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CONTA HOSPITALAR:ANÁLISE CRíTICA DAS DEFINiÇÕES DEDIÁRIA E TAXA DE SALA CIRÚRGICA

Banca Examinadora:

Prota. Orientadora Ora. Ana Maria Malik

Prot. Or. Hélio de Paula Leite

Prot. Or. Ojair Picchiai

~I

ii

JULIO CESAR FURLAN

CONTA HOSPITALAR:ANÁLISE CRíTICA DAS DEFINiÇÕES DE

DIÁRIA E TAXA DE SALA CIRÚRGICA

Dissertação apresentada ao Curso de Pós-

Graduação da FGV/EAESP.

Área de concentração: Administração

Hospitalar e Sistemas de Saúde como

requisito para a obtenção de título de mestre

em Administração.

Orientadora: Profa. Ora.Ana Maria Malik

São Paulo~ Fundação Getulio Vargas"-.FGV Escola de Administraçao .

de Emp reaas de Silo PaUloBihlioteca

i lil/lllmtrrllllllllrlll1199901402

1999

Escola de Administração demoresas de São Paulo

Laiaj~.Ob bt{.O'2.--~ . .Ç1

.__ --4 Fqg 5c...'\)1ç.~.i.

Tombo

i~oJ./99

FURLAN, Julio Cesar. Conta Hospitalar: análise crítica das definições dediária e taxa de sala cirúrgica. São Paulo: EAESP/FGV, 1999. 149p.(Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Pós-Graduação daEAESP/FGV, Área de concentração: Hospitais e Sistemas de Saúde).

Resumo: Trata do problema da imprecisão nas definições de diáriahospitalar e de taxa de sala cirúrgica praticadas pelos hospitais noBrasil. Aponta a necessidade de se definir, uniforme einterinstitucionalmente, tais termos, em razão de aspectosadministrativos, econômicos e jurídicos. Infere a possibilidade demelhoria da competitividade e da eficiência no setor saúde.

Palavras-Chaves: Hospitais - Custos Hospitalares - Conta Hospitalar -Diária Hospitalar - Taxa de Sala Cirúrgica

iii

Mas onde se achará a sabedoria?

E onde está o lugar do entendimento? (...)

Está encoberta aos olhos de todo vivente e oculta às aves do,

•...

Df:us lhe entende o caminho, e ele é quem sabe o seu lugar.

céu. (. ..)

porque ele perscruta até as extremidades da terra, vê tudo o?f~~ que há debaixo dos céus.11

QiJ,andoregulou o peso do vento etixoue medida das águas;

quando determinou leis para a chuva e caminho para o

relâmpago dos trovões, então, viu ele a sabedoria ea

manifestou; estabeleceu-a e também a esquadrinhou.

E disse ao homem: Eis que o temor do senhor é a sabedoria.

(...)

Jó 28: 12-28

On/y when we know /ítt/e do we know anything;

doubt grows with know/edge.

GOETHE

iv

.>:.\

v

DEDICATÓRIA

Aos meus queridos pais, JOÃO e CLEIDE FURLAN, que,

pelo exemplo de dedicação e zelo carinhoso com os filhos,

contribuíram para minha formação em valores e princípios.

À minha amada esposa RITA, que, por meio de sua

paciência, amor e incentivo, tomou-se cúmplice de meu

desenvolvimento profissional e como indivíduo.

vi

AGRADECIMENTOS

À DEUS, autor da vida, por ter nos criado à Sua imagem e

semelhança, dando ao homem o poder da razão e o dom do

discernimento científico.

À Profa. Ora. ANA MARIA MAlIK, minha amiga e orientadora nesta

tese, pela postura crítica que permitiu o aperfeiçoamento deste trabalho e

de futuros.

Ao Prof. AFONSOJOSÉDEMATOS,meu mestre e amigo, pelo auxílio

sempre prestativo e valoroso, mais uma vez aqui demonstrado.

Ao Sr. FERNANDOCAVALHERI,encarregado de Serviço Médico do\

Instituto Municipal de Previdência de São Bernardo do Campo, pela sua

inestimável colaboração, sem a qual certamente este trabalho não teria

brilho algum.

Ao Sr. EDUARDOAPARECIDODEALMEIDAe ao Dr. LUIZ FRANCISCO

DE SOUZA, respectivamente, presidente no biênio 1997/98 e chefe de

Seção Médica do Instituto Municipal de Previdência de São Bernardo do

Campo, pelo incentivo e pela cooperação.

Derradeiro é meu agradecimento àqueles que, por meu lapso de

recordação, deixei de citar mas que colaboraram para a realização deste

trabalho.

vii

SUMÁRIO

Lista de abreviaturas

Lista de gráficos

Lista de quadros

Resumo

1. INTRODUÇÃO 01

2. OBJETIVOS 07

3. METODOLOGIA 10

4. O QUE É DEFINiÇÃO 18

5. ASPECTOS JURíDICOS 27

6. ASPECTOS DO MERCADO EM SAÚDE 38

7. A ORGANIZAÇÃO HOSPITAL 52

8. CUSTOS HOSPITALARES 56

9. ANÁLISE DE CONTAS HOSPITALARES:

AS PROPOSTAS ATUAIS PARA MUDANÇAS

10. ANÁLISE DE CONTAS HOSPITALARES:

RESULTADOS 70

11. DISCUSSÃO 85

63

12. CONCLUSOES E INFERÊNCIAS 95

13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 96

Apêndice I

Apêndice 11

viii

RESUMO

• FURLAN,J.C. Conta Hospitalar: análise crítica das definições de

diária e taxa de sala cirúrgica. São Paulo, 1998. 149p.

Monografia(Mestrado)- Escolade Administraçãode Empresasde

São Paulo,FundaçãoGetúlioVargas.

o sistema de repasse financeiro a unidades assistenciais mais

utilizado pelo setor privado de saúde no Brasil é a conta itemizada.

Apesar de historicamente consagrado, o pagamento através da

conta itemizada é bastante criticado por vários autores. No Brasil,

em especial, esta forma de pagamento resultou na prática de tabelas

de preços de serviços médico-hospitalares, extensas e

pormenorizadas, contendo imprecisões, como no caso das

definições de diária hospitalar e taxa de sala cirúrgica. Tal condição

indica um empirismo administrativo dos hospitais, que favorece a

sua ineficiência. Deste modo, o presente estudo conclui que, além

de necessárias devido a aspectos jurídicos, administrativos e

econômicos, as definições de diária hospitalar e taxa de sala

cirúrgica poderiam também aumentar a competitividade

inter-hospitalar e estimular o ganho de eficiência no setor, desde que

houvesse sua uniformização interinstitucional. Finalmente,

sugerem-se uma definição para diária hospitalar e outra para taxa de

sala cirúrgica, baseadas nas pesquisas realizadas, incluindo a

análise de 250 contas hospitalares.

1. INTRODUÇÃO

Na prática da atividade econômica na área de saúde,

encontra-se uma variedade de sistemas de repasses financeiros a

unidades assistenciais (UGÁ, 1994A, p.10-13). Embora não

compreendido no objeto deste estudo, é conveniente fazer menção a

alguns aspectos de eficiência e qualidade envolvidos nos dois' mais

comuns sistemas de repasses financeiros utilizados no Brasil: o

pagamento por procedimento e o pagamento via conta itemizada,

ambas formas de remuneração por serviços previamente prestados.

A primeira forma de pagamento, por procedimento,

considera na sua essência um "sistema de classificação do produto

médico-hospitalar que o agrupe em classes homogêneas" (UGÁ,

19948, p.80) e exige um método de cálculo dos valores que serão

repassados a cada unidade assistencial por cada procedimento

(tratamento) reaüzado, compondo vários fatores envolvidos que

diferenciam as unidades como, por exemplo, o seu nível tecnológico

e o perfil de sua clientela. Enfim, este sistema de repasse tem por

diretriz "identificar na assistência médico-hospitalar a agudos, uma

2

série de tipos de casos, cada um dos quais, representantes de um

grupo de pacientes com processos de tratamento similar e um" pacote previsível de serviços (ou produtos) provido por uma

instituição" (FETTER et aI. apud UGÁ, 1994B, p.75).

No Brasil, este modelo de repasse financeiro foi

introduzido pelo Sistema de Assistência Médico-Hospitalar da

Previdência Social (SAMHPS) em 1983. Inicialmente, restringiu-se

ao pagamento dos serviços prestados pelo setor privado contratado

pelo Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social

(INAMPS), resultando de medidas de racionalização dos seus

gastos, conforme estudo e orientação do Conselho Consultivo da

Administração de Saúde Previdenciária (CONASP) através do Plano

de Reorientação da Assistência à Saúde da Previdência Social de

1982.

Baseados no Projeto Curitiba, os dados de cerca de 8,3

milhões de internações realizadas em 1980 foram compilados até a

formação de 260 grupos de procedimentos constituídos a partir do

critério de homogeneidade de custos. Tal projeto correspondeu àfase experimental do Sistema de Guias de Internação Hospitalar

(GIH), implantado no estado do Paraná em 1981 (UGÁ, 19948,

p.85-85).

Desde 1990 o sistema de repasse por procedimento foi

ampliado a todas as unidades assistenciais (hospitalares e

ambulatoriais) que integram o Sistema Único de Saúde (SUS),

sejam públicas ou privadas. Além do Sistema GIH, embrião do atual

Sistema AIH (Autorização de Internação Hospitalar), foram utilizados

dados dos Sistema de Informações Ambulatoriais e Hospitalares do

3

fi

Sistema Único de Saúde, respectivamente SIAlSUS e SIH/SUS,

objetivando-se uma padronização dos dados no âmbito nacional.

Apesar das vantagens preconizadas, como a

simplificação do repasse financeiro e do seu controle (COSTA, 1986,

p.68) e a possível redução de gastos por internação, a experiência

brasileira trouxe resultados negativos.

Em toda a rede de credenciados do SUS, principalmente,

nas áreas de maior concentração de hospitais com fins lucrativos,

verificou-se o aumento da hospitalização e uma preferência por

casos de tratamento mais simples e mais barato (RODRIGUES,

1989, p.3). Ora, na medida que é pago um valor constante para um

dado procedimento, aqueles hospitais cujo interesse principal é o

lucro, preocuparam-se em atender os casos menos graves que

implicam em menores gastos para uma mesma receita.

Ademais, uma particularidade na formulação do Sistema

GIH tem sido foco de críticas à classificação do produto hospitalar;

as críticas declaram a classificação extremamente frágil porque os

grupos foram formados "fundamentalmente na experiência médica e

administrativa de uma equipe de médicos que participaram

ativamente da implantação e operação do sistema no Estado do

Paraná, dispensando-se a utilização de sofisticados recursos

estatísticos e computacionais nos moldes do Sistema DRG" da

experiência norte-americana (CHIYOSI, MOURA apud UGÁ, 19948,p.85).

Na quase totalidade do sistema privado de saúde

brasileiro, o modelo de repasse financeiro às unidades assistenciais

4

é constituído pelo pagamento itemizado, ou seja, o "método consiste

na remuneração discriminada de cada um dos serviços

intermediários que compõem os serviços finais (isto é, os

tratamentos completos) previamente executados por cada unidade

médico-assistencial" (UGÁ, 19948, p.80).

Este método traz uma tendência à sobreprestação de

serviços, produzindo elevação de markup sem favorecer melhoria de

qualidade ou de eficiência. Pelo contrário, parece induzir a criação

de demanda para recursos que implicam em maior risco de

iatrogenias e elevação desnecessária do custo, assim os

mecanismos de controle devem ser bem elaborados e constantes.

Além disso, por parte dos órgãos financiadores permite uma menor

previsibilidade de gastos, uma vez que se trata de um sistema de

transferência ex-post, isto é, o pagamento é efetuado em razão de

serviços previamente realizados.

Apesar das críticas, o pagamento itemizado ou por ato

médico é o método atualmente consagrado para o repasse

financeiro no setor privado com a aprovação de muitos dos órgãos

financiadores no Brasil. Estes compreendem cinco modelos no setor

privado de saúde, ou assistência supletiva à saúde: as medicinas de

grupo, as seguradoras, as cooperativas médicas, as auto-gestões e

as administradoras de planos de saúde. Algumas empresas deste

ramo negociai possuem experiências com os custos de serviços

assistenciais ambulatoriais e hospitalares, já que são proprietárias,

direta ou indiretamente, de hospitais e ambulatórios médicos, como

é o caso de empresas de medicina de grupo, de cooperativas e

algumas auto-gestões. Ora, existe uma relação compreensível entre

5

o crescimento dos gastos em saúde e o mercado, isto é, do

"encontro entre os que querem adquirir os bens e serviços de saúde

e aqueles que os oferecem" (ZUCCHI, 1995, p.43), que no caso dos

financiadores e proprietários de serviços próprios poderia ser uma

vantagem estratégica, fato que não vem sendo necessariamente

verdadeiro.Numa percepção simplista do mercado acima esboçado

estabelecer-se-ia que as dificuldades e particularidades da

administração hospitalar implicariam no pagamento de itens

pormenorizadamente cobrados na conta hospitalar. Entretanto, é

fundamental compreender porque as contas hospitalares têm se

tornado tão extensivamente detalhadas em tópicos que-muitas vezes

aparecem em todas as cobranças sem se aglutinarem num único

item.Destarte, há uma exigência para se compreender os

fenômenos políticos, administrativos e econômicos contidos numa

conta hospitalar que refletem para todo o sistema de saúde

conseqüências importantes no resultado final da saúde no Brasil.

"Sejam quais forem as formas de prestação, os

serviços de saúde terão que ser pagos. As configurações de

mercado e estrutura de preços prevalescentes terão

conseqüências sobre o sistema de saúde. Existe um mercado

distribuindo renda, gerando incentivos e até mesmo distorcendo

as intenções dos planejadores e administradores.

6

As forças do mercado podem prevalecer sobre as

intenções dos administradores, gerando padrões de serviços e

níveis de oferta/demanda discrepantes dos planos iniciais. [...].

O corporativismo e a cartelização podem restringir o

livre jogo das forças de mercado, surgindo outras formas de

ajustamentos de preços em decorrência das novas formas de

organização dos serviços médicos." (ZUCCHI, 1995, p.68).

Neste cenário político-econômico deve-se salientar, além

do papel dos representantes daqueles financiadores do setor privado

de saúde, a função e efeitos de outras organizações que exercem

influência sobre o sistema de pagamento dos serviços

médico-hospitalares: as Associações de Hospitais do Estado de São

Paulo (AHESP) e a Federação Nacional de Estabelecimentos de

Serviços de Saúde (FENAESS), a Associação Médica Brasileira

(AMB) e a Associação Paulistade Medicina (APM), entre outras.

O resultado deste conjunto de forças políticas tem sido

uma enorme variedade de taxas cobradas, além da diária hospitalar

e da taxa de sala de cirurgia. Historicamente, com os planos

governamentais de congelamento de preços, buscando a

estabilização econômica e redução da taxa de inflação, houve maior

propagação a criação de novas taxas que, na verdade, retratam

serviços antes compreendidos pelas cobranças antigas. Por isso,

percebe-se ser impróprio dizer que existe uma definição de diária

hospitalar e de taxa de sala cirúrgica, o que insitou a elaboração

deste estudo.

7

2. OBJETIVOS

Das noções iniciais sobre o tema, depreendem-se

elementos que carecem de um estudo mais abrangente dada a

freqüência em que se discutem as contas hospitalares e os gastos

implicados na sua formulação pelos prestadores, revisão pelos

financiadores dos serviços médico-hospitalares e a negociação em

busca de um ponto consensual para cada pagamento.Deste modo, o presente estudo monográfico busca

analisar a situação das contas itemizadas, dissecando seus

componentes e propondo uma definição do que venha a ser diária

hospitalar e taxa de sala cirúrgica.As definições deverão conter um aspecto racional bem

claro que explique sua essência e um aspecto flexibilizador que

permita incorporar novas tecnologias e seus respectivos custos, sem

causar distorções das definições. Isto porque, a proposta é trazer

definições que tenham um caráter duradouro, ou seja, novas

tecnologias não venham a servir de motivo para a criação de outro

item de cobrança, mas tão-somente alterem o preço da diária

8

hospitalar ou da taxa de sala cirúrgica, se houver modificação dos

custos.Além das definições em si, o trabalho objetiva

estabelecer seus fundamentos administrativos, contábil-financeiros e

até mesmo implicações jurídicas para com o consumidor, em

decorrência da Lei n° 8.078, de 11 de setembro de 1990 (BRASIL,

1990, p.1045-1067), entre outras normas legais, a doutrina jurídica

hodierna e histórica, e o Direito comparado. Com tal fundamentação

tentar-se-á determinar uma condição ideal para o estàbelecimento

das definições e seus efeitos sobre o mercado de saúde.

Não se espera trazer à tona de discussão de qual o

melhor sistema de repasse financeiro às unidades de assistência à

saúde, todavia no que se refere ao paradigma de pagamento por ato

médico, mais especificamente em relação à conta itemizada, este

estudo busca possíveis vantagens que seriam obtidas com a

institucionalização das definições nele estabelecidas.

Também não é pretensão deste trabalho debater as

políticas de saúde no país, ou no estrangeiro, nem estabelecer

soluções para os problemas de financiamento no setor, mas

necessariamente deve ser realizada a abordagem da historicidade

destes elementos, principalmente referentes ao Brasil.

Esta análise justifica-se porque acredita-se que a

formulação atual de cobranças em contas hospitalares no setor

privado da saúde, resultam destas políticas vistas num cenário

histórico, onde partiparam, e ainda participam, atores com interesses

e poderes divesificados.

9

.Finalmente, invocar-se-ão métodos de verificação de

custos e preços objetivando uma visão micro-econômica, ou

hospitalar propriamente dita, para proporcionar uma diária hospitalar

e uma taxa de sala cirúrgica. De outra sorte, não há como entender

que uma conta hospitalar contenha produtos ou serviços, mas

tão-somente continuará a corresponder a processos, ostentando a

imprevisibilidade dos custos para os órgãos financiadores e

consumidores em geral.Isto posto, considera-se o tema como de elevada

importância para os gerenciadores de hospitais, que devem assumir

seu papel na efetiva administração dos recursos que vende, e para

todos aqueles direta ou indiretamente envolvidos com o

financiamento em saúde.

10

3. METODOLOGIA

A natureza do tema não encontra precedentes, o que

torna a pesquisa bibliográfica mais ampla e menos específica. Na

literatura específica sobre Administração Hospitalar nada se

encontrou sobre as definições de diária hospitalar e taxa de sala

cirúrgica, nem mesmo sobre sua importância e conseqüências da

falta delas.Deste modo, a pesquisa teórica baseou-se em temas

correlacionados dentro das disciplinas de Administração Geral, da

Administração Hospitalar, da Economia da Saúde, da Contabilidade

de Custos e até mesmo dos direitos do consumidor.Ademais, fez-se o levantamento da evolução histórica de

tabelas dos vários hospitais da região do ABCDMR (Santo André,

São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá e

Ribeirão Pires), considerando os eventos passados que

influenciaram as mudanças como, por exemplo, políticas de saúde,

planos econômicos, alterações tributárias etc.Escolheu-se a região do ABCDMR por uma facilidade de

levantamento de dados, por ser uma unidade regional da AHESP (o

que caracteriza um pólo de atuação política dos hospitais), e por ser

11

representativa dentro dos objetivos do estudo que não incluiu a

análise de valores monetários, mas tão-somente preocupa-se em

definir diária hospitalar e taxa de sala cirúrgica.

No plano de pesquisa de campo foram verificadas as

opiniões de representantes das entidades privadas interessadas no

assunto e que poderiam ser afetadas por alterações da conta

hospitalar: AHESP, FENAESS, FBH (Federação Brasileira de

Hospitais) e SINDHOSP; FENASEG (Federação Nacíonat de

Empresas de Seguros), ABRAMGE (Associação Brasileira de

Medicina de Grupo) , ABRASPE (Associação Brasileira dos Serviços

Assistenciais de Saúde Próprios de Empresas) e UNIMED BRASIL

(esta representando apenas as cooperativas a ela confederadas).

A pesquisa de campo foi realizada através de entrevistas

abertas em que o entrevistador, estimulando a discussão sobre as

origens da atual heterogeneidade das definições, inquiriu qual a

solução possível para a situação atual e qual a opinião do

entrevistado a respeito da uniformização das definições e suas

consequências. Ademais, utilizaram-se informações de debates ~

publicações relacionadas à temática, com as opiniões daqueles que

estão engajados na discussão entre hospitais e órgãos

financiadores.O estudo incluiu um levantamento estatístico dos

diagnósticos, cuja natureza do tratamento era clínica, e

procedimentos cirúrgicos mais freqüentes numa população média de

19.222 usuários, em 1996, de um plano de saúde. Deste modo,

todas as internações realizadas naquele ano foram avaliadas e

12

separadas, estabelecendo-se os diagnósticos e procedimentos mais

freqüentes.A distribuição etária e por sexo da população analisada

é apresentada no Quadro 1 e no Gráfico 1 expostos nas páginas 14

e 15, respectivamente. Este exemplo de plano de saúde foi

escolhido por apresentar como característica marcante a

inexistência de restrições contratuais, o que implica em um universo

considerado adequado para a pesquisa executada.Na verdade, a entidade escolhida, denominada de

Instituto Municipal de Previdência de São Bernardo do Campo, é

uma autarquia municipal fundada em 1966, classificada como um

plano de auto-gestão de saúde, cujos usuários são servidores das

instituições municipais de São Bernardo do Campo, e seus

familiares.Tomou-se o ano de 1996 para levantamento de dados

porque anualmente existem renegociações entre os órgãos

financiadores e os serviços médico-hospitalares, com reajustes de

preços de tabelas e, geralmente, alterações no conteúdo das

mesmas tabelas. Além disso, a partir de 1997 foram formulados

padrões de pagamento por procedimento com alguns serviços

hospitalares, o que interfere no comparativo de contas hospitalares

entre os vários hospitais.Deste levantamento, foram escolhidos os cinco

procedimentos cirúrgicos mais freqüentes (em destaque no Quadro

2, visto na página 16) e os cinco diagnósticos clínicos mais

prevalentes naquela população (realçados no Quadro 3,

apresentado na página 17). Com isso, foram levantadas todas as

13

contas hospitalares do ano de 1996, referentes a tais diagnósticos

clínicos e procedimentos cirúrgicos, separando-as pelos hospitais.

Foram consideradas apenas aquelas amostras que alcançaram uma

quantidade de trinta elementos, pois este é o mínimo para se realizar

uma verificação estatística.A partir da análise das contas hospitalares selecionadas,

foram identificados itens que constantemente foram cobrados

naqueles grupos ou cujo preço de venda-fosse pequeno em relação

ao valor da diária hospitalar e da taxa de sala cirúrgica.

Ademais, os itens das contas hospitalares. foram

agrupados para o estudo comparativo com parâmetros de custos

hospitalares.Assim, com as informações obtidas nas pesquisas foi

possível chegar a uma conclusão definindo diária hospitalar e taxa

de sala, com uma fundamentação que permita sua explicação e

justificativa, uma vez que busca ter aceitação dos setores envolvidos

para lograr fins práticos.

14

Quadro 1 - Distribuição etária e por sexo da população média (19.222

usuários), no ano de 1996, do Plano de Saúde do IMPSBC.

FAIXAS ETARIAS HOMENS MULHERES TOTAIS

Oa 10 1482 1437 291911 a 20 2185 2248 443321 a 30 849 1283 . 213231 a40 1291 1751 304241 a 50 1468 2083 355151a 60 968 1090 205861 a 70 374 401 77571 a80 88 159 24781 a90 21 38 59

acima de 90 1 5 6TOTAIS 8727 104'95 19222

FONTE: Dados do Plano de Saúde do Instituto Municipal de Previdência de São

Bernardo do Campo, 1996.

15

Gráfico 1 - Distribuição etária e por sexo da população média (19.222

usuários), no ano de 1996,' do Plano de Saúde do IMPSBC.

TOTAIS

81 a90

acimade 90

FONTE: Dados do Plano de Saúde 'do Instituto Municipal de Previdência de São

Bernardo do Campo, 1996.

16

Quadro 2 - Levantamento de todas as internações cujo tratamento fora clínico,

em ordem decrescente, para a população média de 19.222 usuários do Plano

de Saúde do IMPSBC, no ano de 1996.

DIAGNÓSTICOS NÚMERO DE CASOS

BRONCOPNEUMONIA 111HIPERTENSÃO ARTERIAL 67INSUFICIÊNCIA CORONARIANA 65GASTROENTEROCOLlTE AGUDA 60BRONQUITE I ASMA 40CÓLICA NEFRÉTICA 39TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO 39DOR ABDOMINAL DE CAUSA INDETERMINADA 38PIELONEFRITE 35NEOPLASIAS MALIGNAS (QUIMIOTERAPIA) 29ARRITMIAS CARDíACAS 22DIABETES MELLlTUS 21HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA 21INSUFICIÊNCIA CARDíACA CONGESTIVA 17GASTRITE 15OUTROS DIAGNÓSTICOS 481TOTAL 1100FONTE: Dados do Plano de Saúde do Instituto Municipal de Previdência de SãoBernardo do Campo, 1996.

17

Quadro 3 - Levantamento de todas as internações para procedimentos

cirúrgicos, em ordem decrescente, para a população média de 19.222 usuários

do Plano de Saúde do IMPSBC, no ano de 1996.

DIAGNÓSTICOS NÚMERODECASOS

PARTO CESÁREA 156TRATAMENTO CIRÚRGICO DE VARIZES 85HISTERECTOMIA TOTAL ABDOMINAL 55PARTO NORMAL 52ARTROSCOPIA DE JOELHO 42CURETAGEM UTERINA 41CORRECÃO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA 39ADENO-AMIGDALECTOMIA 34COLECISTECTOMIA POR VIDEOLAPAROSCOPIA 30MASTECTOMIA 30FACECTOMIA COM IMPLANTE DE LENTE INTRAOCULAR 25HEMORROIDECTOMIA 25POSTECTOMIA 24HERNIORRAFIA INGUINAL 22APENDICECTOMIA 20COLECISTECTOMIA CONVENCIONAL 17REVASCULARIZACÃO DO MIOCÁRDIO 17CATETERISMO CARDÁICO 17MAMOPLASTIA REDUTORA 15OUTROS PROCEDIMENTOS 495TOTAL 1241FONTE: Dados do Plano de Saúde do Instituto Municipal de Previdência de SãoBernardo do Campo, 1996.

18

4. O QUE É DEFINiÇÃO

o entendimento do que é definição assim como sua

composição, seus efeitos e limites, é primordial para um trabalho

que objetiva tratar de uma definição, em qualquer ramo do

pensamento. "Mesmo fora do âmbito da ciência a única forma

possível de entendimento entre os homens é a aplicação de uma

palavra por meio de outras" (ARISTÓTELES apud NASCIMENTO,

1991, p.29).Para tanto, neste capítulo procurar-se-á dar as noções

necessárias para que mais tarde se estabeleçam as definições de

diária hospitalar e taxa de sala cirúrgica.Oriunda do latim (definitione), a palavra definição,

sucintamente, significa "explicação precisa, designação,

determinação, delimitação" ou, pela análise lógica, "enunciado de

uma identidade cujo primeiro termo é o termo a definir e o outro se

compõe unicamente de termos ou sinais conhecidos" (FERREIRA,

1986, p.528). Ainda, por definição entende-se "proposição que

expõe com clareza e exatidão os carecteres genéricos e diferenciais

de uma coisa" (FOLHA DA TARDE, 1994, p.256).

19

Muito embora praticamente todo livro de Lógica tenha um

capítulo sobre definição e suas regras, Paul Edwards (1972, p.314),

entre outros autores, alerta que problemas sobre definição são

constantemente objeto de discussão filosófica. E acrescenta que,

paradoxalmente, nenhum outro problema do conhecimento é menos

resolvido que os da definição, carecendo em muito de novas

abordagens. Diverge, assim, do conceito que "para a Lógica, não é

um saber flutuante, desorganizado, variável para cada indivíduo,

mas sim um saber estável, organizado, idêntico para todos os

indivíduos" (BERSANELLI, 1995, p.80). Para Victor Bersanelli (1995,

p.79), do ponto de vista lógico, "o conceito é um conjunto

sistematizado e coerente de relações de identidade e de oposição

entre a extensão e a compreensão relativas das classes".

No campo da Lógica, a definição poderá ser nominal,

quando empregam-se palavras diferentes para fixar uma

determinada palavra, ou real, quando se utilizam comparações entre

coisas para definir, isto é, limitar a idéia.A definição nominal pode ser semântica ou etimológica.

A primeira estabelece-se pelo uso de palavras mais claras para

explicar a palavra que se deseja definir. E, a definição nominal

etimológica baseia-se na origem (étimo) da palavra.No caso da definição real, esta "divide-se em essencial

e descritiva. Essencial quando se faz pelo gênero próximo e

diferença específica" (NASCIMENTO, 1991, p.31). Assim, segundo

Aristóteles, "a definição é a forma de exprimir a essência de uma

coisa pelo seu gênero e diferença", ou "dito de outro modo, a tarefa

de definir consiste em examinar preliminarmente os elementos

20

compositivos de uma idéia, dela colhendo o componente mais

próximo daquilo que se pretende definir, sobre haurir o elemento que

a idéia distinta das demais, donde resultará, então, identificação do

gênero próximo e a diferença específica" (JARDIM, 1994, p.2-3). No

caso de faltarem os elementos essenciais (gênero e diferença

específica), enumeram-se as características exteriores da coisa que

são mais marcantes, deste modo tem-se a definição real descritiva.

Outra classificação, destacada por José Ferrater Mora

(1958, p.324-327), descreve dez tipos de definição, a saber:

1. Definição real, entendida por alguns como "a

expressão que indica o que é uma coisa (sua natureza ou essência);

para outros, é uma expressão que indica um conceito objetivo; e,

para outros, é uma igualdade através da qual definiendum

(expressão que se busca definir) e definiens (expressão que define

aquela) não se leêm do mesmo modo".2. Definição nominal, na compreensão de alguns autores

é uma expressão através da qual se indica o significado de um

nome; outros, principalmente os escolásticos, entendem-na como

uma extensão da definição real; enquanto, outros, classificam-na

como definição real na qual a realidade é representada por uma

palavra, mas isto somente é possível quando se aceitam os nomes

como puras incrições.3. Definição verbal, vista por alguns como o mesmo que

a definição nominal; porém, para outros, "enquanto na definição

nominal uma expressão é abreviada por outra, na definição verbal

não há necessariamente abreviatura, senão sinonímia entre duas

2100"

expressões cujos significados são conhecidos". Trata-se, pois, das

definições encontradas em dicionários.

4. Definição causal, "é aquela na qual o definiens é

expressão que designa a causa que produz a realidade designada

pelo definiendum". Em relação aos outros tipos de definição citados,

as definições causais, especialmente as chamadas definições

genéticas (como são as matemáticas, por exemplo), são

consideradas criadoras ou sintéticas.

5. Definição explícita, "é aquela que define o definiendum

fora de um contexto".

6. Definição contextual, "é a que define o definiendum

dentro de um contexto.

7. Definição ostensiva, considerada por muitos autores

como uma definição autêntica, recebendo a sinonímia de denotativa,

"é a que consiste em exibir um exemplo do tipo de ente designado

pelo definiendum".

8. Definição intrínseca, "é, segundo os escolásticos, a

que explica o objeto a definir mediante indicação de princípios

inerentes ao mesmo". Alguns autores, divindem-na em essencial e

descritiva.9. Definição extrínseca, "é a que procede mediante

princípios não inerentes ao objeto que se trata de definir".

10. Definição por abstração, "é a que define o significado

de um símbolo como propriedade comum de vários entes".

Mora adverte que, atualmente, alguns lógicos tendem a

reduzir toda definição em uma definição nominal, e desta para uma

definição de caráter sintético, sendo esta última redução negada por

22

muitos autores. A maioria admite dois aspectos na definição: "o

sintético (próprio de um sistema não interpretado) e um semântico

(no qual se introduz um novo símbolo fixando um significado)".

Além dos esforços na busca de se aclarar a noção de

definição e de se enumerar diferentes tipos de definições, existe

também uma procura objetivando o agrupamento destes tipos de

definição. Deste modo surgem as classificações das doutrinas a

respeito da definição, destacando-se duas delas.

Uma é a de W. Dubislav (1931 apud MORA, 1958,

p.324-327), segundo qual há quatro as doutrinas principais acerca

da definição: (a) A doutrina que considera a definição uma

determinação da sua essência. É a doutrina aristotélica, também

interpretada por Ueberweg e Bolzano, entre outros; dentro dela cabe

a classificação de definicões em reais e nominais. (b) "A doutrina

segunda a qual definição é determinação (construção ou

decomposição) do conceito, principalmente representada por Kant e

Fichte". (c) A doutrina que converte a definição em aclaração do

significado que um signo possui ou da aplicação a que se destina;

traz uma mescla da definição real com a nominal. (d) "A doutrina da

definição como determinação (não aclaração) do significado de um

signo (introduzido) ou da sua aplicação", vinculando as teorias de

Pascal, de Leibniz e da nova lógica.A outra classificação é a de Paul Edwards (1972, p.314-

324). Destarte, segundo este, as abordagens sobre definição podem

ser sintetizadas em três correntes gerais, que congregam diversas

variações de pensamento sobre o tema. Os três posicionamentos

podem ser denominados de essencialista, prescritivo e linguístico.

23

o tipo essencialista é encontrado nas obras de Sócrates,

Platão, Aristóteles, Kant e Husserl. De acordo com a visão

essencialista, "as definições transmitem a informação de maneira

mais exata e certa do que as declarações descritivas. Tal informação

adquire um modo infalível variavelmente chamado de visão

intelectual, reflexão ou análise conceituai". Enquanto Sócrates

perguntaria: O que significa X?, sem deixar claro que tipo de

resposta procura, Platão aprofunda-se na questão criando a Teoria

das Formas e a Metafísica e Epistemologia Platônicas. Destas

resultam no pensamento segundo o qual "definições descrevem

formas, e depois as formas são aperfeiçoadas e tornam-se

imutáveis, as definições, quando alcançam a celebridade por seu

próprio ato, são verdades precisas e rigorosamente certas".

Aristóteles, como Platão, enfatiza a semelhança entre definições e

declarações de fatos, e assume que "definições transmitem a

informação certa e precisa".Enquanto o essencialismo considera que "definições são

afirmações que fazem proposições que podem ser pronunciadas

como verdadeiras ou falsas", e tem dificuldade em explicar como e

porque as definições diferem de uma declaração ordinária, na visão

prescritiva, tal preocupação é evitada pois nega-se que definições

sejam afirmações de qualquer natureza.Para a corrente prescritiva, as definições são "sentenças

imperativas ao contrário das sentenças descritivas, e as dotou com

função de regras sintática e semântiva para prescrever as operacões

linguísticas". Portanto, autores precritivistas como Pascal, Hobbes,

Russel, W.V. Quine, Nelson Goodman, Rudolf Carnap, C. G.

24

Hempel, concordam com os essencialistas que as definições são

incorrigíveis, mas advertêm que sua infalibilidade existe por conta de

negarem que elas comuniquem informação, e por explicá-Ias como

"convenções simbólicas".Finalmente, para os teóricos linguísticos (John Stuart

Mill, Richard Robinson , entre outros), as definições são registros

empíricos do comportamento linguístico e, portanto, corrigíveis.

Assim, as definições podem comunicar informação, ou não.

Resumidamente, as regras linguísticas que governam o uso das

palavras, compõem três grupos: (a) regras de referência, que nos

auxiliam na identificação de coisas e situações para as quais uma

palavra pode ser aplicada; (b) regras sintáticas, que orientam a

colocação e combinação de palavras quando da formação de frases

e sentenças; e, (c) regras discursivas, que indicam quando se pode

usar uma linguagem metafórica (como em poesia) ou quando se

deve usar uma linguagem literária (como na ciência), assim como

indicam diferenças de categoria ou tipo lógico, e indica quando uma

palavra deveria ser usada em um sentido em lugar de outro; "as

regras discursivas são genuinamente regras filosóficas".

Contudo, o valor prático de qualquer discussão sobre a

natureza da definição está em se encontrar padrões claros que

permitam julgar quando uma definição é boa ou ruim.

Tais regras adquiriram um caráter canônico na literatura

e podem ser encontradas em vários livros sobre Lógica. Elas foram

inicialmente propostas por Aristóteles em sua obra Tópicos,

perpetuando-se ao longo dos anos. As regras aristotélicas são:

25

"1. A definição deve dar a essência e natureza da

coisa definida, muito mais que suas propriedades acidentais;

2. A definição deve dar a categoria e as diferenças

da coisa definida;

3. Não se deve definir por sinônimos;

4. Uma definição deve ser concisa;

5. Não se deve definir por metáforas;

6. Não se deve definir por termos negativos ou

termos correlativos (por exemplo, não se deve definir norte como

contrário de sul, ou pais como pessoas com filho ou filhos)".

Baseando-se em Aristóteles, Gredt (apud

NASCIMENTO, 1991, p.31-33) descreveu as chamadas leis de

definição, que são citadas a seguir:

"1. Defínitio sit convertibilis cum defínitio - A definição

deve ser convertida ao definido. É o princípio de Aristóteles: Todo

predicado de um sujeito deve necessariamente ser ou não ser

conversível com ele; se conversível é sua definição. [...].

2. Defínitio sit clarior definito - A definição deve ser

mais clara que o definido. É extraído de Aristóteles: A linguagem

usada numa definição deve ser mais clara possível, pois todo o

objetivo de sua formulação consiste em dar a conhecer alguma

coisa. [...].

3. Definitio non debet ingredi definitionem - O que se

define não deve entrar na definição. [...].

26

4. Definitio non sit negativa - A definição não deve

ser negativa. [...]. É a lição de Aristóteles: É possível que em

alguns casos o definidor seja forçado a empregar também uma

negação; por exemplo, ao definir privações, porquanto cego

designa uma cousa que é incapaz de ver. [...].

5. Definitio sit brevis - A definição deve ser breve."

Para efeito deste estudo monográfico, consideraram-se

estas últimas regras como norteadoras das definições que serão

declaradas mais adiante. Trata-se tão-somente de uma escolha por

critério pragmático, haja vista que as abordagens filosóficas são

diversificadas e não consensuais.

27

5. ASPECTOS JURíDICOS

Quando um paciente é internado em um hospital privado,

tem-se aperfeiçoada uma relação jurídica com natureza contratual.

Na sociedade moderna, o contrato tem papel primordial

enquanto instrumento jurídico diretamente relacionado à

transferência de riquezas, devendo ser considerado como critério de

elevada relevância na diferenciação entre a sociedade moderna e as

sociedades antigas (ROCHA, 1997, p.17). Neste sentido afirma

Henry Summer Maine (1874,288) que a sociedade de nosso tempo

se distingue principalmente das gerações precedentes pelo grande

lugar que ocupa o contrato.O conceito de contrato sofreu um longo processo de

modificações desde o direito romano, em que havia a controvérsia

em torno da real importância do acordo de vontades na

caracterização dos contratos, atingindo a concepção do início do

século, baseada no Código Civil francês de 1804, que "consolidou o

paradigma da vontade como expressão suprema e não derrogável

do indivíduo e de sua liberdade, surgindo o contrato como fonte

primordial das obrigações" (ROCHA, 1997, p.27). Esta última

atendia às aspirações do ideal liberal que condizia com um Estado

28

cujas princípios básicos eram a autonomia da vontade e a liberdade

contratual, ao lado do equilíbrio entre os poderes e a representação

política, entendendo as instituições jurídicas como mediadoras de

antagonismos e conciliadoras de interesses, por acreditar num

processo econômico centrado no equilíbrio natural da produção e

circulação de riquezas (ROCHA, 1997, p.30).

Entretanto, as revoluções industrial e tecnológica vieram

transformar o mercado tornando-o destinatário de grande quantidade

de produtos fabricados em série, tipificados e unificados. Assim,

possibilitou-se o aparecimento de oligopólios e inviabilizou-se o

processo de acumulação capitalista ao desmistificar aquela idéia de

processo econômico acima citada.

Por isso, conforme José Eduardo Faria (p. 46 apud

ROCHA, 1997, p.63):

"A ortodoxa suposição liberal de que o aparelho estatal deveria

manter-se .tão distante quanto possível das atividades

econômicas, limitando-se a produzir bens públicos indivisíveis e a

impedir que o sistema competitivo se degenerasse,

gradativamente veio perdendo relevância prática. De fato, ao

longo das quatro ou cinco últimas décadas, o Estado

intervencionista consolidou seus papéis de controlador,.

estimulador e planejador da economia, agindo nos campos

monetário e fiscal, interferindo no sistema de preços, financiando

atividades de pesquisa científica e tecnológica e até mesmo

participando diretamente da produção de bens de mercado. No

âmbito específico das nações que passaram a programar um

29

processo acelerado de modernização, tais transformações

tornaram-se ainda mais evidentes, em muitos casos levando à

substituição do capitalismo monopolista privado por um

capitalismo de Estado".

No plano jurídico, a autonomia da vontade e a liberdade

de contratar não puderam disciplinar e eliminar os conflitos sociais

emergentes. "A autonomia da vontade operacionalizou a igualdade

formal dos contratantes, mas não aplacou a desigualdade real dos

contratantes" (ROCHA, 1997, p.64).

Para Orlando Gomes (1983, p.33):

"O princípio da igualdade de todos perante a lei resultou na

indiferença da ordem jurídica pela situação das partes de

qualquer contrato. Partes iguais e livres não precisavam da

interferência legislativa para impedir a estipulação de

obrigaçõpes onerosas e vexatórias ... mas de tal modo se abusou

dessa liberdade que o pensamento jurídico modificou-se

radicalmente, convencendo-se os juristas que entre o forte e o

fraco é a liberdade que escraviza e a lei que liberta".

Da mesma opinião é Caio Mario da Silva Pereira (1997,

p.18), para quem "medrou no direito moderno a convicção de que o

Estado tem de intervir na vida do contrato com a adoção de uma

intervenção judicial na economia do contrato, instituindo a contenção

dos seus efeitos, alterando-os ou mesmo libertando o contratante

lesado".

30

Na escolha de um contrato há três facetas que se

imbricam com a autonomia privada: (a) contratar ou não contratar;

(b) escolher a parte do contrato, isto é, com quem se pretende

celebrar o acordo; (c) estabelecer o conteúdo das obrigações

assumidas. Assim, é neste último elemento em que o Estado passou

a intervir, objetivando disciplinar e limitar o princípio da autonomia da

vontade, principalmente, no que diz respeito ao conteúdo do

contrato. Tal intervenção estatal foi denominada de dirigismo

contratual.Na medida destas transformações econômicas, sociais e

da tutela, percebe-se um novo direito: o do consumidor; muito

embora o direito tradicional, anteriormente, em diversos países,

possuísse leis aplicáveis às relações de consumo. Todavia, estas

normas iniciais correspondiam a um modelo formal de direito do

consumidor, como classifica Thierry Bourgoignie (1988, p.155 apud

ROCHA, 1997, p.67), composto basicamente da individualidade e da

autonomia. Assim, o modelo apresentava sintonia com os "princípios

tradicionais da liberdade das convenções, da igualdade dos direitos,

das obrigações dos cidadãos e da livre concorrência"(ROCHA, 1997,

p.67).Para Thierry Bourgoignie (1988, p.155 apud ROCHA,

1997, p.67), na passagem da sociedade liberal para a pós-industrial,

o direito do consumidor assumiu um novo paradigma denominado

de adaptador, seguindo um processo evolutivo em decorrência daineficiência do modelo anterior. Nesta visão mais contemporânea, o

consumidor é reconhecido como sujeito de direitos específicos,

31

adquirindo direitos fundamentais como o direito à segurança, àinformação, à escolha e o direito de ser ouvido.

No Brasil, a Constituição Federal de 1988 previu nos

artigos 5°, XXXII e 170, V, a legitimação da intervenção do Estado no

sentido de assegurar a proteção do consumidor. Logo a seguir, em

11.09.1990, foi promulgado o Código de Defesa do Consumidor (Lei

n° 8.078), cujo modelo adaptador é marcado pela ativa intevenção

do Estado em várias situações, buscando a proteção do consumidor.

Assim, como escreveu Silvio Luís Ferreira da Rocha

(1997, p.68-69):

"O Código de Defesa do Consumidor é um microssistema regido

por princípios próprios e específicos, entre eles, o da

vulnerabilidade do consumidor e a harmonização com base na

boa-fé, com a finalidade de disciplinar as relações de consumo a

partir de uma política nacional, cujos objetivos, entre outros, são

de atender as necessidades do consumidor, respeitar-lhe a

dignidade, a saúde, a segurança e proteger-lhe os interesses

econômicos".

Numa concepção clássica, a formação do contrato

verifica-se pela aceitação de uma oferta, dando lugar ao consenso

contratual. Como o objeto deste estudo é a conta hospitalar, ou mais

especificamente, as definições de diária hospitalar e taxa de sala

cirúrgica, portanto, é primordial entender o conceito, os elementos

que a compõe e as principais características da oferta.

32

Para Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda (1939,

p.27 apud ROCHA, 1997, p.35), a oferta "com sua característica

temporal, que é a de ser anterior a aceitação, dá a conhecer o que

seria o conteúdo do negócio jurídico bilateral ou plurilateral. Quem

oferece, supõe que nada tivesse antecedido a manifestação de

vontade que lança a determinada pessoa, a determinadas pessoas

ou ao público".

Deste modo, a oferta apresenta dois aspectos: (a) a

proposição que ela constitui, ou seja, é um ato volitivo inicial e

unilateral; (b) o contrato que vislumbra, pois o ofertante considera

apenas seu interesse na fase de prefiguração do contrato que busca

(LUC-AUBERT, 1970, p.27).

A concepção de oferta para outros autores é semelhante.

Para José Puig Bruteau (p.172 apud ROCHA, 1997,

p.35), a oferta é entendida como "proposição unilateral que uma das

partes dirige à outra para celebrar com ela um contrato".

Alberto G. Spota (1984, p.265) define-a como

"exteriorização ou declaração de vontade unilateral e receptícia, que

tem por destinatário o aceitante".

Maria Helena Diniz (1992, p.39) entende a oferta como

"declaração receptícia de vontade, dirigida por uma pessoa à outra,

por força da qual a primeira manifesta sua intenção de se considerar

vinculada se a outra aceitar".

Entendida como uma das duas declarações de vontade

necessárias à formação dos contratos, a oferta, sob o prisma dos

sistemas legislativos, deve atender alguns requisitos. Assim, a oferta

deve conter os elementos essenciais do futuro contrato, ou seja,

33

estar revestido da qualidade de precisão. Isto não implica na

obrigatoriedade da oferta em apresentar todos os elementos do

contrato.

Deste pensamento com pactuam autores como Giovanni

Carrara (1915, p.137) e Jacques Ghestin e Bernard Desché (1990,

p.110), salientando que ao ofertante cabe deixar para o aceitante a

possibilidade de escolha de um ou mais elementos. Portanto, é

suficiente, mas indispensável, que a oferta estabeleça os elementos

essenciais do contrato oferecido, como também esclarece, por

exemplo, o artigo 14-1 da Convenção de Viena: "uma proposta é

suficientemente precisa quando ela designa as mercadorias e,

expressamente ou implicitamente, fixa a quantidade e o preço ou dá

indicações que permitem determiná-los" (GHESTIN e DESCHÉ,

1990, p.110).

Outro requisito que a oferta deve conter é a firmeza, ou

como adverte Washington de Barros Monteiro (1980, p.14), "o

interesse social exige que a oferta seja séria, consistente e estável".

Embora outros autores apontem a autonomia e a

obrigatoriedade também como elementos necessários à

configuração da oferta, a doutrina diverge neste ponto,

reconhecendo como elementos essenciais, de modo incontroverso,

a precisão e a firmeza.

Tal discussão não corresponde ao objeto deste estudo e,

portanto, enfocar-se-á no elemento precisão que se relaciona à

questão da definição de diária hospitalar e taxa de sala cirúrgica, no

que se refere a sua necessidade e clareza de apresentação.

34

Na concepção clássica, a formação do contrato

compreendida como o encontro da oferta e da aceitação, eliminava a

exigência de um debate pré-contratual cuja função seria informar o

consumidor das qualidades e características dos produtos ou

serviços propostos. Previamente à promulgação do Código de

Defesa do Consumidor, Pontes de Miranda (1939, p.135 apud

ROCHA, 1997, p.86) já alertava para o fato de a oferta dispensar

qualquer debate anterior: "Nota-se que, via de regra, nenhuma

tratativa ou negociação antecede a oferta, o que, numa sociedade

de massas, impõe que a oferta seja minuciosa e precisa, a fim de

não enganar o consumidor porque nas ofertas ao público o conteúdo

da manifestação de vontade do consumidor já se encontra

preestabelecida".Portanto, a desigualdade de informações entre

fornecedores e consumidores foi reconhecida como uma das

principais causas do desequilíbrio das relações entre as partes.

Disto resultou uma preocupação especial para os legisladores no

desenvolvimento do modelo adaptador e participativo de proteção ao

consumidor. Por isso, a informação do consumidor é vista como um

direito do consumidor e um dever do fornecedor, sendo eleita como

objetivo a ser alcançado pela política nacional de relações de

consumo, já que "na formação dos contratos entre consumidores e

fornecedores o princípio básico norteador seria o da transparência,

cuja idéia principal seria proporcionar uma relação contratual mais

sincera e menos danosa entre consumidor e fornecedor,

possibilitando ao consumidor informações claras e corretas sobre o

produto a ser vendido" (MARQUES, 1992, p.104).

35

Neste sentido também caminhou o legislador pátrio que

descreveu como direitos básicos do consumidor, entre outros: "a

informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e

serviços, com a especificação correta de quantidade, características,

composição, qualidade e preço [...]", como consta no Artigo 6°,

inciso 111, do Código de Defesa do Consumidor (LAZZARINI, 1997,

p.95). Ademais, na Seção referente à Oferta, o Código de Defesa do

Consumidor (Artigo 31) afirma que: "a oferta e a apresentação de

produtos e serviços devem assegurar informações corretas, claras,

precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas

características, qualidade, quantidade, composição, preço, garantia,

prazos de validade e origem, entre outros dados [...]" (LAZZARINI,

1997, p.102).No Direito Comparado, concernente a matéria sobre

oferta, salienta-se o Código do Consumidor francês, criado pela Lei

de 26 de julho de 1993, que traz em seu artigo 111-1, a confirmação

do dever de informar para todo o fornecedor de bens ou prestador de

serviços. De acordo com Jean Pierre Pizzio (1995, p.72), "esse

dever apresenta duas características: de um lado, é geral, e objetiva

permitir a comparação entre os bens e serviços colocados no

mercado; de outro lado, é um dever mínimo que pode ser reforçado

por leis especiais sobre a qualidade dos produtos ou por iniciativas

privadas resultantes de acordos entre os fornecedores e as

associações de consumidores".Desta maneira, é possível verificar que a questão da

definição de diária hospitalar e de taxa de sala cirúrgica imbrica-se

também com o Direito. Ora, a concretude do Direito esta na

36

realização daquilo que é entendido como justo por uma sociedade.

Assim, também nos atos de consumo de serviços

médico-hospitalares, existe o dever de melhor informar aquele que é

a parte vulnerável na relação de consumo, até mesmo para permitir

uma comparação entre os serviços apresentados no mercado.

Finalmente, resta entender quem é a parte denominada

consumidor. Para a legislação brasileira, o "consumidor é toda

pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço

como destinatário final" (Artigo 2° do Código de Defesa do

Consumidor) (LAZZARINI, 1997, p.94), compreendendo serviço

como "qualquer atividade fornecida no mercado de consumo

mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária,

financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das

relações de caráter trabalhista" (Artigo 3°, parágrafo 2°, do Código

de Defesa do Consumidor) (BRASIL, 1990, 1045). Portanto:

liA definição de consumidor como aquele que realiza o ato de

consumo, isto é, aquele que adquire o produto ou serviço como

destinatário final corresponde a uma abordagem extremamente

objetiva, pois desconsidera qualquer outro dado que não seja o

ato de consumo. Tal abordagem possibilita a inclusão no âmbito

de proteção do direito do consumidor dos industriais, dos

comerciantes, dos prestadores de serviço, que venham a adquirir

bens para satisfazer as necessidades de suas empresas e de

seus negócios, já que objetivamente eles praticaram ato de

consumo" (ROCHA, 1997, p.123).

37

Fica claro, pois, que as relações entre pacientes e

hospitais, ou entre fínanciadores de serviços de saúde e hospitais,

são atos de consumo, devendo ser revestidos com aquelas

características já descritas, especialmente, o dever de informar que

é fundamental regra a ser perseguida pelos fornecedores, neste

caso, os hospitais.

38

6. ASPECTOS DO MERCADO EM SAÚDE

Além de se conhecerem os princípios para a elaboração

de definições, é fundamental discutir outros elementos envolvidos na

questão das definições de diária hospitalar e taxa de sala cirúrgica,

como as características do mercado de saúde, particularmente no

Brasil.

Pelo próprio aspecto de abrangência mundial que têm

certos mercados, considerar-se-á, para escopo deste estudo, o

mercado "como a organização de ofertas e demandas,

determinando, após troca de informações, a formação do preço do

bem ou serviço - (acréscimo nosso) - e a determinação das

quantidades trocadas" (ZUCCHI, 1995, p.43). Obviamente, quando

se fala em mercado em saúde é necessário entender que o produto

ou serviço possui características muito diferentes de outros bens de

mercado (apud KLEIN, 1985, p.58).

"O mercado em saúde não é diferente apenas por

causa do desequilíbrio do conhecimento e da autoridade entre

produtores e consumidores. [...] Mas, o consumidor de serviços

de saúde frustrado poderá não ter a oportunidade de comportar-

se como um comprador racional [...]. No caso da saúde, um erro

39

poderá ser irreversível. [...] Adicionado o fato que um grande

grupo de consumidores individuais - os idosos - são os mais

vulneráveis, e é claro que a satisfação do consumidor é na

melhor das hipóteses somente um critério parcial do desempenho

do gerenciamento em saúde" (KLEIN, 1985, p.58).

De acordo com Queiroz (1993, p. 273):

"Num mercado capitalista, o consumo em saúde decorre de um

complexo conjunto de decisões, valores, representações, padrões

culturais e práticas individuais, familiares e de classe social. As

estratégias de consumo utilizam-se de elementos de diferentes

sistemas de cura e de diferentes agentes e situações dentro de

cada sistema, que, por sua vez, são influenciados pelo padrão de

desenvolvimento econômico e social vigente na sociedade.

Fatores gerais, tais como as condições de produção da oferta, o

padrão de distribuição de renda, as políticas governamentais e a

pertinência a classes e extratos sociais, imprimem influência

fundamental na organização de consumo".

Não apenas o consumo, mas outras caracterfsticas do

setor de saúde lhe são peculiares em relação ao mercado de bens

em geral. Assim, identificado como fenômeno mundial, o aumento

dos gastos com a saúde vem superando os índices de inflação

medidos para o consumo em geral.Diversas são as razões apontadas para esta

característica do mercado de saúde. Para Thorpe (1992 apud

40

MIGUEL e COSTA, 1997, p.5), o mercado norte-americano tem o

crescimento justificado em 45% pelo crescimento populacional e

pela inflação em geral, e em 550/0pela inflação específica do setor.

Com relação à inflação específica do setor saúde, 65% dar-se-iam

pela inflação em saúde acima do índice de preços de consumo, 23%

seriam resultantes do aumento do volume e intensidade dos

serviços e apenas 12% justificar-se-iam pelo envelhecimento

populacional.

Outros autores, como Kilbreth e Cohen (1997, p.5),

afirmam que os dois maiores fatores responsáveis pela inflação

específica da saúde têm sido a falta de competição no setor e às

inovações tecnológicas. Entretanto, de um modo geral, podem ser

identificadas quatro razões principais para o aumento dos gastos

com a saúde, conforme citação de Abel-Smith (1990 apud MIGUEL

e COSTA, 1997, p.5-6): "(a) a inflação específica do setor; (b) o

desenvolvimento tecnológico; (c) as características demográficas e

de morbidade dos consumidores de saúde; (d) as suas expectativas

e comportamentos".Baseado na realidade norte-americana, Rice (1992,

p.19), fundamentado na necessidade de se aumentar a eficiência no

setor saúde para mudar o panorama desfavorável, como foi

anteriormente citado, agrupou as estratégias utilizadas enfocando os

utilizadores do sistema, os prestadores, e estratégias mistas.

Às primeiras foram incorporadas a técnica de

co-pagamento, as taxas moderadoras e o tributo sobre os seguros

de saúde.

41

Quanto aos prestadores, podem ser utilizados os

seguintes métodos: restrição da oferta (leitos, tecnologia etc.),

redução de custos, pagamento prospectivo por ato, orçamento

global prospectivo - para os serviços de saúde; formas de

pagamento, oferta de médicos, gastos médicos e perfil do médico -

obviamente para os médicos; despesas com medicamentos,

promoção de vendas e preços de referência - para as farmácias.

Finalmente, como forma mista englobam-se as

estratégias de competição entre planos de saúde, gestão de

utilização de cuidados, organizações de manutenção de saúde e de

prestadores preferenciais, orientações para médicos e para

consumidores e reforma do sistema de indenizações. Como não

compreende os objetivos deste estudo, não serão discutidos os

tópicos mais minuciosamente, porém é importante salientar que, nos

anos 70 e 80, diversos Estados norte-americanos "implementaram

programas que fixavam os preços a cobrar pelos hospitais

(sobretudo diárias - grifo nosso) com incentivos a diminuição dos

componentes do tratamento e, conseqüentemente, a redução do

custo de produção" (MIGUEL e COSTA, 1997, p.10).

Todavia, como lembra Rudolf Klein (1985, p.60-62), o

gerenciamento no setor saúde guarda uma característica

fundamental, ou seja, "a arena da saúde é marcada por um

pluralismo de valores e conflito de valores". Ora, "o sistema de

valores do médico não é o mesmo que o do gerenciador nem,

alguém argumentaria, poderia sê-lo. Porém, o conflito não é apenas

inerente mas essencial: ele preenche um papel construtivo, e

necessário, tornando públicas algumas tensões básicas e escolhas

42

(políticas num senso mais amplo) em qualquer sistema de saúde". E

acrescenta: "é claro que realizando eficiência - tanto no senso

econômico de apertar o máximo possível a saída além de uma dada

quantidade de recursos; como no senso técnico de dispor da mais

alta qualidade possível - pode não ser aceito, em geral, como o valor

dominante em saúde. Portanto, o fechamento de pequenos hospitais

- que podem ser bem mais caros e oferecer (relativamente) serviços

de qualidade inferior às instituições de alta tecnologia - pode

encontrar bastante resistência em razão de valores alternativos".

Além disso, como citado por Rosalie S. Abrams (1987,

p.257), "a América não tem plena consciência da política de saúde"

uma vez que o sistema vigente privilegia a atividade curativa dos

médicos, em especial aquela realizada em regime hospitalar,

deixando pouca ou nenhuma ênfase para a responsabilidade

pessoal de cada indivíduo para com sua própria saúde. Desta sorte,

tomando como semelhante a nossa sociedade, guardadas as

devidas diferenças sócio-econômico-culturais, compreender-se-á a

dificuldade em perceber os valores envolvidos e gerenciar

eficientemente os recursos financeiros causando o menor

desconforto social.

No Brasil, quanto à sua estrutura, o mercado de saúde é

constituído pelo setor público e pelo setor privado.

Os serviços de saúde do setor privado compreendem: o

segmento do setor privado contratado pelo Sistema Único de Saúde;

o segmento médico assistencial das empresas (formado por:

serviços próprios e/ou credenciados; sistemas de pós-pagamento;

43

medicinas de grupo; cooperativas médicas; administradoras de

planos de saúde; seguro-saúde; e, auto-gestões); o segmento

médico assistencial das famílias (que inclui o desembolso direto,

além dos planos de saúde de pré-pagamento e de pós-pagamento);

o segmento beneficente e filantrópico (cuja clientela pode ser

fechada ou aberta, parcial ou universal); o segmento de empresas

farmacêuticas e de aparelhos médico-hospitalares (de tecnologia em

saúde); entre outros.

No setor público encontram-se os seguintes elementos:

serviços públicos de saúde de administração direta (municipais,

estaduais e federais); o segmento médico assistencial do serviço

público (municipal, estadual e federal); o segmento dos hospitais

universitários; o segmento médico assistencial das Forças Armadas;

segmento paraestatal (fundações, autarquias, empresas públicas

etc.); entre outros.

Na verdade, quando se analisam historicamente as

políticas de saúde e a evolução da assistência médica previdenciária

no Brasil, percebem-se forças que influenciam os processos

decisórios do Governo sobre as necessidades e prioridades do

mercado em saúde. De tal sorte que: "o Programa de Ação 1977 -

INPS enfatiza (e portanto reconhece) a existência de quatro grandes

setores influentes nas decisões em relação à assistência médica: as

empresas de prestação de serviços de saúde, a indústria

farmacêutica, a indústria de equipamentos, e o pessoal das equipes

de saúde" (NICZ" 1985, p.23).

Para Jayme Landmann (1982, p.30), o denominado

"complexo médico-industrial" está subdividido em:

44

"médico-industrial indireto" (indústrias farmacêuticas e de

equipamentos) e "médico-industrial direto" (empresas de prestação

de serviços de saúde, e pessoal das equipes de saúde). Este último

pode ter exercido maior influência sobre as políticas de saúde da

Previdência Social e, portanto, merece uma análise mais minuciosa

(NICZ, 1985, p.23).

No que se refere ao pessoal das equipes de saúde, o

profissional de destaque é o médico. Este pode exercer pressões

numa posição externa à Previdência Social, por meio de vínculos

diversos com a mesma, ou efetuar atividade dentro da

tecnoburocracia previdenciária de onde emanam suas influências.

Da influência externa à Previdência pelo médico, além da

Associação Médica Brasileira (AMB) que apoiou a contratação de

serviços de terceiros pela Previdência Social nas décadas de 50 e

60, havia e, em alguns casos ainda há, outras formas de relação do

profissional médico com o sistema previdenciário (atualmente com o

SUS): é seu empregado em postos ou hospitais; é empregado da

Secretaria Estadual ou Municipal de Saúde; era seu credenciado em

consultório e/ou hospital; é empregado de empresa de medicina de

grupo; é membro de cooperativa médica. "Esta conformação atual

do trabalho médico, [...], explica a heterogeneidade dos interesses e

das reivindicações da categoria médica [...]." (NICZ, 1985, p.23).

liA criação do INAMPS, em 1978, dá oportunidade

aos médicos de assumirem integralmente a administração da

assistência médica previdenciária, até então subordinada, de

45

alguma forma e em maior ou menor grau, à tecnoburocracia não

médica do então INPS.

[...] Assim, o perfil dos médicos que compõem a

tecnoburocracia previdenciária pode ser descrito: formado há

pelo menos 20 anos em faculdade tradicional, especialista,

trabalhando tempo parcial no INAMPS ('com sacrifício') pois seu

interesse maior continua em seu consultório particular ou no

trabalho hospitalar, geralmente mantém vínvulo com o próprio

INAMPS como credenciado. Com este perfil, coerentemente, a

tecnoburocracia médica previdenciária é defensora do sistema de

credenciamento de serviços particulares, pagos por serviços

realizados, que acredita ser a modalidade de assistência médica

previdenciária mais condizente com seus arraigados ideais de

prática médica liberal. É este perfil que explica a aliança explícita

ou não que se estabelece entre a tecnoburocracia médica

previdenciária e os órgãos representativos dos serviços

credenciados pela Previdência Social, em especial com o mais

expressivo destes, a Federação Brasileira de Hospitais (FBH)."

(NICZ, 1985, p.26-28).

Ora, esta tecnoburocracia médica da Previdência Social

foi herdada pelo atual Sistema Único de Saúde, e nada caracteriza

mudanças no seu perfil e sua influência sobre as políticas de saúde.

Ainda dentro do "complexo médico-industrial direto",

assim denominado por Jayme Landmann, encontram-se as

empresas de prestação de serviços de saúde que se subdividem

em:- "empresas hospitalares (além de clínicas, laboratórios de

análises clínicas, serviços de radiologia, e outros, todos ou quase

todos particulares com fins lucrativos); a relação característica

com a Previdência Social se faz através de credenciamento, com

pagamento por serviços prestados, de acordo com Tabela; e

empresas que atuam no sistema de pré-pagamento, com a

participação financeira da Previdência Social através de um valor

per capita segurado: medicina de grupo, e cooperativas médicas."

(NICZ, 1985, p.29-30).

Ademais, quanto às empresas hospitalares é de

considerar sua evolução histórica, contexto em que surge a

Federação Brasileira de Hospitais, e a consolidação de seu poder,

visto que influenciaram de modo marcante o atual modelo de

pagamento.

.Quando os primeiros Institutos de Aposentadorias e

Pensões surgiram, sucedendo as Caixas de Aposentadorias e

Pensões, o atendimento hospitalar era realizado pelas Santas Casas

de Misericórdia, que tiveram origem em Portugal. Apenas a partir de

meados da década de 50, as instituições hospitalares sofreram

impulso no sentido de crescimento e mudanças, motivadas também

pelas mOdificaçõesdas condições econômicas gerais do país.

Os novos hospitais, então recém criados, passaram a ser

contratados para prestar atendimento médico aos previdenciários.

46

47

Como descrevem técnicos da Previdência Social na década de 70

(1975, p.196 apud NICZ, 1985, p.32-33):•..

"As contratações de hospitais nos antigos IAP's já foram feitas

por concorrência pública. O IAP fazia edital anunciando os

serviços hospitalares que pretendiam para seus beneficiários, os

hospitais interessados inscreviam-se propondo seus preços e a

concorrência era julgada, concluindo em geral pelos menores

preços oferecidos. Na prática, isto levou a um baixo padrão de

atendimento, porque para aumentar os lucros com o preço baixo,

diminuíam-se os gastos na alimentação, nos medicamentos e nos

recursos técnicos. Posteriormente, surgiu o primeiro contrato-

padrão com preços fixos para as taxas hospitalares, pelo qual os

hospitais eram contratados desde que aceitassem e oferecessem

as condições técnicas que eram exigidas pelos Institutos. Esse

contrato evoluiu até o contrato-padrão vigente [...l".

Destarte, a distribuição de leitos hospitalares existentes

confirma a tendência histórica a partir da década de 50, fortalecendo

um predomínio do setor privado lucrativo, característica esta, pouco

comum na maioria dos países ocidentais (BRAGA e GOES DE

PAULA, 1981, p.75).

Em 1966, época do ensaio da unificação dos Institutos,

num contexto altamente favorável, surge a Federação Brasileira de

Hospitais (FBH), objetivando a defesa dos interesses da rede de

hospitais privados com fins lucrativos já em expansão. Entende-se,

. daí, que lia importância da FBH como fator de pressão junto à

...

Previdência Social é diretamente proporcional à importância da

assistência médica previdenciária" (NICZ, 1985, p.34).

Contribuindo para os interesses da FBH e seus

representados, como afirma Jayme Landmann (1978, p.198): "a

expansão dos serviços do INPS refletiu-se por abandono progressivo

da política de construção de hospitais próprios e pela adoção de

uma outra de contratação de serviços a terceiros. O INPS procurou

atender à demanda oferecendo a bandeja da internação à empresa

privada, que passou a multiplicar a criação de hospitais e casas de

saúde, em condições de flagrante violação no que concerne a

instalações, funcionamento e faturamento".

Organizando-se em Associações Estaduais de Hospitais

(AHESP, por exemplo, em São Paulo), a FBH estabelece

mecanismos regionalizados de pressão. Ademais, constrói um

sistema de informações junto a setores internos da burocracia

previdenciária, assegurando às Associações Estaduais o

conhecimento rápido de portarias, normas e ordens de serviços

baixadas pela Previdência Social.Também, como cita Luiz Fernando Nicz (1985, p.35-36),

a FBH:"cria um eficiente mecanismo de influência junto à grande

imprensa [...]; passa a representar os interesses deste subsetor

privado da economia junto às grandes entidades patronais

brasileiras, em cujas diretorias por vezes até mantém

representantes; passa a abrigar sob sua representatividade os

hospitais privados sem fins lucrativos (Santa Casas, na maioria),

que, por não receberem tratamento diferenciado e apoio da

48

III

I ',

\I, I

I

49

Previdência Social, desviam-se de sua tradição histórica de

hospitais comunitários e passam a atuar de modo muito

semelhante aos privados com fins lucrativos; coopta elementos

do próprio organismo previdenciário, onde cargos de chefia (ou

de fiscalização de serviços credenciados) são muitas vezes

ocupados por sócios-cotistas ou proprietários de hospitais

privados, em que pesem todas as determinações legais em

contrário; monta lobby junto ao Congresso Nacional".

A consolidação do poder das empresas hospitalares dá-

se a partir da criação do Instituto Nacional de Previdência Social

(INPS), em 1967. Este processo histórico pode ser dividido em três

fases:(1) De 1967 a 1973, quando a expansão dos hospitais

não é tão marcante, embora houvesse predominância das entidades

lucrativas.(2) De 1974 a 1976, quando se verificou um crescimento

"de fato" dos hospitais particulares, sobretudo aqueles com

finalidade lucrativa, conseqüência de vários fatos: criação do

Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), relevando as

políticas sociais pretendidas na estratégia governamental vigente;

aplicação do Plano de Pronta Ação (PPA), favorecendo a rede

hospitalar privada; criação do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento

Social (FAS), gerido pela Caixa Econômica Federal (BRAGA eGOES DE PAULA, 1981, p.125-132), dando impulso ao crescimento

físico da rede hospitalar sem, contudo, estipular um planejamento do

setor saúde; a formação e ingresso no mercado de trabalho de

50

...

quase 9.000 médicos por ano, implicando num excedente de oferta

e, por conseguinte, cooperando como fator de pressão para a

ampliação da rede hospitalar privada.(3) Finalmente, a terceira fase, iniciada em 1977, traz,

com a consolidação do poder das empresas hospitalares, a

necessidade de se controlar os gastos da assistência médica; assim,

criou-se o sistema Nacional de Controle de Pagamento de Contas

Hospitalares, e a Direção Geral do Instituto Nacional de Assistência

Médica e Previdência Social (INAMPS), que assumiu em 1978,

tentou restringir a expansão exagerada de leitos hospitalares. Hoje,

isto tudo faz parte de uma história próxima, mas passada.

Atualmente, a crise financeira prolongada da Previdência

Social seguida de mecanismos de contenção de custos, tem

obrigado a FBH a rever suas estratégias de manutenção da

hegemonia no setor. Além disso, com a expansão dos sistemas de

financiamento privado no país, muitos hospitais privados

encontraram meios de sobrevivência sem depender dos contratos

com o atual Sistema Único de Saúde.Também compondo este panorama político-econômico

estão as empresas de pré-pagamento e pós-pagamento que

realizam operações de financiamento dos serviços assistencias no

setor privado da economia. Organizadas em instituições

representativas, as empresas financiadoras apresentam interesses

por vezes comuns às empresas hospitalares, por exemplo, manter

pressão pela ampliação das atividades privadas na saúde, mas em

outros momentos é notório o conflito de interesses delas.

51

Os programas de seguro, ou seja, políticas que

privilegiam o pagamento de serviços prestados por ato médico,

sabidamente são um fator que apenas aumenta a disponibilidade de

recursos para o setor saúde, sem contudo, aliviar a crise financeira

(KUTZIN e BARNUM, 1992, p.51-72).

Os problemas de eficiência e eqüidade são observados

como decorrência de incentivos financeiros que encontram

fornecedores com poderosa influência sobre a oferta e demanda de

serviços de saúde. Ademais, a experiência - como os casos do

Brasil, China, Corea e Zaire - sugere que tais problemas se agravam

quando há o órgão de financiamento (segurador) que simplesmente

repassa os recursos financeiros aos fornecedores.

É necessário o efetivo envolvimento de qualquer órgão

financiador, objetivando metas de eficiência e eqüidade, e buscando

identificar e remover os fatores que incentivam os fornecedores a

aumentar o volume e o custo dos serviços no setor saúde.

Neste sentido de confronto de interesses situa-se a

questão dos custos de assistência médico-hospitalar, incluindo o

impacto da tecnologia, os efeitos das contas hospitalares

extensamente itemizadas e as indicações de tratamentos e exames

subsidiários, que parecem ser a camuflagem para a ineficiência

administrativa de muitos hospitais (como será discutido no próximo

capítulo).

52

7. A ORGANIZAÇÃO HOSPITAL

Como bastante explicitado por Robert N. Wilson (apud

KAST e ROSENZWEI~, 1976):

"Os hospitais colocam-se entre as mais complexas organizações

da sociedade e se caracterizam por uma divisão de trabalho

extremamente acurada, bem como por uma refinada gama de

aptidões técnicas. O grande hospital procura preencher um

conjunto de finalidades, principalmente o tratamento de doentes,

o ensino e a pesquisa. A um só tempo, ele faz o papel de hotel,

de centro de tratamento, de laboratório e de universidade"

Além disso, a organização hospitalar vem absorvendo

uma tecnologia crescente e sendo alvo de investimentos

progressivos graças às políticas de extensão de cobertura.

Entretanto:

"as breves considerações acima nos remetem a pensar uma

organização de alta complexidade, com custos e inversões

53

...

nacionais crescentes porém, pelo menos em nosso meio e

dentro de nossa experiência, mal administrada .

O caos nacional da assistência médico-hospitalar

está suficientemente analisado, pelo menos ao nível de

diagnóstico, e para citar apenas uma destas análises, lembramos

o Plano do Conselho Consultivo de Administração de Saúde

Previdenciária - CONASP.

Já a nível da unidade - o hospital -, embora tais

análises reconheçam a ineficiência destas organizações (e,

provavelmente, sua ineficiência e pouca efetividade), estas não

têm sido profundas. É fato que o setor se ressente de uma

orientação política nacional, porém, para que esta ocorra haverá

ainda necessidade de se tentar um diagnóstico mais acurado de

seus determinantes." (VECINA NETO, 1985, p.3)

A organização hospitalar mais se caracteriza pelo

empirismo e a falta de profissionalização, segundo Gonzalo Vecina

Neto. Ainda, ela:

"se estrutura em setores estanques onde as tarefas são

departamentalizadas por especialidade de ação (a ação técnica,

a ação administrativa, a ação de apoio) e não tem, no entanto,

correspondência gerencial - a gerência não se especializa, ou se

o faz, o faz de maneira tão intra-setorial que cria dentro da

organização uma ilha de pseudocompetência. Eventualmente,

uma instituição chega a ter muitas ilhas competentes, mas que

não a torna necessariamente competente - competem entre sie . \.......0

54

aumentam a entropia da organização." (VECINA NETO, 1985,

p.3) ...•

Em que pese a opinião de Gonzalo Vecina Neto,

compartilhada por outros profissionais da administração hospitalar,

existe uma complexidade na estrutura administrativa que dificulta as

ações integradas em favor da maior eficiência.

A necessidade de uma coordenação institucional e a sua

profissionalização são os fatores mais importantes. "Devido o alto

grau de especialização e interdependência funcional que existe no

hospital, é indispensável a coordenação das capacidades, tarefas e

atividades a fim de se obter um funcionamento efetivo da

organização e poder prever seu rendimento" (Basil S. Georgopoulos

& Floyd C. Mann apud OPAS, 1987, p.24-25).

Outro fator é a ausência de uma linha única de

autoridade. Essencialmente, podem ser relacionadas três esferas

dentro da autoridade organizacional: os membros do conselho

diretivo ou "junta de governo", os médicos e o administrador. Isto

"cria vários problemas operacionais e administrativos assim como

psicológicos relacionados com o poder e influência dos médicos,

membros da junta, administradores e outros, sobre o funcionamento

da organização. Por um lado isto dificulta a coordenação das ações

da organização, e por outro lado surgem situações onde não está

claro sobre quem recai a autoridade e a responsabilidade" (Basil S.

Georgopoulos & Floyd C. Mann apud OPAS, 1987, p.26-27).

Ademais, obter um equilíbrio do poder numa organização

com conflito de interesses e com autoridade multifacetada não é

55

tarefa fácil, porém, é necessário também para a eficiência e

economia do serviço. A vista do que o público vem aspirando por

uma melhoria da eficiência e redução dos custos, uma vez que o

acesso ao atendimento médico-hospitalar foi ampliado para a

universalidade da população.

"O público está disposto a pagar [...], os custos básicos

da atenção hospitalar e pelo mesmo espera a melhor atenção

possível a um custo razoável e, se possível, a um menor custo"

(Basil S. Georgopoulos & Floyd C. Mann apud OPAS, 1987,

p.24).

Entretanto, David S. Salkever (1980, p.63) atenta que a

interposição de um terceiro financiador da - assistência médico-

hospitalar pode prejudicar a competição de preços entre hospitais.

Mas, a discussão da competitividade no mercado de

serviços hospitalares será objeto do próximo capítulo.

Além disso, é valioso salientar a relação da organização

hospitalar e sua administração com a conta itemizada. Assim,

admitindo a hipótese que existe um grau não desprezível de

ineficiência na grande maioria dos hospitais do Brasil, sejam

lucrativos ou não lucrativos, é coerente pensar que os custos do

desperdício, da negligência, de uma administração inadequada,

entre outros, estejam inseridos na conta hospitalar.

Ainda, é razoável supor que a diversidade de definições

de diária hospitalar e de taxa de sala cirúrgica, que mais parece uma

indefinição das mesmas, contribui com a manutenção do status quo

da administração em hospitais e suas consequências.

56

8. CUSTOS HOSPITALARES

Uma das funções cruciais da administração é a análise

contábil-financeira para se determinar o preço de um produto ou

serviço. Dada a complexidade envolvida na relação ambiente interno

e externo, o processo de valoração de preços é tarefa árdua do

administrador.Internamente, devem ser considerados os custos de

produção, distribuição e administração, a expectativa de rendimento

do capital (lucro) pelo investidor ou acionista, a qualidade do produto

ou serviço, a eficiência da assistência técnica, a política de

distribuição, a publicidade, a política de recursos humanos, a política

de pesquisa e desenvolvimento, entre outros tantos elementos.Externamente, verificam-se: aspectos da concorrência,

dimensões e estrutura do mercado, grau de consciência e

preferência do consumidor, a oferta de produtos ou serviços nomercado, o poder aquisitivo da população, as pressões dadas pelas

novas tecnologias, as políticas governamentais, as influências de

sindicatos etc.

57

•..

"Genericamente, o preço de venda de um bem ou de

determinado serviço deve ser suficiente para cobrir os custos de

fabricação, de administração e de venda (inclusive tributos) e

conter um lucro suficiente para remunerar o capital investido, sem

desconsiderar o objetivo maior, a longo prazo, de maximizar a

riqueza dos acionistas.

Portanto, do ponto de vista econômico-financeiro, a

base para a fixação de preços está na identificação, a mais

correta possível, dos custos e na definição da margem de lucro

desejada." (SOUSA, 1988, p.122-123).

Por isso, qualquer sistema de formulação de preços

depende da contabilidade de custos para não se remeter aos

intempéries do empirismo administrativo que resulta de princípio um

risco elevado para o investimento do capital.O sistema de contabilidade de custos pode ser encarado

como um detalhamento do sistema contábil básico das empresas,

que se integra a este último, cumprindo um outro objetivo: o controle

sobre os recursos da empresa. Deste modo, "a contabilidade de

custos ocupa-se da classificação, agrupamento, controle e atribuição

dos custos" (BACKER e JACOBSEN, 1978, p.2).Para tanto, existem requisitos necessários à elaboração

de um sistema de contabilidade de custos: (a) deve haver um mapa

financeiro organizacional e um mapa relacionando os custos; (b) há

de se identificarem todos os centros de custos, assim como distribuí- E

los em centros de custos de serviços gerais e centros de custos

finais; (c) é preciso estabelecer um cuidadoso sistema de custos

58

.•.

capaz de acumular os dados financeiros dos centros de custos; (d) a

análise de custos deve prever um sistema de informação capaz de

coletar dados não financeiros dos centros de custos e dos

suprimentos globais do hospital, considerando uma base de

distribuição dos gastos dos centros de custos de serviços gerais e

centros de custos finais, e a base para o cálculo do custo unitário por

centro de custo final; e, (e) escolher a metodologia de análise de

custos mais apropriada para a organização (BACKER e

JACOBSEN, 1978, p.83).Como escreveu John G. Blocker (1954): "o mais

importante avanço na contabilidade de custos é o uso de padrões

para assistir o gerenciamento na alocação de responsabilidade e

autoridade, para auxiliar a execução de estimativas e planos futuros,

e para desenvolver bases de mensuração com as quais se possam

avaliar a eficiência das operações. O julgamento do executivo é

naturalmente difícil na ausência de padrões de desempenho contra

os quais possam ser comparados os resultados atuais."

Em administração hospitalar, a questão da análise de

custos poderá ter a dimensão da própria sobrevivência da

organização. Todavia, o controle de custos hospitalares pode ser

visto como na sua infância, mas como característico desta fase, há

sinais de crescimento.Do ponto de vista microeconômico, a literatura apresenta

seis critérios elementares para se estabelecer o rendimento

hospitalar: (a) paciente-dias; (b) serviços hospitalares; (c) eventos de

doença; (d) resultados finais e níveis de saúde; (e) estágios

intermediários de produção; (f) composições de itens anteriores.

59

..Diretamente relacionado ao tema em questão, o método

de análise do rendimento enfocando os estágios intermediários

sugere a produção hospitalar como resultado de produtos

intermediários."A análise das diferenças inter-hospitalar ou interregional

da extensão da estadia para diagnósticos similares, dependendo de

como é definida a estadia referente especificamente aos serviços de

hotelaria, pode-se concluir que a maior extensão da estadia

corresponde a uma produção de maior rendimento ou,

contrariamente, a uma produção ineficiente de mesmo rendimento

com mais recursos" (BACKER)Assim sendo, é esperado que a uniformização das

definições de diária hospitalar e taxa de sala cirúrgica possa

beneficiar a comparabilidade entre hospitais, trazendo efeitos

benéficos para o setor saúde.A título de exemplo, embora com características diversas

do tema proposto nesta dissertação, nos Estados Unidos da

América, durante a década de 80, foram significativas as mudanças

ocorridas no setor saúde devido a competitividade. O movimento, na

verdade, ocorreu quando hospitais e outras instituições modificaram

o enfoque da orientação para o produto, introduzindo a orientação

para o marketing. Esta, por definição, caracteriza-se quando a

organização volta-se para determinar as necessidades e desejos

dentro do seu mercado-alvo, buscando sua satisfação através do

remodelamento, melhoria da comunicação, da distribuição e dos

preços dos programas e serviços oferecidos (PEGELS e SEKAR,

1987, p.15-16).

60

Em seu livro, Bruce R. Neumann, James D. Suver e

William N. Zelman (1993, p.377-407) dedicaram um capítulo sobre o

mecanismo de estabelecimento de preços, no qual alerta para a

importância vital de se obter os recursos financeiros em quantidades

suficientes, capazes de assegurar suprir o total das necessidades

financeiras (TNF).A TNF deve ser entendida como os recursos exigidos

não apenas pelas necessidades correntes da comunidade atendida

pela organização, mas também aquelas projetadas para o futuro,

através de um planejamento estratégico.Neste paradigma, não há uma fórmula de TNF a ser

aplicada a todos os hospitais, mas cada um deles deve ter uma

percepção do mercado em relação ao valor e a utilidade dos

serviços de sua instituição. Infelizmente, a maioria das organizações

hospitalares correspondem a "tomadores de preços", ou seja,

estabelecem o preço de seus serviços com base exclusivamente no

mercado. O apropriado são os "formadores de preços" que

estabelecem os preços dos serviços a partir de um TNF, oferecendo

serviços diferenciados com qualidade.Na composição do TN F devem ser integrados cinco

elementos principais, a seguir expostos:(1) Custos de se fazer o negócio, isto é, os gastos

relacionados ao paciente diretamente, a educação continuada das

equipes médicas, a pesquisa científica, a atenção médico-hospitalar,

as despesas contratuais e a beneficiência, quando houver.

61

.•.

(2) Custos de se manter o negócio, tais como: o capital, a

reposição de ativos e a aquisição de novas tecnologias .

(3) Custos de se mudar o negócio, quando ocorrerem

modificações nos serviços prestados ou mesmo a criação de outros.

(4) Retorno do capital investido.

(5) Custos da incerteza, geralmente, relacionados às

decisões legais, às decisões administrativas, às alocações políticas

e às contingências.

Deste modo, fica claro que todo prestador de serviços

deveria assumir uma estratégia de determinação de preço. No setor

saúde, em geral, há três abordagens para o estabelecimento de

preços de serviços: a abordagem baseada no custo, a negociação e

a abordagem do mercado.

Na verdade, a abordagem baseada no custo é o ponto

inicial para as três estratégias, consistindo na divisão do custo total

pelo volume de serviços que resulta no preço por unidade de serviço

prestado. Na negociação esta envolvida capacidade e poder de

negociar o preço dos serviços prestados. Na abordagem do mercado

deve-se salientar um fator fundamental na determinação dos preços,

isto é, a competição entre os prestadores de serviços.

Finalmente, como os preços sempre relacionam-se a

alguma unidade de serviço ou produto, então, cabe ao prestador e

ao mercado definir a unidade de serviço ou produto que servirá de

base para a determinação do preço.

No setor saúde, no modelo predominante, do ponto de

vista do cálculo de preços, são conhecidas como unidades de

62

serviços, a diária hospitalar e a taxa de sala cirúrgica. Entretanto, a

análise interinstitucional revela uma grande distinção do

entendimento de cada uma delas, como pode ser observado no

próximo capítulo.Identifica-se, portanto, a necessidade da transformação

na formulação de preços pelas instituições de saúde, passando de

um modelo onde existem tabelas muito detalhadas e sem relação

entre produtos ou serviços e custos, para a simplicação de tabelas

com análise de custos na elaboração dos preços de seus elementos.

63

9. ANÁLISE DE CONTAS HOSPITALARES:

PROPOSTAS ATUAIS PARA MUDANÇAS

A pesquisa de campo sobre o tema revelou um aspecto

importante: o atual modelo pode e deve ser modificado. Entretanto,

existem dificuldades no modo e no grau destas mudanças.Para os representantes dos prestadores de serviços, a

simplificação da conta hospitalar parece soar como uma abolição

pura e simples de algumas cobranças que hoje são realizadas, sem

haver a,compensação nos valores remanescentes.Em contrapartida, os financiadores de serviços de saúde,

através de entidades representativas, não aceitam a mera

transposição dos custos para as taxas e diárias sem o

comprometimento quanto ao seu gerenciamento.Apesar do embate político, no ano de 1992 as partes

envolvidas, lideradas pela Associação de Medicina de Grupo do

Estado de São Paulo (ABRAMGE-SP) e pela Associação dos

Hospitais do Estado de São Paulo (AHESP), iniciaram estudo

pioneiro objetivando a padronização e codificação de procedimentos

e serviços hospitalares.

64

Em 1994, a comissão concluiu seu estudo resultando na

publicação da chamada "Padronização de Sistemas de Informação

na Área de Saúde". A primeira edição foi revista em 1995 após

várias sugestões, mas também centrada na expectativa de se obter

uma uniformização da informação na área de saúde.

Hodiernamente, a "Padronização de Sistemas de

Informação na Área de Saúde" (1997, p.3) está na sua terceira

edição (atingindo âmbito nacional, característica esta, já percebida

na formação da comissão revisora, composta por: Associação

Brasileira de Medicina de Grupo (ABRAMGE); Federação Brasileira

de Hospitais (FBH); Associação Brasileira dos Serviços Assistenciais

de Saúde Próprios de Empresas (ABRASPE); Comitê de Integração

de Entidades Fechadas de Assistência a Saúde (CIEFAS);

Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de

Capitalização (FENASEG); e, Confederação das Misericórdias do

Brasil (CMB).Publicada em 1997, a última edição trouxe a inovação da

proposta de definição dos procedimentos e serviços hospitalares.

Todavia, o material publicado tem servido apenas como referencial

sem concretizar, até o momento, o objetivo de padronizar e

uniformizar os sistemas de informação na área de saúde.Assim, de maneira pioneira, estabeleceu-se uma

definição interinstitucional tanto para diária hospitalar como para

taxa de sala cirúrgica.Por diária hospitalar enteder-se-ia "a permanência de um

paciente por um período indivisível de até vinte e quatro horas em

uma instituição hospitalar" ("Padronização de Sistemas de

65

Informação na Área de Saúde", devendo cada instituição hospitalar

determinar a hora de início/fim do período ("Padronização de

Sistemas de Informação na Área de Saúde", 1997, p.16).

Ademais, o trabalho estipulou a composição da diária

nas unidades de internação e nas unidades de terapia intensiva

(UTI) e semi-intensiva (UTSI).Para as unidades de internação, a diária hospitalar

compreenderia:

"1..Leito próprio (cama, berço);

2. Troca de roupa de cama e banho do paciente e

acompanhante quando em apartamento;

3. Cuidados e materiais de uso na higiene e

desinfecção ambiental;

4. Dieta do paciente de acordo com a prescrição

médica, exceto dietas especiais (enterais, por sonda

nasogástrica, gastrostomia, jejunostomia ou ileostomia);

5. Cuidados de enfermagem:

5.1. Administração de medicamentos por todas as

vias;

5.2. Preparo, instalação e manutenção de venoclise

e aparelhos;

5.3. Controle de sinais vitais;

5.4. Controle de diurese;

5.5. Curativos;

5.6. Sondagens;

5.7. Aspirações e inalações;

66

5.8. Locomoção interna do paciente;

5.9. Preparo do paciente para procedimentos

médicos (enteroclisma, lavagem gástrica, tricotomia etc.);

5.10. Cuidados e higiene pessoal do paciente;

5.11. Preparo do corpo em caso de óbito;

5.12. Orientação nutricional no momento da alta;

5.13. ,Transporte de equipamentos (Raio X,

eletrocardiógrafo, ultrassom etc.);

6. Taxa administrativa." ("Padronização de Sistemas

de Informação na Área de Saúde", 1997, p.17-18).

No caso da diária hospitalar para as unidades de terapia

intensiva e semi-intensiva, além dos elementos acima elencados, a

definição incluiria:

1. Uso do monitor cardíaco;

2. Uso do oxímetro de pulso;

3. Uso do desfibrilador ou cardioversor;

4. Uso do nebulizador; .5. Uso do aspirador a vácuo (exceto o de aspiração

contínua).

6. Uso de incubadora ou berço aquecido, quando tratar-

se de UTI ou UTSI neonatal;

7. Uso de bomba de infusão, também apenas para UTI e

UTS I neonatal.

67

Por fim, a publicação ainda alerta para os

elementos não incluídos nas diárias, a saber:

"1. Materiais e medicamentos dos cuidados de

enfermagem;

2. Utilização de equipamentos e instrumental

cirúrgico exceto aqueles incluídos na composição das diárias

especiais (UTI e UTSI);

3. Honorários médicos;

4. SADT (Serviços de Apoio Diagnóstico e

Terapêutico - explicação nossa)."("Padronização de Sistemas de

Informação na Área de Saúde", 1997, p.18).

A respeito da taxa de sala cirúrgica, o estudo também

concluiu uma definição para a mesma, cuja variabilidade decorrida

da complexidade do ato operatório seria diferenciada pelo porte

anestésico qualificado na tabela de honorários médicos, publicada

pela Associação Médica Brasileira, atualmente, na sua edição de

1996.Assim, considerar-se-iam componentes da taxa de sala

cirúrgica, independentemente do porte da sala, todos os custos

relativos a:

"local; mesa operatória; rouparia; serviço de enfermagem do

procedimento; assepsia e antissepsia (para a equipe e para o

doente); iluminação (focos); controle de sinais vitais; instrumental

e equipamento de anestesia; respirador; monitor cardíaco;

aspirador elétrico ou a vácuo; cardioversor (quando necessário

68

não será cobrado); instrumental básico para cirurgia; hamper;

taxa de instalação de oxigênio; locomoção do

paciente".("Padronização de Sistemas de Informação na Área de

Saúde", 1997, p.19).

Especificamente para o Centro Obstrético, o trabalho

incluiu na taxa de sala o "kit mesa de reanimação" e os "cuidados de

higiene e limpeza do recém-nascido".Além disso, foi mantida a proposta de cobrança

separada, como é comum hoje em dia, da taxa de recuperação

pós-anestésica. Esta, conforme orientação do estudo, deveria

comportar os custos referentes a.. "local; teíto: rouparia; e

monitorização dos sinais vitais".Finalmente, a comissão que definiu as taxas hospitalares

acima citadas, excluiu dos seus custos os elementos a seguir

elencados:

"1. Roupas descartáveis;

2. Materiais de consumo (descartáveis ou não);

3. Gases anestésicos e oxigênio;

4. Equipamentos ou aparelhos de uso eventual não

inclusos acima;

5. Honorários médicos;

6. SADT (Serviços de Apoio Diagnóstico e

Terapêutico -explicação nossa)."("Padronização de Sistemas de

Informação na Área de Saúde", 1997, p.20).

69

Portanto, apesar de suscitar críticas, até mesmo nesta

monografia como poderão ser observadas adiante, a iniciativa da

comissão, não apenas de buscar uma padronização de sistemas de

informação na área de saúde, mas também de elaborar definições,

vem mostrar que o setor carece de transformações.

70

10. ANÁLISE DE CONTAS HOSPITALARES:

RESULTADOS

Conforme os critérios descritos na Metodologia, foram

analisadas as contas hospitalares de quatro hospitais gerais,

denominados A, 8, C e D, que atingiram uma quantidade mínima de

29 contas. Assim, obteve-se amostra demonstrada no Quadro 4 a

seguir.As empresas de plano de saúde onde foram requeridas

informações sobre as contas hospitalares, mostraram-se relutantes

em torná-Ias públicas. Portanto, além dos dados fornecidos pelo

Instituto Municipal de Previdência de São Bernardo do Campo,

apenas uma amostra de contas de tratamento cirúrgico de varizes foi

obtida de outra organização que, como desejado, não será

declarada. Trata-se de uma empresa de seguro-saúde com

significativa atuação na região estudada.Pelas razões expostas e para uma análise

interinstitucional, optou-se pelo estudo do mesmo procedimento

(tratamento cirúrgico de varizes) no hospital C também a partir dos

dados do Instituto Municipal de Previdência de São Bernardo do

71

Campo, muito embora a amostra não tivesse a quantidade mínima

desejada, segundo a Metodologia.

Quadro 4 - Distribuição das contas hospitalares 250 analisadas segundo

o diagnóstico ou procedimento.

DIAGNÓSTICO I HOSPITAL A HOSPITAL B HOSPITAL C HOSPITAL o

PROCEDIMENTO

Broncopneumonia n=30 - - -

Hipertensão Arterial n=29 - - -

Parto Cesareana - n=30 - -

Tratamento Cirúrgico de - n=30 n=11 -

Varizes n=30 *

Histerectomia Total - n=30 - -

Parto Normal - n=30 - -

Artroscooía de Joelho - - - n=30

FONTE: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC e de uma empresa de seguro-saúde (*) mantida noanonimato, 1996

As contas hospitalares foram estudadas sob dois

prismas: (a) distribuição dos itens das contas (diária, taxa de sala,

outras taxas e alguns materiais elencados segundo critérios

descritos mais adiante), com respectivos preços; (b) análise

comparativa entre os componentes das contas hospitalares e os

elementos do custo hospitalar.

A seguir, então, observar-se-ão os resultados obtidos

para cada uma destas duas análises.

72

9.1. Distribuição de itens da conta hospitalar

Além. das denominadas diárias e taxas, cobradas

conforme os costumes atuais, também foram eleitos alguns

materiais, cuja freqüência de aparecimento nas contas ou cujo preço

pequeno em relação ao montante final da cobrança, resultaram na

sua indicação para inclusão no preço da diária e taxa de sala

cirúrgica.

Ademais, nas contas hospitalares selecionadas

pesquisaram-se: a média de quantidade cobrada de cada item na

internação (ou no ato operatório) e seu respectivo desvio-padrão; a

média da freqüência de cada item por dia de internação (ou por ato

operatório); o preço correspondente a cada item por dia de

internação (ou por ato operatório); e a soma dos preços de todos os

itens por dia de internação (ou por ato operatório) bem como sua

relação percentual com o valor da diária (ou taxa de sala cirúrgica).

Os quadros 5 a 38, encontrados no Apêndice I, trazem

os resultados observados nesta análise tendo os itens separados em

diárias e taxas de internação, materiais cobrados na unidade de

internação, taxa de sala cirúrgica e outras taxas cobradas na

unidade do Centro Cirúrgico (ou Centro Obstétrico), e materiais

correspondentes à unidade do Centro Cirúrgico (ou Centro

Obstétrico) .

A partir dos dados daqueles quadros, construiu-se o

Quadro 39, a seguir exposto, resumindo as informações referentes à

unidade de internação; além disso, para uma melhor visualização e

73

análise da definição de diária hospitalar os dados do Quadro 39

foram representados no Gráfico 2, visto adiante.

Quadro 39 - Resumo dos dados referentes aos itens de unidade de

internação das 250 contas hospitalares estudadas.

Hospital Diagnósticol Diária Taxas Materiais Taxas e materiais Taxas e materiais

Drodedimento (em reais) (em reais) (em reais) (em reais) (Ofo em relacão à diária)

A BCP 108,71 9,82 19,68 29,50 27,1%

A HAS 108,71 2,53 3,78 6,31 5,8%

A (UTI)* 304,69 13,36 24,25 37,61 12,3%

B Cesárea 152,17 11,78 6,63 18,41 12,1%

B Varizes 152,17 26,90 1,91 28,81 18,9%

B Histerectomia 152,17 16,97 4,20 21,17 13,9%

B Parto Normal 152,17 17,77 4,27 22,04 14,5%

C Varizes 199,20 35,61 6,04 41,65 20,9%

c- Varizes 177,66 29,43 5,39 34,82 19,6%

D Artroscooia 156,23 15,13 15,86 30,99 19,8%- . ..Obs.: (*) Internações clínicas em UTI (broncopneumonia, hipertensão arterial slstêrnica e insutíciêncíacoronariana); .

FONTE: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC e de uma empresa de seguro-saúde (**) mantida noanonimato, 1996

HospitalA

350

300

250 V

:i VOI 200fE.!.••o /.•. 150f11.

/,6.' A100

r-

50 V

BCP- HAS-Hospital

A

GRÁFICO 2 • Distribuição dos gastos por tipo de internação

Tipo de intamação

L L L ~J l'â!;.v

VAR- VAR- VAR- ACJ-Hospital Hospital Hospital Hospital

B C C· D

UTI-Hospital

A

HTA-Hospital

B

PC -Hospital

B

ice

PN -Hospital

B

75

Do mesmo modo, estabeleceram-se o Quadro 40 e o

Gráfico 3, mostrados adiante, contendo as informações

concernentes às unidades de centro cirúrgico e centro

obstétrico,para a finalidade de observar a definição de taxa de sala

cirúrgica sob uma ótica diferente daquela atualmente abordada.

Quadro 40 - Resumo dos dados referentes aos itens de unidades de

centro cirúrgico e centro obstétrico das 250 contas hospitalares

estudadas.

Hospital Prodedimento Taxa de Sala Outras taxas Materiais Taxas e materiais Taxas e materiais

(em reais) (em reais) (em reais) (em reais) (0/0 em relação ã taxa de sala)

B Cesárea 322,91 147,80 55,72 203,52 63,0%

B Varizes 325,60 127,40 98,74 226,14 69,4%

B Histerectomia 322,91 109,29 89,15 198,44 .61,4%

B Parto Normal 322,91 131,62 52,91 184,53 57,1%

C Varizes 388,44 176,64 85,55 262,19 67,5%

c· Varizes 856,01 182,85 90,23 273,08 31,9%

D Artroscopia 181,83 167,70 226,35 394,05 216,7%FONTE: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC e de uma empresa de seguro-saúde (*) mantida noanonimato, 1996

9.2. Comparação entre os preços dos componentes das contas

hospitalares e os custos hospitalares

Habitualmente, mesmo nas cobranças, as contas

hospitalares são divididas em componentes. Assim, para o efeito

desejado neste estudo, buscou-se uma formulação bastante comum.

.•GRÁFICO 3 - Distribuição dos gastos por tipo de ato operatório

PN - Hospital B VAR - Hospital B

Tipos de ato operatórioV AR - Hospital C V AR - Hospital C'HTA ~ Hospital B PC - Hospital B ACJ - Hospital D

77

Então, os elementos das contas hospitalares foram

agrupados em sete componentes, a saber: diárias; taxas; materiais;

medicamentos; gasoterapia; honorários médicos (HM); e, Serviços

de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT).Todavia, convém salientar que tal divisão suscitou

críticas, pois os agrupamentos não consideraram a origem dos

gastos, não sendo relevada de qual unidade hospitalar surgiu este

ou aquele gasto.Ademais, o componente honorários médicos

compreenderam apenas os gastos com serviços médicos pagos aos

profissionais através da cobrança hospitalar. Na amostra estudada a

ressalva citada não se aplicou, haja vista que em todas as

observações ocorrera a cobrança dos honorários médicos

correspondentes.Como interessava a comparação entre as contas

hospitalares e destas com um modelo de custos hospitalares, os

componentes foram fixados em percentuais do total da respectiva

conta hospitalar.Deste modo, os mesmos elementos amostrais

anteriormente analisados, agora, foram estudados em sua

distribuição por componentes das contas hospitalares, como se

observa nos Quadros 41 a 49, no Apêndice 11.A partir destes quadros, foi possível construir um quadro

resumindo as várias distribuições de componentes hospitalares

obtidas para cada diagnóstico ou procedimento em seu respectivo

hospital. Assim, obteve-se o Quadro 50 observado adiante:

78

Quadro 50 - Distribuição percentual dos componentes hospitalares nas

250 contas hospitalares analisadas.

INTERNACÃO olARIAS TAXAS MATERIAIS MEDICAMENTOS GASOTERAPIA HM SADT

BCP - Hospital A 42,32% 4,52% 7,97% 17,95% 2,6% 15,6% 9,04%

HAS - Hospital A 51,53% 1,20% 3,25% 4,55% 3,280/0 15,49% 20,70%

HTA - HosDital B 21,79% 20,37% 9,80% 6,30% 0,48% 37,70% 3,56%

PC - HosDital B 24,40% 20,61% 5,14% 4,28% 0,19% 44,74% 0,64%

PN - HosDital B 23,76% 24,64% 4,56% 3,86% 0,69% 41,34% 1,15%

. VAR - HosDital B 11,28% 26,24% 7,43% 4,06% 0,54% 50,45% °VAR - HosDital C 6,53% 35,68% 5,19% 5,85% 0,55% 44,95% 1,25%

VAR - HosDital CO 5,67% 42,67% 5,83% 6,78% 0,74% 36,99% 1,32%

ACJ - Hosaltal O 11,28% 24,71% 18,28% 6,71% 0,83% 38,01% 0,18%

FONTE: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC e de uma empresa de seguro-saúde (*) mantida noanonimato, 1996

o parâmetro de custos hospitalares utilizado no presente

trabalho, constava do estudo da Associação dos Hospitais do Estado

de São Paulo (AHESP) (Boletim de Indicadores do PROAHSA,

1998, p.1), realizado nos anos de 1995 e 1996 pela Federação

Brasileira de Hospitais (FBH) através de uma consultoria contratada,

que serviu para o cálculo da inflação do setor saúde e pode ser visto

Quadro 51, a seguir:

79

Quadro 51 - Distribuição dos custos hospitalares por grupos.

CUSTOS HOSPITALARES FRAÇÕES (em %)

Salários e encarqos 60,4%

Custos e despesas qerais 14,0%

Consumo de materiais e medicamentos 11,9%

Honorários médicos 13,7%

Total 100,0%Fonte: Associação dos Hospitais do Estado de São Paulo (AHESP), 1997.

Finalmente, integrando as informações dos dois quadros

anteriores, foi possível realizar a comparação entre os componentes

das contas hospitalares (preços) e os respectivos custos

hospitalares.Para tanto, foi necessário a reestruturação dos

componentes hospitalares e dos custos hospitalares em três grupos

de custos: (a) salários, encargos, custos e despesas gerais; (b)

consumo de materiais e medicamentos; (c) honorários médicos.Assim, a correspodência para cada grupo deu-se na

seguinte forma:(a) Para os salários, encargos, custos e despesas

gerais foram somados os preços referentes às diárias e taxas

integralmente, mais a parcela dos materiais e medicamentos

concernente à taxa de comercialização dos mesmos (nos casos,

esta taxa era de 30%). O cálculo desta parcela citada fixou-se no

produto dos valores de materiais e medicamentos (somados) pela

80

fração que tinha como denominador o valor 1,3 e como numerador o

valor 0,3. Portanto, tem-se:

(a) = (Diárias) + (Taxas) + [(Materiais)+(Medicamentos)] X (0,3 + 1,3)

(b) Para o chamado consumo de materiais e

medicamentos, o cálculo baseou-se no restante dos preços

cobrados para materiais e medicamentos, isto é, deduzida a parcela

referente à taxa de comercialização, somado aos valores pagos a

gasoterapia. Deste modo, obteve-se:

(b) = {[(Materiais)+(Medicamentos)] X (1,0 + 1,3)} + (Gasoterapia)

(c) Para a obtenção dos denominados honorários

médicos na planilha de custos hospitalares, somaram-se os gastos

com honorários médicos e com SADT relacionados nas contas

hospitalares, ou seja:

(c) = (Honorários Médicos) + (SADT)

Lembrando que SADT correspondem aos gastos com

serviços de apoio diagnóstico (Radiologia, Exames de Análises

Clínicas, Anatomia Patológica etc.) e terapêutico (incluindo a

fisioterapia e fonoterapia, entre outros).

81

Com isso, estabeleu-se o perfil das contas hospitalares

analisadas comparativamente ao padrão de custos hospitalares,

como mostra o Quadro 52 a seguir:

Quadro 52 - Relação entre percentuais de preços e de custos

hospitalares, por grupos de custos, nas 250 contas analisadas.

CONTAS SALÁRIOS, ENCARGOS, CONSUMODE HONORÁRIOS MÉDICOS

CUSTOS E DESPESAS MATERIAIS E

GERAIS MEDICAMENTOS

Custos 74,40% 11,90% 13,70%

Preços(BCP,hospHaIA) 52,82% 22,54% 24,64%

Preços lHAS, hosnital AI 54,53% 9,28% 36,19%

PrE!Ços(HTA, hosDltal BI 45,88% 12,86% 41,26%

Preços(PC,hospHaIBl 47,18% 7,44% 45,38%

Preços(PN,hospHaIBI 50,34% 7,17% 42,49%

PreçosrvAR,hosDHalBI 40,17% 9,38% 50,45%

PreçosrvAR,hosDHaIC) 44,76% 9,04% 46,20%

Preços rvAR, hosDHal C*I 51,25% 10,44% 38,31%

Pr~os (ACJ, hospital DI 41,76% 20,05% 38,19%FONTE: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC e de uma empresa de seguro-saúde (*) mantida no

anonimato, 1996

A distribuição dos percentuais de custos e preços do

Quadro 52 foi representada nos Gráficos 4, 5 e 6, observados

adiante, facilitando a análise comparativa entre eles.

80.00%

70.00%

60.00%

lO

~'"coo 50.00%.<::..•EoUlO-eOi 40.00%go-ee.,'" 30.00%E.,!!:.

20.00%

10.00%

0.00%

GRÁFICO 4 • Comparativo dos custos versus preços em relação a salários, encargos, custos e despesas gerais

Custos Preços (BCP; A) Preços (HT A; B)Preços (HAS; A) Preços (PC; B) . Preços (PN; B) Preços (VAR; B) Preços (VAR; C) Preços (VAR; C") Preços (ACJ; D)Custo e preços por tipo de Internação

GRÁFICO 5 - ComparatIvo custos versus preços referentes a materiais e medicamentos em diferentes internações

..]i0c,~.c..Eo

"'"."~o."

Ic

~:.

CUstos Preços (BCP; A) Preços (HTA; B) Preços (VAR; C") Preços (ACJ; D)Preços (PC; B) Preços (PN; B)Preços (HAS; A) Preços (VAR; B) Preços (VAR; C)Custos e preços por internações

s~UI8.~

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I

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84

85

11. DISCUSSÃO

No setor privado da Saúde no Brasil, a realidade é a

cobrança na forma da conta itemizada, ou seja, através da relação

pormenorizada dos insumos utilizados durante uma internação.

A análise interinstitucional das contas hospitalares,pareadas por diagnóstico ou procedimento, mostra uma variedade

de taxas e materiais que ora são cobrados separadamente, ora são

aglutinados em outros itens da cobrança. Na amostra estudada, por

exemplo, os tratamentos cirúrgicos de varizes realizados nos

hospitais B e C apresentaram elementos cobrados diferentemente

(Quadros 15 a 18 e 27 a 30, respectivamente; do Apêndice I).

Deste modo, quando são comparadas as contas deunidade de internacão no tratamento cirúrgico de varizes do hospital

B e do hospital C,encontram-se, "alémda chamada diária, as taxas

de: aplicação intramuscular ou endovenosa, instalação de soro,

·curativo, tricotomia e taxa administrativa, no hospital B; e, taxas de

admissão, instalação de soro, sondagem vesical e aplicação

intramuscular ou endovenosa, no hospital C. Ora, o procedimento

tecnicamente é semelhante e, por vezes, as mesmas equipes

86

médicas trabalham nos dois hospitais, então como se explicam as

diferenças das cobranças?

Quando a mesma comparação é feita entre as contas

referentes ao Centro Cirúrgico, as diversidades ficam maiores. Além

da taxa de sala cirúrgica, o hospital B cobra taxa de anestesia, taxa

de uso do aparelho de PA não invasiva, taxa de uso do oxímetro,

taxa de uso do monitor cardíaco, taxa de uso do bisturi elétrico, taxa

de aspiração de tórax, taxa de recuperação pós-anestésica e taxa de

sondagem gástrica ou vesical. Por outro lado, o hospital C inclui para

a unidade de Centro Cirúrgico, além da taxa de sala cirúrgica, a taxa

de anestesia geral, a taxa de uso do aparelho de PA não invasiva, a

taxa de uso do oxímetro e a taxa do uso de monitor cardíaco. Ora,

enquanto o hospital B soma até oito taxas além da taxa de sala

cirúrgica, o hospital C sempre cobra quatro taxas extraordinárias.

Ademais, na euforia da utilização do arsenal de itens da

tabela de preços, houve o equívoco da cobrança de uma taxa de

sala de pré-parto para o tratamento cirúrgico de varizes no hospital B

(caso 27 do Quadro 17, Apêndice I).

•: .

Outro aspecto que reforça a idéia dê empirismo das

tabelas hospitalares de preços, é o resultado da análise comparativa

entre o padrão de distribuição de custos estabelecido pela própria

Federação Brasileira de Hospitais e os resultados pareados de

distribuição de seus preços cobrados nas contas hospitalares.

Assim, os dados são melhor visualizados e comparados

nos Gráficos 4, 5 e 6 (páginas 82 a 84), mas também podem ser

encontrados no Quadro 52 (página 81). Observa-se, então, que dos

87

~Ii

preços referentes aos custos de salários, encargos, custos e

despesas gerais, variaram de 40,17% a 54,53%)do total das contas

hospitalares, enquanto que os custos concernentes àqueles gastos

foram calculados em 74,40%. Como pode, pois, haver um custo

maior que o preço? Certamemente, como trabalhou-se com

percentuais teríamos um valor bastante maior dos preços em

relação aos custos para não ocorrer este aparente e inviável

desequilíbrio. Além disso, também pode-se considerar que o

desequilíbrio deficitário deste grupo de componentes de custos seria

compensado pelo maior lucro dos outros dois. Mas, a verdade é que

tal condição espelha um empirismo administrativo.

Da mesma maneira, os preços cobrados para o consumo

de materiais e medicamentos variaram de 7,17% a 22,540/0do total

das contas hospitalares, sendo seu respectivo custo de 11,90% dasomatória dos custos hospitalares.

Mais conflitante foi o paralelo entre os gastos com

honorários médicos nas contas hospitalares, variando de 24,64% a

50,45% do seu total, enquanto que o percentual dos custosdestinado a este item foi de apenas 13,70%•

Em que pesem as críticas à esta metodologia portratarem-se de percentuais, os outros dois grupos de custos acima

reforçam a percepção de desvinculação entre o que é cobrado e oque efetivamente custou aos hospitais.

I

rI

'I

<,~i

Depreende-se, pois, que apesar dos esforços na busca

da "Padronização de Sistemas de Informação na Área de Saúde",

praticamente nada se modificou do cenário criado nas últimas

88

décadas. Assim, cada hospital utiliza seus próprios critérios e

tabelas para venda dos serviços e produtos, não demonstrando

anseio em definí-Ios ou mesmo tornar mais clara a comparação com

seus concorrentes.

Esta postura de letargia assumida pelos hospitais

brasileiros gerou a imprecisão nas informações aos consumidores,

que têm seus direitos básicos da relação de consumo simplesmente

apartados da realidade. Tal assertiva pode ser comprovada pelo

mero confronto das tabelas de preços dos hospitais com a legislação

pátria, como o texto do Artigo 31 do Código de Defesa do

Consumidor que afirma: lia oferta e a apresentação de produtos e

serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas,

ostensivas e em língua portuguesa sobre as características,

qualidade, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de

validade e origem, entre outros dados...".

Alguns dirigentes de hospitais poderiam justificar os

questionamentos acima pela complexidade administrativa que

impera na organização hospitalar, resultando na dificuldade de se

promoverem ações integradas em favor da maior eficiência.

Contudo, é necessária a transformação da condição

atual de gerenciamento hospitalar para modelos onde o custo tem

uma responsabilidade atribuída, orientada pela origem, e um destino

apropriado a determinado centro de custo. Assim, também fica clara

a necessidade de se defenir os serviços e produtos permitindo aalocação criteriosa dos custos.

Isto simplesmente é a aplicação da administração decustos no gerenciamento hospitalar.

89

Portanto, partindo da premissa que é necessária a

definição explícita do que vem a ser diária hospitalar e taxa de sala

cirúrgica, desenvolveu-se uma sugestão com base nos dadoslevantados no presente estudo.

Configurado em centros de custo, o hospital apresenta,

por exemplo, as unidades de internação e a unidade de Centro

Cirúrgico e Centro Obstétrico, cada qual compreendendo custos

próprios e custos alocados, mas sempre realizados ou pelo menos

relacionados às atividades executadas em sua respectiva áreafísica.

No caso das unidades de internação, calculam-se os

custos fixos que são divididos pela quantidade de leitos hospitalares,

e cada parcela referente a um leito deve ser somada aos custos

unitários variáveis e semi-variáveis. Assim, estabelece-se o custo de

cada leito hospitalar, incluídos os custos alocados de outros centros

de custos administrativos, de apoio ou mesmo de outros centros de

custos produtivos (Serviço de Nutrição e Dietética, Lavanderia etc.).

Somando-se os tributos e o lucro desejado, obtém-se opreço de venda do serviço ou produto. Este é o ponto chave para as

definições pretendidas: quais são os serviços ou produtosoferecidos?

Quando é enfocada a unidade de Centro Cirúrgico e

Centro Obstétrico, utilizando o mesmo processo de análise de

custos é possível chegar a uma fração de custo. Esta fração poderá

ser um valor fixo de taxa de sala cirúrgica dependente apenas do

porte anestésico (determinado pela Tabela de Honorários da

Associação Médica Brasileira), como é rotineiramente usado pela

90

maioria dos hospitais, ou definir um outro tipo de fração dependente

de outras variáveis como: tempo de uso da sala, complexidade de

recursos habitualmente utilizados etc.

Além da divisão do hospital por centros de custos,

entende-se que a simplificação das cobranças deva ser a postura

mais adequada na medida que corresponde aos anseios dos

consumidores e facilita o processo de determinação de preços. Isto

porque, do ponto de vista da administração de custos, é mais

complicado estabelecer o custo de uma taxa de aplicação

endovenosa, por exemplo, do que deixar este custo como integranteda diária.

Assim, também se infere outro príncipio assumido nas

definições pretendidas, ou seja, deve-se dar preferência .pela

manutenção da unidade de custo nos centros produtivos. Então, é

preferível não fragmentar os custos dos serviços executados pela

enfermagem em taxas extraordinárias.

Um aspecto muito polêmico é a inclusão ou não dos

custos de materiais descartáveis nos preços da diária e taxa de sala.

Habitualmente, verifica-se que nenhum material esta incluído nos

preços de serviços, entretanto, o aumento do número de materiais

que passaram a ser descartáveis não se refletiu necessariamente na

redução dos preços dos serviços (diária e taxas), mesmo sabendo-

se que há um custo para o processo de reaproveitamento dosmateriais não descartáveis.

Analisando a amostra estudada, observa-se que os

preços dos materiais descartáveis representam um percentual

pequeno dos respectivos valores das diárias e taxas de sala

91

cirúrgicas, salvo apenas as artroscopias cirurqicas de joelho

realizadas no hospital O, onde os materiais representaram 124,480/0

do valor da taxa de sala cirúrgica.

Deste modo, considera-se mais apropriada a associação

de dois fatores para se estabelecerem os preços da taxa de sala

cirúrgica: o tempo de uso da sala, em geral calculado por frações de

15 minutos; e a complexidade do ato operatório, definida, por

exemplo, por especialidade cirúrgica, pois cada qual utiliza técnicas,

materiais e equipamentos aproximadamente semelhantes.

Com isso, calcular-se-ia o custo de 15 minutos de uso de

uma sala cirúrgica utilizada para neurocirurgia, por exemplo. Neste

custo estariam embutidos os custos fixos de pessoal, de

equipamentos, da área física etc., e os custos variáveis e semi-

variáveis de materiais, de pessoal entre outros.

Portanto, entendemos mais adequado incluir todos

custos referentes a salários e encargos, equipamentos existentes

nas unidades hospitalares, bem como os materiais descartáveis de

uso corriqueiro, na diária e na taxa de sala cirúrgica. Tal abordagem

no mínimo implicaria na preocupação de gerenciamento, otimizando

os recursos disponíveis, por parte de quem efetivamente exerce

alguma força capaz de modificar hábitos que se observam nas

atividades médico-hospitalares, fontes de desperdícios.

Como observado nos Quadros 39 e 40 (páginas 73 e 74,

respectivamente), esta proposta de simplificação das contas

hospitalares implicaria num acréscimo aos valores amostrais da

diária de 5,80/0 a 27,10/0, e aumentaria os valores das taxas de sala

92

cirúrgica de 31,90/0 a 216,70/0 (ou de 31,90/0 a 69,40/0, desconsiderado

hospital D).

Outro aspecto interessante verificado no Quadro 50

(página 78) são as diferenças encontradas para o mesmo

procedimento (tratamento cirúrgico de varizes) realizado no hospital

C, financiado pelo Instituto Municipal de Previdência de São

Bernardo do Campo e pela empresa de seguro-saúde (mantida no

anonimato). Provavelmente, tais diferenças refletem distorções

causadas por diferentes tempos de contrato com o hospital, pelas

diferenças de habilidade e poder de negociação entre as partes, pelo

empirismo na administração daquele hospital, entre outras

hipóteses.

Assim sendo, sugerimos uma definição para diária

hospitalar e outra para taxa de sala cirúrgica, baseadas nos

princípios e critérios anteriormente expostos.

Entender-se-á por diária hospitalar como o componente

da conta hospitalar correspondente ao conjunto de insumos

necessários numa unidade de internação para a permanência de um

paciente durante no mínimo 12 horas e o máximo 24 horas.

Consideram-se insumos próprios da diária hospitalar:

(a) mão-de-obra, exceto os honorários médicos;

(b) área física: manutenção, conservação e

funcionamento;

(c) consumo de materiais descartáveis de uso corriqueiro

e pequeno preço unitário;

93

(d) custos e despesas gerais com equipamentos

necessários na unidade de internação;

(e) custos e despesas alocados por rateio de serviços

administrativos e de apoio;

(f) tributos relacionados aos insumos acima e margem de

lucro esperada.

Assim, caberia apenas os diferenciais de preços

conforme o grau de complexidade' da unidade de internação

(enfermaria, Unidade de Terapia Semi-intensiva, Unidade de Terapia

Intensiva etc.) e o diferencial de acomodação da mesma

(enfermarias, apartamento, suite etc.).

Por outro lado, a taxa de sala cirúrgica é definida como o

componente da conta hospitalar que compreende os insumos

requeridos numa unidade de Centro Cirúrgico (ou Centro Obstétrico)

para o tratamento cirúrgico e recuperação imediata de um paciente,

devendo considerar uma fração de tempo para seu cálculo.

Reputam-se como insumos pertencentes a taxa de sala

cirúrgica:

!

(a) mão-de-obra, exceto os honorários médicos;

(b) área física: manutenção, conservação e

funcionamento;(c) consumo de materiais descartáveis de uso corriqueiro

e pequeno preço unitário;(d) custos e despesas gerais com equipamentos

necessários na unidade de internação;(e) custos e despesas alocados por rateio de serviços

administrativos e de apoio;

/

94

(f) tributos relacionados aos insumos acima e margem de

lucro esperada.

Como já comentado anteriormente, sugere-se a

classificação da taxa de sala cirúrgica de acordo com a

especialidade cirúrgica, seguindo sua complexidade em relação aos

equipamentos e pessoal necessários. Também foi mencionado que

no cálculo dos preços da taxa de sala de cirúrgica deve-se mensurar

frações de tempo, por exemplo, de 15 minutos.

95

12. CONCLUSÕES E INFERÊNCIAS

Com base nas pesquisas e sua análise, é possível

concluir que:

(1) Existe a necessidade de se definir o que são diária

hospitalar e taxa de sala cirúrgica em razão da imprecisão destas

nas atuais tabelas de preços hospitalares e de aspectos

administrativos, econômicos e jurídicos que justificam esta

exigência.

(2) Pode-se esperar uma maior competitividade entre os •.

hospitais, e ganho de eficiência no setor, se fossem uniformizadas

as definições de diária hospitalar e taxa de sala cirúrgica.

(3) As tabelas de preços dos serviços praticadas pela

maioria dos hospitais não guarda relação com seus respectivos

custos, indicando um empirismo administrativo que favorece a

ineficiência no setor.

96

13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICE I

Quadro 5 - Distribuição das diárias e taxas em internações clínicas por BCP no hospital A.

CASO OlARIA IMlEV SORO1 7 57 112 3 13 53 3 13 44 3 21 55 2 12 36 4 33 77 3 5 68 5 24 159 5 35 8

10 4 23 311 4 14 512 5 37 313 4 17 214 3 36 215 4 24 416 3 8 817 3 6 418 2 9 419 3 18 120 4 19 721 4 18 1022 4 13 523 4 25 424 4 18 525 3 26 426 5 34 727 6 27 428 4 22 629 3 20 830 4 22 6

Desvio-padrao 1.005431214 11.04686984 2.921186973Média por intemaçao 3.833333333 21.63333333 5.533333333Média por dia de ínternação 5.643882 1.4434821Preço unitário (apartamento) 108.71 1.27 1.84Preço por dia de intemaçao 7.16773014 2.66&Xl7064

Somat6ria das taxas 9.823737204% em relação à Diária 9.04%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 6 - Distribuição dos materiais nas internações clínicas por BCP no hospital A.

CASO AGULHAS SERINGAS EQUIPOS SCALP ESPARADRAPO ALCOOL ALGODAO RESPIRON LUVAS BUCAL1 107 68 11 12 360 680 68 1 o o2 35 24 5 6 180 250 25 1 o o3 28 15 4 6 120 200 20 1 o o4 39 28 5 6 180 270 27 1 o o5 21 13 3 4 120 160 16 1 o o6 59 40 7 8 240 410 41 1 1 o7 12 10 5 5 150 130 13 1 O O8 63 37 11 11 330 400 40 1 O O9 64 42 8 10 300 450 45 1 O O

10 45 25 3 3 150 280 28 1 O O11 26 16 5 5 150 190 19 1 O O12 60 40 5 8 240 400 40 1 O O13 35 20 2 5 150 220 22 1 O O14 62 38 2 4 120 400 40 O O O15 41 26 4 6 180 300 30 1 O O16 10 10 8 8 240 180 18 1 O O17 10 10 4 5 150 110 11 1 O O18 19 10 4 5 150 140 14 1 O O19 35 23 4 5 150 230 23 1 O O20 38 20 7 8 240 270 27 1 O O21 38 22 10 10 300 280 28 1 O O22 32 20 4 5 150 200 20 1 O O23 46 31 4 6 180 310 31 1 O O24 38 24 5 6 180 240 24 1 O 125 57 32 4 6 180 320 32 O O O26 60 39 7 10 300 440 44 1 O O27 48 37 4 8 240 370 37 O O O28 55 29 6 7 210 290 29 1 O O29 36 24 8 8 240 290 29 1 O O30 40 24 6 8 240 300 30 1 O O

Desvio-padrão 20.04904905 12.58812613 2.388911164 2.219039867 65.63220404 118.6267206 11.86267206 0.305128577 0.182574186 0.182574186Média por internação 41.96666667 26.56666667 5.310344828 6.8 204 290.3333333 29.03333333 0.9 0.033333333 0.033333333Média por dia de internação 10.947922 6.9305037 1.3853193 1.7739284 53.217854 75.73978 7.573978 0.2368421 0.0086955 0.0086955Preço unitário 0.9 0.36 1.98 0.26 0.01 0.01 0.01 11.6 1.35 0.4Preço por dia de internação 9.8531298 2.494981332 2.742932214 0.461221384 0.53217854 0.7573978 0.07573978 2.74736836 0.011738925 0.0034782

Somatória 19.68016634% em relação à Diária 18.10%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC. 1996.

Quadro 7 - Distribuição das diárias e taxas em internações clínicas por HAS no hospital A.

CASO OlARIA IMlEV SORO1 3 5 22 3 o 23 1 o o4 2 2 15 2 3 o6 2 o 47 2 o 28 2 4 49 2 1 4

10 1 o 111 2 o 212 2 5 213 2 14 514 2 3 o15 3 1 216 3 12 o17 2 1 118 2 o 219 4 3 o20 3 o 221 2 o o22 2 1 223 3 4 224 5 9 o25 3 4 226 2 o o27 5 o o28 3 10 129 3 o 1

Desvio-padrão 0.949461865 3.882828181 1.404001867Média por lnternação 2.517241379 2.827586207 1.517241379Média por dia de lntemação 1.1232937 0.0026441Preço unitário (apartamento) 108.71 1.27 1.84Preço por dia de internação 1.426582999 1.108865144

Somatória 2.535448143% em relaçâo Diária 2.33%

<Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 8 - Distribuição dos materiais em internações clínicas por HAS no hospital A.

CASO AGULHA SERINGA SCALP EQUIPO ESPARADRAPO ALCOOL ALGODAO LUVAS PASTA1 8 8 4 2 120 70 7 o o2 o o 2 2 €O 20 2 2 o3 o o o o o o o o o4 2 2 1 1 30 30 o o o5 o 1 o o o 30 3 o o6 3 3 2 2 €O 40 4 o o7 o o 2 2 €O 40 4 o o8 4 4 4 4 120 80 8 o o9 4 4 4 4 120 50 5 o o

10 o o 1 1 30 10 1 o o11 o o 2 2 €O 20 2 o o12 5 5 2 2 €O 70 7 o o13 23 19 5 5 150 190 19 o o14 o 3 o o o 30 3 o o15 1 1 2 2 €O 30 3 o o16 17 17 3 o 90 150 15 o 1017 2 2 1 1 30 20 2 O O18 O O 2 2 €O 20 2 o O19 3 3 O O O 30 3 O 1020 O 2 2 2 €O 20 2 O O21 O o O o O O o O O22 1 1 2 2 €O 30 3 o 1023 3 5 4 3 120 80 8 O O24 14 14 3 O 90 140 14 O 1025 6 6 2 2 €O €O 6 O 1026 O O O O O O O O O27 O O 2 2 €O 20 2 O 3028 10 10 1 1 30 110 10 O 2029 O O 1 1 30 10 1 O 20

Desvie-padrão 5.7338336 5.1850011 1.40723 1.325201 42.21689247 47.288549 4.75922749 0.37139 7.79984Média por internação 3.6551724 3.79310345 1.86207 1.5517241 55.86206897 48.275862 4.68965517 0.06897 4.13793Média por dia de internação 1.4520784 1.5068739 0.73972 0.6164468 22.1922157 19.178412 1.8630443 0.02741 1.64384Preço unitário 0.9 0.36 0.26 1.98 0.01 0.01 0.01 1.35 0.03Preço por dia de internação 1.3068706 0.5424746 0.19233 1.2205647 0.221922157 0.1917841 0.0186:»14 0.03701 0.04932

Somatória 3.7808946% em relaão à Diária 3.48%

~.Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 9 - Distribuição das diárias e taxas em internações clínicas de Unidade de Terapia Intensiva no hospital A.

CASO DIAGNÓSTICO olARIA IMIEV SORO SONDAGEMV.

1 HAS 1 13 4 o2 ICo 2 8 3 o3 HAS 3 o o o4 ICo 3 13 15 o5 HAS 4 17 10 o6 ICo 1 o o o7 DPOC 10 132 39 18 HAS 1 2 3 o9 ICo 5 29 35 o

10 ICo 2 23 8 o11 HAS 4 17 10 o12 HAS 3 16 8 o13 HAS 6 , o 4 o

Desvio-padrao 2.503843 34.6726 12.459 0.277350098Média por lnternação 3.461538 20.7692 10.692 0.07W2.3077Média por dia de internação 5.90099 3.0888 0.022222222Preço unitário 304.69 1.27 1.84 2.54Preço por dia de internaçao 7.61999 5.6834 0.056444444

Somatória das taxas 13.35982616% em relação à Diária 4.38%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.~.

Quadro 10 - Distribuição de materiais em internações clínicas de Unidade de Terapia Intensiva no hospital A.

CASO AGULHA SERINGA SCALP EQUIPO ALGODÃO ESPARADRAPO ALCOOL LUVAS RESPIRON PASTA ELETRODO1 13 13 4 4 17 o o 4 o o o2 3 3 3 3 o 00 110 6 o o o3 3 3 3 3 6 00 60 6 o o o4 19 23 15 15 28 450 280 8 o o o5 12 27 10 10 27 eoo 270 10 1 o o6 17 20 6 7 20 180 200 5 1 o o7 172 158 38 38 186 1140 1860 25 1 o o8 3 3 2 2 5 60 50 2 o o o9 43 29 24 24 49 720 400 o o o o

10 17 28 5 5 31 150 310 o 1 o o11 12 27 10 10 27 eco 270 10 1 00 2512 24 28 8 8 24 240 240 8 o 40 2013 o o 4 4 4 120 40 12 o 35 00

Desvio-padrão 45.31~ 40.0077603 10.3428 10.313049 48.0564572 317.9259711 482.47359 6.48766 0.506369684 27.1274 25.36007061Média por internação 26 27.8461538 10.1538 10.230700 32.6153846 295.3846154 348.33333 7.38462 0.384615385 12.6923 10.38461538Média por dia de internação 7.5144508 8.048021 2.93462 2.g)68006 9.4264115 85.371271 100.67437 2.13428 0.1111604 3.66829 3.0013338Preço unitário 0.9 0.36 0.26 1.98 0.01 0.01 0.01 1.35 11.6 0.48 0.03Preço por dia de Internaç!o 6.7etY:rJ57 2.89728756 0.763 5.8546018 0.00426412 0.85371271 1.0067437 2.88128 1.28946064 1.76078 0.000040014

Somatória 24.25418% em relação à Diária 7.96%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 11 - Distribuição das diárias e taxas em internações para parto cesárea no hospital B.

CASO OlARIA IMlEV SORO CURATIVO TRICOTOMIA ENTEROCLISMA TX. SONO. V.-G. TX.AOM.1 2 3 1 2 1 o o 12 2 15 1 2 1 o o 13 2 5 1 2 1 o o 14 2 1 1 2 1 o o 15 2 13 1 2 1 o o 16 2 1 o 2 1 1 o 17 2 2 1 2 1 o o 18 3 1 o 3 1 o o 19 2 4 1 2 o o o 1

10 2 5 o 2 1 o o 111 3 o 1 3 1 o 1 112 3 11 1 3 1 o o 113 2 18 1 2 1 o 1 114 3 1 o 3 1 o 1 115 3 8 1 3 o o o 116 3 3 o 3 1 o o 117 2 9 1 1 o o o 118 2 5 1 2 1 o o 119 2 1 o 2 1 o o 120 3 1 o o 1 o o 121 2 o o 2 o o o 122 3 7 1 3 1 o o 123 2 5 1 2 1 o o 124 3 21 1 3 o o 1 125 3 14 1 3 o o o 126 3 14 o 3 1 o 1 127 2 9 1 2 o o o 128 2 2 1 3 1 o o 129 3 13 1 4 1 o o 130 3 5 1 4 1 o o 1

Desvlo-padrão 0.504007 5.85858 0.4661 0.813676204 0.430183067 0.182574186 0.37r049022 oMédia por mtemação 2.433333 6.56667 0.7 2.4 0.766666667 0.033333333 0.166666667 1Média por dia de ínternaçãc 2.70235 0.2881 0.9876543 0.3154979 0.0137174 0.068587 0.4115226Preç_ounitário 152.17 0.81 1.54 7.23 4.43 7.66 7.41 29.89Preço por dia de internaçãc 2.1889 0.4436 7.140740589 1.397~7 0.1a5075284 0.50022967 12.:D:l41051

Somat6ria das taxas 24.08462% em relação à Diária 7.74%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 12 - Distribuição de materiais em internações para parto cesárea no hospital B.

CASO AGULHA SERINGA SCALP ABBOCATH EQUIPO CORTADOR ALGODÃO ÃLCOOL ANTISSÉPTICO LUVAS GILETE GAZE PULSEIRA1 8 8 1 o 1 1 10 10 10 2 1 30 22 8 6 1 O 1 1 10 10 10 2 1 30 23 5 5 1 o 1 1 10 10 10 2 1 30 24 10 10 1 O 1 1 10 10 10 2 1 45 25 13 13 1 O O 1 10 10 10 2 1 30 26 1 1 O O O O 10 10 10 4 1 ·30 27 2 2 1 O 1 1 10 10 10 2 1 45 28 1 1 O O O O 10 10 10 2 1 45 29 4 4 1 O 1 1 10 10 O O 1 45 2

10 5 5 O O O O 10 10 10 2 1 30 211 1 1 1 O 1 1 10 10 10 3 1 30 212 13 13 1 O 1 1 10 10 10 2 1 30 213 18 18 1 O 1 1 10 10 10 4 1 30 214 1 1 O O O O O O 10 4 1 30 215 10 10 1 O 1 1 10 10 O O 1 30 216 6 6 1 O 1 1 10 10 10 2 1 30 217 9 9 1 O 1 1 10 10 10 3 1 45 218 5 5 1 O 1 1 10 10 10 2 1 30 219 1 1 O O O O O O 10 2 1 30 220 6 6 1 O 1 1 10 10 10 2 1 30 221 9 2 1 1 1 1 30 30 O O 1 30 222 8 8 1 O 1 1 10 10 10 2 1 30 223 6 6 1 O 1 1 10 10 10 2 1 30 224 7 7 1 O 1 1 10 10 O O 1 30 225 14 14 1 O 1 1 10 10 O O 1 45 226 14 14 O O O O 30 30 10 6 1 45 227 11 11 1 O 1 1 10 10 10 2 1 45 228 2 3 1 O 1 1 10 10 10 2 1 45 229 13 13 1 O 1 1 10 10 10 2 1 30 230 5 5 1 O 1 1 10 10 10 2 1 30 2

Desvio-padrão 4.6564749 4.70460767 0.40684 0.182574186 0.430183 0.406838102 5.83292281 5.832923 3.790490218 1.31131 O 6.9914 OMédia por intemação 7.2 6.93333333 0.8 0.033333333 0.766667 0.8 10.6666667 10.66667 8.333333333 2.06667 1 34.5 2Média por dia de intemação 2.6929629 2.8532234 0.32922 0.0137172 0.3155 0.3292181 4.389572 4.389572 3.4293551 0.85048 0.411523 14.198 0.8230452Preço unitário 0.15 0.36 1.44 4.12 3.91 0.75 0.02 0.02 0.01 0.17 0.46 0.04 2.52Preço por dia de intemação 0.4039444 1.02716042 0.47407 0.056514864 1.233607 0.246913575 0.08779144 0.087791 0.034293551 0.14458 0.1893 0.5679 2.074073904

Somatória 6.627947% em relação à Diária 4.35%

Fonte: Dados do Plano de Saúdedo IMPSBC, 1996.

x

Quadro 13 - Distribuição de taxas para parto cesárea no Centro Obstétrico do hospital B..

CASO PORTE TX. SALA TX.ANEST. TX.PA TX. OXIMETRO TX.MONITOR PRE-PARTO SOND.G.-V. TX.RPA OXIGENIO ASP. TORAX TX.SONAR REC.RN1 3 1 1 1 1 o 1 1 1 o o 12 3 1 1 1 1 o 1 1 1 o o 13 3 1 1 1 1 1 1 1 1 o o 14 3 1 1 1 o o 1 1 1 1 o 15 3 1 1 1 1 1 1 1 1 o o 16 3 1 1 1 o 1 1 1 1 o o 17 3 1 1 1 1 1 1 1 1 o o 18 3 1 1 1 1 1 1 1 1 o o 19 3 1 1 1 1 o 1 1 1 1 1 1

10 3 1 1 1 1 1 o 1 1 o o 111 3 1 1 1 o 1 1 1 1 1 o 112 3 1 1 1 o 1 1 1 1 1 o 113 3 1 1 1 o o 1 1 1 1 o 114 3 1 1 1 1 1 o 1 1 1 o 115 3 1 1 1 o 1 1 1 1 1 o 116 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 o 117 3 1 1 1 o 1 o 1 1 1 o 118 3 1 o 1 o 1 o 1 1 1 o 119 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 o 120 3 1 1 1 o 1 o 1 1 1 o 121 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 o 122 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 o 123 3 1 1 1 o 1 1 1 1 1 1 124 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 125 3 1 1 1 o 1 1 1 1 1 o 126 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 o 127 3 1 1 1 o 1 1 1 1 1 o 128 3 1 1 1 o o 1 1 1 o o 129 3 1 1 1 1 1 1 1 1 o o 130 3 1 1 1 o o 1 1 1 1 o 1

Oesvio-padrão o o 0.182574 o 0.507416263 0.430183067 0.379049022 o o 0.479463301 0.305128577 oMédia por ato operatório 3 1 0.966667 1 0.533333333 0.766666667 0.833333333 1 1 0.666666667 0.1 1Preço unitário 322.91 39.46 5.65' 1.55 5.65 29.67 7.41 29.52 5.79 6.86 7.41 22.1Preço por ato operatório 39.46 5.461667 1.55 3.013333333 22:747 6.175 29.52 5.79 4.573333333 7.41 22.1

Somatória das taxas extras 147.8003333% em relação à Taxa de Sala 45.77%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

~.

Quadro 14 - Distribuição de materiais para parto cesárea no Centro Obstétrico do hospital B.

CASO EQUIPO ABBOCATH SERINGA AGULHA ALGODAO COMPRESSA ESPARADRAPO ALCOOL ANTISSEPTICO LUVAS GAZES ELETRODOS ETER AGUAOXIG.1 1 1 4 4 50 12 250 100 200 1 60 5 100 1002 1 1 6 6 50 12 50 100 200 9 60 5 100 1003 1 1 6 6 50 12 250 100 100 5 60 5 100 1004 1 1 6 5 20 12 120 100 300 5 60 5 100 1005 1 1 5 5 10 12 120 100 50 1 60 5 100 1006 1 1 7 5 50 16 250 100 100 3 60 5 100 1007 1 1 6 8 50 8 160 250 100 5 60 5 100 1008 1 1 5 6 30 8 130 100 80 2 60 5 100 1009 1 1 4 4 50 8 150 100 80 2 60 5 100 100

10 1 1 5 3 20 8 180 100 o 3 60 3 100 10011 1 1 5 5 20 12 120 100 100 1 60 3 100 10012 2 1 6 4 o 12 130 100 o o 60 o 100 10013 1 1 4 3 20 8 180 100 30 3 60 o 100 10014 1 1 4 3 30 8 30 100 200 4 60 o 100 10015 1 1 6 5 50 12 150 100 100 6 60 o 100 10016 1 1 4 4 20 8 120 100 200 4 60 3 100 10017 1 1 6 4 30 12 130 100 o 2 60 o 100 10018 1 1 6 6 50 12 250 100 100 3 60 5 100 10019 1 1 5 5 20 8 130 o 300 3 60 5 100 10020 1 1 5 5 20 8 120 100 o 3 60 o 100 10021 1 1 5 6 20 8 120 100 100 2 60 o 100 10022 1 1 7 7 20 12 120 100 o 4 60 3 100 10023 1 1 4 4 30 8 130 100 80 2 60 o 100 10024 1 1 4 4 30 8 130 100 80 2 60 o 100 10025 1 1 5 5 50 o 130 150 100 6 60 o 100 10026 1 1 5 6 20 8 120 100 100 2 60 o 100 10027 1 1 6 6 20 8 120 200 200 3 60 5 100 10028 1 1 3 4 30 o o 100 50 2 60 o 100 10029 1 1 5 3 10 8 150 100 100 4 60 5 100 10030 1 1 5 5 30 12 230 250 150 3 60 o 100 100

Desvio-padrão 0.182574 o 0.9732042 1.2242755 14.8556271 3.376729016 59.98179801 46.76304 81.50876125 1.83985 o 2.373464416 o oMédia por ato operatório 1.033333 1 5.1333333 4.8666667 30 9.333333333 142.3333333 111.6667 106.6666667 3.16667 60 2.566666667 100 100Preço unitário 3.91 4.12 0.56 0.15 0.02 2.58 0.01 0.02 0.01 1.77 0.04 1.77 0.01 0.01Preço por ato operatório 4.040333 4.12 2.8746667 0.73 0.6 24.08 1.423333333 2.233333 1.066666667 5.605 2.4 4.543 1 1

Somatória 55.71633% em relação à Taxa de Sala 17.25%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

~:

Quadro 15 - Distribuição de diárias e taxas em internações para tratamento cirúrgico de varizes no hospital B.

CASO DIÁRIA IMIEV SORO CURATIVO TRICOTOMIA TX.ADM.

1 1 o o o o 12 1 o o o o 13 1 o o o o 14 1 o o o o 15 2 5 o o o 16 2 o 1 o 1 17 1 o 1 o o 18 1 7 1 o o 19 1 3 o o 1 1

10 1 o o 1 o 111 1 1 o o o 112 1 o o 1 o 113 1 1 o 1 o 114 1 o o 1 o 115 1 o o 1 o 116 1 1 o o o 117 1 o o o o 118 2 5 o o o 119 1 6 1 o o 120 2 5 o o o 121 1 2 1 o 1 122 1 9 1 o 1 123 1 4 1 o o 124 1 2 o o o o25 1 o o o o 126 2 o o 2 o 127 1 o o o o 128 2 o o 2 o 129 1 2 o o o 13J 1 o o o o o

Desvío-padrão 0.406838 2.54183 0.43)2 0.595963433 0.345745004 0.25370813Média por intemaçao 1.2 1.76667 0.2333 0.3 0.133333333 0.93333333Média por dia de intemaçao 1.47222 0.1944 0.2307692 0.1111108 O.77m75Preço unitário 152.17 0.81 1.54 7.23 4.43 29.89Preço por dia de ínternacão 1.1925 0.2994 1.668461316 0.492220844 23.2477695

Somatória das taxas 26.90036% em relação à Diária 17.68%

~.

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 16 - Distribuição de materiais em internações para tratamento cirúrgico de varizes no hospital B.

CASO AGULHA SERINGA SCALP EQUIPO CORTADOR ALGODAO ALCOOL ESPARADRAPO LUVAS GILETE GAZE ANTISSEPTICO1 o o o o o o o o o o o o2 o o o o o o o o o o o o3 o o o o o o o o o o o o4 o o o o o o o o o o o o5 5 5 1 1 o o o o o o o o6 o o o o 1 10 10 eo o o o o7 o o o o o o o o o o o o8 7 6 1 1 1 10 10 30 o o o o9 3 3 o o o 10 10 o 2 1 30 o

10 o o o o o o o o o o o o11 2 2 o o o 10 10 o o o o o12 o o o o o o o o o o, o o13 1 1 o o o 10 10 o o o o o14 o o o o o o o o o o o o15 o o o o o o o o o o o o16 1 1 o o o o o o o o o o17 6 7 1 1 o o o o o o o o18 5 5 o o o o o o o o o o19 6 6 1 o 1 10 10 10 o o o o20 5 5 o o o o o o o o o o21 2 2 1 1 1 10 10 30. o o o o22 o o o o o o o o 2 1 30 1023 5 5 1 1 1 10 10 so o o o o24 2 2 o o o o o o o o o o25 o o o o o o o o o o o o26 o o o o o o o o o o o o27 o o o o o o o o o o o o28 o o o o o o o o o o o o29 o 4 o o o o o o o o o oeo o o o o o o o o o o 30 o

Desvio-padrao 2.3637693 2.36934445 0.40684 0.379049 0.379049022 4.49776445 4.4977645 10.40004421 0.50742 0.253708 9.1539 1.825741858Média por internaçao 1.6666667 1.8 0.2 0.1666667 0.166666667 2.66666667 2.6666667 4.333333333 0.13333 0.066667 3 0.333333333Média por dia de lnternação 1.388333 1.5 0.16666 0.1388833 0.13888 2.2216666 2.221666 3.08333 0.11083 0.CS5555 2.5 0.277775Preço unitário 0.15 0.36 1.44 3.91 0.75 0.02 0.02 0.01 0.17 0.46 0.04 0.03Preço por dia de lnternação 0.20825 0.54 0.23999 0.54:n337 0.10416 0.04443333 0.0444333 0.0300333 0.Q1884 0.025556 0.1 0.00833325

Somatória 1.9078642% em relação à Diária 1.26%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 17 - Distribuição das taxas para tratamento cirúrgico de varizes no Centro Cirúrgico do hospital B.

CASO PORTETX.SALA TX.ANEST. TX.PA TX.OXIMETRO TX.MONITOR TX. BIST.EL ASP. TORAX TX.RPA OXIGENIO SOND.G.-V. PRE·PARTO1 3 1 1 1 o o o 1 1 o o2 3 1 1 1 1 o o 1 1 o o3 3 1 1 1 1 o o 1 1 o o4 3 1 1 1 1 o o 1 1 o o5 3 1 1 1 1 o o 1 1 o o6 3 1 1 1 o o o 1 2 o o7 3 1 1 1 o o o 1 2 o o8 3 1 1 1 1 o o 1 1 o o9 3 1 1 1 1 o o 1 1 o o

10 3 1 1 1 1 o o 1 1 o o11 3 1 1 1 1 o o 1 1 o o12 3 1 1 1 1 o o 1 1 o o13 3 1 1 1 1 o o 1 1 o o14 3 1 1 1 1 o o 1 •• o o15 3 1 1 1 1 o o 1 1 o o16 3 1 1 1 1 o o 1 1 o o17 3 1 1 1 1 1 o 1 3 o o18 3 1 1 o 1 o o 1 1 o o19 3 1 1 1 1 o 1 1 1 o o20 3 1 1 1 o o o 1 2 o o21 3 1 2 2 2 o o 1 2 1 o22 3 1 2 2 2 o o 1 2 1 o23 3 1 4 4 4 o o 1 4 o o24 3 1 1 1 1 o o 1 o o o25 3 1 1 1 1 o o 1 o o o26 3 1 1 1 1 o o 1 1 1 o27 3 1 1 1 1 o o 1 1 o 128 3 1 2 2 2 o o 1 2 o o29 3 1 2 2 2 o o 1 1 o o30 3 1 1 1 1 1 o 1 3 o o

Desvio-padrão o 0.626062316 0.664363839 0.758855763 0.253708132 0.182574186 o 0.850287308 0.305128577 0.182574186Média por ato operatório 3 1 1.233333333 1.2 1.1 0.066666667 0.033333333 1 1.366666667 0.1 0.033333333Preço unitário 325.6 38.02 12.43 14.66 12.43 19.1 6.86 32.64 5.79 7.41Preço por ato operatório . 38.02 15.33033333 17.592 13.673 1.273333333 0.228666667 32.64 7.913 0.741

Somatória das taxas extras 127.4113333% em relação à Taxa de Sala 39.13%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 18 - Distribuição de materiais para tratamento cirúrgico de varizes no Centro Cirúrgico do hospital B.

UR ALo.20 12C 200 1C 10050 25C 100

15C 100 10115C 100 101

20 23C 200 10130 23C 20030 2E 180 100 Tal

3lI 160 100 205<4 150 100 20

10 200 100 2050 5C 100 10010 310 100 200 10020 20 100 1C 10050 2C 250 200

100 100 300 8C10 10 " 310 100 203 100

50 2~ 150 100 300 200 24 10010 2/ 170 100 400 10050 56 250 100 200 24 1003C 130 80 1C 205C 16 200 200 135 . 205C 16 370 10C 100 205C 12 30 100 2C 20

100

25 10 10020

28 10029 1003C

1.36514837 0.49C 13252 .3896166 2.08C 1088 2' . i.19' 91, 52.083 113.78' 2.476 25. 1.855 I 48.1484' i.2242· 19. 0.36514837 ).56832078 .095445' 36.51 0.1825741 ).5209 4' Of8,. 0.18257~ ~33333 1. 133: 6.8666666 2! 18.3333 1189.667 12E.66666· 7333 86.61 15.466 15 ~ o: 8.666 O. 33333 ).9333 O. O.Clprecc ••••• rio 3.9' 4 O. -o: 2.S! O. 0.02 0.03 1. 23. ).44 0.6: O. 58. o 098 2."~ 3.649333" ..25' 4' 1.8966: 2.5: 5.26! 6.606 1.468 106 o 1591 ~ O. O. 333 1.9496666 1.36 O. O. 0.074:

ISomat6ria '98.744I"'" .m relaeâc • Taxa "'" Sala 30.13%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996. ~.

Quadro 19 - Distribuição de diárias e taxas em internações para histerectomia total no hospital B.

CASO OlARIA IM/EV SORO CURATIVO TRICOTOMIA ENTEROCLlSMA TX.AOM.1 2 10 1 2 o o 12 2 11 1 o o o 13 2 5 1 o o o 14 3 16 1 o 1 1 15 2 8 1 2 1 1 16 3 12 1 o o o 17 3 9 1 o o o 18 3 10 1 o o o 19 3 15 1 o o o 1

10 3 1 o o o o 111 3 7 1 o 1 o 112 3 10 1 3 1 o 113 3 11 1 3 1 1 114 3 11 1 o o o 115 4 16 1 4 o 1 116 2 2 o o o o 117 3 11 1 o o o 118 3 16 1 o 1 1 119 2 7 1 o o o 120 3 9 1 o o o 121 3 10 1 o o o 122 I 3 9 1 o 1 1 123 3 15 1 o o o 124 3 12 1 o o o 125 , 2 4 o o o o 126 3 6 o o 1 1 127 3 9 1 2 1 1 128 3 6 1 3 1 1 129 3 7 1 o o 1 130 3 12 o o o o 1

Desvio-padrão 0.484234 3.90122 0.379 1.217213702 0.479463301 0.479463301 OMédia por internação 2.8 9.56667 0.8333 0.633333333 0.333333333 0.333333333 1Média por dia de internação 3.41668 0.2976 0.2261904 0.1190476 0.1190476 0.3571428Preço unitário 152.17 0.81 1.54 7.23 4.43 7.66 29.89Preço por dia de internação 2.76751 0.4583 1.635356592 0.527380868 0.911904616 10.6749983

Somatória das taxas 16.97546% em relação à Diária 11.15%

x~.

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 20 - Distribuição de materiais em internações para histerectomia total no hospital B.

CASO AGULHAS SERINGAS EQUIPOS SCALP ESPARADRAPO CORTADOR ALGODAO POVIDINE ALCOOL LUVAS GILETE GAZE1 10 14 1 1 10 1 10 10 10 4 1 102 11 11 1 o 10 1 10 10 10 4 1 o3 5 5 1 1 10 1 10 o 10 o o o4 16 16 1 1 30 1 10 10 10 4 1 o5 11 11 1 1 30 1 10 10 10 4 1 106 12 12 1 1 10 1 10 10 10 4 1 o7 9 5 1 1 10 1 10 10 10 2 1 458 10 10 1 1 10 1 10 o 10 o o 109 15 15 1 1 10 1 10 10 10 4 1 o

10 o 1 o o o 1 o 10 o 1 1 o11 7 8 1 1 10 1 10 10 10 2 1 1012 10 10 1 o 30 1 10 10 10 2 1 o13 11 11 1 1 30 1 10 10 10 4 1 o14 11 11 1 1 30 1 10 10 10 4 1 o15 16 16 1 1 30 1 10 o 10 2 o 1016 2 2 o o o o o 10 o 2 1 1017 11 11 1 o 10 1 10 10 10 4 1 1018 16 16 1 1 30 1 10 10 10 4 1 1019 7 7 1 1 10 1 10 o 10 o o 1020 9 9 1 1 10 1 10 10 10 2 1 o21 10 10 1 1 10 1 10 o 10 o o 4522 9 9 1 1 10 1 10 10 10 4 1 1023 15 15 1 1 10 1 10 10 10 4 1 1024 12 12 1 1 10 1 10 10 10 4 1 o25 4 4 o o o o o o o o o 4526 6 6 o o o o 10 o 10 o o o27 9 9 1 1 10 o 10 o 10 2 o 1028 6 6 1 1 30 1 10 10 10 4 1 4029 7 7 1 1 30 1 10 o 10 2 o 1030 13 12 1 1 30 1 10 o 10 2 o 10

Desvío-padrão 4.00287253 4.052670469 0.3457459 0.42018 11.05888107 0.345745004 3.05128577 4.794633015 3.0512858 1.59201 0.479463 14.102Média por lnternação 9.66666667 9.7 0.86666667 0.76667 15. 33333333 0.866666667 9 6.666666667 9 2.5 0.666667 5.5833Média por dia de internação 3.4523785 3.4642857 0.3005235 0.27381 5.4761003 0.3005235 3.21429 2.3800 3.2142857 0.89286 0.238003 1.9939

Preço unitário 0.15 0.36 3.91 1.44 0.01 0.75 0.02 0.03 0.02 0.17 0.46 0.04

Preço por dia de internaçao 0.51785678 1.247142852 1.21023689 0.39428 0.054761003 0.232142625 0.0642858 0.071427 0.0642857 0.15179 0.100523 0.0798

Somat6ria 4.19748617% em relação à Diária 2.76%

~:Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 21 - Distribuição das taxas para histerectomia total no Centro Cirúrgico do hospital B.

CASO PORTE DE TAXA DE SALA TX.ANEST. TX.PA TX. OXIMETRO TX.MONITOR TX. BISTURI EL. TX. SONO. G.·V. TX.RPA OXIGENIO1 3 1 1 1 1 1 1 1 12 3 1 o 1 1 o 1 1 13 3 1 1 1 1 1 1 1 24 3 1 1 1 1 1 1 1 35 3 1 1 1 1 1 1 1 36 3 1 1 1 1 1 o 1 17 3 1 1 1 1 o 1 1 28 3 1 1 1 1 1 1 1 19 3 1 1 1 1 1 1 1 1

10 3 1 1 1 1 1 1 1 211 3 1 1 1 1 1 1 1 212 3 1 1 1 1 o 1 1 313 3 1 1 1 1 1 1 1 114 3 1 1 1 1 1 1 1 215 3 1 1 1 1 1 1 1 116 3 1 1 1 1 o o 1 117 3 1 o 1 1 o 1 1 118 3 1 1 1 1 1 1 1 319 3 1 1 1 1 1 1 1 120 3 1 1 1 1 o 1 1 221 3 1 1 1 1 1 1 1 122 3 1 1 1 1 1 1 1 223 3 1 1 1 1 1 1 1 124 3 1 1 1 1 1 o 1 125 3 1 1 1 1 1 1 1 126 3 1 1 1 1 o 1 1 127 3 o 2 2 2 o 1 1 228 3 1 2 2 2 o 1 1 229 3 1 3 3 3 1 1 1 330 3 1 2 2 2 o 1 1 2

Desvio-padrão o 0.182574186 0.547722558 0.461133037 0.461133037 0.479463301 0.479463301 o 0.758008044Média por ato operatório 3 0.966666667 1.1 1.166666667 1.166666667 0.666666667 0.9 1 1.666666667Preço unitário 322.91 39.46 5.65 1.55 5.65 17.36 7.41 29.52 5.26Preço por ato operatório 322.91 38.14466667 6.215 1.808333333 6.591666667 11.57333333 6.669 29.52 8.766666667

Somatória das taxas extras 100.2886667% em relação à Taxa de Sala 33.85%

xx·Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 22 - Distribuição de materiais para histerectomia total no Centro Cirúrgico do hospital B.

120 20 20220 100 .200250 100 200 10130 100 10

200 100 10110 200 .100 10 10170 100 100 10 10150 100 50 50 10 10150 100 100 50

10 170 100 100 12 90 50150 100 ICO 90 10

10 100 50 1010 100 90 50

10 10 ic15 10 10 to16 12 10 io

10 20 to130 10C ro110 20 10 10

20 18 270 20 1020 200 1C

150 10 eo 1C10 20 ao 500 1C 10C 1C

24 110 io 170 500 1C 10C 1025 150 io 45 100 100 .,0026 150 io 10 45 100 100

20 250 20 75 200 100 10028 1: 20 10 io 45 10029 50 10C io 45 100 10030 50 16 150 100 .-"-00 90 .100

1.525225731 0.5149479 1.58451' 17.7983597 5.533596449 55.96: 179: 44.97754 !.55559015 151.5574 205.10 18. 1.8051558 '.1571967:IMéda por ato ooeratório 5.6333333 5.: !.666666' 14 179.666866. 106.6667 18.333333: 79.3333 30 96.1 100 4.IPreço unitário 3.91 4. 0.56 0.15 O.' !.58 0.01 1.02 0.01 0.04 0.01 0.01 0.01 1. 1.01 0.4-4 12.IPreço por ato operatórto 1.91 4. 3.154666, 0.795 1.653333: 36.12 .795655667 2.133333 .18: 5 . '33, 0.9551 8.496 13333333 0.4-4

ISomatóna c2S taxas extras 89.1556,I%em I deSata i.61%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 23 - Distribuição das diárias e taxas em internações para parto normal no hospital B.

CASO OlARIA IMlEV SORO TRICOTaM IA ENTEROCLISMA CURATIVOS TX.AOM. SaNAR1 2 1 1 1 O 3 O O2 2 1 O 1 O 3 O O3 2 1 O 1 O 3 O O4 2 4 1 1 O 2 O O5 1 1 O 1 O 2 O O6 2 3 1 1 O 2 O O7 2 3 1 1 1 2 O O8 3 1 O 1 1 3 O O9 2 1 O 1 O 3 O O

10 2 3 O O O 3 O O11 2 1 O 1 1 3 O O12 2 17 1 O O 2 O O13 2 O O 1 O 2 O O14 3 7 1 1 O 3 O O15 3 4 1 1 O 4 O O16 2 O O O O 2 O O17 2 7 1 1 1 2 O O18 2 2 O 1 1 2 O O19 2 2 1 1 O O O O20 2 3 O O 1 2 1 O21 2 O 1 1 1 2 1 O22 2 6 1 1 O 3 1 O23 3 O O 1 O 3 1 O24 2 10 1 1 O 2 1 O25 2 5 2 1 O 2 1 126 2 1 1 1 1 2 1 O27 3 1 1 1 1 3 1 O28 3 O 1 1 O 3 1 O29 1 O O 1 O 1 1 Oeo 2 9 1 1 O 2 1 O

Desvlo-padrão 0.507416 3.803205 0.5632 0.345745904 0.460C916 0.764890496 0.49013252 0.18257Média por ínternação 2.133333 3.133333 0.6 0.866666667 0.3 2.366666667 0.36666667 0.03333Média por dia de internaçao 1.468617 0.2813 0.4062532 0.1406252 1.1003892 0.1718745 0.01562Preço unitário 152.17 0.81 1.54 4.43 7.66 7.23 29.89 7.41Preço por dia de internação 1.189579 0.4331 1.799701676 1.077189032 8.020883916 5.13732881 0.11577

Somalória das taxas 17.77359% em relação à Diária 11.68%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.~.

Quadro 24 - Distribuição de materiais em internações para parto normal no hospital B.

CASO AGULHA SERINGA ABBOCATH EQUIPO SCALP ESPAR. GILETE GAZE ALGOoAo ANTIS. ÁLCOOL LUVAS CORTADOR MICROFIX sucçAo

1 1 1 o o o 30 1 30 o 10 o 2 o o o2 1 1 o o o o 1 30 o 10 o 2 o o o3 1 1 o o o o 1 40 o 10 o 4 o o o4 4 4 1 1 1 40 1 70 20 10 10 2 1 o o5 1 1 o o o o 1 30 o 10 o 2 o o o6 5 3 o 1 1 30 1 30 10 10 10 2 1 o o7 3 3 1 1 1 40 2 80 20 10 20 4 1 o o8 1 1 o o o o 1 40 o 10 o 4 o o o9 1 1 o o o o 1 30 o 10 o 2 o o o

10 3 3 o o o o o o o o o o o o o11 1 1 o o o o 1 40 o 10 o 4 o o o12 17 17 o o o 30 o 10 10 o 10 1 1 o o13 o o o 1 1 o 1 30 o 10 o 2 o o o14 7 7 o 1 1 30 1 30 10 10 10 2 1 o o15 4 4 o 1 1 10 1 30 10 10 10 2 1 o o16 o o o o o o 1 30 o 10 o 2 o o o17 7 7 o 1 1 30 1 40 10 10 10 4 1 o o18 2 2 o o o o 1 40 10 10 10 4 o o o19 2 1 o 1 1 10 1 30 10 10 10 2 1 o o20 3 3 o o o o o 10 10 o 10 2 o o o21 5 1 1 1 o o 1 40 o 10 o 4 o o o22 6 6 o 1 1 10 1 30 10 10 10 2 o o o23 o o o o o o 1 30 o 10 o 2 o o o24 10 10 o 1, 1 o 1 30 10 10 10 2 1 o o25 4 4 o 1 1 o 1 30 o 10 o 2 o 1 126 1 1 o 1 1 10 1 40 10 10 10 4 1 o o27 1 1 o 1 1 10 1 40 10 10 10 4 o o o28 2 2 o 1 1 30 1 30 10 10 10 2 1 o o29 o o o o o o 1 30 o 10 o 2 o o o30 9 9 o 1 1 10 1 40 10 10 10 2 o o o

Desvio-padrão 3.7287328 3.7424253 0.305128577 0.507416 0.50855 14.1259 0.36515 14.74 6.2145547 3.0513 5.683208 1.07479 0.490132518 0.182574186 0.1825742Média por internação 3.4 3.16666667 0.1 0.533333 0.5 10.6667 0.93333 33.67 6 9 5.666667 2.5 0.366666667 0.033333333 0.0333333Média por dia de internação 1.5937749 1.4843669 0.0468757 0.250038 0.23438 5 0.43749 15.79 2.8129395 4.2188 2.655979 1.17206 0.1718706 0.0156118 0.0156118Preço unitário 0.15 0.52 4.12 3.91 1.44 0.01 0.46 0.04 0.02 0.03 0.02 0.17 0.75 15.48 4.29Preço por dia de internação 0.2390662 0.77187079 0.193127884 0.977647 0.33751 0.05 0.20125 0.631 0.0562588 0.1266 0.05312 0.19925 0.12890295 0.241670664 0.0669746

Somatória 4.2746147% em relação á Diária 2.81%

~:Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 25 - Distribuição das taxas para parto normal no Centro Obstétrico do hospital B.

CASO TX. SALA TX.ANEST. TX. PA OXMETRO TX.MONITOR PRÉ:PARTO SOND.G.-V. TX. RPA OXIGENIO ASP. T RAX TX.SONAR RECUP. RN TX.IMlEV TX.SORO

1 3 1 1 1 1 o o 1 1 1 o 1 o o2 3 1 1 1 o o o 1 1 o o 1 o o3 3 1 1 1 o 1· o 1 1 o o 1 o o4 3 1 1 1 o o o 1 1 o o 1 o o5 3 1 1 1 o 1 o 1 1 o o 1 o o6 3 o 1 o o 1 o 1 1 o o 1 o o7 3 1 1 1 1 1 1 1 o 1 1 1 o o8 3 1 1 1 o 1 o 1 1 1 o 1 o o9 3 1 1 1 o o 1 1 1 o o 1 o o

10 3 1 1 1 o 1 1 1 1 O O 1 O O11 3 1 1 1 O 1 O 1 1 O O 1 O O12 3 1 1 1 O 1 1 1 O 1 1 1 O o13 3 1 1 1 O 1 O 1 1 O 1 1 O O14 3 1 O 1 1 1 1 1 1 1 O 1 O O15 3 1 1 1 O 1 o 1 1 O O 1 O O16 3 1 1 1 1 1 o 1 1 1 O 1 O O17 3 1 1 1 1 1 O 1 1 O o 1 6 118 3 1 1 1 1 1 1 1 1 O O 1 6 119 3 1 1 1 O 1 O 1 1 O O 1 O O20 3 1 o 1 O O O 1 1 1 O 1 5 121 3 1 1 O O 1 O 1 1 O O 1 O O22 3 1 1 1 O 1 1 1 1 1 O 1 O O23 3 1 1 1 O 1 1 1 1 1 1 1 7 124 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 O 1 4 125 3 1 1 1 O 1 1 1 1 O O 1 6 226 3 1 1 1 O 1 o O 1 O O O O O27 3 1 1 1 O 1 1 1 1 1 O 1 O O28 3 1 O 1 O 1 O 1 1 1 1 1 O O29 3 1 1 1 O 1 O 1 1 1 O 1 O O30 3 1 1 t o O O 1 1 1 O O O O

Desvio-padrão 0.182574186 0.30513 0.253708132 0.430183067 0.406838102 0.490132518 0.1825742 0.253708132 0.507416263 0.379049022 0.253708132 2.344962809 0.50400693Média por ato operatório 0.966666667 0.9 0.933333333 0.233333333 0.8 0.366666667 0.9666667 0.933333333 0.466666667 0.166666667 0.933333333 1.133333333 0.23333333Preço unitário 322.91 39.46 5.65 1.55 5.65 29.67 7.41 29.67 5.26 5.24 7.41 22.1 0.81 1.54Preço por ato operatório 38. 14466667 5.085 1.446666667 1.318333333 23.736 2.717 28.681 4.909333333 2.445333333 1.235 20.62666667 0.918 0.35933333

Somatória das taxas extras 131.622333% em relação à Taxa de Sala 40.76%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC. 1996.

Quadro 26 - Distribuição de materiais para parto normal no Centro Obstétrico do hospital B.

CASO EQUIPO ABBOCATH SERINGA AGULHA ALG. COMPRo ESPAR. ALCOOL ANTIS. LUVAS GAZES ELETRODOS ETER AGUAOXIG. BISTURI AMINOHOOK SONDAUR.1 1 1 4 4 50 12 50 100 300 6 45 5 100 100 1 o o2 1 1 3 3 30 4 100 50 o 1 45 5 100 100 1 o o3 1 1 6 4 50 8 50 100 o 3 45 5 100 100 o o o4 1 1 6 4 50 12 50 100 200 4 60 5 100 100 1 o o5 1 1 5 6 30 o 30 80 150 2 30 5 100 100 1 o o6 1 1 5 5 50 4 50 o 100 4 45 5 100 100 1 o o7 1 1 3 5 50 4 20 100 100 o 30 5 100 100 1 o oli 1 1 4 3 30 li 30 100 200 4 60 5 100 100 o o o9 1 1 3 3 30 4 100 50 o 1 45 5 100 100 o o o

10 1 1 5 5 50 4 100 50 250 1 45 5 100 100 1 o o11 1 1 6 4 50 8 50 100 100 5 45 5 100 100 1 o o12 1 1 3 4 50 4 20 o o o 15 5 100 100 1 o o13 1 1 3 4 10 li 10 100 300 4 75 5 100 100 1 o o14 o o 5 li o 12 140 100 140 8 45 5 100 100 1 o o15 1 1 6 5 50 16 150 100 150 8 75 5 100 100 1 o o16 1 1 6 4 50 8 50 o 100 1 30 3 o o 1 o o17 2 1 6 6 20 4 20 o 100 7 90 5 100 100 o 1 o18 1 4 5 5 30 4 30 o o 2 15 o o o 1 o o19 1 1 5 5 30 12 30 o 350 6 60 o o 100 1 1 o20 1 1 5 5 30 4 30 o o 2 15 o o o 1 o o21 1 1 3 3 50 8 50 100 150 5 45 o o o o o o22 1 o 4 4 30 12 30 o 250 6 60 o o 100 1 1 o23 1 1 3 3 50 8 50 50 200 4 45 o o 80 1 o o24 1 1 4 4 20 8 20 100 200 4 45 o o o 1 o o25 2 2 6 7 60 12 40 o 350 li 60 o o 100 1 1 126 1 1 6 6 50 4 50 100 100 1 60 o o 100 1 o o27 1 1 3 3 50 8 50 50 200 4 45 o o 80 1 o o28 1 1 6 4 50 36 50 100 100 1 45 o 50 o 1 o o29 1 1 3 5 50 4 50 50 200 4 60 o o 50 1 o o30 1 1 5 7 50 12 50 o 200 4 60 o o o 1 o o

Desvio-padrão 0.31984 0.63968383 1.2228664 1.302517 14.62 6.419797 33.8438 44.45843 104.24 2.3973 17.35 2.486977578 49.74 42.54679641 0.379049 0.345745904 0.182574186Média por ato operatório 1.03333 1.066666667 4.5666667 4.6 40 8.4 51.6667 56 149.67 3.6667 48 2.766666667 64.33 73.66666667 0.833333 0.133333333 0.033333333Preço unitário 3.91 4.12 0.56 0.15 0.02 2.58 0.01 0.02 0.01 1.77 0.04 1.77 0.01 0.01 0.39 4.51 0.44Preço por ato operatório 4.04033 4.394666667 2.5573333 0.69 0.8 21.672 0.51667 1.12 1.4967 6.49 1.92 4.897 0.643 0.736666667 0.325 0.601333333 0.014666667

Somatória 52.9157% em relação à Taxa de Sala 16.38%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 27 - Distribuição das diárias e taxas em internações para tratamento cirúrgico de varizes no hospital C

CASO OlARIA ADMISSAo TX.SORO SONDAGEM VES. TX.IM/EV1 1 1 1 o o2 1 1 1· 1 o3 1 1 1 o 14 1 1 2 o o5 1 1 1 o o6 1 1 1 o o7 1 1 1. o o8 1 1 1 o o9 1 1 1 o O10 1 1 1 O O11 1 1 1 O O

Desvio-pad rão O O 0.301511 0.301511345 0.301511Média por internação 1 1 1.090909 0.090909091 0.090909Média por dia de internação 1 1.025126 0.108459279 0.108459Preço unitário 199.2 33.2 4.98 7.47 2.49Preço por dia de internação 33.2 5.105127 0.810190812 0.270064

Somat6ria das taxas 39.385% em relação à Diária 19.77%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC. 1996.

Quadro 28 - Distribuição dos materiais em internações para tratamento cirúrgico de varizes no hospital C

CASO AGULHA SERINGA SCALP EQUIPO LUVAS COPO PULSEIRA ANTISSÉPTICO SONDA CORTADOR1 o 1 1 1 2 o 1 o o o2 1 1 o 1 1 o 1 150 1 o3 9 6 2 3 o 3 1 o o o4 O' 1 O 2 O O 1 O O 25 O O O O O O 1 O O O6 O 1 O O 3 1 1 O O 17 O 1 O O 1 3 1 50 O O8 1 1 O 1 5 4 1 O 1 O9 O 1 O O O 3 1 O O O10 O 1 O O 3 O 1 O O 111 3 4 O O O O 1 O O O

Desvio-padrão 2.723633936 1.747725795 0.646669791 1.009049958 1.689540013 1.61807967 O 46.22081389 0.404519917 0.6742Média por internação 1.272727273 1.636363636 0.272727273 . 0.727272727 1.363636364 1.272727273 1 18.18181818 0.181818182 0.363636Média por dia de internação 1.393636161 1.645643816 0.303889149 0.750754163 1.390795001 1.301506639 1 20.51840116 0.20037666 0.389517Preço unitário 0.09 0.31 1.08 3.46 0.25 0.01 1.54 0.0164 0.52 0.36Preço por dia de internação 0.125427255 0.510149583 0.328200281 2.597609405 0.34769875 0.013015066 1.54 0.336501779 0.104195863 0.140226

Somatória 6.043023978% em relação à Diária 3.40%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.~.

Quadro 29 - Distribuição das taxas para tratamento cirúrgico de varizes no Centro Cirúrgico do hospital C

CASO TX.SALA TX. ANEST. G. TX.PA TX. OXIMETRO TX.MONITOR OXIGENIO1 3 1 1 1 1 22 3 1 1 1 1 23 3 1 1 1 1 24 3 1 1 1 1 25 3 1 1 1 1 26 3 1 1 1 2 27 3 1 1 1 2 28 3 1 1 1 2 29 3 1 1 1 2 210 3 1 1 1 2 211 3 1 1 1 2 2

Desvio-pad rão o o o 0.522232968 oMédia por ato operatório 1 1 1 1.545454545 2Preço unitário 587.64 58.1 19.09 38.18 33.2 4.98Preço por ato operatório 587.64 58.1 19.09 38.18 51 :30909091 9.96

Somatória das taxas extras 176.63909% em relação à taxa de Sala 30.06%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.~:

Quadro 30 - Distribuição dos materiais para tratamento cirúrgico de varizes no Centro Cirúrgico do hospital C

EQijfpcf I JELCO SERlNOA I AGULHA ALO.ORT. COM~R. ADESIVO ATADURA AN1 .UVAS OAZES CANETA ESCOVA ELETRODOS I SONO' TEOADERM !TER FORMOL BIS1VRI OXIOENAD'16 100 6 se 10e

10 6 5 4( 1003 6 4( ic4 6 lC lC5 -5 4( 10e6 6 100 4( 100

50 100 5 6 Ice 4C 3 10ea 16 Ice 350 100 O 6 100 4C 3 Ice9 16 350 100 5 1 6 10e Ice10 16 100 350 100 5 6 100 4C 3 10e

16 35C 100 5 6 100 4C 3 10eO 0.30151 ).46' O O 46.7099 59.544 0.3015 O o 1.19087 _lc5075567Z o 0.30' 0.3015 1.50755' ).3015 O 41.0099766 16.8954001 o

IMédia DOr ato ooeratório 0.9' 4.0909' 4.7273 6 16 72.727 313.64 1.909 100 2.27273 0.9091 6.0909 5.454545 6.0909 72.727272~ 33.6363636 3 10e[PreÇo Uii!ti!rio l.46 3.09 1.31 0.09 0.27 1.27 ).0023 0.019 1.88 .021 7.5 0.52 22. 0.07 0.18 018 2.4 0.0088 0.0026 0.28 .001IPreço Dor ato ooeratório 3.46 2.8' 1.268' -6.4255 1.62 ·20.32 0.16727 7.02 5.9591 1.68 2.09 7.5 2.27273 1.36363636 0.52 20.455 ).4264 0.981818 1.0964 2.4 ).64 0.08745455 0.84 o.ie

ISomatória 85:552I % em relacâo à taxa de Sala

~.Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 31 - Distribuição das diárias e taxas em internações para tratamento cirúrgico de varizes no hospital C

CASO olARIA AOMISsAo

1 1 12 1 13 1 14 1 15 1 16 1 17 1 18 1 19 1 1

10 1 111 1 112 1 113 1 114 1 115 1 116 1 117 1 118 1 119 1 120 1 121 1 122 1 123 1 124 1 125 1 126 1 127 1 128 1 129 1 13) 1 1

Desvio-padrão O OMédia por internação 1 1Média por dia de internaçao 1Preço unitário 177.66 29.43Preço por dia de internação 29.43

Somat6rla 29.43% em relacão à Diária 16.56%

Fonte: Dados de uma emp~esa de seguro-saúde (anônima)

Quadro 32 - Distribuição dos materiais em internações para tratamento cirúrgico de varizes no hospital C

CASO AGULHA SERINGA SCALP EQUIPO LUVAS COPO PULSEIRA ANTISSÉPTICO BISTURI1 6 6 o 1 3 3 1 o o2 o 1 O O 2 O 1 O O3 3 4 O O 2 O 1 O O4 3 4 O O 2 O 1 O O5 3 5 O O 3 O 1 O O6 O 1 O O 3 1 1 O O7 O 1 O o 1 3 1 50 o8 1 1 O 1 5 4 1 O O9 O 1 O O O 3 1 O O

10 O 1 O O 3 O 1 O O11 3 4 O O O O 1 O O12 1 2 O O O O 1 O O13 1 1 O 1 2 O 1 O O14 O O O 1 5 1 1 O O15 O O O O 2 4 1 O O16 1 1 1 1 5 3 1 O O17 3 4 O 1 O O 1 O O18 1 1 O O 2 1 1 o O19 O O O O 2 3 1 o O20 O O O O O O 1 50 O21 O 1 O O 3 2 1 O O22 1 1 O O 2 3 1 O O23 O 1 O 1 3 O 1 O o24 1 2 O O 3 O 1 O 125 1 1 O O 1 2 1 O O26 19 7 1 1 3 O O O O27 O O O O 3 6 1 O O28 1 1 O O O 2 1 O O29 O 1 O O O O 1 50 Oso 4 4 O O 2 O 1 50 O

Desvlo-padrâo 3.588134981 1.9I:XXro742 0.253700132 O.449n6445 1.507071454 1.670914128 0.182574186 17.28729518 0.182574186Média_!=lorinternação 1.766666667 1.9 0.066666667 0.266666667 2.066666667 1.366666667 0.966666667 6.666666667 0.Cl33333333Média por dia de ínternação 1.766666667 1.9 0.066666667 0.266666667 2.066666667 1.366666667 0.966666667 6.666666667 0.Cl33333333Preço unitário 0.45 0.21 1.17 3.46 0.75 0.01 1.54 0.02 0.3Preço por dia de ínternação 0.7S6 0.399 0.078 0.922666667 1.55 0.013666667 1.488666667 0.133333333 0.01

Somat6ria 5.300333333% em relação à Diária 3.03%

Fonte: Dados de uma empresa de seguro-saúde (anônima)

Quadro 33 - Distribuição das taxas para tratamento cirúrgico de varizes no Centro Cirúrgico do hospital C

CASO TX.SALA TX. ANEST. G. TX.PA TX. OXiMETRO TX.MONITOR OXIG~NIO CAPNÓGRAFO1 5 1 1 1 2 2 o2 5 1 1 1 2 2 o3 5 1 1 1 2 2 o4 5 1 1 1 2 2 15 5 1 1 1 2 2 o6 5 1 1 1 2 2 O7 5 1 1 1 2 2 O8 5 1 1 1 2 2 O9 5 . 1 1 1 2 2 O

10 5 1 1 1 2 2 o11 5 1 1 1 2 2 O12 5 1 1 1 2 2 o13 5 1 1 1 2 2 o14 5 1 1 1 2 2 o15 5 1 1 1 2 2 o16 5 1 1 1 2 2 O17 5 1 1 1 2 2 o18 5 1 1 1 2 2 O19 5 1 1 1 2 2 O20 5 1 1 1 2 2 O21 5 1 1 1 2 2 O22 5 1 1 1 2 2 O23 5 1 1 ., 1 2 2 O24 5 1 1 1 2 2 O25 3 1 1 1 1 1 O26 5 1 1 1 2 2 O27 5 1 1 1 2 2 O28 5 1 1 1 2 2 O29 5 1 1 1 2 2 O30 5 1 1 1 2 2 O

Desvio-padrão O O O 0.182574186 0.991489207 0.182574186Média por ato operatório 1 1 1 1.966666667 1.966666667 0.033333333Preço unitário 103.14 17.01 33.75 5.13 9.1 28.89Preço por ato operatório 856.01 103.14 17.01 33.75 10.089 17.89666667 0.963

Somatória das taxas extras 182.848667% em relação à Taxa de Sala 21.36%

Fonte: Dados de uma empresa de seguro-saúde (anônima)

.

~.

Quadro 34 - Distribuição dos materiais para tratamento cirúrgico de varizes no Centro Cirúrgico do hospital C

CASO EQUIPO JELCO SERINGA AGUlHA. ALG.ORT. COMPRo ADESIVO ATADURA ANTI5. LUVAS GAZES CANETA ESCOVA ELETRODOS SONDA FLEBO. GORRO 'MlSl:ARA PRO.p~ TEGAOERM • FORMal BlsnJRI1 1 1 4 5 6 16 100 6 450 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 40 32 1 1 4 5 6 16 o 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 10 6 1 100 40 33 1 1 4 5 6 16 o 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 40 34 1 1 4 5 6 16 100 6 350 2 o 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 40 35 1 1 5 5 6 16 100 6 350 2 100 1 3 5 1 1 7 5 7 1 100 40 36 1 1 4 5 6 16 100 6 350 1 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 40 37 1 1 4 5 6 16 o 6 350 2 100 1 3 5 1 o 6 5 e 1 100 40 38 1 1 4 5 6 16 100 6 350 2 100 1 3 o 1 1 6 5 6 1 100 40 39 1 1 4 5 6 16 o 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 o 3

10 1 1 4 5 6 16 100 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 40 311 1 1 4 5 6 16 o 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 40 312 1 1 4 5 6 16 100 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 40 313 1 1 4 5 6 16 o 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 40 314 1 1 4 5 6 16 100 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 40 215 1 1 4 5 6 16 o 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 40 316 1 1 4 5 6 16 100 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 40 317 1 1 4 5 6 16 100 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 40 318 1 1 4 5 6 16 o 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 40 319 1 1 4 5 6 16 o 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 40 320 1 1 4 5 6 16 o 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 40 321 1 1 4 5 6 16 o 6 200 2 100 1 o 5 1 1 6 5 6 o 100 40 322 1 1 4 5 6 16 30 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 o 40 323 1 1 4 5 6 16 o 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 50 224 1 1 4 5 6 16 100 6 350 2 100 1 3 5 1 2 6 5 2 1 100 40 325 1 1 4 5 6 10 100 3 200 O 80 1 2 5 1 1 5 4 5 1 40 40 226 1 1 4 5 6 16 100 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 O 40 327 1 1 4 5 6 16 200 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 60 328 1 1 4 5 6 16 300 6 350 2 100 1 3 5 1 1 6 5 6 1 100 40 329 1 1 4 5 3 16 o 3 200 o 100 1 2 5 1 1 5 4 5 1 100 40 230 1 1 4 5 8 16 100 6 500 2 O 1 6 5 1 1 e 5 6 1 100 40 2

Desvio:pad'io O O 0.1825742 O 0.54772256 1.095445 71.132869 0.7611244 58.3292 0.53067 25.4522 O 0.827682 0.912870929 O 0.26261 0.31984 0.95952574 0.791478 0.182574186 27.131 8.502873 0.379049Méda DOr ato ooerat6rio 1 1 4.0333333 5 5.9 15.8 64.333333 5.8 343.333 1.83333 92.6667 1 2.933333 4.833333333 1 1 5.96667 5.1 5.833333 0.966666667 91.333 39.66667 2.833333Preco unitário 1.8 3.09 0.21 0.09 0.28 1.27 0.0012 1.17 0.016 0.88 0.0244 1.5 1 0.3 0.52 33 0.09 0.18 0.21 2.4 0.0088 0.0025 0.28

IPrece cor ato ooerat6rio 1.8 3.09 0.847 0.45 1.652 20.066 0.0772 6.786 5.49333 1.61333 2.26107 1.5 2.933333 1.45 0.52 33 0.537 0.918 1.225 2.32 0.8037 0.099167 0.793333

Scmatória 90.2355% em relacâc à Taxa de Sala 10.54%

Fonte: Dados de uma empresa de seguro-saúde (anônima) ~:

Quadro 35 - Distribuição das diária e taxas em internações para artroscopia cirúrgica do joelho no hospital D

CASO OlARIA IM/EV SORO TRICOTOMIA CURATIVO

1 1 1 1 1 12 1 1 1 1 13 1 1 1 1 14 1 1 1 1 15 1 1 1 1 16 1 1 1 1 17 1 1 1 o 18 1 2 1 1 19 1 3 1 1 1

10 1 1 1 1 111 1 1 o 1 112 1 1 o 1 113 1 2 1 1 114 1 1 1 1 115 1 1 1 1 116 1 2 1 o 117 1 o o o 118 1 3 1 1 o19 1 1 1 1 120 1 o 1 1 121 1 o 1 1 122 1 o 1 1 123 1 o 1 1 124 1 o 1 1 125 1 o 1 1 126 1 o o o 127 2 4 2 1 128 1 1 o 1 129 1 1 1 1 130 1 o 1 1 1

Desvio-padrão 0.182574 0.99943 0.4342 0.345745904 0.182574186Média por internação 1.033333 1.03333 0.8667 0.866666667 0.966666667Média por dia de internação 1 0.839 0.838736 0.9355134Preço unitário 156.23 1.82 2.66 3.81 8.43Preço por dia de internação 156.23 1.82 2.2317 3.19558416 7.886377962

Somatória das taxas 15.1337% em relação à Diária 9.67% ~.

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 36 - Distribuição dos materiais em internações para artroscopia cirúrgica de joelho no hospital D

CASO AGULHA SERINGA SCALP EQUIPO ESPARADRAPO ANTISSÉPTICO GAZE GILETE ATADURA LUVAS1 3 1 1 1 0.3 20 20 1 1 12 4 3 1 2 0.4 20 3) 1 1 13 2 1 1 1 0.3 20 20 1 1 14 2 1 1 1 0.3 20 20 1 1 15 3 1 1 1 0.3 20 20 1 1 16 2 1 1 1 0.3 20 20 1 1 17 2 1 1 1 0.3 20 20 1 1 18 5 2 1 1 0.3 20 20 1 1 19 6 3 1 2 0.3 20 20 1 1 1

10 2 1 1 1 0.3 20 20 1 1 111 2 1 o o o 20 20 1 1 112 2 1 o o o 20 20 1 1 113 4 2 1 2 0.3 20 20 1 1 114 2 1 1 1 0.3 20 20 1 1 115 2 1 1 1 0.3 20 20 1 1 116 4 2 1 1 0.3 20 20 1 1 117 o o 1 1 0.3 20 20 1 1 118 9 3 1 2 0.3 20 20 1 1 119 2 1 1 1 0.3 20 20 1 1 120 o o 1 1 0.3 20 20 1 1 121 o o 1 1 0.3 20 20 1 1 122 o o 1 1 0.3 20 20 1 1 123 o o 1 1 0.3 20 20 1 1 124 o o 1 1 0.3 20 20 1 1 125 o o 1 1 0.3 20 20 1 1 126 o o o o 0.2 20 20 o o 127 6 3 1 2 0.3 20 20 1 1 128 2 1 o o 0.4 20 20 1 1 129 2 1 1 1 0.3 20 20 1 1 130 o o 1 1 0.3 20 20 1 1 1

Desvío-padrão 2.180372213 0.980265036 0.345745004 0.56&S3417 0.083390785 o 1.825741858 0.182574186 0.182574186 oMédia por internaçao 2.266666667 1.066666667 0.866666667 1.033333333 0.283333333 20 20.33333333 0.966666667 0.966666667 1Média por dia de internação 2.19355 1.03222 0.8387 1 0.2741991 19.55463 19.6777 0.9354862 0.9354862 0.9677Preço unitário 0.3 1 5.93 4.43 0.8 0.0715 0.0255 0.34 1.07 1.37Preço por dia de ínternação 0.658065 1.03222 4.973491 4.43 0.21935928 1.398156'J45 0.50178136 0.318065308 1.cxm70234 1.325749

Somat6ria 15.85785722% em relação à Diária 10.15%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 37 - Distribuição das taxas para artroscopia cirúrgica de joelho no Centro Cirúrgico do hospital D

CASO PORTE TX. SALA TX.ANEST. TX.RPA TX. ASPIRADOR TX.MONITOR ARTROSCÓPIO OXIGÊNIO1 2 1 1 1 1.5 1 22 2 1 1 1 1.5 1 23 2 1 1 1 1.5 1 24 2 1 1 1 1 1 15 2 1 1 o 1 1 26 2 1 1 1 1 1 o7 2 1 1 1 1 1 o8 2 1 1 1 1.5 1 29 2 1 1 1 1 1 1

10 2 1 1 1 1.5 1 211 2 1 1 o 1.5 1 212 2 1 1 o 1 1 o13 2 1 1 1 1 1 o14 2 1 1 1 1 1 115 2 1 1 1 1 1 116 2 1 1 1 1 1 117 2 1 1 1 1 1 118 2 1 1 1 o 1 119 2 1 1 1 1.5 1 220 2 1 1 1 1 1 121 2 1 1 1 1.5 1 222 2 1 1 o 1.5 1 223 2 1 1 o 1.5 1 224 2 1 1 o 1.5 1 225 2 1 1 o 1.5 1 226 2 1 1 1 1 1 o27 2 1 1 1 1.5 1 o28 2 1 1 o 1 1 o29 2 1 1 o 1 1 o30 2 1 1 o 1 1 1

Desvio-padrão O O 0.479463301 0.334337568 O 0.833907848Média por ato operatório 1 1 0.666666667 1.183333333 1 1.166666667Preço unitário 181.83 42.6 39.05 11.6 25 37.5 9.63Preço por ato operatório 181.83 42.6 39.05 7.733333333 29.58333333 37.5 11.235

Somatória das taxas extras 167.7016667% em relacão à taxa de Sala 92.23%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 38 - Distribuição dos materiais para artroscopia cirúrgica do joelho no Centro Cirúrgico do hospital D

CASO EQUIPO JELCO SER. AGULHA ALG. aRT. ESPAR. GAZES ANTIS. ESCOVA GORRO ESMARCH MÁLHA ATA0. SHAVER CAT. NASAL CAN. MlCR. FLUXOR CORTo ELETR. BlST.1 1 1 6 6 5 1.4 55 130 3 6 2 1 3 1 1 1 1 1 3 12 1 1 3 3 5 1.6 75 130 3 6 2 1 4 1 1 1 1 1 3 13 1 1 6 6 5 1.4 75 130 3 5 2 1 4 1 1 1 1 1 3 14 1 1 6 6 5 1.7 115 130 3 6 2 1 4 1 1 1 1 1 3 15 1 1 4 3 3 0.9 75 130 3 6 2 1 3 1 1 1 1 1 3 16 1 1 6 6 3 1.1 120 130 3 6 O 1 4 1 1 1 1 1 3 17 1 1 3 3 5 1.6 115 130 3 6 2 1 4 1 1 1 1 1 3 18 1 1 6 6 5 1.6 85 130 3 6 2 1 4 1 1 1 1 1 3 19 1 1 2 3 3 0.9 75 130 3 6 2 1 3 1 1 1 1 1 3 110 1 1 6 6 3 1.4 75 130 3 5 2 1 4 1 1 1 1 1 3 111 1 1 4 4 3 0.9 75 130 3 6 2 1 3 1 1 1 1 1 3 112 1 1 3 3 5 1.6 125 130 3 6 2 1 4 1 1 1 1 1 3 113 1 1 4 4 3 1.4 75 130 3 6 2 1 4 1 1 1 1 1 3 114 1 1 4 3 3 0.9 75 130 3 6 2 1 3 1 1 1 1 1 3 115 1 1 6 6 5 1.4 75 130 3 5 2 1 4 1 1 1 1 1 3 116 1 1 3 3 5 1.6 85 130 3 5 2 1 4 1 1 1 1 1 3 117 1 1 6 6 5 1.8 80 130 3 6 2 1 4 1 1 1 1 1 3 118 1 1 7 6 5 1.4 85 130 3 6 2 1 4 1 1 1 1 1 3 119 1 1 5 6 5 1.6 115 130 3 6 2 1 4 1 1 1 1 1 3 120 1 1 5 5 5 1.6 115 130 3 6 2 1 4 1 1 1 1 1 3 121 1 1 6 6 5 1.4 95 130 3 5 2 1 5 1 1 1 1 1 3 122 1 1 3 3 3 0.9 75 130 3 5 2 1 2' 1 1 1 1 1 3 123 1 1 6 6 5 1.8 85 130 3 6 2 1 4 1 1 1 1 1 3 124 1 1 4 3 3 0.9 75 130 3 5 2 1 3 O 1 O O 1 3 125 1 1 6 6 3 1.3 55 130 3 6 2 1 3 O 1 1 1 1 3 126 1 1 4 3 3 0.9 55 130 3 5 2 1 3 1 O 1 1 1 3 127 1 1 5 6 3 1.6 55 130 3 6 2 1 3 1 O 1 1 1 3 128 1 1 4 3 3 1.3 85 120 3 6 2 1 5 O O 1 1 1 3 129 1 1 3 3 3 1.1 75 150 3 6 2 1 4 O O 1 1 1 3 130 1 1 6 6 5 1.5 75 150 3 5 2 1 5 1 O 1 1 1 3 1Desvio-padrão O O 1.363 1.449931 1.014832527 0.300287 19.7978 5.47723 O 0.46609 0.36514837 O 0.69149 0.3457459 0.379049022 0.182574186 0.182574 O O OMédia por ato operatório 1 1 4.733 4.633333 4.066666667 1.35 83.3333 131 3 5.7 1.93333333 1 3.73333 0.8666667 0.833333333 0.966666667 0.966667 1 3 1Preço unitário 4.43 7.03 1 0.3 0.46 0.82 0.024 0.0715 3.6 0.51 19.9 0.42 1.23 73.87 2.03 2.28 67.38 0.71 1.03 0.38

Preço por ato operatório 4.43 7.03 4.733 1.39 1.870666667 1.107 2 9.3665 10.8 2.907 38.4733333 0.42 4.592 64.020667 1.691666667 2.204 65.134 0.71 3.09 0.38

Somatória 226.3498% em relação à taxa de Sala 124.48%

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.~.

xxxvii

APÊNDICE 11

Quadro 41 - Distribuição dos componentes da conta hospitalar em internações por broncopneumonia no hospital A

CASO olARIAS TAXAS MATERIAIS MEDICAMENTOS GASOTERAPIA HM SAOT TOTAIS1 239.2 28.3 75.59 173.91 26.25 87.5 129.18 759.932 717.42 42.3 88.23 458.32 61.25 315 180.75 1863.273 358.71 44.48 94.64 163.46 42 140 66.93 910.224 597.85 61.74 134.83 211.82 29.75 210 129.4 1375.395 717.42 45.88 80.27 451.59 54.25 245 128.7 1723.116 521.76 45.32 77.04 152.12 28 175 99.49 1098.737 521.76 41.59 79.86 182.86 39.25 175 81.75 1122.078 521.76 32.33 55.58 123.46 22.75 210 90.35 1056.239 652.2 62.87 114.68 274.56 35 210 124 1473.3110 521.76 30.26 63.89 133.52 36.75 175 96.5 1057.6811 391.32 59.14 95.42 213.73 21 140 36 956.6112 326.13 25.14 48.21 105.38 18.2 112 32.8 667.8613 434.84 38.98 66.54 170.23 32.2 140 81.48 964.2714 869.68 91.88 216.62 382.44 44.8 280 73.88 1959.315 239.14 20.68 46.47 93.38 15.75 105 43.05 563.4716 391.32 36.2 71.07 142.27 29.75 175 73.75 919.3617 521.76 44.35 72.38 151.14 31.5 175 149.4 1145.5318 391.32 38.23 57.51 142.06 19.25 140 80.25 868.6219 913.08 110.95 218.18 388.44 38.5 315 228.09 2212.2420 391.32 28.6 48.16 120.93 22.75 140 73.75 825.5121 391.32 42.97 68.99 130.99 17.5 175 102.41 . 929.1822 260.88 24.87 47.57 94.18 12.25 140 107.25 68723 521.76 65.63 102.71 232.41 O 210 86.96 1219.4724 391.32 20.86 48.43 72.39 10.5 175 87.1 805.625 652.2 69.63 131.76 273.62 36.75 245 103.25 1512.2126 195.69 48.08 74.47 138.2 24.5 70 83.2 634.1427 260.92 46.7 97.03 193.74 17 87.5 113.4 816.2928 326.15 70.88 130.19 247.05 38.5 122.5 150.71 1085.9829 260.88 30.26 47.67 125.57 21 105 66.95 657.3330 434.84 140 71.83 167.89 30.8 140 74.68 1060.04

Desvio-padrão 184.0906638 26.7439583 43.53414601 102.92652 13.01997195 63.22321567 41. 44640324 413.5745129Média 464.5236667 49.63666667 87.52733333 197.0553333 28.59166667 171.15 99.18033333 1097.665

%CCH 42.32 4.52 7.97 17.95 2.6 15.6 9.04 100

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 42 - Distribuição dos componentes da conta hospitalar em internações por hipertensão arterial sistêmica no hospital A

CASO DIÁRIAS TAXAS MATERIAIS MEDICAMENTOS GASOTERAPIA HM SADT TOTAIS1 217.42 3.68 3.16 11.36 o 56 9 300.622 434.84 3.81 3.3 30.42 o 112 278.3 862.673 217.42 o 0.3 2.56 O 56 117.68 393.964 326.13 3.68 3.16 20.96 O 84 34.6 472.535 108.72 4.95 3.96 18.14 O 19.6 84.6 239.976 326.13 10.6 12.53 30.5 O 84 57.72 521.487 260.88 8.84 17.49 12.95 7 105 11.25 423.418 260.88 14.92 18.4 30.4 O 70 11.25 405.859 260.88 10.36 15.78 24.59 O 70 158.7 540.3110 1227.33 O 51.16 62.11 483 315 327.25 2465.8511 260.88 5.25 6.98 10.49 O 70 95 448.612 1723.4 2.19 123.16 87.63 O 560 698.45 3194.8313 652.2 86.5 134.84 204.53 O 175 57.5 1310.5714 130.46 13.54 21.38 50.89 O 35 62.5 313.7715 543.55 11.43 33.14 35.83 O 140 68 831.9516 326.13 8.76 13.97 12.79 O 84 190.48 636.1317 2045.56 7.36 85.94 91.98 O 589.4 1646.14 4466.3818 543.55 O 5.76 25.64 O 140 132.6 847.5519 326.13 14.54 18.08 42.89 O 140 191 732.6420 326.13 1.84 3.03 8.2 O 84 183.68 606.8821 326.13 4.95 6.02 17.21 O 84 164.03 602.3422 326.13 15.24 41.2 37.03 O 140 213.2 772.823 1131.49 O 109.07 134.26 416.07 448 488.26 2727.1524 260.88 4.42 5.54 11.22 O 70 11.25 363.3125 260.88 12.02 16.14 43.93 O 70 43.5 446.4726 260.88 32.33 49.52 108.4 O 140 146 737.1327 626.51 33.02 63.45 61.78 O 210 226.25 1221.0128 365.63 11.19 26.18 21.71 O 52.5 40 517.2129 260.88 8.84 12.95 17.49 7 105 11.25 423.41

Desvio-padrão 462.7563512 16.54838413 37.60324814 44.58455414 116.1515449 146.2078245 317.4299091 993.920956Média 494.4148276 11.5262069 31.22724138 43.72034483 31.48517241 148.5689655 198.6013793 959.5441379

%CCH 51.53 1.2 3.25 4.55 3.28 15.49 20.7 100

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

~.

Quadro 43 - Distribuição dos componentes da conta hospitalar em internações para parto cesárea no hospital B

CASO olARIAS TAXAS MATERIAIS MEDICAMENTOS GASOTERAPIA HM SADT TOTAIS1 890.28 608.31 189.44 153.13 6.32 1235 10 3092.482 593.32 609.12 158.19 226.73 o 1235 10 2832.363 593.32 608.71 173.81 189.93 6.32 1235 10 2817.094 593.32 601.8 82.69 116.04 6.32 1574 29.75 3003.925 890.28 597.02 191.25 72.73 6.32 1235 57.5 3050.16 684.84 654.09 168.78 113.5 6.32 787 148.75 2563.287 903.09 597.4 123.83 127.99 6.32 1235 10 3003.638 593.32 617.54 132.07 196.48 , o 1235 10 2784.419 890.28 626.99 169.47 106.75 6.32 1574 10 3383.8110 890.28 627.45 166.95 100.08 6.32 1235 10 3036.0811 593.32 595.07 116.95 93.27 o 1574 13.75 2986.3612 702.47 457.87 202.62 111.59 6.32 1235 10 2725.8713 890.28 611.22 122.04 112.27 6.32 1235 21.25 2998.3814 593.32 583.85 163.15 214.22 6.32 1574 10 3144.8615 617.06 642.4 189.22 160.3 6.32 1574 10 3199.316 593.32 594.1 153.07 118.89 6.32 1574 10 3049.717 821.8 651.82 196.54 113.87 6.32 1235 20 3045.3518 593.32 624.31 149.6 108.89 6.32 1574 10 3066.4419 593.32 606.47 150.17 94.22 6.32 1235 10 2695.520 903.09 615 140.41 102.79 6.32 1379 10 3156.6121 593.32 590.11 105.61 116.34 6.32 1235 10 2656.722 593.32 612.03 128.43 67.89 6.32 1235 10 2652.9923 890.28 640.14 162.55 127.02 6.32 1574 10 3410.3124 593.32 619.36 112.48 106.72 6.32 1235 10 2683.225 593.32 592.97 121.4 103.26 6.32 1235 10 2662.2726 903.09 627.24 256.09 76.57 6.32 1235 31.5 3135.8127 890.28 654.29 106.74 116.59 6.32 1235 25.5 3034.7228 593.32 622.6 150.17 134.22 6.32 1574 10 3090.6329 816.03 569.27 135.64 124.77 5.79 1574 13.75 3239.2530 816.03 683.55 154.74 204.93 5.79 904.5 10 2779.54

Desvio-padrão 140.0461906 37.80713729 35.74810706 41.39761242 1.921107679 205.6769793 26.51834786 222.8989793Média 723.5313333 611.4033333 152.47 127.066 ·5.652666667 1326.85 19.05833333 2966.031667

%CCH 24.4 20.61 5.14 4.28 0.19 44.74 0.64 100

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

Quadro 44 - Distribuição dos componentes da conta hospitalar em internação para tratamento cirúrgico de varizes no hospital B

CASO DIÁRIAS TAXAS MATERIAIS MEDICAMENTOS GASOTERAPIA HM SADT TOTAIS1 182.62 481.75 99 60.12 6.32 870 o 1699.812 365.24 464.29 122.44 88.61 6.32 870 o 1916.93 182.62 490.57 316.99 93.16 6.32 870 o 1959.664 182.62 461.87 80.38 12.01 6.32 870 o 1613.25 182.62 475.43 129.47 48.28 6.32 870 o 1712.126 182.62 475.43 134.99 41.68 6.32 870 o 1711.047 182.62 475.43 104.27 55.5 6.32 870 o 1694.148 362.24 481.66 98.33 68.48 6.32 870 o 1887.039 182.62 484.06 183.53 88.86 6.32 870 o 1815.3910 167.39 443.32 218.07 115.2 5.79 870 o 1819.7711 167.39 443.73 112.02 46.43 5.79 870 o 1645.3612 182.62 476.4 97.57 92.07 6.32 870 o 1724.9813 182.62 484.1 92.85 76.04 6.32 870 o 1711.9314 167.39 444.62 76.35 37.29 5.79 870 o 1601.4415 182.62 484.1 108.9 71.07 6.32 870 o 1723.0116 182.62 484.1 107.27 63.72 6.32 870 o 1714.0317 182.62 475.43 103.58 41.24 6.32 870 o 1679.1918 365.24 466.32 58.64 77.63 12.64 870 o 1850.4719 122.07 210.33 118.12 84.6 22.2 870 o 1427.3220 122.07 204.76 104.12 63.29 22.2 870 o 1386.4421 122.07 208.3 110.77 90.58 14.8 870 o 1416.5222 152.17 479.23 104.23 49.97 21.04 870 o 1676.6423 152.17 501.94 180.39 74.77 10.52 870 o 1789.7924 103.78 342.75 110.96 72.81 o 435 o 1065.325 152.17 434.63 128.75 31.72 o 870 o 1617.2726 304.34 461.76 116.74 79.53 5.26 870 o 1837.6327 152.17 469.56 83.59 57.68 5.26 870 o 1638.2628 152.16 391.7 111.02 61.8 10.52 435 o 1162.229 152.17 477.96 116.94 85.76 21.04 870 o 1723.8730 167.39 454.88 187.15 102.8 17.37 870 o 1799.59

Desvio-padrão 68.63339525 83.82642643 50.1400517 23.01817847 6.106399319 110.3630373 O 202.0601725Média 188.0353333 437.6803333 123.9143333 67.75666667 8.956666667 841 O 1667.343333

%CCH 11.28 26.24 7.43 4.06 0.54 50.45 O 100

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC. 1996.

Quadro 45 - Distribuição dos componentes da conta hospitalar em internações para histerectomia no hospital B

CASO OlARIAS TAXAS MATERIAIS MEDICAMENTOS GASOTERAPIA HM SADT TOTAIS1 365.24 534.04 193.14 152.87 6.32 867.5 90 2209.112 547.86 483.27 202.41 133.6 6.32 867.5 120 2360.963 365.24 559.25 257.45 127.94 6.32 867.5 120 2303.74 502.17 475.82 301.66 241.95 11.58 850 30 2413.185 502.17 483.24 311.17 291.3 17.37 850 60 2515.256 547.86 558.19 193.83 145.28 6.32 850 60 2361.487 547.86 496.83 250.95 164.11 12.64 867.5 90 2429.898 730.48 572.72 266.27 151.85 6.32 867.5 60 2655.149 730.48 569.36 290.74 350.17 6.32 867.5 30 2844.5710 365.24 511.85 171.44 80.55 12.64 867.5 120 2129.2211 547.86 537.03 245.61 126.25 18.96 640 30 2145.7112 547.86 521.55 217.09 135.46 6.32 867.5 90 2385.7813 547.86 536.93 214.5 104.71 12.64 867.5 90 2374.1414 547.86 516.7 222.86 148.93 6.32 867.5 150 2460.1715 547.86 494.89 213.38 130.11 12.64 867.5 150 2416.3816 365.24 513.79 210.71 91.66 6.32 867.5 150 2205.2217 547.86 509.75 208.67 187.76 6.32 867.5 120 2447.8618 547.86 506.13 152.69 103.82 12.64 867.5 60 2250.6419 488.28 ·181.6 201.54 69.12 14.8 771 48 1774.3420 488.28 182.74 190.52 75.04 14.8 771 120 1842.3821 366.21 213.64 255.9 141.44 16.28 962.5 30 1985.9722 366.21 211.79 224.47 140.05 24.42 962.5 157.5 2086.9423 366.21 179.19 184.07 98.83 22.2 962.5 24 183724 456.51 463.77 165.68 88.28 5.26 850 56 2085.525 456.51 450.81 297.7 188.41 10.52 680 24 2107.9526 456.51 495.07 175.96 128.29 10.52 680 94 2040.3527 456.51 499.97 175.54 118.84 15.78 680 28 1974.6428 502.17 429.8 110.87 120.8 O 850 35 2048.6429 456.51 464.61 309.89 104.23 10.52 850 48 2243.7630 304.34 467.42 139.3 72.34 O 850 96 1929.4

Desvio-pad rão 101.2555466 123.3128283 51.59618467 62.26082509 5.853942468 79.35680554 43.45849189 249.4713492Média 485.637 454.0583333 218.5336667 140.4663333 10.647 840.15 79.35 2228.842333

% CCH 21.79 20.37 9.8 6.3 0.48 37.7 3.56 100

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC,1996.

Quadro 46 - Distribuição dos componentes da conta hospitalar em internação para parto normal no hospital B

CASO olARIAS TAXAS MATERIAIS MEDICAMENTOS GASOTERAPIA HM SADT TOTAIS1 593.52 649.75 95.27 41.06 6.32 650 10 2045.922 537.85 341.79 65.38 163.34 6.32 650 10 1774.683 593.52 601.05 80.4 91.26 6.32 1359 10 2741.554 593.52 587.45 125.55 122.07 6.32 787 10 2231.915 593.52 758.45 ·61.27 83.09 6.32 650 10 2162.656 593.52 609.5 134.28 92.28 6.32 1359 10 2804.97 593.52 626.62 88.94 69.68 o 1359 10 2747.768 890.28 737.58 107.66 51.21 6.32 1359 18.75 3170.89 593.52 677.63 125 159.65 o 1359 36 2950.810 593.52 611.75 66.09 72.18 6.32 1065 10 2424.8611 199.12 233.07 96.3 74.69 14.8 258 31 906.9812 355.82 266.26 64.86 72.67 16.28 1058 38.75 1872.6413 544.02 556.83 71.23 55.32 5.79 1066.5 93.75 2393.4414 544.02 586.86 95.88 106.41 5.79 787 10 2135.9615 544.02 576.44 95.95 116.55 5.79 650 13.75 2002.516 544.02 496.17 69.54 79.04 5.26 787 8 1989.0317 779.42 582.72 139.06 91.18 5.26 650 11 2258.6418 247.28 528.18 71.5 45.8 5.26 787 8 1693.0219 494.56 515.92 83.53 54.8 5.26 787 8 1949.0720 947.88 751.29 346.08 159.31 13.36 845 45.4 3108.3221 494.56 521.66 70.31 57.11 5.26 1690 8 2846.922 494.56 565.61 117.08 45.39 5.26 1690 8 2925.923 741.84 586.87 96.9 112.93 5.26 1690 46.4 3280.224 1044.66 1083.63 293.79 223.21 5.26 1300 140.8 4091.3525 494.56 547.64 73.16 103.18 5.26 1690 8 2921.826 533.8 647.35 173.72 97.34 331.38 1690 124 3597.5927 494.56 567.47 81.43 99.71 5.26 466 8 1722.4328 1056.13 1520.14 188.88 150.26 10.52 478 97 3500.9329 494.56 571.1 91.08 84.07 5.26 1300 8 2554.0730 546.02 523.59 144.48 115.76 5.79 650 10 1995.64

Desvio-pad rão 194.5027523 228.1636086 65.00823688 42.16424904 59.42324842 426.8162479 36.60472207 680.8777166Média 592.39 614.3456667 113.82 96.35166667 17.264 1030.55 28.68666667 2493.408

%CCH 23.76 24.64 4.56 3.86 0.69 41.34 1.15 100

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.

••••••••••••................... --------------------~~

Quadro 47 - Distribuição dos componentes da conta hospitalar em internações para tratamento cirúrgico de varizes no hospital C

'f

CASO olARIAS TAXAS MATERIAIS MEDICAMENTOS GASOTERAPIA HM SADT TOTAIS1 199.2 774.39 141.28 123.02 9.96 1425 35 2707.852 199.2 781.86 141.31 152.41 9.96 1425 35 2744.743 199.2 781.86 166.15 162.25 9.96 1425 35 2779.424 101.26 779.37 126.24 123.34 9.96 1087.5 30 2257.675 199.2 774.39 116.71 99.22 9.96 1087.5 30 2316.986 177.66 1059.21 128.06 172.54 18.2 1174.5 32.4 2762.577 90.18 1059.21 110.65 167.99 18.2 587.25 32.4 2065.888 177.66 1059.21 145.99 172.11 18.2 1174.5 32.4 2780.079 177.66 1059.21 142.35 167.99 18.2 1174.5 32.4 2772.3110 177.66 1059.21 129.02 171.44 18.2 1174.5 32.4 2762.4311 177.66 1059.21 143.08 166.55 18.2 1174.5 32.4 2771.6

Desvio-pad rão 38.46617953 146.6812629 15.40997628 25.44640811 4.303199655 234.1458243 1.760165281 262.7507748Média 170.5945455 931.5572727 135.5309091 152.6236364 14.45454545 1173.613636 32.67272727 2611.047273

%CCH 6.53 35.68 5.19 5.85 0.55 44.95 1.25 100

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC. 1996.

Quadro 48 - Distribuição dos componentes da conta hospitalar em internações para tratamento cirúrgico de varizes no hospital C

CASO OlARIAS TAXAS MATERIAIS MEDICAMENTOS GASOTERAPIA HM SAOT TOTAIS1 177.66 1059.21 143.74 161.99 18.2 1174.5 32.4 2767.72 90.18 1059.21 158.27 189.48 18.2 587.25 32.4 2134.993 90.18 1059.21 143.68 166.55 18.2 587.25 32.4 2097.474 90.18 1088.1 138.47 166.55 18.2 587.25 32.4 2121.155 177.66 1059.21 141.63 164.1 18.2 1174.5 32.4 2767.76 177.66 1059.21 128.06 172.54 18.2 1174.5 32.4 2762.577 90.18 1059.21 110.65 167.99 18.2 587.25 32.4 2065.888 177.66 1059.21 145.99 172.11 18.2 1174.5 32.4 2780.079 177.66 1059.21 142.35 167.99 18.2 1174.5 32.4 2772.3110 177.66 1059.21 129.02 171.44 18.2 1174.5 32.4 2762.4311 177.66 1059.21 143.08 166.55 18.2 1174.5 32.4 2771.612 177.66 1059.21 142.87 163.74 18.2 1174.5 32.4 2768.5813 177.66 1059.21 146.57 162.58 18.2 1174.5 32.4 2771.1214 177.66 1059.21 172.68 163.58 18.2 1174.5 32.4 2798.2315 90.18 1059.21 142.45 164.68 18.2 587.25 32.4 2094.3716 90.18 1059.21 145.45 169.77 18.2 587.25 32.4 2102.4617 177.66 1059.21 146.69 166.24 18.2 1174.5 32.4 2774.918 90.18 1059.21 143.02 170.31 18.2 587.25 32.4 2100.5719 177.66 1059.21 142.74 173.2 18.2 1174.5 32.4 2777.9120 90.18 1059.21 137.76 146.24 18.2 587.25 32.4 2071.2421 177.66 1059.21 135.84 169.77 18.2 1174.5 32.4 2767.5822 90.18 1059.21 164.62 181.42 18.2 587.25 32.4 2133.2823 90.18 1059.21 166.73 170.77 18.2 587.25 32.4 2124.7424 177.66 1059.21 114.29 144.49 18.2 1174.5 32.4 2720.7525 177.66 1059.21 143.04 165.82 18.2 1174.5 32.4 2770.8326 90.18 1059.21 147.18 127.57 18.2 587.25 32.4 2061.9927 177.66 1059.21 162.59 212.71 18.2 1174.5 32.4 2837.2728 90.18 765.72 106.22 134.42 18.2 292.95 32.4 1440.0929 90.18 1059.21 175.85 194.86 18.2 587.25 32.4 2157.9530 177.66 1059.21 146.73 166.92 18.2 1174.5 32.4 2775.62

Desvio-pad rão 44.0905 54.0234 15.98946393 15.94402038 o 311.84 o 382.1545205Média 139.752 1050.39 143.6086667 167.2126667 18.2 910.215 32.4 2461.778333

%CCH 5.67 42.67 5.83 6.78 0.74 36.99 1.32 100

Fonte: Dados do uma empresa de seguro-saúde (anônima), 1996.

Quadro 49 ~Distribuição dos componentes da conta hospitalar em internações para artroscopia cirúrgica do joelho no hospital D

CASO olARIAS TAXAS, MATERIAIS MEDICAMENTOS GASOTERAPIA HM SADT TOTAIS1 312.46 376.74 310.19 107.19 o 525 o 1631.582 156.23 349.95 119.73 103.54 '19.26 560 o 1308.713 156.23 353.38 206.52 104.8 "19.26 560 o 1400.194 156.23 342.58 245.91 77.95 O 560 o 1382.675 156.23 315.04 232.94 74.17 o 525 o 1303.386 156.23 356.12 282.47 79.45 O 560 o 1434.277 156.23 350.81 236.62 96.2 9.63 560 o 1409.498 156.23 354.3 262.09 83.46 o 560 o 1416.089 312.46 356.12 288.44 72.74 9.63 560 o 1599.3910 156.23 366.8 252.72 99.11 19.26 560 o 1454.1211 156.23 349.11 182.12 99.11 19.26 560 o 1365.8312 78.12 368.62 284.07 107.53 19.26 525 o 1382.613 156.23 354.51 258.15 91.48 9.63 ·560 o 143014 156.23 339.27 198.73 109.94 19.26 560 o 1383.4315 156.23 354.3 246.93 83.52 o 560 o 1400.9816 78.12 354.3 285.68 83.52 o 262.5 o 1064.1217 156.23 366.8 282.86 108.72 19.26 560 o 1493.8718 156.23 368.62 295.08 85.45 24.74 560 o 1490.1219 156.23 366.8 280.12 106.07 26.58 560 16:4 1512.220 156.23 354.3 291.04 94.95 11.46 560 o 1467.9821 156.23 346.01 280.39 86.8 13.29 560 O 1442.7222 156.23 324.51 361.28 119.13 1.83 560 O 1522.9823 156.23 366.8 290.32 105.37 26.58 560 o 1505.324 156.23 364.98 288.61 104.8 26.58 560 30 1531.225 156.23 368.97 279.76 99.94 26.58 560 o 1491.4826 130.18 280.62 187.49 74.57 o 448 O . 1120.8627 130.18 281.27 179.09 79.5 o . 420 - 13.65 1103.6928 130.18 281.97 271.28 96.37 8.03 . 420 o 1207.8329 143.2 337.64 237.61 94.58 17.66 • 525 16.4 1372.0930 143.2 328.48 262.76 87.79 o 560 O 1382.23

Desvio-pad râo 46.72114708 26.03771031 48.0757757 12.54029361 10.1471917 64.91760693 7.02071422 134.262943Média 157.9643333 345.9906667 256.0333333 93.925 11.568 532.35 2.54833333 1400.37967

%CCH 11.28 24.71 18.28 6.71 0.83 38.01 0.18 100. .-,, .

Fonte: Dados do Plano de Saúde do IMPSBC, 1996.