contrarrazões de apelação - dra. neuma
TRANSCRIPT
-
7/23/2019 Contrarrazes de Apelao - Dra. Neuma
1/5
EXMO. (A) SR. (A) DR. (A) JUIZ (ZA) FEDERAL DA 25 VARA DA
SUBSEO JUDICIRIA DE IGUATU - ESTADO DO CEAR
COTRARRAZ!ES AO RECURSO DE A"ELAO
"ROCESSO #$ %%%&2'-55.2%&%..%5.*&%2
MIGUEL AGELO "ITO MARTIS, j devidamente qualificado nos autos
do processo em referncia, por sua defensora nomeada e que esta
subscreve, em ateno ao despacho exarado por Vossa Excelncia, em
que recebe o Recurso de Apelao interposto peloMIIST+RIO ",BLICO
FEDERAL, vem, respeitosamente presena de Vossa Excelncia,
apresentar as COTRARRAZ!ES, em anexo, requerendo sejam apensadas
aos autos, para os devidos efeitos!
"ermos em que pede e espera deferimento!
#$uatu%&E, '( de outubro de )'(*!
FRACISCA EUMA SOUZA CAVALCATE
Advo$ada +ativa -A.%&E /!'0*
-
7/23/2019 Contrarrazes de Apelao - Dra. Neuma
2/5
C O T R A R R A Z ! E S D E A " E L A O
"ROCESSO #$ '''()01**!)'('!/!'*!2(')
A"ELATE$ 3#4#5"6R#- 78.9#&- :E+ERA9
A"ELADO$ 3#;es elencadas pelo +outo Representante
do 3inist?rio 7@blico :ederal que subscreve a pea de irresi$nao
estampada folhas at? dos autos, temse, que a mesma no
dever vin$ar em seu desiderato mor, qual seja, o de obter a
retificao da sentena que injustamente hostili=a, de sorte que, o
decisumde primeiro $rau de jurisdio ? impassBvel de censura, no
que condi= com a mat?ria alvo de impu$nao!
Es$rima o honorvel inte$rante do 3#4#5"6R#- 78.9#&- :E+ERA9, emsBntese, que a pena outor$ada pelo decisum de primeiro $rau de
jurisdio, contra o recorrido, dever ser exacerbada, eis que foi
cifrada em quantum mCdico, cumprindo, pois, ser redimensionada!
Entrementes, data maxima venia, temse que no assiste ra=o ao
denodado recorrente, na medida em que o apenamento padecido pelo
recorrido, i$ual a trs anos de deteno, acrescido de multa de *D
do valor do contrato celebrado, totali=ando R (F!2FF,G1 Hde=essete
mil, oitocentos e setenta e sete reais e sessenta e nove centavosI,
-
7/23/2019 Contrarrazes de Apelao - Dra. Neuma
3/5
foi extremamente $ravoso, representando verdadeiro atentado contra
sua liberdade, uma ve= que atin$ido foi seu status libertatis, al?m
de ter sido afrontado e violado o princBpio da incoercibilidade
individual!
7orquanto, qualquer majorao, assoma imprCpria e incabBvel, na
medida em que tornar desumana a pena imposta, o que contrav?m aos
princBpios reitores que informam a aplicao da pena, a qual por
definio ? retributivopreventiva, devendo ser bali=ada,
9/01/01-:/ 701 84 1 498; 5 1 C?18; "/06 @3
4/708 @3/ /:$ :/ 0/7/::48 / :3878/09/ 4
4/4H / 4//0H 1 748/
4esse norte ? a mais abali=ada e alvinitente jurisprudncia, di$na
de decalqueJ
A eficcia da pena aplicada est diretamente ligada ao
princpio da proporcionalidade, a fim de assegurar a
individualizao, pois quanto mais o Juiz se aproximar das
condies que envolvem o fato, da pessoa do acusado,
possibilitando aplicao da sano mais adequada, tanto mais
ter contribudo para a eficcia da punio. (RJDTACRIM
29/152.
Na fixao da pena o uiz deve pautar!se pelos crit"rios
legais e recomendados pela doutrina, para aust!la ao seu
fim social e adequ!la ao seu destinatrio e ao caso
concreto#(RT !12/"5".
+estacase que a sentena recorrida tratou de sopesar as
circunstKncias judiciais elencadas no arti$o *1 do &Cdi$o 7enal,
com a devida imparcialidade, sobriedade e comedimento, o que assoma
injustificvel e despropositada a fixao de pena acima do mBnimo
le$al, haja vista que o recorrente ? primrio na etimolo$ia do
termo!
4esse sentido ? a mais l@cida e alvinitente jurisprudncia, parida
pelos pretCrios ptrios di$na de decalque, face sua extrema
-
7/23/2019 Contrarrazes de Apelao - Dra. Neuma
4/5
pertinncia do tema ora em destaqueJ
A $%NA!&A'% (%)% *%N(%+ $A+A -+A. /0N1/ 2.AN( A3.'A(
4+ $+1/5+1 % (% &N' AN*%3%(%N*%'(TJM#$ JM$ 12%/""!
$+1/A+1%(A(%6 *%/ 4A*+ $+%$N(%+AN*% NA 417A89 (A $%NA!
&A'%(J&TACRIM'$ "1)"!%
A*+A,- CRIMIA+ 0 R& MAJRAD 0 CIRC&'TCIA' J&DICIAI'
D ART. 59 D C3DI# *A+ 4AR6*I' 0 *A' CRR*TA' 0
R*C&R' D*'RID. 1 ! 3onforme reza a ':mula n; 'e o r"u " primrio e de bons antecedentes, a
pena deve tender para o mnimo legal# (mai7ria.8 II 0
'7esadas c7rretamente as circunst:ncias ;udiciais d7 art. 59
d7 Cuantum8 ?nsit7 @s causas de
aument7 e de diminuiB7$ nada >ue se reE7rmar na r.
sentena. III 0 Recurs7 desr7vid7. (AelaB7 Criminal nF
GGG25%50H".2%.%.1".H9$ 1 C:mara Criminal d7 TJM#$ Rel.
*duard7 rum. ;. 1H.11.29$ ubl. 2%.1.21.
*A+ 0 D*'CAMIK * T*+*CM&ICA,L*' 0 CC&R' MAT*RIA+ D*
CRIM*' 0 A&TRIA$ MAT*RIA+IDAD* * D+ CMRAD' 0
CIRC&'TCIA' J&DICIAI' 4AR6*I' A R& 0 DIR*IT N
A+ICA,- DA' *A' MOIM +*#A+$ A R*#IM* A*RT * N
'&'TIT&I,- R R*RIM*DA' A+T*RATIA' 0 A*+A,-
D*4*'IA RIDA 1. Materialidade e aut7ria c7mr7vadas$
diante da risB7 em Ela=rante$ c7rr7b7rada ela c7nEissB7 em
;u?P7 e das demais r7vas r7duPidas. ?# 3ircunst@ncias
udiciais favorveis ao apelante, no podendo ser considerada
ao penal ainda em curso, sem tr@nsito em ulgado, para
obstar a aplicao da pena no mnimo legal, o regime aberto e
a substituio por reprimendas alternativas, sob pena de
afronta ':mula
-
7/23/2019 Contrarrazes de Apelao - Dra. Neuma
5/5
Au$usta &Kmara &riminal!
#5"- 7-5"-, pu$na e vindica o recorrido,:/ 0/;1 940:89
4/734: 809/4:9 / S/0K4 1 H /0 >87
80701878016 09/01-:/ 8090;=/ :/09/0H 1/ 48/84 ;43
1/ 348:18H6 /: :/3: 4?48: / 31878:: 301/09:, com o
que estarse, reali=ando, asse$urando e perfa=endose, na $nese
do verbo, o primado da mais lBdima e $enuBna L