contos e lendas da mitologia grega parcial

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CLAUDE POUZADOUX CONTOS E LENDAS DA MITOLOGIA GREGA Ilustrações de Frédérick Mansot Tradução de Eduardo Brandão 21ª- reimpressão Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil

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Mitologia Grega

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  • C L A U D E P O U Z A D O U X

    Contos e Lendas daMitologia grega

    I lustraes de Frdrick MansotTraduo de Eduardo Brando

    21- reimpresso

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  • Copyright 1994, 1998 by Editions Nathan, Paris, FranceGrafia atualizada segundo o Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa

    de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009.O selo Seguinte pertence Editora Schwarcz S.A.

    Ttulo original: Contes et lgendes de la mythologie grecque

    Capa: Eliana Kestenbaum

    Preparao: Mrcia Copola

    Reviso: Ana Maria Alvares Cludia Cantarin

    2014Todos os direitos desta edio reservados

    editora schwarcz s.a. Rua Bandeira Paulista, 702, cj. 32

    04532-002 So Paulo sp Telefone: (11) 3707-3500

    Fax: (11) 3707-3501 www.companhiadasletras.com.br www.blogdacompanhia.com.br

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (cip) (Cmara Brasileira do Livro, sp, Brasil)

    Pouzadoux, ClaudeContos e lendas da mitologia grega / Claude Pouzadoux ;

    ilustraes de Frdrick Mansot ; traduo de Eduardo Bran-do. So Paulo : Companhia das Letras, 2001.

    Ttulo original : Contes et lgendes de la mythologie grecque.

    isbn 978-85-359-0087-3

    1. Mitologia grega (Literatura infantojuvenil) i. Man sot, Frdrick. ii. Ttulo.

    01-0132 cdd-028.5ndices para catlogo sistemtico:

    1. Mitologia grega : Literatura infantojuvenil 028.52. Mitologia grega : Literatura juvenil 028.5

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  • Sumrio

    AS LENDAS DIVINAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

    1. Um mundo catico . . . . . . . . . . . . 13 i. A criao do mundo . . . . . . . . . . . . . . . 15 ii. Urano e Gaia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 iii. Crono. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 iv. O combate de Zeus e a diviso do mundo . . . 23 v. Posidon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 vi. O ltimo combate . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 vii. A idade de ouro . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 viii. Prometeu e os primeiros homens . . . . . . . . 35

    2. Os deuses do Olimpo . . . . . . . . . . . . . . . 41 i. Os amores de Zeus. . . . . . . . . . . . . . . . . 43 ii. Dioniso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 iii. rtemis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 iv. Apolo e Posidon . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 v. Hermes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

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  • vi. Hades e seu reino . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 vii. Demter e Persfone . . . . . . . . . . . . . . . 77 viii. Hefesto, Afrodite e Ares . . . . . . . . . . . . 81 ix. O julgamento de Pris Atena . . . . . . . . 93

    OS HERIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103

    1. Jaso e o Toso de Ouro . . . . . . . . . . . . . 105 i. Atreu e Tiestes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 ii. Frixo e Hele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115 iii. Jaso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 iv. Partida para a Clquida. . . . . . . . . . . . . 129 v. O preo do Toso . . . . . . . . . . . . . . . . . 135 vi. Uma esposa perigosa . . . . . . . . . . . . . . . 141

    2. As faanhas de Hracles . . . . . . . . . . . . 147 i. O filho de Zeus . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 ii. A infncia de um heri . . . . . . . . . . . . . . 155 iii. Uma vida de provas e de glria . . . . . . . . . 159 iv. Contra os monstros da vizinhana

    O leo de Nemeia, a hidra de Lerna,

    o javali de Erimanto . . . . . . . . . . . . . . . 163 v. Pacincia e espera... A cora de Cernia, as aves

    do lago Estnfalo, os estbulos de Augias . . 173

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  • vi. Alm dos mares O touro de Creta, as guas

    de Diomedes, o cinturo de Hiplita . . . . . 181 vii. At o fim do mundo Os bois de Gerio,

    Crbero, os pomos de ouro das Hesprides. . . 189

    3. Perseu, o argiano . . . . . . . . . . . . . . . . . 203 i. Uma chuva fecunda . . . . . . . . . . . . . . . 205 ii. Que boa pescaria! . . . . . . . . . . . . . . . . 207 iii. Pelos olhos de uma Grgona . . . . . . . . . . 209 iv. Andrmeda e o monstro . . . . . . . . . . . . . 213

    4. Teseu, o ateniense . . . . . . . . . . . . . . . . 219 i. Uma infncia no exlio . . . . . . . . . . . . . 221 ii. Um reencontro emocionante . . . . . . . . . 227 iii. Rumo ao Minotauro . . . . . . . . . . . . . . . 231 iv. Os homens do ar . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235 v. Um esquecimento fatal . . . . . . . . . . . . . 239

    5. dipo, o tebano . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243 i. Homens nascidos da terra . . . . . . . . . . . 245 ii. Os infortnios de dipo . . . . . . . . . . . . . 251

    iii. Os sete contra Tebas Antgona . . . . . . . 264

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  • A AsCEnDnCiA DE ZEUs

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  • A DEsCEnDnCiA DE ZEUs

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  • 1Um mUnDO

    CAtiCO

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  • Urano e Gaia puseram no mundo uma poro de seres estranhos.

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  • 15

    i

    A CRiAO DO mUnDO

    na origem, nada tinha forma no universo. tudo se confundia, e no era possvel distinguir a terra do cu nem do mar. Esse abismo nebuloso se chamava Caos. Quanto tempo durou? At hoje no se sabe.

    Uma fora misteriosa, talvez um deus, re solveu pr ordem nisso. Comeou reunindo o material para moldar o disco terrestre,1 depois o pendurou no vazio. Em cima, ca

    1. Os antigos pensavam que a terra era chata, rodeada pelo oceano e coberta pela abbada celeste.

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  • Contos e lendas da mitologia grega

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    vou a abbada celeste, que encheu de ar e de luz. Plancies verdejantes se estenderam ento na superfcie da terra, e montanhas rochosas se ergueram acima dos vales. A gua dos mares veio rodear as terras. Obedecendo ordem divina, as guas penetraram nas bacias para formar lagos, torrentes desceram das encostas, e rios serpearam en tre os barrancos.

    Assim, foram criadas as partes essenciais de nosso mundo. Elas s esperavam seus habitantes. Os astros e os deuses logo iriam ocupar o cu, depois, no fundo do mar, os peixes de escamas luzidias estabeleceriam domiclio, o ar seria reservado aos pssa ros e a terra a todos os outros animais, ain da selvagens.

    Era necessrio um casal de divindades pa ra gerar novos deuses. Foram Urano, o Cu, e Gaia, a terra, que puseram no mundo uma poro de seres estranhos.

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  • 17

    ii

    URANO E GAIA

    Da unio deles nasceram primeiro seis meninos e seis meninas, os tits e as titnides, todos de natureza divina, como seus pais. Eles tambm tiveram filhos.

    Um deles, Hiperon, uniuse sua irm teia, que ps no mundo Hlio, o sol, e se lene, a Lua, alm de Eo, a Aurora. Outro, Jpeto, casouse com Clmene, uma filha de Oceano. Ela lhe deu quatro filhos, entre eles Prometeu. O mais moo dos tits, Crono, logo, logo ia dar o que falar.

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  • Contos e lendas da mitologia grega

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    A descendncia de Urano e Gaia no pa rou nesses filhos. Conceberam ainda seres monstruosos como os Ciclopes, que s ti nham um olho, bem redondo, no meio da testa, e os CemBraos, monstros gigan tescos e violentos. Os coitados viviam no trtaro, uma regio escondida nas profundezas da terra. nenhum deles podia ver a luz do dia, porque seu pai os proibia de sair.

    Gaia, a me, quis libertlos. Ela apelou para seus primeiros filhos, os tits, mas todos se recusaram a ajudla, exceto Crono. Os dois arquitetaram juntos um plano que deveria acabar com o poder tirnico de Urano.

    Certa noite, guiado pela me, Crono en trou no quarto dos pais. Estava muito escu ro l, mas o luar lhe permitiu ver seu pai, que roncava tranquilo. Com um golpe de foice, cortoulhe os testculos. Urano, mu tilado, berrou de raiva, enquanto Gaia dava gritos de alegria. Esse atentado punha fim

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  • Contos e lendas da mitologia grega

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    a uma autoridade que ela estava cansada de suportar, e a intil descendncia deles pa rava a ou quase... Algumas gotas de sangue da ferida de Urano caram na terra e a fecundaram, dando origem a demnios, as Ernias,1 a outros monstros, os Gigantes, e s ninfas,2 as melades.

    1. Divindades infernais. Com seu corpo alado, sua cabeleira de serpentes e munidas de tochas e chicotes, atormentam suas vtimas, levandoas loucura.2. Deusas que vivem nos bosques, nas montanhas, nos rios, no mar.

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