contestação colisão traseira
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7/24/2019 contestao coliso traseira
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EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 3 JUIZADO
ESPECIAL CVEL DE VILA VELHA ES.
Processo n: xxxxxxxxxx
BRUNO xxxxxxx, brasileiro, casado, representante comercial, portador da
CHN nmero: xxxxxxx, residente e domiciliado Rua xxxxxxx, n xxxxxx, Rio
xxxxxxxx, xxxxxxx, por meio de seu advogado que esta subscreve, com
instrumento de mandado em anexo, vem respeitosamente perante Vossa
xcel!ncia, apresentar"
C#N$%$&'(#
nos altos da a)*o movida por SALUSA xxxxxxxxxx, pelos +atos e
+undamentos a seguir expostos
- PR./0/N&R0N$a 1a ilegitimidade ativa
Preliminarmente cabe ressaltar que a autora alega ser propriet2ria do ve3culo
envolvido no sinistro, por4m este se encontra em nome de 5urac6 xxxxxx
/nsta +risar que a requerente alega em sua exordial ser propriet2ria do ve3culo
supramencionado, contudo, n*o comprovando re+erida alega)*o atrav4s da
trans+er!ncia do mesmo para seu nome
No mesmo sentido, a autora n*o requereu o ressarcimento de danos morais,
nem mesmo comprovou que e+etivamente arcou com os danos do ve3culo
sinistrado, desta +orma, requer a extin)*o do pleito sem 7ulgamento do m4rito,
com base no artigo 89, V/
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8 %;N$% 1& 10&N1&
& requerente alega em sua inicial, acostada ordem de nmero 8, que
tra+egava na
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&lega ainda a autora que ap>s a apresenta)*o do problema no ve3culo que
vin?a sua +rente este redu=iu a velocidade cautelosamente at4 que parou por
completo, ocasi*o em que +e= o mesmo e n*o colidiu com o ve3culo de+eituoso
Contudo, em seu depoimento 7unto a Pol3cia Aederal a mesma di= que o carro
com de+eito +reou bruscamente, caso em que tamb4m teve que +rear para que
n*o colidisse
.ogo, no m3nimo, uma grande con+us*o +ora +eita pela autora, ou mesmo uma
tentativa de ludibriar a 7usti)a com alega)Jes +alsas
Km outro grande ponto controvertido se encontra no +ato de que a requerente
argumenta que ap>s apenas ter parado por completo com seu autom>vel o
carro do requerido colidiu em sua traseira, +a=endo com que ela colidisse no
ve3culo a sua +rente
Contudo, no momento exato do sinistro, a autora se encontrava do lado de +ora
de seu ve3culo dialogando com o condutor do ve3culo que apresentou
problemas nas travas do capo no canteiro central da rodovia .ogo uma dvida
se +a= presente, porque estariam ambos +ora do ve3culo que estavam no meio
da pista de uma rodovia +ederal se n*o ?aviam colidido anteriormenteL
1emonstrado a inveracidade das alega)Jes autorais, segue com o 1ireito
M 1# 1/R/$#
v2lido lembrar que a presun)*o de culpa do motorista que colide atr2s de
outro ve3culo 4 relativa e n*o absoluta, logo, acomoda prova em contr2rio,
devendo em cada caso em concreto ser analisado as evid!ncias produ=idas
aos autos para que o 5ui=, em sua %enten)a possa ser o mais 7usto poss3vel
Como dito anteriormente, o requerido tra+egava continuamente atr2s de um
outro ve3culo, uma Hilux, e s> ap>s sua brusca manobra de mudan)a de +aixa,
que o r4u +ora ver o sinistro anterior, envolvido entre a autora e o motorista do
carro de+eituoso
.ogo, para se caracteri=ar a responsabilidade civil do agente, deveOse ter a
comprova)*o de tr!s itens basilares, que s*o, o dano, a culpa e o nexo causal
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Resta salientar que no caso em tela o dano se deu em decorr!ncia de +ato
imprevis3vel n*o se podendo atribuir ao requerido o dever de indeni=ar, visto
que inexiste o v3nculo causal entre seu ato, o de mero transitar na via, e a
ocorr!ncia do dano
H2 situa)Jes que rompem o nexo causal, +a=endo desaparecer oumitigar esse dever o que ocorre quando ?2 culpa exclusiva dav3tima, +ato de terceiro, caso +ortuito, +or)a maior e cl2usula de n*oindeni=ar %*o as c?amadas excludentes de responsabilidadeQ0onaco, 0ariana 1el" Roc?a, 1ais6 Nunes Resp!s"#$%$&"&e C$'$%(conceito, esp4cies e modalidades" %*o Paulo: .$r, 8B-- p -
.ogo a responsabilidade seria do primeiro motorista, caracteri=ando a culpa
exclusiva de terceiro, a+astando o nexo causal e assim descaracteri=ando a
responsabilidade civil
Contudo, se Vossa xcel!ncia n*o entender de acordo, dever2 ser levado em
conta a culpa exclusiva da v3tima, que assim tamb4m a+asta a causalidade
excluindo a responsabilidade civil do agente
&ssim, vale salientar as s2bias palavras de 5os4 de &guiar 1ias D-EE, v -:
-@9F apud %ilvio de %alvo Venosa assevera: & culpa 4 +alta de dilig!ncia na
observncia da norma de conduta, isto 4, o despre=o, por parte do agente, do
es+or)o necess2rio para observ2Ola, com resultado n*o ob7etivado, mas
previs3vel, desde que o agente se detivesse na considera)*o das
consequ!ncias eventuais de sua atitudeQ Portanto, a autora em sua parada em
meio rodovia +altou com o dever de cuidado, bem como n*o observou o
poss3vel resultado de sua a)*o
.ogo, se a autora n*o colidiu primeiramente com o ve3culo de+eituoso
anteriormente, porque esta parou seu ve3culo na pista de rolamento, saindo de
seu carro, sem sinali=ar, para conversar com o terceiro motoristaL
&ssim, sabiamente 4 v2lido analisar o ac>rd*o do $5OR%
R%P#N%&
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& 850e !" /"se$/" @ & prova produ=ida permite concluir que oautom>vel D$5OR% O Recurso C3vel: -BB@98B-- R% , Relator:duardo Traemer, 1ata de 5ulgamento: 8E--8B-8, $erceira $urmaRecursal C3velF
Como tratavaOse de uma subida em uma rodovia, bem como ?avia um outro
ve3culo tra+egando a +rente do requerido, a vis*o deste estava pre7udicada e
n*o ?ouve como vislumbrar o acidente anterior a tempo de evitar o segundo
sinistro, caracteri=ando assim, +ato exclusivo da v3tima, ora autora
&C/1N$ 1 $RSN%/$# O /N1N/U&'(# P#R 1&N#% 0#R&/% 0&$R/&/% C%$s- /"se$/" e 'e40% p"/"& 2 C0%p"ex%0s$'" &" '4$" O Comprova)*o O xist!ncia &)*oimprocedente O Recurso desprovido D$5O%P O &P.:BBB89E8BBWW89BE %P BBB89OE8BBWW89BE, Relator:0elo
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#C#RR/1# 1KR&N$ N#/$ 1 CK C.&R#, 0 $RCH#KR
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bF que se7a declarada a improced!ncia do pedido da autora, ante a
aus!ncia de responsabilidade do r4u no evento danoso"
cF caso Vossa xcel!ncia n*o ac?ar pertinente o pedido anterior, que se7a
declarada a culpa concorrente do autor e da requerida, devendo assim dividir
as despesas do sinistro"
dF que se7a a autora condenada a pagar multa de - Dum por centoF sobre
o valor dado causa, al4m dos ?onor2rios devidos aos patronos do requeridos
e das despesas processuais, a teor do contido no art -W do CPC, em +un)*o
da litigncia de m2O+4"
eF caso Vossa xcel!ncia entenda ser procedente o pedido da autora, que
se7a minorada a quantia relativa aos danos patrimoniais, visto a ocorr!ncia do
anterior acidente, ra=*o que o requerido n*o deve arcar com as avarias +rontais
da requerente"
Nestes termos,
pede e aguarda de+erimento
&dv #ab