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A G M A D V O G A D O S EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO xxxxxxx JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE NITERÓI - RJ Processo nº: xxxxxxxxxxx xxxxx, brasileira, casada, técnica em radiologia , portadora da Cédula de Identidade nºxxxxx DETRAN /RJ., inscrita no CPF sob o nº xxx, residente e domiciliada à Rua xxxxx, Bairro xxx, Niterói, RJ., CEP. xxxx.; vem, através de sua advogada infra-assinado, perante Vossa Excelência, apresentar suas CONTRARRAZÕES AO RECURSO INOMIMADO interposto pela yyyyy , o que faz através do memorial anexo, requerendo sua remessa em apenso para Superior Instância,após cumpridas as formalidades legais. Nestes termos, pede deferimento. NITERÓI , 16 DE NOVEMBRO DE 2011. vvvvvvv OAB/RJ.000000 EGRÉGIO CONSELHO RECURSAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. CONTRARRAZÕES DE RECURSO INOMINADO AV. André Araújo, 115, 2º Andar - Sala 234, Aleixo, Manaus-AM Tel.: (92) 3664-6601 / 9179-0214;E-Mail: [email protected]

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A G M A D V O G A D O S

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO xxxxxxx JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE NITERÓI - RJ

Processo nº: xxxxxxxxxxx

xxxxx, brasileira, casada, técnica em radiologia , portadora da Cédula de Identidade nºxxxxx DETRAN /RJ., inscrita no CPF sob o nº xxx, residente e domiciliada à Rua xxxxx, Bairro xxx, Niterói, RJ., CEP. xxxx.; vem, através de sua advogada infra-assinado, perante Vossa Excelência, apresentar suas CONTRARRAZÕES AO RECURSO INOMIMADO interposto pela yyyyy , o que faz através do memorial anexo, requerendo sua remessa em apenso para Superior Instância,após cumpridas as formalidades legais.

Nestes termos, pede deferimento. NITERÓI , 16 DE NOVEMBRO DE 2011. vvvvvvv OAB/RJ.000000

EGRÉGIO CONSELHO RECURSAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

CONTRARRAZÕES DE RECURSO INOMINADO

Recorrente: yyyyyyyyRecorrida: xxxxxx Origem: cccc Juizado Especial Cível de NITERÓI / RJ Processo nº 00000000 COLENDA TURMAEMERITOS JULGADORES

AV. André Araújo, 115, 2º Andar - Sala 234, Aleixo, Manaus-AM

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A sentença proferida nas fls. oo e fls. oo , pelo juízo a quo deve ser mantida ,pois a materia foi examinada em sintonia com as provas constantes dos autos e fundamentada com as normas legais aplicaveis,com a devida razoabilidade e proporcionalidade.

RESUMO DOS FATOS

A Autora no mês de Maio do ano de 0000 adquiriu da empresa Ré o cartão de crédito n° 000000

No mesmo mês da aquisição do cartão, a Autora se dirigiu a Empresa Ré e realizou uma compra parcelada em 6 (seis) vezes. E em meado do pagamento das referidas parcelas a Autora realizou outra compra também parcelada, e conforme demonstrado na peca exordial a Autora realizou devidamente todos os pagamentos das referidas faturas ,de modo nada estar devendo .

Ocorre que no mês de dezembro do ano de 2009, a Autora foi surpreendida quando do recebimento de uma carta que afirmava que o nome e CPF da Autora constavam no CADASTRO DE RESTRIÇÃO DE CRÉDITO.

Diante do ocorrido e se sentindo constrangida pelas dividas que a ela fora imputada, a Autora se dirigiu a empresa Ré, levando todos os comprovantes de pagamento de suas faturas, inclusive a que era mencionada, fatura do mês de dezembro de 2009 no valor de R$ 188,30(cento e oitenta e oito reais e trinta centavos) , como o fundamento da inclusão de seu nome no “rol de mal pagadores” - SPC e SERASA, sendo assim atendida pelo preposto da empresa Ré, que de imediato constatou que todos os pagamentos foram devidamente realizados e que o problema se originou de um erro administrativo , vindo assim a solicitar ,que a Autora aguardasse o prazo de 48 horas para que fosse enviado uma copia do pagamento de sua fatura ao setor jurídico da empresa Ré e ,conseqüentemente o nome da Autora estaria fora do Cadastro de Restrição de Credito .

Acreditando que teria seu nome retirado do Cadastro de Restrição de Credito, a Autora, ainda no mês de dezembro do ano de 2009 foi solicitar um empréstimo junto ao sistema financeiro, porém foi negado tal empréstimo em virtude de seu nome encontrar-se negativado junto aos ÓRGÃOS DE RESTRIÇAO DE CRÉDITO.

Constrangida pelo estado vexatório que acabara de passar, a Autora de imediato se dirigiu mais uma vez a empresa Ré, afim de que lhe fossem dadas explicações sobre seu nome ainda constar negativado junto aos órgãos de restrição de credito. Diante do tamanho descaso e falta de respeito, a Autora não viu outra saída há não ser tentar enviar o fax para o n°00000 fl.00 comprovando seu pagamento. Anexado a peça exordial as fls. 00 ,a Autora tentou por diversas vezes e em nenhuma obteve êxito. Continuando assim, a Autora, até a presente data por falta da organização e respeito da empresa Ré, com seu nome negativado no SPC e SERASA, fls. 000.

Dos fundamentos:

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Desmentindo o que foi relatado pela Recorrente, com relação a contratar com seus clientes , demonstrando má prestação de serviços e falta de critérios sérios de controle para suas cobranças e irresponsabilidade da Ré e falta de respeito com a consumidora , que pagou todas as faturas referentes suas compras e sem motivo teve seu nome negativado. Não há que se falar da legalidade de inclusão do nome da Recorrida no órgão de proteção ao crédito, tendo em vista que todas as faturas , inclusive as dos meses novembro de 2009 e dezembro de 2009, foram devidamente pagas, restando ainda credito(s.m.Boa reputação,confiança,emprestimo) no valor de R$ 110,96(cento e dez reais e noventa e seis reais) ,conforme comprova os documentos acostados as fls. 22, fls. 25 não prosperando a alegação da Recorrente.Equivoca-se mais uma vez o Recorrente ao mencionar o não pagamento da fatura com vencimento em dezembro ,visto que o mesmo encontra-se anexado junto a seu comprovante de pagamento fls. 25 . Provido de ignorancia o Recorrente afirma que :” preexiste legitima incrição”,referindo-se a Fls.27- Vivos/a. Processo: 0000000Pois bem ! Realizados esclarecimentos acima cumpre ressaltar que a devida restriçao ocorreu equivocadamente,sendo decidido judicialmente . O que prova a também ilegitimidade da referida restrição.Além do que,a Recorrente nada tem haver e muito menos tem o direito de querer se eximir de suas responsabilidades alegando e ou encontrando motivos que não lhe dizem respeito. Há de se mencionar que as fls. 25 demonstram efetivamente o pagamento de modo estar devendo e que seg as fls.27 ,mesmo apos o devido pagamento o recorrente inseriu a recorrida no cadaastro de proteção ao credito em 21/12/2009,conforme Dt.Registro.E ainda alegando o atraso referente a fatura também paga ,esta que inclusive consta como um credito. . Ora,não resta duvidas quanto a lesão que o recorrente causou a recorrida ,agindo de má fé ,tentando este sim,enriquecer-se ilicitamente imputando dividas a recorrida fl.14Restanto ,assim, infundado todas as alegaçoes do Recorrente.

DA SENTENÇA

A sentença há de prevalecer na sua integridade, pois foi totalmente fundamentada e consubstanciada pelas provas acostadas pela Recorrida, que provou devidamente estarem pagas as faturas do mês de novembro e dezembro e os danos causados por uma dívida que não contraiu e como conseqüência teve seu nome negativado indevidamente. Conforme demonstrado em fl.62 a 63,onde o juízo a quo declara ao compulsar os autos que a parte ré manteve o nome da parte autora negativado indevidamente,tendo em vista que a fatura que ensejou a negativação foi devidamente paga ,conforme prova conta do mês de dezembro de 2009,em que consta o credito de R$ 110,96,referente a conta paga do mês anterior,tendo ela também quitado a fatura de dezembro de 2009.Declarando inexistente qualquer debito ,assim como também prospera o pedido de indenização por danos morais,visto,que o dano moral é in re ipsa,isto é, decorre do próprio fato,sendo evidente que houve ofensa aos direitos da personalidade e ao principio da dignidade humana,já que tal fato ultrapassou o limite de mero aborrecimento, Sendo valorado de acordo com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade,de modo que em momento algum cause enriquecimento ilícito a parte autora nem empobrecimento injusto a parte ré.

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Para prolatar a decisão, o juízo monocrático se valeu da análise das circunstâncias fáticas narradas, pois por meio de construção doutrinária, se tem defendido que não há como se cogitar de prova do dano moral, já que a dor física e o sofrimento emocional não são demonstráveis. Desta forma, fica dispensada a prova em concreto do dano moral, por entender tratar-se de presunção absoluta, ou iuris et de iure.Acreditando na JUSTIÇA para salvaguardar seus Direitos de Consumidora, origem da presente ação, a Recorrida espera, que o Egrégio Tribunal ratifique a r. sentença prolatada pelo juiz “ad quo. Por tudo considerado, será, além de um ato de justiça, um relevante serviço à cidadania e à defesa do consumidor, posto que qualquer um que pratique qualquer ato do qual resulte prejuízo a outrem, deve suportar as conseqüências de sua conduta. É regra elementar do equilíbrio social. A justa reparação é obrigação que a lei impõe a quem causa algum dano a outrem.

DA PROCEDÊNCIA DO PEDIDO A Recorrente não provou o não recebimento das referidas faturas pagas que pertenciam à autora , já a Recorrida ao contrário provou através de documentos acostados aos autos o fato alegado na peça exordial; por estes motivos , requer a procedência de todos os pedidos concedidos na r. sentença de fls. 62 à 63 proferida pelo Juízo “ad quo “.

DA RESPONSABILIDADE CIVIL E SUA CONFIGURAÇÃO Está comprovado a existência do ato ilícito praticado pela Recorrente , provocado pela negligência da empresa, não usando critérios sérios na hora de contratar sua prestação de serviços , não cercando-se de cuidado e responsabilidade com o nome do consumidor, a ocorrência deste fato, veio acarretar um prejuízo moral , um grande dano a Recorrida que teve seu nome negativado indevidamente , estando assim, caracterizado o nexo causal .PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO BRASILEIRO

A Responsabilidade Civil tem seu fundamento no fato de que ninguém pode lesar interesse ou direito de outrem. Descreve o artigo 927 do Código Civil brasileiro que “aquele que, por ato ilícito (artigos 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo” e segue em seu parágrafo único “haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos específicos em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”.

A idéia de responsabilidade civil vem do princípio de que aquele que causar dano a outra pessoa, seja ele moral ou material deverá restabelecer o bem ao estado em que se encontrava antes do seu ato danoso, e, caso o restabelecimento não seja possível, deverá compensar aquele que sofreu o dano. Maria Helena Diniz (2003, pag. 34) assim define a responsabilidade civil:

“A responsabilidade civil é a aplicação de medidas que obriguem alguém a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros em razão de ato do próprio imputado, de pessoa por quem ele responde, ou de fato de coisa ou animal sob sua guarda

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(responsabilidade subjetiva), ou, ainda, de simples imposição legal (responsabilidade objetiva).”

De regra a responsabilidade civil e a obrigação de reparar o dano surge da conduta ilícita do agente que o causou. O ato ilícito gera o dever de compensação da vítima, mas nem toda obrigação de indenização deriva de ato ilícito. Não se cogita indenização e dever de reparação somente nos casos em que haja conduta injurídica causadora de dano, a responsabilidade civil pode ter origem na violação de direito que causa prejuízo a alguém, desde que observados certos pressupostos. Neste sentido, afirma Silvio de Salvo Venosa (2003, pag. 12):

“Na realidade, o que se avalia geralmente em matéria de responsabilidade é uma conduta do agente, qual seja, um encadeamento ou série de atos ou fatos, o que não impede que um único ato gere por si o dever de indenizar.

No vasto campo da responsabilidade civil, o que interessa saber é identificar aquele conduto que reflete na obrigação de indenizar. Nesse âmbito, uma pessoa é responsável quando suscetível de ser sancionada, independentemente de ter cometido pessoalmente um ato antijurídico. Nesse sentido, a responsabilidade pode ser direta, se diz respeito ao próprio causador do dano, ou indireta, quando se refere a terceiro, o qual, de uma forma ou de outra, no ordenamento, está ligado ao ofensor.”

Quando se trata de responsabilidade civil, a conduta do agente é a causadora do dano, surgindo daí o dever de reparação. Para que se configure o dever de indenizar advindo da responsabilidade civil, deverá haver a conduta do agente e nexo de causalidade entre o dano sofrido pela vítima e a conduta do agente. Existe divergência entre doutrinadores em relação aos pressupostos da responsabilidade civil. Silvio de Salvo Venosa (2003, pag. 13) enumera quatro pressupostos para que passe a existir o dever de indenizar, afirmando que “(...) os requisitos para a configuração do dever de indenizar: ação ou omissão voluntária, relação de causalidade ou nexo causal, dano e finalmente, culpa.” Já Maria Helena Diniz (2003, pag. 32) entende que são três os pressupostos ação ou omissão, dano e a relação de causalidade. Sílvio Rodrigues (2002, pag. 16) apresenta como pressupostos da responsabilidade civil a culpa do agente, ação ou omissão, relação de causalidade e dano.

O dolo também pode estar presente na responsabilidade civil. Ele existe quando há intenção de causar dano, o agente deseja o resultado e age na intenção de provocá-lo. No entanto, como o objetivo é de tratar da responsabilidade civil por erro médico, tal elemento não se mostra importante, já que o erro médico, conforme será demonstrado no decorrer do trabalho deriva da imprudência, negligencia ou imperícia.

DO DANO MORAL SUPORTADO PELA RECORRIDAA Recorrente no afã de se eximir de sua culpa pela imprudência , pela falta de cuidado com relação a contratar com seus clientes , demonstrando má prestação de serviço, falta de critérios sérios de controle para suas cobranças , irresponsabilidade e falta de respeito , vindo assim demonstrar total falta de responsabilidade em usar o nome da Recorrida , indevidamente e injustamente , incluindo-a, no cadastro de inadimplentes , estando mais do que comprovado o dano moral experimentado pela Recorrida.

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Todavia, os documentos acostados aos autos concernentes aos fatos relatados fazem a prova bastante do nexo de causalidade entre a conduta da Recorrente e o dano moral suportado pela Recorrida, que foi exposto a incontáveis dissabores .

DO “QUANTUM” INDENIZATÓRIO –FUNDAMENTOS JURÍDICOSA Sentença de maneira nenhuma,ao contrario do que foi alegado pelo Recorrente,fere quaisquer preceito constitucional, e muito menos apresenta-se como absurdo,mas sim,muito bem equilibrada e fundamentada em principios de ordem legal,bastante lucida ,pois não se prendeu a questionar o obvio,vejamos: Não ha criterio legal para a fixação do quantum compensatorio do dano moral.Devem,então,ser observado os critérios doutrinarios e jurisprudenciais,norteadores dessa fixação,entre a compensação do dano moral e a razoabilidade do valor compensatorio,a fim de que não se torne a indenização por dano moral fonte de enriquecimento sem causa para a autora da ação,mas seja a justa medida da compensação da dor. O recorrido diz que o valor que foi imposto pelo juízo “a quo” é excessivo.A Teoria do Valor Desestímulo, afigura-se-nos como a mais adequada e justa, pois ela reconhece, de um lado a vulnerabilidade do Consumidor frente a posição determinante do Fornecedor e, do outro, a boa-fé e o equilíbrio necessários a esta relação (art. 4o, III do CDC). A aplicação desta teoria consiste na atuação do preponderante do juiz que, na determinação do quantum compensatório deverá avaliar e considerar o potencial e a força econômica do lesante, elevando, artificialmente, o valor da indenização a fim de que o lesante sinta o reflexo da punição. Tal mecânica no estabelecimento do valor indenizatório tem um sentido pedagógico e prático, pois o juiz ao decidir, elevando o valor da indenização, está de um lado reprovando efetivamente a conduta faltosa do lesante e, do outro, desestimulando-o de nova prática faltosa.Ademais, o valor arbitrado tem a medida certa, e não consubstancia-se em ENRIQUECIMENTO ILÍCITO, como quer nos fazer entender o recorrente; afinal quem pode considerar-se rico mediante o recebimento de um valor de aproximadamente cinco mil reais???? Definitivamente, não nos encontramos pois, diante do revigoramento de uma "indústria de indenizações".Se ha o que se falar em enriquecimento ilicito,para tanto basta observar a conduta do Recorrente,que segundo demostrado a fls.14 tenta imputar a Recorrida dividas inexistente,com intuito de coagi-la a pagar sob a pretensão de negativa-la. Cabe ,ressaltar que por diversar vezes foram as tentativas da Recorrida que de boa fé sempre entrou em contato com a Recorrente tentando solucionar o dano que estava sofrendo,prova se faz ,que a a Recorrida permaneceu por muito tempo com seu nome no cadastro de proteção ao credito indevidamente conforme fls. 27/28 ,tendo em vista a promessa feita pela Recorrente que todo mal estar seria sanado. E ,somente depois de um lapso temporal e se vendo enrolada pela Recorrente é que a Recorrida foi buscar junto a Justiça o amparo e devida proteção que lhe é legitima. A redução do quantum debeatur arbitrado, seria sim uma profunda ausência de senso de justiça. A indenização deve representar uma punição para o infrator,capaz de desestimula-lo a reincidir na pratica do ato ilicito e deve ser capaz de proporcionar ao ofendido um bem estar psiquico compensatorio do amargor da ofensa,pelo quema indenização fixada esta em patamar condizente com o dano sofrido.

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Não maculando o direito de resposta da Recorrente há de se observar que,tenta desesperadamente refutar o que não cabe recurso,pois clara,certa e tecnica foi a sentença proferida no juízo “a quo”.

Uma vez reconhecida a existência do dano moral, e o conseqüente direito à indenização dele decorrente, necessário se faz analisar o aspecto do quantum pecuniário a ser considerado e fixado, não só para efeitos de reparação do prejuízo, mas também sob o cunho de caráter punitivo ou sancionário, preventivo, repressor.E essa indenização que se pretende em decorrência dos danos morais, há de ser arbitrada, mediante estimativa prudente, que possa em parte, compensar o "dano moral " causado a Recorrida, no caso, a súbita surpresa que lhe gerou constrangimentos por ter incluído seu nome e CPF nos cadastros de pessoas inadimplentes (SPC e SERASA) , por uma dívida que não fez.Com relação à questão do valor da indenização por esse danos morais, a Recorrida pede permissa venia para trazer à colação alguns entendimentos jurisprudenciais à respeito da matéria.Ag Rg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 476.632 - SPRELATOR : MIN. CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITOData Julgamento: 06/03/2003 - 3ª Turma STJEMENTA : “INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. COBRANÇA E REGISTRO INDEVIDOS NO CADASTRO DE INADIMPLENTES. JUROS DE MORA. PRECEDENTES. 1. (...omissis...). 2. A indenização fixada, 50 salários mínimos por cobrança e inscrição indevidas no cadastro de inadimplentes, não pode ser considerada absurda, tendo o Tribunal de origem se baseado no princípio da razoabilidade e proporcionalidade, que norteiam as decisões desta Corte. 3. (...omissis...). 4. (...omissis...).”RECURSO ESPECIAL Nº 607.957 - MT (2003/0174368-7) RELATOR: MINISTRO FERNANDO GONÇALVES. Data Julgamento: 04/11/2004 - 4ª Turma STJ. EMENTA : “DANOS MORAIS. INSCRIÇÃO INDEVIDA. SERASA. INDENIZAÇÃO. REDUÇÃO. 1. (...omissis...). 2. (...omissis...). 3. Tem admitido o STJ a redução do quantum indenizatório, quando se mostrar desarrazoado, conforme acontece, in casu, em que inscrito indevidamente o nome do pretenso devedor em cadastro de inadimplentes, dado que a Quarta Turma tem fixado a indenização por danos morais em montante equivalente a cinqüenta salários mínimos, conforme vários julgados. 4. Recurso especial conhecido em parte e, nesta extensão, provido, apenas para reduzir a indenização.”RECURSO ESPECIAL Nº 782.912 - RS (2005/0156988-7)RELATOR: MINISTRO FERNANDO GONÇALVES. Data Julgamento: 08/11/2005 - 4ª Turma STJ. EMENTA : “DANOS MORAIS. PRESSUPOSTOS FÁTICOS. RECUSO ESPECIAL. SÚMULA 7-STJ. QUANTUM. REDUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1. (...omissis...). 2. (...omissis...). 3. . . . em casos semelhantes, em que há inscrição ou manutenção indevida de nome de pretenso devedor em cadastro de inadimplentes, esta Corte tem fixado a indenização por danos morais em valor equivalente a cinqüenta salários-mínimos.”Portanto, diante da hodierna jurisprudência que se assemelha ao caso em baila, ampara a Recorrida, na melhor forma de direito, e como ponderação, sua pretensão a fim de que seja a Recorrente condenada a lhe pagar, a título de indenização por danos morais, a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) corrigidos , conforme , brilhante sentença promulgada pelo M. M. Juízo “ad quo “.

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DOS PEDIDOS

ISTO POSTO, requer a Vossa Excelência: 1)seja mantida a sentença de fls. 62/63 proferida no juízo monocrático, julgando procedente o pedido da Recorrida para condenar o Recorrente ao pagamento da indenização por danos morais ;

2)seja julgado improcedente o recurso inominado ora interposto pelo Recorrente, com a devida condenação nos ônus da sucumbência, nos termos do art. 55 da lei 9099/95.

Ex positis, espera a Recorrida que, mananciado na mais pura e cristalina aplicação do Direito e da justiça, este Egrégio Tribunal receba a presente Contra-Razões de Recurso e dê-lhe provimento, confirmando o r.decisum monocrático.

Nestes termos, pede deferimento. Niterói,16 de novembro de 2011. xxxxx OAB/RJ.00000

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