas e brinquedos). Não foram divulgados pelo

expositor dados de proodução e comercialização por sigilo comercial. A Panasonic

possui 3.026 postos de coleta no Brasil, sendo 1.025 em São PauloP, formados

por Assistências Técnicas, Revendedores e Supermercados. Possui uma rede de

494 oficinas. Esses postos de coleta são instalados e operados a custo zero para os

comerciantes. O percentual de recolhimento está em torno de 11% do volume

comercializado para baterias Ni-cd e em torno de 4% para baterias de pb-ác,

num peso total estimado de aproximadamente 4 toneladas.

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A disposição final é feita em um aterro para resíduos classe I (perigosos), da

empresa Ecossistema em São José dos Campos, onde fica a fábrica da Panasonic.

• Sony do Brasil

Expositor: Daniel Iglézia -> [email protected]

Forneceu dados sobre a produção de baterias para produtos eletrônicos;

Ni-cad: 60.000 unidades/ano

Ion de lítio: 45.000 unidades/ano

Lítio de celular: 115.000 unidades/ano

Disse que o passivo ambiental deverá ser eliminado no período 2001/2002. Possui

550 postos autorizados no Brasil. Não tem relação com os magazines (lojas).

Destinação pretendida: reciclagem nos EUA (INMETCO – Pitsburgh)

Temporariamente, a SONY tentou dispor os resíduos em São José dos Campos, no

aterro Classe I da Ecossistema. O CADRI não foi emitido pela CETESB-Taubaté

porque há uma lei do município que proíbe a recepção de resíduos de fábricas

situadas fora de seu território. Atualmente deposita em um aterro industrial da

Suzaquim em Tremembé-SP, Sazra.Diz que há rumores de que a França não mais

iria receber pilhas e baterias.Citou problemas com a emissão de nota fiscal deste

tipo de resíduo.Estimou recolher de 50 a 60 kg. de baterias/mês, prevendo 2

toneladas/ano

c) Outras manifestações dos participantes

Terminadas as exposições técnicas, houve manifestações das autoridades:

O Sr. João Batista Drummond Câmara, do IBAMA

([email protected]) apresentou o projeto da REBRAMAR e da

REPAMAR aos participantes do encontro. Ponderou ainda que a ANATEL e

operadoreas devem discutir temas tecnológicos econômicos e jurídicos. Citou como

um grande problema o contrabando de pilhas e baterias sem qualquer tipo de

origem ou controle, que atinge de 50 a 60% do volume. Sugeriu o controle sobre os

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importadores de pilhas pela Confederação Nacional do Comércio, além de

campanhas publicitárias e maior eficácia na coleta. Observou que deve haver

intercâmbio dos fabricantes de pilhas (Panasonico, Microlite e Gilette).

Após essas exposições e a intervenção dos fabricantes de baterias automotivas (que

reciclam praticamente 100% da produção) e as considerações finais do Sr.

Reinaldo Vasconcelos, do Ministério do Meio Ambiente

([email protected]) , esta autoridade – de comum acordo com o

Sr. Aurélio Barbato da ABINEE (auré[email protected]) , incumbido-se este de

acompanhar o assunto – fez as seguintes ponderações:

• Devem ser centralizadas na ABINEE (por intermédio do Grupo de Trabalho-

GT do Meio Ambiente) as estratégias para discutir os assuntos de pilhas e

baterias, tais como atualizar os dados sobre coleta, problemas fiscais e

destinação.

• A interlocução com o MMA e o setor deve se dar por intermédio do GT-MA-

ABINEE

• Há necessidade de uniformizar algumas legislações por que há estados mais

restritivos como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

1.1.4 - QUESTIONÁRIO REMETIDO E RESPONDIDO PELO GT-MEIO AMBIENTE DA ABINEE

Após o citado encontro, remetemos um questionário à ABINEE que, por intermédio

do Sr. Aurélio Barbato, o respondeu. Passamos a seguir a transcrevê-lo da forma

como respondido (cópia das correspondências constitui o Anexo 2). As respostas

estão em itálico/negrito.

“A Rede Brasileira de Manejo Ambiental de Resíduos-REBRAMAR e a Rede

Panamericana de Manejo Ambiental de Resíduos, com a colaboração do IBAMA -

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis e a Agência

da GTZ (Deutsche Gesssellschaft Für Technhische Zusammenarbeit GmbH) no

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Brasil estão desenvolvendo o projeto de manejo ambiental de Pilhas e Baterias,

Lubrificantes e embalagens de agrotóxicos.

Em continuidade aos contatos realizados com os participantes do GT, solicita as

seguintes informações relativas o setor de pilhas e baterias:

As frases precedidas de "R "indicam resposta.

a) Aspectos legais:

a.1) na opinião do GT Meio Ambiente Pilhas e Baterias, a legislação ambiental que

trata do tema pilhas e baterias está sendo cumprida a contento pelo setor ?

R.a 1: A Resolução N 257 e a 263 estão sendo acompanhadas e cumpridas a

contento pelas empresas do GT Meio Ambiente Pilhas e Baterias.

a.2) quais os principais problemas relativos à legislação que, na opinião do setor,

podem comprometer o manejo ambiental dos resíduos de pilhas e baterias ?

R.2.1: O GT Meio Ambiente Pilhas e Baterias tem agido em busca de uma

solução coordenada com o MMA; Ao contrário, os diversos atos e iniciativas

particulares dos estados e municípios estão dificultando a execução de um

procedimento único, em âmbito nacional, já regulamentado pelas mencionadas

Resoluções.

quais as possíveis soluções para melhorar esta situação ?

R.2.2.: O GT Meio Ambiente Pilhas e Baterias entende que é extremamente

necessária e desejável maior interação entre o MMA e o IBAMA com os Órgãos

Estaduais de Meio Ambiente, e os ''Orgãos Municipais de Meio Ambiente, e de

coordenação com a Receita Federal, visando a desburocratização da

documentação para a circulação de pilhas e baterias usadas, passíveis de

recolhimento, a caminho dos locais indicados pelos fabricantes/importadores;

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O GT Meio Ambiente Pilhas e Baterias ressalta que compete ao SISNAMA, que

congrega instâncias representativas de todos os estados do País, fazer

gestões junto aos governos estaduais e municipais para que prevaleça a

legislação federal: Resoluções 257 e 263.

É altamente desejável que exista legislação uniforme, clara e coerente, que não

impeça a atuação das empresas do Setor em âmbito nacional, seja na questão

de pesquisa, produção, comercialização, recebimento de pilhas e baterias

usadas passíveis de recolhimento e sua destinação final adequada;

b) Instrumentos econômicos:

b.1) quais são os instrumentos econômicos apropriados para programas de coleta e

reciclagem, na opinião do setor ?

R.b.1.: A eliminação de impostos, taxas, entraves burocráticos ( CAT 17 do

Estado de São Paulo);

b.2 ) qual a experiência do setor na aplicação desses instrumentos ? mencionar

instâncias que os desenvolveram e indicadores de desempenho.

R.b.2: Pode-se afirmar que entre as empresas participantes do GT Meio

Ambiente Pilhas e Baterias, cada uma, individualmente, dentro de suas

peculiaridades, está implementando, em consonância com as diretrizes e

política ambiental da próprias, os mecanismos de adequação à Resolução 257

e 263; elaboradas pelo CONAMA;

c) tecnologias

c.1) quais as principais alternativas tecnológicas para manejo ambiental desses

resíduos ?

R.c.1: Reciclagem, aterro industrial e incineração;

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c.2) quais as estimativas de custo na instalação/operação dessas tecnologias (por

tonelada de resíduo) ?

R.c.2. Dados não disponíveis.

c.3) quais instituições interessadas ou que realizam esses estudos no setor?

R.c.3. Quanto às alternativas tecnológicas: Universidades, Institutos de

Pesquisa; quanto às estimativas de investimentos necessários para viabilizar

um projeto, não há dados.

c.4) qual a aceitação social dessas tecnologias ?

R.c.4: Não há subsídios para avaliar esta questão;

d) participação social

R.d.0.: As empresas estão divulgando informações relativas às pilhas e

baterias em todos os seus impressos, folhetos, cartazetes, manuais,

embalagens, Sites de Internet, telefone 0800, revendedores autorizados,

distribuidores, postos de assistência técnica autorizados, nas

caixas/envelopes/urnas para recebimento de pilhas e baterias usadas

passíveis de recolhimento e baterias usadas, nas quais consta aviso aos

consumidores, etiqueta/simbologia indicativa na embalagem ou em alguns

casos, nas próprias baterias, simbologia que acompanha os impressos

alusivos ao produto, treinamentos aos profissionais das empresas e das

operadoras, seminários, apresentações e palestras;

d.1) há estudos para identificar estratégias de participação dos revendedores e

consumidores de pilhas e baterias na implementação de programas de

coleta/reciclagem de pilhas e baterias ?

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R.d.1: O GT Meio Ambiente Pilhas e Baterias pode asseverar que está

implantado e satisfatoriamente operacionalizado o envolvimento e participação

desses agentes no programa;

d.2) identificar as experiências, instituições promotoras e materiais de apoio

utilizados pelo setor.

R.d.2: Vide R.d.0 ( as empresas encaminharam ao MMA e ao IBAMA

exemplares de impressos, folhetos, manuais, caixas/urnas de recebimento de

pilhas e baterias usadas passíveis de recolhimento e baterias ,

d.3) quais os indicadores de desempenho da participação social ?

R.d.3: Considerando o alto índice de produtos pirateados e contrabandeados

não há dados precisos para confrontação;

O Setor considera altamente necessário que, em função da criação do

Cadastro Nacional de Fabricantes e Importadores, seja realizado um controle

mais rigoroso das importações e nas fronteiras e portos uma ação mais

veemente para coibir o contrabando.

e) capacitação

e.1) quais as principais experiências de capacitação para impulsionar programas

relacionados à redução de riscos provenientes dos resíduos de pilhas e baterias ?

R.e.1.: Os fabricantes e importadores filiados à Entidade estão atentos aos

avanços tecnológicos que visem à redução de resíduos.

e.2) quais as principais instâncias públicas e privadas envolvidas com a capacitação

do setor?

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e.3) quais os principais programas e materiais desenvolvidos para apoiar a

capacitação ? identificar instrumentos desenvolvidos para avaliar as atividades e

materiais de capacitação.

R.e.3: As empresas participantes do GT Meio Ambiente Pilhas e Baterias têm

divulgado sistematicamente informações relativas às pilhas e baterias em

todos os seus impressos, folhetos, cartazes, manuais, embalagem, Internet,

0800, postos de assistência técnica, com urnas, aviso aos consumidores,

etiqueta no corpo da baterias, Site do MMA, simbologia que acompanha do

produto, treinamentos aos profissionais das empresas e das operadoras;

1.1.5 - INFORMAÇÕES DA ABINEE E DOS FABRICANTES.

No site da ABINEE (www.abinee.org.br), há uma página específica para orientação

dos seus associados a respeito do tema pilhas e baterias. O teor do informativo é

integralmente transcrito no Quadro 1, a seguir:

Quadro 1 – Informativo constante do site da ABINEE

Sem Agressões ao Meio Ambiente

No que depender das indústrias de pilhas e baterias representadas pela ABINEE -Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, o meio ambiente no Brasil estaráprotegido.

Essas empresas investiram em pesquisa e tecnologia e reduziram a quantidade de metaispotencialmente perigosos na maioria dos seus produtos. No caso das pilhas e baterias, cujacomposição ainda não atenda a legislação, os fabricantes e importadores estão definindo aestratégia de recolhimento do produto esgotado, a partir de julho de 2000.

Com tais iniciativas, são atendidas as exigências do CONAMA - Conselho Nacional do MeioAmbiente, nas Resoluções 257/99 e 263/99.

Desde agosto de 1997, as indústrias de pilhas e baterias filiadas à ABINEE têm participadode diversas reuniões com órgãos governamentais (nos âmbitos municipal, estadual efederal), entidades civis e organismos não governamentais para discutir a questão dareciclagem, reutilização e disposição final de pilhas e baterias.

O resultado do amplo debate que incluiu diferentes setores da sociedade é a Resolução 257publicada pelo CONAMA, em 22 de julho de 1999. Essa regulamentação, complementada

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em 22 de dezembro de 1999 pela Resolução 263, estabeleceu duas referências que limitama quantidade de metais potencialmente perigosos usados na composição dos produtos. Aprimeira está em vigor desde janeiro de 2000 e a segunda será válida a partir de janeiro de2001.

As pilhas comuns e alcalinas, comercializadas pelas indústrias representadas pela ABINEE,já atendem os limites estabelecidos pelo CONAMA para 2001. Isto aconteceu graças aoinvestimento realizado pelas empresas que, desde a última década, desenvolverampesquisas e tecnologia para controlar e reduzir o nível de poluentes desses produtos.

Utilizadas em lanternas, rádios, brinquedos, aparelhos de controle remoto, equipamentosfotográficos, pagers e walkman, as pilhas comuns e alcalinas possuem um mercado noBrasil que soma cerca de 800 milhões de unidades/ano. E como não oferecem risco à saúdee nem ao meio ambiente, depois de esgotadas elas podem ser dispostas junto com osresíduos domiciliares.

O mesmo destino devem ter as pilhas e baterias especiais compostas pelos sistemas níquel-metal-hidreto, íons de lítio, lítio e zinco-ar e, também, as do tipo botão ou miniatura. Elas nãoproduzem nenhum dano e também podem ser dispostas no lixo doméstico.

A recomendação para o descarte desses dois grupos de pilhas vale somente para osprodutos em conformidade com as determinações da Resoluções 257 e 263. As empresasalertam para os cuidados que se deve ter com as pilhas e baterias falsificadas ou importadasilegalmente que, na maioria das vezes, não atendem as especificações corretas.

Tratamento especial

O artigo 1º da Resolução 257 confere tratamento especial para as pilhas e baterias quecontenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, acima dosníveis estabelecidos nos artigos 5º e 6º. Elas devem ser entregues, após seu esgotamentoenergético, pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede deassistência técnica autorizada pelas indústrias. A obrigatoriedade entra em vigor a partir de22 de julho de 2000. Os fabricantes e importadores já estão definindo a estratégia ideal pararealizar o recolhimento. Também é deles a responsabilidade pelo tratamento final dosprodutos que deverá ser ecologicamente correta e obedecer a legislação.

Serão devolvidas as seguintes pilhas e baterias: de chumbo ácido, voltadas ao uso industriale veicular (estas já possuem um esquema de coleta e reciclagem funcionando); de níquelcádmio, utilizadas principalmente em telefones celulares e aparelhos que usam pilhas ebaterias recarregáveis; e as de óxido de mercúrio, as quais não são produzidas e nemimportadas pelas empresas do grupo técnico de pilhas e lanternas da ABINEE.

Como os distribuidores e consumidores poderão distinguir as pilhas e baterias que devemser devolvidas, daquelas que podem ser dispostas no lixo doméstico? Uma identificação naembalagem do produto trará o símbolo indicando o destino correto.

Artigos em destaque das Resoluções 257 e 263

Art. 1º - As pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seuscompostos, destinadas a quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, que asrequeiram para o seu pleno funcionamento, bem como os produtos eletroeletrônicos que ascontenham integradas em sua estrutura de forma não substituível deverão, após o seu esgotamentoenergético, ser entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede deassistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou

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importadores, para que estes adotem, diretamente ou através de terceiros, os procedimentos dereutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada.

Art. 5º - A partir de 1º de janeiro de 2000, a fabricação, importação e comercialização de pilhas ebaterias deverão atender aos limites estabelecidos a seguir:

I. com até 0,025% em peso de mercúrio, quando forem do tipo zinco-manganês e alcalina-manganês;

II. com até 0,025% em peso de cádmio, quando forem do tipo zinco-manganês e alcalinamanganês;

III. com até 0,400% em peso de chumbo, quando forem do tipo zinco-manganês e alcalina-manganês;

IV. com até 25 mg de mercúrio por elemento, quando forem do tipo pilhas miniaturas e botão.

Art. 6º - A partir de 1º de janeiro de 2001, a fabricação, importação e comercialização de pilhase baterias deverão atender aos limites estabelecidos a seguir:

I. com até 0,010% em peso de mercúrio, quando forem do tipo zinco-manganês ealcalina-manganês;

II. com até 0,015% em peso de cádmio, quando forem do tipo zinco-manganês ealcalina-manganês;

III. com até 0,200% em peso de chumbo, quando forem do tipos alcalina-manganês ezinco-manganês;

IV. com até 25 mg de mercúrio por elemento, quando forem do tipo pilhas miniaturas ebotão. (inciso acrescido pela Resolução 263).

Art. 13º - As pilhas e baterias que atenderem aos limites previstos no art. 6º poderão derdispostas, juntamente com os resíduos domiciliares, em aterros sanitários licenciados.

Parágrafo único - Os fabricantes e importadores deverão identificar os produtos descritos nocaput deste artigo, mediante a aposição nas embalagens e, quando couber, nos produtos, desímbolo que permita ao usuário distinguí-los dos demais tipos de pilhas e bateriascomercializados.

Dos fabricantes de pilhas, pudemos observar que a Panasonic do Brasil põe à

disposição no seu site (www.panasonic.com.br) informações importantes para

consumidores e revendedores. No Quadro 2, a seguir, o inteiro teor desse

informativo.

Quadro 2 – Informativo da Panasonic do Brasil

INFORMATIVO N° 01- PANASONIC DO BRASIL Ltda. E PANASONIC DAAMAZONIA S/A REFERENTE À RESOLUÇÃO CONAMA N° 257/99 DE 30.06.99

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PUBLICADA D.O.U 22.07.99 E RESOLUÇÃO N° 263/99 DE 12.11.99 PUBLICADANO D.O.U EM 22.12.99 ( Este informativo é composto de 2 folhas numeradassequêncialmente a partir do n° 1 )

OBJETIVO: ORIENTAR CONSUMIDORES, ASSISTÊNCIAS TÉCNICAS EREVENDEDORES DE PRODUTOS MARCA PANASONIC E A SOCIEDADE EMGERAL SOBRE A RECICLAGEM, REUTILIZAÇÃO E DISPOSIÇÃO FINAL DEPILHAS E BATERIAS MARCA PANASONIC COMERCIALIZADAS PELAPANASONIC DO BRASIL Ltda. E PELA PANASONIC DA AMAZONIA S/A. APANASONIC DO BRASIL Ltda. Produtora e importadora de pilhas e bateriasportáteis e industriais e de produtos eletroeletrônicos e a PANASONIC DAAMAZONIA S/A, produtora e importadora de produtos eletroeletrônicos informam:

1) Conteúdo completo do ARTIGO 1° da Resolução N°257/99 acima: "As pilhas ebaterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio, e seuscompostos, destinadas a quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas,móveis ou fixos, que as requeiram para o seu pleno funcionamento, bem como osprodutos eletroeletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de formanão substituível deverão, após seu esgotamento energético, ser entregues pelosusuários aos estabelecimento que as comercializam ou à rede de assistênciatécnica autorizada pelas respectivas indústrias, os procedimentos de reutilização,reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada".2) Exemplos de pilhas e baterias abrangidas pelo art. 1°, da resolução n° 257/99 ouseja, aquelas que deverão ter um tratamento especial: Pilhas e baterias de chumbo- ácido ventiladas ou seladas : baterias industriais, baterias veiculares, etc... Pilhase baterias de níquel-cádmio: baterias industriais, baterias de telefone celular,baterias de telefones sem fio, etc... Baterias de óxido de mercúrio DESTINAÇÃO -USUÁRIOS DEVOLVEM, APÓS USO, AOS ESTABELECIMENTOS QUE ASCOMERCIALIZAM OU À REDE DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA REPASSEAOS FABRICANTES OU IMPORTADORES.3) Exemplos de pilhas e baterias produzidas ou importadas pela Panasonic do BrasilLtda. e comercializadas com a marca PANASONIC que não necessitam ter umtratamento especial, ou seja, que podem ser dispostas no lixo doméstico, poisatendem os limites previstos nos artigos 5° e 6° da resolução N° 257/99 e o limiteprevisto no artigo 1° da Resolução 263/99 e também atendem o artigo 13° daResolução 257/99: Pilhas e Baterias portáteis dos tipos zinco - manganês modelos:Grande ( D ), Médio ( C ), Pequeno ( AA ), Palito ( AAA ); Pilhas e Baterias portáteisdois tipos alcalina - manganês modelos: Grande ( D ), Médio ( C ), Pequeno ( AA ),Palito ( AAA ), Mini, ( N ), 6V ( BATERIA ), 9V ( BATERIA ), 12V ( BATERIA ) e dostipos miniaturas e botão; Pilhas e Baterias dos tipos: níquel - metal hidreto, lithium,lithium-ion, zinco-ar e dos tipos miniaturas e botão. DESTINAÇÃO - USUÁRIOSDESCARTAM, APÓS USO, NO LIXO DOMÉSTICO.4) Como os distribuidores, consumidores e usuários poderão mais facilmentediferenciar as pilhas e baterias marca Panasonic que deverão ser devolvidas aofabricante/importador, daquelas que podem ser descartadas no lixo doméstico?As pilhas e baterias, assim como os produtos eletroeletrônicos, marca Panasonic,que contenham pilhas no seu interior, que são comercializados pela Panasonic doBrasil Ltda. serão identificadas a partir de julho/2000, no máximo, mediante acolocação de símbolos (s) nas embalagens de pilhas / baterias e nos manuais dosprodutos eletroeletrônicos que permitem ao usuário e ao comércio diferenciar as

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que deverão ser devolvidas ao fabricante / importador das que poderão serdispostas no lixo doméstico. Os símbolos que serão usados pela Panasonic terãovárias opções ( dependendo do local e cor da embalagem ) conforme estãoapresentados nas figuras abaixo:Símbolo 1: Pilhas e baterias que , após uso, podem ser dispostas no lixo doméstico:

Símbolo 2: Pilhas e baterias que , após uso, deverão ser devolvidas à rede deassistência técnica ou revendedores Pansonic para ser encaminhadaposteriormente à Panasonic do Brasil Ltda.:

Símbolo 3: Símbolo que identifica o produto ( substância ) que pode ser reciclada.Ele pode acompanhar o símbolo 2:

5) Além dos símbolos acima, a Panasonic terá nas suas embalagens, nos seusmateriais publicitários de pilhas / baterias e no manual de instrução dos seusaparelhos eletroeletrônicos recomendações escritas em atendimento às Resoluções25/99 e 263/99. 23 de dezembro de 1999FIM DO INFORMATIVO N° 1 DA PANASONIC DO BRASIL Ltda.

Apresentado o aspecto geral a respeito, passamos a indicar os instrumentos legais

existentes para, no item subseqüente, apresentar o resumo conclusivo do segmento

pilhas e baterias.

1.2 – INSTRUMENTOS LEGAIS

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No Brasil, a destinação das pilhas e baterias usadas tem um regime federal, dado

pelas Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA números

257 e 263, ambas editadas no ano de 1.999.

Considerando que é esta uma república federativa, os Estados e Municípios

também editam leis e normas ambientais específicas, já que a proteção do ambiente

é competência comum (no âmbito administrativo) e competência concorrente (no

âmbito legislativo) dos três níveis de governo. Trataremos aqui das normas federais

pelo seu caráter geral lembrando que há normas específicas que podem ser até

mais restritivas no âmbito dos Estados e Municípios.

A seguir, o texto integral das Resoluções CONAMA 257 e 263/99.

1.2 - Legislação

Resolução Nº 257, de 30 de junho de 1999.

O Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama, no uso das atribuições e

competências que lhe são conferidas pela Lei no 6.938, de 31 de agosto de

1981 e pelo Decreto no 99.274, de 6 de junho de 1990, e conforme o disposto

em seu Regimento Interno, e

Considerando os impactos negativos causados ao meio ambiente pelo descarte

inadequado de pilhas e baterias usadas;

Considerando a necessidade de se disciplinar o descarte e o gerenciamento

ambientalmente adequado de pilhas e baterias usadas, no que tange à coleta,

reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final;

Considerando que tais resíduos além de continuarem sem destinação

adequada e contaminando o ambiente necessitam, por suas especificidades,

de procedimentos especiais ou diferenciados, resolve:

Art. 1o As pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo,

cádmio, mercúrio e seus compostos, necessárias ao funcionamento de

quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como

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os produtos eletro-eletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura

de forma não substituível, após seu esgotamento energético, serão entregues

pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de

assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos

fabricantes ou importadores, para que estes adotem, diretamente ou por meio

de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou

disposição final ambientalmente adequada.

Parágrafo Único. As baterias industriais constituídas de chumbo, cádmio e seus

compostos, destinadas a telecomunicações, usinas elétricas, sistemas

ininterruptos de fornecimento de energia, alarme, segurança, movimentação de

cargas ou pessoas, partida de motores diesel e uso geral industrial, após seu

esgotamento energético, deverão ser entregues pelo usuário ao fabricante ou

ao importador ou ao distribuidor da bateria, observado o mesmo sistema

químico, para os procedimentos referidos no caput deste artigo.

Art. 2o Para os fins do disposto nesta Resolução, considera-se:

I - bateria: conjunto de pilhas ou acumuladores recarregáveis interligados

convenientemente.(NBR 7039/87);

II - pilha: gerador eletroquímico de energia elétrica, mediante conversão

geralmente irreversível de energia química.(NBR 7039/87);

III - acumulador chumbo–ácido: acumulador no qual o material ativo das placas

positivas é constituído por compostos de chumbo, e os das placas negativas

essencialmente por chumbo, sendo o eletrólito uma solução de ácido sulfúrico.

(NBR 7039/87);

IV - acumulador (elétrico): dispositivo eletroquímico constituído de um

elemento, eletrólito e caixa, que armazena, sob forma de energia química a

energia elétrica que lhe seja fornecida e que a restitui quando ligado a um

circuito consumidor.(NBR 7039/87);

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V - baterias industriais: são consideradas baterias de aplicação industrial,

aquelas que se destinam a aplicações estacionárias, tais como

telecomunicações, usinas elétricas, sistemas ininterruptos de fornecimento de

energia, alarme e segurança, uso geral industrial e para partidas de motores

diesel, ou ainda tracionárias, tais como as utilizadas para movimentação de

cargas ou pessoas e carros elétricos;

VI - baterias veiculares: são consideradas baterias de aplicação veicular

aquelas utilizadas para partidas de sistemas propulsores e/ou como principal

fonte de energia em veículos automotores de locomoção em meio terrestre,

aquático e aéreo, inclusive de tratores, equipamentos de construção, cadeiras

de roda e assemelhados;

VII - pilhas e baterias portáteis: são consideradas pilhas e baterias portáteis

aquelas utilizadas em telefonia, e equipamentos eletro-eletrônicos, tais como

jogos, brinquedos, ferramentas elétricas portáteis, informática, lanternas,

equipamentos fotográficos, rádios, aparelhos de som, relógios, agendas

eletrônicas, barbeadores, instrumentos de medição, de aferição, equipamentos

médicos e outros;

VIII - pilhas e baterias de aplicação especial: são consideradas pilhas e baterias

de aplicação especial aquelas utilizadas em aplicações específicas de caráter

científico, médico ou militar e aquelas que sejam parte integrante de circuitos

eletro-eletrônicos para exercer funções que requeiram energia elétrica

ininterrupta em caso de fonte de energia primária sofrer alguma falha ou

flutuação momentânea.

Art. 3o Os estabelecimentos que comercializam os produtos descritos no art.1o,

bem como a rede de assistência técnica autorizada pelos fabricantes e

importadores desses produtos, ficam obrigados a aceitar dos usuários a

devolução das unidades usadas, cujas características sejam similares àquelas

comercializadas, com vistas aos procedimentos referidos no art. 1o.

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Art. 4o As pilhas e baterias recebidas na forma do artigo anterior serão

acondicionadas adequadamente e armazenadas de forma segregada,

obedecidas as normas ambientais e de saúde pública pertinentes, bem como

as recomendações definidas pelos fabricantes ou importadores, até o seu

repasse a estes últimos.

Art. 5o A partir de 1o de janeiro de 2000, a fabricação, importação e

comercialização de pilhas e baterias deverão atender aos limites estabelecidos

a seguir:

I - com até 0,025% em peso de mercúrio, quando forem do tipo zinco-

manganês e alcalina-manganês;

II - com até 0,025% em peso de cádmio, quando forem do tipo zinco-manganês

e alcalina-manganês;

III - com até 0,400% em peso de chumbo, quando forem do tipo zinco-

manganês e alcalina-manganês;

IV - com até 25 mg de mercúrio por elemento, quando forem do tipo pilhas

miniaturas e botão.

Art. 6o A partir de 1o de janeiro de 2001, a fabricação, importação e

comercialização de pilhas e baterias deverão atender aos limites estabelecidos

a seguir:

I - com até 0,010% em peso de mercúrio, quando forem do tipo zinco-

manganês e alcalina-manganês;

II - com até 0,015% em peso de cádmio, quando forem dos tipos alcalina-

manganês e zinco-manganês;

III - com até 0,200% em peso de chumbo, quando forem dos tipos alcalina-

manganês e zinco-manganês.

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Art. 7o Os fabricantes dos produtos abrangidos por esta Resolução deverão

conduzir estudos para substituir as substâncias tóxicas potencialmente

perigosas neles contidas ou reduzir o teor das mesmas, até os valores mais

baixos viáveis tecnologicamente.

Art. 8o Ficam proibidas as seguintes formas de destinação final de pilhas e

baterias usadas de quaisquer tipos ou características:

I - lançamento "in natura" a céu aberto, tanto em áreas urbanas como rurais;

II - queima a céu aberto ou em recipientes, instalações ou equipamentos não

adequados, conforme legislação vigente;

III - lançamento em corpos d'água, praias, manguezais, terrenos baldios, poços

ou cacimbas, cavidades subterrâneas, em redes de drenagem de águas

pluviais, esgotos, eletricidade ou telefone, mesmo que abandonadas, ou em

áreas sujeitas à inundação.

Art. 9o No prazo de um ano a partir da data de vigência desta resolução, nas

matérias publicitárias, e nas embalagens ou produtos descritos no art. 1o

deverão constar, de forma visível, as advertências sobre os riscos à saúde

humana e ao meio ambiente, bem como a necessidade de, após seu uso,

serem devolvidos aos revendedores ou à rede de assistência técnica

autorizada para repasse aos fabricantes ou importadores.

Art. 10 Os fabricantes devem proceder gestões no sentido de que a

incorporação de pilhas e baterias, em determinados aparelhos, somente seja

efetivada na condição de poderem ser facilmente substituídas pelos

consumidores após sua utilização, possibilitando o seu descarte

independentemente dos aparelhos.

Art. 11. Os fabricantes, os importadores, a rede autorizada de assistência

técnica e os comerciantes de pilhas e baterias descritas no art. 1o ficam

obrigados a, no prazo de doze meses contados a partir da vigência desta

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resolução, implantar os mecanismos operacionais para a coleta, transporte e

armazenamento.

Art. 12. Os fabricantes e os importadores de pilhas e baterias descritas no art.

1o ficam obrigados a, no prazo de vinte e quatro meses, contados a partir da

vigência desta Resolução, implantar os sistemas de reutilização, reciclagem,

tratamento ou disposição final, obedecida a legislação em vigor.

Art. 13. As pilhas e baterias que atenderem aos limites previstos no artigo 6o

poderão ser dispostas, juntamente com os resíduos domiciliares, em aterros

sanitários licenciados.

Parágrafo Único. Os fabricantes e importadores deverão identificar os produtos

descritos no caput deste artigo, mediante a aposição nas embalagens e,

quando couber, nos produtos, de símbolo que permita ao usuário distinguí-los

dos demais tipos de pilhas e baterias comercializados.

Art. 14. A reutilização, reciclagem, tratamento ou a disposição final das pilhas e

baterias abrangidas por esta resolução, realizadas diretamente pelo fabricante

ou por terceiros, deverão ser processadas de forma tecnicamente segura e

adequada, com vistas a evitar riscos à saúde humana e ao meio ambiente,

principalmente no que tange ao manuseio dos resíduos pelos seres humanos,

filtragem do ar, tratamento de efluentes e cuidados com o solo, observadas as

normas ambientais, especialmente no que se refere ao licenciamento da

atividade.

Parágrafo Único. Na impossibilidade de reutilização ou reciclagem das pilhas e

baterias descritas no art. 1o, a destinação final por destruição térmica deverá

obedecer as condições técnicas previstas na NBR - 11175 - Incineração de

Resíduos Sólidos Perigosos - e os padrões de qualidade do ar estabelecidos

pela Resolução Conama no 03, de 28 de junho de l990.

Art. 15. Compete aos órgãos integrantes do SISNAMA, dentro do limite de suas

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competências, a fiscalização relativa ao cumprimento das disposições desta

resolução.

Art. 16. O não cumprimento das obrigações previstas nesta Resolução sujeitará

os infratores às penalidades previstas nas Leis no 6.938, de 31 de agosto de

1981, e no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

Art. 17. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Resolução No 263, de 12 de Novembro de 1999

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das

atribuições e competências que lhe são conferidas pela Lei no 6.938, de 31 de

agosto de 1981, e pelo Decreto no 99.274, de 6 de junho de 1990, e conforme o

disposto em seu Regimento Interno, e;

Considerando a necessidade de tornar explícita no Art. 6º da Resolução

Conama n.º 257, de 30 de junho de 1999, a consideração do limite

estabelecido no Art. 5º, inciso IV, da referida Resolução, para as pilhas

miniatura e botão, resolve:

Atr.1º. Incluir no Art. 6º da Resolução Conama n.º 257, de 30 de junho de 1999,

o inciso IV, com a seguinte redação:

"IV – com até 25 mg de mercúrio por elemento, quando forem do tipo pilhas

miniatura e botão."

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

1.3 – PILHAS E BATERIAS: PRINCIPAIS CONCLUSÕES

Pelo dados obtidos e apresentados nos itens precedentes, as principais

conclusões acerca do manejo ambiental dos resíduos de pilhas e baterias no

Brasil são as seguintes:

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a) as tecnologias vêm avançando bastante e, hoje, pode-se dizer que o setor

estará, no médio prazo, eliminando resíduos perigosos de pilhas e baterias, por

uma imposição de consumo mundial. No entanto, as dificuldades de reciclagem

(realizável somente fora do país) levam à solução de deposição em aterro ou

incineração, com alto custo e segurança questionável, em face do volume que

chega à disposição final adequada;

b) os instrumentos legais parecem adequados e têm sido cumpridos. No

entanto, a possibilidade de deposição de pilhas e baterias dentro de um

determinado padrão em aterros sanitários licenciados pode gerar problemas

porque a fiscalização desses aterros é difícil. Melhor seria que todo o material

de pilhas e baterias fosse disposto em local próprio. Por outro lado, a

Resolução CONAMA 257/99 não estabelece prazo para a modificação do

processo produtivo (artigo 7o ), o que seria desejável;

c) há entraves fiscais na aplicação dos instrumentos econômicos. Alguns

estados exigem notas para circulação desses resíduos, o que deverá ser

eliminado em breve. Por outro lado, o contrabando é um fator que tira

completamente do controle formal a comercialização e deposição adequada

das pilhas e baterias;

d) o percentual de retorno de pilhas e baterias ao fabricante ainda é muito baixo

(em torno de 11 % do volume produzido). Apenas o setor de baterias

atuomotivas constitui exceção, com 98% de recolhimento. Nesse passo, falta

divulgação de locais de recepção de pilhas e baterias, devendo ser estimulada

uma campanha na mídia e, também, um acordo com lojas, magazines e

supermercados para recebimento de qualquer tipo de pilha e bateria;

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2.

LUBRIFICANTES

2.1 – ASPECTOS GERAIS

Diferentemente do setor de pilhas e baterias, o setor de lubrificantes usados tem

vem sendo desenvolvido há mais tempo.

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Há uma característica que torna este resíduo diferenciado. Trata-se de um resíduo

com potencial econômico elevado, proveniente de uma fonte não renovável

(petróleo). Além disso, os teores de óleo no petróleo brasileiro são baixos (em torno

de 5%, diferentemente do petróleo extraído no Oriente Médio, por exemplo, onde

este teor situa-se em cerca de 11%). Assim, o potencial econômico da reciclagem é

muito mais alto.

De acordo com os dados obtidos junto ao Sindicato Nacional da Indústria do

Rerrefino de Óleos Minerais – SINDIRREFINO, através de seu Diretor Secretário Sr.

Luiz Carlos Trecenti ([email protected]) existe tecnologia para o completo

rerrefino de óleos lubrificantes no Brasil.

O referido senhor é um dos diretores do Grupo LWART, que detém cerca de 50% do

mercado de rerrefino no Brasil. O processo de rerrefino em suas principais etapas

consta do Anexo 2, CD-Rom do Grupo LWART.

No Brasil são produzidos cerca de 900 milhões de litros de óleo por ano. Deste total,

510 milhões são consumidos pela queima ou uso. Sobram 390 milhões de litros de

resíduo por ano, dos quais, hoje, são coletados cerca de 180 milhões. Há portanto

um déficit de 210 milhões de litros de óleo não coletado, que se perde por dispersão

ou é usado clandestinamente para queima.

Hoje já existe tecnologia para o rerrefino, bastando, segundo o setor, uma maior

fiscalização e uma expansão das plantas específicas.

Quanto aos instrumentos econômicos, basta que haja uma política estável de preços

para os produtos do rerrefino no mercado nacional.

Em termos de divulgação, há um outro problema relevante. As distribuidoras, que

são as grandes usuárias do rerrefino, utilizam esse material (óleo spindle) em

compostos lubrificantes mas tem receio que o consumidor saiba que estes

componentes integram seus produtos. Trata-se, na verdade, da necessidade de se

esclarecer o consumidor de que o óleo lubrificante proveniente do rerrefino é tão

bom quanto aquele proveniente do primeiro refino.

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Nos Estados Unidos, já há óleos lubrificantes com “selo de rerrefino” e este pode

ser um caminho a ser trilhado para eliminar este que, na verdade, é um simples

preconceito no eixo consumidor-fabricante.

2.1.1 - QUESTIONÁRIO REMETIDO E RESPONDIDO PELO SR. PRESIDENTE DO

SINDIRREFINO

A seguir, reporduzimos o inteiro teor da responsta do SINDIRREFINO ao

questionário remetido, em transcrição integral.

SINDICATO NACIONAL DA INDÚSTRIA DOSINDICATO NACIONAL DA INDÚSTRIA DORERREFINO DE ÓLEOS MINERAISRERREFINO DE ÓLEOS MINERAIS

Av. Paulista, 1313 - FIESP - 8º andar conj.811 - Fone/Fax (011) 285.5498CEP 01311-923 - São Paulo - SP

São Paulo, 29 de Agosto de 2001

OFÍCIO N.º 33/01OFÍCIO N.º 33/01

Prezado Senhor

Fazemos menção ao texto do E.Mail que Vossa Senhoriaendereçou ao Sr. Luís Carlos Trecenti, Diretor de nossa Associada LWARTLUBRIFICANTES LTDA e que passamos a responder, a pedido da referida empresa,destacando:

a) Aspectos Legais:a) Aspectos Legais:

a .1 ) Na opinião do setor, a legislação ambiental que trata do tema delubrificantes está sendo cumprida a contento pelo setor?

Resposta:

A legislação que regulamenta a atividade de produtor de óleos lubrificantes, sofreu em1999, substancial alteração quando se introduziu a responsabilidade dos Produtores, pelaColeta e destinação adequada ao óleo usado. Múltiplos foram os fatores que determinaramessa inovação:

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- inclusão dos óleos usados ou contaminados na classificação de produtos perigosos porapresentarem toxidade;

- implementação das diretrizes que já estavam fixadas na Resolução Conama 09/93, de quetodo óleo usado deveria ser recolhido e destinado ao meio adequado de reciclagem.

- Determinação de que o meio de reciclagem prioritária para o óleo usado regenerável, é orerrefino, com obtenção de óleos básicos especificados;

- Criação de normas técnicas que fixaram parâmetros para os diversos graus de viscosidadedos óleos básicos obtidos pelo processo de Rerrefino;

- Criação da figura do Coletor de óleo usado com obrigações claras de entregar o produtocoletado ao rerrefino;

- Criação de documentos de controle de retirada, circulação e entrega do óleo usado aomeio de reciclagem autorizado, rotulados de “Certificado de Coleta” e “Certificado deRecebimento”, o primeiro com eficácia de nota fiscal;

- Conscientização das autoridades, em especial a Curadoria do Meio Ambiente, quanto aosmalefícios causados pelo eventual destino do óleo usado, para outros fins que não areciclagem , especialmente a queima em maçaricos e fornos de olaria ;

Esses mecanismos de controle, estão atrelados a informes que devem serprestados à Agência Nacional do Petróleo ANP, trimestralmente, pelas Produtoras,Coletores e Rerrefinadores. Há um Grupo de Trabalho criado pela Portaria Interministerial01/99, com atribuições de acompanhar a implementação das diretrizes legais relacionadascom a Coleta, Transporte e Armazenamento dos óleos usados.

A ANP, recentemente, (15 de agosto) disponibilizou ao Grupo de Trabalho,os dados de Coleta recebidos de todas as empresas, no período outubro/99 a junho/ 2001.Esses dados estão sendo cotejados e eventuais distorções apuradas deverão resultar em açõesfiscalizatórias dirigidas. Contudo, até o presente momento não foram realizadas.

A Coleta dos óleos usados, atendendo ao comando da legislação vemcumprindo metas. Iniciou-se com o recolhimento de 20,0% sobre o volume de lubrificantescomercializados. Em outubro de 2000, esse percentual subiu para 25% e a partir de outubropf deverá alcançar 30,0%.

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Como o setor está conseguindo cumprir referidas metas, estamosconsiderando que a legislação está sendo atendida.

a . 2) Quais os principais problemas relativos à legislação que, na opinião dosetor, podem comprometer o manejo ambiental dos resíduos de lubrificantes? Quais as possíveis soluções para melhorar esta situação. ?

Resposta

Somos de opinião que a atual legislação criou uma interface muitoimportante entre o Produtor de Lubrificante e as Fontes geradoras de óleo usado, além daparticipação dos Coletores e Rerrefinadores. O critério legal está se revelando muito eficaz,faltando apenas alguns pequenos ajustes, como por exemplo o atendimento das normas porparte de redes de Supermercados, Concessionárias e Super Trocas de óleo.

Esses seguimentos, já estão sendo chamados a dar esclarecimentos sobresuas atividades, junto a Curadoria do Meio Ambiente, porque do descumprimento dalegislação de regência, pode resultar dano ambiental irreparável. Julgamos que oprosseguimento das ações de esclarecimento, em especial a implementada pelo MinistérioPúblico, poderá resultar em aspectos importantes no cumprimento da legislação.

b) - Instrumentos Econômicosb) - Instrumentos Econômicos.

b.1 ) Quais são os instrumentos econômicos apropriados para programas decoleta e reciclagem, na opinião do setor ?

O custeio da coleta do óleo usado sempre esteve a cargo das empresasrerrefinadoras. Até março de 1989, isto era possível graças ao mecanismo tributário(imposto único) que vigorou no País e que incidia apenas nos óleos básicos de primeirorefino, enquanto os rerrefinados gozavam de isenção. Esse benefício fiscal permitia garantiro custeio da coleta que a rigor deveria ser imputado à sociedade. Isto porque o óleo usadorepresenta um rejeito gerado por essa mesma sociedade e a quem competiria responder peloseu custeio.

Não podendo subestimar os riscos para a saúde e o meio ambientedecorrente de um eventual bloqueio ou paralisia do sistema de coleta e reciclagem, ogoverno por meio da Portaria Interministerial 01 de 29 de julho de 1999, atribuiu ao produtor,ao importador, ao revendedor e ao consumidor final, a responsabilidade pelo recolhimento edestinação final do óleo usado ou contaminado (arts. 1º e 2º). Assim, esses agentes passarama responder pelos encargos financeiros decorrentes da coleta.

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Entretanto, julgamos que o setor de Rerrefino, por se constituir no meio dereciclagem adequado conforme expressamente fixado pela legislação, deveria contar comFinanciamentos específicos a longo prazo, para capital de giro e aquisição deequipamentos, concedidos pelo Banco de Desenvolvimento e a juros subsidiado.

b. 2) Qual a experiência do setor na aplicação desses instrumento ?mencionar instâncias que os desenvolveram e indicadores de desempenho.

Resposta

A despeito da importância da reciclagem em termos de gestão egerenciamento de resíduos, em especial os constituídos por óleos usados e contaminados,não se tem notícia de que o setor tenha contado com algum instrumento econômico eespecífico de financiamento, lamentavelmente.

Cremos que ao lado de outras prioridades, todo setor de reciclagemdeveria despertar maior interesse do governo . Afinal, as riquezas minerais do planeta nãoterão outra safra. A humanidade precisa aprender a bem usá-las, combatendo o desperdício,prolongando seus usos, preservando o meio ambiente.

c) - Tecnologiasc) - Tecnologias

c.1 ) quais as principais alternativas tecnológicas para manejo ambiental

desses resíduos.

Primeiramente, impõe-se reconhecer que o manejo ambiental dos óleosusados, como de resto qualquer outro resíduo, deve partir do pressuposto de que éimperioso reciclar tudo o que for possível. Só na comprovada impossibilidade defazê-lo é que o resíduo deve ter outro destino como a sua eliminação por queima ouincineração. Adotado essa máxima real, as diretrizes devem estar assentesprioritariamente, na:

- prevenção: redução da geração na fonte por vias tecnológicas e atravésdo ciclo de vida de novos produtos a serem colocados no mercado;

- revalorização dos resíduos: priorizando seu uso através da reciclagem e dareutilização;

- tratamento: físico, químico ou biológico dos resíduos visando a suaeliminação, se possível, com aproveitamento energético.

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Atentos a esses princípios e levando-se em conta que a reciclagem: (i) reduza contaminação ambiental; (ii) aumenta a vida útil das reserva naturais com economia dasmatérias primas escassas; (iii) reduz o consumo de energia (o da reciclagem é cerca de 15,0% donecessário para a produção do bem primário); (iv) proporciona economia de divisas, seja peladiminuição de importações, seja pelo aumento das exportações; (v) gera impostos eempregos à conta de materiais considerados inservíveis; e, por fim, (vi) diminui a despesapública para a captação e eliminação de materiais poluentes, entendemos que a melhoralternativa tecnológica, em se tratando dos óleos usados, é a sua reciclagem, por meio daAtividade de Rerrefino, que no Brasil, conta com tecnologia tão eficiente quanto a empregadana Europa e nos Estados Unidos da América.

c.2 ) Quais as estimativas de custo na instalação/operação dessastecnologias, (por tonelada de resíduo) ?

Não há registros seguros quanto ao custo, pois cada empresa detém a sua própria tecnologia.

c.3 ) Quais instituições interessadas ou que realizam esses estudos no

setor?

Não temos conhecimento. A tecnologia no país foi desenvolvida ao longo dos anos pelospróprios rerrefinadores, adaptando e criando soluções, a nosso ver com sucesso.

c.4) Qual a aceitação social dessas tecnologias ?

Contamos no Brasil com tecnologias eficientes e adaptadas à necessidade nacional, uma vezque não há subsidio nem favores. Portanto, só o competente sobrevive. Contamos tambémcom ótima aceitação da sociedade, que vem se inteirando sobre a necessidade da preservaçãoambiental. Graças a divulgação e empenho do setor a sociedade como um todo vemreconhecendo a importância da reciclagem e o beneficio ambiental que ela representa.

d) - Participação sociald) - Participação social

d.1 ) Há Estudos para identificar estratégias de participação dos revendedores

e consumidores de lubrificantes na implementação de programas de coleta/

reciclagem desse produto ??

Sim, porem passando pela conscientização e tropeçando no mau humor e inércia consentidados hoje responsáveis pela coleta, os produtores de lubrificantes, que reagem ao custeiodesse recolhimento.

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d.2 ) Identificar as experiências, instituições promotoras e materiais de apoioutilizados pelo setor

No Brasil, no primeiro momento movida pela escassez de moeda forte e posteriormente peloapelo ambienta. A comunidade dos recicladores (Sindirrefino) é a grande responsável pelatarefa ao longo dos anos, pois vem movimentando as instituições tanto governamentaisquanto privadas, angariando simpatias e solidariedade, apoiadas na vontade de trabalhar comseriedade e tudo fazer pela causa justa.

d.3) Quais os indicadores de desempenho da participação social ?

Basta ver a enorme participação das fontes coletoras e nossos resultados que ora beiram os25% do produzido comercializado e que passará sem dúvida para 30%, comparáveis apenasaos países europeus de alta tecnologia.

e) - Capacitaçãoe) - Capacitação

e.1 ) Quais as principais experiências de capacitação para impulsionar

programas relacionados à redução de riscos provenientes dos resíduos de

lubrificantes ?

Julgamos que o principal no Brasil é substituir grande parte da fiscalização, normalmenteineficaz e as vezes corrupta, pela remuneração a fonte geradora (postos, revendas, frotas, etc)o que gera o interesse pelo bom armazenamento e disposição do óleo usado, agregado a umaótima legislação ambiental que acreditamos possuir.

e.2) Quais as principais Instâncias Públicas e privadas envolvidas com acapacitação do setor ?

No Brasil temos no antigo Departamento Nacional do Petróleo (DNC) hoje agencias eprincipalmente o Conama e o ministério do Meio Ambiente, que com a resolução sobre osetor criou o norte para a reciclagem de óleo usado.

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Quanto as privadas obviamente são os rerrefinadores, seu Sindicato e as empresa produtorasque são as responsáveis pela coleta, sem esquecer a enorme colaboração da Federação dosPostos de Serviço.

e.3) Quais os principais programas e materiais desenvolvidos para apoiar a

capacitação ? identificar Instrumentos desenvolvidos para avaliar as

atividades e materiais de capacitação.?

Uma consulta detalhada às Portarias da Agência Nacional do Petróleo (ANP), de nºs 125 a127, editadas em julho de 1999 e à Resolução Conama 9/93 que regem o setor, fornecerátodas as respostas para um bom plano de coleta e reciclagem.

Esperamos que as informações constantes desse ofício possamatender à expectativa e necessidade de Vossa Senhoria. Salientamos também, que nosencontramos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais.

atenciosamente

Nilton Torres de BastosNilton Torres de BastosPresidentePresidente

AoIlmo. Sr. Dr.Pedro Ubiratan Escorel de AzevedoPedro Ubiratan Escorel de Azevedo<[email protected]>Assunto – Repamar-Ibama-GTZ – Lubrificantes.

2.2 - LEGISLAÇÃO

Há uma série de normas federais que tratam do tema no Brasil. A primeira e mais

importante delas é a Resolução CONAMA 9/93, adiante transcrita.

Resolução Nº 9, de 31 de Agosto de 1993

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O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições previstas na Lei

nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, alterada pelas Leis nº 7.804, de 18 de julho de 1989, e nº 8.028,

de 12 de abril de 1990, e regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 06 de junho de 1990, e no

Regimento Interno aprovado pela Resolução/conama/nº 025, de 03 de dezembro de 1986,

Considerando que o uso prolongado de um óleo lubrificante resulta na sua deterioração parcial, que

se reflete na formação de compostos tais como ácidos orgânicos, compostos aromáticos

polinucleares, "potencialmente carcinogênicos", resinas e lacas, ocorrendo também contaminações

acidentais ou propositais;

Considerando que a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em sua NBR-10004,

"Resíduos Sólidos - classificação", clasisifica o óleo lubrificante usado como perigoso por apresentar

toxicidade;

Considerando que o descarte de óleos lubrificantes usados ou emulsões oleosas para o solo ou

cursos d'água gera graves danos ambientais;

Considerando que a combustão dos óleos lubrificantes usados pode gerar gases residuais nocivos ao

meio ambiente;

Considerando a gravidade do ato de se contaminar o óleo lubrificante usado com policlorados

(PCB's), de caráter particularmente perigoso;

Considerando que as atividades de gerenciamento de óleos lubrificantes usados devem estar

organizadas e controladas de modo a evitar danos à saúde, ao meio ambiente;

Considerando ainda que a reciclagem é instrumento prioritário para a gestão ambiental, resolve:

Art. 1º Para efeito desta Resolução, entende-se por:

I - Óleo lubrificante básico: principal constituinte do óleo lubrificante. De acordo com sua origem, pode

ser mineral (derivado de petróleo), ou sintético (derivado de vegetal ou de síntese química);

II - Óleo lubrificante: produto formulado a partir de óleos lubrificantes básicos e aditivos;

III - Óleo lubrificante usado ou contaminado regenerável: óleo lubrificante que, em decorrência do seu

uso normal ou por motivo de contaminação, tenha se tornado inadequado à sua finalidade original,

podendo, no entanto, ser regenerado através de processos disponíveis no mercado;

IV - Óleo lubrificante usado ou contaminado não regenerável: óleo lubrificante usado ou contaminado,

conforme definição do item anterior, não podendo, por motivos técnicos, ser regenerado, através de

processos disponíveis no mercado;

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V - Reciclagem de óleo lubrificante usado ou contaminado: consiste no seu uso ou regeneração. A

reciclagem via uso envolve a utilização do mesmo como substituto de um produto comercial ou

utilização como matéria-prima em outro processo industrial. A reciclagem via regeneração envolve o

processamento de frações utilizáveis e valiosas contidas no óleo lubrificante usado e a remoção dos

contaminantes presentes, de forma a permitir que seja reutilizado como matéria-prima. Para fins

desta Resolução, não se entende a combustão ou incineração como reciclagem;

VI - Óleo lubrificante reciclável: material passível de uso, ou regeneração;

VII - Rerrefino: processo industrial de remoção de contaminantes, produtos de degradação e aditivos

dos óleos lubrificantes usados ou contaminados, conferindo aos mesmos características de óleos

básicos, conforme especificação do DNC;

VIII - Combustão: queima com recuperação do calor produzido;

IX - Incineração: queima sob condições controladas, que visa primariamente destruir um produto

tóxico ou indesejável, de forma a não causar danos ao meio ambiente;

X - Produtor de óleo lubrificante: formulador, ou envaziliador, ou importador de óleo lubrificante;

XI - Gerador de óleo lubrificante usado ou contaminado: pessoa física ou jurídica que, em decorrência

de sua atividade, ou face ao uso de óleos lubrificantes gere qualquer quantidade de óleo lubrificante

usado ou contaminado;

XII - Receptor de óleo lubrificante usado ou contaminado: pessoa jurídica que comercialize óleo

lubrificante no varejo;

XIII - Coletor de óleo usado ou contaminado: pessoa jurídica, devidamente credenciada pelo

Departamento Nacional de Combustíveis, que se dedica à coleta de óleos lubrificantes usados ou

contaminados nos geradores ou receptores;

XIV - Rerrefinador de óleo lubrificante usado ou contaminado: pessoa jurídica, devidamente

credenciada para a atividade de rerrefino pelo Departamento Nacional de Combustíveis (DNC) e

licenciamento pelo órgão estadual de meio ambiente;

Art. 2º Todo o óleo lubrificante usado ou contaminado será, obrigatoriamente, recolhido e terá uma

destinação adequada, de forma a não afetar negativamente o meio ambiente.

Art. 3º Ficam proibidos:

I - quaisquer descartes de óleo usados em solos, águas superficiais, subterrâneas, no mar territorial e

em sistemas de esgoto ou evacuação de águas residuais;

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II - qualquer forma de eliminação de óleos usados que provoque contaminação atmosférica superior

ao nível estabelecido na legislação sobre proteção do ar atmosférico (PRONAR);

Art. 4º Ficam proibidos a industrialização e comercialização de novos óleos lubrificantes não

recicláveis, nacionais ou importados.

§ 1º Casos excepcionais serão submetidos à aprovação do IBAMA, com base em laudos de

laboratórios devidamente credenciados.

§ 2º No caso dos óleos não recicláveis, atualmente comercializados no mercado nacional, o IBAMA,

no prazo de 90 (noventa) dias a contar da publicação desta Resolução, efetuará estudos e

proposição para a sua substituição.

Art. 5º Fica proibida a disposição dos resíduos derivados no tratamento do óleo lubrificante usado ou

contaminado no meio ambiente sem tratamento prévio, que assegure:

I - a eliminação das características tóxicas e poluentes do resíduo;

II - a preservação dos recursos naturais; e

III - o atendimento aos padrões de qualidade ambiental.

Art. 6º A implantação de novas indústrias destinadas à regeneração de óleos lubrificantes usados,

assim como a ampliação das existentes, deverá ser baseada em tecnologias que minimizem a

geração de resíduos a serem descartados no ar, água, solo ou sistemas de esgotos. Parágrafo único.

As indústrias existentes terão o prazo de 120 (cento e vinte) dias para apresentar ao Órgão Estadual

de Meio Ambiente um plano de adaptação de seu processo industrial, que assegure a redução e

tratamento dos resíduos gerados.

Art. 7º Todo o óleo lubrificante usado deverá ser destinado à reciclagem.

§ 1º A reciclagem do óleo lubrificante usado ou contaminado regenerável deverá ser efetuada através

do rerrefino.

§ 2º Qualquer outra utilização do óleo regenerável dependerá de aprovação do órgão ambiental

competente.

§ 3º Nos casos onde não seja possível a reciclagem, o órgão ambiental competente poderá autorizar

a sua combustão, para aproveitamento energético ou incineração, desde que observadas as

seguintes condições:

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I - o sistema de combustão/incineração esteja devidamente licenciado ou autorizado pelo órgão

ambiental;

II - sejam atendidos os padrões de emissões estabelecidas na legislação ambiental vigente. Na falta

de algum padrão, deverá ser adotada a NB 1266, "Incineração de resíduos sólidos perigosos -

Padrões de desempenho";

III - a concentração de PCB's no óleo deverá atender aos limites estabelecidos na NBR 8371 -

"Ascaréis para transformador e capacitores - Procedimento".

Art. 8º Das obrigações dos produtores:

I - divulgar, no prazo máximo de 12 meses, a partir da data de publicação desta Resolução, em todas

as embalagens de óleos lubrificantes produzidos ou importados, bem como em informes técnicos a

destinação imposta pela lei e a forma de retorno dos óleos lubrificantes usados contaminados,

recicláveis ou não;

II - ser responsável pela destinação final dos óleos usados não regeneráveis, originárias de pessoas

físicas, através de sistemas de tratamento aprovados pelo órgão ambiental competente;

III - submeter ao IBAMA para prévia aprovação, o sistema de tratamento e destinação final dos óleos

lubrificantes usados, após o uso recomendado, quando da introdução no mercado de novos produtos,

nacionais ou importados.

Art. 9º Obrigações dos geradores de óleos usados:

I - armazenar os óleos usados de forma segura, em lugar acessível à coleta, em recipientes

adequados e resistentes a vazamentos;

II - adotar as medidas necessárias para evitar que o óleo lubrificante usado venha a ser contaminado

por produtos químicos, combustíveis, solventes e outras substâncias, salvo as decorrentes da sua

normal utilização;

III - destinar o óleo usado ou contaminado regenerável para a recepção, coleta, rerrefino ou a outro

meio de reciclagem, devidamente autorizado pelo órgão ambiental competente;

IV - fornecer informações aos coletores autorizados sobre os possíveis contaminantes adquiridos pelo

óleo usado industrial, durante o seu uso normal;

V - alienar os óleos lubrificantes usados ou contaminados provenientes de atividades industriais

exclusivamente aos coletores autorizados;

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VI - manter os registros de compra de óleo lubrificante e alienação de óleo lubrificante usado ou

contaminado disponíveis para fins fiscalizatórios, por dois anos, quando se tratar de pessoa jurídica

com consumo de óleo for igual ou superior a 700 litros por ano;

VII - responsabilizar-se pela destinação final de óleos lubrificantes usados contaminados não

regeneráveis, através de sistemas aprovados pelo órgão ambiental competente;

VIII - destinar o óleo usado não regenerável de acordo com a orientação do produtor, no caso de

pessoa física.

Art. 10. Obrigações dos receptores de óleos usados:

I - alienar o óleo lubrificante contaminado ou regenerável exclusivamente para o coletor ou

rerrefinador autorizado;

II - divulgar, em local visível ao consumidor a destinação disciplinada nesta Resolução, indicando a

obrigatoriedade do retorno dos óleos lubrificantes usados e locais de recebimentos;

III - colocar, no prazo de 60 (sessenta) dias, a partir da publicação desta Resolução, à disposição de

sua própria clientela, instalações ou sistemas, próprios ou de terceiros, para troca de óleos

lubrificantes e armazenagem de óleos lubrificantes usados;

IV - reter e armazenar os óleos usados de forma segura, em lugar acessível à coleta, em recipientes

adequados e resistentes a vazamentos, no caso de instalações próprias.

Art. 11. No caso dos postos de abastecimento de embarcações não se aplica a exigência de

instalações de troca de óleo lubrificante, devendo o gerenciamento do óleo lubrificante usado atender

a legislação específica.

Art. 12. Obrigações dos coletores de óleos usados:

I - recolher todo o óleo lubrificante usado ou contaminado regenerável, emitindo, a cada aquisição,

para o gerador ou receptor, a competente Nota Fiscal, extraída nos moldes previstos pela Instrução

Normativa nº 109/84 da Secretaria da Receita Federal

II - tomar medidas necessárias para evitar que o óleo lubrificante usado venha a ser contaminado por

produtos químicos, combustíveis, solventes e outras substâncias;

III - alienar o óleo lubrificante usado ou contaminado regenerável coletado, exclusivamente ao meio

de reciclagem autorizado, através de nota fiscal de sua emissão;

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IV - manter atualizados os registros de aquisições e alienações, bem como cópias dos documentos

legais a elas relativos, disponíveis para fins fiscalizatórios, por 2 anos;

V - responsabilizar-se pela destinação final de óleos lubrificantes usados ou contaminados não

regeneráveis, quando coletados, através de sistemas aprovados pelo órgão ambiental competente;

VI - garantir que as atividades de manuseio, transporte e transbordo do óleo usado coletado sejam

efetuadas em condições adequadas de segurança e por pessoal devidamente treinado, atendendo à

legislação pertinente.

Art. 13. Obrigações dos rerrefinadores de óleos usados:

I - receber todo o óleo lubrificante usado ou contaminado regenerável, exclusivamente de coletor

autorizado;

II - - manter atualizados os registros de aquisições e alienações, bem como cópias dos documentos

legais a elas relativos, disponíveis para fins fiscalizatórios, por 2 anos;

III - responsabilizar-se pela destinação final de óleos lubrificantes usados ou contaminados não

regeneráveis, através de sistemas aprovados pelo órgão ambiental competente;

VI - os óleos lubrificantes rerrefinados não devem conter compostos policlorados (PCB's) em teores

superiores a 50 ppm.

Parágrafo único. Os óleos básicos procedentes do rerrefino não devem conter resíduos tóxicos ou

perigosos, de acordo com a CB 155 e não conter policlorados (PCB's/PCB's) em concentração

superior a 50 ppm (limite vigente para óleos aprovados pelo órgão ambiental competente).

Art. 14. Armazenagem de óleos lubrificantes usados ou contaminados: as unidades de

armazenamento do óleo lubrificante usado devem ser construídas e mantidas de forma a evitar

infiltrações, vazamentos e ataque pelo seu conteúdo e riscos associados, e quanto às condições de

segurança no seu manuseio, carregamento e descarregamento, de acordo com as normas vigentes.

Art. 15. Embalagens e transporte de óleos lubrificantes usados ou contaminados: as embalagens

destinadas ao armazenamento e transporte do óleo lubrificante usado devem ser construídas de

forma a atender aos padrões estipulados pelas normas vigentes.

Art. 16. O CONAMA recomendará ao Ministério da Fazenda, à vista dos problemas ambientais

descritos nos considerandos desta Resolução, que sejam realizados estudos no sentido de

considerar não tributável a receita obtida com a alienação, nos moldes deste instrumento, do óleo

lubrificante usado ou contaminado regenerável.

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Art. 17. O não cumprimento ao disposto nesta Resolução acarretará aos infratores as sanções

previstas na Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, e na sua regulamentação pelo Decreto 99.274, de

06 de junho de 1990.

Art. 18. Os óleos lubrificantes usados ou contaminados, reconhecidos como biodegradáveis, pelos

processos convencionais de tratamento biológico, não são abrangidos por esta Resolução, quando

não misturados aos óleos lubrificantes usados regeneráveis.

Parágrafo único. Caso o óleo usado biodegradável seja misturado ao óleo usado regenerável, a

mistura será considerada como óleo usado não regenerável.

Art. 19. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

A partir desta resolução, o Ministério das Minas e Energia, num primeiro momento e,

depois, a Agência Nacional de Petróleo –ANP, editaram outras normas para

disciplinar o rerrefino de óleos lubrificantes. Pode-se notar que esta regulamentação

conjunta levou um certo tempo para ser editada, (considerando que a resolu cão

CONAMA 9 é de 1993). O inteiro teor de seu texto é o que segue adiante transcrito.

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 1, DE 29 DE JULHO DE 1999

OS MINISTROS DE ESTADO DE MINAS E ENERGIA E DO MEIO AMBIENTE, no uso das

atribuições que lhes são conferidas pelo art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição e o

disposto na Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997, no inciso XIV, do art. 14, da Lei no 9.649, de 27 de

maio de 1998, e no inciso XI, do art. 14, da Medida Provisória no 1.911-7, de 29 de junho de 1999, e

considerando a necessidade de estabelecer diretrizes para o recolhimento, coleta e destinação de

óleo lubrificante usado ou contaminado;

considerando as disposições da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA no 9,

de 31 de agosto de 1993, resolvem:

Art. 1o O produtor, o importador, o revendedor e o consumidor final de óleo lubrificante acabado são

responsáveis pelo recolhimento de óleo lubrificante usado ou contaminado.

Art. 2o O produtor e o importador de óleo lubrificante acabado são responsáveis pela coleta e pela

destinação final do óleo lubrificante usado ou contaminado, na seguinte proporção relativa ao volume

total de óleo lubrificante acabado comercializado:

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I - a partir de 1o de outubro de 1999: o volume mínimo de coleta e destinação de óleo lubrificante

usado ou contaminado igual a vinte por cento do volume total de óleo lubrificante acabado

comercializado;

II - a partir de 1o de outubro de 2000: o volume mínimo de coleta e destinação de óleo lubrificante

usado ou contaminado igual a vinte e cinco por cento do volume total de óleo lubrificante acabado

comercializado;

III - a partir de 1o de outubro de 2001: o volume mínimo de coleta e destinação de óleo lubrificante

usado ou contaminado igual a trinta por cento do volume total de óleo lubrificante comercializado.

Art. 3o Fica instituído Grupo de Trabalho de acompanhamento da implementação das diretrizes

contidas nesta Portaria, que será integrado por:

I - um representante de cada um dos seguintes órgãos federais:

a) Ministério de Minas e Energia;

b) Ministério do Meio Ambiente;

c) Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;

d) Agência Nacional do Petróleo - ANP, que o coordenará;

II - um representante das seguintes entidades de classe:

a) Sindicato Nacional de Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes - SINDICOM;

b) Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais - SINDIRREFINO;

c) Federação Nacional do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes - FECOMBUSTÍVEL.

§ 1o Os representantes do Governo Federal serão indicados pelos titulares dos respectivos órgãos e

designados pelo Ministro de Estado de Minas e Energia.

§ 2o Os representantes das entidades de classe serão indicados pelas respectivas entidades e

designados pelo Ministro de Estado de Minas e Energia.

Art. 4o O Grupo de Trabalho reunir-se-á semestralmente ou quando for necessário.

Art. 5o A participação no Grupo de Trabalho não enseja qualquer tipo de remuneração.

Art. 6o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

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Verifica-se que os meses de outubro de 1.999, 2.000 e outubro de 2.001 são marcos

temporais importantes (deadlines). Isto pela obrigatoriedade coleta de volumes

mínimos sobre o total produzido, por parte do produtor ou importador,

respectivamente 20, 25 e 30% do volume total coletado. Isto significa que até

outubro de 2.001, deverão ser coletados no mínimo 270 milhões de litros de óleo, o

que ainda irá gerar um pequeno déficit de 60 milhões de litros.

Além dessas normas, temos as Portarias ANP 125, 126, 127, 128 , 130 e 131 que

tratam do assunto e que constam, junto com outros materiais informativos, no Anexo

3. Tratando esta etapa do trabalho de uma abordagem geral, cremos que um exame

mais profundo das normas deva ser feito em uma outra etapa, específica dos

aspectos legais dos países da REPAMAR.

2.3 – LUBRIFICANTES: PRINCIPAIS CONCLUSÕES

Pelo dados obtidos e apresentados nos itens precedentes, as principais conclusões

acerca do manejo ambiental dos lubrificantes no Brasil são as seguintes:

a) há tecnologia disponível para reciclar 100% do resíduo. Se mantidas políticas de

preço e campanhas para divulgação do uso do óleo rerrefinado, é um problema que

deve ser resolvido nesta década.

b) os instrumentos legais parecem adequados e têm sido cumpridos.

c) não há entraves fiscais na aplicação dos instrumentos econômicos.

d) o percentual de rerrefino está hoje em torno de 25% do volume total e deve atingir

30% na data prevista.Devem ser estimuladas campanhas de esclarecimento a

respeito do óleo rerrefinado, cujo processo não é diivulgado junto aos consumidores.

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3.

EMBALAGENS DE

AGROTÓXICOS

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3.1 – ASPECTOS GERAIS

O Brasil produz, segundo dados da Associação Nacional de Dsefesa Vegetal –

ANDEF, cerca de 170 milhões de embalagens de agrotóxicos dos mais diversos

tipos. Segundo o Eng. José Catarinacho, da ANDEF, com quem mantivemos

entrevista no dia 7 de agosto p.p, cerca de 15% deste volume é objeto de algum

tipo de recliclagem ou destinação final adequada.

De acordo com ARAÚJO, em trabalho revisto por FONTES e MIRANDA, que trata

do “Destino final de Embalagens e Produtos Fitossanitários” o panorama geral do

setor é aquele que, pela excelência das informações ali contidas, abaixo se

transcreve, na íntegra:

1. Legislação brasileira

Após a publicação da Lei 7.082 de 11/07/89 e do Decreto 98.816 de 11/01/90, detectou-se umconsiderável aumento do número de embalagens plásticas no campo, pois foi estabelecido que asembalagens de vidro só seriam permitidas em casos onde não houvesse outra alternativa técnicaviável. Além disto, as embalagens de plástico são preferidas, pois são normalmente maiseconômicas, seguras e resistentes ao transporte, armazenamento e manuseio.

Na safra 87/88 as embalagens de vidro e de metal correspondiam, juntas, a 74,8% das embalagensque acondicionavam produtos líquidos, enquanto 25,2% eram de embalagens plásticas. Na safra95/96 as embalagens metálicas e de vidro correspondiam, juntas, a apenas 11,5% das embalagensque transportam os produtos líquidos, enquanto 88,5% correspondiam a embalagens plásticas.

O Decreto 98.816/90 também determina que o descarte de embalagens e de resíduos de agrotóxicose afins deverá atender as recomendações técnicas do IBAMA, constantes nas bulas dos produtos,recomendando a incineração e enterro em fosso para lixo tóxico.

Se todo agricultor brasileiro houvesse enterrado as embalagens vazias, teria criado um problemaainda maior ao transferir para as gerações futuras o lixo "escondido" no solo e, muitas vezes,ocupando áreas agricultáveis.

As embalagens vazias dos agrotóxicos também eram classificadas pelas ABNT, através da NBR10.004/87 como classe I - resíduo sólido perigoso, exigindo procedimentos especiais para as etapasde manuseio e destinação adequada. Esta classificação, que também incluía as embalagens tríplice

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lavadas, dificultava ainda mais as etapas de transporte e armazenamento que antecedem o destinofinal adequado.

Para resolver este entrave normativo, foi editada pela ABNT a NBR 13.968 após a aprovação doProjeto 23:001.08.001 preparado pela CE 23:001.08 - Comissão de Estudo de Embalagens Vazias deAgrotóxicos do CB 23 - Comitê Brasileiro de Embalagem e Acondicionamento da ABNT - AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas, que estabeleceu procedimentos para a adequada lavagem deembalagens rígidas vazias de agrotóxicos, classificando-as como embalagens NÃO PERIGOSAS,para fins de manuseio, transporte e armazenagem. Tomaram parte na elaboração deste projetorepresentantes da ANDEF, MAARA, IBAMA, PROCON, ABREMPLAST, ABIVIDRO, CETESB,AEASPe SIEMESP.

2. Características das embalagens

2.1. Ciclo de vida das embalagens

Os estudos mais atuais sobre o destino final ambientalmente correto estão relacionados com o ciclode vida completo da embalagem quee está sendo adaptado por pesquisadores, fabricantes eespecialistas em meio ambiente para reduzir o impacto ambiental.

Estes estudos permitem uma análise do impacto ambiental em cada fase de vida do produto ou daembalagem, além de estabelecer procedimentos que abrem novas opções e ampliam o debate sobreo assunto. Um dos exemplos mundiais mais interessantes nos últimos tempos, foi a decisão da redeMc Donald's de substituir as embalagens de poliuretano expandido por embalagens de papel queacondicionam seus sanduíches. Uma decisão ambientalmente correta, considerando-se a facilidadepara reciclar ou degradar cartolinas, quando a comparamos com isopor.

2.2. Política dos 3 R's

Reduzir volumeRetornar ponto de coletaReciclar material

Atualmente, a melhor opção para combater o problema das embalagens é reduzir as mesmas nafonte, ou seja, a melhor forma de descarte é não gerar, sendo recomendadas as seguintes medidas,em ordem de preferência:

a) Não embalagem;b) Mínimo de embalagem;c) Embalagens retornáveis, reabastecíveis e reutilizáveis;d) Embalagens recicláveis e/ou de material reciclado

As embalagens de produtos fitossanitários, estão associadas a substâncias com toxicidadeconhecida, tornando o manuseio perigoso e o destino final oneroso e ambientalmente complexo.

2.3. Evoluções nas embalagens

A indústria de produtos fitossanitários tem direcionado esforços e investimentos visando a melhoriadas embalagens tradicionais, priorizando não apenas a segurança no transporte, armazenamento emanuseio, quando a formulação encontra-se concentrada, mas principalmente com a introdução denovas tecnologias para facilitar o destino final das embalagens.

2.3.1. Embalagens convencionais

Com relação a melhoria das embalagens convencionais, deve-se observar o seguinte:

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- Redução do número global de embalagens;- Redução do número de embalagens contaminadas;- Redução dos resíduos internos remanescentes ;- Redução de materiais utilizados ao mínimo;- Padronização dos modelos - "designs".

O "design" atual das bombonas plásticas, por exemplo, segue o padrão do GCPF - Federação Globalde Proteção de Plantas - (ex-GIFAP), para capacidade superior a 3 litros, que permita o completoesvaziamento, efetiva lavagem da superfície interna e esvaziamento sem riscos de respingos ou"golfadas", onde as principais características são: bocal mais largo (63 mm) para facilitar a saída dolíquido e a entrada de ar - antes era de 38 mm; formato tipo funil; cantos arredondados e alçabloqueada, uma vez que a alça oca facilita a retenção do produto e dificultava a lavagem.

Esta nova concepção, reduziu o tempo médio de limpeza em 3 vezes e o nível de resíduos após oesgotamento em até 18 vezes.

2.3.2. Embalagens modernas

A embalagem perfeita deve ser atrativa ao consumidor, econômica, super segura e destino finalambientalmente seguro. As embalagens de filmes hidrossolúveis estão perto de satisfazer este ideale têm sido bem aceitas.

2.3.2.1. Embalagens hidrossolúveis

Os polímeros hidrossolúveis incluem diversos tipos de material, sendo o mais comumente utilizado opolivinil álcool - PVA. Como muitos dos polímeros solúveis em água, o PVA incorpora um número depropriedades associadas com os polivinis como: resistência, termoplasticidade, barreiras econservação em altas umidades relativas.

Se um filme hidrossolúvel padrão é colocado sobre a superfície da água, após 20 segundos teráabsorvido umidade suficiente para começar o processo de expansão e rompimento e, após 35segundos, terá dissolvido completamente.

Biodegradabilidade: os resultados de ensaios mostram que o PVA é biodegradado em mais de 60%em 21 dias e a velocidade desta biodegradação depende do filme e das condições testadas.

As embalagens hidrossolúveis representam o principal avanço tecnológico no campo das embalagenspara produtos fitossanitários, pois atendem perfeitamente dois objetivos básicos: segurança nomanuseio (transporte, armazenamento e preparo da calda) e destino final da embalagem, reduzindosignificativamente os riscos de contaminação.

2.3.2.2. Embalagens retornáveis

Conceitualmente, as embalagens retornáveis são reabastecíveis e reutilizáveis e, após oesvaziamento do seu conteúdo, poderão voltar inúmeras vezes para o fabricante, considerando-se oseu estado de conservação.

Esta embalagem deve incorporar os dois objetivos básicos das novas tecnologias de embalagens:redução do número de embalagens e segurança no manuseio.

Critérios básicos:

- Estabilidade da formulação;- Capacidade de empilhamento;- Segurança na manipulação e uso;- Válvula unidirecional;- Conector ou adaptador para acoplamento de equipamentos;

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- Proteção contra violações e fraudes;- Identificação para inventário;- Sistema de transferência e medição de dose.

As embalagens retornáveis apresentam diferentes tamanhos, normalmente acima de 200 litros. Omaterial destas embalagens é normalmente o aço inoxidável ou plásticos de alta resistência. Asembalagens retornáveis com capacidade acima de 200 litros são amplamente utilizadas nos EstadosUnidos para transporte de herbicidas, sendo denominadas "Farm-pack". O sistema dearmazenamento a granel "Bulk" está basicamente limitado a grandes usuários finais, uma vez que areutilização e o reabastecimento somente poderão ser efetuados pelo fabricante.

As limitações deste sistema no Brasil são basicamente as longas distâncias entre o fabricante e ousuário final, que encarecem e muitas vezes inviabilizam o transporte e reutilização da embalagem .A solução para estes sistemas exigirá alternativas que permitam o reabastecimento nos pontos devendas (revenda ou cooperativa). Isto só será viável após mudanças na legislação vigente, queatualmente não permite o reabastecimento fora da fábrica.

2.4. Características desejáveis numa embalagem

- Proteção máxima com o mínimo de material; - Fácil enchimento na linha de produção da fábrica;- Fácil manuseio pelos operadores;- Fácil esvaziamento;- Segura para transporte, armazenamento e manuseio;- Protegida contra violações;- Reciclável ou retornável e reutilizável;- Custo compatível com o mercado;- Boa imagem do produto.

2.5. Testes de embalagens

Os testes de embalagens são realizados inicialmente em laboratórios, onde são simuladas ascondições reais de transporte e armazenagem e, numa outra etapa, sob condições reais.

- Proteção do produto (contra vazamentos, inviolabilidade)- Resistência ao transporte (empilhamento e trepidações)- Resistência ao armazenamento (empilhamento)- Resistência à queda

3. Tipos de embalagens comercializadas

3.1. Embalagens Rígidas

Quanto a matéria prima, podem ser:

TIPO COMPOSIÇÃO DESTINOMETAL Aço

Folha de flandres

Alumínio

Tarugos de aço

Vergalhões

Alumínio reciclado

PLÁSTICO PEAD(1)

COEX(2)

Conduítes

Conduítes

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PET(3) Fios para escovas e carpetes

FIBROLATA

______________

VIDRO

Aparas de madeira

_______________

VIDRO

Queima

_______________

VIDRO

As embalagens rígidas podem conter:

- Líquidos- Sólidos (granulados, pós)

(1) Polietileno de alta densidade(2) Polietileno co-extrudado multicamada(3) Polietileno tereftalato

3.2. Embalagens Flexíveis

Quanto à matéria-prima, podem ser:

TIPO COMPOSIÇÃO DESTINOPAPELÃO Celulose QueimaPAPEL MULTIFOLHADO Celulose IncineraçãoCARTOLINA Celulose Queima

PLÁSTICO PEBD(1) IncineraçãoPapel + plástico

Metalizado

Incineração

Papel + alumínio

Plastificado

Alumínio reciclado /incineração

MISTA

Papel plastificado Incineração

1. Polietileno de baixa densidade

3.3. Embalagens coletivas

As embalagens coletivas são normalmente de papelão e são utilizadas para acondicionar os demaistipos de embalagens, não tendo, de uma forma geral, contato direto com a formulação do produto.São consideradas embalagens de transporte.

4. Ebalagens plásticas no Brasil

Quantidade de embalagens plásticas (PEAD, COEX e PET) usadas para acondicionar produtosfitossanitários líquidos, gerados durante a safra 97/98:

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ESTADO UNIDADES PESO (Kg)SÃO PAULO 11.609.921 1.661.423PARANÁ 9.037.319 1.344.670

RIO GRANDE DO SUL 6.229.228 987.986MINAS GERAIS 4.835.062 661.073MATO GROSSO 3.829.353 628.840GOIÁS 3.689.054 578.341MATO GROSSO DO SUL 2.489.047 386.730SANTA CATARINA 1.837.344 286.445

BAHIA 1.312.575 188.650PERNAMBUCO 771.435 115.738RJ/ES 796.365 127.380OUTROS 1.920.479 270.469TOTAL 48.357.182 7.237.665

Fonte: ANDEF

5. Alternativas para o destino final

5.1. Incineração

A incineração é um processo bastante usado nas grandes metrópoles com o objetivo de destruirresíduos sólidos e líquidos industriais e hospitalares. Os resíduos são incinerados em instalaçõesapropriadas capazes de promover a combustão completa e controlada, de modo a assegurar a totaltransformação do material e dos resíduos em cinzas inertes e em gases de natureza conhecida eambientalmente aceitáveis.

Apesar de ser uma alternativa técnica e ambientalmente viável para a eliminação de embalagenscontaminadas, apresenta limitações de ordem econômica, pelos elevados custos do processo e dotransporte, já que a maioria dos incineradores existentes no Brasil estão instalados em São Paulo ouproximidades e as embalagens dispersas por todo o país. Além disso, existem legislações estaduaisque nem sempre permitem a movimentação de lixo tóxico de um Estado para outro.

A incineração, no entanto , deve ser preferencialmente adotada para as embalagens contaminadasque não apresentam um destino alternativo menos oneroso.

Existem no mercado modelos de incineradores compactos para resíduos industriais e de saúde, queoperam com baixa capacidade e que apresentam custos menores do que os incineradoresconvencionais. Estes equipamentos podem ser uma alternativa a nível regional, nas regiões maisdistantes das áreas industriais do País.

5.2. Co-processamento em fornos de clinquer (queima com recuperação de energia)

A prática do co-processamento consiste na utilização de matéria prima ou sucata combustível comalto poder calorífico para produção de clínquer, utilizado na fabricação do cimento, comaproveitamento da energia calorífica gerada e dos resíduos de incineração incorporados ao clínquer.A queima destes resíduos sólidos para recuperação de energia é controlada com o objetivo de nãogerar emissões prejudiciais.

Os plásticos são ótimos combustíveis, possuindo praticamente o mesmo poder calorífico do óleocombustível, de outros derivados de petróleo ou do gás natural.

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Para as embalagens plásticas de produtos fitossanitários o co-processamento em fornos de cimento éplenamente compatível com a política mundial de conservação dos recursos ambientais eenergéticos, apresentando-se como uma das opções mais seguras para destruição térmica einertização dos resíduos.

Segundo a EPA8 (Environmental Protection Agency-Agência de Proteção Ambiental, norte-americana), citado pela Ambiência - Engenharia de Recursos Ambientais Ltda., o co-processamentoé uma das tecnologias disponíveis mais viáveis para o gerenciamento de resíduos energéticos, alémde contribuir para a economia de recursos naturais.

No Brasil, há uma enorme quantidade de fornos de cimento espalhados pelo país que podem seraproveitados para eliminar as embalagens "descontaminadas" de produtos fitossanitários. Outravantagem, diz respeito aos resíduos da combustão ou cinzas, que são totalmente incorporadas àmatriz do clínquer, promovendo a imobilização de eventuais metais pesados e, desta forma, aeliminação da necessidade de descartá-los em aterros industriais.

Segundo a Ambiência, a eficiência de destruição em forno de cimento normalmente excede às de umincinerador convencional, tornando-o mais eficiente, capaz de destruir 99,9999% dos contaminantes,além do menor custo operacional.

Embora apresente uma série de vantágens, esta alternativa não é auto-sustentável, exigindopermanente dispêndio de recursos por parte dos envolvidos noco-processamento, devido ao custo damovimentação das embalagens.

5.3. Queima a céu aberto

A queima de embalagens adequadamente lavadas de produtos fitossanitários deve ser vista comouma alternativa com muitas restrições.

A queima de embalagens adequadamente só poderá ser realizada com autorização dos órgãosambientais competentes e com a recomendação do fabricante do produto, quando não houver umaoutra alternativa disponível de menor impacto ambiental.

As embalagens não contaminadas, como cartuchos de cartolina, caixas coletivas de papelão efibrolatas podem ser queimadas em fornalhas de agro-indústrias rurais, principalmente quando nãohouver uma outra opção ambientalmente mais correta.

5.4. Enterro na propriedade

Embora esta alternativa seja trabalhosa e apresente uma série de adversidades, é a recomendaçãoque consta atualmente nos rótulos e bulas dos produtos fitossanitários. Atualmente, o IBAMA nãoestá recomendando o enterro na propriedade.

No Estado do Paraná, por exemplo, a SUDERHSA tem orientado os produtores rurais a realizar atríplice lavagem, inutilizar as embalagens e armazena-las em local seguro até que sejam levadas aum ponto de recebimento para o destino final adequado.

A construção de fosso para enterro de embalagens não-contaminadas poderá ser uma alternativapara embalagens biodegradáveis, como as de cartolina, de papelão, de metais oxidáveis e demadeira, desde que autorizada pelos órgãos ambientais estaduais competentes. Materiais com longasobrevida, como as embalagens plásticas e de vidro, não são indicados para enterro. Os principaisproblemas para o enterro são:

- Impraticável para grandes quantidades de embalagens nas propriedades;- Ocupação de áreas agricultáveis;- Risco de contaminação do lençol freático quando utilizadas embalagens contaminadas;- Operação trabalhosa e de custo significativo.

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5.5. Aterro sanitário licenciado

Esta alternativa apresenta praticamente as mesmas características citadas no item anterior.Diferencia-se, no entanto, por tratar-se de uma operação normalmente realizada de forma maistécnica e planejada, onde os riscos são controláveis.

Todavia, acaba concentrando o problema em uma área restrita.

5.6. Reciclagem controlada

As matérias-primas normalmente utilizadas nas embalagens que acondicionam produtosfitossanitários são potencialmente recicláveis. Todavia, deve-se considerar que o contato do produtotóxico com a embalagem torna necessário um estudo mais detalhado para cada caso, considerando-se as etapas de lavagem e redução de resíduos, preparação e destinação do artefato reciclado final.

Dentre os materiais utilizados na confecção de embalagens, o plástico apresenta maiores limitações,pois a temperatura necessária para fusão é baixa (aproximadamente 150 a 170ºC), insuficiente paradesativar as moléculas dos princípios ativos e dos componentes da formulação que são adsorvidospelas paredes da embalagem. Por esta razão, o plástico reciclado não poderá ser utilizado parafabricação de produtos que possam expor a saúde das pessoas e de animais a riscos decontaminação, como embalagens para alimentos, brinquedos, utensílios domésticos, etc.

A reciclagem controlada é uma das alternativas mais viáveis para o destino final de embalagens deprodutos fitossanitários, pois possui a característica de ser uma opção lucrativa para o reciclador.

5.6.1. Embalagens de metal

As embalagens de metal são facilmente recicladas pois podem ser encaminhadas para pontos decoleta, prensadas e encaminhadas para siderúrgicas como sucata metálica.

No Brasil, há um número significativo de siderúrgicas espalhadas pelo país e que compram a sucatamista metálica a preços que normalmente variam entre trinta e cinqüenta reais a tonelada.

A sucata metálica é utilizada como matéria prima nos fornos para fabricação de tarugos de aço. Estestarugos podem originar produtos como os vergalhões utilizados em construção civil. Os fornos dassiderúrgicas trabalham a temperatura de acima de 1600ºC e asseguram a total degradação demoléculas dos princípios ativos e ingredientes inertes das formulações de produtos fitossanitários.

5.6.2. Embalagens de vidro

As embalagens de vidro adequadamente lavadas podem, de uma forma geral, ser facilmenterecicladas. Para tanto, basta moê-las ou triturá-las os vasilhames e transportá-las às unidadesrecicladoras, onde serão aquecidas e fundidas à temperatura acima de 1.300ºC, suficiente paradegradar moléculas de produtos fitossanitários.

Os cuidados básicos antes do envio para a reciclagem são:

- Separação dos vidros por cor (âmbar, verde e branco);- Cuidado para evitar mistura com impurezas como areia, pedra e terra.

5.6.3. Embalagens de papelão, cartolina e de papel

Embalagens de papelão, cartolina ou material semelhante usadas para acondicionar outrasembalagens (Ex: caixas coletivas) podem ser incineradas em fornalhas de agro-indústrias rurais.

As embalagens de papel, contaminadas, devem ser incinera em incineradores industriais.

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5.6.4. Embalagens plásticas rígidas

As embalagens plásticas rígidas acondicionam o maior volume e peso de produtos fitossanitáriosatualmente comercializados. Após a entrada em vigor da Lei dos agrotóxicos e do Decretoregulamentador, o percentual de embalagens plásticas rígidas vem aumentando significativamente noBrasil.

Basicamente, a reciclagem mecânica é a forma como a indústria converte os resíduos plásticos emgrânulos, que são transformados em diversos produtos, conforme o fluxograma:

PLÁSTICO PRENSADO • Desenfardamento• Seleção por cor

MOAGEM/TRITURAÇÃO • LavagemSecagem por TurbinaçãoAglutinação a Quente

EXTRUSÃO • Condensação a FrioPeletização

A destinação do material reciclado deverá ser para produtos de uso prolongado e que não exija umanova reciclagem ou descarte a curto ou médio prazo, como conduítes para fios de eletricidades,tubulações de esgoto, mourões de cerca, postes de iluminação, placas de sinalização, pallets, etc.

6. Importância da tríplice lavagem e da lavagem sob pressão

Após serem esvaziadas, as embalagens rígidas de agrotóxicos normalmente retém quantidadesvariáveis de produto no seu interior, de acordo com a superfície interna, formato e a formulação. Aquantidade média de sobras no interior de uma embalagem é de aproximadamente 0,3% do volumeda embalagem após o esvaziamento, conforme dados de trabalhos científicos realizados emlaboratório. Embalagens com produtos formulados como suspensão concentrada (SC) normalmenteretém quantidades maiores.

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A lavagem das embalagens vazias, seja através de processo manual ou mecânico (sob pressão), éfundamental para redução dos resíduos internos, além de ser o primeiro passo para a destinaçãofinal.

Após o processo de tríplice lavagem das embalagens, os resíduos de produto reduzem-se,aproximadamente, às concentrações:

1ª lavagem = 1,2%2ª lavagem = 0,0144%3ª lavagem = 0,0001728%

Análises de resíduos realizadas pelo Prof. Casadei de Baptista (ESALQ/USP) - Piracicaba-SP,comprovam que os níveis de resíduos encontrados na 4ª água de lavagem de embalagens deprodutos fitossanitários estão dentro dos parâmetros internacionalmente aceitos, sempre abaixo de100 ppm, como é estabelecido em Normas adotadas em países como a Holanda e a França.

Quando as embalagens de agrotóxicos são processadas após a realização da tríplice lavagem, osriscos de contaminação tornam-se desprezíveis e os benefícios com este processo são:

Economia: Assegura total aproveitamento do conteúdo da embalagem, uma vez que a caldaresultante da lavagem é despejada no tanque do pulverizador;Segurança: reduz significativamente os riscos para a saúde das pessoas;Ambiente: Protege o meio ambiente e reduz os riscos de contaminação, além de facilitar oencaminhamento para pontos de coleta e viabilizar a reciclagem do material.Normativos: permite classificar as embalagens como resíduo não-perigoso.

COMO FAZER A TRÍPLICE LAVAGEM?

• Esvazie completamente a embalagem no tanque do pulverizador.

• Adicione água limpa à embalagem até 1/4 do seu volume.

• Tampe a embalagem e agite-a por 30 segundos.

• Despeje a calda resultante no tanque do pulverizador.

• Faça esta operação 3 vezes.

• Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.

COMO FAZER A LAVAGEM SOB PRESSÃO?

• Este procedimento só pode ser realizado em pulverizadores com acessórios adaptados paraesta finalidade.

• Encaixe a embalagem vazia no local apropriado do funil instalado no pulverizador.

• Acione a alavanca para liberar o jato de água.

• Direcione o jato d'água para todas as paredes internas da embalagem por 30 segundos.

• A calda da lavagem é automaticamente transferida para o interior do tanque pulverizador.

ATENÇÃO: A operação de tríplice lavagem ou lavagem sob pressão deve ser realizada na ocasião dopreparo da calda imediatamente após o esvaziamento da embalagem, para evitar que o produtoresseque no seu interior.

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7. Projetos de destino final de embalagens

7.1. Projeto do Estado de S. Paulo - Projeto Guariba

Trata-se do projeto que apresentou o maior esforço conjunto já realizado no Brasil, com o objetivo decentralizar e dar uma destinação adequada às embalagens vazias de produtos fitossanitários. Oprojeto teve início em agosto de 1993 e representa um programa pioneiro no Brasil e na AméricaLatina.

A iniciativa e o gerenciamento foram da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de SãoPaulo (AEASP) em conjunto com a Cooperativa dos Plantadores de Cana da Zona de Guariba(COPLANA), a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) e a AssociaçãoNacional de Defesa Vegetal (ANDEF). À COPLANA coube a execução local e o apoio gerencial e, àCETESB, o monitoramento ambiental durante todas as fases do projeto. A AEASP e a ANDEF foramprioritárias na condução do projeto, participando com suporte logístico técnico e financeiro.

7.1.1. COMO FUNCIONA O PROJETO:

7.1.1.1. Unidade de recebimento

Nesta etapa, as embalagens tríplice lavadas são recebidas dos usuários e separadas por tipo dematerial antes de serem prensadas, enfardadas ou moídas e encaminhada para as unidadesrecicladoras. Embalagens contaminadas, até o momento, não são aceitas.

TIPO DE MATERIAL DESTINO PREÇO DE VENDAPLÁSTICO DINOPLAST R$ 250 / ton

METAL GERDAU R$ 30 a 50 /tonVIDRO CISPER R$ 70 / tonPAPELÃO/CARTOLINA/

FIBROLATA

Usados nas fornalhas das usinas de açúcar e álcool

Fonte: COPLANA7.1.1.2. Unidade de beneficiamento do plástico

A empresa DINOPLAST, localizada em Louveira-SP, foi escolhida para participar do projeto porque jáoperava com o beneficiamento de sucata plástica coletada no lixo urbano para transformá-la emconduítes.

Na Dinoplast todo plástico recebido é classificado e selecionado de acordo com o tipo de matériaprima antes de ser triturado e lavado para remoção de impurezas (papel, argila, sujeira, resíduos) epré-aquecido antes de abastecer a extrusora.

Após os processos de moagem e lavagem, os fragmentos das embalagens plásticas são pré-aquecidos e abastecem a máquina extrusora, que os funde e transforma em cordões.

Em seguida os cordões são resfriados e picados sob a forma de péletes, que são a matéria-prima quevai ser, finalmente, utilizada na fabricação dos conduítes.

Os péletes vão, posteriormente, abastecer as extrusoras que vão confeccionar os conduítescorrugados. A seguir, imagens das etapas de fabricação, enrolamento das mangueiras e o produtofinal.

7.1.1.3. Estação de tratamento de efluentes

A água resultante da lavagem dos fragmentos das embalagnes contém resíduos de produtosfitossanitários e precisa ser tratada e filtrada antes de ser destinada ao sistema fluvial. Para o

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tratamento da água, foi necessária a instalação de uma mini estação de tratamento dos efluentesgerados na lavagem. O efluente bruto contaminado segue o seguinte fluxo:

EFLUENTE BRUTO CONTAMINADO -> DECANTAÇÃO -> FLOCULAÇÃO Al2SO4 / HCl / -Polieletrólito- >FILTRO DE AREIA ->FILTRO DE CARVÃO ATIVADO ->EFLUENTE TRATADO ->RIO CAPIVARI

Após receber os devidos tratamentos nos processos de floculação e decantação, o efluente passapor um filtro de areia e outro de carvão ativado. Os níveis de resíduos são monitorados pela CETESB.A lama decantada é encaminhada à destinação de acordo com as normas da ABNT para resíduossólidos. A DINOPLAST possui capacidade operacional para reciclar 1.200 ton de plástico/ano. Deacordo com os dados do levantamento de embalagens da safra 97/98, no item 4, o peso dasembalagens plásticas - exceto PET - que acondicionam produtos fitossanitários líquidoscomercializados no Estado de São Paulo é compatível com o projeto dimensionado para atender,satisfatoriamente, o Estado. Estão sendo construídos outras Unidades de Recebimento deEmbalagens em outros municípios do Estado, que estão demonstrando interesse em participar comoparceiros, para ampliar o programa de recebimento.

7.2 Projeto do Estado do Paraná – PROJETO TERRA LIMPA

O Paraná iniciou seu projeto em 1995 por iniciativa do Governo do Estado, através da Secretaria deMeio Ambiente e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e sob coordenação da Superintendência deDesenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (SUDERHSA). Durante 1996, foramimplantadas 2 unidades de recebimento, localizadas em Palotina e Santa Terezinha do Itaipú.Durante 1999, o Governo do Estado implantou mais 11 unidades de recebimento, distribuídas pelasprincipais regiões agrícolas do Paraná.

Depois de compactadas, as embalagens de metal são enviadas para a Siderúrgica Rio GrandenseS/A e as embalagens de vidro, após a moagem, são encaminhadas à Companhia Industrial de SãoPaulo e Rio-CISPER.

7.3. Projeto do Rio Grande do Sul

O Comitê de Estudos sobre o Destino Final de Embalagens de Defensivos Agrícolas, coordenadopela Sociedade de Agronomia do Rio Grande do Sul (SARGS) e do qual fazem parte as Secretariasda Agricultura (EMATER); da Ciência e Tecnologia (FEPAGRO), da Saúde e Meio Ambiente(FEPAM), a ANDEF e as Prefeituras Municipais, como a de Passo Fundo, iniciaram em 1996 umacampanha sobre a tríplice lavagem de embalagens vazias de produtos fitossanitários em algunsmunicípios gaúchos. Além da campanha educativa, a Prefeitura de Passo Fundo enviou projeto àCâmara de Vereadores para construção de uma unidade de recebimento de embalagens vazias nomunicípio de Passo Fundo. Estão envolvidas empresas conveniadas, ligadas aos Grupos Gerdau,CISPER e ABREMPLAST (Associação Brasileira dos Recicladores de Materiais Plásticos), paraexecutar a reciclagem do metal, vidro e do plástico.

O artigo acima transcrito indica que o setor está empenhado em implantar um

programa de reciclagem com ampla penetração nacional, a despeito do pequeno

volume reciclado.

3.1.1 – MANUAL DE DESTINAÇÃO FINAL DE EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS E OUTROS

MATERIAIS EXPLICATIVOS

Os fabricantes desses produtos se organizaram e produziram uma série de manuais

para utilização dos revendedores e usuários cujo conjunto segue como Anexo 4.

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Iniciando-se pela chamada “venda técnica” do produto, em que tanto o revendedor

quanto o consumidor são informados acerca dos cuidados com as embalagens de

agrotóxicos. As informações básicas são produzidas em linguagem acessível e os

principais conteúdos são abaixo mostrados:

Apresentação

O principal motivo para darmos a destinação final correta para as embalagens vaziasdos agrotóxicos é diminuir o risco para a saúde das pessoas e de contaminação domeio ambiente.

Durante vários anos, o Governo vem trabalhando em conjunto com a iniciativaprivada num programa nacional para o destino final das embalagens, e hoje sabemosque os principais ensinamentos sobre o tema abordado têm surgido através deiniciativas da indústria e da participação voluntária de diversos segmentos dasociedade. As parcerias estabelecidas e os convênios firmados com empresas eentidades permitiram a implantação de diversas centrais de recebimento deembalagens no Brasil, que hoje ajudam a reduzir o número de embalagensabandonadas na lavoura, estradas e às margens de mananciais d’água. Atualmenteo Brasil já recicla de forma controlada 20% das embalagens plásticas monocamadas(PEAD) que são comercializadas.

Com a experiência adquirida nestes anos e a necessidade de atendermos asexigências estabelecidas pela Lei Federal n.º 9.974 de 06/06/00 e Decreto n.º 3.550de 27/07/00, a ANDEF e a ANDAV redigiram este manual de orientação para osrevendedores a fim de facilitar o entendimento da nova legislação.

A nova legislação federal disciplina a destinação final de embalagens vazias deagrotóxicos e determina as responsabilidades para o agricultor, o revendedor e parao fabricante. O não cumprimento destas responsabilidades poderá implicar empenalidades previstas na legislação específica e na lei de crimes ambientais (Lei9.605 de 13/02/98), como multas e até pena de reclusão.

Não poderíamos deixar de mencionar nesta publicação o importante apoio do GT1(grupo de trabalho educacional) para desenvolver planos de ação e implementarprogramas educativos que estimulem a devolução correta e segura das embalagensvazias de agrotóxicos por parte dos usuários nas unidades de recebimentos. Asentidades que participaram do GT1, até o presente momento, são: AENDA –Associação das Empresas Nacionais de Defensivos Agrícolas; ANDAV - AssociaçãoNacional de Distribuidores de Defensivos Agrícolas e Veterinários; ANDEF -Associação Nacional de Defesa Vegetal; ANVISA/MS – Agência Nacional deVigilância Sanitária/Ministério da Saúde; CNA - Confederação Nacional daAgricultura; EMBRAPA/CNPMA - Centro Nacional de Pesquisa sobre Monitoramentoe Impacto Ambiental; Faculdade de Agronomia Francisco Maeda - FAFRAM; FNSA -Fórum Nacional de Secretários de Agricultura; IAP - Instituto Ambiental do Paraná;IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis;INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária; INFC - Instituto NovasFronteiras da Cooperação; MA - Ministério da Agricultura; MDA - Ministério doDesenvolvimento Agrário; MMA - Ministério do Meio Ambiente; OCB - Organizaçãodas Cooperativas Brasileiras; SEACOOP – Serviço Nacional de Aprendizagem doCooperativismo; SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural e o SINDAG -Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola.

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Introdução

A destinação final das embalagens vazias de agrotóxicos é um procedimentocomplexo que requer a participação efetiva de todos os agentes envolvidos nafabricação, comercialização, utilização, licenciamento, fiscalização e monitoramentodas atividades relacionadas com o manuseio, transporte, armazenamento eprocessamento dessas embalagens.

Considerando a grande diversificação de embalagens e de formulações deagrotóxicos com características físicas e composições químicas diversas e asexigências estabelecidas pela Lei Federal n.º 9.974 de 06/06/00 e Decreto n.º 3.550de 27/07/00, foi elaborado este manual contendo procedimentos, mínimos enecessários, para a destinação final segura das embalagens vazias de agrotóxicos,com a preocupação de que os eventuais riscos decorrentes de sua manipulaçãosejam minimizados a níveis compatíveis com a proteção da saúde humana e meioambiente.

Todos os pormenores dos procedimentos deste manual foramelaborados com o intuito de orientar os revendedores nesta fasede estruturação para as operações de recebimento earmazenamento das embalagens vazias. Dessa forma,evitaremos ações isoladas de recepção inadequada (semcritérios pré-estabelecidos para embalagens lavadas econtaminadas) das embalagens vazias nas revendas e,conseqüentemente, o manuseio e a armazenagem irregulares deembalagens contaminadas em áreas urbanas.

Com a colaboração de todos os envolvidos, brevementepoderemos estar estruturados para expandir de formapadronizada as unidades de recebimento em todo Brasil e,conseqüentemente, contribuir para a adequação e uniformidadedas atividades relacionadas ao manuseio de embalagens vaziasà nova legislação.

Os Usuários deverão:a) Preparar as embalagens vazias para devolvê-las nas unidades derecebimento;

• Embalagens rígidas laváveis: efetuar alavagem das embalagens (Tríplice Lavagem ouLavagem sob Pressão);

• Embalagens rígidas não laváveis: mantê-lasintactas, adequadamente tampadas e semvazamento;

• Embalagens flexíveis contaminadas:acondicioná-las em sacos plásticos padronizados.

b) Armazenar, temporariamente, as embalagens vazias napropriedade;

c) Transportar e devolver as embalagens vazias, com suasrespectivas tampas, para a unidade de recebimento mais próxima

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(procurar orientação junto aos revendedores sobre os locais paradevolução das embalagens), no prazo de até um ano, contado dadata de sua compra;

d) Manter em seu poder os comprovantes de entrega dasembalagens e a nota fiscal de compra do produto.

Os Revendedores deverão :

a) Disponibilizar e gerenciar unidades de recebimento (postos) para a devolução deembalagens vazias pelos usuários/agricultores1;

b) No ato da venda do produto, informar aos usuários/agricultores sobre osprocedimentos de lavagem, acondicionamento, armazenamento, transporte edevolução das embalagens vazias;

c) Informar o endereço da unidade derecebimento de embalagens vazias maispróxima para o usuário, fazendo constaresta informação na Nota Fiscal de vendado produto;

d) Fazer constar dos receituários queemitirem, as informações sobre destinofinal das embalagens;

e) Implementar, em colaboração com oPoder Público, programas educativos emecanismos de controle e estímulo àLAVAGEM (Tríplice ou sob Pressão) e àdevolução das embalagens vazias porparte dos usuários.

(1) Sugestão: os revendedores podem formar parcerias entre si ou com outras entidades, para aimplantação e gerenciamento de Postos de Recebimento de Embalagens.

Os Fabricantes deverão:

a) Providenciar o recolhimento, a reciclagem ou a destruição das embalagens vaziasdevolvidas às unidades de recebimento em, no máximo, um ano, a contar da data dedevolução pelos usuários/agricultores;

b) Informar os Canais de Distribuição sobre os locais onde se encontram instaladasas Centrais de Recebimento de embalagens para as operações de prensagem eredução de volume;

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c) Implementar, em colaboração com o Poder Público,programas educativos e mecanismos de controle eestímulo à LAVAGEM (Tríplice e sob Pressão) e àdevolução das embalagens vazias por parte dosusuários;

d) Implementar, em colaboração com o Poder Público,medidas transitórias para orientação dos usuários quantoao atendimento das exigências previstas no Decreto n.º3550, enquanto se realizam as adequações dosestabelecimentos comerciais e dos rótulos e bulas;

e) Alterar os modelos de rótulos e bulas para que constem informações sobre os procedimentos de lavagem, armazenamento, transporte, devolução e destinação final das embalagens vazias.

Embalagens laváveis

Definição: São aquelas embalagens rígidas (plásticas, metálicas ede vidro) que acondicionam formulações líquidas de agrotóxicos paraserem diluídas em água (de acordo com a norma técnica NBR-13.968).

1. Procedimentos para o Preparo e Movimentação das Embalagens:

1.1. Lavagem das embalagens:

• Procedimentos de lavagem das embalagens rígidas (plásticas, metálicas e de vidro):

Como fazer a Tríplice Lavagem

a) Esvazie completamente o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador;

b) Adicione água limpa à embalagem até ¼ do seu volume;

c) Tampe bem a embalagem e agite-a por 30 segundos;

d) Despeje a água de lavagem no tanque do pulverizador;

e) Faça esta operação 3 vezes;

f) Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.

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Embalagens não laváveis

Definição: São todas as embalagens flexíveis e aquelas embalagens rígidas quenão utilizam água como veículo de pulverização. Incluem-se nesta definição asembalagens secundárias não contaminadas rígidas ou flexíveis.

• Embalagens flexíveis:Sacos ou saquinhos plásticos, depapel, metalizadas, mistas ou de outromaterial flexível;

• Embalagens rígidas que nãoutilizam água como veículo depulverização: embalagens deprodutos para tratamento de sementes,Ultra Baixo Volume - UBV eformulações oleosas;

• Embalagens secundárias:refere-se às embalagens rígidas ouflexíveis que acondicionamembalagens primárias, não entram emcontato direto com as formulações deagrotóxicos, sendo consideradasembalagens não contaminadas e nãoperigosas, tais como caixas coletivasde papelão, cartuchos de cartolina,fibrolatas e as embalagenstermomoldáveis.

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Sugestões Técnicas para Instalação deUnidades de Recebimento de Embalagens Vazias

Necessidades Posto de Recebimento

Localização Zona Rural ou Industrial

Área necessária

Além da área necessária para o barracão,observarmais 10 metros para movimentação decaminhões

Área cercada A área deve ser toda cercada com alturamínima de 1,5 metros

Portão de duas folhas 2 metros cada folha

Área para movimentação de veículos Com brita ou outro material

Dimensão do Galpão 8,0 x 10 x 4,5 metros

Área total do Galpão 80 m2

Pé direito 4,5 metros

Fundações A critério

Estrutura A critério (definição regional) Ex: metálico,alvenaria, eucaliptos, etc.

Cobertura A critério, com beiral de 1 metro

Piso do Galpão Piso cimentado (mínimo de 5 cm com malhade ferro)

Mureta lateral 2 metros

Telado acima da mureta Sim

Calçada lateral 1 metro de largura

Instalação elétrica Sim

Instalação hidráulica Sim

Balança Opcional

EPI (Equipamento de ProteçãoIndividual)

Sim

Instalações sanitárias Sim

Sinalização de toda a área Sim

Gerenciamento Sim

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Critérios para o Gerenciamento das Unidades de Recebimento1. Implantação da Unidade de Recebimento:

a) Identificar parceiros e definir responsabilidades: O gerenciamento do posto deveráser de responsabilidade dos revendedores ou de uma outra entidade parceirasediada no mesmo município;

b) Preparar e implantar campanhas de orientação ao usuário: O agricultor deverá serorientado sobre o endereço e período/calendário de funcionamento do posto derecebimento mais próximo na ocasião em que estiver adquirindo o produto. Palestras,dias de campo e outros eventos poderão ser utilizados para distribuição de materialinformativo;

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c) Consultar os órgãos ambientais competentes sobre a autorização ambiental:Alguns estados exigem que os Postos de Recebimento de Embalagens Vazias,lavadas ou não (contaminadas), tenham o licenciamento ambiental para seremimplantados;

d) Adequar os postos de recebimentopara o preparo das embalagens etrabalho dos operadores: Dotar asunidades de recebimento deequipamentos e instalaçõesadequadas para o manuseio dasembalagens lavadas ou não(contaminadas) e trabalho segurodos operadores (gôndolas para aseparação e armazenamento destasembalagens por tipo de material,EPI’s, vestiários, etc.);

e) Treinar a equipe de trabalho:O supervisor e os operadores deverão ser treinados para as atividades de uso deequipamentos de proteção individual, recebimento, inspeção, triagem, earmazenamento das embalagens. E deverão estar informados sobre o destino finalde cada tipo de embalagem.

Destino Final de Resíduos

A aplicação de um produto fitossanitário deve ser planejada de modo a evitardesperdícios e sobras. Para isto, peça sempre ajuda de um engenheiro agrônomopara calcular a dose a ser aplicada em função da área a ser tratada.

O que fazer com a sobra da calda no tanque do pulverizador ?

• Volume da calda deve ser calculado adequadamente para evitar grandes sobras nofinal de uma jornada de trabalho;

• Pequeno volume de calda que sobrar no tanque do pulverizador deve ser diluído emágua e aplicado nas bordaduras da área tratada ou nos carreadores;

• Se o produto que estiver sendo aplicado for um herbicida o repasse em áreastratadas poderá causar fitotoxicidade e deve ser evitado;

• Nunca jogue sobras ou restos de produtos em rios, lagos ou demais coleções deágua.

O que fazer com a sobra do produto concentrado ?

• O produto concentrado deve ser mantido em sua embalagem original;

• Certifique-se de que a embalagem está fechada adequadamente;

• Armazene a embalagem em local seguro.

Produto Vencido ou Impróprio para Comercialização

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Problemas com produtos vencidos ou impróprios para a utilização normalmente sãocausados por erros no manuseio. Os produtos fitossanitários normalmente apresentam prazo de validade de 2 a 3anos, tempo suficiente para que sejam comercializados e aplicados. A compra dequantidades desnecessárias ou falha na rotação de estoque poderão fazer com queexpirem os prazos de validade.As embalagens dos produtos fitossanitários são dimensionadas para resistir comsegurança às etapas de transporte e armazenamento. Avarias nas informações derótulo e bula ou danos nas embalagens normalmente são causados pelo manuseioimpróprio durante o transporte e ou armazenamento.

O que o revendedor deve fazer com o produto vencido ou impróprio para comercialização?

• O revendedor deve comunicar ao fabricante qualquer avaria ou irregularidade quedeixe o produto impróprio para a comercialização;

• O produto deverá ser devolvido à fábrica para destinação adequada;

• Os custos envolvidos na devolução do produto para o fabricante, como o transporte,são de responsabilidade do revendedor ou proprietário. Podendo haver negociaçãoentre as partes.

Estas informações não devem ser entendidas como o único critério para odestino final de resíduos de produtos fitossanitários. Consulte as disposiçõesna legislação estadual e municipal.

Disponibilidade Atual de Centrais de Recebimento de EmbalagensEstado de São Paulo:Guariba

Ituverava

Paraguaçu Paulista

Piracicaba

Taquarivaí

Valinhos (Posto)

Estado de Mato Grosso:Campo Novo do Parecis

Lucas do Rio Verde

Primavera do Leste

Sapezal

Sorriso

Rondonópolis

Mato Grosso do Sul:Dourados

São Gabriel do Oeste

Rio Grande do Sul:Passo Fundo

Minas Gerais:

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Pouso Alegre

Espírito Santo:Itarana

Paraná:Renascensa

São Mateus do Sul

Tuneiras do Oeste

Colombo

Cornélio Procópio

Maringá

Cascavel

Ponta Grossa

Morretes

Umuarama

Prudentópolis

Palotina

Sta Teresinha do Itaipu

Cambé

Informações sobre o endereço completo das Centrais nos estados acima mencionados ou sobre aimplantação de novas unidades pode ser obtido no site da ANDEF - www.andef.com.br

Contatos para maiores informações:

AENDA

Associação das Empresas Nacionais de Defensivos AgrícolasTel/Fax: (11) 221-1569 / 222-4446 – e-mail: [email protected]

ANDAV

Associação Nacional dos Distribuidores de Defensivos Agrícolas e VeterináriosTel. (19) 3252-1964 – e-mail: [email protected]

ANDEF

Associação Nacional de Defesa VegetalTel. (11) 3081-5033 – e-mail: [email protected]

OCB

Organização das Cooperativas BrasileirasTel/Fax: (61) 225-0275 / 226-8766 – e-mail: [email protected]

SINDAG

Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa AgrícolaTel/Fax: (11) 543-2168 / 5096-7333 – e-mail: [email protected]

Na página seguinte, um diagrama explicativo do destino final das embalagens.

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3.1.2 – EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS: DADOS ESTATÍSTICOS

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A seguir fornecemos alguns dados estatísticos disponíveis a respeito das

embalagens de agrotóxicos, que indicam volumes comercializados em 1999,

notando-se que o dado de 170 milhões de embalagens é de 2.001, tendo havido,

pois, crescimento no setor.

LEVANTAMENTO DE EMBALAGENS DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS COMERCIALIZADAS NOBRASIL - ANO BASE – 1999 ANDEF - AENDA - SINDAG

TIPOS DE EMBALAGENS UNIDADES PESO (KG)

PLÁSTICAS PEAD 30.254.857 7.901.854 PET 7.124.140 377.394 COEX 20.738.871 2.194.945

TOTAL 58.117.868 10.474.193

METÁLICAS 2.450.999 2.373.058TOTAL 2.450.999 2.373.058

FLEXÍVEIS SACOS PLÁSTICOS 22.809.442 548.670 SACOS DE PAPEL 1.538.358 319.292

SACOS ALUMINIZADOS 10.595.932 1.237.013TOTAL 34.943.732 2.104.975

CARTUCHOS DE CARTOLINA 1.826.862 824.545CAIXAS COLETIVAS DE PAPELÃO 10.164.189 7.794.595

CAIXAS COLETIVAS DE PLÁSTICO 316.051 29.681TOTAL 12.307.102 8.648.821

TOTAL GERAL 107.819.701 23.601.047

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DISTRIBUIÇÃO NOS PRINCIPAIS ESTADOS DAS EMBALAGENS DE DEFENSIVOS AGRÍCOLASCOMERCIALIZADAS NO BRASIL ANO BASE – 1999 ANDEF

ESTADO %São Paulo 33.91

Paraná 13.69Rio Grande do Sul 12.23

Mato Grosso 8.87

Minas Gerais 8.78Goiás 7.59

Mato Grosso do Sul 5.53Santa Catarina 2.42

Bahia 1.79Rio de Janeiro 1.15

Pernambuco 1.05Espírito Santo 1.01

Outros 1.98TOTAL 100

CONSOLIDAÇÃO DOS DADOS SOBRE LEVANTAMENTO DE EMBALAGENS DE DEFENSIVOSAGRÍCOLAS NO PERÍODO 1.987 – 1997, EM UNIDADES

Embalagens

198719891991199319951997

TOTAIS

Metálicas3.858.7993.508.8663.638.7131.272.4021.691.1281.432.45215.402.360

Plásticas

PEAD--

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11.008.7857.495.51325.061.73125.241.148106.385.647

COEX--

6.779.7244.663.640

13.871.909

PET--

5.943.2005.694.7796.527.5679.244.12527.409.671

TOTAL5.344.7346.918.46323.731.70917.853.93231.589.29848.357.182133.795.318

Vidros12.031.87212.567.8546.625.1661.737.5912.428.838417.468

35.808.789

Hidrossolúveis-----

3.855.9933.855.993

Sacos Plásticos4.186.1107.590.1778.104.4077.018.29518.702.54213.364.78658.966.317

Sacos de Papel1.071.457889.527

2.456.7371.464.2404.184.8053.207.66413.274.430

Cartuchos de Cartolina2.570.321

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1.687.0512.667.1512.422.1743.371.2058.807.64321.525.545

Caixas Coletivas de Papelão1.440.3033.263.6333.774.5743.987.1786.157.6457.146.95725.770.290

Fibrolatas1.117.800896.482193.460430.434317.662413.990

3.369.828

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3.2 - LEGISLAÇÃO

No nível das normas federais, há duas legislações de grande importância, que

tratam do tema. As leis federais 7.802/89 e 9.974/2000, que lhe alterou alguns

dispositivos. Há também o decreto federal 98.816, de 11 de janeiro de 1.989, que

regulamentou a primeira lei (7.802) Há uma discussão pública a respeito de uma

nova regulamentação do setor. O decreto 98.816/89 e a minuta do novo decreto

constituem o Anexo 5. Entendemos que a legislação precisa de ajustes e

atualizações. O CONAMA ainda não editou uma resolução específica a respeito do

tema, a exemplo do que fez com pilhas e baterias e lubrificantes. A seguir,

transcrevemos as duas leis federais acima mencionadas.

LEI Nº 7.802, DE 11 DE JULHO DE 1989.

Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação,a produção, a embalagem e rotulagem, otransporte, o armazenamento, acomercialização, a propaganda comercial, autilização, a importação, a exportação, odestino final dos resíduos e embalagens, oregistro, a classificação, o controle, ainspeção e a fiscalização de agrotóxicos,seus componentes e afins, e dá outrasprovidências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta eeu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º A pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, otransporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, autilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, oregistro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seuscomponentes e afins, serão regidos por esta Lei.

Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se:

I - agrotóxicos e afins:

a) os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinadosao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtosagrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e deoutros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cujafinalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las daação danosa de seres vivos considerados nocivos;

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b) substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes,estimuladores e inibidores de crescimento;

II - componentes: os princípios ativos, os produtos técnicos, suas matérias-primas, osingredientes inertes e aditivos usados na fabricação de agrotóxicos e afins.

Art. 3º Os agrotóxicos, seus componentes e afins, de acordo com definição do art. 2ºdesta Lei, só poderão ser produzidos, exportados, importados, comercializados eutilizados, se previamente registrados em órgão federal, de acordo com as diretrizese exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde, do meioambiente e da agricultura.

§ 1º Fica criado o registro especial temporário para agrotóxicos, seus componentes eafins, quando se destinarem à pesquisa e à experimentação.

§ 2º Os registrantes e titulares de registro fornecerão, obrigatoriamente, à União, asinovações concernentes aos dados fornecidos para o registro de seus produtos.

§ 3º Entidades públicas e privadas de ensino, assistência técnica e pesquisa poderãorealizar experimentação e pesquisas, e poderão fornecer laudos no campo daagronomia, toxicologia, resíduos, química e meio ambiente.

§ 4º Quando organizações internacionais responsáveis pela saúde, alimentação oumeio ambiente, das quais o Brasil seja membro integrante ou signatário de acordos econvênios, alertarem para riscos ou desaconselharem o uso de agrotóxicos, seuscomponentes e afins, caberá à autoridade competente tomar imediatas providências,sob pena de responsabilidade.

§ 5º O registro para novo produto agrotóxico, seus componentes e afins, seráconcedido se a sua ação tóxica sobre o ser humano e o meio ambiente forcomprovadamente igual ou menor do que a daqueles já registrados, para o mesmofim, segundo os parâmetros fixados na regulamentação desta Lei.

§ 6º Fica proibido o registro de agrotóxicos, seus componentes e afins:

a) para os quais o Brasil não disponha de métodos para desativação de seuscomponentes, de modo a impedir que os seus resíduos remanescentes provoquemriscos ao meio ambiente e à saúde pública;

b) para os quais não haja antídoto ou tratamento eficaz no Brasil;

c) que revelem características teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas, deacordo com os resultados atualizados de experiências da comunidade científica;

d) que provoquem distúrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordocom procedimentos e experiências atualizadas na comunidade científica;

e) que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de laboratório,com animais, tenham podido demonstrar, segundo critérios técnicos e científicosatualizados;

f) cujas características causem danos ao meio ambiente.

Art. 4º As pessoas físicas e jurídicas que sejam prestadoras de serviços na aplicaçãode agrotóxicos, seus componentes e afins, ou que os produzam, importem, exportemou comercializem, ficam obrigadas a promover os seus registros nos órgãoscompetentes, do Estado ou do Município, atendidas as diretrizes e exigências dos

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órgãos federais responsáveis que atuam nas áreas da saúde, do meio ambiente e daagricultura.

Parágrafo único. São prestadoras de serviços as pessoas físicas e jurídicas queexecutam trabalho de prevenção, destruição e controle de seres vivos, consideradosnocivos, aplicando agrotóxicos, seus componentes e afins.

Art. 5º Possuem legitimidade para requerer o cancelamento ou a impugnação, emnome próprio, do registro de agrotóxicos e afins, argüindo prejuízos ao meioambiente, à saúde humana e dos animais:

I - entidades de classe, representativas de profissões ligadas ao setor;

II - partidos políticos, com representação no Congresso Nacional;

III - entidades legalmente constituídas para defesa dos interesses difusosrelacionados à proteção do consumidor, do meio ambiente e dos recursos naturais.

§ 1º Para efeito de registro e pedido de cancelamento ou impugnação de agrotóxicose afins, todas as informações toxicológicas de contaminação ambiental ecomportamento genético, bem como os efeitos no mecanismo hormonal, são deresponsabilidade do estabelecimento registrante ou da entidade impugnante e devemproceder de laboratórios nacionais ou internacionais.

§ 2º A regulamentação desta Lei estabelecerá condições para o processo deimpugnação ou cancelamento do registro, determinando que o prazo de tramitaçãonão exceda 90 (noventa) dias e que os resultados apurados sejam publicados.

§ 3º Protocolado o pedido de registro, será publicado no Diário Oficial da União umresumo do mesmo.

Art. 6º As embalagens dos agrotóxicos e afins deverão atender, entre outros, aosseguintes requisitos:

I - devem ser projetadas e fabricadas de forma a impedir qualquer vazamento,evaporação, perda ou alteração de seu conteúdo;

II - os materiais de que forem feitas devem ser insuscetíveis de ser atacados peloconteúdo ou de formar com ele combinações nocivas ou perigosas;

III - devem ser suficientemente resistentes em todas as suas partes, de forma a nãosofrer enfraquecimento e a responder adequadamente às exigências de sua normalconservação;

IV - devem ser providas de um lacre que seja irremediavelmente destruído ao seraberto pela primeira vez.

Parágrafo único. Fica proibido o fracionamento ou a reembalagem de agrotóxicos eafins para fins de comercialização, salvo quando realizados nos estabelecimentosprodutores dos mesmos.

Art. 7º Para serem vendidos ou expostos à venda em todo território nacional, osagrotóxicos e afins ficam obrigados a exibir rótulos próprios, redigidos em português,que contenham, entre outros, os seguintes dados:

I - indicações para a identificação do produto, compreendendo:

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a) o nome do produto;

b) o nome e a percentagem de cada princípio ativo e a percentagem total dosingredientes inertes que contém;

c) a quantidade de agrotóxicos, componentes ou afins, que a embalagem contém,expressa em unidades de peso ou volume, conforme o caso;

d) o nome e o endereço do fabricante e do importador;

e) os números de registro do produto e do estabelecimento fabricante ou importador;

f) o número do lote ou da partida;

g) um resumo dos principais usos do produto;

h) a classificação toxicológica do produto;

II - instruções para utilização, que compreendam:

a) a data de fabricação e de vencimento;

b) o intervalo de segurança, assim entendido o tempo que deverá transcorrer entre aaplicação e a colheita, uso ou consumo, a semeadura ou plantação, e a semeaduraou plantação do cultivo seguinte, conforme o caso;

c) informações sobre o modo de utilização, incluídas, entre outras: a indicação deonde ou sobre o que deve ser aplicado; o nome comum da praga ou enfermidade quese pode com ele combater ou os efeitos que se pode obter; a época em que aaplicação deve ser feita; o número de aplicações e o espaçamento entre elas, se foro caso; as doses e os limites de sua utilização;

d) informações sobre os equipamentos a serem utilizados e sobre o destino final dasembalagens;

III - informações relativas aos perigos potenciais, compreendidos:

a) os possíveis efeitos prejudiciais sobre a saúde do homem, dos animais e sobre omeio ambiente;

b) precauções para evitar danos a pessoas que os aplicam ou manipulam e aterceiros, aos animais domésticos, fauna, flora e meio ambiente;

c) símbolos de perigo e frases de advertência padronizados, de acordo com aclassificação toxicológica do produto;

d) instruções para o caso de acidente, incluindo sintomas de alarme, primeirossocorros, antídotos e recomendações para os médicos;

IV - recomendação para que o usuário leia o rótulo antes de utilizar o produto.

§ 1º Os textos e símbolos impressos nos rótulos serão claramente visíveis efacilmente legíveis em condições normais e por pessoas comuns.

§ 2º Fica facultada a inscrição, nos rótulos, de dados não estabelecidos comoobrigatórios, desde que:

I - não dificultem a visibilidade e a compreensão dos dados obrigatórios;

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II - não contenham:

a) afirmações ou imagens que possam induzir o usuário a erro quanto à natureza,composição, segurança e eficácia do produto, e sua adequação ao uso;

b) comparações falsas ou equívocas com outros produtos;

c) indicações que contradigam as informações obrigatórias;

d) declarações de propriedade relativas à inocuidade, tais como "seguro", "nãovenenoso", "não tóxico"; com ou sem uma frase complementar, como: "quandoutilizado segundo as instruções";

e) afirmações de que o produto é recomendado por qualquer órgão do Governo.

§ 3º Quando, mediante aprovação do órgão competente, for juntado folhetocomplementar que amplie os dados do rótulo, ou que contenha dados queobrigatoriamente deste devessem constar, mas que nele não couberam, pelasdimensões reduzidas da embalagem, observar-se-á o seguinte:

I - deve-se incluir no rótulo frase que recomende a leitura do folheto anexo, antes dautilização do produto;

II - em qualquer hipótese, os símbolos de perigo, o nome do produto, as precauçõese instruções de primeiros socorros, bem como o nome e o endereço do fabricante ouimportador devem constar tanto do rótulo como do folheto.

Art. 8º A propaganda comercial de agrotóxicos, componentes e afins, em qualquermeio de comunicação, conterá, obrigatoriamente, clara advertência sobre os riscosdo produto à saúde dos homens, animais e ao meio ambiente, e observará oseguinte:

I - estimulará os compradores e usuários a ler atentamente o rótulo e, se for o caso, ofolheto, ou a pedir que alguém os leia para eles, se não souberem ler;

II - não conterá nenhuma representação visual de práticas potencialmente perigosas,tais como a manipulação ou aplicação sem equipamento protetor, o uso emproximidade de alimentos ou em presença de crianças;

III - obedecerá ao disposto no inciso II do § 2º do art. 7º desta Lei.

Art. 9º No exercício de sua competência, a União adotará as seguintes providências:

I - legislar sobre a produção, registro, comércio interestadual, exportação,importação, transporte, classificação e controle tecnológico e toxicológico;

II - controlar e fiscalizar os estabelecimentos de produção, importação e exportação;

III - analisar os produtos agrotóxicos, seus componentes e afins, nacionais eimportados;

IV - controlar e fiscalizar a produção, a exportação e a importação.

Art. 10. Compete aos Estados e ao Distrito Federal, nos termos dos arts. 23 e 24 daConstituição Federal, legislar sobre o uso, a produção, o consumo, o comércio e oarmazenamento dos agrotóxicos, seus componentes e afins, bem como fiscalizar ouso, o consumo, o comércio, o armazenamento e o transporte interno.

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Art. 11. Cabe ao Município legislar supletivamente sobre o uso e o armazenamentodos agrotóxicos, seus componentes e afins.

Art. 12. A União, através dos órgãos competentes, prestará o apoio necessário àsações de controle e fiscalização, à Unidade da Federação que não dispuser dosmeios necessários.

Art. 13. A venda de agrotóxicos e afins aos usuários será feita através de receituáriopróprio, prescrito por profissionais legalmente habilitados, salvo casos excepcionaisque forem previstos na regulamentação desta Lei.

Art. 14. As responsabilidades administrativa, civil e penal, pelos danos causados àsaúde das pessoas e ao meio ambiente, quando a produção, a comercialização, autilização e o transporte não cumprirem o disposto nesta Lei, na sua regulamentaçãoe nas legislações estaduais e municipais, cabem:

a) ao profissional, quando comprovada receita errada, displicente ou indevida;

b) ao usuário ou a prestador de serviços, quando em desacordo com o receituário;

c) ao comerciante, quando efetuar venda sem o respectivo receituário ou emdesacordo com a receita;

d) ao registrante que, por dolo ou por culpa, omitir informações ou fornecerinformações incorretas;

e) ao produtor que produzir mercadorias em desacordo com as especificaçõesconstantes do registro do produto, do rótulo, da bula, do folheto e da propaganda;

f) ao empregador, quando não fornecer e não fizer manutenção dos equipamentosadequados à proteção da saúde dos trabalhadores ou dos equipamentos naprodução, distribuição e aplicação dos produtos.

Art. 15. Aquele que produzir, comercializar, transportar, aplicar ou prestar serviços naaplicação de agrotóxicos, seus componentes e afins, descumprindo as exigênciasestabelecidas nas leis e nos seus regulamentos, ficará sujeito à pena de reclusão de2 (dois) a 4 (quatro) anos, além da multa de 100 (cem) a 1.000 (mil) MVR. Em casode culpa, será punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, além da multade 50 (cinqüenta) a 500 (quinhentos) MVR.

Art. 16. O empregador, profissional responsável ou o prestador de serviço, que deixarde promover as medidas necessárias de proteção à saúde e ao meio ambiente,estará sujeito à pena de reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, além de multa de 100(cem) a 1.000 (mil) MVR. Em caso de culpa, será punido com pena de reclusão de 1(um) a 3 (três) anos, além de multa de 50 (cinqüenta) a 500 (quinhentos) MVR.

Art. 17. Sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis, a infração dedisposições desta Lei acarretará, isolada ou cumulativamente, nos termos previstosem regulamento, independente das medidas cautelares de estabelecimento eapreensão do produto ou alimentos contaminados, a aplicação das seguintessanções:

I - advertência;

II - multa de até 1000 (mil) vezes o Maior Valor de Referência - MVR, aplicável emdobro em caso de reincidência;

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III - condenação de produto;

IV - inutilização de produto;

V - suspensão de autorização, registro ou licença;

VI - cancelamento de autorização, registro ou licença;

VII - interdição temporária ou definitiva de estabelecimento;

VIII - destruição de vegetais, partes de vegetais e alimentos, com resíduos acima dopermitido;

IX - destruição de vegetais, partes de vegetais e alimentos, nos quais tenha havidoaplicação de agrotóxicos de uso não autorizado, a critério do órgão competente.

Parágrafo único. A autoridade fiscalizadora fará a divulgação das sanções impostasaos infratores desta Lei.

Art. 18. Após a conclusão do processo administrativo, os agrotóxicos e afins,apreendidos como resultado da ação fiscalizadora, serão inutilizados ou poderão teroutro destino, a critério da autoridade competente.

Parágrafo único. Os custos referentes a quaisquer dos procedimentos mencionadosneste artigo correrão por conta do infrator.

Art. 19. O Poder Executivo desenvolverá ações de instrução, divulgação eesclarecimento, que estimulem o uso seguro e eficaz dos agrotóxicos, seuscomponentes e afins, com o objetivo de reduzir os efeitos prejudiciais para os sereshumanos e o meio ambiente e de prevenir acidentes decorrentes de sua utilizaçãoimprópria.

Art. 20. As empresas e os prestadores de serviços que já exercem atividades noramo de agrotóxicos, seus componentes e afins, têm o prazo de até 6 (seis) meses, apartir da regulamentação desta Lei, para se adaptarem às suas exigências.

Parágrafo único. Aos titulares do registro de produtos agrotóxicos que têm comocomponentes os organoclorados será exigida imediata reavaliação de seu registro,nos termos desta Lei.

Art. 21. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias,contado da data de sua publicação.

Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 11 de julho de 1989; 168º da Independência e 101º da República.

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LEI No 9.974, DE 6 DE JUNHO DE 2000.

Altera a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, aprodução, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propagandacomercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro,a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dáoutras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o O artigo 6o da Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, passa a vigorar com aseguinte redação:

"Art. 6o. ........................................................................."

"I - devem ser projetadas e fabricadas de forma a impedirqualquer vazamento, evaporação, perda ou alteração deseu conteúdo e de modo a facilitar as operações delavagem, classificação, reutilização e reciclagem;" (NR)

"......................................................................................."

"§ 1o O fracionamento e a reembalagem de agrotóxicos eafins com o objetivo de comercialização somentepoderão ser realizados pela empresa produtora, ou porestabelecimento devidamente credenciado, sobresponsabilidade daquela, em locais e condiçõespreviamente autorizados pelos órgãos competentes."(NR)

"§ 2o Os usuários de agrotóxicos, seus componentes eafins deverão efetuar a devolução das embalagensvazias dos produtos aos estabelecimentos comerciaisem que foram adquiridos, de acordo com as instruçõesprevistas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano,contado da data de compra, ou prazo superior, seautorizado pelo órgão registrante, podendo a devoluçãoser intermediada por postos ou centros de recolhimento,desde que autorizados e fiscalizados pelo órgãocompetente." (AC)*

"§ 3o Quando o produto não for fabricado no País,assumirá a responsabilidade de que trata o § 2o apessoa física ou jurídica responsável pela importação e,tratando-se de produto importado submetido aprocessamento industrial ou a novo acondicionamento,caberá ao órgão registrante defini-la." (AC)

"§ 4o As embalagens rígidas que contiverem formulaçõesmiscíveis ou dispersíveis em água deverão sersubmetidas pelo usuário à operação de tríplice lavagem,ou tecnologia equivalente, conforme normas técnicas

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oriundas dos órgãos competentes e orientação constantede seus rótulos e bulas." (AC)

"§ 5o As empresas produtoras e comercializadoras deagrotóxicos, seus componentes e afins, sãoresponsáveis pela destinação das embalagens vaziasdos produtos por elas fabricados e comercializados, apósa devolução pelos usuários, e pela dos produtosapreendidos pela ação fiscalizatória e dos imprópriospara utilização ou em desuso, com vistas à suareutilização, reciclagem ou inutilização, obedecidas asnormas e instruções dos órgãos registrantes e sanitário-ambientais competentes." (AC)

"§ 6o As empresas produtoras de equipamentos parapulverização deverão, no prazo de cento e oitenta diasda publicação desta Lei, inserir nos novos equipamentosadaptações destinadas a facilitar as operações de tríplicelavagem ou tecnologia equivalente." (AC)

Art. 2o O caput e a alínea d do inciso II do art. 7o da Lei no 7.802, de 1989, passam avigorar com a seguinte redação:

"Art. 7o Para serem vendidos ou expostos à venda emtodo o território nacional, os agrotóxicos e afins sãoobrigados a exibir rótulos próprios e bulas, redigidos emportuguês, que contenham, entre outros, os seguintesdados:" (NR)

"........................................................................................

II - .....................................................................................

........................................................................................"

"d) informações sobre os equipamentos a serem usadose a descrição dos processos de tríplice lavagem outecnologia equivalente, procedimentos para a devolução,destinação, transporte, reciclagem, reutilização einutilização das embalagens vazias e efeitos sobre omeio ambiente decorrentes da destinação inadequadados recipientes;" (NR)

"......................................................................................."

Art. 3o A Lei no 7.802, de 1989, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 12A:

"Art. 12A. Compete ao Poder Público a fiscalização:"(AC)

"I – da devolução e destinação adequada de embalagensvazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, deprodutos apreendidos pela ação fiscalizadora e daquelesimpróprios para utilização ou em desuso;" (AC)

"II – do armazenamento, transporte, reciclagem,reutilização e inutilização de embalagens vazias e

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produtos referidos no inciso I." (AC)

Art. 4o O caput e as alíneas b, c e e do art. 14 da Lei no 7.802, de 1989, passam a vigorarcom a seguinte redação:

"Art. 14. As responsabilidades administrativa, civil epenal pelos danos causados à saúde das pessoas e aomeio ambiente, quando a produção, comercialização,utilização, transporte e destinação de embalagens vaziasde agrotóxicos, seus componentes e afins, nãocumprirem o disposto na legislação pertinente, cabem:"(NR)

"................................................................................"

"b) ao usuário ou ao prestador de serviços, quandoproceder em desacordo com o receituário ou asrecomendações do fabricante e órgãos registrantes esanitário-ambientais;" (NR)

"c) ao comerciante, quando efetuar venda sem orespectivo receituário ou em desacordo com a receita ourecomendações do fabricante e órgãos registrantes esanitário-ambientais;" (NR)

"................................................................................"

"e) ao produtor, quando produzir mercadorias emdesacordo com as especificações constantes do registrodo produto, do rótulo, da bula, do folheto e dapropaganda, ou não der destinação às embalagensvazias em conformidade com a legislação pertinente;"(NR)

".............................................................................."

Art. 5o O art. 15 da Lei no 7.802, de 1989, passa a vigorar com a redação seguinte:

"Art. 15. Aquele que produzir, comercializar, transportar,aplicar, prestar serviço, der destinação a resíduos eembalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes eafins, em descumprimento às exigências estabelecidasna legislação pertinente estará sujeito à pena dereclusão, de dois a quatro anos, além de multa."(NR)

Art. 6o O art. 19 da Lei no 7.802, de 1989, passa a vigorar acrescido do seguinteparágrafo único:

"Art. 19. ........................................................................"

"Parágrafo único. As empresas produtoras ecomercializadoras de agrotóxicos, seus componentes eafins, implementarão, em colaboração com o PoderPúblico, programas educativos e mecanismos decontrole e estímulo à devolução das embalagens vaziaspor parte dos usuários, no prazo de cento e oitenta dias

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contado da publicação desta Lei." (AC)

Art. 7o (VETADO)

Brasília, 6 de junho de 2000; 179o da Independência e 112o da República.

Além das normas acima transcritas, merece destaque, sob o ponto de vista da

legislação em nível nacional, ainda destaque o recente Convênio ICMS 42/01,de 6 de

julho de 2.001 que isenta do ICMS as operações de devolução impositiva de

embalagens vazias de agrotóxicos e respectivas tampas, realizada sem ônus. Este

convênio é celebrado pelo CONFAZ, Conselho Nacional de Política Fazendária enre

todos os Estados e, certamente, auxilia como importante incentivo aos fabricantes e

comerciantes destes produtos.

3.3 – EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS: PRINCIPAIS CONCLUSÕES

Pelo dados obtidos e apresentados nos itens precedentes, as principais conclusões

acerca do manejo ambiental de embalagens de agrotóxicos no Brasil são as

seguintes:

a) há tecnologia disponível para reciclar os resíduos. Porém há apenas duas plantas

reclicladoras (Dinoplast em São Paulo e Barra do Piraí no Rio de Janeiro). Apesar de

próximas dos centros consumidores, o setor se ressente de uma rede de entrepostos

para melhor coletar as embalagens. As centrais de recepção por região (transbordos)

tem sido estimuladas mas ainda não parecem atender a toda a demanda.

b) os instrumentos legais necessitam de atualização e vêm sendo discutidos;

c) não há entraves fiscais na aplicação dos instrumentos econômicos.

d) o percentual de reciclagem é de 10 a 15% das embalagens, e deve sofrer

incremento nos próximos anos.

Encerramos o presente relatório com 87 (oitenta e sete) páginas A4 e 6 anexos, e

esperamos que possa ser de utilidade aos demais companheiros da REPAMAR.

FINAL DA PRIMEIRA VERSÃO DO RELATÓRIO REPAMAR - BRASIL