constitucional introdução

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1 [email protected] FACEBOOK: [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] FACEBOOK: [email protected] Direito Constitucional Esquematizado Autor: Pedro Lenza Editora: Saraiva 21ª edição, 2014, SP Páginas: 976 Direito Constitucional Descomplicado Autores: Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo Editora: Método 11ª edição, 2014, SP Páginas: 1192 Constituição Federal de 1988 Organizador: vários Editora: diversas Atualizada até a Emenda nº 77/2014 www.superprovas.com.br e www.questoesdeconcursos.com.br Dep. Ulysses Guimarães, presidente da Constituinte 1987-1988, em 5/10/1988, dia da promulgação da atual Constituição do Brasil, nos dizeres de Ulysses: “Constituição cidadã”

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Prof. Luis Alberto

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Page 1: Constitucional Introdução

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Direito Constitucional Esquematizado

Autor: Pedro Lenza

Editora: Saraiva

21ª edição, 2014, SP

Páginas: 976

Direito Constitucional Descomplicado

Autores: Marcelo Alexandrino, Vicente

Paulo

Editora: Método

11ª edição, 2014, SP

Páginas: 1192

Constituição Federal de 1988

Organizador: vários

Editora: diversas

Atualizada até a Emenda nº

77/2014

www.superprovas.com.br e www.questoesdeconcursos.com.br

Dep. Ulysses Guimarães,

presidente da Constituinte

1987-1988, em 5/10/1988, dia da

promulgação da atual

Constituição do Brasil, nos

dizeres de Ulysses:

“Constituição cidadã”

Page 2: Constitucional Introdução

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CONSTITUIÇÃO

FEDERAL

Relação de compatibilidade vertical (STF)

RELAÇÃO DE COMPATIBILIDADE VERTICAL

As normas inferiores devem ser compatíveis com as normas superiores,

mas todas devem ser compatíveis com a Constituição Federal. E o STF

chamou de estrutura escalonada, hierarquizada onde se aplica a relação de

compatibilidade vertical. Tudo o que o STF dá nome, desconfie, pode cair em

concurso. A relação de compatibilidade vertical nada mais é do que dizer que

as normas inferiores devem ser compatíveis com as superiores e essas

com a Constituição. Se um ato normativo contraria e lei, falamos que é

um ato ilegal. Mas se contrariou a lei, desrespeitou a relação de

compatibilidade vertical e se é assim, consequentemente, ele também vai ser

um ato inconstitucional. Frontalmente é um ato ilegal e por ofender a relação de

compatibilidade vertical, é um ato inconstitucional. A inconstitucionalidade pode

ser frontal, direta, ou indireta por violar a relação de compatibilidade vertical.

ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL

PREÂMBULO CORPO

CONSTITUCIONALADCT

A CONSTITUIÇÃO É DIVIDIDA EM TRÊS PARTES

É dividida em três partes:

1ª) Preâmbulo – apesar de não ser pacífico,

consideramos que o preâmbulo não tem força

normativa, é só uma carta de intenções

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional

Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o

exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o

desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma

sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e

comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das

controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO

DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

Page 3: Constitucional Introdução

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É dividida em três partes:

1ª) Preâmbulo – não tem força normativa cogente, é só

uma carta de intenções

2ª) Corpo constitucional – arts. 1º a 250

3ª) ADCT – Atos das Disposições Constitucionais

Transitórias – arts. 1º a 96Possui status de norma constitucional

OBS: Mutação constitucional é a interpretação do STF sem alterar o texto

constitucional. EXEMPLO: Art. 5º LXVII (prisão civil por dívida).

MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL

A estabilidade da Constituição Federal garante a segurança jurídica, a

manutenção das instituições democráticas e o respeito aos direitos e garantias

fundamentais dos cidadãos. Porém, para garantir que o texto constitucional

acompanhe a evolução da realidade social, essa estabilidade não pode impedir

o dinamismo do ordenamento jurídico constitucional, os anseios e as

aspirações de toda a população. Sendo assim, as modificações da

interpretação/significado de um dispositivo constitucional, permanecendo

intacto seu conteúdo, sem alterações ‘físicas’, ‘palpáveis’, materialmente

perceptíveis do texto, são denominadas de mutação constitucional. Verificamos

então que a alteração não está no texto em si, mas na interpretação da norma

constitucional por meio de processos informais, ou seja, são mudanças que

não estão previstas formalmente no texto constitucional, ao contrário do que

ocorre com as emendas constitucionais.

MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL

Versa a doutrina que a Constituição Federal poderá ser alterada por meio de

um processo formal (emenda constitucional e revisão constitucional) ou

informal (mutação constitucional).

ALTERAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO

PROCESSO FORMAL(REFORMA)

PROCESSO INFORMAL(INTERPRETATIVO)

EMENDAS CONSTITUCIONAIS MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL

*** CF/88 - Art. 60. § 1º - A Constituição não poderá ser emendada na

vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

1

CESPE - 2013 - SERPRO - Analista – Advocacia

1) O Supremo Tribunal Federal (STF) poderá, por meio de

interpretação, alterar o sentido de determinado dispositivo

constitucional sem alteração material do texto, em

procedimento que a doutrina denomina como mutação

constitucional.

Page 4: Constitucional Introdução

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CESPE/UNB NÍVEL SUPERIOR EBC 2011

2) O preâmbulo da Constituição Federal não faz parte

do texto constitucional propriamente dito e não possui

valor normativo.

3) As normas previstas no Ato das Disposições

Constitucionais Transitórias possuem natureza de

norma constitucional.

1

1

(CESPE/Analista - TCE-TO)

4) O fenômeno de reforma da Constituição por meio da

alteração formal do seu texto é denominado mutação

constitucional.

(CESPE/ANATEL)

5) Denomina-se mutação constitucional o processo

informal de revisão, atualização ou transição da

Constituição sem que haja mudança do texto

constitucional.

2

1

CONSTITUIÇÃO

FEDERAL

Normas Constitucionais Originárias

Normas Constitucionais Derivadas (EC)

CESPE/UNB – DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL -

2013

6) Configura autoria por convicção o fato de uma mãe,

por convicção religiosa, não permitir a realização de

transfusão de sangue indicada por equipe médica para

salvar a vida de sua filha, mesmo ciente da

imprescindibilidade desse procedimento.

1

Page 5: Constitucional Introdução

5

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COMENTÁRIO

Caracteriza a autoria por convicção, segundo Rogério

Greco, “as hipóteses em que o agente conhece

efetivamente a norma, mas a descumpre por razões de

consciência, que pode ser política, religiosa, filosófica,

etc.”

Rogério Greco, Código Penal Comentado, Ed. 2013, Ed.

Impetus, pag. 97.

1

Constrangimento ilegal

Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou

depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de

resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

Aumento de pena

§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a

execução do crime, se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas.

§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à

violência.

Constrangimento ilegal

Art. 146 §3º - Não se compreendem na disposição deste

artigo:

I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento

do paciente ou de seu representante legal, se justificada por

iminente perigo de vida;

II - a coação exercida para impedir suicídio.

PODER

CONSTITUINTE

Originário ou

de 1º grau

(poder de fato)

Derivado ou de

2º grau(poder de direito)

Poder de criar uma

(nova) Constituição

Reformador

Decorrente

Emendas à CF - EC

(art. 60)

Revisão - ECRjá exercido em 1993 (art.

3º, ADCT)

InstitucionalizadorCria as Constituições

Estaduais e a Lei Orgânica do

DF (CF, arts. 25 e 32 e

ADCT, art. 11)

Reformaàs CE / LO

inicial

incondicionado

ilimitado

autônomo

Secundário

condicionado

Limitado

subordinado

Titular: povo*

TEORIA DO PODER CONSTITUINTE(Precursor: Emmanuel Sieyès, em “O que é Terceiro Estado?”)

PC Difuso: “Mutação

Constitucional”

Page 6: Constitucional Introdução

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UEG - 2013 - PC-GO - Delegado de Polícia

7) A partir da ideia da existência de um poder constituinte, enquanto poder

destinado à criação do Estado e à alteração das normas que constituem uma

sociedade política, foram elaboradas teorias que apresentam classificações

desse poder. Conhece-se assim a distinção entre

a) poder decorrente, enquanto autonomia das unidades da federação, e poder

derivado, encarregado da elaboração das normas constitucionais originárias e

reforma da Constituição Federal.

b) poder de reforma e poder constituinte decorrente, subespécies do poder

derivado, em que o primeiro compreende a emenda e a revisão e o segundo

reporta-se à autonomia das unidades da federação.

2

c) poder de reforma constitucional e poder derivado, em que o primeiro

compreende a emenda e o segundo a elaboração de normas constitucionais

originárias.

d) poder originário e poder decorrente, em que o primeiro compreende as

normas constitucionais originárias e perenes e o segundo, decorrente do

primeiro, compreende a reforma constitucional pela emenda e revisão da

Constituição Federal.

2

ABOLIDAS OU REVOGADAS (EC)

MODIFICADAS

AMPLIAÇÃO

NÚCLEO

ESSENCIAL DA

NORMA

NC

ART. 60 § 4 º

Art. 5º

XLVII - não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84,

XIX;

Art. 5º

XLVII - não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84,

XIX;

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Art. 60

§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendentea abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

CESPE/UNB - TRIBUNAL DE CONTAS DO DF – AUDITOR

Acerca dos métodos e princípios de interpretação e aplicação

das normas constitucionais, julgue o item a seguir.

8) A unidade da Constituição, como princípio hermenêutico, está

ancorada na idéia de que, à exceção das normas configuradoras

de cláusulas pétreas — cuja supremacia é decorrente do sistema

de constituição rígida —, todas as demais estão no mesmo grau

de hierarquia, o que equivale a dizer que os valores por ela

abrigados têm igual proteção constitucional.

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CESPE/UNB - TRIBUNAL DE CONTAS DO DF – AUDITOR

Acerca dos métodos e princípios de interpretação e aplicação

das normas constitucionais, julgue o item a seguir.

8) A unidade da Constituição, como princípio hermenêutico, está

ancorada na ideia de que, à exceção das normas configuradoras

de cláusulas pétreas — cuja supremacia é decorrente do sistema

de constituição rígida —, todas as demais estão no mesmo grau

de hierarquia, o que equivale a dizer que os valores por ela

abrigados têm igual proteção constitucional.

CESPE/UNB - TRIBUNAL DE CONTAS DO DF – AUDITOR

Acerca dos métodos e princípios de interpretação e aplicação

das normas constitucionais, julgue o item a seguir.

8) A unidade da Constituição, como princípio hermenêutico, está

ancorada na ideia de que, à exceção das normas configuradoras

de cláusulas pétreas — cuja supremacia é decorrente do sistema

de constituição rígida —, todas as demais estão no mesmo grau

de hierarquia, o que equivale a dizer que os valores por ela

abrigados têm igual proteção constitucional.

9) Não é cláusula pétrea, nos termos da Constituição Federal:

a) a forma federativa de Estado;

b) o voto direto, obrigatório, periódico, secreto e universal;

c) igualdade entre homens e mulheres, salvo as exceções

estabelecidas na própria Constituição Federal, sempre em

benefício das mulheres;

d) a independência e harmonia entre os poderes;

e) a liberdade de manifestação do pensamento.

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Art. 60

§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente

a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

Art. 7º XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos

específicos, nos termos da lei;

CESGRANRIO - BNDES - Advogado

10) A Constituição Brasileira de 1988, artigo 5º , incisos X e XII, garante a

inviolabilidade da intimidade e da vida privada do cidadão, bem como o sigilo

dos seus dados. Nessa linha, para que os direitos do contribuinte sejam

alterados e para que possa haver a quebra do sigilo bancário pelas autoridades

fiscais, sem processo judicial, é necessária uma

a) Lei Ordinária, posterior à Constituição Federal.

b) Lei Complementar, que venha a regulamentar a quebra do sigilo fiscal.

c) Emenda Constitucional, alterando o dispositivo citado.

d) Portaria do Ministro da Fazenda.

e) nova Assembleia Constituinte.

5

BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE

(ADI 514/PI)

Normas Constitucionais Originárias

Normas Constitucionais Derivadas (E.C.)

Tratados Internacionais sobre Direitos

Humanos (art. 5º § 3º CF)

EC 45/2004

SFCD

T.I.D.H. ≅ E.C.(EC 45/2004)

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CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (DECRETO 6949/09)

Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com

Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30

de março de 2007.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o

art. 84, inciso IV, daConstituição, e Considerando que o Congresso Nacional

aprovou, por meio do Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008,

conforme o procedimento do § 3º do art. 5º da Constituição, a Convenção

sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo,

assinados em Nova York, em 30 de março de 2007;

CONTROLE JURISDICIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS

A CF/88 e a Convenção Internacional sobre Direitos das Pessoas com

Deficiência asseguram o direito dos portadores de necessidades

especiais ao acesso a prédios públicos, devendo a Administração adotar

providências que o viabilizem.

O Poder Judiciário, em situações excepcionais, pode determinar que a

Administração Pública adote medidas assecuratórias de direitos

constitucionalmente reconhecidos como essenciais, sem que isso

configure violação do princípio da separação de poderes.

STF. 1ª Turma. RE 440028/SP, rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 29/10/2013

(Info 726).

D. H.

Antes de 2004 Após 2004

Normas Constitucionais

Normas Legais

Normas Infralegais (Atos Normativos não-primários)

Normas Const. Originárias

Normas Const. Derivadas

BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE

NORMAS SUPRALEGAIS

NORMAS LEGAIS

(Art. 59 II a VII CF)

NORMAS INFRALEGAIS

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CRFB

NORMAS SUPRALEGAIS

LEIS

NORMAS INFRALEGAIS

Prisão do Dep.

Infiel

CPC

Estabelece a

regulamentação

da Prisão do Dep.

Infiel.

Inaplicável

Prisão do Dep.

InfielRegulamen

tação legal

do

CPC

Prisão do Dep. Infiel

(Súmula Vinculante

25)

(Pacto de San José da

Costa Rica)

(Leis anteriores ou

posteriores ao Pacto)

Controle de

Convencionalidade

ou

Supralegalidade

Controle de constitucionalidade – é a lei afrontando a Constituição. Esse

controle pode ser difuso ou concentrado.

Controle de convencionalidade ou supralegalidade – é a lei afrontado os

tratados de direitos humanos de caráter supralegal. Esse controle só pode ser

difuso.

IMPORTANTE !!!

Não existe nenhuma ação específica para controle de supralegalidade e

nem de legalidade. Essas questões serão discutidas incidentalmente, não é o

objeto principal da ação. Só existe ação específica de controle de

constitucionalidade (ADI, ADC, ADPF). Aqui não há ação específica.

Por que o Pacto prevalecesobre a Constituição se estáabaixo da Constituição?

A questão aqui é a seguinte: a Constituição permite que o

ordenamento jurídico consagre a prisão civil por dívida em duas

hipóteses já comentadas, mas ela não estabelece penalidade.

Ela não estabelece tipos penais, ou seja, não prevê a prisão

nesses casos. Ela só diz que é possível. Ou seja, para que a

prisão efetivamente ocorra, é necessário que haja uma

regulamentação legal, que é o caso do CPC, que trata da prisão

civil por dívida. Então, quando se diz que o tratado tem status

supralegal, é como se ele impedisse essa regulamentação

legal, como se obstaculizasse o legislador ordinário de fazer isso.

Na verdade, o que esse tratado inviabiliza é a aplicação da lei e

não da Constituição.

Page 11: Constitucional Introdução

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STF: O Pacto de San José da Costa Rica, tratadointernacional em matéria de direitos humanos, goza destatus normativo supralegal e torna inaplicável alegislação infraconstitucional com ele conflitante,seja ela anterior ou posterior ao ato de ratificação.

STF: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquerque seja a modalidade do depósito (Súmula Vinculante25)

DÍVIDA DE PENSÃOALIMENTÍCIA É CRIMETIPIFICADO NO CP?

MENOR DE IDADE

Crime de abandono material quando não se paga pensão alimentícia

Origem: CF/88, art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar osfilhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os paisna velhice, carência ou enfermidade.

Abandono material

Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge,

ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de

ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando

os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia

judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de

socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez vezes o

maior salário mínimo vigente no País. (Redação dada pela Lei nº 5.478, de

1968)

Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou

ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou

função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou

majorada. (Incluído pela Lei nº 5.478, de 1968)

Page 12: Constitucional Introdução

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“In casu, o paciente foi denunciado sob a acusação de deixar de prover asubsistência de seus dois filhos menores sem justa causa, faltando aopagamento de pensão alimentícia acordada judicialmente. Assim, no habeascorpus, discute-se o enquadramento de tal fato ao disposto no art. 244 do CP.Segundo a Min. Relatora, a caracterização do tipo penal exige que sedemonstre que a conduta de não pagar a pensão alimentícia foi realizada poralguém que, podendo implementá-la, não o faz sem uma justificativa, o quenão foi demonstrado na iniciativa, que se limita a afirmar que a omissão doora paciente foi "sem justa causa". Ressaltou que esse elemento não está notipo penal apenas como adorno, mas, como o próprio nome indica, é umaparte essencial e a acusação dele deve se ocupar, demonstrando, em cadacaso concreto, a razão do não pagamento da pensão, ou seja, se, pelos fatosocorridos, há motivos justos para o alimentante deixar de solver asprestações, o que não ocorreu na hipótese.

Registrou, ademais, que, se assim não fosse, estar-se-ia igualando os ilícitospenal e civil, pois não haveria mais diferença entre eles, bastando que oalimentante falte ao seu dever para cometer um crime, o que não é possível,não é esse o espírito da lei penal. Com esse entendimento, a Turmaconcedeu a ordem para trancar a ação penal, seja pela ausência de justacausa para a acusação, diante da atipicidade da conduta, seja pela inépciada denúncia, visto que não suficientemente descritos os fatos.”

(STJ, HC 141.069-RS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, Sexta Turma – j. 22.8.2011).

TRT - 6ª Região (PE)

11) O status normativo supralegal dos Tratados Internacionais de direitos

humanos subscritos pelo Brasil torna inaplicável a legislação infraconstitucional

com ele conflitante, seja ela anterior ou posterior ao ato de adesão.

12) Diante da supremacia da Constituição, a adesão do Brasil a Tratado

Internacional de direitos humanos não revoga os dispositivos constitucionais

que o contrarie.

13) Os Tratados Internacionais de direitos humanos incorporados no direito

interno antes da Emenda Constitucional n. 45/04 não podem ser submetidos ao

procedimento especial de aprovação previsto no art. 5º, § 3º, da Constituição,

visando a conferir-lhes estatura de Emenda Constitucional.

1

1

1

FCC DEFENSOR PÚBLICO DPE MT (adaptada)

A Emenda Constitucional nº 45, trouxe modificações quanto à

incorporação ao direito interno dos tratados internacionais de

direitos humanos e sua aplicação no Brasil. Em face dessas

alterações, julgue:

14) somente as normas decorrentes de tratados e convenções

internacionais sobre direitos humanos, aprovados no Congresso

Nacional em dois turnos e por três quintos dos votos, são

expressamente reconhecidas como equivalentes às emendas

constitucionais

1

Page 13: Constitucional Introdução

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CESPE/UNB - DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

15) De acordo com a jurisprudência do STF, desde 1988

os tratados sobre direitos humanos podem ser

incorporados ao ordenamento jurídico nacional com

força de emenda constitucional.

2

BLOCO DE

CONSTITUCIONALIDA

DE (ADI 514/PI)

NORMAS

SUPRALEGAIS

NORMAS

LEGAIS

(Art. 59 II a VII CF)

NORMAS

INFRALEGAIS

Normas Constitucionais Originárias

Normas Constitucionais Derivadas (EC )

Tratados Internacionais sobre Direitos

Humanos (art. 5º § 3º CF)

Demais Tratados Internacionais sobre

Direitos Humanos NÃO aprovados

conforme art. 5º § 3º CF

Leis Complementares

Leis Ordinárias

Leis Delegadas

Medidas Provisórias

Decretos Legislativos

Resoluções

Decretos Regulamentares

Instruções Normativas

Portarias etc

Regulamentam ou dão executoriedade `as normas legais

EC 45/2004

GABARITO

1) Certo

2) Certo

3) Certo

4) Errado

5) Certo

6) Certo

7) B

8) Errado

9) B

10) E

11) Certo

12) Certo

13) Certo

14) Certo

15) Errado