constituição de rondônia

134
administrativa do texto constitucional promulgado em 28 de setembro de 1989 com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais nºs 01/1990 a 24/2002. ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

Upload: thiago-reis

Post on 19-Oct-2015

39 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • administrativa do texto constitucional promulgado em 28de setembro de 1989 com as alteraes adotadas pelasEmendas Constitucionais ns 01/1990 a 24/2002.

    ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DOESTADO DE RONDNIA

    CONSTITUIO ESTADUAL

  • 22

    MESA DIRETORABinio 2001/2002

    PresidenteNATANAEL SILVA

    1 Vice-PresidenteCARLO OLIVEIRA

    2 Vice-PresidenteEDZIO MARTELLI

    1 SecretrioCHICO PARABA

    2 SecretrioKAK MENDONA

    3 SecretrioRENATO VELOSO

    4 SecretrioJOO DA MULETA

  • 33

    SUMRIO

    PREMBULO ........................................................................................................... 7Ttulo I - DA ORGANIZAO DO ESTADO

    CAPTULO I - DISPOSIES PRELIMINARES ........................................ 9CAPTULO II - DA COMPETNCIA DO ESTADO .................................... 10CAPTULO III - DA ADMINISTRAO PBLICA

    Seo I - Disposies Preliminares............................................................ 12Seo II - Dos Servios Pblicos................................................................. 13Seo III - Dos Servidores Pblicos Civis ..................................................14Seo IV - Dos Servidores Pblicos Militares ...........................................16Seo V - Das Regies Administrativas....................................................18

    Ttulo II - DOS PODERES DO ESTADOCAPTULO I - DO PODER LEGISLATIVO

    Seo I - Disposies Preliminares..............................................................18Seo II - Da Competncia da Assemblia Legislativa............................19Seo III - Das Atribuies da Assemblia Legislativa...........................22Seo IV - Dos Deputados............................................................................23Seo V - Das Comisses ...............................................................................25Seo VI - Do Processo Legislativo...........................................................26

    Subseo I - Da Emenda Constituio........................................................ 26Subseo II - Das Leis .................................................................................... 27

    Seo VII - Da Fiscalizao Financeira e Oramentria........................29Subseo I - Disposies Preliminares ........................................................... 29Subseo II - Do Tribunal de Contas do Estado............................................. 29

    CAPTULO II - DO PODER EXECUTIVOSeo I - Do Governador e do Vice-Governador......................................33Seo II - Das Atribuies do Governador do Estado..............................35Seo III - Da Responsabilidade do Governador do Estado..................36Seo IV - Dos Secretrios de Estado ........................................................37Seo V - Do Conselho de Governo.............................................................38

    CAPTULO III - DO PODER JUDICIRIOSeo I - Disposies Preliminares..............................................................39Seo II - Da Competncia dos Tribunais ..................................................42Seo III - Do Tribunal de Justia.............................................................42

    Subseo I - Do Controle de Constitucionalidade .......................................... 44Seo IV - Dos Juizes de Direito...................................................................45Seo V - Dos Tribunais do Jri..................................................................45Seo VI - Dos Conselhos de Justia Militar...........................................45Seo VII - Dos Tribunais e Juizados Especiais.......................................45

    Subseo I - Dos Juizados Especiais .............................................................. 45Subseo II - Dos Juizes de Paz ..................................................................... 46

  • 44

    CAPTULO IV - DAS FUNES ESSENCIAIS JUSTIASeo I - Do Ministrio Pblico...................................................................46Seo II - Da Procuradoria-Geral do Estado............................................48Seo III - Da Defensoria Pblica ...............................................................48

    Ttulo III - DA ORGANIZAO DOS MUNICPIOSCAPTULO I - DO MUNICPIO

    Seo I - Disposies Preliminares..............................................................49Seo II - Da Competncia dos Municpios...............................................49Seo III - Da Interveno dos Municpios................................................50Seo IV - Da Autonomia dos Municpios..................................................51

    Ttulo IV - DO SISTEMA TRIBUTRIO ESTADUALSeo I - Dos Princpios Gerais ...................................................................53Seo II - Das Limitaes do Poder de Tributar.......................................53Seo III - Dos Impostos dos Municpios...................................................54Seo IV - Dos Oramentos...........................................................................55

    Ttulo V - DOS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOSCAPTULO I - DA LIBERDADE DE CONSCINCIA ...................................57CAPTULO II - DA FAMLIA, DA CRIANA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO................................................................................57CAPTULO III - DA SEGURANA PBLICA

    Seo I - Disposies Preliminares..............................................................58Subseo I - Da Polcia Civil...........................................................................59Subseo II - Da Polcia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar................60

    Ttulo VI - DA ORDEM ECONMICA E SOCIALCAPTULO I - DA ORDEM ECONMICA

    Seo I - Dos Objetivos..................................................................................61Seo II - Da Poltica Urbana......................................................................64Seo III - Da Poltica Agrcola...................................................................64Seo IV - Da Poltica Fundiria.................................................................66Seo V - Da Poltica Industrial ...................................................................68Seo VI - Dos Recursos Minerais...............................................................69Seo VII - Do Turismo ..................................................................................70

    CAPTULO II - DA ORDEM SOCIALSeo I - Da Educao...................................................................................71Seo II - Da Cincia e Tecnologia.............................................................74Seo III - Da Cultura ....................................................................................75Seo IV - Do Desporto e do Lazer..............................................................77Seo V - Do Meio Ambiente ........................................................................78Seo VI - Do ndio.........................................................................................82

    CAPTULO III - DA SEGURIDADE SOCIALSeo I - Disposies Preliminares..............................................................82Seo II - Da Sade ........................................................................................83

  • 55

    Seo III - Da Assistncia Social..................................................................87Seo IV - Da Previdncia Social ................................................................88

    Ttulo VII - DAS DISPOSIES CONSTITUCIONAIS GERAIS................ 89DAS DISPOSIES CONSTITUCIONAISTRANSITRIAS....................... 94EMENDAS CONSTITUCIONAIS.....................................................................102

  • 66

  • 77

    PREMBULO

    Os Deputados Constituintes do Estado de Rondnia, afirmando o propsito deassegurar os princpios de liberdade e justia, de favorecer o progresso scio-econmico e cultural, estabelecer o exerccio dos direitos sociais e individuais, oimprio da lei, com fundamento nas tradies nacionais, estimulando os ideais deliberdade, de segurana, bem-estar, igualdade e fraternidade, como valoressupremos de uma sociedade pluralista e sem preconceitos, promulgam, sob aproteo de Deus, a seguinte

  • 88

  • 99

    CONSTITUIO DO ESTADO DE RONDNIA

    Ttulo IDA ORGANIZAO DO ESTADO

    Captulo IDISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1 - O Estado de Rondnia, parte integrante e autnoma da RepblicaFederativa do Brasil, reger-se- por esta Constituio e pelas leis que adotar,observados os princpios estabelecidos pela Constituio Federal.

    Pargrafo nico - Todo o poder emana do povo, que o exerce diretamente oupor meio de representantes eleitos, nos termos da Constituio Federal e destaConstituio.

    Art. 2 - So smbolos do Estado a bandeira, o hino e o braso, em uso na data dapromulgao desta Constituio e outros que a lei venha a estabelecer.

    Art. 3 - O territrio do Estado de Rondnia tem como limites os estabelecidospela lei.

    Art. 4 - A Capital do Estado a cidade de Porto Velho.

    Art. 5 - Incluem-se entre os bens do Estado:I - os que a ele pertenciam na data da promulgao desta Constituio;II - no seu territrio, as guas superficiais ou subterrneas fluentes,

    emergentes e em depsito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentesde obra da Unio;

    III - as ilhas fluviais e lacustres localizadas em seu territrio e que no sesituem na zona limtrofe com outro pas e no pertencentes Unio;

    IV - as terras devolutas, no pertencentes Unio;V - outros bens e direitos que venha a incorporar ou adquirir, a qualquer

    ttulo.Pargrafo nico - Os bens do Estado no podem ser objeto de doao, venda,

    aforamento ou cesso de uso, seno em virtude da lei que disciplinar o seuprocedimento.

    Art. 6 - O Estado divide-se poltica e administrativamente em Municpios,autnomos nos limites constitucionais.

  • 10

    10

    1 - Podero ser institudas, mediante lei complementar, regiesmetropolitanas, aglomeraes urbanas e microrregies, constitudas poragrupamentos de Municpios limtrofes, para integrar a organizao, oplanejamento e a execuo de funes pblicas de interesse comum.

    2 - Ser institudo, mediante lei complementar, zoneamento scio-econmico e ecolgico.

    Art. 7 - So Poderes do Estado, independentes e harmnicos entre si, oLegislativo, o Executivo e o Judicirio.

    Pargrafo nico - Salvo as excees previstas nesta Constituio, vedado aqualquer dos Poderes delegar atribuies, no podendo, quem for investido emcargo de um deles, exercer o de outro.

    Captulo IIDA COMPETNCIA DO ESTADO

    Art. 8 - Ao Estado compete exercer, em seu territrio, todos os poderes que,implcita ou explicitamente, no lhe sejam vedados pela Constituio Federal,especialmente:

    I - zelar pela guarda da Constituio, das leis e das instituiesdemocrticas e conservar o patrimnio pblico;

    II - legislar sobre:a) o cumprimento desta Constituio;b) a criao, organizao e administrao dos seus servios;c) os assuntos que no estejam constitucionalmente atribudos a outra

    esfera de poder;III - organizar seus poderes e administrao;IV - instituir e arrecadar os tributos de sua competncia, bem como aplicar

    suas rendas e prestar contas;V - organizar e prestar os servios pblicos estaduais;VI - firmar acordos e convnios com a Unio, os Municpios, os demais

    Estados e entidades, para fins de cooperao intergovernamental, execuo de leis,servios, decises, assistncia tcnica ou aplicao de recursos;

    VII - estabelecer e executar planos regionais de desenvolvimento;VIII - promover o bem estar social;IX - estimular e organizar atividade econmica;X - planejar a economia estadual;XI - difundir o ensino;XII - cuidar da sade pblica, assistncia social e proteo das pessoas

    portadoras de deficincia;

  • 11

    11

    XIII - proteger documentos, obras e outros bens de valor histrico, artsticoe cultural, monumentos, paisagens naturais notveis e stios arqueolgicos;

    XIV - coibir a evaso, destruio e a descaracterizao de obras-de-arte ede outros bens de valor histrico ou cultural;

    XV - proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suasformas;

    XVI - preservar as florestas, a fauna, a flora e a bacia hidrogrfica daregio;

    XVII - fomentar o abastecimento e a produo agro-silvi-pastoril, atravsde pesquisa, assistncia tcnica e extenso rural;

    XVIII - promover os programas de construo de moradias e melhoria dascondies habitacionais e de saneamento bsico, tanto no meio urbano quanto nazona rural, diretamente ou em convnio com as Prefeituras;

    XIX - promover a integrao social dos setores desfavorecidos,identificando-os e combatendo as causas da pobreza e os fatores damarginalizao;

    XX - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direito de pesquisae explorao de recursos hdricos e minerais em seu territrio;

    XXI - estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana dotrnsito e ecologia nas escolas de ensino fundamental e mdio;

    XXII - estabelecer poltica de orientao ao planejamento familiar.

    Art. 9 - Compete, ainda, ao Estado legislar, de forma concorrente, respeitadas asnormas gerais da Unio, sobre:

    I - direito tributrio, financeiro, penitencirio, econmico e urbanstico;II - oramento;III - custas dos servios forenses;IV - produo e consumo;V - juntas comerciais;VI - florestas, caa, pesca, fauna e conservao da natureza, defesa do solo

    e dos recursos naturais, proteo ao meio ambiente e controle da poluio;VII - proteo ao patrimnio histrico, cultural, artstico, turstico e

    paisagstico;VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens

    e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico, paisagstico e cultural;IX - educao, cultura, ensino, desporto e lazer;X - criao, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;XI - previdncia social, proteo e defesa da sade;XII - assistncia jurdica e defensoria pblica;XIII - proteo e integrao social das pessoas portadoras de deficincia;XIV - proteo criana, ao jovem e ao idoso;

  • 12

    12

    XV - organizao, garantias, direitos e deveres da Polcia Civil;* XVI - organizao, efetivos, garantias, direitos e deveres da Polcia Militare do Corpo de Bombeiros Militar.1

    Pargrafo nico - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, a competncia doEstado plena para atender as suas peculiaridades.

    Art. 10 - Ao Estado vedado:I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes

    o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relaes dedependncia ou aliana, ressalvada, na forma da lei, a colaborao de interessepblico;

    II - recusar f aos documentos pblicos;III - criar distines entre brasileiros.

    * IV - interromper obras iniciadas em gesto anterior.2

    Captulo IIIDA ADMINISTRAO PBLICA

    Seo IDisposies Preliminares

    Art. 11 - A administrao pblica direta, indireta ou fundacional de qualquer dosPoderes do Estado obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade e ao disposto no art. 37 da Constituio Federal e nestaConstituio.

    1 - O servidor pblico estadual, quando em exerccio de mandato eletivo,receber o tratamento previsto no art. 38 da Constituio Federal.* 2 - No pagamento das obrigaes relativas ao fornecimento de bens,locaes, realizao de obras e prestao de servios, inclusive de servidores eempregados pblicos, a Administrao Pblica dever obedecer estrita ordemcronolgica das datas de suas exigibilidades.

    I - a ordem cronolgica somente poder ser desobedecida ocorrendorelevantes razes de interesse pblico e mediante prvia autorizao legislativa.

    3. O disposto no 2 e inciso I, aplicam-se aos rgos da administraodireta, indireta e fundacional de qualquer dos Poderes do Estado, inclusive s

    1Redao dada pela Emenda Constitucional n 06/96.

    2 Acrescido pela Emenda Constitucional n 21/01.

  • 13

    13

    empresas pblicas e s de economia mista em cujo quadro de acionistas o Estadode Rondnia tenha maioria das aes.3

    Art. 12 - Nenhum servidor poder ser diretor ou integrar conselho de empresafornecedora do Estado, ou que realize qualquer modalidade de contrato com oEstado, sob pena de demisso do servio pblico, salvo quando o contratoobedecer a clusulas uniformes.

    Art. 13 - Os Poderes do Estado, os Municpios e rgos vinculados, ao final doexerccio financeiro, faro publicar em Dirio oficial a relao nominal de seusservidores ativos e inativos, onde constar o cargo, emprego ou funo e a lotao.

    Art. 14 - A autoridade que, ciente do vcio invalidador do ato administrativo,deixar de san-lo, incorrer nas penalidades da lei por omisso, sem prejuzo dassanes previstas no art. 37, 4 da Constituio Federal, se for o caso.

    Seo IIDos Servios Pblicos

    Art. 15 - Os servios pblicos em geral, no interesse da coletividade e necessrios melhoria das condies de vida da populao, sero disciplinados na forma daConstituio e executados pelo Estado e pelos Municpios.

    Pargrafo nico - Para os fins dispostos neste artigo sero consideradosservios pblicos sob a administrao estadual e com estruturas administrativasprprias: estradas, servios de navegao, documentao e arquivo, energiaeltrica, habitao popular, transporte coletivo e saneamento bsico.

    Art. 16 - Diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, o Estado e osMunicpios prestaro os servios pblicos, atravs de licitao, estabelecendo:

    I - o carter especial dos contratos, de sua prorrogao, das condies decaducidade, de sua fiscalizao e resciso;

    II - a poltica tarifria, do equilbrio econmico e financeiro do contrato esua compatibilizao com a qualidade dos servios;

    III - os direitos dos usurios;IV - a obrigao de manter o servio adequado;

    1 - As empresas concessionrias e permissionrias de servios pblicossujeitam-se ao permanente controle e fiscalizao do Poder Pblico, cumprindo-lhes manter adequada execuo dos servios e a plena satisfao dos usurios.

    3 Acrescido pela Emenda Constitucional n 21/01.

  • 14

    14

    2 - Lei municipal criar, quando assim exigir o interesse pblico, umConselho Municipal Tarifrio, com a incumbncia de fiscalizar, deliberar enormatizar a poltica tarifria municipal.

    3 - A explorao direta da atividade econmica pelo Estado e pelosMunicpios, ressalvados os casos previstos nesta Constituio, s ser permitidaquando for de relevante interesse coletivo.

    4 - O Estado e os Municpios, na delegao dos transportes coletivos,impediro o monoplio nocivo ao interesse pblico.

    5 - A privatizao de empresa estatal de qualquer espcie depender semprede prvia autorizao da Assemblia Legislativa.

    Art. 17 - O Municpio garantir s pessoas, a partir de sessenta e cinco anos e sportadoras de deficincia fsica, a gratuidade dos transportes coletivos urbanos.* Pargrafo nico - Lei dispor sobre adaptao dos logradouros, dos edifcios,dos aparelhos telefnicos pblicos e dos veculos de transportes coletivos, a fimde garantir o acesso s pessoas portadoras de deficincia fsica.4

    Art. 18 - A descentralizao dos servios pblicos estaduais depender deplanejamento conjunto, sendo necessariamente criado por lei, mediante:

    I - anlise sobre a execuo das tarefas comuns;II - incluso do projeto no planejamento de abrangncia territorial, onde

    dever ser executado;III - estudo de custo-benefcio;IV - participao dos Municpios envolvidos no desenvolvimento do

    projeto;V - obrigatoriedade de concurso para o ingresso de pessoal no servio

    pblico, excetuando-se apenas os cargos de direo superior.

    Art. 19 - Incumbe ao Poder Pblico assegurar, na prestao direta ou indireta dosservios pblicos, a efetividade:

    I - dos requisitos, entre outros, de eficincia, segurana e continuidade dosservios pblicos e de preo, em tarifa justa e compensvel;

    II - de uso e ocupao temporria de bens e servios, na hiptese decalamidade pblica, respondendo pelos danos e custos decorrentes;

    III - prvia e justa indenizao no caso de retomada ou encampao dosservios pblicos delegados.

    Seo IIIDos Servidores Pblicos Civis

    4 Redao dada pela Emenda Constitucional n 09/99.

  • 15

    15

    Art. 20 - Os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e dasfundaes pblicas tero regime jurdico nico e planos de carreira estabelecidosem lei.

    1 - Fica assegurada aos servidores da administrao direta isonomia devencimentos para cargos de atribuies iguais ou assemelhados do mesmo Poder,ou entre servidores dos Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio, ressalvadas asvantagens de carter individual e as relativas natureza ou ao local de trabalho.

    2 - Aplicam-se aos servidores pblicos civis estaduais as normas dos arts.39, 40 e 41 da Constituio Federal e as desta Constituio.

    3 - As garantias expressas no 1 do art. 41 da Constituio Federal soextensivas ao servidor pblico estadual no estvel que esteja no exerccio demandato eletivo, ou em diretoria de entidade sindical ou associativa,representativa da categoria de servidor pblico, sem prejuzo da remuneraointegral, a qualquer ttulo, devida pelos Poderes do Estado, no podendoultrapassar a quatro membros por diretoria.

    4 - Os servidores eleitos para dirigentes sindicais ficam disposio do seusindicato, com nus para o rgo de origem, na proporo de um para cadaquinhentos servidores na base sindical.

    5 - vedada a transferncia do servidor pblico que esteja em efetivoexerccio de mandato eletivo junto entidade sindical de sua categoria, salvoquando requerida pelo servidor.* 6 - Constituir crime de responsabilidade do titular de poder ou responsveladministrativo de rgo, autarquia ou fundao, a reteno dolosa da remuneraodo servidor.5

    7 - O Estado prover seguro contra acidente de trabalho, e a legislaoprpria estabelecer os casos de indenizao ao servidor acidentado.* 8 - O servidor pblico, ao completar 25, 30 ou 35 anos, na forma da lei, deefetivo exerccio, ao se aposentar, receber um aumento de gratificaoequivalente a vinte por cento, dos seus vencimentos ou remunerao, ou ascender classe imediatamente superior, se houver.

    9 - O salrio mnimo dos diplomados pelos cursos superiores mantidospelas Escolas de Engenharia, de Qumica, de Arquitetura, de Zootecnia, deAgronomia e de Veterinria fixado em nove vezes o piso nacional de salrio ouseu equivalente.6

    * 10 (inconstitucional)7

    5 Adin 132-9 (S/Liminar)6 Adin 105-1. A eficcia dos 8 e 9 do art. 20 foi suspensa pelo STF em medida liminar - Acrdo,DJ 11/09/92.7 Adin 1255-0. O 10 do art. 20, adicionado pela Emenda Constitucional n 3/92, foi julgadoinconstitucional pelo STF Acrdo, DJ 06/09/2001.

  • 16

    16

    11 Fica assegurado ao servidor publico, que na forma da lei, passar paraa inatividade, a converso em pecnia dos perodos de licena especial nogozados por necessidade do servio.8

    Art. 21 - Fica assegurada ao servidor pblico estvel a remoo para a localidadeonde sirva o cnjuge, desde que haja no local funo compatvel com seu cargo.

    Pargrafo nico - Nenhum servidor poder ser transferido ou removido ex-officio para cargo ou funo que deva exercer fora da localidade de suaresidncia, nos seis meses anteriores ou posteriores posse do Governador, salvocom o consentimento do prprio servidor.

    *Art. 22. O servidor que for pai, me, tutor ou tutora, curador ou curadora, ouresponsvel pela criao, educao e proteo de portadores de deficincia fsicae de excepcionais que estejam sob tratamento teraputico, ter direito a serdispensado do cumprimento de at cinqenta por cento da carga horria semanal,sem prejuzo de sua integral remunerao.9

    1 - Considera-se deficiente ou excepcional, para os fins deste artigo, pessoade qualquer idade portadora de deficincia fsica ou mental comprovada e quetenha dependncia scio-educacional.* 2 - O servidor beneficiado ter a concesso de que trata este artigo, peloprazo de um ano, podendo ser renovado.10

    *Art. 23 - O servidor que contar trs anos completos consecutivos ou cinco anosintercalados de exerccio em cargo comissionado ou funo de confiana far jus ater adicionadas, como vantagem pessoal, ao vencimento do respectivo cargoefetivo, as vantagens inerentes ao cargo em comisso ou funo de confiana queexerceu.

    Pargrafo nico - Quando mais de um cargo ou funo de confiana houverdesempenhado, considerar-se-, para efeito de clculo da importncia a seradicionada ao vencimento, o valor do cargo ou funo de confiana de maiorremunerao.11

    Seo IVDos Servidores Pblicos Militares

    8 Redao dada pela Emenda Constitucional n 23/02.9 Redao dada pela Emenda Constitucional n 21/01.10 Redao dada pela Emenda Constitucional n 21/01.11 Adin 105-1. A eficcia do art. 23 e seu pargrafo nico foi suspensa pelo STF, em medida liminar -Acrdo, DJ 11/09/92.

  • 17

    17

    *Art. 24 - So militares do Estado os Membros da Polcia Militar e do Corpo deBombeiros Militar.

    1 - As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, soconferidas pelo Governador do Estado e asseguradas em plenitude aos oficiais daativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os ttulos e postos militarese, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes da Polcia Militar eCorpo de Bombeiros Militar.

    2 - O oficial s perder o posto e a patente se for julgado, em Conselho deJustificao, indgno do oficialato ou com ele incompatvel, e aps deciso doTribunal de Justia, em tempo de paz, ou de Tribunal Especial, em tempo deguerra.

    3 - Aplica-se aos militares do Estado, a que se refere este artigo, alm doque vier a ser fixado em lei, as disposies do artigo 14, 8, do artigo 40, 9 edo artigo 142, 2 e 3, cabendo lei especfica dispor sobre as matrias doartigo 142, 3, inciso X da Constituio Federal.

    4 - Aos militares do Estado e a seus pensionistas, aplica-se ainda o dispostono artigo 40, 7 e 8 da Constituio Federal.

    5 - Os proventos da inatividade dos militares do Estado no seroinferiores remunerao ou subsdio percebidos pelos mesmos postos egraduaes na ativa, observado o tempo de servio.

    6 - Os Oficiais PM e BM, investidos nos cargos de Comandante Geral,Chefe da Casa Militar e demais cargos de Gerenciamento Superior, privativos doltimo posto, somente podero transferir-se para a reserva com o subsdio e/ouvantagens dos referidos cargos, quando os tiverem exercido, efetivamente, portrs anos, consecutivos ou intercalados, e contarem, no mnimo, com trinta anosde servio, assegurando-se os direitos daqueles que j os exerceram, e que seencontram na inatividade percebendo subsdio e/ou vantagem, independentementedos requisitos mencionados.

    7 - Aplica-se aos cargos referidos no pargrafo anterior, a remuneraoexclusiva prevista no 4 do artigo 39 da Constituio Federal e, nas disposiesda norma infraconstitucional, concernentes aos cargos de GerenciamentoSuperior do Executivo Estadual.

    8 - O estipndio do benefcio da penso por morte corresponder totalidade da remunerao ou subsdio, ou proventos do militar falecido, ouacrescido de vinte por cento quando, no caso previsto no pargrafo seguinte, fordo ltimo grau hierrquico.

    9 - O militar do Estado que vier a falecer em conseqncia de ferimentoem aes ou operaes de preservao da ordem pblica, de bombeiros ou defesacivil, em acidente de servio, ou de molstia ou doena decorrente de qualquerdestas situaes, ser promovido post mortem ao grau hierrquico imediato.12

    12 Redao dada pela Emenda Constitucional n 14/99.

  • 18

    18

    * 10 - A ascenso na carreira dos militares do Estado se dar mediante Leiespecfica que regulamentar a promoo de Praas e Oficiais da Polcia Militardo Estado de Rondnia.13

    * 11 - Fica assegurado ao militar do Estado, na forma da lei, o direito depassar para a inatividade, mediante reserva ou reforma, ainda que respondendo aprocesso em qualquer Jurisdio, desde que o mesmo no tenha transitado emjulgado. * 12 - Fica assegurado ao servidor militar do Estado que, na forma da lei,passar para a inatividade, a converso em pecnia dos perodos de licenaespecial no gozados por necessidade do servio.14

    Seo VDas Regies Administrativas

    Art. 25 - Para efeitos administrativos, o Estado poder articular sua ao em ummesmo complexo geoeconmico e social, visando seu desenvolvimento e reduo das desigualdades regionais.

    1 - Lei complementar dispor sobre:I - as condies para integrao de regies em desenvolvimento;II - a composio dos organismos regionais que executaro, na forma da

    lei, planos regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvolvimentoeconmico e social, aprovados juntamente com estes.

    2 - Os incentivos regionais compreendero, alm de outros, na forma da lei:I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preos de

    responsabilidade do Poder Pblico; II - juros favorecidos para financiamento de atividades prioritrias;

    III - isenes, redues ou diferimento temporrio de tributos estaduaisdevidos por pessoa fsica ou jurdica.

    Ttulo IIDOS PODERES DO ESTADO

    Captulo IDO PODER LEGISLATIVO

    Seo IDisposies Preliminares

    Art. 26 - O Poder Legislativo exercido pela Assemblia Legislativa, constitudade Deputados estaduais eleitos pelo voto secreto e direto, na forma da lei, para ummandato de quatro anos.

    13 Acrescido pela Emenda Constitucional n 21/01.14 Alterado pela Emenda Constitucional n 23/01

  • 19

    19

    Art. 27 - A eleio para Deputados Estaduais far-se-, simultaneamente, com aseleies gerais para Governador, Vice-Governador, Deputados Federais eSenadores.

    Pargrafo nico - O nmero de Deputados Assemblia Legislativacorresponder ao triplo da representao do Estado na Cmara dos Deputados e,atingindo o nmero de trinta e seis, ser acrescido de tantos quantos forem osDeputados Federais acima de doze.

    Art. 28 - A Assemblia Legislativa reunir-se- na Capital do Estado:I - ordinariamente, de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1 de agosto a 15

    de dezembro, sendo as reunies iniciais de cada perodo marcadas para o primeirodia til subsequente quando recarem em sbados, domingos e feriados.* II - de forma preparatria, no incio da legislatura, a partir de 1 defevereiro, para posse de seus membros e eleio da Mesa Diretora. Para aterceira sesso legislativa de cada legislatura, a eleio da Mesa Diretora far-se- na segunda tera-feira do ms de outubro da sesso legislativa anterior, e suaposse dar-se- ao primeiro dia do ms de fevereiro, subseqente, em sessoespecialmente convocada, observados os demais dispositivos constitucionais.15

    III - extraordinariamente, por motivos relevantes e quando convocada:a) pelo Presidente da Assemblia Legislativa, em caso de decretao de

    interveno estadual em Municpio, apreciao de ato do Governador do Estadoque importe crime de responsabilidade, bem como para o compromisso e posse doGovernador e do Vice-Governador;

    b) pelo Governador do Es tado, pelo Presidente da AssembliaLegislativa ou pela maioria absoluta de seus membros, em face de urgncia ouinteresse pblico relevante.

    1 - Na sesso legislativa extraordinria, deliberar-se- somente sobre amatria para a qual foi convocada.

    2 - A sesso legislativa no ser interrompida enquanto no for aprovado oprojeto de lei de diretrizes oramentrias.

    3 - O regimento interno dispor sobre o funcionamento da AssembliaLegislativa nos sessenta dias anteriores s eleies gerais, estaduais ou municipais.

    Seo IIDa Competncia da Assemblia Legislativa

    Art. 29 - Compete privativamente Assemblia Legislativa:

    15Redao dada pela Emenda Constitucional n 18/99.

  • 20

    20

    I - eleger sua Mesa Diretora e constituir suas Comisses:a) na composio da Mesa Diretora e na constituio das Comisses

    assegurada, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos oudos blocos parlamentares;* b) ser de dois anos o mandato para membro da Mesa Diretora, sendopermitida a reconduo para o mesmo cargo na mesma legislatura;

    c) no caso de vacncia da Presidncia da Assemblia Legislativa doEstado de Rondnia, assumir o cargo de Presidente o 1 Vice-Presidente, quecumprir o restante do mandato do seu antecessor, devendo ser convocadaextraordinariamente a Assemblia para eleger o substituto do 1 Vice-Presidente,no prazo de dez dias;16

    II - elaborar seu regimento interno;III - dispor sobre sua organizao, funcionamento, polcia, criao,

    transformao ou extino de cargos, empregos e funes de seus servios efixao da respectiva remunerao, observados os parmetros estabelecidos na leide diretrizes oramentrias;

    IV - mudar temporariamente sua sede;V - emendar a Constituio, promulgar leis nos termos do 7 do art. 42,

    expedir decretos legislativos e resolues;VI - zelar pela preservao de sua competncia legislativa em face da

    atribuio normativa dos outros Poderes;VII - solicitar interveno federal para assegurar o cumprimento da

    Constituio Federal e desta Constituio, bem como o livre exerccio de suasatribuies e competncias;

    VIII - apreciar veto e sobre ele deliberar;IX - receber renncia de Deputados;X - declarar a vacncia no caso de morte ou renncia de Deputado e

    quando o titular ou suplente, formalmente convocado, no comparecer, semjustificativa, para tomar posse no prazo de trinta dias;

    XI - dar posse ao Governador e ao Vice-Governador;XII - fixar, de uma legislatura para outra, a remunerao do Governador e

    do Vice-Governador;XIII - autorizar, por dois teros de seus membros, a instaurao de processo

    contra o Governador e o Vice-Governador;XIV - autorizar o Governador a ausentar-se do Estado por mais de quinze

    dias consecutivos;*XV - autorizar o Governador e o Vice-Governador a ausentarem-se do

    pas, nos termos do art. 61 desta Constituio;17

    16 Redao dada pela Emenda Constitucional n 03/92.17 Adin 743-2 (Sem liminar)

  • 21

    21

    XVI - processar e julgar o Governador nos crimes de responsabilidade e osSecretrios de Estado nos crimes da mesma natureza, conexos com aqueles;

    XVII - julgar anualmente as contas do Governador e apreciar os relatriossobre a execuo dos planos de governo e proceder tomada de contas, quandono apresentadas dentro de sessenta dias aps a abertura da sesso legislativa;

    XVIII - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, inclusive os daadministrao indireta;

    XIX - sustar os atos normativos do Poder Executivo, que exorbitem dopoder regulamentar ou dos limites de delegao legislativa;

    XX - suspender a execuo, no todo ou em parte, de lei ou de atonormativo estadual ou municipal declarado inconstitucional por deciso judicialdefinitiva;

    XXI - aprovar ou suspender interveno nos Municpios, quando fordecretada pelo Governador;

    XXII - processar e julgar o Procurador-Geral de Justia e o Procurador-Geral do Estado nos crimes de responsabilidade;

    XXIII - destituir, por deliberao da maioria absoluta, o Procurador-Geralde Justia, antes do trmino de seu mandato, na forma da lei complementarrespectiva;

    XXIV - aprovar, previamente, por maioria de seus membros e por votosecreto, aps argio, a escolha:

    a) dos Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado indicados peloGovernador;* b) dos Administradores dos Municpios criados e no instalados;

    c) de titulares de outros cargos que a lei determinar; 18

    XXV - apreciar as contas anuais do Tribunal de Contas do Estado;XXVI - sustar contratos impugnados pelo Tribunal de Contas do Estado;XXVII - autorizar ou aprovar convnios, acordos ou contratos com os

    Governos Federal, Estadual ou Municipal, entidades de direito pblico ou privado,de que resultem para o Estado quaisquer encargos no estabelecidos na leioramentria;

    XXVIII - autorizar referendo e convocar plebiscito, na forma da lei;XXIX - autorizar, previamente, alienao a ttulo oneroso ou no de bens

    imveis do Estado;XXX - autorizar, previamente, operaes financeiras externas, de interesse

    do Estado e dos Municpios;XXXI - eleger o Governador e o Vice-Governador, na conformidade do art.

    60, 1 desta Constituio;

    18 Adin 132-9 (Sem liminar).

  • 22

    22

    XXXII - fixar em cada legislatura, para a subseqente, a remunerao dosDeputados, observado o disposto na Constituio Federal;

    XXXIII - salvo disposio constitucional em contrrio, as deliberaes daAssemblia Legislativa sero tomadas por maioria de votos, presente a maioria deseus membros;* XXXIV - encaminhar ao Governador do Estado pedido, por escrito, deinformao sobre fato relacionado com matria legislativa em tramitao, ou sobrefato sujeito fiscalizao da Assemblia , importando crime de responsabilidade ono-atendimento no prazo de dez dias.19

    * XXXV - apreciar a legalidade dos atos de concesso de aposentadoria epenses dos Conselheiros e Servidores do Tribunal de Contas, inclusive asmelhorias posteriores.20

    * XXXVI - fiscalizar os atos administrativos e financeiros das Instituiesmantidas pelo Poder Pblico.21

    Pargrafo nico - Nos casos previstos nos incisos XVI e XXII, a deciso serproferida por dois teros dos votos da Assemblia Legislativa, podendo importar acondenao em perda do cargo e inabilitao, por oito anos, para o exerccio defuno pblica estadual, sem prejuzo das demais sanes cabveis.

    Seo IIIDas Atribuies da Assemblia Legislativa

    Art. 30 - Cabe Assemblia Legislativa, com a sano do Governador do Estado,dispor sobre todas as matrias de competncia do Estado, especialmente sobre:

    I - sistema tributrio, arrecadao e distribuio de rendas;II - plano plurianual, diretrizes oramentrias, oramento anual, operaes

    de crdito e dvidas pblicas;III - planos e programas estaduais de desenvolvimento, em conformidade

    com os planos e programas nacionais;IV - normas gerais para a explorao ou concesso, bem como para a

    fixao de tarifas ou preos dos servios pblicos;V - criao, transformao e extino de cargos, empregos e funes

    pblicas;VI - normas gerais sobre doao, venda, cesso, permuta, arrendamento ou

    aquisio de bens pblicos;VII - transferncia temporria da sede do governo;

    19 Adin 132-9 (S/Liminar)20 Acrescido pela Emenda Constitucional n 21/01.21 Acrescido pela Emenda Constitucional n 24/02.

  • 23

    23

    VIII - organizao judiciria do Ministrio Pblico, da Defensoria Pblicae do Tribunal de Contas do Estado;

    IX - criao, incorporao, fuso e desmembramento de Municpios;X - instituio de regies metropolitanas, aglomeraes urbanas e

    microrregies;XI - organizao, garantias, direitos e deveres das polcias;XII - escolha dos Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, observado

    o art. 48, 2, II desta Constituio.

    Art. 31 - A Assemblia Legislativa ou qualquer de suas Comisses pode convocarSecretrios de Estado, Presidentes, Diretores, responsveis por Departamentos ouSees para prestar, pessoalmente, informaes sobre assuntos de sua Pasta,previamente determinados, implicando a ausncia, sem justificao adequada,crime de responsabilidade.

    1 - A convocao de que trata este artigo deve ser encaminhada por escrito Mesa Diretora.

    2 - Os Secretrios de Estado podem comparecer Assemblia Legislativa ea qualquer de suas Comisses, por sua iniciativa e mediante entendimento prviocom a Mesa Diretora, para fazer exposio sobre assunto de sua Pasta.* 3 - A Mesa da Assemblia Legislativa pode encaminhar pedido deinformaes ao Presidente do Tribunal de Contas do Estado, aos Secretrios deEstado e aos Diretores de rgos e empresas pblicas, implicando em crime deresponsabilidade, nos termos da lei, a recusa ou no atendimento no prazo de dezdias, bem como a prestao de informaes falsas.22

    Seo IVDos Deputados

    Art. 32 - Os Deputados so imunes e inviolveis por suas opinies, palavras evotos.

    1 - Desde a expedio do diploma, os Deputados Assemblia Legislativano podem ser presos, salvo em caso de flagrante de crime inafianvel, nemprocessados criminalmente, sem prvia licena da Casa.

    2 - O indeferimento do pedido de licena, ou a ausncia de deliberao,suspende a prescrio, enquanto durar o mandato.

    3 - No caso de flagrante de crime inafianvel, os autos sero remetidos,dentro de vinte e quatro horas, Assemblia Legislativa, a qual, pelo voto secretoda maioria absoluta de seus membros, resolver sobre a priso e autorizar, ouno, a formao da culpa. 22 Acrescentada pela Emenda Constitucional n 21/01.

  • 24

    24

    4 - Os Deputados so submetidos a julgamento perante o Tribunal deJustia.

    5 - As imunidades dos Deputados subsistiro durante o estado de stio, spodendo ser suspensos mediante o voto de dois teros dos membros da Casa, nocaso de atos praticados fora do recinto da Assemblia Legislativa, os quais sejamincompatveis com a execuo da medida.

    6 - Os Deputados no so obrigados a testemunhar sobre informaesrecebidas ou prestadas em razo do exerccio do mandato, nem sobre as pessoasque lhes confiarem ou deles receberem informaes.

    7 - A incorporao de Deputado s Foras Armadas, embora de naturezamilitar e ainda que em tempo de guerra, depender de prvia licena daAssemblia Legislativa.

    Art. 33 - O Deputado no pode:I - desde a expedio do diploma:

    a) firmar ou manter contrato com pessoa jurdica de direito pblico,autarquia, empresa pblica e sociedade de economia mista ou empresaconcessionria de servio pblico, salvo quando o contrato obedecer a clusulasuniformes;

    b) aceitar ou exercer cargo, funo ou emprego remunerado, at os deconfiana, nas entidades constantes da alnea anterior, salvo se Ministro ouSecretrio de Estado;

    II - desde a posse:a) ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa que goze de favor

    decorrente de contrato com pessoa jurdica de direito pblico, ou nela exercerfuno remunerada;

    b) ocupar cargo ou funo de confiana nas entidades referidas noinciso I, a;

    c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades aque se refere o inciso I, a;

    d) ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo federal, estadualou municipal.

    Art. 34 - Perder o mandato o Deputado:I - que infringir qualquer das proibies estabelecidas no artigo anterior;II - cujo procedimento for declarado incompatvel com o decoro

    parlamentar;III - que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa, tera parte das

    sesses ordinrias, salvo por licena ou misso autorizada pela AssembliaLegislativa;

    IV - que perder ou tiver suspensos os direitos polticos;

  • 25

    25

    V - quando o decretar a Justia Eleitoral, nos casos previstos naConstituio Federal;

    VI - que sofrer condenao criminal em sentena transitada em julgado. 1 - incompatvel com o decoro parlamentar, alm dos casos definidos no

    regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membros daAssemblia Legislativa, ou a percepo de vantagens indevidas.

    2 - Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato ser decidida pelaAssemblia Legislativa, por voto secreto de dois teros, mediante provocao daMesa Diretora, ou de partido poltico com representao na Casa, asseguradaampla defesa.

    3 - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda ser declarada pelaMesa, de ofcio, ou mediante provocao de qualquer de seus membros, ou departido poltico representado na Assemblia Legislativa, assegurada ampla defesa.

    Art. 35 - No perder o mandato o Deputado:I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Territrio,

    Secretrio de Estado, do Distrito Federal, de Territrio ou de Prefeitura, Prefeitode Capital, Administrador de Municpio recm-criado, Interventor de Municpioou chefe de misso diplomtica temporria;

    II - licenciado por motivo de doena, ou para tratar, sem remunerao, deinteresse particular.

    1 - O suplente ser convocado nos casos de vaga, de investidura, nos cargosou funes previstas neste artigo ou de licena superior a cento e vinte dias.

    2 - Ocorrendo vaga e no havendo suplente, far-se- eleio para preench-la se faltarem mais de quinze meses para o trmino do mandato.

    3 - Na hiptese do inciso I deste artigo, o Deputado pode optar pelaremunerao do mandato.

    Seo VDas Comisses

    Art. 36 - A Assemblia Legislativa ter comisses permanentes e temporrias,constitudas na forma do respectivo regimento ou ato legislativo de sua criao.

    1 - Na constituio da Mesa Diretora e de cada Comisso, assegurada,tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos ou dos blocosparlamentares com participao na Assemblia Legislativa.

    2 - s comisses, em relao matria de sua competncia, cabe:I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a

    competncia do Plenrio, salvo recurso de um tero dos membros da AssembliaLegislativa;

    II - receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquerpessoa contra atos ou omisses das autoridades ou entidades pblicas;

  • 26

    26

    III - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidado;IV - apreciar programas de obras, planos estaduais, regionais e setoriais de

    desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.* 3 - As comisses parlamentares de inqurito, que tero poderes deinvestigao prprios das autoridades judiciais, alm de outros previstos noregimento interno da Casa, sero criadas a requerimento de um tero dos membrosda Assemblia Legislativa, para apurao de fato determinado e por prazo certo,sendo suas concluses, se for o caso, encaminhadas ao Ministrio Pblico paraque este se pronuncie sobre a responsabilidade civil ou criminal dosenvolvidos, no prazo de trinta dias, sob pena de responsabilidade.23

    Seo VIDo Processo Legislativo

    Art. 37 - O processo legislativo compreende a elaborao de:I - emendas Constituio;II - leis complementares;III - leis ordinrias;IV - leis delegadas;V - decretos legislativos;VI - resolues.

    Pargrafo nico - Lei Complementar dispor sobre a elaborao, redao,alterao e consolidao das leis, bem como sobre a iniciativa popular no processolegislativo estadual.

    Subseo IDa Emenda Constituio

    Art. 38 - A Constituio pode ser emendada mediante proposta:I - de um tero, no mnimo, dos membros da Assemblia Legislativa;II - do Governador do Estado;III - de mais da metade das Cmaras Municipais do Estado, manifestando-

    se, cada uma delas, pela maioria absoluta de seus membros. 1 - A Constituio no pode ser emendada na vigncia de interveno

    federal, de estado de defesa ou de estado de stio. 2 - A proposta ser discutida e votada em dois turnos, considerando-se

    aprovada quando obtiver, em ambos, dois teros dos votos dos membros daAssemblia Legislativa.

    3 - A emenda Constituio ser promulgada pela Mesa Diretora daAssemblia Legislativa com o respectivo nmero de ordem.

    23 Adin 132-9 (S/Liminar)

  • 27

    27

    4 - A matria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida porprejudicada no pode ser objeto de nova proposta na mesma sesso legislativa.

    Subseo IIDas Leis

    Art. 39 - A iniciativa das leis complementares e ordinrias cabe a qualquermembro ou Comisso da Assemblia Legislativa, ao Governador do Estado, aoTribunal de Justia, ao Ministrio Pblico e aos cidados, na forma prevista nestaConstituio.

    1 - So de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que:* I - fixem, organizem ou alterem os efetivos da Polcia Militar e do Corpode Bombeiros Militar, observadas as diretrizes estabelecidas na legislaofederal;24

    II - disponham sobre:a) criao de cargos, funes ou empregos pblicos na administrao

    direta e autrquica ou aumento de sua remunerao;b) servidores pblicos do Estado, seu regime jurdico, provimento de

    cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e transferncia de militarespara a inatividade;

    c) organizao do Ministrio Pblico, sem prejuzo das atribuiescontidas nesta Constituio, e da Defensoria Pblica;

    d) criao, estruturao e atribuio das Secretarias de Estado e rgosdo Poder Executivo.

    2 - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentao AssembliaLegislativa de projeto de lei subscrito por, no mnimo, trs por cento do eleitoradodo Estado, distribudo, no mnimo, em vinte e cinco por cento dos Municpios.

    Art. 40 - No admitido aumento de despesa prevista:I - em projetos de iniciativa exclusiva do Governador do Estado, ressalvado

    o disposto no art. 166, 3 e 4 da Constituio Federal;II - em projetos sobre organizao dos servios administrativos da

    Assemblia Legislativa, dos Tribunais e do Ministrio Pblico.

    Art. 41 - O Governador do Estado pode solicitar urgncia para apreciao deprojetos de sua iniciativa.

    1 - Se, no caso deste artigo, a Assemblia Legislativa no se manifestarsobre a proposio em at quarenta e cinco dias, esta dever ser includa na Ordemdo Dia, sobrestando-se a deliberao quanto aos demais assuntos para que seultime a votao.

    24 Redao dada pela Emenda Constitucional n 06/96.

  • 28

    28

    2 - Os prazos de que trata o pargrafo anterior no decorrem nos perodosde recesso da Assemblia Legislativa, nem se aplicam aos projetos de cdigo.

    Art. 42 - O projeto de lei, se aprovado, ser enviado ao Governador do Estado,que, aquiescendo, o sancionar.

    1 - Se o Governador do Estado considerar o projeto de lei, no todo ou emparte, inconstitucional ou contrrio ao interesse pblico, vet-lo- total ouparcialmente, no prazo de quinze dias teis, contados da data do recebimento, ecomunicar, dentro de quarenta e oito horas, os motivos do veto ao Presidente daAssemblia Legislativa.

    2 - O veto parcial dever abranger o texto integral de artigo, de pargrafo,de inciso ou de alnea.

    3 - Decorrido o prazo de quinze dias teis, o silncio do Governadorimportar sano.

    4 - O veto ser apreciado no prazo de trinta dias, a contar de sua leitura emplenrio, em escrutnio secreto, s podendo ser rejeitado pelo voto da maioriaabsoluta dos membros da Assemblia Legislativa.

    5 - Se o veto for rejeitado, ser o projeto enviado, para promulgao aoGoverno.

    6 - Esgotado sem deliberao o prazo estabelecido no 4, o veto sercolocado na Ordem do Dia da sesso imediata, sobrestadas as demais proposies,at sua votao final.

    7 - Se nas hipteses dos 3 e 5, a lei no for promulgada peloGovernador, no prazo de quarenta e oito horas, o Presidente da AssembliaLegislativa a promulgar, e se este no o fizer em igual prazo, caber ao primeiroVice-Presidente faz-lo.

    Art. 43 - A matria constante de projeto de lei rejeitado somente poder constituirobjeto de novo projeto na mesma sesso legislativa mediante proposta da maioriaabsoluta dos membros da Assemblia Legislativa.

    Art. 44 - As leis complementares sero aprovadas pela maioria absoluta dosmembros da Assemblia Legislativa e recebero numerao distinta das leisordinrias.

    Art. 45 - As leis delegadas sero elaboradas pelo Governador do Estado, quedever solicitar delegao da Assemblia Legislativa.

    1 - No sero objeto de delegao os atos de competncia exclusiva daAssemblia Legislativa, a matria reservada lei complementar, nem a legislaosobre planos plurianuais, diretrizes oramentrias e oramento.

  • 29

    29

    2 - A delegao ao Governador do Estado ter forma de resoluo daAssemblia Legislativa, que especificar seu contedo e os termos de seuexerccio.

    3 - Se a resoluo determinar apreciao do projeto pela AssembliaLegislativa, esta a far em votao nica, vedada qualquer emenda.

    Seo VIIDa Fiscalizao Financeira e Oramentria

    Subseo IDisposies Preliminares

    Art. 46 - A fiscalizao contbil, financeira e oramentria, operacional epatrimonial do Estado e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, moralidade e publicidade, aplicao dassubvenes e renncia de receitas, ser exercida pela Assemblia Legislativa,mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder e doMinistrio Pblico do Estado.

    Pargrafo nico - Prestar contas qualquer pessoa fsica ou entidade pblicaque utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valorespblicos ou pelos quais o Estado responda, ou que, em nome deste, assumaobrigaes de natureza pecuniria.

    Art. 47 - A Comisso permanente a que se refere o art. 135, 1 destaConstituio, diante de indcios de despesas no autorizadas, ainda que sob aforma de investimentos no programados ou de subsdios no aprovados, podersolicitar autoridade governamental responsvel que, no prazo de cinco dias,preste os esclarecimentos necessrios.

    1 - No prestados os esclarecimentos, ou considerados insuficientes, aComisso solicitar ao Tribunal de Contas do Estado pronunciamento conclusivosobre a matria, no prazo de trinta dias.

    2 - Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comisso, se julgar que ogasto possa causar dano irreparvel ou grave leso economia pblica, propor Assemblia Legislativa sua sustao.

    Subseo IIDo Tribunal de Contas do Estado

    Art. 48 - O Tribunal de Contas do Estado, rgo auxiliar do Poder Legislativo,integrado por sete Conselheiros, tem sede na Capital, quadro prprio de pessoal ejurisdio em todo o territrio estadual, exercendo, no que couber, as atribuiesprevistas no art. 96 da Constituio Federal.

  • 30

    30

    1 - Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado sero nomeadosdentre brasileiros que satisfaam os seguintes requisitos:* I mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; 25

    II - idoneidade moral e reputao ilibada;III - notrios conhecimentos jurdicos, contbeis, econmicos e financeiros

    ou de administrao pblica;IV - mais de dez anos de exerccio de funo pblica ou de efetiva

    atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no artigo anterior. 2 - Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado sero escolhidos:

    I - dois pelo Governador do Estado, com aprovao da AssembliaLegislativa, sendo um, alternadamente, dentre auditores e membros do MinistrioPblico junto ao Tribunal, indicados em lista trplice pelo Tribunal, segundo oscritrios de antigidade e merecimento;

    II - cinco pela Assemblia Legislativa. 3 - O provimento do cargo de Conselheiro, em caso de vacncia, observar

    primeiramente as indicaes previstas no inciso anterior, ocorrendo alternnciapara as demais vagas.

    4 - Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado tero as mesmasgarantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos, direitos e vantagens dosDesembargadores do Tribunal de Justia, e somente podero aposentar-se com asvantagens do cargo quando o tiverem exercido efetivamente por mais de cincoanos.

    5 - O Auditor, quando em substituio a Conselheiro, ter as mesmasgarantias, impedimentos, prerrogativas, vencimentos e vantagens do titular e,quando no exerccio das demais atribuies da judicatura, as de Juizes estaduaisde entrncia mais elevada.* 6 - Fica assegurada aos ocupantes do Grupo Ocupacional - Atividade deAuditoria, Inspeo e Controle do Tribunal de Contas do Estado isonomiafuncional com os ocupantes dos cargos do Grupo Ocupacional - Tributao,Arrecadao e Fiscalizao da Secretaria de Estado da Fazenda.26

    Art. 49 - O controle externo, a cargo da Assemblia Legislativa, ser exercidocom o auxlio do Tribunal de Contas do Estado, ao qual compete:

    I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado,mediante parecer prvio que dever ser elaborado em sessenta dias a contar de seurecebimento;

    25 Adin 793-9. A redao dada ao inciso I do 1 do art. 48, pela Emenda Constitucional n 3/92, foiconsiderada inconstitucional, restaurando-se o texto original em deciso do STF - Acrdo, DJ16/05/97.26 Adin 105-1/600. A eficcia do 6 do art. 48 foi suspensa pelo STF, em medida liminar Acrdo,DJ 11/09/92.

  • 31

    31

    II - julgar as contas dos administradores e demais responsveis pordinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, do MinistrioPblico, includas as fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo PoderPblico Estadual, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outrairregularidade de que resulte prejuzo ao errio pblico;

    III - apreciar, para fins de registro, a legalidade:a) dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao

    direta ou indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo PoderPblico, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso.

    b) das concesses de aposentadorias, reformas e penses, ressalvadasas melhorias que no alterem o fundamento legal do ato concessrio;* IV - realizar inspees e auditorias de natureza contbil, financeira,oramentria, operacional e patrimonial nas unidades administrativas dosPoderes Executivo e Judicirio e demais entidades referidas no inciso II, poriniciativa do prprio Tribunal de Contas, da Assemblia Legislativa e deComisses Tcnicas ou de inqurito, e quando convocado pela AssembliaLegislativa, nas unidades do Poder Legislativo;27 27.1

    V - fiscalizar a aplicao de quaisquer recursos repassados pelo Estado,mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres;

    VI - prestar as informaes solicitadas pela Assemblia Legislativa ou porqualquer de suas Comisses sobre a fiscalizao contbil, financeira,oramentria, operacional e patrimonial, bem como sobre resultados de auditoriase inspees realizadas;

    VII - aplicar aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesa ouirregularidade de contas, as sanes previstas em lei, que estabelecer, entre outrascominaes, multa proporcional ao dano causado ao errio pblico;

    VIII - assinar prazo para que o rgo ou entidade adote as providnciasnecessrias ao exato cumprimento da lei, se verificada a ilegalidade, sustando, seno atendido, a execuo do ato impugnado, comunicando a deciso AssembliaLegislativa.* IX - remeter Assemblia Legislativa os atos de aposentadoria e pensesdos conselheiros e servidores do Tribunal de Contas para fins de apreciao dalegalidade, inclusive melhorias posteriores.28

    1 - No caso de contrato, o ato de sustao ser adotado diretamente pelaAssemblia Legislativa, que solicitar de imediato, ao Poder respectivo, asmedidas cabveis.

    27 Redao dada pela Emenda Constitucional n 21/01.27.1 Adin 2546-5 (Sem Liminar).28 Acrescido pela Emenda Constitucional n 21/01.

  • 32

    32

    2 - Se a Assemblia Legislativa ou o Poder respectivo, no prazo de noventadias, no efetivar as medidas previstas no pargrafo anterior, o Tribunal decidir arespeito.

    3 - As decises do Tribunal de que resulte imputao de dbito ou multatero eficcia de ttulo executivo.

    4 - O Tribunal de Contas do Estado encaminhar Assemblia Legislativa,trimestral e anualmente, relatrio de suas atividades.

    *Art. 50 - Ao Tribunal de Contas do Estado assegurada autonomia financeirae administrativa, podendo propor ao Poder Legislativo a criao e extino dosseus cargos, alterao da organizao e dos servios auxiliares, provendo-os porconcurso pblico de provas e ttulos.29

    Art. 51 - Os Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio mantero, de formaintegrada, sistema de controle interno com a finalidade de :

    I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, aexecuo dos programas de governo e dos oramentos do Estado;

    II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia dagesto oramentria, financeira e patrimonial nos rgos e entidades daadministrao estadual, bem como da aplicao de recursos pblicos por entidadesde direito privado;

    III - exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bemcomo dos direitos e haveres do Estado;

    IV - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional. 1 - Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de

    qualquer irregularidade ou ilegalidade, daro cincia ao Tribunal de Contas doEstado, sob pena de responsabilidade solidria.

    2 - Qualquer cidado, partido poltico, associao ou sindicato partelegtima para, na forma da lei, denunciar irregularidades perante o Tribunal deContas do Estado.

    Art. 52 - O prazo para prestao de contas anuais dos ordenadores de despesas,bem como dos rgos da administrao direta e indireta, ser de:

    a) at trinta e um de maro do ano subseqente, para os rgos daadministrao direta, autarquias, fundaes e demais entidades institudas oumantidas pelo Poder Pblico;

    b) at trinta e um de maio do ano subseqente, para as emp resas esociedades de economia mista.

    1 - O Tribunal de Contas do Estado prestar suas contas anualmente Assemblia Legislativa, dentro do prazo previsto na alnea a deste artigo. 29 Adin 119-1 (S/Liminar)

  • 33

    33

    2 - A Comisso permanente a que se refere o art. 135, 1 destaConstituio, apreciar as contas do Tribunal de Contas do Estado, medianteparecer que ser levado apreciao do plenrio, na forma regimental.

    3 - Na fiscalizao do Tribunal de Contas do Estado, a Comissopermanente ter os poderes constantes do art. 47, no que couber.* 4 - O prazo para o Tribunal de contas promover a citao ou audincia deresponsveis arrolados em processo de prestao de contas, ou tomada de contas,ou inspeo, sob a pena de responsabilidade solidria, ser de:

    I - um ano, no caso de prestao de contas, a contar da entrada do processo noTribunal;

    II - cento e oitenta dias, no caso de tomada de contas, contados a partir daexpirao dos prazos previstos nas alneas do "caput" deste artigo;* III - trinta dias, nos casos de inspeo, a contar da concluso do respectivorelatrio.30

    Art. 53 - Os rgos mencionados no artigo anterior apresentaro ao Tribunal deContas, nos trinta dias subseqentes, balancetes mensais.

    1 - O Tribunal de Contas do Estado, aps conceder prazo razovel paralegalizao, comunicar Assemblia Legislativa, dentro de cinco dias, a relaodos rgos estaduais que no entregarem na data estabelecida os balancetesmensais e a prestao de contas, ficando afastado o titular at a completaregularizao, ocorrendo idntica situao com os Municpios.

    2 - Se a Assemblia Legislativa, em noventa dias, no deliberar sobre acomunicao, prevalecer a deciso do Tribunal de Contas, que baixar resoluoinstruindo os rgos competentes para os impedimentos de que trata o pargrafoanterior.

    CAPTULO IIDO PODER EXECUTIVO

    Seo IDo Governador e do Vice-Governador

    Art. 54 - O Poder Executivo exercido pelo Governador do Estado, auxiliadopelos Secretrios de Estado.

    Art. 55 - O Governador e o Vice-Governador do Estado sero eleitos,simultaneamente, e empossados em datas previstas em lei federal.

    30 Acrescido pela Emenda Constitucional n 21/01.

  • 34

    34

    Art. 56 - Ser considerado eleito Governador do Estado o candidato que,registrado por partido poltico, tiver a maioria absoluta de votos, no computadosos em branco e os nulos.

    1 - Se nenhum candidato alcanar maioria absoluta na primeira votao, far-se- nova eleio em at vinte dias, aps a proclamao do resultado, concorrendoos dois candidatos mais votados, considerando-se eleito o que obtiver a maioriados votos vlidos.

    2 - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistncia ouimpedimento legal de candidato, convocar-se-, dentre os remanescentes, o demaior votao.

    3 - Se, na hiptese dos pargrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar,mais de um candidato com a mesma votao, qualificar-se- o mais idoso.

    Art. 57 - O Governador e o Vice-Governador do Estado tomaro posse em sessoda Assemblia Legislativa, prestando o compromisso de manter, defender ecumprir a Constituio, promover o bem geral e desempenhar com lealdade eintegridade suas funes.

    Pargrafo nico - Se decorridos dez dias da data fixa da para a posse, oGovernador ou o Vice-Governador do Estado, salvo por motivo de fora maior,no tiver assumido o cargo, este ser declarado vago.

    Art. 58 - Substituir o Governador, no caso de impedimento, e suceder-lhe-, nocaso de vaga, o Vice-Governador.

    Pargrafo nico - O Vice-Governador, alm de outras atribuies que lheforem conferidas por lei complementar, auxiliar o Governador, sempre que porele convocado para misses especiais.

    Art. 59 - Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou devaga dos respectivos cargos, sero sucessivamente chamados ao exerccio doPoder Executivo o Presidente da Assemblia Legislativa e o Presidente doTribunal de Justia.

    Art. 60 - Vagando os cargos de Governador e de Vice-Governador do Estado, far-se- eleio at sessenta dias depois de aberta a ltima vaga.

    1 - Ocorrendo vacncia no ltimo ano do perodo governamental, a eleiopara ambos os cargos ser feita pela Assemblia Legislativa at quinze dias apsaberta a ltima vaga com aprovao da maioria absoluta de seus membros.

    2 - Em qualquer dos casos, os eleitos devero completar o perodo de seusantecessores.

  • 35

    35

    Art. 61 - O Governador e o Vice-Governador devero residir na Capital doEstado, onde exercero suas funes.* 1 - O Governador no poder ausentar-se do Estado por mais de quinze diasconsecutivos , nem do territrio nacional por qualquer prazo, sem prviaautorizao da Assemblia Legislativa, sob pena de perda do cargo.31

    2 - O Vice-Governador poder ausentar-se do territrio nacional peloperodo de at quinze dias consecutivos, mediante comunicao AssembliaLegislativa, devendo ter prvia autorizao, sob pena de perda do mandato, sepretender ausentar-se por maior perodo.

    3 - A renncia do Governador tornar-se- efetiva com o recebimento darespectiva mensagem pela Assemblia Legislativa.

    Art. 62 - Tratando-se de viagem oficial, o Governador, no prazo de quinze dias, apartir da data do retorno, dever enviar Assemblia Legislativa relatriocircunstanciado sobre o resultado da viagem.

    Art. 63 - Perder o mandato o Governador que assumir outro cargo ou funo naadministrao pblica direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude deconcurso pblico e observadas as disposies desta Constituio.

    Art. 64 - Lei definir concesso de penso para os ex-Governadores do Estado deRondnia, estendendo-se o benefcio aos ex-Governadores do Territrio Federalde Rondnia.

    Seo IIDas Atribuies do Governador do Estado

    Art. 65 - Compete privativamente ao Governador do Estado:I - representar o Estado perante o Governo da Unio e as Unidades da

    Federao, bem como em suas relaes jurdicas, polticas e administrativas,exercendo com o auxlio dos Secretrios de Estado a direo superior daadministrao estadual;

    II - nomear e exonerar:a) os Secretrios de Estado;b) os dirigentes de empresas de economia mista e autarquias;

    III - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos nestaConstituio;

    IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis;V - expedir decretos e regulamentos para a fiel execuo das leis;

    31 Adin 743-2. A eficcia da expresso: nem do territrio nacional por qualquer prazo foi suspensa,pelo STF, em medida liminar Acrdo, DJ 28/08/92.

  • 36

    36

    VI - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;VII - dispor sobre a organizao e o funcionamento da administrao do

    Estado na forma da lei;VIII - decretar e executar a interveno nos Municpios, nomeando o

    interventor;IX - remeter mensagens e plano de governo Assemblia Legislativa, por

    ocasio da abertura da sesso legislativa, expondo a situao dos negcios doEstado e solicitando as providncias que julgar necessrias;

    X - nomear e destituir o Chefe da Defensoria Pblica e o Procurador-Geraldo Estado;

    XI - nomear os Desembargadores e os Conselheiros do Tribunal de Contasdo Estado, na forma prevista nesta Constituio;* XII - exercer o comando supremo da Polcia Militar e do Corpo deBombeiros Militar, nomear e exonerar seu Comandante Geral e promover seusoficiais;32

    XIII - enviar Assemblia Legislativa o plano plurianual de investimentos,o projeto de lei de diretrizes oramentrias e as propostas de oramento previstasnesta Constituio;

    XIV - prestar, anualmente, Assemblia Legislativa, dentro de sessentadias aps a abertura da sesso legislativa, as contas relativas ao exerccio anterior,importando crime de responsabilidade o seu descumprimento;

    XV - prover e extinguir os cargos pblicos estaduais, na forma da lei;XVI - exercer outras atribuies previstas nesta Constituio;XVII - sancionar as leis delegadas;XVIII - exercer a titularidade da iniciativa das leis previstas no art. 39, 1

    desta Constituio;XIX - prestar por escrito, em seu prprio nome ou de seus auxiliares, as

    informaes solicitadas pelos Poderes Legislativo e Judicirio, no prazo de dezdias, salvo se outro for determinado por lei federal, importando crime deresponsabilidade o no-atendimento ou recusa.

    Pargrafo nico - O Governador do Estado poder delegar as atribuiesmencionadas nos incisos V e XIX, primeira parte, aos Secretrios de Estado, aoProcurador-Geral do Estado, que observaro os limites definidos nas respectivasdelegaes.

    Seo IIIDa Responsabilidade do Governador do Estado

    32 Redao dada pela Emenda Constitucional n 06/96

  • 37

    37

    Art. 66 - So crimes de responsabilidade os atos do Governador do Estado queatentarem contra a Constituio Federal, esta Constituio e, especialmente,contra:

    I - a existncia da Unio, do Estado ou dos Municpios;II - o exerccio dos direitos individuais, sociais e polticos;III - a segurana interna do Pas ou do Estado;IV - a probidade na administrao;V - a lei oramentria;VI - o cumprimento das leis e das decises judiciais.

    Pargrafo nico - O processo e julgamento, bem como a definio dessescrimes, sero estabelecidos em leis especficas.

    Art. 67 - O Governador do Estado, admitida a acusao pelo voto de dois terosdos Deputados, ser submetido a julgamento perante o Superior Tribunal deJustia, nas infraes penais comuns, ou perante a Assemblia Legislativa noscrimes de responsabilidade.

    1 - O Governador ficar suspenso de suas funes:I - nas infraes penais comuns, se recebida a denncia ou queixa-crime

    pelo Superior Tribunal de Justia;II - nos crimes de responsabilidade, aps instaurao de processo pela

    Assemblia Legislativa. 2 - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento no estiver

    concludo, cessar o afastamento do Governador, sem prejuzo do regularprosseguimento do processo.* 3 - (inconstitucional)

    Art. 68 - (inconstitucional) 33

    Seo IVDos Secretrios de Estado

    Art. 69 - Os Secretrios de Estado, auxiliares do Governador, sero por eleescolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no gozo dos seusdireitos civis e polticos.

    Art. 70 - Lei dispor sobre criao, estruturao e atribuies das Secretarias deEstado.

    Art. 71 - Compete ao Secretrio de Estado, alm de outras atribuiesestabelecidas nesta Constituio e em lei:

    33 Adin 1023-9/600. Procedente Acrdo, DJ 24/11/95.

  • 38

    38

    I - exercer a orientao, coordenao e superviso dos rgos e entidadesda administrao estadual na rea de sua competncia e referendar atos e decretosassinados pelo Governador;

    II - expedir instruo para a boa execuo dos preceitos desta Constituio,das leis, decretos e regulamentos;

    III - apresentar ao Governador do Estado relatrio anual dos serviosrealizados na Secretaria;

    IV - praticar atos pertinentes s atribuies que lhe forem outorgadas oudelegadas pelo Governador do Estado;

    V - propor ao Governador, anualmente, o oramento de sua Pasta;VI - delegar suas prprias atribuies, por ato expresso, aos seus

    subordinados;VII - comparecer Assemblia Legislativa, quando convocado ou

    voluntariamente, bem como encaminhar informaes, nos termos do art. 31 destaConstituio;

    VIII - apresentar declarao de bens no ato da posse e no trmino doexerccio do cargo.

    Seo VDo Conselho de Governo

    *Art. 72 - O Conselho de Governo o rgo superior de consulta do Governadordo Estado, sob a sua presidncia, e dele participam:

    I - o Vice-Governador do Estado;II - o Presidente da Assemblia Legislativa;III - o Presidente do Tribunal de Justia;IV - o Procurador-Geral de Justia;V - o Presidente do Tribunal de Contas;VI - os Lderes da maioria e minoria, na Assemblia Legislativa;VII - seis cidados brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de

    idade, de reputao ilibada, nomeados pelo Governador, sendo:a) trs de sua livre escolha;b) trs indicados pela Assemblia Legislativa.34

    *Art. 73 - Compete ao Conselho pronunciar-se sobre questes relevantessuscitadas pelo Governo Estadual, includa a estabilidade das instituies eproblemas emergentes, de grave complexidade e implicaes sociais.

    Pargrafo nico - Lei regular a organizao e o funcionamento do Conselhode Governo.35

    34 Adin 106-0 (S/Liminar)35 Adin 106-0 (S/Liminar)

  • 39

    39

    Captulo IIIDO PODER JUDICIRIO

    Seo IDisposies Preliminares

    Art. 74 - So rgos do Poder Judicirio:I - Tribunal de Justia;II - Juizes de Direito e Juizes Substitutos;III - Tribunal do Jri;IV - Justia Militar;V - Outros Tribunais e Juzos institudos por lei.

    Art. 75 - Ao Poder Judicirio assegurada autonomia administrativa e financeira. 1 - O Tribunal de Justia elaborar a proposta oramentria do Poder

    Judicirio dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes nalei de diretrizes oramentrias.

    2 - Quando o regular exerccio do Poder Judicirio for tolhido pela nosatisfao oportuna das dotaes que lhe correspondam, caber ao Tribunal deJustia, pela maioria absoluta de seus membros, solicitar ao Supremo TribunalFederal interveno da Unio no Estado.

    Art. 76 - exceo dos crditos de natureza alimentcia, os pagamentos devidospela Fazenda Estadual ou Municipal, em virtude de sentena judiciria, serofeitos exclusivamente na ordem cronolgica de apresentao dos precatrios e conta dos crditos respectivos, proibida a designao de casos ou de pessoas nasdotaes oramentrias e nos crditos adicionais.

    1 - obrigatria a incluso no oramento das entidades de direito pblicode verba necessria ao pagamento dos seus dbitos constantes de precatriosjudiciais, apresentados at 1 de julho, data em que tero atualizados os seusvalores, efetuando-se o pagamento at o final do exerccio seguinte.

    2 - As dotaes oramentrias e os crditos abertos sero consignados aoPoder Judicirio, recolhendo-se as importncias respectivas repartiocompetente, cabendo ao Presidente do Tribunal de Justia determinar o pagamentosegundo as possibilidades do depsito e autorizar, a requerimento do credor eexclusivamente para o caso de preterimento do seu direito de precedncia, oseqestro da quantia necessria satisfao do dbito.* 3 - O governo do Estado far publicar no Dirio Oficial do Estado, at odia 30 de dezembro de cada ano, a relao de todos os precatrios judiciriosrequisitados e pagos at aquela data, contendo o valor, o nome do credor, a

  • 40

    40

    origem da dvida e o nmero do respectivo processo judicial que lhe deuorigem.36

    *Art. 77 - Lei de iniciativa do Poder Judicirio disciplinar as atribuies, direitose deveres dos Escrives Judiciais, Escrives Judiciais Substitutos, Oficiais deJustia, Avaliadores, Distribuidores, Contadores e Depositrios, cuja admisso sedar por concurso pblico de ttulos e provas.

    Pargrafo nico - O Tribunal de Justia, dentro de cento e oitenta dias dapromulgao desta Constituio, enviar projeto de lei nesse sentido.37

    Art. 78 - Os Juizes gozam das seguintes garantias:I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, s ser adquirida aps dois anos de

    exerccio, dependendo a perda do cargo, nesse perodo, de deliberao do Tribunalde Justia e, nos demais casos, de sentena judicial transitada em julgado;

    II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pblico, na forma doinciso VIII do art. 80 desta Constituio;

    III - irredutibilidade de vencimentos - a remunerao observar o dispostonesta Constituio.

    Art. 79 - Aos Juizes vedado:I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou funo, salvo uma

    de magistrio;II - receber, a qualquer ttulo ou pretexto, custas de participao em

    processo;III - dedicar-se atividade poltico-partidria.

    Art. 80 - A magistratura estadual observar os seguintes princpios:I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial ser o de Juiz Substituto, por

    concurso pblico de provas e ttulos, promovido pelo Tribunal de Justia, com aparticipao da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases,obedecendo-se, nas nomeaes, ordem de classificao;

    II - promoo de entrncia para entrncia, alternadamente, por antigidadee merecimento, observado o seguinte:

    a) obrigatrio a promoo do juiz que figure por trs vezesconsecutivas, ou cinco alternadas, em lista de merecimento;

    b) a promoo por merecimento pressupe dois anos de exerccio narespectiva entrncia, e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista deantigidade, salvo se no houver, com tais requisitos, quem aceite o lugar vago.

    36 Acrescido pela Emenda Constitucional n 21/01.37 Adin 106-0 (S/Liminar)

  • 41

    41

    c) o merecimento dever ser aferido pelos critrios de presteza e desegurana no despachar e no sentenciar, assiduidade e pontualidade aos atosjudiciais, bem como freqncia e aproveitamento em cursos reconhecidos deaperfeioamento;

    d) na apurao da antigidade, o Tribunal somente poder recusar o juizmais antigo pelo voto de dois teros de seus membros, conforme procedimentoprprio, repetindo-se a votao at fixar-se a indicao;

    III - o acesso aos tribunais de segundo grau ser feito por antigidade emerecimento, alternadamente, apurado na ltima entrncia ou no Tribunal deAlada, se houver, quando se tratar de promoo para o Tribunal de Justia,observados o inciso II e a classe de origem;

    IV - previso de cursos oficiais de preparao e aperfeioamento demagistrados como requisitos para ingresso e promoo na carreira;* V - os vencimentos dos juzes sero fixados com diferena no superior adez por cento de uma para outra das categorias da carreira, no podendo os do juizde categoria mais elevada ser inferior a noventa por cento dos vencimentos deDesembargador, excetuadas as vantagens de carter pessoal;38

    VI - a aposentadoria, com proventos integrais, compulsria, por invalidezou aos setenta anos de idade, e facultativa, aos trinta anos de servio, aps cincoanos de exerccio efetivo na judicatura;

    VI - o juiz titular residir na respectiva comarca;VII - o ato de remoo, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por

    interesse pblico, fundar-se- em deciso por voto de dois teros do respectivotribunal, assegurada ampla defesa.

    Art. 81 - Um quinto dos lugares do Tribunal de Justia e, se houver, do Tribunalde Alada, ser composto de membros do Ministrio Pblico e de advogados denotrio saber jurdico e de reputao ilibada, com mais de dez anos de carreira oude efetiva atividade profissional, respectivamente, indicados, em lista sxtupla,pelos rgos de representao das respectivas classes.

    Pargrafo nico - Recebidas as indicaes, o Tribunal de Justia formar a listatrplice, enviando-a ao Governador, que, nos vinte dias subseqentes, escolherum de seus integrantes para nomeao.

    Art. 82 - Todos os julgamentos dos rgos do Poder Judicirio sero pblicos, efundamentadas todas as decises, sob pena de nulidade, podendo a lei, se ointeresse pblico o exigir, limitar a presena, em determinados atos, s prpriaspartes e a seus advogados, ou somente a estes.

    38 Adin 96-9 (S/Liminar - Acrdo, DJ 10/11/89)

  • 42

    42

    Art. 83 - As decises administrativas dos Tribunais sero motivadas, sendo que asdisciplinares sero tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.

    Seo IIDa Competncia dos Tribunais

    Art. 84 - Compete privativamente aos Tribunais:I - eleger seus rgos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com

    observncia s normas de processo e s garantias processuais das partes, dispondosobre a competncia e o funcionamento dos respectivos rgos jurisdicionais eadministrativos;

    II - organizar suas secretarias e servios auxiliares, velando pelo exerccioda atividade correcional respectiva;

    III - conceder licena, frias e outros afastamentos a seus servidores;IV - prover, por concurso pblico de provas, ou de provas e ttulos,

    obedecidas as disposies oramentrias desta Constituio, os cargos dos seusservios auxiliares, exceto os de confiana assim definidos em lei.

    Seo IIIDo Tribunal de Justia

    *Art. 85 - O Tribunal de Justia, com sede na Capital e jurisdio em todo oterritrio do Estado, compe-se de, no mnimo, nove desembargadores.39

    *Art. 86 - Os vencimentos dos Desembargadores sero apreciados pelaAssemblia Legislativa e no excedero os vencimentos dos Ministros doSupremo Tribunal Federal nem sero inferiores a noventa por cento dessesvencimentos, sem outras vantagens, exceto os adicionais por tempo de servio,ficando sujeitos a impostos gerais, inclusive os de renda e os extraordinrios.40

    Art. 87 - Compete ao Tribunal de Justia:I - propor Assemblia Legislativa, observadas as disposies

    oramentrias e esta Constituio:a) a alterao do nmero dos membros dos Tribunais inferiores;b) a criao e a extino de cargos e a fixao de vencimentos dos

    Desembargadores, dos Juizes, inclusive dos Tribunais inferiores, se houver, dosservios auxiliares e os dos Juizes que lhes forem subordinados;

    c) a criao ou extino de Tribunais inferiores;d) a criao de novos juzos, comarcas, bem como a alterao da

    organizao e da diviso judiciria; 39 Redao dada pela Emenda Constitucional 04/93.40 Adin 96-9 (S/Liminar - Acrdo, DJ 10/11/89)

  • 43

    43

    II - solicitar a interveno no Estado para garantir o livre exerccio doPoder Judicirio, nos termos da Constituio Federal e desta Constituio;

    III - nomear, prover, promover, remover, aposentar e colocar emdisponibilidade seus magistrados;

    IV - processar e julgar originariamente:a) o Vice-Governador, os Secretrios de Estado, os Prefeitos, os Juizes

    Estaduais, os membros do Ministrio Pblico, nos crimes comuns e deresponsabilidade, ressalvada a competncia da Justia da Unio;

    b) os Deputados Estaduais, nos crimes comuns;c) os conflitos de competncia entre rgos do prprio Tribunal;d) os conflitos de atribuies entre autoridades judicirias e

    administrativas quando forem interessados o Governador, o Prefeito da Capital, aMesa da Assemblia Legislativa, o Tribunal de Contas do Estado e o Procurador-Geral de Justia;

    e) os conflitos de atribuies entre autoridades judicirias eadministrativas do Estado e dos Municpios, no compreendidos na alneaanterior;

    f) o mandado de segurana e o habeas-data contra atos:1) do Governador;2) dos membros do Tribunal , inclusive de seu Presidente;3) da Mesa Diretora e do Presidente da Assemblia Legislativa;4) do Tribunal de Contas do Estado;5) do Corregedor-Geral de Justia;6) do Procurador-Geral do Estado, do Procurador-Geral de Justia e

    do Chefe da Defensoria Pblica;7) do Conselho da Magistratura;8) dos Juizes de Direito e Juizes Substitutos;9) dos Secretrios de Estado;

    g) o habeas-corpus, quando o coator ou paciente for autoridade oufuncionrio, cujos atos estejam sujeitos diretamente sua jurisdio, ou se trate decrime cuja ao penal seja de sua competncia originria ou por recurso;

    h) o mandado de injuno, quando a elaborao da normaregulamentadora for atribuio do Governador, da Mesa da AssembliaLegislativa, do Tribunal de Contas do Estado, dos Prefeitos e da Mesa da Cmarade Vereadores, bem como de rgo, entidade ou autoridade das administraesdireta ou indireta, estaduais ou municipais;

    i) a reviso criminal e a ao rescisria de seus julgados e dos Juizes nombito de sua competncia por recurso;

    j) a execuo de sentena nas causas de sua competncia originria,facultada a delegao de atribuies para prtica de atos processuais;

  • 44

    44

    V - julgar, em grau de recurso, as causas decididas em primeira instncia,no mbito de sua competncia;

    VI - exercer, as demais atribuies que lhe so conferidas pela Lei deOrganizao e Diviso Judiciria.

    Pargrafo nico - No caber habeas-corpus em relao a puniesdisciplinares militares.

    Subseo IDo Controle de Constitucionalidade

    Art. 88 - So partes legtimas para propor ao direta de inconstitucionalidade delei ou ato normativo estadual ou municipal, em face desta Constituio:

    I - o Governador;II - a Mesa da Assemblia Legislativa;III - o Procurador-Geral de Justia;IV - o Prefeito e a Mesa da Cmara do respectivo Municpio, em se

    tratando de lei ou ato normativo local;V - o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil;VI - os partidos polticos com representao na Assemblia Legislativa ou

    em Cmara de Vereadores;VII - as federaes sindicais e entidades de classe de mbito estadual;

    1 - O Procurador-Geral de Justia ser sempre ouvido nas aes diretas deinconstitucionalidade.

    2 - Declarada a inconstitucionalidade, a deciso ser comunicada Assemblia Legislativa ou Cmara Municipal para suspenso da execuo da leiou ato impugnado.

    3 - Reconhecida a inconstitucionalidade por omisso de medida para tornarefetiva norma desta Constituio, a deciso ser comunicada ao poder competentepara adoo das providncias necessrias prtica do ato ou incio do processolegislativo e, em se tratando de rgo administrativo, para emiti-lo em trinta dias,sob pena de responsabilidade.* 4 - Quando o Tribunal de Justia apreciar a inconstitucionalidade, em tese,de norma legal ou ato normativo estadual, citar previamente o Procurador-Geraldo Estado ou o Procurador-Geral da Assemblia Legislativa, que defender oato ou texto impugnado ou, em se tratando de norma municipal, o PrefeitoMunicipal, para a mesma finalidade.41

    5 - Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros, ou de seurgo especial, podero os Tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou atonormativo estadual ou municipal, incidentalmente ou como objeto de ao direta.

    41 Adin 119-1 (S/Liminar)

  • 45

    45

    Art. 89 - Pode o Tribunal de Justia estabelecer sees especializadas, integradaspor rgo fracionrio da rea de sua especializao, na forma que dispuser seuregimento interno.

    Seo IVDos Juizes de Direito

    Art. 90 - Os Juizes de Direito e Juizes Substitutos, na Jurisdio comum estadualde primeiro grau, integram a carreira da magistratura nas comarcas e juzos e coma competncia que a Lei de Organizao e Diviso Judiciria determinar.

    Art. 91 - Para dirimir conflitos fundirios, o Tribunal de Justia designar Juizesde entrncia especial, com competncia exclusiva para questes agrrias. Pargrafo nico - Sempre que necessrio para eficiente prestao jurisdicional,o Juiz far-se- presente no local do litgio.

    Seo VDos Tribunais do Jri

    Art. 92 - Em cada comarca existir, pelo menos, um Tribunal do Jri, presididopor Juiz de Direito e composto de jurados, com a organizao que lhe der a lei,assegurados:

    I - a plenitude de defesa;II - o sigilo das votaes;III - a soberania de veredictos;IV - a competncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.

    Seo VIDos Conselhos de Justia Militar

    Art. 93 - A Justia Militar, constituda na forma da Lei de Organizao Judiciria,ter como rgo de primeira instncia os Conselhos de Justia e, de segunda, oTribunal de Justia.

    Seo VIIDos Tribunais e Juizados Especiais

    Subseo IDos Juizados Especiais

    Art. 94 - Sero criados e instalados no prazo de cento e oitenta dias dapromulgao desta Constituio, juizados especiais, providos por Juizes togados,togados e leigos, para conciliao, julgamento e execuo de causas cveis de

  • 46

    4