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ESCOLA ESTADUAL DONA CAROLA · ENSINO FUNDAMENTAL Rua Solimões, 290 · São Francisco · CEP: 80.510-140 · Curitiba · Paraná.
Fone/Fax: (41) 3338-0334
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Conteúdo 1. IDENTIFICAÇÃO .............................................................................................................................. 2 2. HISTÓRICO DA ESCOLA. ............................................................................................................... 2 3. ESPAÇO FÍSICO ............................................................................................................................. 3 4. OFERTA DE CURSOS E TURMAS ................................................................................................. 3
4.1. QUADRO GERAL DE FUNCIONÁRIOS ................................................................................. 4 5. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO: .......................................................................................... 5
5.1. Alunos / Pais: ........................................................................................................................... 5 5.2. Professores/ Funcionários/ Direção/ Equipe Pedagógica ....................................................... 6
6. PRINCÍPIOS NORTEADORES ........................................................................................................ 6 7. MARCO SITUACIONAL ................................................................................................................... 8 8. MARCO CONCEITUAL .................................................................................................................. 16
8.1. Concepção de Sociedade. .................................................................................................... 16 8.2. Concepção de homem: ......................................................................................................... 17 8.3. Concepção de Educação: ..................................................................................................... 18 8.4. Concepção de conhecimento: ............................................................................................... 20 8.5. Concepção de Escola: ........................................................................................................... 20 8.6. Concepção de Ensino – aprendizagem ................................................................................ 22 8.7. Concepção de Avaliação ....................................................................................................... 24
8.7.1. Da recuperação ............................................................................................................. 25 8.7.2. Da Educação Inclusiva .................................................................................................. 25
8.8. Concepção de Cidadania ...................................................................................................... 26 8.9. Concepção de Currículo ........................................................................................................ 28 8.10. Concepção de Cultura ........................................................................................................... 28 8.11. Concepção de tecnologia ...................................................................................................... 29 8.12. O ensino fundamental de nove anos ..................................................................................... 30
8.12.1. Concepção de infância e adolescência ......................................................................... 30 8.13. Alfabetização e letramento .................................................................................................... 31
9. MARCO OPERACIONAL ............................................................................................................... 32 9.1. Tipo de gestão ....................................................................................................................... 33 9.2. Definição dos papéis de cada segmento do estabelecimento de ensino ............................. 33 9.3. Professor ............................................................................................................................... 34 9.5. Pedagogo .............................................................................................................................. 37 9.6. Corpo discente ...................................................................................................................... 37 9.7. Equipe Administrativa ............................................................................................................ 38 9.8. Secretaria .............................................................................................................................. 38 9.9. Serviços Gerais ..................................................................................................................... 38 9.10. Instâncias colegiadas ............................................................................................................ 38
9.10.1. Conselho Escolar........................................................................................................... 38 9.10.2. APMF ............................................................................................................................. 39
10. RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO. .......................... 39 10.1. Recursos materiais ................................................................................................................ 39 10.2. Recursos Humanos ............................................................................................................... 39
11. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR, HORÁRIOS LETIVOS E NÃO LETIVOS. ...................................................................................................................................... 40 12. CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS. .......... 40 13. CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR EM RAZÃO DE ESPECIFICIDADES. .......................................................................................................... 40 14. AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO ....................... 41 15. Diretrizes para a avaliação de desempenho do pessoal docente e não docente; do currículo das atividades extra- curriculares e do projeto político- pedagógico .................................................... 43 16. PROGRAMA BRIGADAS ESCOLARES – DEFESA CIVIL NA ESCOLA................................. 44 17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS .......................................................................................... 56
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1. IDENTIFICAÇÃO
Escola Estadual “Dona Carola” Rua Solimões, 290 CEP: 80.510 - 140 Bairro: São Francisco Telefone/Fax: (41) 33380334 http://www.ctadonacarola.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=9 [email protected] Curitiba - Paraná 2. HISTÓRICO DA ESCOLA.
Construída pela Prefeitura Municipal, foi inaugurada a 29 de março de 1957, pelo
Exmo. Sr. Ney Aminthas Braga, então Prefeito Municipal de Curitiba, tendo sido nesta data
colocada placa comemorativa em bronze, com a denominação da escola: Grupo Escolar
“Dona Carola”, em homenagem à professora Carolina Pinto Moreira, que se dedicou à nobre
causa de educar com eficiência no período de 03 de janeiro de 1905 a 08 de maio de 1936,
quando se aposentou, tendo posteriormente, isto é, a 29 de janeiro de 1951 revertido à
atividade até 24 de outubro de 1954, quando faleceu no exercício de suas funções, lotada
no Grupo Escolar Barão do Rio Branco.
A 13 de setembro de 1957 foi designada para assumir a direção do referido
Estabelecimento, a fim de inicialmente providenciar o necessário para o funcionamento, em
1958, a professora Doralice Sponholz Maure.
Feita as matrículas no mês de fevereiro de 1958, verificou-se que foram matriculados
229 alunos, cujo maior número era para o primeiro ano, sendo que, na quarta série só foram
matriculados 33 alunos.
Mais tarde, nos anos que se seguiram foram sendo efetuados os melhoramentos
como: construção dos muros; aquisição de fogão elétrico; fundação e organização da
biblioteca dos professores; ampliação da biblioteca dos alunos etc.
A 29 de setembro de 1962, por ocasião do 5º ano de fundação – pelo aniversário da
escola, foi levada a efeito uma festa e em primeira audição foi cantado o Hino à Dona
Carola, especialmente composto para este Estabelecimento de Ensino pelas professoras
Nadir Infante Vieira e Aurora Silva Cury, respectivamente autoras da música e letra, que
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estiveram presentes à solenidade promovida pelo Clube Soroptimista de Curitiba, do Centro
Paranaense Feminino de Cultura e da Direção da escola que tem o nome da homenageada.
3. ESPAÇO FÍSICO
A Escola Dona Carola possui uma área livre de 1.635m e abrange uma área construída de
700m, da qual constam:
08 salas de aula;
01 sala de multi-uso;
01 sala de Direção;
02 salas para Equipe Pedagógica
01 depósito de alimentos;
01 sala para biblioteca;
03 dependências sanitárias;
01 cozinha;
01 cantina comercial;
01 sala de professores;
01 sala para secretaria
01 quadra de esportes (coberta)
01 casa (dependência para caseiro)
4. OFERTA DE CURSOS E TURMAS
Ensino Fundamental
6º ao 9º ano
TURNO: MATUTINO HORÁRIO: 7h30m às 11h45m
Série N° de turmas N° de alunos
6º 2 65
7º 2 64
8º 2 57
9º 2 53
TURNO: VESPERTINO HORÁRIO: 13h15m às 17h30 m
SÉRIE N° DE TURMAS N° DE ALUNOS
6º 2 63
7º 2 53
8º 1 33
9º 1 28
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TURNO: NOTURNO HORÁRIO: 19h às 22h40m
SÉRIE N° DE TURMAS N° DE ALUNOS
6º 1 14
7º 1 26
8º 1 18
9º 1 31
4.1. QUADRO GERAL DE FUNCIONÁRIOS
Nome Função Vínculo ALESSANDRA DA SILVA FERREIRA MOTTA CAMPOS
PROFESSORA ED. FÍSICA QPM
ANA MARIA NACHORNIK PROFESSORA READAPTADA QPM
ANDREA CARLA SERATHIUK PESSÔA
PEDAGOGA QPM
ANDRÉA IRACI MACAN PROFESSORA LINGUA PORT. QPM
ANDRESSA KLOSTER PROFESSORA ARTE REPR
ANDREZA DOS SANTOS MOREIRA PESSÔA
PROFESSORA LINGUA PORT. QPM
ANEMARI JAEGER PROFESSORA GEOGRAFIA QPM
CARLOS ALBERTO DO NASCIMENTO
PROFESSOR ARTE QPM
CATIA CELESTE CALIXTO AGENTE II QFEB
CÉLIA REGINA VIEIRA SCHEWTSCHIK
PROFESSORA LINGUA PORT. REPR
DENISE FERNANDES LIMA PESSOA DE MOURA
AGENTE II QFEB
DENIZE PEPPLOW TOMÉ PROFESSORA ARTE QPM
EDIANA DE GRANDIS DA COSTA DE PONTES
PROFESSORA MATEMÁTICA REPR
EDIVALDO ALVES DA SILVA PROFESSOR MATEMÁTICA QPM
ELENI MARIA DE CARVALHO MEDICI AGENTE I READ
ELZA CORRÊA DA SILVA AGENTE I CLAD
ESTER KUTZ AGENTE II QFEB
EUZA ROMANA DA COSTA PROFESSORA READAPTADA QPM
FLÁVIO DA SILVA PEREIRA PROFESSOR LINGUA PORT. QPM
GERALDO CRISTINO GONÇALVES AGENTE II QFEB
GIZELDA ANAIRÃ GARCEZ PROFESSORA LINGUA PORT. QPM
HELAINE SABRINA DIETRICH PROFESSORA CIÊNCIAS QPM
IVETE REINEHR PROFESSORA READAPTADA QPM
KATHYELISIEE KARINE NEIVA DE LIMA RODRIGUES
PROFESSORA MATEMÁTICA REPR
KEILA MARA FERREIRA PROFESSORA LINGUA PORT. QPM
LARISSA AUGUSTA S. LIMA NUNES DE OLIVEIRA
PROFESSORA ED. FÍSICA QPM
LÍGIA ROMANIO PEDAGOGA QPM
LUCELENE FIDELIX PEDAGOGA QPM
LUCIA DO ROCIO GONÇALVES DE SOUZA
AGENTE I READ
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LUCIANE APARECIDA SOUZA LIMA RODRIGUES
PROFESSORA GEOGRAFIA QPM
LUCRECIA CRISTINA ZARONCZKOWSKI
AGENTE I PEAD
LUIZ CARLOS BIANCHINI FILHO PROFESSOR CIÊNCIAS QPM
LUZINETE PEREIRA DA SILVA PROFESSORA HISTÓRIA QPM
MARCOS LEONARDO COLPANI PROFESSORA GEOGRAFIA QPM
MARILIZ DE SOUZA RIBAS PROFESSORA READAPTADA QPM
MARINA SALACHE PROFESSORA MATEMÁTICA QPM
MARIO FERNANDO VERONEZ PROFESSOR ARTE QPM
MARIZA ROBASKIEVIZ GUSSO PROFESSORA CIÊNCIAS QPM
NEIVA BLAUT AGENTE I PEAD
NEUZA APARECIDA SILVA AMÂNCIO DE PAULA
AGENTE I PEAD
RITA DE CASSIA ANDREUZO DE MATOS
AGENTE I QFEB
ROSA MARIA DOLBERTI AGENTE I READ
ROSANGELA MARIA BETINE PROFESSORA INGLÊS QPM
ROSANGELA MARIA CANESTRARO DE MOURA
PROFESSORA HISTÓRIA QPM
ROSEMEIRI CUSTODIO DA SILVA PROFESSORA HISTÓRIA QPM
SANDRA BORGES DE MACEDO PROFESSORA INGLÊS QPM
SHIRLEI TERESINHA DE ABREU AGENTE I QFEB
SILVIA REGINA SCHLICHTA CHINASSO
AGENTE II READ
SUELI LEOPOLDO HONÓRIO RODRIGUES
PROFESSORA ARTE QPM
VALDINEY FERREIRA PROFESSOR ED. FÍSICA QPM
VANIA RODRIGUES DE OLIVEIRA AGENTE II QFEB
WAGNER ROSA DE OLIVEIRA DIRETOR QPM
5. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO:
5.1. Alunos / Pais:
A demanda de alunos da Escola Estadual Dona Carola é caracterizada por alunos
vindos de bairros circunvizinhos, ocupando uma faixa sócio-econômica de classe baixa
sendo que a maioria reside com os pais, apresentando-se também, em minoria, famílias
constituídas tão somente de mãe, de pai ou de avós além de lares sociais.
O perfil familiar da sociedade na atualidade modificou e os alunos também trazem
juntamente com seus valores nova concepção de estrutura familiar. A renda familiar gira em
torno 1 a 3 salários mínimos. A maioria dos pais possui escolaridade de Ensino
Fundamental.
A religião predominante das famílias é a católica. Grande parte dos alunos dá
continuidade aos seus estudos nas escolas adjacentes.
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5.2. Professores/ Funcionários/ Direção/ Equipe Pedagógica A atual Gestão Escolar conta com uma Direção cuja habilitação é Ciências Biológicas
e uma equipe pedagógica com 3 pedagogas com formação na área.
Na equipe administrativa, temos um secretário e 04 técnicos administrativos.
Os serviços gerais são realizados por uma equipe de 07 funcionárias.
O corpo docente é composto por 34 professores, dos quais a maioria trabalha nas
disciplinas de sua área de formação.
Atualmente a escola possui 04 professores afastados de sala de aula por motivo de
saúde com readaptação definitiva.
Os professores assim como os funcionários se esforçam para desenvolver um bom
trabalho, através de atualização permanente de suas formações, a fim de atender com
qualidade a comunidade escolar, analisando e atuando de forma crítica e construtiva da
realidade em que se insere, discutindo suas práticas pedagógicas e participando de todas
as atividades oferecidas pela Instituição através de encaminhamentos realizados pela
SEED.
Um dos entraves que acaba atrapalhando o desenvolvimento das atividades escolares
está ligada a rotatividade de professores por causas diversas e licenças médicas que
ocorrem no decorrer do ano letivo. Um grande avanço, atualmente, é representado pela
implantação da hora atividade reservada aos professores. Através desta, pode-se destinar
espaço para discussão de ações, programação de estudos, planejamento de aulas e
preparação de avaliações, facilitando assim, o trabalho em busca da qualidade do ensino.
Observamos que a efetivação de professores na escola, devido à realização de
concurso público para preenchimento das vagas existentes, contribui essencialmente para a
realização de um trabalho continuado, de maior eficácia e qualidade.
6. PRINCÍPIOS NORTEADORES
- Promover a melhoria qualitativa do processo ensino-aprendizagem, de forma que o
professor seja mediador no processo de apreensão dos conteúdos historicamente
produzidos.
- Possibilitar ao educando a construção da conscientização, da participação e
compromisso, considerando as relações da prática social, possibilitando o pleno exercício
da cidadania no processo ensino-aprendizagem, através do conhecimento historicamente
construído.
- Rever continuamente a função social da escola diante das necessidades atuais, com
base nos pressupostos descritos no presente projeto.
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- Resgatar a intencionalidade da ação educativa.
- Garantir através da hora-atividade tempo hábil para estudos, preparação de material e
pesquisa, para um maior comprometimento da prática educacional e para a construção de
uma escola de qualidade.
- Propiciar, através de orientações realizadas pela SEED, a atualização permanente dos
educadores, visando atender com qualidade a comunidade escolar, analisando e atuando
de forma crítica e construtiva sobre a realidade.
- Fornecer maiores subsídios para o enriquecimento do trabalho do professor em sala de
aula.
- Racionalizar os esforços e recursos para atingir os objetivos propostos pelo grupo;
- Garantir o trabalho pedagógico entre todos os segmentos da comunidade escolar.
- Superar o caráter fragmentado das práticas educativas na escola.
- Acompanhar o desenvolvimento das atividades propostas no qual através de um
trabalho interdisciplinar venha a favorecer o aluno um aprendizado sistemático e
progressivo.
- Estimular atividades extra-classe para o enriquecimento do currículo escolar.
- Pesquisar novas estratégias para a construção do conhecimento, para incentivo da
criatividade e do senso crítico.
- Promover atividades prazerosas para o trabalho pedagógico (gincanas, campeonatos,
vídeos, etc.)
- Buscar em conjunto com o corpo docente estratégias para recuperação de alunos que
obtiverem aproveitamento escolar insatisfatório.
- Estudar e definir projetos de experiência pedagógica para melhoria qualitativa do
processo ensino- aprendizagem.
- Propiciar o replanejamento necessário através da reflexão constante sobre o fazer
escolar.
- Favorecer o trabalho cooperativo e integrado entre todos os componentes da escola em
parceria com a comunidade.
- Desenvolver sub-projetos que propiciem a integração Escola/Comunidade;
- Incentivar a participação da comunidade em reuniões e busca de alternativas para
melhoria da qualidade de infra-estrutura da escola.
- Propiciar uma gestão democrática que garanta liberdade, respeito, igualdade e
transparência nas relações entre professores, alunos, funcionários e pais.
- Dinamizar a APMF e Conselho Escolar afim de que possam colaborar com a Escola.
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- Proporcionar discussão sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Regimento
Escolar, entre a comunidade escolar.
- Manter organizado o acervo didático–pedagógico, a videoteca, e a biblioteca da escola.
- Superar as imposições ou disputas de vontades individuais;
- Construir através da participação de todos, uma gestão democrática;
- Gerar esperança, confiança e solidariedade no exercício do trabalho coletivo.
- Fortalecer o grupo para enfrentar conflitos e contradições.
- Construir a singularidade desta instituição escolar;
- Acompanhar, analisar e avaliar, realimentando se necessário, o presente projeto;
- Desenvolver uma avaliação geral cooperativa entre corpo docente/discente/equipe
pedagógica/funcionários e comunidade, propiciando o replanejamento necessário.
7. MARCO SITUACIONAL
Vivemos uma época em que a consciência de que o mundo passa por transformações
profundas é cada dia mais forte. Esta realidade provoca em muitas pessoas e grupos,
sentimentos, sensações e desejos contraditórios, ao mesmo tempo de insegurança e medo,
potencializadores de apatia e conformismo como também de novidade e esperança,
mobilizadores das melhores energias e criatividade para a construção de um mundo
diferente, mais humano e solidário.
Nesse contexto, não se concebe a sociedade contemporânea sem o funcionamento
regular de um sistema escolar. A escola exerce uma importante função na formação de
cidadãos, na construção de uma nação mais humana e democrática. Numa democracia é
preciso entender o cidadão como pessoa capaz de criar, com os outros, uma ordem social
para ser cumprida e protegida. A democracia não pode ser imposta, deve ser vivida e
construída, porque ela é, antes de tudo, a decisão de uma sociedade que aceita ser possível
criar uma unidade de propósito, em meio às diferenças. A democracia supõe a construção
da equidade social, econômica, política e cultural.
Em busca de uma sociedade mais democrática e igualitária a família e escola
desempenham um papel primordial, assim:
“A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos
ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” (LDB, Lei
9394/96, Título II dos Princípios e Fins da Educação Nacional. Art. 2º).
Por conseqüência, educação é formação do homem pela sociedade, ou seja, o
processo pelo qual a sociedade atua constantemente sobre o desenvolvimento do ser
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humano no intento de integrá-lo no modo de ser social vigente e de conduzi-lo a aceitar e
buscar os fins coletivos.” (PINTO, 1986)
É importante que a educação atinja a vida das pessoas e da coletividade em todos os
âmbitos, visando a expansão dos horizontes pessoais, o desenvolvimento do sujeito na sua
totalidade, propiciando uma visão mais participativa, crítica e reflexiva dos grupos nas
decisões dos assuntos que lhe dizem respeito.
Infelizmente, o que observamos da realidade educacional, social e cultural do nosso
país, não favorece o desenvolvimento do verdadeiro potencial do nosso povo, pois este vive,
ou melhor, sobrevive a mercê das vontades da elite, especialmente quando se trata de
políticas públicas. As escolas públicas abrigam os alunos oriundos das camadas populares,
normalmente em alguns estados são vítimas de programas governamentais que nunca
priorizam suas necessidades e nem oferecem condições reais para, o melhoramento e
avanço da educação brasileira.
Isto ocorre porque a escola é um espaço contraditório por natureza. É um espaço de
conflitos, no qual há simultaneamente a reprodução da ideologia da classe dominante e a
luta contra-hegemônica. “A educação é um processo histórico de criação do homem para a
sociedade e simultaneamente de modificação da sociedade para benefício do homem.”
(PINTO,1986) Ao mesmo tempo que é espaço de resistência, também é espaço de
reprodução da ideologia da classe dominante de uma determinada sociedade. Segundo
Althusser a escola é um Aparelho Ideológico.
O paradigma do conflito enfatiza as tendências e oposições entre professores e
estudantes. A escola é vista como uma instituição que impõe certos valores e padrões
culturais ao alunado. Waller (1967) concebeu as escolas como centros de difusão que levam
os padrões culturais dos grupos mais amplos às comunidades locais. Como conseqüência,
há um conflito contínuo entre professores e estudantes. Os primeiros representam a cultura
do grupo mais amplo e do mundo adulto. Os últimos representam a cultura da comunidade
local e a cultura dos adolescentes e crianças que se desenvolve nos interstícios do mundo
adulto. Por conseguinte, os professores são agentes de imposição cultural sobre os
estudantes.
O ensino implica na apropriação do conhecimento de fatos e aprendizagem de
habilidades, para os quais não se oferecem suficiente motivação para atingir os interesses
espontâneos dos estudantes. Os professores desejam que os estudantes atinjam o domínio
de certos assuntos e habilidades, num grau muito mais elevado do que o atingido por eles, o
que, supõe-se, seria possível se fossem completamente livres em suas escolhas.
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No entanto, a teoria do conflito também existe entre os próprios professores, os quais
têm uma trajetória de vida e acadêmica diferentes uns dos outros. Portanto, visões de
mundo diferentes e posturas diferentes.
O paradigma do conflito é útil no sentido em que revela as tensões e oposições da
escola. Ele também põe a descoberto a importância das relações de poder na escola, onde
muitos vêem as relações sociais desenvolverem-se em harmonia.
O conflito pode existir em inúmeras situações, mas a escola possui também muitas
pontes entre professores e alunos. De outro modo ela não poderia desempenhar o papel
integrador que efetivamente tem desempenhado a maior parte do tempo, conforme o próprio
paradigma do conflito afirma. SHIPMAN (1969) assinala que professores e alunos
compartilham de definições comuns das situações conflituosas. Pode haver, e
freqüentemente há, o reconhecimento por ambos os lados de que suas diferenças podem
ser contornadas por meio de um sistema de normas. Um sistema compartilhado de regras
estabelece limites e regulamenta o conflito. Outra ponte importante é o processo de
identificação. Como o professor molda sua classe e é por ela moldada, ele se identifica com
ela, e ao mesmo tempo parece acontecer com os alunos. Porém, além da identificação,
forças sociais agem no sentido da unidade da escola e da sala de aula. Atividades comuns
tendem a gerar a cooperação e o mútuo envolvimento de professores e estudantes. Isto leva
à unidade interna que, paradoxalmente, de acordo com WALLER (1967) distingui a escola
de outras instituições.
A escola é socialmente complexa, já que muitos subgrupos se entrecruzam no seu
âmbito. Muitos deles envolvem professores ou alunos, mas outros integram ambos os
grupos. Naturalmente o número e intensidade daqueles depende do tipo da escola e da
pedagogia adotada. Portanto, a escola é um ambiente social, onde professores e alunos
sofrem um processo comum de socialização. Os professores são influenciados de maneira
diferente dos alunos. São influenciados por diversos atores, como: pais, estudantes, outros
professores e administradores. Eles sofrem um processo progressivo de adaptação às
expectativas destes grupos, desde a faculdade ou a escola de formação de professores. Tal
processo continua nas instituições de estágio e nas escolas onde trabalham.
O trabalho escolar é inviável sem a cooperação de professores e alunos. A imposição
sozinha é inefetiva. Portanto, um intrincado processo de negociação ocorre entre
professores e alunos, de acordo com um sistema de normas compartilhadas. Desta forma,
professores experientes sabem como ajustar o nível de exigências acadêmicas à turmas
mais ou menos cooperativas, de tal modo que conflitos sejam evitados.
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Hoje como no passado, nos defrontamos com uma educação muito aquém da ideal,
portanto faz-se necessário que haja na escola um trabalho voltado para a conscientização e
reflexão do sujeito- mundo, além da valorização do saber trazido pelo aluno. “Assim o
acesso à cultura erudita possibilita a apropriação de novas formas através das quais se
pode expressar os próprios conteúdos do saber popular.” (SAVIANI, 1984, p.27),oferecendo
através deste processo de aquisição de novas aprendizagens e de reelaboração das já
existentes, condições para que o aluno possa expressar seus sentimentos, seus
pensamentos, compará-los, compreendê-los e superá-los. Segundo Freire (1996, p.37) “Se
se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio à
formação moral do educando”.
PINTO (1986, p.38) comunga com o pensamento de Paulo Freire afirmando que: “Na
sociedade todos educam todos permanentemente. Como o indivíduo não vive isolado, sua
educação é contínua.” (...). Não existe sociedade sem educação formalizada,
institucionalizada (que aí é representada pelos ritos sociais). Por conseqüência, nenhum
membro da comunidade é absolutamente ignorante, do contrário não poderia viver.
A valorização da formação do ser humano, da cultura popular inserida no contexto da
educação formal, vem combater principalmente os seus produtores e reforçando os
segmentos sociais que tem sua participação diminuída pela classe dominante. A família
neste contexto tem papel fundamental pois transmitirá aos seus filhos de forma mais
indireta, valores implícitos que contribuirão na escolha das atitudes frente ao capital cultural
e a instituição escolar.
Assim, a escola não pode ignorar os problemas de diversas ordens que surgem e se
multiplicam, especialmente nos grandes centros, tais como: violência, consumo de drogas,
valores familiares destruídos, aumento de tensões e conflitos. É preciso também a
intervenção do ESTADO, através de medidas organizacionais, estruturais e financeiras para
estabelecer metas educacionais que atendam aos anseios da sociedade civil organizada.
É fundamental que o ESTADO, contemple em seus projetos os sonhos expressados
pela sociedade e que o caminho seja democrático construído e aplicado por todos. Toda
ação do ESTADO deveria nortear medidas que promovessem a humanização no processo
educacional.
É objetivo do Estado enquanto instituição soberana promover ações para que os
alunos tenham acesso, permanência e sucesso no interior das escolas. É dever total do
Estado a promoção e garantia do direito aos educandos ao lazer, à cultura, aos esportes e à
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ciência, com ampliação de programas educacionais direcionados a jovens, como: festivais,
feiras, jogos e exposições, tão apreciados pela juventude.
É necessário que o ESTADO promova políticas de atendimento aos adolescentes em
consonância com a lei, desenvolvendo medidas sócio educativas previstas pelo ECA com a
participação das famílias e das comunidades.
Neste contexto e de acordo com as políticas públicas traçadas pela SEED, esta escola
através do presente projeto, pretende assegurar a todos os alunos sua permanência
escolar, motivando o educando a estudar; e, através da disseminação de informações
científicas e troca de experiências, proporcionar o incentivo para o hábito da pesquisa e do
estudo, da valorização dos bens culturais da comunidade e a extensão do conhecimento a
todos os domínios da vida.
Após considerar a escola ( educação) no contexto de país e a educação em nível de
estado, faz-se necessário repensar o ensino em nível de município, onde as políticas
públicas educacionais dão destaque aos ciclos de aprendizagem em oposição a seriação.
Percebe-se que as iniciativas de organização do ensino em ciclos, ao mesmo tempo em que
sinalizam uma tendência, evidenciam, contudo, uma diversidade tanto na concepção como
em seus desdobramentos de reorganização efetiva do ensino.
Observando os alunos oriundos de escolas que ofertam o ensino através de ciclos de
aprendizagem e que estão matriculados neste estabelecimento de ensino, percebe-se que
os mesmos apresentam muitas dificuldades para se adaptar ao sistema de seriação,
principalmente porque não possuem o hábito de estudo e não apresentam muitas vezes
condições de acompanhar uma 5ª série e/ou 6º ano, pois não se encontram devidamente
alfabetizados e não dominam o sistema de numeração, até a 4ª série e/ou 5º ano,
juntamente com as quatro operações . Desta forma, há necessidade de se repensar na
qualidade de ensino e o embasamento adotando medidas que possam viabilizar as
condições de aprendizagem a fim de resgatar a defasagem de conteúdos e falta de
preparação dos alunos que ingressam na 5ª série e/ou 6º ano.
Diante do exposto, é preciso sempre repensar o ambiente escolar no que compete à
questão ensino-aprendizagem através da retomada de estudos, para recuperar os
conteúdos defasados .
Segundo Bernard Charlot, “ Não basta ir á escola. É preciso aprender nela pois sua
investigação incide na relação dos alunos com o saber e com a escola”.
Desta forma, é pertinente fazer uma reflexão sobre o resultado da aprendizagem
obtido nesta escola no ano de 2012.
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2012
6º ano Manhã 6º ano Tarde Aprovados: 62 – 95% Aprovados: 47 – 71% Reprovados: 03 – 03% Reprovados: 16 - 24% Desistentes: 00 – 00 % Desistentes: 00 – 00% Transferidos: 01 – 02% Transferidos: 03 – 05% Total: 66 Total: 66 7º ano Manhã 7º ano Tarde Aprovados: 49 - 75% Aprovados: 44 – 80% Reprovados: 15 – 23% Reprovados: 09 – 16% Desistentes: 00 – 00% Desistente: 00 – 00% Transferidos: 01 – 02% Transferidos: 02 – 04% Total: 65 Total: 55 8º ano Manhã 8º ano Tarde Aprovado: 52 – 87% Aprovado: 24 – 73% Reprovado: 05 – 08% Reprovado: 09 – 27% Desistente: 00 – 00% Desistente: 00 – 00% Transferidos: 03 - 05% Transferidos: 00 – 00% Total: 60 Total: 33 9º ano Manhã 9º ano Tarde Aprovados: 48 – 89% Aprovados: 28 – 97% Reprovados: 05 – 09% Reprovados: 00 – 00% Desistentes: 00 – 00% Desistentes: 00 – 00% Transferidos: 01 – 02% Transferidos: 01 – 03% Total: 54 Total: 29
A análise destes dados referente à quantidade de aprovação, reprovação, desistência
e transferência contribui para incentivar a discussão e a descoberta de novas alternativas,
capazes de melhorar o índice aproximando-se do ideal, deixando claro que o papel desta
escola está voltado para a formação de sujeitos, dotados de valores, atitudes,
comportamentos, ou seja, das qualificações que constituem os recursos básicos para a vida
em comum dos cidadãos da sociedade na qual nossos alunos estão inseridos.
A escola serve para que haja a socialização dos conteúdos bem como sua
apropriação, buscando sempre o compromisso de emancipação das camadas populares
numa concepção de gestão democrática e que, a educação de qualidade seja para todos. O
atendimento é feito sem discriminação e o direito de estudar é garantido.
O tempo é fundamental para que a organização escolar aconteça com horas
reservadas a atividades curriculares. O tempo para a hora atividade é fixado nos respectivos
turnos, e tem-se percebido que não é suficiente para o tratamento de questões
pedagógicas. A hora atividade é tempo reservado ao professor em exercício de docência
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para estudos, avaliação e planejamento. A organização da hora atividade deverá favorecer o
trabalho coletivo priorizando o agrupamento de professores que atuam na mesma área de
conhecimento, as mesmas turmas e séries para efetivação do planejamento e para o
desenvolvimento das ações necessárias ao enfrentamento de problemáticas específicas. Os
professores aproveitam o tempo para a correção de atividades discentes, estudos e
reflexões para a elaboração de ações que visem a melhoria da qualidade de ensino.
A hora- atividade é uma conquista relevante como espaço privilegiado para a
discussão e análise das práticas educativas da escola. Este meio constitui-se como uma
forma de auxiliar na melhoria do trabalho escolar pois os professores têm espaço para
compartilhar com outros professores.
A qualidade de relacionamento dos professores com os alunos é um dos fatores
determinantes para a construção do processo ensino-aprendizagem. Para tanto os alunos
devem ter a liberdade de propor junto aos professores o que desejam, cabendo à escola
analisar as sugestões e ver se são viáveis, pois quando os alunos são ouvidos sentem-se
considerados, respeitados e a escola ao acatar os pedidos, faz com que sejam cumpridas
as normas adequadas para os problemas.
Sabemos que cada atitude do aluno pede uma solução e a escola não poderá se
omitir, principalmente com relação a atitudes inadequadas que, são até justificadas pelas
fases de desenvolvimento que caracterizam a adolescência.
A agressividade ou problemas de socialização podem ter causas diversas e o
adolescente não sabe muitas vezes administrar seus conflitos principalmente se faltar o
apoio familiar. O problema acaba por ”explodir” na escola. Além disso, há alunos com
necessidades especiais (baixa visão, cadeirante) que precisam intensamente de apoio
educacional.
É tarefa muito difícil para o professor conhecer bem o aluno aproveitando seu
interesse para poder driblar assim o comportamento agitado da turma, muito comum em
nossa realidade. Portanto, é necessário que o professor faça seu planejamento
adequadamente e tenha muita paciência para não perder o equilíbrio, pois não é só o
conteúdo que será trabalhado, mas também a formação humana, o que justifica a existência
da escola.
Os intervalos e mesmo o recreio constituem-se em excelentes oportunidades para que
os educadores possam conhecer melhor seus alunos. As atividades livres ou dirigidas
durante o recreio, possuem enorme potencial educativo e devem ser consideradas pela
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escola na elaboração dos projetos. Os momentos de recreio livre são fundamentais para
expansão da criatividade, para o cultivo das amizades e intimidade dos alunos.
Para que a escola cumpra realmente seu papel, o espaço disposto deverá sempre
estar organizado através do tempo escolar. O calendário escolar é o primeiro passo para se
planejar o ano letivo. A preparação do ano escolar começa pela entrada dos alunos
(matrículas) e a formação das turmas (séries) e do corpo docente. A semana pedagógica é
o marco onde se afina o trabalho, qual a linguagem a ser adotada por todos os
protagonistas, num planejamento sério e real envolvendo a administração, equipe
pedagógica, professores, funcionários alunos e pais para que os objetivos educacionais
sejam alcançados num cronograma e com espaços reservados para que se possa
concretizar o trabalho da comunidade escolar com o comprometimento e análise das
práticas educativas. O espaço só será organizado quando o corpo docente fizer parte
realmente da escola.
É prioridade para esta escola garantir a todos um aprendizado onde haja a
socialização dos conteúdos, onde todos possam avançar nos seus conhecimentos,
promovendo uma educação na totalidade de seu desenvolvimento, nas dimensões física,
social, intelectual, ética, estética e afetiva. Para tanto o trabalho do professor é fator
determinante como parte humana do desenvolvimento da proposta educacional da escola,
pois este será o elo entre os conhecimentos e o aluno, observando as necessidades de
apropriação de conteúdos oficiais e de vida, priorizando nos alunos a construção da
autonomia, criticidade participação, criatividade e responsabilidade no mundo globalizado e
socializado pelo conhecimento.
É através do trabalho coletivo em sala de aula que o professor poderá desenvolver
uma prática adequada, realizando as modificações e ajustes necessários de acordo com o
perfil de cada turma.
Será através do interesse dos alunos que o professor poderá planejar suas aulas na
perspectiva de uma metodologia lógica, priorizando também uma avaliação contínua,
formativa.
É de responsabilidade da escola garantir o fazer coletivo pedagógico permanente em
processo, tendo base nos novos paradigmas da sociedade do conhecimento levando em
conta a finalidade e os objetivos da organização, da responsabilidade, das ações do
professor.
Assim, o presente projeto político pedagógico, ao ser assumido coletivamente, expõe
a competência principal esperada do professor e de sua atuação na escola. Oferece
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garantias visíveis e aperfeiçoáveis da qualidade do processo educativo, sendo que seus
resultados não serão imediatos, serão gradativos e serão alcançados através de sua prática
consciente e da necessidade da importância desse processo para a qualificação da escola e
do alcance da globalidade favorecendo a seus alunos se tornarem agentes participativos e
transformadores da sociedade.
Segundo PORTELA, (1998) um projeto político pedagógico pode ser concebido como
a própria escola em movimento, que constrói, no dia-a-dia, seu trabalho educativo, discute
seus problemas, suas possibilidades de solução, e define de forma participativa, as
responsabilidades pessoais e coletivas a serem assumidas para a consecução dos objetivos
estabelecidos.
8. MARCO CONCEITUAL
8.1. Concepção de Sociedade. Sociedade é um conjunto de seres humanos que vivem e sobrevivem num todo
orgânico e harmonioso, mas em constante conflito pelas contradições nela existentes,
contradições representadas pela opressão em que vive a maioria da população, quer seja
pela má distribuição de renda, como pelo autoritarismo, com a seletividade, a discriminação,
a marginalidade que são características presentes numa sociedade capitalista como a
nossa.
Essa é a visão de sociedade que se apresenta para nós educadores, mas que é
passível de transformações mesmo não sendo uma tarefa fácil. O caminho é repleto de
incógnitas, já que os mecanismos de adaptação acionados periodicamente a partir dos
interesse dominantes podem ser confundidos com anseios da classe dominada. Para evitar
esse risco, é necessário avançar no sentido de captar a natureza específica da educação, o
que nos levará à compreensão das complexas mediações pelas quais se dá sua inserção
contraditória na sociedade capitalista. Uma educação crítica, função primordial da educação,
poderá estar a serviço de um projeto de libertação da maioria dessa sociedade.
No contexto em que estamos inseridos, precisamos refletir sobre a importância do
papel da educação no processo de socialização do ser humano, dado que o homem é
projeto do cultural, onde vai explorar as potencialidades e as virtualidades para se preparar
a participar da vida do grupo.
Desta forma, propomos construir uma sociedade que esteja fundamentada na
dignidade da pessoa humana, reconhecendo todos, como sujeitos de seu próprio
desenvolvimento e do desenvolvimento social.
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Uma sociedade em que a prática da democracia e a participação coletiva seja uma
realidade, onde haja para todos educação, cultura, lazer e boas oportunidades de trabalho,
proporcionando ao nosso aluno atuar de forma consciente diante dos problemas sociais.
Almejamos uma sociedade que acredite e valorize o ser humano, que seja justa,
solidária, democrática onde:
as pessoas busquem trabalhar voltadas para uma ação coletiva e integrada, com vistas a
um objetivo comum.
A cidadania seja assumida por todos na organização da sociedade.
Se ofereça a todos, sem distinção, iguais oportunidades de ascensão social, com ênfase
nas qualidades individuais de cada um;
Sejam ofertadas oportunidades de preparar novas gerações para o desempenho das
funções essenciais à sua sobrevivência e à continuidade do processo social.
O poder público esteja não somente a serviço de uma minoria, mas a todos os cidadãos.
No entanto, para que se possa alcançar este ideal de sociedade faz-se necessário e
primordial deixar a vida social entrar na escola. Problematizá-la, transformá-la. “Temos que
sujar a escola de vida social”, criar as condições para que a realidade do educando possa
ser refletida, compreendida na sua relação com o contexto mais amplo e que seus saberes
possam ser reelaborados a partir do saber escolar. Não se trata de se abrir simplesmente as
portas das escolas aos problemas sociais, mas sim de “transformar radicalmente a forma
mediante a qual, tentando silenciá-los, a escola fala sobre eles. Não se trata de adicionar ou
sobrepor discursos alternativos sobre o próprio conteúdo do social” ( GENTILLI,1997, p.198)
Nesta perspectiva, compreende-se que o processo pedagógico requer um contínuo
repensar a prática educativa, um constante refazer-se do educador a partir das condições
objetivas e subjetivas que a atividade docente engendra.
8.2. Concepção de homem:
O homem é um ser em constante desenvolvimento no aspectos biológico, intelectual,
da sensibilidade, da responsabilidade e da espiritualidade.
O homem é um ser social que interage com seu meio. Para entender e acompanhar as
transformações do mundo, é necessário que tenha uma formação básica eclética que lhe
possibilite ser um cidadão atuante e com habilidades múltiplas tais como reflexão,
comunicação, criatividade participação, investigação e com competência para enfrentar os
desafios do mundo do trabalho, gerando para si e para os outros uma melhoria na qualidade
de vida.
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Essa formação deve ser equânime, para que todos tenham as mesmas oportunidades
tornando-se verdadeiros cidadãos, em condições de serem empreendedores. Portanto, na
formação de nosso aluno é fundamental levar em consideração suas peculiaridades,
instrumentalizando-o para que, como sujeito histórico, possa conquistar seu espaço;
desenvolver seus valores e as competências necessárias à integração de seu projeto
individual ao projeto da sociedade em que está inserido, aprimorar-se como pessoa
humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico.
Cientes de que o homem só alcança sua plenitude quando firmado em princípios
morais, éticos e espirituais. Acreditamos que sua vida necessita portanto ser guiada pela
cidadania, que será construída num espaço natural, social e histórico, num processo
contínuo de integração do sujeito com a natureza, a sociedade e a prática, onde buscará
condições de produzir e de trabalhar para conservação de sua própria existência material.
Priorizando o que afirmamos, queremos nos unir em constantes esforços para sermos
instrumentos facilitadores para esta realização.
Neste contexto, queremos então, que o homem:
- Seja sujeito de seu próprio processo de desenvolvimento;
- Domine sua cultura e esteja aberto aos valores de outras culturas;
- Seja crítico, questionador, ousado, criativo, comprometido com a democracia;
- Vise a transformação social, por um mundo democrático, justo, solidário e fraterno;
- Seja capaz de viver em comunidade;
- Seja capaz de viver e conviver com os avanços tecnológicos, humanizando-os em favor
da sociedade;
- Esteja consciente de suas limitações.
Enfim, almejamos a formação de um homem crítico, consciente e comprometido com
sua história, sujeito atuante e em condições de modificar o contexto onde vive.
8.3. Concepção de Educação:
A educação é um fator importantíssimo para a humanização e a socialização do
homem e é através dela que ocorre o aperfeiçoamento de suas atividades. Caracteriza-se,
fundamentalmente, por uma preocupação, por uma finalidade a ser atingida e como um
instrumento de manutenção ou transformação social. Necessita de condições que
fundamentem e orientem os seus caminhos e de uma sociedade possuidora de valores para
nortear a sua prática.
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A educação é um processo amplo, contínuo, permanente e acontece em todas as
fases da vida humana, possibilitando transformar o homem anônimo naquele que pode
escolher, que é sujeito participante de sua reflexão, da reflexão do mundo e da sua própria
história, assumindo a responsabilidade de seus atos e das mudanças que fizer acontecer. É
a educação que nos permite modificar a realidade, alterando o seu rumo, provocando as
rupturas necessárias e aglutinando as forças que garantem a sustentação de espaços onde
o novo seja buscado, refletido e construído.
É objetivo primeiro de toda educação provocar e criar condições para que se
desenvolva uma atitude de reflexão crítica comprometida com a ação. É indispensável ,para
enfrentar os desafios da globalização o planejamento de novos objetivos à educação.
A educação como modalidade da ação prática, assume uma tríplice dimensão de toda
ação social e é simultaneamente prática e técnica, sendo fator de desenvolvimento da
cidadania, que fundamenta e amplia a vivência da democracia, em um país tão cheio de
contrastes, ambiguidades e contradições como o nosso.
A educação que almejamos é aquela que tenha como ponto de referência o tipo de
sociedade, escola e pessoa que vá além do espaço escolar.
No entanto, para atingirmos essas metas, a educação requer:
- O professor como socializador, articulador e planejador da prática educativa.
- Que a escola proporcione a todos um ambiente de construção do seu conhecimento e
de desenvolvimento de sua inteligência, com suas múltiplas competências.
- Pleno desenvolvimento da pessoa como sujeito de seu processo de pessoal, comunitário
e social.
- Propósito de aprender a viver com os outros e aprender a ser.
- Oportunidades que possam garantir a todos os alunos, aprendizagens essenciais para a
formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com
competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem.
- Ações que visem transformações sociais, econômicas e políticas, tendo em vista a
superação das desigualdades existentes no interior da sociedade.
- Permanente esforço de pensar, planejar e viver a ação educativa, que responda aos
novos desafios da realidade, tendo como base uma escala de valores humanos.
- Qualidade, no sentido de coerência e eficiência, em caminhar na direção dos objetivos
educacionais.
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A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-os
dentro da história – ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua ação
na sociedade e nas suas relações de trabalho.
Segundo SAVIANI, educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa
afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem
como é ela própria, um processo de trabalho.
8.4. Concepção de conhecimento:
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os
homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais
mediadas pelo trabalho.
O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento
científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos. Assim o
conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos e generalizações, sendo portanto, o
objeto de trabalho do professor.
Conforme Ilma Passos Veiga, o conhecimento pressupõe as concepções de homem,
de mundo e das condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que
representam as necessidades do homem a cada momento, implicando nova forma de ver a
realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando portanto a
forma de interferir na realidade. Essa interferência traz conseqüências para a escola,
cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas
suas relações.
Freire diz, o conhecimento é sempre conhecimento de alguma coisa, é sempre
intencionado, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa.
Assim, proporcionar uma escola democrática tendo como objetivo a emancipação das
camadas populares é um desafio, pois não basta abrir vagas para comportar alunos, é
preciso garantir sua permanência na instituição.
Sabemos que uma das funções da escola é transmitir e socializar os conteúdos de
ensino produzidos e acumulados no movimento histórico acumulado pela humanidade. O
que buscamos não é só assegurar aos alunos os conhecimentos. É preciso que estes
interfiram, transformando-os a serviço de sua sobrevivência e da melhoria de suas
condições de vida.
8.5. Concepção de Escola:
A escola é uma instituição reconhecida pela sociedade como encarregada de formar, e
deve envolver as três dimensões da vida do ser humano: a subjetiva ou da consciência, a
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que forma o profissional e a político-social, que forma o cidadão. Constitui-se como um
espaço de democratização e de inclusão social, e deve primar por uma ação educativa
equilibrada entre a formação do homem-cidadão e a construção do conhecimento, num
processo interativo. A escola enquanto espaço democrático deve respeitar os educandos,
não importando qual seja sua posição ou classe social. Deve trabalhar, incansavelmente, a
boa qualidade de ensino, se esforçar em intensificar os índices de aprovação através de
rigoroso trabalho docente e não com atitudes assistencialistas.
Atualmente a escola valoriza a importância da presença dos pais em contato
permanente e entende que é um centro aberto à comunidade e não um espaço fechado,
trancado a sete chaves. Supera preconceitos de raça, de classe, de sexo e se radicaliza na
defesa da substantividade democrática e compromete-se com o desenvolvimento total da
pessoa. A escola deve organizar-se de forma a ser acessível a todos, garantindo a
apropriação dos conhecimentos. Essa posse é um direito do ser humano e condição
essencial para que todos se beneficiem igualitariamente das riquezas sociais acumuladas
pelo trabalho dos próprios seres humanos. A escola deve ser unitária, pois assim,
assegurará a todos, de modo consistente e duradouro, do conjunto de conhecimentos
necessários à compreensão das relações sociais e dos mecanismos de dominação que
devem ser superados.
A escola deve ter um projeto coletivo, o que exige uma ação coordenada, competente
e participativa de todos. Deve apontar a necessidade de reformular as relações de trabalho,
superando a atual divisão do trabalho. Será adequada em relação aos seus equipamentos
materiais e espaços físicos, colocando à disposição da ação educativa os meios de
aprendizagem e de administração, de forma a permitir efetivamente sua inserção na
sociedade, superando a distância que se verifica entre os resultados das aprendizagens que
ocorrem na escola e as necessidades de aprendizagens que a vida moderna exige de cada
cidadão. Deve estruturar-se para ser, verdadeiramente a grande alavanca desse processo
de integração e transformação.
Desta forma, sonhamos com uma escola aberta, democrática e atrativa, que vise
proporcionar ao educando, um conjunto de práticas preestabelecidas com o propósito de
contribuir para que os mesmos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira
crítica, construtiva e participativa.
A escola deve ultrapassar seus limites, oferecendo aos alunos pertencentes a
diferentes grupos sociais o acesso ao saber. Deve também, favorecer a produção e a
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utilização das múltiplas linguagens das expressões e dos conhecimentos históricos, sociais,
científicos e tecnológicos, sem perder de vista a autonomia intelectual e moral do aluno.
Buscamos uma escola que vivencie os valores éticos, políticos e religiosos no
processo educativo, com o objetivo de educar e formar alunos que possam fazer a diferença
na sociedade futura.
Desejamos uma escola administrativa e pedagogicamente participativa, acolhedora
que supra as necessidades de seus alunos, desvendando e utilizando as próprias
contradições da sociedade, privilegiando uma concepção pedagógica que considere a
realidade do ensino público, garantindo a permanência e o êxito do educando na instituição
escolar.
8.6. Concepção de Ensino – aprendizagem
Os fracassos e sucessos escolares decorrentes da aprendizagem provocam reflexões
sobre os aspectos que interferem no ensinar e aprender, indicando que é mister dar um
novo significado ao ensino e à aprendizagem, uma vez que sem aprendizagem, não há
ensino.
O conhecimento não é algo situado fora do indivíduo, a ser adquirido por meio da
cópia do real, tampouco algo que o sujeito constrói independentemente, da realidade
exterior, dos demais indivíduos e de suas próprias capacidades pessoais. É uma construção
histórica e social na qual interferem fatores de ordem cultural, antropológica e psicológica. A
realidade torna-se conhecida quando se interage com ela, modificando-a física e ou
mentalmente.
A atividade de interação permite interpretar a realidade e construir significados,
permite também construir novas possibilidades de ação e de conhecimento.
O conhecimento, portanto, é resultado de um complexo e intrincado processo de
construção, modificação e reorganização utilizado pelos alunos para assimilar e interpretar
os conteúdos escolares. O que o aluno pode aprender em determinado momento da
escolaridade depende das possibilidades delineadas pelas formas de pensamento de que
dispõe naquela fase de desenvolvimento, dos conhecimentos que já construiu anteriormente
e do ensino que recebe.
A aprendizagem requer fundamentalmente, intensa vontade do aluno e ousadia para
aprender, ele precisa estabelecer relações entre o novo conteúdo e os que já aprendeu,
revisando, ampliando, diferenciando, transferindo e tomando uma série de decisões. A
possibilidade de estabelecer estes vínculos entre o que já se sabe e o que se busca
aprender, é condição fundamental para que a aprendizagem se realize.
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Para que um aprendizado resulte em construção de conhecimento, é preciso que o
aluno esteja envolvido na tarefa de compreender. Assim, dedica-se à aprendizagem se ela
for um desafio possível, se tem algum sentido. O aluno deve envolver-se na aprendizagem
com a intenção de compreender e não de decorar, estabelecer relações entre as novas
idéias e o conhecimento anterior, integrar os conhecimentos, buscando coerência e
desenvolver o sentimento de competência e auto- estima.
Quando a aprendizagem é uma experiência bem sucedida, o aluno constrói uma
representação de si mesmo como alguém capaz de aprender. Caso a experiência seja mal
sucedida, o ato de aprender tenderá a se a transformar em ameaça, e a ousadia necessária
à aprendizagem se transformará em receio, para o qual a defesa possível é a manifestação
do desinteresse. Um dos papéis do professor nesse processo é ajustar as propostas de
atividades às possibilidades dos seus alunos, o que não quer dizer trabalhar com o que já
sabem, mas considerar o que já sabem para ajudá-los a aprender, uma vez que uma boa
situação de aprendizagem propícia aos alunos, colocarem em jogo tudo o que sabem sobre
o assunto, trocarem informações entre eles e terem bons problemas para resolver.
É importante também levar em consideração os aspectos relacionais presentes na
situação de aprendizagem. Se queremos que os alunos não se limitem a memorizar para
chegar a resposta correta, é necessário o apoio para que ousem lançar-se no desafio de
aprender a entrar em contato com o que não sabem, a sentirem-se instigados e confiantes
na possibilidade de aprender. Para isso é preciso construir e manter um clima favorável à
aprendizagem, com respeito do professor aos processos de seus alunos e dos alunos entre
si.
Por mais que o professor, os companheiros de classe e os materiais didáticos possam
e devam contribuir para que a aprendizagem se realize, nada pode substituir a atuação do
próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os conteúdos das aprendizagens. É
ele quem vai modificar, enriquecer e construir novos e mais diversificados instrumentos de
ação e interpretação. Desta forma, almejamos por formas de atuação e de avaliação
abrangentes que levem os alunos a atingir os objetivos propostos nos planejamentos,
através de um procedimento metodológico a partir da prática, refletindo sobre ela e
transformando-a na direção desejada.
Assim, a aprendizagem dos alunos será significativa na medida em que consiga
estabelecer relações substantivas entre os conteúdos escolares e os conhecimentos
previamente construídos por eles, num processo de articulação de novos significados.
Portanto o trabalho no processo ensino-aprendizagem deverá ser desenvolvido de modo
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contextualizado, a fim de que o aluno sinta-se motivado e procure relacionar os conteúdos a
sua vida, a sua cidade ao seu país, além de tornar-lhe possível a construção de novos
conceitos e metas, objetivando levá-lo a atuar.
8.7. Concepção de Avaliação
Propõe–se uma concepção de avaliação que esteja preocupada com a educação
como mecanismo de transformação social.
A avaliação educacional que almejamos deverá manifestar-se como um mecanismo
diagnóstico da situação, tendo em vista o avanço e o crescimento do aluno como um todo e
não a estagnação disciplinadora.
Buscamos uma avaliação permeada na ação coletiva onde professores e alunos
juntos reflitam sobre as atitudes de reprovação, recuperação e aprovação. Neste sentido a
avaliação deve se constituir como um espaço de argumentação, como processo ético de
racionalização.
A avaliação que queremos deverá estar preocupada com a superação do senso
comum. Deverá possuir um caráter diagnóstico, sendo contínua permanente e cumulativa. A
avaliação obedecerá a critérios, onde o conteúdo terá função de mediação entre o aluno e a
realidade. A mesma será registrada através de notas ao final de cada semestre.O registro
de notas obedecerá a análise criteriosa do real aproveitamento escolar do aluno, levando
em consideração sua capacidade individual e sua participação nas atividades realizadas.
Compreendemos a avaliação como uma ação que ocorre durante todo o processo de
ensino e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de
grandes etapas de trabalhos.
A avaliação será compreendida como elemento integrador entre a aprendizagem e o
ensino, envolvendo múltiplos aspectos tais como:
- Ajuste e orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor
forma;
- Obtenção de informação sobre o que foi apreendido do conhecimento;
- Reflexão contínua do professor sobre sua prática educativa;
- Tomada de consciência dos avanços, dificuldades e possibilidades.
Concebemos uma avaliação que vise subsidiar o professor com elementos de reflexão
contínua sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a
retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados
para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo.
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Estamos optando por uma avaliação transformadora, na qual avaliar é emitir um
julgamento à luz de critérios definidos a partir de uma realidade concreta visando a tomada
de decisão.
Quando optamos por essa concepção de avaliação, somos obrigados a construir
nossa linha metodológica fundamentada no conhecimento e na realidade que nos cerca:
homem, sociedade e educação. O julgamento segue a análise de toda a situação
educacional a partir de critérios selecionados e por fim, a tomada de decisão, etapa mais
importante é realizada pelo professor, equipe escolar tendo em vista melhoria do trabalho
realizado pelo aluno, turma e escola.
8.7.1. Da recuperação
A recuperação de estudos é parte integrante do processo de aprendizagem no seu
desenvolvimento contínuo, acontecendo concomitantemente e, ou paralelamente ao período
letivo, proporcionando ao aluno condições que lhe possibilitem a melhoria do
aproveitamento escolar e avanços no processo de aprendizagem.
O processo de recuperação acontecerá concomitantemente ao processo de
aprendizagem e ou paralelamente, com extensão de carga horária, sempre que se fizer
necessário, de acordo com as diretrizes encaminhadas pela Secretaria Estadual de
Educação.
Os alunos envolvidos neste processo deverão ser alvo de reavaliação para o registro
dos progressos alcançados.
8.7.2. Da Educação Inclusiva
A educação inclusiva envolve situações complexas e únicas que exigem uma constante revisão teórico-prática.
Embora a educação inclusiva esteja predominantemente relacionada ao alunado da
Educação Especial, é um equívoco supor a mesma apenas para estes sujeitos. A inclusão
educacional implica no reconhecimento e atendimento às diferenças de qualquer aluno que,
seja por causas endógenas ou exógenas, temporárias ou permanentes, apresenta
dificuldades de aprendizagem.
Assim, no trabalho escolar, deve-se estar atento ao fato de que o educando é um
sujeito com capacidade, conduta inteligente, criatividade, avaliação e julgamento sendo
preciso compreendê-lo a partir de seus condicionantes econômicos, culturais, afetivos,
políticos etc., se se quer trabalhar adequadamente com ele.
Olhar o educando como membro de sociedade, como possuidor de capacidade de
avanço e crescimento, mediada pela cultura elaborada, como sujeito ativo que se constrói,
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integrando-o e inserindo-o em seu grupo social e não o alienando através de sua ação
estar-se-á contribuindo para implementar programas inclusivos a todos, indistintamente.
O abandono das terapias individuais intensivas em favor da abordagem inclusiva exige
que seja redefinida a função dos profissionais especializados que prestam atendimentos
adequados às pessoas que necessitam de educação especial para que venham somar
esforços aos programas inclusivos a fim de que se transformem em modelos de
implementação efetiva.
Por tratar-se , a educação inclusiva, de uma noção relativamente nova, à medida que
programas são implantados, os participantes devem ser flexíveis e estar dispostos
experimentar e aprender. Por isso, torna-se importante, além da competência teórica e
política, uma paixão pelo que se faz e o asseguramento da capacitação adequada.
Não se pode pressupor que os professores e outros funcionários estejam preparados
para atender educandos com necessidades especiais. Mesmo os melhores profissionais
precisam de capacitação suplementar e de apoio para enfrentar a diversidade de
necessidades das crianças em diferentes etapas do desenvolvimento. É preciso defender a
causa das pessoas com necessidades especiais : as pessoas devem saber que todas as
crianças têm direito ao acesso a serviços de apoio que promovam seu crescimento e
desenvolvimento harmoniosos, sejam quais forem seus conhecimentos, competências e
capacidades iniciais.
Os argumentos invocados podem apoiar-se em diferentes considerações e a
conscientização que nasce do conhecimento e da informação deve pressupor igualmente
atitudes. As atitudes, por sua vez pressupõem o envolvimento de todos aqueles que
participam e desempenham seus papéis nos programas inclusivos em defesa da causa das
crianças com necessidades especiais porque elas fazem, assim como qualquer outra
criança, parte integrante da sociedade e têm direito à educação, reconhecido pela legislação
em vigor.
8.8. Concepção de Cidadania
A cidadania não se limita a uma palavra, uma idéia, um discurso, nem está fora da
vida das pessoas. A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá a pessoa a
possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem
cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando
numa posição de inferioridade dentro do grupo social. Por extensão, a cidadania pode
designar o conjunto das pessoas que gozam daqueles direitos.
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Pode-se dizer que exercer a cidadania significa estabelecer uma nova forma de ver,
ordenar e construir o mundo, tendo como princípios básicos os direitos humanos, a
responsabilidade pessoal e o compromisso social na realização do destino coletivo.
A cidadania é construída historicamente e seu sentido mais pleno aponta para a
possibilidade de participação efetiva na produção e usufruto de valores e bens de um
determinado contexto, bem como na sua configuração e no reconhecimento do direito de
falar e ser ouvido.
Ser cidadão é participar de uma sociedade, tendo direitos e revendo os já existentes.
É identificar-se como ser humano, criar um olhar diferenciado e, ao mesmo tempo,
sintonizado com o que está ao seu redor.
A cidadania se constrói pelo reconhecimento e respeito às diferenças individuais, pelo
combate aos preconceitos, às discriminações ( econômicas, políticas, sexuais... ) e aos
privilégios, pela participação no processo grupal, pela ampliação da consciência em relação
aos direitos e deveres e pela confiança de transformação de cada um. Não é um discurso,
precisa ser vivenciada para ser incorporada e construída no exercício das pequenas coisas
do cotidiano, abrangendo, não apenas os direitos, mas também os deveres, gerando
compromisso, responsabilidade e participação. O aluno constrói sua cidadania e aprende a
ser cidadão nesse processo de construção.
Devemos acreditar que a construção da cidadania percorre necessariamente um
caminho. Inicia-se com a formação da identidade e da auto- estima, passa pelo conjunto de
aprendizagens básicas para a convivência e se efetiva na solidariedade e participação
social. Ser cidadão significa estar na vida e no mundo, sentindo-se parte integrante do
gênero humano, participante ativo do esforço de mudança de sua realidade social. Pode-se
dizer que cidadania é essencialmente consciência de direitos e deveres no exercício da
democracia. Não há cidadania sem democracia.
O grande desafio histórico é oferecer condições ao povo de se tornar cidadãos
conscientes, organizados e participativos no processo de construção político-social e
cultural.
De acordo com Boff (2000,p.51) “cidadania é um processo histórico-social que
capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de
elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser
povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino”.
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8.9. Concepção de Currículo Currículo é um termo muitas vezes utilizado para se referir a programas de conteúdos
de cada disciplina. Mas, também pode significar a expressão de princípios e metas do
projeto educativo, que precisam ser flexíveis para promover discussões e reelaborações
quando realizado em sala de aula, pois é o professor que traduz os princípios elencados em
prática didática.
Não é um instrumento neutro, ele transmite ideologia e não pode ser separado do
contexto social, uma vez que ele é historicamente situado, culturalmente determinado e
interfere, direta ou indiretamente, o processo de transmissão, assimilação e produção do
conhecimento constituindo-se um instrumental de confronto de saberes, o saber
sistematizado e o saber de classe, que é valorizado e é o ponto de partida para o trabalho
educativo. O currículo só é válido e significativo se atender ao desenvolvimento científico
contemporâneo.
Deve estar de acordo com a sociedade em que se vive, ser renovado continuamente,
evidenciando os valores sociais e também a interação entre os elementos culturais, políticos
e econômicos. No currículo deve estar representada a diversidade de valores, as
manifestações fenomênicas de como o problema aparece.
O ato de elaborar o plano curricular contém decisões que dizem respeito aos
pressupostos, aos objetivos e aos meios necessários para atingi-los devendo ser
intensamente participado e decidido por todas as pessoas envolvidas com o processo
educativo.
O currículo deve procurar seguir uma metodologia fundamentada nos pressupostos de
uma pedagogia crítica, sempre em busca da percepção coletiva das contradições e
determinações sociais, necessárias á efetivação de uma prática reflexiva, crítica, criadora e
inovadora, capaz de propor ações coerentes que propiciem a superação das dificuldades
detectadas ao longo de todo processo educativo.
O currículo deve ser concebido como seleção da cultura, como processo ordenador da
socialização do conhecimento que engloba toda a ação pedagógica. Ele é o principal
elemento de mediação das práticas dos educadores e educandos. Por isso, a organização
dos espaços, dos tempos escolares e da ação pedagógica deve ser objeto de reflexão entre
os educadores e educandos para que o currículo seja significativo.
8.10. Concepção de Cultura
A cultura é resultado de toda a produção humana segundo Saviani, “ para sobreviver o
homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de subsistência.
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Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo
humano ( o mundo da cultura ) “ ( 1992, p.19).
Podemos considerar que “de um ponto de vista antropológico, cultura é tudo o que
elabora, e elaborou, o ser humano, desde a mais sublime música ou obra literária até as
formas de destruir-se a si mesmo e as técnicas de tortura, a arte, a ciência , a linguagem, os
costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições sociais, as crenças, as
religiões, as formas de trabalhar”, (Sacristan, 2001, p,105).
Ao mesmo tempo que se tornam visíveis manifestações e expressões culturais de
grupos dominados, observa-se o predomínio de formas culturais produzidas e vinculadas
pelos meios de comunicação de massa, nas quais aparecem de forma destacada as
produções culturais em sua dimensão material e não-material.
Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa completar
várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola, em sua
prática há necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente de sua
função de trabalhar as culturas populares de forma a produzir uma cultura erudita, como
afirma Saviani “ a mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem do
saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita; assume
papel político fundamental, “ Saviani, apud, Frigotto, 1994 p,189 ).
Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita cabe à
escola aproveitar essa diversidade, para fazer dela um espaço motivador, aberto e
democrático.
8.11. Concepção de tecnologia
As vertiginosas evoluções socioculturais e tecnológicas do mundo atual geram
incessantes mudanças nas organizações e no pensamento humano e revelam um novo
universo no cotidiano das pessoas. Isso exige independência, criatividade e autocrítica na
obtenção e na seleção de informações, assim como na construção do conhecimento.
Por meio da manipulação não linear de informações, do estabelecimento de conexões
entre elas, do uso de redes de comunicação e dos recursos multimídia, o emprego da
tecnologia promove a aquisição do conhecimento e o desenvolvimento de diferentes modos
de representação e de compreensão do pensamento.
O uso da tecnologia possibilita representar e testar idéias ou hipóteses, que levam à
criação de um mundo abstrato e simbólico, ao mesmo tempo que introduzem diferentes
formas de atuação e de interação entre as pessoas. Essas novas relações, além de
envolverem a racionalidade técnico-operatória e lógico-formal, ampliam a compreensão
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sobre aspectos sócio- afetivos e tornam evidentes fatores pedagógicos, psicológicos e
epistemológicos.
A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e serviços, mas
também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais vigentes.
A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e alternativa no
contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento das desigualdades, ou
para a inserção social quando vista como uma forma de estabelecer mediações entre o
aluno e o conhecimento em todas as áreas.
Uma concepção de educação tecnológica não será suficiente para o acesso de todos,
da Escola Pública, sem que haja uma vontade e ação política que possibilite investimento
para que esses recursos tecnológicos elementares e sofisticados existam e possam ser
ferramentas que contribuam para o desenvolvimento do pensar, sendo um meio de
estabelecer relações entre o conhecimento científico, tecnológico e sócio-histórico,
possibilitando articular ação, teoria e prática.
8.12. O ensino fundamental de nove anos
8.12.1. Concepção de infância e adolescência
A educação brasileira passa por transformações na organização da Educação Básica,
sendo implantado o Ensino Fundamental de nove anos. Mais que uma determinação legal, a
mudança configura-se como num trabalho de qualidade nesta escola, propiciando a
aquisição do conhecimento , respeitando a especificidade da infância e adolescência nos
aspectos físico, psicológico, intelectual, social e cognitivo.
Para implementar qualitativamente o Ensino Fundamental de nove anos, é importante
ressaltar neste projeto a compreensão do conceito de infância que, segundo Kuhlmann,
1998, significa “entender que é resultado de determinações sociais mais amplas do âmbito
político, econômico, social, histórico e cultural. Significa ainda considerar, no contexto da
práxis pedagógica, que a criança emite opiniões e desejos de acordo com a experiências
forjadas nos diferentes grupos sociais e da classe social a qual pertence. Portanto, é
importante perceber que “as crianças, concretas na sua materialidade, no seu nascer, no
seu viver ou morrer, expressam a inevitabilidade da história e nela se fazem presentes, nos
seus mais diferentes momentos”.
A compreensão da infância implica que a escola em seu conjunto, efetive um trabalho
articulado e com unidade de propósitos educativos. Assim, será necessário refletir para
então superar o distanciamento entre Educação Infantil e Ensino Fundamental, partindo de
um trabalho que possibilite continuidade no processo de aprendizagem, assegurando
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características de aprofundamento da complexidade dos conhecimentos sistematizados.
Neste sentido compreende-se que os conteúdos do Ensino Fundamental estão articulados
aos conteúdos dos outros níveis de ensino e se ampliam gradativamente, conforme as
possibilidades de compreensão dos alunos.
Tão importante quanto a compreensão de infância por parte de todos os profissionais
é preciso também apontar para a concepção de adolescência, principal público desta espera
escolar.
A adolescência é uma importante fase de transição entre duas etapas da vida, na qual
o indivíduo moldará a sua identidade, fará suas escolhas e se preparará para o ingresso no
mundo adulto. É uma etapa em que o ser humano está deixando de ser criança, sem ainda
ser adulto.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a adolescência compreende a faixa
etária entre os 10 e 20 anos; o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – restringe essa
fase entre os 12 e 18 anos.
No período da adolescência que o ser humano começa a entender e perceber coisas
que ainda não havia notado. Começa a se indagar quanto ao seu papel na sociedade e
neste contexto a escola apresenta-se como um importante espaço, para a vida dos
adolescentes independente de concepções políticos-educacionais. Neste sentido esta
escola concebe e defende o pressuposto de que o desenvolvimento humano em especial o
da adolescência deve se dar de forma integral, contemplando todas as dimensões do ser.
Assim, é importante ressaltar que a efetividade do sujeito não se realiza
individualmente, mas nas relações que desenvolve com outros indivíduos. Tal compreensão
exige compromisso dos educadores em apoiar o adolescente no seu projeto de
desenvolvimento pessoal e social, e neste sentido a educação é o caminho para a abertura
de possibilidades para a construção do homem cidadão, capaz de fazer a sua história,
assumindo e comprometendo-se com os ideais, desvendado a consciência dos seus direitos
e de sua potencialidade como agente de transformação.
8.13. Alfabetização e letramento
Partindo da concepção da língua escrita como sistema formal (de regras, convenções
e normas de funcionamento) que se legitima pela possibilidade de uso efetivo nas mais
diversas situações e para diferentes fins, somos levados a admitir o paradoxo inerente à
própria língua: por um lado, uma estrutura suficiente fechada que não admite transgressões
sob pena de perder a dupla condição de inteligibilidade e comunicação; por outro, um
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recurso suficientemente aberto que permite dizer tudo, isto é, um sistema permanentemente
disponível ao poder humano de criação. (Geraldi, 93)
Mas como conciliar e orientar a aprendizagem da língua escrita integrando e
articulando alfabetização e letramento?
Conforme o texto:Orientações pedagógicas para os anos iniciais da SEED, 2010, a
alfabetização supõe ensino de forma explícita, sistemática, progressiva, seqüente, uma vez
que as relações entre fonemas e grafemas são convencionais e em grande parte arbitrárias,
não sendo, assim, necessário nem talvez, justo, atribuir à criança a difícil tarefa de
“redescoberta” desse sistema de representações convencional, tão laboriosamente
construído pela humanidade ao longo de séculos. Assim o ensino pode e deve ser feito a
partir de textos reais, textos que circulam no contexto da criança, para que ela se aproprie
do sistema de escrita vivenciando-o tal como é realmente usado nas práticas sociais que
envolvem a língua escrita.
Já o letramento deve ser orientado por objetivos específicos, familiarizar a criança na
leitura e na escrita, com diferentes gêneros de textos e suas características específicas;
manipulação adequada de diferentes portadores de textos, especificamente livros,
conhecimento e uso da biblioteca entre muitos outros objetivos orientados pelo e para o
letramento.
Concluindo, alfabetizar e letrar ocorrem simultaneamente e indissociavelmente, apesar
de manter sua natureza específica. Na alfabetização, a aquisição do sistema alfabético e
ortográfico da escrita envolve a compreensão e apropriação das relações fonema-grafema e
as técnicas e convenções para seu uso. No letramento há o desenvolvimento das diversas
competências necessárias para a participação adequada e eficiente nas diferentes práticas
sociais de que a língua escrita faz parte integrante.
9. MARCO OPERACIONAL
A gestão compartilhada tem papel importante na condução deste projeto, pois será
através de encontros e reuniões que se oportunizará troca de experiências entre docentes
equipe pedagógica, direção, comunidade a fim de traçar metas, discussões sobre avaliação,
contextualização, interdisciplinaridade e outras questões importantes que envolvam o dia a
dia da escola. Assim poderemos proporcionar ao nosso aluno, recursos necessários que
lhes permitam enfrentar com autonomia, sabedoria e discernimento, as diversas situações
problema que se farão presentes no seu cotidiano.
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Para que tudo o que se propõe aconteça contamos com estruturas enraizadas na
escola, constituídas por alunos, professores, funcionários pais e representantes da
comunidade.
Sendo, portanto a escola, local onde a prática educacional é exercida sempre em
busca da construção do conhecimento, é necessário o envolvimento de todos os segmentos
da sociedade e o comprometimento da comunidade escolar para atingir um único objetivo: o
desenvolvimento da competência na educação.
Procuraremos ampliar o horizonte educacional de nossos alunos, tornando-os críticos,
criativos e politizados através de atividades que objetivem mudanças na rotina escolar,
permitindo ao aluno conhecer um pouco mais a amplitude da sociedade na qual estamos
inseridos.
9.1. Tipo de gestão
A Escola Estadual Dona Carola tem sua gestão participativa e democrática, e sua
representação é escolhida através de consulta. A direção administra de modo a não
concentrar a autoridade, procurando formas coletivas que propiciem a cooperação de todos,
com essa atitude todos colaboram e sentem-se valorizados. Abre também, espaço para a
participação da comunidade, aproximando assim, a escola da comunidade a qual serve.
A gestão está voltada para os princípios éticos e científicos de administração:
conhecimento, liderança, participação coletiva, autoridade e ética que vêm fundamentar o
trabalho coletivo numa perspectiva compartilhada. Assim executa um trabalho voltado para
as necessidades da comunidade, atendendo a sociedade com o comprometimento de fazer
do aluno um bom cidadão, reconhecendo seus direitos e deveres, tornando-os críticos,
atuantes com pleno exercício de sua cidadania.
9.2. Definição dos papéis de cada segmento do estabelecimento de ensino
Um papel social de cada segmento corresponde a um padrão esperado de
determinada posição em um contexto social. O papel é a expressão da posição que
corresponde a localização da pessoa no sistema.
Qualquer papel social é determinado por uma série de fatores interferentes, uns de
maior impacto que outros, dependendo das circunstâncias. Cabe aqui ressaltar que cada
funcionário ao exercer seu papel com profissionalismo, dedicação, unindo-se ao conjunto,
com certeza estará cumprindo com seu papel de educador e colabora para a formação de
novas gerações.
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9.3. Professor
O papel do professor é representado pela parte humana da proposta pedagógica da
escola, para articular a educação na sociedade, observando as necessidades de
apropriação dos conteúdos oficiais e de vida, numa construção de autonomia de pessoas
críticas, participativas, criativas e responsáveis no mundo globalizado e socializado pelo
conhecimento.
Hoje sabemos que não é possível separar o eu pessoal do profissional, sobretudo
numa profissão fortemente impregnada de valores e ideais e muito exigente do ponto de
vista do empenhamento e da relação humana. Houve um tempo em que a possibilidade de
estudar o ensino, para além da subjetividade do professor, foi considerada um sucesso
científico e um passo essencial em direção à uma ciência da educação. Mas as utopias
racionalistas não conseguiram pôr entre parênteses a especificidade irredutível da ação de
cada professor.
A formação continuada deve ser prioritária na vida profissional dos professores do
Ensino Fundamental. Também é de suma importância que os professores, em sua atividade
docente desenvolvam competências que o ajudarão a desempenhar de forma mais eficaz
sua tarefa, como por exemplo:
Organizar e dirigir situações de aprendizagem;
Administrar a progressão das aprendizagens;
Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação para;
Envolver os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho;
Trabalhar em equipe;
Participar da administração;
Informar e envolver os pais;
Utilizar as novas tecnologias;
Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão;
Administrar sua própria formação contínua.
Além destas competências, que ajudarão o professor a desempenhar de forma mais
eficaz sua tarefa, a concretização da ação docente também se realiza no cotidiano, na sala
de aula, ou seja, na prática. A prática educacional está inserida na sociedade e é
configurada na interação entre os sujeitos e grupos. A concretização da intencionalidade
educacional como prática social contextualiza-se historicamente e efetiva-se no processo
social.
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Considerando a educação como prática social, a formação dos profissionais que nela
atuam constitui área de interesse social. Este contexto propicia a realização de discussões,
pesquisas, propostas, eventos, publicações e regulamentações em torno da formação
docente.
A complexidade da profissão de professor é inscrita no espaço público da palavra e da
ação. O professor atento e dedicado ao exercício permanente da observação e crítica, da
ação e da avaliação, ética e política, singular e compartilhada, favorece que as gerações
transcendam a si mesmas, desafiando-se e reconstruindo-se.
Para SEVERINO (2001, p. 141), “a característica essencial do trabalho do professor é
promover a educabilidade ou seja, favorecer para que sujeitos, eles próprios, tornem-se
construtores e transformadores de sua individualidade e da sociedade”.
Torna-se importante refletir, não somente sobre o preparo profissional do professor,
em seus aspectos políticos ou técnicos, mas também não devemos nos recusar a
reconhecer os aspectos humanos nesse processo formativo do professor para transitar no
cotidiano escolar, pois, com afirma SANTOS (2002, p. 41), referem-se “...a natureza humana
e que dizem respeito à subjetividade de cada ser humano...” que reflete a síntese desse
processo e suas múltiplas determinações, portanto, de natureza complexa.
SEVERINO (2001, p. 142), afirma que a formação dos professores “ deveria ser uma
autêntica Bildung, formação em sua integridade” , superando uma habilitação apenas
técnica, centrada no domínio de informações específicas e didáticas.
As exigências de formação docente devem incluir como fatores principais:
Conscientização do potencial da humanidade e do direcionamento da existência para
inserção no grupo social.
Compreensão da construção e reconstrução do conhecimento e de sua aplicabilidade na
ação humana .
Competência que ultrapasse o senso comum, a improvisação e a superficialidade.
Exercício da criatividade de modo dinâmico, estético, inteligente.
Criticidade vigilante do conhecimento, da ideologia e de sua própria ação, reconstruindo
e refazendo.
Comprometimento ético, sócio-político para participar na promoção de uma educação
para todos, desenvolvimento da solidariedade e da cooperação, legitimando a autonomia
da ação docente, atenta às necessidades da comunidade, na busca de uma prática
educativa contextualizada, adequada e em comum com o conjunto da sociedade.
Para LIBÂNEO (1998), um professor para os tempos atuais necessita:
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Assumir o ensino como mediação, que deverá ocorrer através da aprendizagem ativa do
aluno com a ajuda pedagógica do professor.
Modificar a idéia e a prática disciplinar formal para uma prática interdisciplinar.
Conhecer e utilizar estratégias do ensinar a pensar.
Persistir no empenho de possibilitar e auxiliar os alunos a buscarem uma perspectiva
crítica dos conteúdos, a se habituarem a aprender as realidades enfocadas nos
conteúdos escolares de forma crítico-reflexiva.
Praticar um trabalho de sala de aula numa perspectiva comunicacional, desenvolvendo
capacidades comunicativas.
Observar o contexto da sala, quanto à diversidade cultural existente, respeitando os
alunos em suas diferenças.
Investigar na atualização científica, pedagógica e cultural, ou seja, permanentemente em
formação.
Incluir a perspectiva afetiva no exercício da docência.
Considerar a ética na sua atuação bem como procurar desenvolvê-la com os alunos.
Estar atento à possibilidade de usar novas tecnologias da comunicação e da informação,
para melhorar as aulas.
O trabalho docente constitui-se, basicamente, em ajudar educando a aprender em
todos os aspectos, isto é, na aquisição e desenvolvimento de conhecimentos, habilidades,
hábitos, atitudes, valores, ideais ou qualquer tipo de aprendizagem ainda não desenvolvida
e julgada importante e necessária para o educando tanto pessoal como socialmente.
(REEDER)
Neste sentido é preciso sistematizar para os alunos os conteúdos, preparar a vivência,
comunicar, ouvir, interagir, proporcionando, enfim, o apregoado desenvolvimento ou seja, a
aprendizagem do aluno. Para desenvolver adequadamente esse importante papel o
professor, com os demais profissionais, não podem ser acomodados, alguém que já
considere ter chegado ao máximo em sua sabedoria. Pelo contrário, deve estar sempre
insatisfeito com o seu trabalho, no sentido de que sinta que há algo mais por fazer. Há muito
que aprender. Deve ser ousado no sentido de fazer tentativas, experimentos de novos
procedimentos, enfim deve sempre procurar aperfeiçoar o seu trabalho, buscando
informações atualizadas em literatura especializada, jornais e revistas, para fazer na sala de
aula suas conquistas e pesquisas.
Todo professor deve ser continuamente reflexivo, observador, a fim de detectar novos
procedimentos, novas maneiras de fazer, levando em consideração seus objetivos
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educativos. Assim é necessário trabalhar conhecendo bem o aluno, fazendo pontes
constantes entre o mundo jovem e a matéria, o próprio contexto, a situação do dia a dia, o
compartilhar de experiências com os próprios profissionais e com os alunos proporcionando
um complexo de forças que apontem para o sucesso do saber escolar.
9.4. Diretor
Devido a sua posição central na escola, o desempenho de seu papel exerce forte
influência (tanto positiva, como negativa) sobre todos os setores e pessoas da escola.
É do seu desempenho e de sua habilidade em influenciar o ambiente que depende,
em grande parte, a qualidade do ambiente escolar, desempenho dos demais integrantes e
qualidade do processo ensino aprendizagem. É do diretor responsabilidade máxima quanto
a consecução eficaz da política educacional do sistema e desenvolvimento pleno dos
objetivos educacionais dinamizando e coordenando todos os esforços nesse sentido e
controlando todos os recursos para tal. O diretor assume uma série de funções, tanto de
natureza administrativa, quanto pedagógica, e suas principais atribuições estão descritas no
Regimento Escolar desta instituição.
9.5. Pedagogo
O papel do pedagogo se constitui na somatória de esforços e ações desencadeadas
com o sentido de promover a melhoria do processo ensino-aprendizagem, dinamizar e
assistir na operacionalização do processo educativo da escola. Além de prestar assistência
ao professor e coordenar as ações objetiva melhoria do desempenho do professor no
desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes em relação ao ensino
aprendizagem.
Cabe ao pedagogo assessorar a direção em sua função e apoiar os professores
atuando também na medida das necessidades juntamente com alunos, orientando e
prestando assistência para enfrentamento de possíveis dificuldades.
9.6. Corpo discente
O corpo discente compreende todos os educandos matriculados nos diversos anos
ministradas pela escola. O educando é o sujeito que busca uma nova determinação em
termos de patamar crítico da cultura elaborada, ou seja, é o sujeito que busca adquirir
conhecimentos, habilidades e modos de agir.
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A ele compete comparecer as atividades escolares com pontualidade e assiduidade
participando do que lhe é proposto, possuindo o material escolar solicitado e conservá-lo em
perfeitas condições de uso, trazendo-os para as aulas, quando exigidos.
Cabe aos alunos dedicar tempo para realizar as tarefas e trabalhos solicitados pelo
professor, mantendo e promovendo relações cooperativas com professores, colegas e
comunidade.
9.7. Equipe Administrativa
A equipe administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos os
setores do Estabelecimento Ensino, proporcionando condições para os mesmos cumpram
suas reais funções.
A equipe administrativa é composta por Secretaria e Serviços Gerais.
9.8. Secretaria
A Secretaria é o setor que tem a seu cargo todos os técnicos administrativos para
executar o serviço de escrituração escolar e correspondência do Estabelecimento de
Ensino.
Os serviços da secretaria são coordenados e supervisionados pela Direção ficando a
ela subordinados.
O cargo de secretário(a) é exercido por um profissional devidamente qualificado para o
exercício da função, indicado pelo Diretor do Estabelecimento de Ensino, de acordo com as
normas da SEED em ato específico.
9.9. Serviços Gerais
Os serviços gerais deste Estabelecimento de Ensino têm a seu encargo o serviço de
manutenção, preservação e merenda escolar do Estabelecimento de Ensino, sendo
coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.
Compõem os serviços gerais as serventes e a merendeira.
9.10. Instâncias colegiadas
9.10.1. Conselho Escolar
Objetiva promover a participação da comunidade escolar nos processos de
administração e gestão escolar, para assegurar a qualidade do trabalho escolar em termos
administrativos, financeiros e pedagógicos, desempenhando funções deliberativas e de
fiscalização das ações globais da escola.
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9.10.2. APMF
Objetiva auxiliar a direção na promoção das atividades administrativas, pedagógicas e
sociais da escola. Arrecadar recursos para completar os gastos com ensino, cultura e o
mínimo do bem estar ao aluno.
10. RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO.
10.1. Recursos materiais
Os recursos desempenham um papel importante no processo de ensino
aprendizagem, desde que se tenha clareza das possibilidades e limites que cada um deles
apresenta.
É importante lembrar que atualmente a escola não disponibiliza de recursos
tecnológicos suficientes e ideais que facilitem o trabalho do professor e aprimorem o
desempenho do aluno em sala de aula.
O professor hoje faz bom uso de recursos didáticos como quadro de giz, ilustrações,
mapas, livros didáticos, dicionários, revistas jornais, folhetos de propaganda. É importante
ressaltar que os materiais de uso social e não apenas escolares são ótimos recursos de
trabalho, pois os alunos aprendem sobre algo que tem função social real e se mantém
atualizados sobre o que acontece no mundo, estabelecendo o vínculo necessário entre o
que é aprendido na escola e conhecimento extra-escolar.
Para tanto, a escola conta com materiais didáticos disponíveis para uso dos docentes:
revistas, livros didático-pedagógicos, livros de literatura, mapas, bandeiras, globo, fitas de
vídeo, enciclopédias, dicionários, retroprojetores, televisões, vídeo cassete, DVD e
aparelhos de som.
10.2. Recursos Humanos
A Escola Estadual Dona Carola conta atualmente com quadro de 51 funcionários,
sendo 01 Diretor, 01 Diretor Auxiliar, 03 Pedagogas, 01 Secretário, 04 Técnicos
Administrativos, 07 Auxiliares de Serviços Gerais e 34 professores lecionando as disciplinas
de: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História, Geografia, Educação Física,
Educação Artística, Língua Inglesa e Ensino Religioso.
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11. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR, HORÁRIOS
LETIVOS E NÃO LETIVOS.
O calendário escolar é elaborado anualmente pelo estabelecimento de ensino
atendendo ao disposto na legislação vigente, bem como às diretrizes emanadas da
Secretaria Estadual de Educação.
O calendário escolar é o primeiro passo para se planejar o ano letivo, devendo ter
aprovação do Conselho Escolar.
A preparação do ano escolar começa pela entrada dos alunos ( matrículas), estas são
ofertadas de acordo com o espaço disponível a fim de oferecer aos alunos um ambiente
mínimo adequado para a acomodação de todos.
A formação das turmas dá-se por séries e o horário letivo obedece o que preconiza a
LDB e o marco do ano é organizado na semana pedagógica com um planejamento sério e
real envolvimento dos setores administrativos, equipe pedagógica e professores.
12. CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS.
A organização do espaço escolar é muito importante, pois reflete a concepção
educativa adotada pela escola. Assim, é importante que os alunos tenham acesso aos
materiais de uso frequente como os murais e que estes possam ser utilizados para
exposição de trabalhos e informações.
O espaço passa a ser objeto de aprendizagem e respeito quando os alunos têm a
possibilidade de assumirem a responsabilidade pela ordem e limpeza do estabelecimento.
Os espaços existentes fora da sala de aula poderão ser utilizados para realização de
atividades recreativas,de gincanas, coleta e exposição de materiais e produções realizadas
pelas turmas.
Há certas aprendizagens que necessitam de espaços da comunidade. Poderão
ocorrer aulas passeios, visitas monitoradas, visita a museus, teatros e outros.
13. CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR
PROFESSOR EM RAZÃO DE ESPECIFICIDADES.
A organização das turmas é realizada obedecendo as séries e matrículas de acordo
com faixa etária específica. Já a distribuição de aulas e das turmas é realizada em reunião
com todos os professores lotados na escola.
Assim, os profissionais mais antigos na escola têm prioridade na escolha das séries,
turmas e horários de trabalho.
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Levando em consideração o porte desta escola, não há oportunidades de atender as
particularidades de aprendizagens de todos os alunos, pois são poucas as turmas a serem
formadas durante o ano, já que o prédio é composto somente de oito salas de aula para
uso. Contudo, busca-se fazer as possíveis adaptações pensando no progresso educacional
do aluno.
14. AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO
Realizar o planejamento escolar cooperativo logo após as férias escolares.
Reuniões com a comunidade escolar .
Reuniões com os pais ou responsáveis sobre o aproveitamento escolar do aluno.
Reuniões de Conselho de classe.
Integração geral de todos os segmentos que atuam na escola.
Informatização da escola.
Reuniões bimestrais com os segmentos: administrativo, serviços gerais, direção e
equipe pedagógica.
Fazer parcerias com entidades educacionais tendo em vista o desenvolvimento de um
trabalho coletivo, com os estagiários e professores.
Confraternização dos funcionários a cada final de ano letivo.
Estimular o aluno a participar de eventos promovidos pela escola, desenvolvendo maior
integração em atividades extracurriculares.
Dinamizar o uso da biblioteca e sala de informática através de orientações determinadas
pelos órgãos competentes.
Oferta de formação continuada a todos os professores e funcionários.
Reuniões com a APMF e Conselho Escolar.
Promover a realização da semana cultural, envolvendo todo o corpo docente da escola,
a fim de fazer um trabalho coletivo e interdisciplinar.
O professor deverá exercer o papel de mediador no processo ensino-aprendizagem,
atuando na formação continuada.
O professor deve garantir sua atualização permanente, para atender com qualidade a
comunidade escolar, analisando e atuando de forma crítica e construtiva sobre a
realidade.
A escola deverá possibilitar ao aluno a construção no processo ensino-aprendizagem da
conscientização, participação e compromisso, considerando as relações da prática
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social, a fim de possibilitar o pleno exercício da cidadania, através do conhecimento
historicamente construído.
A escola deve garantir o trabalho pedagógico entre todos os segmentos da comunidade
escolar.
Através da gestão democrática, propiciar a liberdade, respeito, igualdade e transparência
nas relações entre professores, alunos, funcionários e pais.
Planejar atividades significativas com o desenvolvimento de Projetos tais como:
“SUSTAINABLE CITIES” e outros.
Promover atividades prazerosas para o trabalho pedagógico (visita a espaços culturais –
museus, teatros, aldeias indígenas - gincanas, campeonatos, vídeos, oficina de dança
de várias etnias)
Pesquisar novas estratégias para a construção do conhecimento, incentivando a
criatividade e o senso crítico.
Elaborar projetos específicos de acordo com as necessidades postas para informação,
formação e criação de hábitos e atitudes.
Programar atividades comemorativas, datas importantes e outras para integração do
conteúdo e da Escola.
Organizar painéis, murais, jornal inter-classe com atividades significativas dos projetos
desenvolvidos na Escola.
Promover ciclos de palestras para a comunidade escolar sobre assuntos gerais de
interesse do momento, atendendo as demais necessidades.
Proporcionar discussão e formação em sala no decorrer das aulas e assuntos afins
como: violência, direitos sociais, uso de drogas, sexualidade, ética, etc.
Participar das Olimpíadas (Matemática, Língua Portuguesa, Química) e da Prova Brasil.
Envolver a comunidade no todo da Escola, na discussão de propostas de solução para
os problemas comuns e polêmicos.
Promover atividades recreativas para integração pais – alunos -professores-
funcionários.
Promover ampla discussão sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Regimento
Escolar, entre a comunidade escolar.
Divulgar os eventos da Escola através de folder e net.
Promover reuniões periódicas entre pais e professores visando esclarecer o processo
ensino-aprendizagem.
Dinamizar a APMF e outros órgãos afins que possam colaborar com a Escola.
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Oportunizar a participação em cursos de atualização, palestras, seminários, ciclos de
estudos, conferências, oferecidos pela mantenedora e outras entidades.
Incentivar a atualização permanente relativa à Legislação vigente (LDB, Estatuto da
Criança e do Adolescente, Direitos Civis, etc.)
Possibilitar a troca de experiências e vivências positivas realizadas pelos alunos (hora
atividade).
Garantir aos docentes horário para estudos, preparação de material e pesquisa um
maior comprometimento de sua prática na construção de uma Escola de qualidade.
Planejar diferentes modos de recuperação de estudo, diversificando as formas e
instrumentos avaliativos de aprendizagem na tentativa de reduzir o índice de reprovação
e melhorar a qualidade do ensino.
Organizar a videoteca da Escola.
Ampliar o acervo didático-pedagógico.
Estabelecer parcerias com Instituições diversas para enriquecer o currículo escolar e
ampliar as experiências educacionais dos alunos.
Fortalecer a consciência de cidadania.
Auxiliar na promoção da família para que seja considerada como célula fundamental da
sociedade.
Propor a construção de um banheiro para professores tendo em vista que há apenas um
instalado bem como de salas para instalação de biblioteca e laboratório de ciências
físicas e biológicas (encaminhar solicitação aos órgãos competentes).
Avaliação do Projeto Político Pedagógico, sempre que necessário.
Divulgar o trabalho desenvolvido na Escola através do Portal e correios eletrônicos.
Buscar parcerias com entidades públicas e/ou privadas para aprimoramento intelectual,
físico e estrutural da comunidade escolar.
15. Diretrizes para a avaliação de desempenho do pessoal docente e não docente;
do currículo das atividades extra- curriculares e do projeto político- pedagógico
A avaliação será abrangente porque contemplará tanto questões estritamente
referentes ao processo ensino/aprendizagem, bem como quanto à organização do trabalho
escolar, à função socializadora e cultural, à formação das identidades, dos valores etc.,
enfim, ao Projeto Político-Pedagógico da Escola.
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Pretende-se disponibilizar mecanismos que permitam a avaliação da instituição
escolar em todos os seus aspectos numa gestão: participativa, pedagógica, de pessoas, de
serviços de apoio, de recursos físicos e financeiros.
Para que seja possível, será realizada com mecanismos criados pelo próprio
estabelecimento de ensino para avaliação interna.
A escola propõe duas formas de avaliação: durante o ano escolar, de forma contínua e
sistemática e ao final do ano letivo, de forma sistemática e abrangente.
Nesse processo, será acompanhado e avaliado o material didático, o currículo, o
sistema de avaliação adotado pela escola, a infra-estrutura material da escola, metodologia,
a atuação do professor, dos funcionários da equipe pedagógica e da direção, enfim, toda a
ação relevante do Estabelecimento de Ensino, envolvendo nas avaliações, alunos,
professores, pais e funcionários, para que todos compreendam que é coletivamente, que se
constroem ações significativas na escola.
Para esta avaliação, serão utilizados instrumentos através de questionários, relatórios,
pareceres, entrevistas e outros.
Os resultados serão analisados juntamente com o Conselho Escolar e a APMF e
servirão de subsídios para reflexão e reposicionamento, considerando os aspectos positivos
e negativos a fim de subsidiar a reconstrução do presente projeto político-pedagógico.
16. PROGRAMA BRIGADAS ESCOLARES – DEFESA CIVIL NA ESCOLA
JUSTIFICATIVA DO PROGRAMA Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após terem vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o Programa opta em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera mitigar os impactos, promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças e adolescentes são mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural e potencialmente capazes de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores das medidas preventivas. Ainda mais, a opção de se trabalhar com as escolas da rede estadual de educação tem a ver com a necessidade de adequá-las internamente para atender as disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos, sejam eles de cunho natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios, entre outros. OBJETIVO GERAL Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Estado do Paraná para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou humanos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas
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para garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um segundo momento, que tais temas cheguem a um grande contingente da população civil do Estado do Paraná. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • levar os Estabelecimentos de Ensino Estadual do Paraná a construírem uma cultura de prevenção a partir do ambiente escolar; • proporcionar aos alunos da Rede Estadual de Ensino condições mínimas para enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas, assim como conhecimentos para se conduzirem frente a desastres; • promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar, com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas nas vistorias do Corpo de Bombeiros; • preparar os profissionais da rede estadual de ensino para a execução de ações de Defesa Civil, a fim de promover ações concretas no ambiente escolar com vistas a prevenção de riscos de desastres e preparação para o socorro, destacando-se ações voltadas ao suporte básico de vida e combate a princípios de incêndio; • articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos de Educação; • adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná, acompanhando os avanços legais e tecnológicos para preservação da vida dos ocupantes desses locais. ESTRATÉGIAS Ocorrerão capacitações contemplando públicos diferentes, com objetivos específicos, englobando uma capacitação para os gestores regionais e locais, outra para a Brigada Escolar. O Coordenador Local do Programa será o Diretor do estabelecimento de ensino. Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do estabelecimento que atuarão em situações emergenciais, além dedesenvolverem ações no sentido de: • identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar; • garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser registrado em calendário escolar;
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• promover revisões periódicas do Plano de Abandono; apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na • conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono; promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para • discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com registro em livro ata específico ao Programa; • verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências necessárias. Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância - EaD e PRESENCIAL. ATIVIDADES PERMANENTES: O Diretor de cada unidade escolar terá como responsabilidade, desenvolver o trabalho de implantação e implementação do Plano de Abandono. Esse Plano de Abandono consiste na retirada de forma segura de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de exercícios simulados e em tempo razoável. Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por semestre,e as datas deverão estar registradas em Calendário Escolar .
Plano de Ação – Brigada Escolar:
NOME FUNÇÃO RG CPF
Wagner Rosa de Oliveira Diretor 6138990-3 97163899904
Lígia Romanio Pedagoga 4056511-6 55298745920
Ester Kutz Agente Educacional II 4142521-0 547406579
Luciane Aparecida Souza Lima Rodrigues
Geografia 4781315-8 76856836953
Edivaldo Alves da Silva Matemática 4371569-8 77986997915
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16.1 Localização Geográfica
A Escola Estadual Dona Carola- Ensino Fundamental está localizada na rua Solimões,
290 no bairro São Francisco CEP 80.510-140 Curitiba-Pr, fone (41) 3338-0334
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SA
LA
PR
OF
ES
SO
RE
S
16.2 Planta baixa da Escola com indicação da Rota de Fuga em vermelho até o Ponto de encontro
ROTA DE FUGA 01
PONTO DE ENCONTRO
SALA 1
SALA 2
SALA 3
SALA 4 SALA 5 SALA 6
SALA 7
SALA 8
SALA 9
SECRETARIA
SALÃO
SAÍDA
SÁ
IDA
CASEIRO
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SA
LA
PR
OF
ES
SO
RE
S
ROTA DE FUGA 02
PONTO DE ENCONTRO
SALA 1
SALA 2
SALA 3
SALA 4 SALA 5 SALA 6
SALA 7
SALA 8
SALA 9
SECRETARIA
SALÃO
SAÍDA
SÁ
IDA
CASEIRO
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16.3 Equipe Executiva/Organograma do Plano de Abandono ORGANOGRAMA DA EQUIPE DE ABANDONO Turno (Manhã, tarde ou noite)
Chefe de equipe Wagner
Relações Públicas Luciane
Chefe Manutenção Edivaldo
Telefonista Catia/Vania
Chefe equipe Corredor Denise /Andrea
Chefe equipe Ponto encontro
Wagner
Chefe da portaria Shirlei
Auxiliar Elza
Suplente Neuza
Auxiliar Rosemeiri
Suplente Ligia
Auxiliar Lucrecia
Chefe de Equipe Geraldo
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16.4 Calendário escolar aprovado com as datas da simulação
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16.5 Procedimentos do exercício de abandono
Nos exercícios de abandono ou em situações que exijam a real necessidade de abandono do prédio: • Aciona-se um alarme diferenciado, definido pela escola, e de conhecimento dos professores e funcionários e demais colaboradores, por ordem de direção, iniciando o processo de deslocamento da comunidade escolar, que deve seguir as orientações estabelecidas pelos responsáveis pelos corredores, evitando pânico e descontrole. • Na saída da sala de aula, o professor abre a porta e faz contato visual com o responsável. Ao receber o aviso de saída libera os alunos para iniciarem o deslocamento em fila indiana, começando pelos mais próximos da porta. O professor se certifica da saída de todos os alunos, fecha a porta e sinaliza com um traço diagonal, mantendo-se como último da fila e evitando pânico. • Os alunos seguem em passos rápidos, sem correr, pelo lado direito até o ponto de encontro. Lá chegando, o professor confere todos os alunos sob sua responsabilidade com o auxílio do livro da turma ao responsável pelo ponto de encontro, informando qualquer alteração ou não no número de alunos. Observação: 1. aos alunos sugere-se a prática da chamada no início das aulas, para que em situação de emergência, possa fazer a conferência dos alunos no ponto de encontro. 2. aos alunos a orientação é de que deixem todo o material na sala de aula e não retornem até que seja permitido pelo responsável. 3. os alunos encarregados de auxiliar o professor de necessidades especiais deverão juntar-se a ele antes da saída.
16.6 O plano de abandono será executado em caso de:
• Incêndio; • Explosão ou risco de, por exemplo, vazamento de gás; • Abalo sísmico de grande intensidade; • Acidentes de grande vulto que ofereçam insegurança às pessoas; • Outras situações que o diretor entender necessárias.
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16.7 Fotos da primeira simulação do Plano de Abandono:
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17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS
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