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A Sociedade de Consumo

TU ÉS CONSUMIDOR,

TENS O DIREITO DE

ESCOLHER,

TENS O PODER E PODES

INFLUENCIAR!


O consumo consiste na acção realizada por todos nós, através da aquisição ou utilização de bens e serviços, que se encontram disponíveis no mercado, para satisfação das nossas necessidades.

Após a industrialização, criou-se uma mentalidade de que quanto mais se consome mais se tem garantias de bem-estar, de prestígio e de valorização, já que na actualidade as pessoas são avaliadas pelo que possuem e não pelo que são.



Vivemos numa sociedade de oferta de bens normalizados, produzidos a baixos custos, que resultam da produção em série, atractivos e de duração efémera, pois as necessidades de produzir e escoar são permanentes.

Muitas vezes a oferta excede a procura, o que implica o recurso a estratégias de Publicidade e Marketing para escoar a produção.




Produtos de “Ontem” e Produtos de “Hoje”

• Decisão de compra sempre racional;

• Proximidade entre o artesão e o consumidor;

• Técnicas de fabrico simples e evoluindo pouco;

• Pouca variedade de produtos;

• Longa duração, servindo geralmente várias gerações;

• Decisão de compra cada vez mais irracional, motivada, sobretudo, pelo matraquear publicitário;

• O fabrico cada vez mais afastado do consumidor, devido aos numerosos intermediários;

• Técnicas de fabrico cada vez mais sofisticadas e evoluindo rapidamente;

• Produtos numerosos e variados quanto à marca e qualidade;

• Duração cada vez mais curta e dificuldade de reparação;

Muitas vezes associado ao consumo, além do consumo responsável, surge também o consumismo.

O consumismo é um conjunto de comportamentos e atitudes susceptíveis de conduzir a um consumo sem critérios, compulsivo, irresponsável e perigoso. As pessoas procuram constantemente objectos novos sem que haja a necessidade dos mesmos.

Uma pessoa pode ser considerada consumista quando dá preferência ao shopping ou a qualquer outro tipo de passeio, fazer compras até que todo o limite de crédito que possuímos exceda, deixar de usar bens comprados há algum tempo, etc.



É importante salientar que nem todas as pessoas que consomem muitos supérfluos são consumistas. Pessoas com bom poder aquisitivo que não sacrificam suas vidas para ir às compras não são necessariamente consumistas compulsivos.

Pensar sobre as consequências do consumismo conduz-nos a preocupações que passam pela acentuação e agravamento das desigualdades sociais.



As 5 etapas do processo de consumo



O processo começa com um desejo ou uma necessidade e acaba com a avaliação dos bens e dos serviços que são consumidos. Nesta fase de avaliação um novo desejo ou necessidade pode surgir depois do processo começar, o que faz com que o processo comece do início.

Fase 1 - Tu tens um desejo ou uma necessidadeFase 2 - Tu recolhes informaçãoFase 3 - Tu fazes a tua escolhaFase 4 - Os teus direitos e responsabilidadesFase 5 - Tu avalias

Fase 1 - Tu tens um desejo ou uma necessidade



Fase 2 - Tu recolhes informação



Fase 3 - Tu fazes a tua escolha



Fase 4 - Os teus direitos e responsabilidades



Fase 5 - Tu avalias





Início Ana gosta de ouvir música e dançar. Ela quer comprar um leitor de CDs.

Informação Ela recebe informações da empregada da loja e dos amigos.

Escolha Com base na informação e nos seus desejos ela escolhe que leitor de CDs vai comprar.

Contrato Ela compra o leitor de CDs. Tem que pagar e ter cuidado com o leitor de CDs de acordo com a garantia que a loja lhe deu.

Avaliação Passado algum tempo ela avalia como é ter este leitor de CDs.



As sociedades modernas oferecem bens normalizados, produzidos a baixos custos atractivos e de duração efémera que resultam da produção em série.

É neste contexto, que a publicidade actua como garante da sobrevivência e manutenção do sistema, ao assegurar o escoamento (consumo) daquilo que se produz.

Assiste-se, hoje, a um desempenho reforçado e cada vez mais criativo da acção da publicidade sobre o quotidiano angustiado do seu público-alvo, onde não ter equivale a não ser.

Marketing e Publicidade



Os comportamentos consumistas ficam frequentemente a dever-se à enorme influência da publicidade em todos os grupos sociais. As atitudes que a publicidade veicula fazem passar, mais ou menos directamente, a mensagem de que a posse de determinado produto ou marca nos diferencia no sentido positivo.

Tudo isto nasce na sequência da expansão do fenómeno da Industrialização.



- É um consumo descontrolado que se deixa influenciar pelo marketing das empresas que comercializam tais produtos e serviços. É também uma característica do capitalismo e da sociedade moderna rotulada como a “sociedade do consumo”

- As compras podem assumir uma ligação com a frustração ou com a solidão

- O consumo compulsivo pode comprometer desde o equilíbrio emocional até o orçamento familiar

Consumo Irresponsável / Compulsivo



- O consumo pode funcionar para remediar carências, como por exemplo as dificuldades de relacionamentos. Diante de situações nas quais as pessoas se sentem ansiosas e frágeis, tentam preencher a falta de relações mais complexas, adquirindo objectos, já que esses não as rejeitam nem decepcionam.

- Ilusoriamente aumenta a auto estima.

Consumo Irresponsável / Compulsivo



As crianças são mais vulneráveis e influenciadas pela publicidade do que os adultos.Orientação dos pais:-esclarecer a criança que o importante é a personalidade do indivíduo e não aquilo que ele consome;- ensiná-los a consumir com consciência e responsabilidade, considerando a qualidade do produto e as necessidades a fim de não desperdiçar e sim de economizar.

MASO ser humano tem uma grande necessidade de aceitação, de pertencer a um grupo e o acto de consumir seria uma forma de inserção social, ou seja, para vivenciar este sentimento a criança “necessita” adquirir determinado brinquedo, certas marcas de ténis e de roupa…

Consumo Infantil



- Diante da insistência da criança para comprar algo, ser firme, porque a criança não sabe o que é melhor para ela;- Orientar a criança que antes de gastar o dinheiro é necessário ganhar;- Deixá-la participar do dia a dia da família, indo às compras ao supermercado;- Negociar com ela antes de sair quais os produtos que serão adquiridos.

Quando o pai é consumista tem grande possibilidade do filho também ser consumista. Se o pai economiza, planeia e investe naquilo que é fundamental, consegue passar esses valores para o seu filho.

Consumo Infantil - estratégias para os pais



- É consumir diferente – tendo no consumo um instrumento de bem estar e não um fim em si mesmo;

- É consumir solidariamente – buscando os impactos positivos do consumo para o bem estar da sociedade e do meio ambiente;

- É consumir sustentavelmente – deixando um mundo melhor para as próximas gerações.

Consumo Consciente



Receita para não cairmos no consumismo

-Distinguir o essencial do necessário e o necessário do supérfluo. -Por exemplo, para matar a sede precisamos de água, água portanto é essencial. Se estiver gelada mata a sede mais depressa. Portanto, água gelada é algo necessário. Agora água Perrier a 4 euros a garrafa, definitivamente é supérfluo. - A vida do consumista está abarrotada de supérfluos.

Perguntar honestamente Isto que estou a comprar é essencial?

Ou mesmo necessário? Posso continuar a viver sem isso?

Consumo Consciente



1) O Direito à Qualidade de Bens e Serviços

2) O Direito à Protecção da Saúde e à Segurança Física

3) O Direito à Formação, Educação para o Consumo

4) O Direito à Informação

5) O Direito à Protecção dos Interesses Económicos

6) O Direito à Prevenção e Reparação de Danos

7) O Direito à Protecção Jurídica e a uma Justiça Acessível e

Pronta

8) O Direito à Participação, por via representativa, dos seus

Direitos e Interesses

Direitos do consumidor presentes na Lei de Defesa do Consumidor



- Dever de solidariedade (organizar, intervir, proteger e promover os interesses colectivos dos consumidores)

- Dever de consciência crítica (questionar, emitir opiniões, tomar atitudes);

- Dever de agir (combater a passividade, ser capaz de intervir);

- Dever de preocupação social (ter consciência das repercussões das nossas opções de consumo, reconhecer grupos desfavorecidos);

- Dever de consciência ambiental (compreender as consequências ambientais do(s) consumo(s), e as responsabilidades pessoais e sociais na conservação dos recursos existentes);

Deveres do consumidor presentes na Lei de Defesa do Consumidor



Organizações de defesa do consumidor

Os consumidores começaram a tomar consciência da sua fragilidade em relação à forte pressão comercial exercida e reconheceram a necessidade de se associarem para se protegerem e garantirem os seus interesses. Assim nasceram as associações de consumidores.

Em Portugal existem as seguintes organizações de defesa do consumidor:

- Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO);- UGT- Consumidores (sindicato);- Federação Nacional das Cooperativas de Consumo (FENACOOP).

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